Você está na página 1de 22

Redes Industriais

Evolução na comunicação
Comunicação sempre foi uma necessidade humana, buscando aproximar comunidades distantes.
 Sinais de fumaça
 Pombo-Correio
 Telégrafo (século XIX) - Código Morse
 Redes Telefônicas
 Redes de Distribuição: TV, Rádio, TV a cabo

Evolução no processamento
Iniciada durante a década de 50, com o surgimento dos primeiros sistemas de computadores.

 Baseados em grandes equipamentos para processamento e armazenamento de informações.


 Processamento batch (1950)
 Terminais interativos (1960) – sistemas operacionais de tempo compartilhado.
 Problemas
o baixo tempo de resposta e confiabilidade
o configuração do sistema não agrada usuário
o dependência de um gerenciamento centralizado

 Tecnologia digital e micro eletrônica


o Mini e micro computadores pessoais com preço reduzido (1970)
o descentralização
o individualização

2
Evolução da Informática nas Empresas

3
4
Funções das Redes
 Compartilhar dispositivos periféricos
o Impressoras
o CD-ROMs
o Scanners
o Fax/modems
o Unidades de fita
 Interagir com outros usuários na rede
o Gerenciar agendas de grupo
o Enviar e receber correio eletrônico
o Viabilizar reuniões eletrônicas
o Jogar games em rede

Conectividade
Capacidade de se ligar e comunicar dentro deste mundo de equipamentos e redes heterogêneas
 Necessidade de padrões ou normas que permitam interconexão de equipamentos e
desenvolvimento de novos produtos e tecnologias para transmissão e processamento:
protocolos
 Tendências
o Integração de serviços e redes
 construção de uma rede integrada universal, com interligação das diversas
organizações, residências, serviços de distribuição, entretenimento, comércio,
etc.
 Altas velocidades
o “Auto-estradas de informação”
 Acesso cada vez mais barato, simples e disseminado.

5
6
O mundo globalizado
 Acelerado desenvolvimento tecnológico
 Expansão acentuada das redes de comunicação
 Abertura de mercado em vários setores, incluindo Telecomunicações, Transporte e Comércio.
 Internacionalização dos Mercados
 Associações, Alianças, Joint-Ventures, Fusões, Programas Cooperativos entre empresas.
 Ambiente de Competitividade

Conceito de Rede
 O que é uma rede?
o Uma rede é um conjunto de hardware e software que permite o estabelecimento de
comunicação entre computadores individuais.

Componentes das Redes


 Toda rede tem 3 componentes básicos. Os computadores e periféricos que você utiliza em seu
trabalho, o software local e de rede que roda em seu computador e as partes da rede que
interconectam seus computadores e periféricos.
 Partes da rede = Sistema de comunicação
o Placa de rede
 Provê o elemento de hardware que efetivamente conecta
 o computador ao cabo de rede
o Cabeamento
o Hubs, MAUs, Roteadores, Pontes ...

Formas de Comutação
 Comutação ou chaveamento estabelece a forma como será realizada a alocação de recursos
para a transmissão na rede.
 Modalidades de comutação
o Comutação de circuitos
o Comutação de mensagens
o Comutação de pacotes

Protocolos e Tipos Redes


Protocolos de Rede
Acordos para poder ser estabelecido a comunicação entre computadores.
Parecem-se muito com idiomas.

7
Tipos de redes
LANs (Local Area Networks)
 Computadores de um determinado estabelecimento
 Usam cabos especiais
 Alta largura de banda
 Podem ser ponto-a-ponto ou cliente-servidor
MANs (Metropolitan Area Networks)
 Computadores localizados em diferentes bairros
 Usam-se cabos especiais, mas pode-se usar também a rede telefônica.
 Têm largura de banda alta/média
 Normalmente são redes cliente-servidor
WANs (Wide Area Networks)
 Computadores localizados em diferentes cidades ou países
 Usa-se a rede telefônica
 Têm largura de banda baixa/média
 Normalmente são redes cliente-servidor
CANs (Campus Area Networks)
 É parecida com a MAN, mas dispõe de largura de banda com velocidade total de rede
trafegando entre todas as LANs da rede.
TANs (Tiny Area Networks)
 Redes de 2 ou 3 computadores
 Normalmente “caseiras”

Topologias
 Classificação das Topologias Físicas
o Barramento
o Anel
o Estrela

Topologia Lógica X Topologia Física


 Parâmetros de comparação
o Confiabilidade
o Desempenho
o Custo
o Possibilidade de Expansão

Topologia Barramento
 Todas as estações são ligadas em paralelo ao cabo (Ligação multiponto)
 Um pedaço do circuito em curto causa a queda da rede
 O comprimento do cabo e o número máximo de estações em uma rede são determinados, a
princípio, pela atenuação do sinal no cabo e pela qualidade das placas de rede.
 O fluxo de dados é bidirecional. Extremidades do barramento são terminadores dos sinais.

