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Módulo 2 – Redes e Sistemas de Transmissão

Tópico: Apresentação

Nesta etapa do curso você conhecerá os conceitos de redes e os sistemas de


transmissão.

O objetivo deste módulo é analisar várias características das redes de telecomunicações,


quanto à geografia, configuração, técnicas de comutação, tipo de uso e propriedade e
abordar, simplificadamente, dois sistemas de transmissão que normalmente suportam as
redes de telecomunicações – o PDH e o SDH.

Tópico: Conceitos de Redes

1. O principal objetivo de uma rede é facilitar e administrar a comunicação entre


vários pontos.

2. As redes podem ser de vários tipos e são suportadas por sistemas de transmissão.

3. Um sistema de transmissão deve suportar vários tipos de rede.

4. Os sistemas SDH são os mais utilizados nos dias de hoje.

(*) Item de animação – veja no ambiente on-line do curso.

Quanto à área de atuação geográfica, podemos classificar as redes de computadores em


três tipos:
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LAN - Local Area Networks: Redes que interligam salas em um edifício comercial
ou prédios de um campus universitário são exemplos de Redes Locais. Até mesmo
quem tem dois computadores ligados em sua própria casa possui uma Rede Local.
As Redes Locais caracterizam-se por altas taxas de transferência, baixo índice de
erros e custo relativamente baixo. Nos sistemas analógicos, os sinais que trafegam
mantêm semelhança ou analogia com os sinais originais.

(*) Item de animação – veja no ambiente on-line do curso.

MAN – Metropolitan Area Networks: Redes metropolitanas, como o próprio nome já


diz, são aquelas que estão compreendidas numa área metropolitana, como as
diferentes regiões de toda uma cidade.
Normalmente, redes metropolitanas são constituídas de equipamentos sofisticados,
com um custo alto para a sua implementação e manutenção, que compõem a infra-
estrutura necessária para o tráfego de som, vídeo e gráficos de alta resolução.
Por serem comuns nos grandes centros urbanos e econômicos, as redes
metropolitanas são os primeiros passos para o desenvolvimento de redes WAN.

(*) Item de animação – veja no ambiente on-line do curso.

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WAN - Wide Area Networks: Redes WAN são aquelas que cobrem regiões
extensas. Na verdade, WAN são um agrupamento de várias redes locais e/ou
metropolitanas, interligando estados, países ou continentes.
Tecnologias que envolvem custos elevados são necessárias, tais como cabeamento
submarino, transmissão por satélite ou sistemas terrestres de microondas.
As linhas telefônicas, uma tecnologia que não é tão sofisticada e nem possui um
custo muito elevado, também são amplamente empregadas no tráfego de
informações em redes WAN.

(*) Item de animação – veja no ambiente on-line do curso.

As redes têm o propósito de melhorar a habilidade de comunicação entre usuários, tanto


do ponto de vista qualitativo, quanto quantitativo, podendo ser categorizadas e analisadas
quanto à configuração, técnicas de comutação, quanto ao tipo de uso e propriedade e
quanto à tecnologia.
Veja os aspectos referentes a cada rede:

1. Quanto à Configuração
: : Redes Dedicadas
É concebível interconectar pequenas a médias quantidades de usuários através de
conexões diretas entre eles. Esse tipo de rede é conhecido como rede dedicada.
Devido às suas características, redes dedicadas tornam-se exponencialmente complexas
com o aumento da quantidade de pontos.
Os custos da rede e de sua administração tornam-se altos, para uma quantidade não
muito grande de usuários, e exorbitantes, em se tratando de centenas, milhares ou até
milhões de usuários que desejam se comunicar uns com os outros.

