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TV Digital, IPTV e TV por Assinatura

Instrutor: José Raimundo Cristovam Nascimento


UNISAT Consultoria e Treinamento

www.unisat.com.br 1
Índice

1. Introdução: TV Digital no Brasil

1.1. Introdução
1.2. Visão geral das tecnologias de TX existentes, situação atual e discussão de
principais aspectos técnicos envolvidos
1.3. Das plataformas convencionais às novas mídias
1.4. Sumário da TV Digital no Brasil e no mundo

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Introdução

Qual é a leitura e interpretação que fazemos hoje do


mundo em relação ao universo das comunicações de uma
forma ampla,envolvendo as áreas do audiovisual,
telecomunicações, redes, internet e tecnologias da
informação?

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Visão Geral do SBTVD, Implantação e Situação Atual.
Comece visitando www.dtv.org.br , www.forumsbtvd.org.br e
www.ginga.org.br .

1) Introdução: o que é o SBTVD e quais são os marcos principais.


Vantagens da TV Digital sobre a TV Analógica, Novos Serviços
Possibilitados pela TV Digital

2) ISDB-T e ISDB-Tb: o que são ? Características Principais ?


Semelhanças ? Diferenças ?

3) Normas do SBTVD: o que são, quais são e para que servem ?

4) O que são: LDTV, SDTV, HDTV e Full-HD ? 4 X3 vs 16 X 9 ? Ângulo


de Visão ? Distancia da Tela ?

5) Áudio Surround 5.1 e Áudio Estéreo ?

6) Recepção Móvel Portátil e Recepção Móvel Veicular ?


Visão Geral do SBTVD, Implantação e Situação Atual.
7) Terminais USB, Terminais de Bolso, etc... ?

8) Interatividade: Sem e Com Canal de Retorno ?

9) Multiprogramação ? Monoprogramação ? Vantagens e


Desvantagens entre si ?

10) Área de Cobertura, SFN e Gap Fillers

11) Em quantas cidades já está implantado o SBTVD ?

12) Simulcasting e Switch-Off

13) Próximos Passos e Conclusão


Primeira Transmissão Oficial de TV Digital no Brasil
02 de dezembro de 2007 – São Paulo

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Evolução dos Serviços

Características 1ª Fase 2ª Fase 3ª Fase

Comportamento do
Novidade Familiarização Dependência
Usuário

Complexidade da
Básica Intermediária Avançada
Tecnologia

Preço do Serviço Alto Médio Baixo

Qualidade
Baixa Média Alta
Apresentada

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Fluxo de Sinais na Emissora: da Captação à Antena de TX
(Principal e Retransmissoras)

Conteúdo: é tudo aquilo que as operadoras transmitem, desde o básico de vídeo e


áudio até os mais novos serviços interativos. O maior diferencial para a garantia do
sucesso no mercado de TV Aberta e de outros serviços audiovisuais está na qualidade
e disponibilidade do conteúdo.

Captação de Sinais: dependendo do contexto, entende-se como sendo a aquisição


de conteúdos em estúdios, ou em externas, ou via sistemas de telecomunicações, por
exemplo via satélites, via rádio, via cabo, via internet, ou de dispositivos de
armazenamento, como servidores de vídeo, fitas, memórias flash, ou outros.

Fluxo: também chamado de “stream”, se inicia nos dispositivos de captação e outras


fontes geradoras e de maneira similar a outras “correntes”, flui de maneira
disciplinada pelo projeto de engenharia e devidamente implementada, de forma a
atingir os objetivos propostos.

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Visão Macro Simplificada de uma Emissora de TV Digital

Sala de Controle de Sala do Controle


Programas Mestre
Inbound
Feeds 0utbound
& Computação Feeds
Edição
Estúdios Gráfica

Armazenamento do Conteúdo e MAM

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Interfaces

O conceito de Interface se expressa pela presença de uma ou mais ferramentas para o uso e
movimentação de qualquer sistema de informações...

Uma interface, em ciência da computação, é a fronteira que define a forma de comunicação


entre duas entidades...

Interface - Superfície que delimita dois corpos, espaços ou fases; Dispositivo (físico ou lógico)
que estabelece a adaptação entre dois sistemas .

Interface – 1. Placa, conector ou outro dispositivo que conecta componentes de hardware ao


computador, para que as informações possam ser transferidas de um local para outro.
2. Conexão entre dois dispositivos em um sistema de computação...

Interface - dispositivo com finalidade de conexão entre dois equipamentos que não possuem
as mesmas funções.

Interface - Conexão entre dois dispositivos em um sistema de computação.

Interface - Forma pela qual dois sistemas interagem ou um sistema interage com o usuário.
Dispositivo que permite esta interação.

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Interfaces

 Interface Física (Mecânica)

 Interface Elétrica

 Interface Lógica

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Exemplos de Interfaces de Conexão

• Vídeo Composto Analógico


• S-Vídeo Analógico
• RGB Analógico
• VGA
• YPbPr (YCbCr Analógico)
• DVI (RGB Digital)
• HDMI (YCbCr Digital)
• SDI (Serial Digital Interface)
• HD-SDI (High Definition SDI)
• ASI (ASynchronous Interface)

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Conteúdo Digital: Convertendo Pixels em Bits e Bytes

Dados de Vídeo

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Convertendo Imagens e Sons para bits e Bytes

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Ambientes: Analógico e Digital

Content

Aquisição Produção Distribuição Entrega RX e Fruição

Analógica Analógica Analógica Analógica Analógica

Digital SD Digital SD Digital SD Digital SD Digital SD

Digital HD Digital HD Digital HD Digital HD Digital HD

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Visão Geral das Tecnologias de Transmissão Existentes

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Propagação de Energia

 Propagação Guiada - O deslocamento de eletrons em condutores leva


a energia de um ponto a outro.

COMUNICAÇÃO COM FIO

 Propagação Irradiada - Por efeito de campo, uma perturbação num


ponto afeta um outro ponto distante e a energia consegue ser
transportada à distância

COMUNICAÇÃO SEM FIO

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Transmissão Confinada (Propagação Guiada)
(I)Meios Metálicos

• Pares Metálicos: linhas bifilares, com os 2 condutores paralelos constituídos normalmente de cobre ou
alumínio, de forma idêntica, e isolados por materiais adequados.

Exemplo: “última milha” da rede de telefonia convencional (RTFC), por onde geralmente também são
transmitidas as portadoras xDSL dos “acessos em banda larga” á Internet.

• Cabos coaxiais: linhas metálicas constituídas por um condutor interno, circundado por um condutor
externo, e isolados por materiais adequados.

Exemplo: “última milha” da rede HFC (Híbrida com Fibra óptica e Cabo coaxial) das redes de TV a Cabo, por
onde geralmente também são transmitidas as portadoras de/para Cable Modems dos “acessos em banda
larga” á Internet.

• Guias de ondas: “dutos metálicos”, constituídos por um condutor “ôco”, isolado por material adequado.

Exemplo: diferentes trechos das estações de microondas.