8
Topologia Anel
 A saída de cada estação está ligada na entrada da estação seguinte
 A confiabilidade da rede depende da confiabilidade de cada nó (estação) e da confiabilidade da
implementação do anel
 Um grande comprimento total de cabo é permitido, pelo fato de cada estação ser um repetidor
de sinal.
 Fluxo de dados em uma única direção

Topologia Estrela
 Necessidade de um nó central ou concentrador Hub.
 Confiabilidade da rede extremamente dependente do nó central
 Tamanho da rede dependente do comprimento máximo do cabo entre o nó central e uma
estação
 Número de estações limitado pelo nó central
 Fluxo de dados entre o nó central e as estações dependente da topologia lógica

9
Tipos de redes
Conforme aplicação
 Redes de Computadores
o Interligam PCs de usuários, servidores e periféricos. (impressoras, unidades de backup,
etc.);
 Redes Domésticas
o Interligam os eletrodomésticos de uma casa;
 Redes Veiculares
o Interligam os equipamentos de um veículo;
 Redes Industriais
o Interligam robôs, sensores, atuadores e controladores industriais;
 Redes sem Fio
o Interligam laptops, palmtops, telefones celulares, etc;

Benefícios das Redes


 Alta velocidade;
 Conectividade;
 Disponibilidade;
 Custo baixo;
 Diferenciação de Serviços;
 Operação, Administração e Gerenciamento;
 Confiabilidade;
 Modularidade;
 Redução de custo;

Redes Industriais
Tecnologias de comunicação de dados aplicadas nas indústrias, no controle de robôs, processos,
produção e supervisão.
Redes industriais dão suporte à automação.

10
Sistemas Distribuídos Controlados por Computador (DCCS, em inglês),
Sistemas Digitais de Controle Distribuído (SDCD)
Requisitos de tempo-real à rede de comunicação,

Níveis de Controle:
 “Chão de fábrica”
 Planta
 Processo
 Produção
 Supervisão
 Gerenciamento total da indústria.

Linhas de Comunicação
Na organização dos enlaces físicos num sistema, encontramos diversas formas de utilização das linhas
de comunicação. As ligações físicas podem ser de dois tipos: ponto a ponto ou multiponto. Ligações
ponto a ponto caracterizam-se pela presença de apenas dois pontos de comunicação, um em cada
extremidade do enlace ou ligação. Na ligação multiponto observa-se a presença de três ou mais
dispositivos de comunicação com possibilidade de utilização do mesmo enlace.

Ponto a Ponto Multiponto

A comunicação no enlace refere-se a utilização do meio físico que consta as estações, e pode ser:

Simplex: o enlace é utilizado apenas em um dos dois possíveis sentidos de transmissão.

11
Half-duplex: o enlace é utilizado nos dois possíveis sentidos de transmissão, porém apenas um por vez.

Full-duplex: o enlace é utilizado nos dois possíveis sentidos de transmissão simultaneamente.

Meios Físicos de Transmissão


Os meios de transmissão são utilizados em redes de computadores para ligar as estações ao meio de
transmissão.
Os meios de transmissão diferem com relação à banda passante, potencial para conexão ponto a ponto
ou multiponto, limitação geográfica devido a atenuação característica do meio, imunidade a ruído,
custo, disponibilidade de componentes e confiabilidade.
Qualquer meio físico capaz de transportar informações eletromagnéticas é passível de ser usado em
redes de computadores. Os mais comuns utilizados são: o par trançado, o cabo coaxial e a fibra ótica.
Sob circunstâncias especiais, radiodifusão, infravermelho, enlaces de satélite e microondas também
são escolhas possíveis.

Par Trançado
São dois fios enrolados em espiral de forma a reduzir o ruído e manter constante a prioridade elétrica
do meio através de todo o seu comprimento.

Sua transmissão poderá ser tanto analógica quanto digital.

É um meio de transmissão de menor custo por comprimento. A ligação de nós ao cabo é também
extremamente simples, e portanto de baixo custo.