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As redes dedicadas tornam-se inviáveis para aplicações envolvendo um grande número
de pontos.
: : Redes Comutadas
Uma rede comutada consiste de comutadores de redes, ou nós, interconectados por
meios de transmissão.
Os comutadores de redes têm a função primária de suportar a conexão de usuários e de
estabelecer uma comunicação com sucesso entre dois ou mais pontos de uma rede,
através de mecanismos de comunicação, endereçamento e de gerência de recursos de
rede.
Quanto aos meios de transmissão, existe uma variedade de alternativas, tal como já visto:
cabo de pares, rádio, satélite, fibra óptica, etc.
Algumas vantagens das redes comutadas:
- Podem ser de uso público, em nível global.
- São mais fáceis de administrar.
- São mais baratas para os clientes e para o provedor.

2. Quanto às Técnicas de Comutação


: : Redes por Comutação de Circuitos
As redes podem se diferenciar também pelo tipo de tecnologia ou técnica de comutação
que adotam.
Uma das primeiras tecnologias de comutação empregada foi a comutação por circuito.
Um exemplo clássico do emprego desse tipo de comutação é a rede de telefonia.
Uma chamada comutada por circuito é dividida em três etapas:
1) Estabelecimento de uma conexão física entre o usuário de origem (chamador) e
o de destino, através da reserva física de todos os recursos na rede para a
realização daquela chamada.
2) Transferência de Informação, que é o objetivo da chamada.
3) Desconexão, onde todos os recursos reservados àquela chamada são liberados.
Na comutação por circuito, os meios de transmissão, que são caros, utilizados por uma
chamada não são compartilhados por outras chamadas. Essa é uma das principais
razões para que essa técnica de comutação esteja sendo cada vez menos utilizada.

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Quando uma chamada telefônica é estabelecida, as centrais de comutação telefônica (ou
nós de comutação) estabelecem um caminho físico entre a origem e o destino. Cada um
dos retângulos representa uma central telefônica. Esse caminho está altamente
simplificado. Na realidade, representa sistemas de transmissão, onde milhares de
chamadas estarão sendo transportadas.
Uma importante propriedade da comutação de circuito é a necessidade de primeiramente
se estabelecer um caminho fim a fim, antes de qualquer envio de dados.
Antes da transmissão de dados (ou voz) se iniciar, um sinal de chamada deve ser
transmitido e percorrer todo o caminho entre a origem e o destino e retornar com um
reconhecimento do estabelecimento da chamada. Esse mecanismo, para muitas
aplicações de computador, é indesejável.
Uma outra característica é que, uma vez estabelecida a conexão, o tempo de retardo do
sinal de dados (a informação útil) é apenas o tempo de propagação do sinal e que não
haverá congestionamento ou variações de retardo para a transmissão de dados ou de
voz. O congestionamento pode existir na fase de estabelecimento da chamada.

: : Redes por Comutação de Pacotes


Muitas redes, atualmente, são suportadas por tecnologias de comutação de pacotes, nas
quais blocos de dados, chamados pacotes, são transmitidos de uma fonte para um
destino. Essas fontes e destinos podem ser terminais, computadores, impressoras e uma
variada gama de outros dispositivos.
Essas redes apresentam a vantagem diferencial de compartilhar e otimizar o uso dos
recursos de rede, diferentemente da técnica de comutação por circuito.
As informações são divididas em pacotes, pelo terminal do usuário, antes de serem
transmitidas. Os pacotes são transmitidos na rede, sob o controle de protocolos, e os
recursos da rede são multiplexados no tempo, diferentemente das redes por comutação
de circuitos.
Numa comutação por pacotes, os meios de transmissão e recursos no nó de comutação
podem ser utilizados por várias chamadas. No destino, esses pacotes são agrupados
para compor a mensagem original.
São exemplos de redes de comutação de pacotes: Redes X.25, Frame Relay, ATM,
TCP/IP, dentre outras.
As redes de pacotes são cada vez mais utilizadas, hoje em dia, e a tendência é ser o
padrão do futuro.