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Transmissão Confinada (Propagação Guiada)
(II) Meios Ópticos
• Fibra óptica: é um “guia de ondas para a luz”. Constituído por um núcleo (parte interna onde a onda
“luminosa” se propaga), cladding (parte externa para manter a onda no núcleo), buffer
(revestimento protetor) e jacket (proteção externa).
⁻ É imune às interferências elétricas.
⁻ Não emite nenhum tipo de radiação.
⁻ É mais leve que os outros tipos de cabos.
⁻ As portadoras de luz se propagam por longas distâncias.
⁻ São predominantes no tráfego de telecomunicações de longa e média distancia, com avanços
significativos também para a curta distância (“last mile”).

Exemplo 1: trecho cada vez maior da rede HFC (Híbrida com Fibra óptica e Cabo coaxial) das redes de TV a
Cabo, por onde geralmente também são transmitidas as portadoras de/para Cable Modems dos “acessos
em banda larga” á Internet.

Exemplo 2: trechos cada vez maiores dentro das emissoras de TV, Estúdios e Centros de Produções de
Conteúdos Audiovisuais.

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Transmissão Irradiada
• Abrange o universo das aplicações em que a comunicações de sinais é feita através da propagação
de ondas eletromagnéticas (portadoras de RF) no espaço livre, e portanto, sem uso de condutores
(fios ou guias).

• De uma maneira geral, utilizam portadoras (carriers), sinais em cujas variações está sendo
transportado um outro sinal. Uma portadora sem qualquer sinal modulante presente é chamada de
CW (continuous wave ).Caso contrário é dita portadora modulada.

• Modulação: processo pelo qual alguma característica da forma de onda da portadora é variada
(modulada) de acordo com a variação de um outro sinal (modulante).

• SINAL MODULANTE: Normalmente é o sinal de interesse a ser transportado.

• Podemos efetuar uma primeira macro classificação, da seguinte forma:

Sistemas de “Rádios Terrestres”

 Sistemas de Comunicações via Satélites

 Sistemas FSO (Free Space Optics)

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Transmissão Irradiada, Espaço Livre, Propagação e Recepção

Espaço livre: é um meio físico em que os efeitos de campos eletromagnéticos se produzem da


forma mais regular possível.

O vácuo é melhor exemplo de espaço livre.

Na prática, a atmosfera se comporta bem próximo do espaço livre ideal.

Propagação: é a ciência que estuda a distribuição da energia dos campos eletromagnéticos pelo
espaço.

Os estudos de propagação são importantes porque através deles pode-se avaliar como a
energia irradiada por uma antena emissora vai atingir uma antena receptora e o quanto ela irá
receber.

PROPAGAÇÃO
PROPAGAÇÃO
ANTENA ANTENA
EMISSORA RECEPTORA

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Largura de Banda – BW(BandWidth)

3,1KHz
 BW – BandWidth - Hz, KHz, MHz, GHz
Canal de voz - BW = 3,1 KHz
 Largura de Faixa
 Banda
 “Espaço” em Hz 20KHz
 BW = (frequência máxima) - (frequência mínima)
Canal de áudio - BW = 20 KHz

4,2MHz

Canal de vídeo - BW = 4,2MHz

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Taxa de Transmissão

 R b - Taxa de Bit (Bit Rate)


 bit/ s, Kbit/s, Mbit/s, Gbit/s
 Velocidade de transmissão
 Quantidade de bits / unidade de tempo
 “ Kilobitagem ”, “Megabitagem”
tempo
• Ex: Áudio digital não comprimido - Rb=705,6 Kbit/s
• Ex: Áudio digital comprimido - Rb= 128 Kbit/s
• Ex: Vídeo digital SD não comprimido - Rb=270 Mbit/s
• Ex: Vídeo digital SD comprimido Rb=20 Mbit/s=20.000.000 bit/s, ou seja 20 milhões de
bits para 1 segundo de Vídeo!

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Largura de Banda - BW
 BW = freqüência máxima - freqüência mínima (do sinal de interesse);
 BW é normalmente medido em Hertz, KHertz ou MHertz;
 BW em Banda Básica (Exemplos):
 Telefonia (canal de voz ITU-T): BW= 3,1 KHz;
 Áudio Qualidade CD: BW = 20 KHz;
 Vídeo PAL - M: BW= 4,2 MHz;
 Portadoras Moduladas por sinais analógicos (Exemplo):
• Portadora AM-VSB na transmissão para PAL-M
 Portadoras Moduladas por sinais digitais (Exemplo):
• Portadoras QPSK com OFDM para transmissão “One-Seg”
 Qual é a BW Necessária em cada caso? (Exemplos):
• BW=6 MHz / canal de RF para TV
• BW=429 kHz / Segmento de RF para TV Digital
 Em uma dada BW, “cabe” um valor máximo de taxa de bit de transmissão (Rb)
sob um determinado conjunto de parâmetros estabelecidos.
 Por exemplo, sob determinada condições, 1 canal de RF com BW=6 MHz
pode “comportar” uma taxa de bit (Rb) máxima de 20 Mbit/s.

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Um Pouquinho do Ambiente Concorrencial

 Produtoras
 Programadoras
 Operadoras de TV por Assinatura a Cabo
 Operadoras de TV por Assinatura via MMDS
 Operadoras de TV por Assinatura via Satélite (DTH)
 Operadoras de TV por Assinatura IPTV
 Emissoras de TV Digital – Radiodifusão – UHF – TVs Abertas
 Emissoras de TV Analógica – Radiodifusão – VHF e UHF – TVs Abertas
 Internet TVs
 Organizações de EAD
 Operadoras de Telecomunicações
 CINEMA

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Distribuição / Contribuição de Conteúdo

Distribuição

Contribuição

Ponto Concentrador
de Conteúdo

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Distribuição de Conteúdo (1)

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Distribuição de Conteúdo (2)

CONTEÚDOS ACESSOS TERMINAIS

Áudio Via Satélite


Fixos Móveis

Portáteis

Via Fibra Óptica


Vídeo
TVs de Bolso
Via Rádio Smartphones

Via Cabo Coaxial Fixos


Pen TV

Textos
Fotos Via Par Metálico
Datacasting Móveis
de uma Via Redes Fixas Game Players
iPADs Portáteis
Forma Geral NETbooks
Via Redes Móveis Notebooks

Móveis Veiculares
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Distribuição de Conteúdo (3)

CONTEÚDOS ACESSOS TERMINAIS


 IP
Áudio  Não IP • Fixos

 Com fio
• Móveis
 Sem fio
Vídeo • Portáteis

 Portadora Única
 Multiportadoras
• Móveis
• Veiculares
 Celular
 Textos  Não celular
 Fotos
 Datacasting de uma • Transportáveis
Forma Geral  Gratuito
 Pago

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TV Analógica no Brasil
 Banda Básica Analógica, tanto de Vídeo como de Áudio

 PAL-M 525 linhas (640 pixel/linha x 480 linhas)

 Modulação AM-VSB para Vídeo e FM para áudio

 Muito suscetível a ruídos, tanto no Vídeo (“chuviscos”), como no Áudio (“chiados e distorção”)

 Muito suscetível a ruídos multipercursos: “Fantasmas”

 01 Canal de RF com BW=6 MHz corresponde a 01 Canal de TV

 Áudio: no máximo estéreo (L + R)

 Interatividade? EPG?