Ele é normalmente utilizado com transmissão em banda básica.

Outra aplicação típica para par trançado é a ligação ponto a ponto entre terminais e computadores e
entre estações da rede e o meio de transmissão.

12
Cabo Coaxial
Um Cabo coaxial é constituído de um condutor interno circundado por um condutor externo, tendo
entre os condutores, um dielétrico que os separa. O condutor externo é por sua vez circundado por
outra camada isolante.

O cabo coaxial, ao contrário do par trançado, mantém uma capacitância constante e baixa,
teoricamente independente do comprimento do cabo. Essa característica vai lhe permitir suportar
velocidades da ordem de megabits por segundo sem necessidade de regeneração do sinal e sem
distorções ou ecos, propriedade que revela a alta tecnologia já denominada.

Comparado ao par trançado, este tem uma imunidade a ruído de crosstalk bem melhor, e uma fuga
eletromagnética mais baixa.

Fibra Ótica
A transmissão em fibra ótica é realizado pelo envio de um sinal de luz codificado, dentro do domínio
de frequência do infravermelho, através de um cabo ótico.
O cabo ótico consiste em um filamento de sílica ou plástico, por onde é feita a transmissão da luz. Ao
redor do filamento existem substâncias de menor índice de refração, que fazem com que os raios sejam
refletidos internamente, minimizando assim as perdas de transmissão.

13
Existem três tipos de fibras óticas: as multimodo degrau, as multimodo com índice gradual e as
monomodo.

Modelo OSI (Open System Interconnect)


O modelo OSI (Open System Interconnect) foi criado em 1977 pela ISO
(International Organization for Standardization) com o objetivo de criar
padrões de conectividade para interligar sistemas de computadores locais
e remotos. Os aspectos gerais da rede estão divididos em 7 camadas
funcionais, facilitando assim a compreensão de questões fundamentais
sobre a rede.
A tabela apresentada mostra o modelo ISO/OSI e a atuação dos produtos
de comunicação em cada uma das camadas deste modelo, em uma divisão
muito clara das camadas de um sistema de comunicação.

Este é um grande auxílio para o entendimento dos diversos protocolos de


mercado.

Camada de aplicação

14
É representada pelo usuário final. Os serviços podem ser: correio, transferência de arquivos etc.
Camada de apresentação
Transfere informações de um software de aplicação para o sistema operacional.
Camada de sessão
Estabelece as sessões entre os usuários com a configuração da tabela de endereço dos usuários.
Camada de transporte
Controla a transferência dos dados e transmissões, isto é executado pelo protocolo utilizado.
Camada de rede
Cuida do tráfego e roteamento dos dados na rede.
Camada de enlace
Responsável pelo acesso lógico ao ambiente físico, como transmissão e reconhecimento de erros.
Camada física
A camada 1 compreende as especificações de hardware (Mecânicos, elétricos, físicos) todos
documentados em padrões internacionais.
Protocolos TCP/IP
TCP/IP é um acrônimo para o termo Transmission Control Protocol/Internet Protocol Suite, ou seja é
um conjunto de protocolos, onde dois dos mais importantes (o IP e o TCP) deram seus nomes à
arquitetura. O protocolo IP, base da estrutura de comunicação da Internet é um protocolo baseado no
paradigma de chaveamento de pacotes (packet-switching).
Os protocolos TCP/IP podem ser utilizados sobre qualquer estrutura de rede, seja ela simples como
uma ligação ponto-a-ponto ou uma rede de pacotes complexa. Como exemplo, pode-se empregar
estruturas de rede como Ethernet, Token-Ring, FDDI, PPP, ATM, X.25, Frame-Relay, barramentos
SCSI, enlaces de satélite, ligações telefônicas discadas e várias outras como meio de comunicação do
protocolo TCP/IP.
A arquitetura TCP/IP, assim como OSI realiza a divisão de funções do sistema de comunicação em
estruturas de camadas. Em TCP/IP as camadas são:
Aplicação
Transporte
Inter-Rede
Rede

A figura 1 ilustra a divisão em camadas da arquitetura TCP/IP:

Protocolo IP
15
O Protocolo IP é responsável pela comunicação entre máquinas em uma estrutura de rede TCP/IP. Ele
provê a capacidade de comunicação entre cada elemento componente da rede para permitir o
transporte de uma mensagem de uma origem até o destino.