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Numa comutação de pacotes, nenhum caminho físico é estabelecido previamente entre o
transmissor e o receptor. As mensagens são divididas em blocos ou pacotes, a fim de
garantir que nenhum usuário monopolize o meio de transmissão, limitando seu uso, por
transmissão, a uma pequenina fração de tempo.
Esse tipo de comutação tornou-se apropriada para tratar tráfegos interativos.
Uma vantagem adicional da comutação de pacotes, em relação à comutação de circuito,
é que o primeiro pacote, de uma mensagem de múltiplos pacotes, pode ser encaminhado
na rede, através dos nós, antes da completa recepção de um segundo pacote, reduzindo
o retardo e aumentando o throughput.
Comutação de pacotes e de circuito diferem em muitos aspectos. A diferença principal é
que a comutação de circuito reserva estatisticamente a banda de transmissão em avanço,
ao passo que a comutação de pacotes reserva e libera quando apenas necessário.
Com a comutação de circuito, qualquer largura de banda não utilizada num circuito
alocado é desperdiçada. Com a comutação de pacotes ela pode ser utilizada por outros
pacotes, de diferentes fontes, para diferentes destinos, porque os circuitos nunca são
dedicados.

3. Quanto ao Tipo de Uso e propriedade


: : Redes Privativas
Uma rede pode ser privativa/privada quando é utilizada por uma (ou mais) entidade, numa
comunicação corporativa, ou formando um grupo corporativo, envolvendo um número
bem determinado de usuários e aplicações.
Esse tipo de rede pode ser operado pelo usuário ou por um provedor de serviços de
telecomunicações.
A principal vantagem de uma rede privativa é a possibilidade de diminuição de custos de
telecomunicações, no atendimento de aplicações corporativas de alto tráfego, e o
atendimento de requisitos especiais, tais como funcionalidades e desempenho, não
cobertos pelas redes públicas.
Em contrapartida, apresenta desvantagens, como maiores investimentos, custos de
depreciação e de atualização tecnológica, complexidade para operação da rede, quando
comparados com as redes públicas.
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: : Redes Públicas
As redes públicas, como o nome sugere, são endereçadas para o uso público, onde
vários, centenas, milhares de usuários podem se comunicar uns com os outros, segundo
um conjunto de protocolos padronizados.
São redes de grande cobertura, que podem atender a uma variada gama de tipos de
terminais e portes de usuários.
Essas redes são projetadas com um grande número de funcionalidades, para suportar
uma larga variedade de aplicações.
São regidas por estruturas de preços, em função do tráfego e uso dos recursos de rede.
São operadas por provedores de serviços de telecomunicações e sujeitas a
regulamentações mais rígidas, em comparação às redes privativas.
São exemplos de redes públicas: Rede de Telefonia, a RENPAC da EMBRATEL e a
Internet.

As redes públicas, de uma forma geral, são endereçadas para atender a uma grande
variedade de usuários, aplicações, sendo, na grande maioria, de âmbito nacional e
internacional.

: : Redes Privativas Virtuais


Uma classe especial de redes privativas, que lança mão das vantagens, tanto das redes
privativas, quanto das redes públicas, são as VPN (Virtual Private Networks), as
chamadas redes privativas virtuais.
As VPN são direcionadas para o mercado empresarial, onde matriz, filiais, unidades
fabris, CPD, unidades administrativas, podem estar interconectadas, formando uma rede.
O termo virtual se refere ao fato delas serem implementadas através da reserva de
recursos e facilidades das redes públicas ou de uma rede específica (propósito e
tecnologia) de um provedor, de tal forma que, efetivamente, a rede pública se comporta
para o usuário como se fosse uma rede privativa.
Ela tem como objetivos potencializar as vantagens e eliminar as desvantagens dos dois
tipos de redes privativas e públicas.
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O VIPNET da EMBRATEL é um exemplo de rede privativa virtual de telefonia.
As tecnologias Frame Relay, ATM e IP permitem também a formação de redes privativas
virtuais.