 Não adequada para TV Móvel

 Resolução: apenas SDTV

 Área de Cobertura: qual o percentual da população brasileira com boa cobertura?

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Tv Digital Terrestre no Brasil

 O Brasil criou o ISDB-Tb – International System Digital Broadcasting


(ex-SBTVD-T) como sistema para TV DIGITAL na modalidade
Radiodifusão Terrestre no país.

 O ISDB-Tb tem como base de transmissão o padrão japonês ISDB-T,


ISDB-T
porém com a incorporação de inovações tecnológicas brasileiras.

 O ISDB-Tb está
est assegurado no Brasil de forma livre e gratuita e para o
acesso público em geral
Padrões de TV Digital Terrestre

 ATSC: EUA

 DVB–T: EUROPA
DTMB
(Sistema Chinês)

 ISDB-T:
ISDB-T JAPÃO ISDB-T

 ISDB-Tb: NIPO-BRASILEIRO ISDB-Tb


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ISDB-Tb = ISDB-T + Inovações Brasileiras

 ISDB-Tb - Padrão Nipo –Brasileiro

 ISDB-T – Integrated Services Digital Broadcasting – Terrestrial (Padrão Japonês )

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Padrões de TV Digital Usados na AL

Mapa de Adoção de Padrões de TV


Digital na América Latina

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Padrões de TV Digital no Mundo

China ( DTMB ) Japão (ISDB-T )


(2007.8) (2003.12)
Koreia do Sul(ATSC)
(2001.10) Venezuela ( ISDB-T )
( 2009.10 )
Taiwan ( DVB-T ) Costa Rica ( ISDB-T )
(2004.3) ( 2010.5 )

Tailandia Equador ( ISDB-T )


( 2010.3 )
Angola Filipinas ( ISDB-T )
( 2010.6 ) Bolivia
Peru ( ISDB-T )
( 2010.3 )

15 paise da Africa Austral


(SADC) Brasil ( ISDB-T )
( 2007.12 )
Sistema Japonês Brasileiro ( ISDB-T )
(Integrated Services Digital Broadcasting - Terrestrial) Paraguay ( ISDB-T )
Chile ( ISDB-T ) ( 2010.6 )
Sistema Europeu ( DVB-T ) ( 2009.9 )
(Digital Video Broadcasting - Terrestrial)

Sistema Norteamericano ( ATSC ) Argentina ( ISDB-T )


(Advanced Television Systems Committee) ( 2010.4 )
Sistema Chines ( DTMB )
(Digital Terrestrial Multimedia Broadcast)
Atualizado em 6.2010
Padrões de TV Móvel Usados no Mundo

Fonte: SAMSUNG
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Dispositivos Eletrônicos do Lar
ENTRADA/SAÍDA DE
Digital TV Based
SERVIÇOS NÃOServices
IP
AMBIENTE NÃO IP

Advanced
STB

Television Removable Portable Connected Game Mobile


Storage Media Media Console Handset
(e.g. DVD) Devices Adapter
ENTRADA/SAÍDA DE
SERVIÇOS IP

AMBIENTE IP
PC with
Media
Client
Ambiente do Media Center do Lar inclui
Diversos Formatos, Segurança e
Protocolos
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Índice

2. Implantação do SBTVD – Sistema Brasileiro de TV Digital no Padrão ISDB-Tb

2.1. Faixas de Frequências


2.2. Serviços de Radiodifusão
2.3. Regulamentação, decretos e situação atual
2.4. Fórum Brasileiro de TV Digital
2.5. Normas e Conformidade

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Faixas de Frequências

300 a 3000 GHz THF-Tremendous High Frequency Ondas Decimilimétricas (1- 0,1 mm)

30 a 300 GHz EHF-Extremely High Frequency Ondas Milimétricas (10-1 mm)

3 a 30 GHz SHF-Super High Frequency Ondas Centimétricas (10-1 cm)

300 a 3000 MHz UHF-Ultra High Frequency Ondas Decimétricas (100-10 cm)

30 a 300 MHz VHF-Very High Frequency Ondas Métricas (10-1 m)

3 a 30 MHz HF-High Frequency Ondas Decamétricas (100-10 m)

300 a 3000 kHz MF-Medium Frequency Ondas Hectométricas (1000-100 m)

30 a 300 kHz LF-Low Frequency Ondas Kilométricas (10-1 km)

3 a 30 kHz VLF-Very Low Frequency Ondas Myriamétricas (100-10 km)

3 mHz a 3 kHz ELF-Extra Low Frequency


Serviços de Radiodifusão
Serviços de radiodifusão regulamentados:
– Televisão (TV)
– Televisão digital (TVD)
– Freqüência Modulada (FM)
– Radiodifusão Comunitária (RadCom)
– Onda Média (OM)
– Onda Curta (OC)
– Onda Tropical (OT)
– Ancilares de TV (RTV e RpTV)
– Serviços Auxiliares de Radiodifusão e Correlatos (SARC)

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Serviços de Radiodifusão Sonora

• O “Serviço de Radiodifusão Sonora” é o serviço de


telecomunicações que permite a transmissão de sons
(radiodifusão sonora) destinado a ser direta e livremente
recebido pelo público.

• Classificação dos serviços de rádio:

– Ondas Médias – OM; regime de concessão.


– Ondas Curtas – OC; regime de concessão.
– Ondas Tropicais – OT; regime de concessão.
– Freqüência Modulada – FM; regime de permissão.

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Serviço de Radiodifusão Comunitária

• Radiodifusão Comunitária (RadCom) - é o serviço de


radiodifusão sonora em Freqüência Modulada (87,4 a 87,8
MHz) operado em baixa potência e com cobertura restrita,
outorgado a fundações e associações comunitárias, sem fins
lucrativos, com sede na localidade de prestação do serviço.

• A RadCom opera sob regime de autorização.

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Serviço de Radiodifusão de Sons e Imagens

DEFINIÇÃO LEGAL

• O “Serviço de Radiodifusão de Sons e Imagens” é o serviço de


telecomunicações que permite a transmissão de sons e
imagens (televisão) destinado a ser direta e livremente
recebido pelo público.

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Televisão e Televisão Digital
• Televisão (TV) - tipo de serviço de radiodifusão destinado à
transmissão de sons e imagens, por ondas radioelétricas.

• Televisão digital (TVD) - Sistema de televisão com


transmissão, recepção e processamento digitais, podendo
exibir programas por meio de equipamento digital ou de
aparelho analógico acoplado a uma Unidade Receptora
Decodificadora (URD).