Na arquitetura TCP/IP, os elementos responsáveis por interligar duas ou mais redes distintas são
chamados de roteadores. As redes interligadas podem ser tanto redes locais, redes geograficamente
distribuídas, redes de longa distância com chaveamento de pacotes ou ligações ponto-a-ponto seriais.
Um roteador tem como característica principal a existência de mais de uma interface de rede, cada uma
com seu próprio endereço específico. Um roteador pode ser um equipamento específico ou um
computador de uso geral com mais de uma interface de rede.

Por outro lado, um componente da arquitetura TCP/IP que é apenas a origem ou destino de um
datagrama IP (não realiza a função de roteamento) é chamado de host.
As funções de host e roteador podem ser visualizadas na figura:

Endereços IP
Um endereço IP é um identificador único para certa interface de rede de uma máquina. Este endereço é
formado por 32 bits (4 bytes) e possui uma porção de identificação da rede na qual a interface está
conectada e outra para a identificação da máquina dentro daquela rede. O endereço IP é representado
pelos 4 bytes separados por . e representados por números decimais. Desta forma o endereço IP:
11010000.11110101 0011100 00111111 é representado por 208.245.28.63.

Como o endereço IP identifica tanto uma rede quanto a estação a que se refere, fica claro que o
endereço possui uma parte para rede e outra para a estação. Desta forma, uma porção do endereço IP
designa a rede na qual a estação está conectada, e outra porção identifica a estação dentro daquela rede.

Uma vez que o endereço IP tem tamanho fixo, uma das opções dos projetistas seria dividir o endereço
IP em duas metades, dois bytes para identificar a rede e dois bytes para a estação. Entretanto isto traria
inflexibilidade.

16
A forma original de dividir o endereçamento IP em rede e estação foi feita por meio de classes.

Um endereçamento de classe A consiste em endereços que tem uma porção de identificação de rede de
1 byte e uma porção de identificação de máquina de 3 bytes.
A Classe A possui endereços suficientes para endereçar 126 redes diferentes com até 16.777.214 hosts
(estações) cada uma.

Um endereçamento de classe B utiliza 2 bytes para rede e 2 bytes para estação.


A Classe B possui endereços suficientes para endereçar 16.382 redes diferentes com até 65.534 hosts
cada uma.

Um endereço de classe C utiliza 3 bytes para rede e 1 byte para estação.


A Classe C possui endereços suficientes para endereçar 2.097.150 redes diferentes com até 254 hosts
cada uma.

Endereço de Rede: Identifica a própria rede e não uma interface de rede específica, representado por
todos os bits de host com o valor ZERO.

Endereço de Broadcast: Identifica todas as máquinas na rede específica, representado por todos os
bits de host com o valor UM.
Desta forma, para cada rede A, B ou C, o primeiro endereço e o último são reservados e não podem ser
usados por interfaces de rede.

Endereço de Broadcast Limitado: Identifica um broadcast na própria rede, sem especificar a que
rede pertence. Representado por todos os bits do endereço iguais a UM = 255.255.255.255.

Endereço de Loopback: Identifica a própria máquina. Serve para enviar uma mensagem para a
própria máquina rotear para ela mesma, ficando a mensagem no nível IP, sem ser enviada à rede. Este
endereço é 127.0.0.1. Permite a comunicação inter-processos (entre aplicações) situados na mesma
máquina.

17
Quantas redes existem no diagrama abaixo?

Transmissores de corrente e tensão


Os transmissores de corrente de 4mA a 20mA, geralmente denominados “transmissores de 4 a 20” ou
“circuitos de 4 a 20” ou ainda, simplesmente, “4 a 20”, são circuitos utilizados em acoplamento de
transdutores (sensores) dos mais diversos tipos: tensão, temperatura, nível, pressão, posição, etc.

18
O transmissor de 4 a 20 recebe o sinal do transdutor e o converte em um sinal de corrente da seguinte
forma: 4mA para o valor mínimo a ser medido pelo sensor, 20mA para o valor máximo a ser medido
pelo sensor.
Genericamente, podemos dizer que 4ma corresponde a 0% da variável de controle e 20mA
corresponde a 100% da variável de controle (grandeza que esta sendo medida e convertida em um sinal
elétrico).
Quando nos deparamos pela primeira vez com este circuito (4 a 20), algumas perguntas muito naturais
nos surgem a mente: por que transmitir um sinal de corrente e não de tensão? Por que a faixa vai e
4mA a 20mA? Não seria mais apropriado utilizar uma faixa de 0mA a 20mA? Por que 20mA e não
50mA ou 100mA?
Em primeiro lugar, sinais de corrente não sofrem o efeito da queda de tensão na linha, nas conexões, e
em demais elementos do circuito. Se transmitíssemos um sinal de tensão, para cada comprimento de
linha de transmissão, teríamos diferentes quedas de tensão, o que produziria erros difíceis de serem
conhecidos no sinal recebido. Com o sinal de corrente isso não acontece, uma vez que o transmissor
irar manter a corrente constante e proporcional a variável do processo. Desde que a fonte de
alimentação suporte o total das quedas de tensão, poderemos inserir elementos em serie com a linha de
transmissão (PLCs, medidores, etc), sem alterar o sinal que esta sendo transmitido.