4. Quanto à Tecnologia de Transmissão


: : Redes Wireless
As tecnologias de transmissão quando categorizadas em função do meio de comunicação
são subdivididas em transmissão com fio (wired) e transmissão sem fio (wireless).
A transmissão wireless utiliza tecnologias como freqüências de rádio, infravermelho e
ondas de luz. Ela é extensivamente utilizada em comunicações móveis, transmissões de
satélites e acesso a sinais de TV, voz e dados, em áreas rurais e de acesso físico caro ou
inviável.
Diversas redes sem fio se interconectam com redes que utilizam cabeamento. Desta
forma, redes wireless possuem as seguintes características:
- Adicionar conexões temporárias dentro de uma rede de cabeamento estruturado.
- Acesso a dados por usuários móveis.
- Atendimento a pontos em locais onde o acesso físico é caro ou inviável.
- Redes de uso temporário.
- Conectividade de redes em construções antigas, onde cabeamento terá custo
muito elevado.
- Computação móvel.
- Redes celulares.
Dentre os principais benefícios das redes wireless destacam-se: mobilidade, baixo custo,
instalação em áreas de difícil acesso, confiabilidade e tempo de instalação reduzido.

(*) Atividades e Desafios – veja no ambiente on-line do curso.

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Tópico: Sistemas de Transmissão

Os sistemas de transmissão fornecem uma infra-estrutura básica para as redes de


comunicação e são utilizados pelas empresas de telecomunicações.
Veja os aspectos referentes aos sistemas:

: : Sistemas de Transmissão
Os sistemas de transmissão têm o objetivo de fornecer uma infra-estrutura básica para as
redes de serviços de telecomunicações, públicas e privadas, em todo o mundo.
Os sistemas de transmissão, algumas vezes chamados de Rede Básica, se interligam aos
meios da rede física, como as fibras ópticas, os enlaces de cobre (pares de fios), rádios
de microondas, dentre outros, para implementar uma infra-estrutura de transferência de
informações, segura e redundante, entre os diversos pontos de presença do provedor de
serviços.
Qualquer destes meios físicos, para que possa suportar milhares de chamadas ou canais
de comunicação, necessita possuir uma banda para transmissão bem superior à
requerida por um único sinal de informação.
Como visto anteriormente, a forma de compartilhar os meios físicos entre diversos canais
de comunicação é a multiplexação; e o equipamento que realiza a multiplexação é
chamado multiplexador ou, simplesmente, MUX.
Um sistema de transmissão é uma rede, composta de multiplexadores (Mux) interligados,
com sistemas de proteção e controle, que agrupam canais de comunicação, para
transportar os sinais originados, sejam de dados, voz ou imagem, que são transferidos
sobre o meio físico e entregues nos pontos de destino.
Geralmente são redes do tipo TDM, que utilizam o padrão SDH e fornecem circuitos com
capacidades que variam de 2 Mbit/s (E1) a 10 Gbit/s (STM64).
Existem ainda algumas redes legadas (redes em estágio de substituição), que utilizam o
padrão PDH e que fornecem circuitos que variam de 64 kbit/s (E0) a 140 Mbit/s (E4).

: : PDH_ Plesiochronous Digital Hierarchy


O PDH é um sistema de transmissão digital que considera Multiplexadores TDM em
várias hierarquias. O Mux básico dos sistemas PDH considera um canal básico de
64Kbit/s. Multiplexando-se 31 canais de 64 Kbit/s, chega-se a um frame de 2 Mbit/s.
O canal de 64 Kbit/s é chamado de tributário, para o frame de 2 Mbit/s; e o frame de 2 Mbit/s é
chamado agregado. Já o frame de 2 Mbit/s é tributário para um Mux de hierarquia superior.

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A máxima velocidade de um agregado PDH é de 140 Mbit/s.
O tributário básico é chamado de DS-0. Assim, DS-0 = 64 Kbit/s. A cada hierarquia
superior o Frame agregado vai sendo chamado DS-1, DS-2,...DS-N.