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RTV e RpTV (Ancilares de TV)
• Serviços instituídos pelo dec. 5.371/05:

Retransmissão de Televisão (RTV) - é o serviço destinado a


retransmitir, de forma simultânea, os sinais de estação
geradora de televisão para a recepção livre e gratuita pelo
público em geral;

Repetição de TV (RpTV) - é o serviço destinado ao transporte


de sinais de sons e imagens oriundos de uma estação
geradora de televisão para estações repetidoras ou
retransmissoras ou, ainda, para outra estação geradora de
televisão, cuja programação pertença à mesma rede.

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RTV e RpTV (ANCILARES DE TV)

Dec. 5.371/05

• A autorização para execução dos serviços de RTV e RpTV será


outorgada pelo Ministério das Comunicações, em caráter
precário, por prazo indeterminado;

• A extinção, a qualquer título, da autorização para executar


serviços de RTV e RpTV dar-se-á mediante ato justificado,
garantidos o contraditório e a ampla defesa.

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Serviços Auxiliares de Radiodifusão e Correlatos (SARC)

• Serviços Auxiliares de Radiodifusão e Correlatos (SARC) - são


aqueles executados pelas concessionárias ou permissionárias
de serviços de radiodifusão para realizar reportagens
externas, ligações entre estúdios e transmissores das
estações, utilizando inclusive transceptores portáteis.

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Visão Sistêmica da Canalização
[CH 2~CH4] +[CH5 e CH6] + FM + [CH7~CH13]
Regulamentação, Decretos e Situação Atual
Dec. 5.820/06

O decreto 5.820 dispõe sobre a implantação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital


Terrestre - SBTVD-T na plataforma de transmissão e retransmissão de sinais de
radiodifusão de sons e imagens.

DEFINIÇÕES

I - SBTVD-T - Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre - conjunto


de padrões tecnológicos a serem adotados para transmissão e
recepção de sinais digitais terrestres de radiodifusão de sons e
imagens;

II - ISDB-T - Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial – serviços


integrados de radiodifusão digital terrestre.

50
Regulamentação, Decretos e Situação Atual
Decreto 5.820 de 29/06/06
DETERMINAÇÕES

• As concessionárias e autorizadas do serviço de radiodifusão de sons


e imagens e as autorizadas e permissionárias do serviço de
retransmissão de televisão adotarão o SBTVD-T, nos termos deste
Decreto.

• O acesso ao SBTVD-T será assegurado, ao público em geral, de


forma livre e gratuita, a fim de garantir o adequado cumprimento
das condições de exploração objeto das outorgas.

• O SBTVD-T adotará, como base, o padrão de sinais do ISDB-T,


incorporando as inovações tecnológicas aprovadas pelo Comitê de
Desenvolvimento de que trata o Decreto nº 4.901, de 26 de
novembro de 2003.
51
Regulamentação, Decretos e Situação Atual
Decreto 5.820 de 29/06/06

DETERMINAÇÕES
• O SBTVD-T possibilitará:
I - transmissão digital em alta definição (HDTV) e em definição
padrão (SDTV);
II - transmissão digital simultânea para recepção fixa, móvel e
portátil; e
III - interatividade.

• Durante o período de transição para a tecnologia digital, será


consignado, às concessionárias e autorizadas de serviço de
radiodifusão de sons e imagens, para cada canal outorgado,
canal de radiofreqüência com largura de banda de seis
megahertz (6 MHz), para não haver interrupção da transmissão
de sinais analógicos.
52
Regulamentação, Decretos e Situação Atual
Decreto 5.820 de 29/06/06
DETERMINAÇÕES

Art. 9º A consignação de canais de que trata o art. 7o (6 MHz) será


disciplinada por instrumento contratual celebrado entre o Ministério
das Comunicações e as outorgadas, com cláusulas que estabeleçam
ao menos:

I - prazo para utilização plena do canal previsto no caput, sob pena da


revogação da consignação prevista; e

II - condições técnicas mínimas para a utilização do canal consignado.

53
Regulamentação, Decretos e Situação Atual
Decreto 5.820 de 29/06/06

DETERMINAÇÕES

§ 2o Celebrado o instrumento contratual a que se refere o caput,


a outorgada deverá apresentar ao Ministério das Comunicações,
em prazo não superior a seis meses, projeto de instalação da
estação transmissora.

§ 3o A outorgada deverá iniciar a transmissão digital em prazo


não superior a dezoito meses, contados a partir da aprovação do
projeto, sob pena de revogação da consignação prevista no art.
7o.

54
Regulamentação, Decretos e Situação Atual
Decreto 5.820 de 29/06/06
DA TRANSIÇÃO

Art. 10. O período de transição do sistema de transmissão analógica


para o SBTVD-T será de dez anos, contados a partir da publicação
deste Decreto.

§ 1o A transmissão digital de sons e imagens incluirá, durante o


período de transição, a veiculação simultânea da programação em
tecnologia analógica.

§ 2o Os canais utilizados para transmissão analógica serão devolvidos


à União após o prazo de transição previsto no caput.

55
Regulamentação, Decretos e Situação Atual
Portaria 652 de 10/10/06
• Cronograma de apresentação do requerimento de consignação de canais ao
Ministério das Comunicações:

Grupo Entidades Prazos Definidos


I Cidade de São Paulo Até 29 de dezembro de 2006

G1 Cidades de Belo Horizonte, Brasília, Até 30 de novembro de 2007


Fortaleza, Rio de Janeiro e Salvador

G2 Cidades de Belém, Curitiba, Goiânia, Até 31 de março de 2008


Manaus, Porto Alegre e Recife.

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Regulamentação, Decretos e Situação Atual
Portaria 652 de 10/10/06

Grupo Entidades Prazos Definidos


G3 Cidades de Campo Grande, Cuiabá, João Até 31 de julho de 2008
Pessoa, Maceió, Natal , São Luís e Teresina.
G4 Cidades de Aracaju, Boa Vista, Florianópolis, Até 30 de novembro de 2008
Macapá, Palmas, Porto Velho, Rio Branco e
Vitória.
II Geradoras situadas nos demais municípios. Até 31 de março de 2009

III Retransmissoras situadas nas Capitais dos Até 30 de abril de 2009


Estados e no Distrito Federal.

IV Retransmissoras situadas nos demais Até 30 de abril de 2011


municípios.

57
Regulamentação, Decretos e Situação Atual
Portaria 652 de 10/10/06

DA LICENÇA DE FUNCIONAMENTO

• Após a instalação da estação, a exploradora deverá requerer ao MC a


expedição da Licença para Funcionamento da Estação.

• O requerimento deverá ser acompanhado de laudo de vistoria da


estação, elaborado por engenheiro habilitado.

• A expedição da licença está condicionada ao pagamento da Taxa de


Fiscalização da Instalação do Fundo de Fiscalização – Fistel.

58
Regulamentação, Decretos e Situação Atual
Portaria 652 de 10/10/06

Art. 10. O canal de radiofreqüência utilizado para transmissão digital


deverá:

I – proporcionar a mesma cobertura que o atual canal utilizado para


transmissão analógica, observado o disposto no instrumento de
outorga;

II – propiciar gerenciamento eficaz das transmissões analógicas e


digitais;

III – prevenir interferências.