Em segundo lugar, podemos citar pelo menos duas razoes fundamentais para não se partir do 0mA:

1º) Se utilizamos 4mA como valor mínimo a ser transmitido, podemos, seguramente, alimentar nosso
circuito transmissor com 3mA. Isto e fundamental para o transmissor a dois fios, uma vez que o
mesmo não terá uma fonte de alimentação de tensão continua. Sua alimentação será retirada da própria
linha de transmissão do sinal (dois fios). Este procedimento simplifica e reduz o custo do sistema de
medição.
2º) Qualquer sinal abaixo de 4mA, indica que ha algum problema no sensor ou no circuito ou na linha
de transmissão (um sinal igual a zero, por exemplo, pode ser um bom indicativo de que a linha de
transmissão foi interrompida!).

A maioria dos conversores A/D, opera com tensões de entrada de, no máximo, 5V. Assim, se
utilizarmos um resistor de precisão de 250Ω na entrada do conversor A/D, alimentado por um sinal de
4 a 20, termos uma tensão de entrada de 1V a 5V (lei de Ohm).
Esta exposição de motivos e suficiente, julgamos, para justificar a adoção do sistema de 4 a 20mA a
dois fios.

Interface RS-232
A maioria das mensagens digitais são mais longas que alguns poucos bits. Por nao ser pratico nem
econômico transferir todos os bits de uma mensagem simultaneamente, a mensagem e quebrada em
partes menores e transmitida sequencialmente. Uma interface encontrada na maioria dos sistemas
computacionais que funciona de forma serial e a RS-232.

Taxa de Transferência (Baud Rate)


A taxa de transferência refere-se a velocidade com que os dados são enviados através de um canal e e
medido em transições elétricas por segundo. Na norma EIA232, ocorre uma transição de sinal por bit,
e a taxa de transferência e a taxa de bit (bit rate) são idênticas. Nesse caso, uma taxa de 9600 bauds
corresponde a uma transferência de 9600 bits por segundo, ou um período de aproximadamente, 104
ms (1/9600 s).

19
Transmissão síncrona
Nas transmissões síncronas a informação e lida pelo receptor através de um pulso de clock em uma via
separada, o receptor lê o canal de dado e armazena o valor do bit encontrado naquele momento. O
canal de dados não e lido novamente ate que o próximo pulso de clock chegue. Como o transmissor e
responsável pelos pulsos de dados e de temporização, o receptor ira ler o canal de dados apenas
quando comandado pelo transmissor, e portanto a sincronização e garantida.

Transmissão assíncrona
Em sistemas assíncronos, a informação trafega por um canal único. O transmissor e o receptor devem
ser configurados antecipadamente para que a comunicação se estabeleça a contento. Um oscilador
preciso no receptor irar gerar um sinal de clock interno que e igual (ou muito próximo) ao do
transmissor. Para o protocolo serial mais comum, os dados são enviados em pequenos pacotes de 10 ou
11 bits, dos quais 8 constituem a mensagem. Quando o canal esta em repouso, o sinal correspondente
no canal tem um nível logico ‘1’. Um pacote de dados sempre começa com um nível logico ‘0’ (start
bit) para sinalizar ao receptor que uma transmissão foi iniciada. O “start bit” inicializa um
temporizador interno no receptor avisando que a transmissão
começou e que serão necessários pulsos de clocks. Seguido do start bit, 8 bits de dados de mensagem
são enviados na taxa de transmissão especificada. O pacote e concluído com os bits de paridade e de
parada (“stop bit”).