Nível Hierárquico Americano Europeu


DS-0 64 Kbit/s 64 Kbit/s

DS-1 1.544 Kbit/s 2.048 Kbit/s

DS-2 6.312 Kbit/s 8.448 Kbit/s

DS-3 44.736 Kbit/s 34.368 Kbit/s

DS-4 139.246 Kbit/s 139.246 Kbit/s

- Limitações dos Sistemas PDH


• Flexibilidade: Um canal DS-1 de 2 Mbit/s, sendo transmitido em um link DS-
4 de 140 Mbit/s, só poderá ser recuperado após a completa
demultiplexação, isto é, após passar por um Mux DS-4, um
Mux DS-3 e um Mux DS-2. A arquitetura PDH é muito pouco
flexível, no que diz respeito à inserção e retirada de um canal.
• Padronização: A falta de padronização na hierarquia PDH causou uma
diferença entre os modelos americano e europeu, o que faz
com que haja muito gasto em equipamentos conversores,
tendo em vista o alto volume de tráfego entre os Estados
Unidos e a Europa.
• Compatibilidade: Não há compatibilidade entre os equipamentos PDH de
diversos fabricantes, exigindo que uma empresa provedora
de telecomunicações utilize apenas um fabricante
equipamento.
• Gerência: Não há, no cabeçalho PDH, informações que facilitem a gerência e
monitoramento da performance da rede.
• Banda: Os sistemas PDH possuem uma banda máxima de 140 Mbit/s, que é
insuficiente para as demandas atuais.

: : SDH_ Synchronous Digital Hierarchy


O SDH é o padrão mais utilizado. É uma evolução dos sistemas de transmissão, sendo
desenvolvido para solucionar as deficiências do PDH.
As tecnologias SDH (Synchronous Digital Hierarchy) são utilizadas para multiplexação
TDM com altas taxas de bits, tendo a fibra óptica como meio físico preferencial de
transmissão. Entretanto, possui, ainda, interfaces elétricas que permitem o uso de outros
meios físicos de transmissão, tais como enlaces de rádios digitais e sistemas ópticos de
visada direta.

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Sua elevada flexibilidade para transportar diferentes tipos de hierarquias digitais permite oferecer
interfaces compatíveis com o padrão PDH europeu (nas taxas de 2 Mbit/s, 8 Mbit/s, 34 Mbit/s e
140 Mbit/s) e americano (nas taxas de 1,5 Mbit/s, 6 Mbit/s e 45 Mbit/s), além do próprio SDH (nas
taxas de 155 Mbit/s, 622 Mbit/s, 2,5 Gbit/s e 10 Gbit/s).
A tecnologia SDH permite, ainda, implementar mecanismos variados de proteção nos
equipamentos e na própria rede, oferecendo serviços com alta disponibilidade e efetiva
segurança no transporte de informações.
O SDH foi desenvolvido para solucionar as limitações do PDH, principalmente no que diz
respeito à retirada de um circuito individual sem realizar a completa demultiplexação dos
frames (operação necessária no PDH).
- Uma rede SDH é composta por:
• Rede Física: é o meio de transmissão que interliga os equipamentos SDH.
Pode ser composta por: cabos de fibra óptica, enlaces de rádio e
sistemas ópticos de visada direta, baseados em feixes de luz
infravermelha.
• Equipamentos: são os multiplexadores SDH de diversas capacidades que
executam o transporte de informações.
• Sistema de Gerência: é o sistema responsável pelo gerenciamento da rede
SDH, contendo as funcionalidades de supervisão e
controle da rede, de configuração de equipamentos e
aprovisionamento de facilidades.
• Sistema de Sincronismo: é o sistema responsável pelo fornecimento das
referências de relógio para os equipamentos da rede
SDH, que garante a propagação desse sinal de clock
por toda a rede.

O SDH é padronizado pelas recomendações do CCITT G.707, G.708 e G.709.