59
Regulamentação, Decretos e Situação Atual

Site www.mc.gov.br: Documentação jurídica para instrução de


processos de radiodifusão referente a:

• RENOVAÇÃO DE OUTORGA;
• MODIFICAÇÃO DE QUADRO DIRETIVO/ PROCURADORES COM
PODERES DE GERÊNCIA;
• TRANSFERÊNCIA INDIRETA DE OUTORGA;
• TRANSFERÊNCIA DIRETA DA OUTORGA;
• ASSENTIMENTO PRÉVIO (p/ casos de faixa de fronteira).

60
Fórum Brasileiro de TV Digital
Módulo Técnico do Fórum
Brasileiro de TV Digital
Normas e Conformidade
Normas e Conformidade
Índice

3. Aspectos Técnicos do ISDB-Tb

3.1. Aquisição
3.2. Formação do sinal de TV para transmissão
3.3.Digitalização dos sinais de áudio e vídeo
3.4. Interfaces: SDI, HD-SDI e ASI
3.5. Compressão: Sinais HD, SD e LD
3.6. Multiplexação e o BTS (Broadcast Transport Stream)
3.7. Codificação de Canal e Transmissão
3.8. Modulação e Códigos Corretores de Erro
3.9. Transmissão e Recepção
3.10. Formatos: HDTV, SDTV e LDTV
3.11. Resoluções e comparativo técnico
3.12. Taxas de transmissão por formato
3.13. Estrutura e Camadas
3.14. Arquitetura e Blocos Componentes
Aspectos Técnicos do ISDB-Tb

Revisão Introdutória: Aquisição

AQUISIÇÃO (Captação)
 As variações de luminosidade são convertidas em sinal elétrico.

CÂMERAS E SCANNERS
 Principal componente: CCD.
 Charge - Coupled Device.
Aspectos Técnicos do ISDB-Tb

Princípio de funcionamento da TV Colorida


Aspectos Técnicos do ISDB-Tb

Processos de Captação de Imagens


Tubo de Imagem – Vidicon e Plumbicon

CCD – Charge Couple Devic-

Cameras e Camcorders
Câmeras de Vídeo

• São transdutores ópticos-elétricos, ou sejam, são


dispositivos que transformam sinais luminosos em
sinais elétricos.

a ção
in
Ilum
Câmera
Sinais Elétricos Resultantes
Luz Emitida da Acquisition
Im agem
Content

• Quando a luz emitida da imagem atinge o elemento transdutor da câmera, essa


energia é coletada por uma matriz de pequenos elementos de imagem (pixels), fluindo
um sinal elétrico correspondente.

69
Captação de Vídeo e a Alta Importância da Iluminação
1 2
Iluminação Difusa Frontal
Iluminação Direcional

Acquisition Acquisition
Iluminação Estruturada
Iluminação Direcional
3 4

Acquisition Acquisition

Normalmente a iluminação é o parâmetro que encabeça a lista dos mais importantes nos
processos de captação de imagens. Iluminação não adequada provoca degradações de contraste
e resolução. 70
Ambientes: Analógico e Digital

Content

Aquisição Produção Distribuição Entrega RX e Fruição

Analógica Analógica Analógica Analógica Analógica

Digital SD Digital SD Digital SD Digital SD Digital SD

Digital HD Digital HD Digital HD Digital HD Digital HD

3D 3D 3D 3D 3D
Características Gerais da TV Digital

• Após captação por câmeras e microfones, os Pixels e o Áudio são “convertidos” para “dados”
(sinais digitais) e logo passam a constituir um “fluxo de 0’s e de 1’s (dados) de vídeo e de áudio”
a serem processados e transmitidos por um certo canal.

• Com essa transformação de sinais analógicos para sinais digitais, passamos a fazer uso de uma
série de “ferramentas” poderosas, principalmente aquelas para combate a erros provocados
pelo canal ruidoso.

• Os estudos em diversas áreas do conhecimento de Tratamento Digital de Sinais estão em


rápida e constante evolução. Os benefícios proporcionados são visíveis e audíveis, e assim
também a área de TV Digital é bastante beneficiada.

• De maneira simplificada, podemos dizer que no lado de TX temos: Captação com Câmera e
Microfone, Conversão A/D, Compressão, Multiplexação, Modulação, Conversão de FI/RF,
Amplificação de Potencia de RF, LT e Antenas de TX

• E no lado de RX: Antena de RX, LT, STB, e Fruição em Display e Alto-Falantes.


Diagrama em Blocos: Captação + Conversão A/D + Compressão

Captação Conversor Compressor


com Câmera A/D
Analógica de Vídeo
de Vídeo

Vídeo Digital Vídeo Digital


Vídeo Analógico
Não Comprimido Comprimido
Interface Paralela
Interface Serial Interface Serial
Vídeo
Componentes

73
Interface do Controle Mestre com o Sistema de TX

Entradas
Controle Vai para o
Mestre
Vai para o AR
Encoder MUX

74
Formação do Sinal de TV para Transmissão

Vídeo A/D e Compressão


do sinal de vídeo
Multiplexação Transmissão
Áudio A/D e Compressão de dos sinais
do sinal de áudio sinais

Inserção e
Interatividade apresentação de
e novos serviços dados
(middleware)
Conceitos de Transmissão Digital
Sinal Sinal
original entregue
A Transmissão D
Codificação Modulação Demodulação Decodificação A
D pelo meio

(Fonte) (D/D) (D/A) (A) (A/D) (D/D) (destinatário)

• A transmissão pelo meio é essencialmente analógica


– Transmissão digital significa transmissão de sinal digital (ou digitalizando)

• Fatores de corrupção do sinal (influência do meio)


– Ruido (perturbação aditiva)
– Distorção (perturbação multiplicativa)
– Problemas de propagação

• Correção do sinal na recepção


– Por hardware: regeneração
– Por software: tratamento de erro (operando com códigos)
Conversão A/D

• Teorema de NYQUIST
fa > 2 x fmax
Espectro do sinal amostrado

fmax fa 2fa f

- sinal vídeo colorido: fmax = 4,2 MHz


- fa recomendado = 13,5 MHz (CCIR)
• Codificação das amostras
- com 8 bits/amostra (SNRq = 47,8 db)
Rb = 8 x 13,5 = 108 Mbit/s
- com 10 bit/amostra (padrão alta qualidade SNRq = 59 db)
Rb = 10 x 13,5 = 135 Mbit/s
• São taxas muito altas para o mecanismo de transmissão!
Amostragem Ortogonal

• É conveniente que a amostragem para digitalização seja amarrada com a freqüência da linha
- vantagem: as amostras serão tomadas sempre na mesma posição em todos os
quadros

• Sistema de 625 linhas


625
fH = 50 x = 15,625 Hz
2
fa = 864 x 15.625 = 13.500,00 Hz = 13,5 Mhz

• Sistema de 525 linhas


525
fH = 59,94 x = 15.734 Hz
2
fa = 858 x 15.734 = 13.500,00 Hz = 13,5 Mhz
Normas SMPTE (Society of Motion Picture e Television Engineers ) para
Interfaces Digitais de Vídeo não Comprimido