Interface Serial RS232 (EIA232)


A interface de comunicação serial popularmente chamada de RS232, e um padrão da TIA/EIA que
atualmente esta em sua versão F ou TIA/EIA 232F, este padrão foi proposto em 1969 pelo
departamento de engenharia da Electronics Industry Association o termo RS se popularizou pois, antes
do padrão estar finalizado o Recommended Standard ou recomendação de padrão RS 232 foi adotado
largamente na indústria americana. O TIA/EIA 232 possui padrões internacionais equivalentes
chamados ITU V.24 e ITU V.28.
O principal proposito do desenvolvimento da EIA232 foi o de padronizar as interfaces de comunicação
de dados entre os terminais de dados chamados de Data Terminal Equipment (DTE) e os modems ou
Data Communications Equipment (DCE), mais tarde renomeado na versão EIA 232E de Circuit
Terminating Equipment.
As normas TIA/EIA 232 definem apenas os requisitos elétricos, e mecânicos e de funcionamento das
interfaces, ou seja, os requisitos da Camada Física no modelo OSI, a EIA 232 não define nenhum
protocolo apenas os métodos de conexão entre um DTE e um DCE. A figura ilustra o método de
comunicação entre dois DTEs, nela um DCE recebe dados de um DTE via interface serial, se conecta
ao outro DCE e transmite o sinal modulado de forma eletromagnética ate o próximo DCE que por sua
vez demodula o sinal e o retransmite serialmente para o outro DTE.

20
O DTE pode ser um computador, ou um equipamento remoto que necessite trocar dados com outro
DTE, por exemplo: um sensor inteligente de incêndio ou um CLP remoto.

Interface RS-485
A EIA485 é um padrão de comunicação serial para redes de automação baseado no circuito UART e
com drivers de comunicação mais poderosos que os utilizados na EIA232. A EIA485 se diferencia da
EIA232 principalmente pela topologia, a EIA485 é um padrão de Camada 1 de rede de difusão de
dados direto entre os elementos de rede enquanto que a EIA232 é um padrão para comunicação entre
DTE e DCE numa topologia ponto a ponto.
Quanto ao cabeamento a EIA 485 é uma interface balanceada a dois fios enquanto a EIA 232 no
mínimo funciona a três fios.
Para tanto a EIA485 define interfaces que suportam até 32 elementos de rede se comunicando em
modo half-duplex, distâncias de rede com até 1200m e taxas de transferência de até 10Mbps.
Ele permite a comunicação entre vários elementos participantes em uma mesma rede de dados.
As interpretações de suas especificações e as características do padrão variam de fabricante para
fabricante, porém, essas especificações têm que ser seguidas pelos fabricantes dos chips de
implementação do padrão. Podemos citar, por exemplo, a redes Fieldbus que transmitem em RS-485
em 12 Mbps em 100 metros.

Características básicas do padrão RS-485


Transmissão: diferencial balanceada;
Comunicação: multipoint;
Fonte única: Apenas uma fonte simples de +5V para alimentar os circuitos de
transmissão e recepção;
Distância máxima: de 1200 metros em 100 Kbps.
Número de nós: O padrão é 32 nós, definidos pelas correntes e impedâncias do Circuito de Entrada e
do Circuito de Saída do Driver, porém, se a impedância do Circuito de Entrada for maior, pode-se com
isso aumentar o número de nós na rede.
Terminação: A norma estipula um resistor de 120 W em paralelo com os nós da extremidade do
barramento. Com isso, temos que a impedância do cabo vai de 100 W até 120 W. Outras terminações
poderão ser implementadas.
Falha no barramento: O RS-485 é projetado para ser imune a vários tipos de falhas associadas ao
ambiente em que está o cabo de comunicação, tais como ruídos elétricos (provenientes de indução
eletromagnética) ou até mesmo diferença de potencial entre os terras dos nós da rede. Na prática, é
uma rede robusta tanto que é umas das mais utilizadas na indústria nos dias de hoje.
Velocidade de transmissão: Até então os limites eram 10 Mbps em 12 metros e 100
Kbps em 1200 metros. Com o avanço da tecnologia, esses limites tendem a aumentar (como já têm
aumentado).
Em longas distâncias, o fator determinante é pelo tempo de resposta do cabo empregado na aplicação.
Normalmente, um cabo de 100 W possui um atraso de 5ns/metro, com isso 1200 metros de cabo terá
um atraso de 6 μs, que limita a velocidade em 333 Kbps (166 Khz), isso sem contar com os atrasos da

21
eletrônica de cada nó da rede. Em 30 metros o atraso é de 150ns, e com esse atraso um “Driver ideal” é
capaz de chavear em até 10 Mbps, teoricamente.

22

Você também pode gostar