Nos Estados Unidos, a ANSI publicou o SONET, que pode ser entendido como um
subconjunto das recomendações SDH.

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O CCITT definiu na hierarquia SDH as seguintes taxas básicas de transmissão:
Nomenclatura Nomenclatura
Velocidade
(SDH) SONET
STM-1 OC-3 155 Mbit/s

STM-4 OC-12 622 Mbit/s

STM-16 OC-48 2,4 Gbit/s

STM-48 OC-192 10 Gbit/s

Apesar das vantagens do SDH, seria muito dispendioso adotar o novo padrão de
transmissão, substituindo todos os equipamentos anteriores.

Assim, na recomendação G.709 do CCITT, quaisquer velocidades entre 1,5 Mbit/s e


140 Mbit/s poderiam entrar na composição de um quadro SDH STM-1 de 155 Mbit/s.
Desta forma, os sistemas SDH compatibilizaram a utilização dos sistemas PDH legados.
- Benefícios do SDH:
• Simplificação da Rede: Os equipamentos SDH são mais compactos. Um único
equipamento pode ter várias hierarquias, não
necessitando de um para cada hierarquia, como o
PDH.
• Aprovisionamento: A capacidade de extrair um circuito sem a necessidade de
demultiplexar todo o quadro, somada às poderosas
capacidades da gerência SDH, facilita o atendimento da
demanda. A simplificação da rede e a flexibilidade
permitem à operadora de telecomunicações gerar novas
receitas.
• Disponibilidade: A capacidade de gerência associada ao SDH permite a
imediata verificação de links com problemas. Mecanismos
automáticos permitem a reconfiguração dos equipamentos,
não deixando o serviço indisponível.
• Gerência: O uso de canais de gerência, dentro do frame SDH, permite que a
rede seja inteiramente controlada por software. Os sistemas de
gerência SDH não realizam, simplesmente, as funções de gerência
de alarmes, mas também fazem monitoração de performance,
gerência de configuração, de recursos, segurança de rede e
inventário de rede.

(*) Atividades e Desafios – veja no ambiente on-line do curso.

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Tópico: Recordando os pontos chaves das redes e sistemas de transmissão...

As redes de comunicação têm o propósito de melhorar a habilidade de comunicação


entre usuários e podem ser categorizadas ou analisadas de múltiplas formas.
LAN é uma rede local e pode ser encontrada em empresas, salas de edifícios
comerciais, campus universitários, residências, etc.
MAN é uma rede metropolitana, constituída de equipamentos sofisticados, bastante
utilizada em grandes centros urbanos e econômicos.
WAN é uma rede que cobre regiões extensas, necessitando de alta tecnologia para
interligar estados, países ou continentes.
A rede dedicada interconecta pequenas e médias quantidades de usuários, através
de conexões diretas entre eles; e a rede comutada é formada por computadores de
redes, ou nós, interconectados por meios de transmissão.
Na rede por comutação de circuitos, os recursos utilizados por uma chamada não
são compartilhados por outra chamada; e na comutação por pacotes, os recursos
são compartilhados.
Uma rede é privativa quando é utilizada por uma ou mais entidades, envolvendo um
grupo fechado de usuários de uma ou algumas empresas; as redes públicas são
direcionadas para o uso público; e as redes privativas virtuais são endereçadas para
o mercado empresarial, com o objetivo de potencializar as vantagens e eliminar as
desvantagens das redes privativas e públicas.
As redes wireless utilizam tecnologia de transmissão sem fio, para comunicações
móveis, transmissões de satélites e acesso a sinais de TV em áreas rurais e de
acesso físico caro ou inviável.
Os sistemas de transmissão são o suporte físico das redes de longa distância.
PDH e o SDH são dois tipos de sistemas de transmissão. O PDH é um sistema de
transmissão digital que considera Multiplexadores TDM em várias hierarquias e o
SDH é uma evolução dos sistemas de transmissão e soluciona as deficiências do
PDH.

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