Exemplos de Formatos de
Padrão Nome Taxas de bit
Video

270 Mbit/s, 360 Mbit/s, 143


SMPTE 259M SD-SDI 480i, 576i
Mbit/s, and 177 Mbit/s

SMPTE 344M 540 Mbit/s 480p, 576p

1.485 Gbit/s, and 1.485/1.001


SMPTE 292M HD-SDI 720p, 1080i
Gbit/s

Dual Link HD- 2.970 Gbit/s, and 2.970/1.001


SMPTE 372M 1080p
SDI Gbit/s

2.970 Gbit/s, and 2.970/1.001


SMPTE 424M 3G-SDI 1080p
Gbit/s
Normas SMPTE para Interfaces Digitais SDI, HD-SDI e 3G

SD-SDI HD-SDI 3G-SDI


Princípios Tecnológicos e Conceitos Gerais

 Deve ser dada muita atenção aos Formatos e Interfaces

 Varredura: Progressiva vs Entrelaçada 1080p, 1080i,


720p

 Interfaces: ASI, SDI e HD-SDI

 Organizações de Padronização: ITU, EBU, ATSC, DVB,


ARIB, DiBEG
Interfaces SDI, HD-SDI e ASI

 São interfaces digitais de vídeo e áudio utilizadas em equipamentos profissionais.

 Estes padrões são usados para transmissões de sinais digitais de vídeo sem compressão e
sem codificação (com ou sem áudio) em ambientes profissionais, como estúdios de televisão.

Nas interfaces físicas usam um conector BNC

Estes 3 padrões de interfaces digitais (SDI, HD-SDI e ASI), estão disponíveis apenas em
equipamentos profissionais.
Interface SDI (Serial Digital Interface)

 Codificação: 10 bits/amostra
 Taxa de bit: 270 Mbit/s (Y’:CB:CR 4:2:2)
 Codificação com embaralhamento (scrambler)
 Cabo Coaxial 75 Ohms, 800 mVpp
 Atenuação tolerada: até 30 dB
 Áudio digital nos intervalos de apagamento
(áudio embarcado = embebbed audio)
Interface HD-SDI High Definition-SDI
(SMPTE 292M)
 Codificação: 10 bits/amostra
 Taxa de bit: 1.485 GB/s (Y’:CB:CR 4:2:2)
 Codificação semelhante à SDI
 Cabo Coaxial 75 Ohms, 800 mVpp
 Atenuação tolerada: 20 dB
 CRC e número de linha após EAV
 Alternativa: Fibra Óptica (1310 nm)
HD-SDI: Exemplo de Cable Driver e Equalizador Adaptativo para Cabo
SDI: Taxa de Erros x Comprimento de Cabo
Utilizado 1 / frame

1 / segundo
100
10 1 / minuto
Erros por segundo

1
0,1
0,01 1 / hora

0,001 1 / dia

0,0001
0,00001
105 110 115 120 125
Comprimento do cabo (m)
Exemplo de Trajeto Típico de Sinal de Vídeo Digital Serial
Exemplo de 3 Gbps HD/SD SDI Reclocker
Importante: atenção e profissionalismo com cabos, conectores e interfaces!
Conceitos Gerais

• Compressão do sinal de vídeo

Diagrama em blocos:

Controle da
Entrada: Vídeo Taxa de
Dados

Quantização
Remoção da Remoção da
dos CodificaçãoVL
Amostragem Redundância Redundância Buffer
coeficientes C / RLC
Temporal Espacial
DCT

Taxa
Variável

Saída: Bit
Stream
Taxa Fixa

90
Conceitos Gerais

• Compressão do sinal de vídeo


– Amostragem  Retirar amostras periódicas do sinal analógico a fim de
representá-lo através de uma seqüência de sinais discretos no tempo.

– Remoção das informações redundantes  Retirar toda informação


redundante não necessária

– Quantização  Aproximar os infinitos valores obtidos na amostragem para


níveis pré-definidos finitos.

– Codificação  Representar os níveis atribuídos as amostras através de uma


seqüência binária. Para vídeo, normalmente se utiliza 8 bits por pixel, pois
resulta em 256 tons de cinza, que é aproximadamente a resolução do olho
humano.

91
Compressão de Vídeo

• Amostragem:
Entrada: Controle da
Vídeo Taxa de
Dados

Quantizaçãod
Remoção da Remoção da
os CodificaçãoVL
Amostragem Redundância Redundância Buffer
coeficientes C / RLC
Temporal Espacial
DCT

Taxa
Variável
Saída:
Bit stream
Taxa Fixa

92
Compressão de Vídeo

• Amostragem:
– Permite a digitalização da informação
• Y  informação mais significativa  freqüência de
amostragem maior
• C  informação menos significativa  freqüência de
amostragem menor

93
Compressão de Vídeo

• Amostragem:
– Quando o sinal Y, B-Y, R-Y é convertido para o formato digital, recebe a
nomenclatura Y, Cb, Cr:

Cb Y:Cb:Cr

Cr

94
Compressão de Vídeo

• Amostragem:
– Taxa de bits após a amostragem  ITU-R.BT601 / “CCIR601”

Amostragem / 10 bits para codificação: Amostragem / 8 bits para codificação:


• Y  13,5MHz · 10 bits = 135Mbps • Y  13,5MHz · 8 bits = 108Mbps
• Cb  6,75MHz · 10 bits = 67,5Mbps • Cb  6,75MHz · 8 bits = 54Mbps
• Cr  6,75MHz · 10 bits = 67,5Mbps • Cr  6,75MHz · 8 bits = 54Mbps
TOTAL: 270Mbps TOTAL: 216Mbps

95
Compressão de Vídeo

• Amostragem
– Sub-amostragem
• Como o sistema visual humano é mais sensível a
luminância (Y), pode-se sub-amostrar a crominância
(C):
• Oobjetivo é reduzir a quantidade de informação
necessária para representar a imagem.
• O resultado final é um número maior de amostras da
luminância em relação a crominância.

96
Compressão de Vídeo

• Amostragem:
– Sub-amostragem  ITU-R BT601.5:
• 4:4:4  sem sub-amostragem (Y-Cb-Cr)
• 4:2:2  com sub-amostragem horizontal (Y-Cb-Cr)
• 4:2:0  com sub-amostragem horizontal e vertical (Y-Cb-Cr)

4:4:4 4:2:2 4:2:0

Y Cb Cr

97
Compressão de Vídeo

• Remoção da Redundância Espacial


Entrada: Controle da
Vídeo Taxa de
Dados

Quantização
Remoção da Remoção da
dos CodificaçãoVL
Amostragem Redundância Redundância Buffer
coeficientes C / RLC
Espacial Temporal
DCT

Taxa
Variável Saída: Bit
stream
Taxa Fixa

98
Compressão de Vídeo

• Redundância Espacial:
– Exploram a redundância de pixel em um mesmo frame
– Cenas que exibem grandes áreas com mesma tonalidade são altamente redundantes.
– Codifica a seqüência redundante ao invés de cada um dos pixels redundantes (entropia).

Seqüência de pixels
Frame
redundantes no
mesmo frame

99
Compressão de Vídeo

• Remoção da Redundância Temporal


Entrada: Controle da
Vídeo Taxa de
Dados

Quantizaçãod
Remoção da Remoção da
os CodificaçãoVL
Amostragem Redundância Redundância Buffer
coeficientes C / RLC
Espacial Temporal
DCT

Taxa
Variável
Saída: Bit
stream
Taxa Fixa

100
Compressão de Vídeo

• Redundância Temporal:
– Explora a pequena diferença de tempo entre frames adjacentes.
– Entre frames adjacentes, boa parte da cena permanece inalterada ou apenas
parte das mesma se modifica.

Seqüência de pixels redundantes entre frames adjacentes

CISCO HA LL CISCO HA LL CISCO HA LL C ISCO HA LL

Frame 4 Frame 3 Frame 2 Frame 1

101
Compressão de Vídeo

• Fundamentos da Compressão
– A compressão de áudio é justificada pela limitação de banda e capacidade de dispositivos de
armazenamento.
– A compressão de áudio explora a limitação da percepção auditiva humana
• A faixa audível para o ouvido humano vai de 16Hz a 20kHz.
• O ouvido humano é mais sensível na faixa de 2 a 4kHz.

Maior sensibilidade

2kHz – 4kHz

16Hz – 20kHz

102
Compressão de Vídeo

• Fundamentos da Compressão
– Amostragem
Frequência de
amostragem

fa

Amostrador

Áudio a ser Áudio


digitalizado amostrado

103
Compressão de Vídeo

• Fundamentos da Compressão
– Modelo psicoacústico

80

60
Nível (dB)

40

20

0,02 0,05 0,1 0,2 0,5 1 2 5 10 20


Freqüência (kHz)

104
Exemplos de Encoders de TV Digital

• Aplicações: Exemplos de Encoders


– Cisco (Scientific Atlanta)

D9032 SD D9034 SD D9054 HD

MPEG-2 MPEG-2/MPEG-4 MPEG-4

SDI/Composit SDI/Composit 292M HD SDI


Input Input Input

ASI/ETH TS ASI/ETH TS ASI/292M HD SDI


Output Output Output
Vídeo Digital
• Compressão de Vídeo
– Necessidade de reduzir a “quantidade de informação” que representa o vídeo
digital para:
• Economia de banda passante no meio de transmissão
• Economia de armazenamento (storage)

– Principais padrões:
• MPEG-1
• MPEG-2
• MPEG-4
• H.261
• H.263
• H.264
• WMV

106
Compressão de Vídeo

• Principais padrões para compressão de vídeo:


– MPEG-2: Moving Pictures Experts Groups
• Padrão ISO (International Organization for Standartization;
– ISO 113818-2 : Compressão de Vídeo
• Texto comum ao H.262 do ITU-T
• Sistema aberto
• Taxa de bits de 4 a 100Mbps
• Opera diversos formatos, entre eles: 4:2:0, 4:1:1, 4:2:2 e
4:4:4
• Principais aplicações:
– TV digital (broadcast terrestre, satélite e cabo) HDTV/SDTV
– Armazenamento de vídeo digital
– SVCD e DVD

107
Compressão de Vídeo

• Principais padrões para compressão de vídeo:


– MPEG-4: Moving Pictures Experts Groups
• Padrão ISO (International Organization for Standartization;
• MPEG4-ASP – Advanced Simple Profile
• MPEG4-AVC
• Texto comum com o H.264 do ITU-T – Advanced Video Coding
• Taxas de bit variáveis com alta compressão
• Principais aplicações:
– Comunicação multimídia interativa
– IPTV, i-Pod, Nero Digital(MEG4-AVC)
– DivX, 3ivx e Xvid (MEPG4-ASP)
– Armazenamento de vídeo digital
– Blue-Ray
– TV digital (broadcast terrestre, satélite e cabo)

108
Compressão de Vídeo

• Principais padrões para compressão de vídeo:


– MPEG-4: Moving Pictures Experts Groups

109
Compressão de Áudio

• Principais padrões para compressão de áudio:


– MPEG-1 Layer I: ISO / IEC 11172 - Parte 3
– MPEG-1 Layer II: ISO / IEC 11172 - Parte 3*
– MPEG-1 Layer III (MP3): ISO / IEC 11172 - Parte 3
– MPEG-2 Layer I, II e III:ISO 13818 - Parte 3
– MPEG-2 AAC (Advanced Audio Code): Derivado do MPEG-2 Layer III*
– Dolby Digital AC-3*

110
Formatos de TV Digital
H.264 AVC ou MPEG.4 Parte 10?

 O MPEG, Moving Picture Experts Group foi criado em 1987 pela ISO International Standards
Organization com a IEC-International Electrotechnical Commission. Este grupo é conhecido a
nível mundial em função principalmente dos seguintes padrões desenvolvidos:

MPEG.1 - codificação de imagens em movimento e áudio associado até 1.5


Mbit/s p/ mídia de armazenamento digital ,como VCD e
CD ROM.
MPEG-2 – codificação genérica de imagens em movimento e informações de
áudio associado, como TV.
MPEG-4 – codificação de vídeo e áudio em aplicações multimídia, onde a
idéia se baseia em que uma cena audiovisual é uma
representação codificada de objetos
audiovisuais relativos no tempo e no espaço.
MPEG-7 – padronização de descrição e indexação de cenas e objetos.
MPEG-21 – transparência entre usuário, mídias e terminais.

A recomendação H.264 é o resultado dos esforços de padronização da ISO e da ITU


(International Telecommunication Union) que juntas formaram a chamada Joint Video
Team (JVT).

A recomendação H.264 AVC refere-se ao MPEG-4 Parte 10.


112
Comparativo de Desempenho MPEG.2 vs MPEG.4

113
Taxas Típicas em HDTV e SDTV - MPEG.2 vs MPEG.4

114
MPEG-2 Sistema

• Elementary Stream (ES)


– Fluxo de dados (bytes) específico de um tipo de informação: Vídeo, Áudio,
Dados

1
2
3
010001110 10111000 01100111
Vídeo

110101110 10100000 01100100


Áudio

011101110 10111011 01100101


Dados

115
MPEG-2 Sistema

• Packet Transport Stream (TS)


– São pacotes de tamanho fixo com 188 bytes, sendo 4 bytes para cabeçalho
• Uma das informações importantes do cabeçalho é o PID (packet
identifier)
– Transportam um número variável de PES

1 TS
2
3 PID PES1 ..... PESn
PES PID
Vídeo

TS

PES
Header Payload
Áudio PID

TS

Dados PES PID

116
MPEG-2 Sistema
• MPEG-2 Transport Stream
– Pode ser composto por um ou mais programas
• SPTS (Single Program Transport Stream)
• MPTS (Multiple Program Transport Stream)
MPEG-2 TS

1 TS
2
3
TS TS TS TS TS TS
Vídeo
PES PID
TS

Áudio PES PID

1
2
TS TS
3
Header Payload
Vídeo PES PID
TS

PES PID 188 bytes


Áudio

117
Efeito do Canal e Ação do FEC

Codificador de Codificador de
Fonte
Fonte Canal C
- Codificação - Codificação de linha
de apresentação A
- Codificação para
- Codificação detecção de erro
para compressão N
- Codificação para
- Codificação para Correção de erro
sigilo (criptografia) A

Destinatário
Decodificador Decodificador de L
de Fonte Canal

118
Deteção e Correção de Erro
• A transmissão de informação em um CANAL de COMUNICAÇÕES sempre resulta
em alguma degradação na qualidade da informação.
• Em sistemas de transmissão digital a medida básica para se avaliar essa degradação
é a Taxa de Erro de Bit (BER)
• Com o uso de técnicas de correção de erro podemos melhorar de forma
substancial a qualidade dos sinais digitais recebidos através do CANAL.
• Os sistemas que podem detectar e corrigir erros utilizam FEC (Forward Error
Correction).
• Bits adicionais (redundância controlada) são inseridos ao fluxo de dados para
formar um código de correção de erro.
• A eficiência de um código é a medida do número de bits redundantes que podem
ser adicionados para detectar ou corrigir um dado número de erros causados pelo
canal.
• As taxas de códigos são mostradas pela relação Rb/Rs, onde Rb é a taxa de bits sem
redundância e Rs é a taxa de bits após a redundância ser adicionada ao fluxo de
dados.

119
FEC - Forward Error Correction
 FEC LADO TX : insere bits de redundância controlada gerando assim uma taxa de
símbolos Rs = Rb x 1/FEC

 FEC LADO RX : detecta possíveis erros após demodulação e procura corrigi-los

 TIPOS DE CÓDIGOS CORRETORES: de bloco e convolucionais

 CÓDIGOS DE BLOCO: corrigem erros só em um bloco

 CÓDIGOS CONVOLUCIONAIS:corrigem erros em mais de um bloco

 CÓDIGOS CONCATENADOS – (FEC + REED SOLOMON)

 CÓDIGOS TURBO (TURBO CODING)

120
Modulação Digital
 É aquela em que o sinal modulante (banda básica de Tx) é digital.
Lembremos que toda e qualquer portadora é sempre senoidal e
portanto a portadora é sempre analógica, seja em transmissão
analógica ou em transmissão digital.
 A senóide tem 3 parâmetros definidores (amplitude, freqüência e fase)
e o sinal modulante pode ser “impresso” na portadora sob a forma de
símbolos (variações), em quaisquer dos três parâmetros.
– Na amplitude..........ASK (amplitude shift keying): a banda básica
digital altera de forma discreta (desloca) a amplitude da portadora
– Na freqüência.........FSK (frequency shift keying): a banda básica
digital altera de forma discreta (desloca) a freqüência da portadora
– Na fase...................PSK (phase shift keying): a banda básica digital
altera de forma discreta (desloca) a fase da portadora

121
122
Modulação QPSK
Esquema de modulação:
I(t)

I1(t)
Portadora modulada QPSK

Sinal

Q1(t)

Q(t)

I(t) Q1(t)

Q(t) I1(t)

123
Modulação QPSK

Constelação

OQPSK QPSK

Transições mais suaves

OQPSK - Portadora

QPSK - Portadora

124
Sistemas em Quadratura

• Nestes sistemas de modulação operamos com uma combinação de múltiplos bits por símbolo,
de forma a aumentar a eficiência da modulação.
• 4PSK - temos quatro fases de portadora associados a quatro símbolos (00 - zero graus , 01 - 90
graus, 10 - 180 graus , 11 - 270 graus).
• 8PSK - temos oito fases de portadora associados a oito símbolos (000 - zero graus , 001 - 45
graus, 010 - 90 graus , 011 - 135 graus, 100 - 180 graus, 101 - 225 graus, 110 - 270 graus, 111 -
315 graus ).
• QAM - Quadrature Amplitude Modulation - técnica baseada na modulação de amplitude e
fase que aumenta o desempenho total, pois dois sinais portadores são enviados
simultaneamente. Os dois tem a mesma freqüência, com uma diferença de fase de 90 graus.
- 16QAM
- 64QAM

125
Modulação QAM
A modulação QAM utiliza
a variação da amplitude e
da fase.

126
Transmissão com o Uso de Multiportadoras - OFDM

 OFDM – Orthogonal FDM


– A OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing) é uma variação da multiplexação por
divisão de freqüência (FDM). A idéia básica é dividir um fluxo digital de alta taxa de bits em
um esquema de baixa taxa e a transmissão paralela usando subportadoras.
– Na OFDM, ao invés de se utilizar uma banda de guarda entre subportadoras para poder
separá-las na recepção, emprega-se uma sobreposição das mesmas, resultando em um
ganho espectral de até de 50% em relação à técnica FDM.

 COFDM – CODED Orthogonal FDM


 É utilizada na TV digital no Brasil.
 Padrão de modulação utilizado no DVB-T e
no ISDB (BST-COFDM).
 Compete com o ATSC/VSB utilizado nos
Estados Unidos.

Espectros FDM tradicional e OFDM

127
Estruturas e Camadas dos Sistemas Americano (ATSC) e Europeu (DVB-T)

128
Visão Geral do Sistema de TX do ISDB-Tb – Norma ABNT – NBR 15601

129
Características da TV Digital no Brasil

• Banda Básica Digital: Vídeo H.264, Áudio MPEG.4 AAC, BB MPEG.2 TS


• Opções em Resolução: pixels/linha x linhas “visíveis”)

• Modulação QAM para TV Fixa e QPSK para Móvel, tudo com TX em OFDM
• Diversas Ferramentas para Combate às Imperfeições no Canal, tanto no Vídeo (“limpo sem
chuviscos”), como no Áudio (“sem chiados e sem distorção”)
• Robustez a ruídos multipercursos: “Expulsamos os Fantasmas”

• 01 Canal de RF com BW=6 MHz corresponde a 13 segmentos, COM ATÉ 3 CONFIGURAÇÕES


INDEPENDENTES (LDTV, SDTV, HDTV, Full HD e Interatividade)

• Áudio: até Surround (5 + 1)


• Interatividade: Local + Com Canal de Retorno, Datacasting e EPG
• TV Móvel: portátil e veicular
• Resolução: LDTV, SDTV, HDTV e “Full HD”

130
Diagrama em Blocos do Sistema de TX do ISDB-Tb – Norma ABNT – NBR 15601

131
Diagrama em Blocos da parte de TX do SBTVD
BST – Transmissão com Banda Segmentada (13 segmentos)

Vídeo
MPEG. 4
MPEG-2 Radiodifusão
Áudio MPEG. 4
AAC TS Modulação
Interativ. e novos 64 QAM (*)
serviços MUX
GINGA (*) 64 QAM – Full-Seg

QPSK – One Seg

BST - OFDM

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