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Módulo 4 – Redes Locais

Tópico: Apresentação

Nesta etapa do curso, você conhecerá as Redes Locais – LAN e a interconexão de LAN.

O objetivo deste módulo é descrever uma LAN, os principais padrões, vantagens e


funcionamento, além das várias formas de interconexão, começando com os repetidores,
passando por bridges e finalizando com os switches.

Tópico: Redes Locais – LAN

1. Uma Rede Local – LAN – é formada pela interconexão de computadores e


periféricos, através de um meio físico comum. Possui alcance limitado, devido à
performance dos cabos e meios físicos utilizados para a transmissão.

2. As estações de rede compartilham o mesmo link e, devido a isso, regras devem ser
estabelecidas para administrar o acesso, para evitar conflito (colisão) nas
transmissões.

3. As interconexões de LAN são estabelecidas de várias formas, com: repetidores,


bridges e switches. Esses dispositivos resolvem as questões relacionadas com a
regeneração de sinais, congestionamento nos meios de transmissão e seus
desempenhos.

(*) Item de animação – veja no ambiente on-line do curso.


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Uma LAN é o conjunto de estações e periféricos interligados através de um meio físico
comum e normalmente está restrita a curtas distâncias. Para controlar o acesso a este
meio físico são definidos protocolos de acesso ao meio.
Existem vários tipos de Redes Locais. Hoje o principal é o padrão Ethernet.
Estes tipos de redes possuem funcionalidades e vantagens específicas.
Veja os aspectos referentes às Redes Locais:

: : Evolução das Redes de Computadores


Inicialmente, todos os serviços de computação e armazenamento de dados eram
centralizados em mainframes, que ficavam em salas fechadas, climatizadas e de alta
segurança. Os contatos com o computador eram realizados através de cartões
perfurados, que eram reconhecidos por uma leitora de cartões e processados
posteriormente. Estes sistemas são chamados de sistemas de processamento em batch
ou sistemas de processamento em lotes.

Mais tarde, surgiram as arquiteturas time-sharing, onde terminais burros acessavam


simultaneamente o mainframe, porém, dividindo o tempo de consumo de processamento
entre as diversas tarefas dos usuários.

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Na década de 70, experiências, em institutos de pesquisas das universidades
americanas, mostraram que tarefas que exigiam grande esforço computacional poderiam
ser realizadas por diversos computadores menores. Com isso, começou-se a pensar em
uma arquitetura distribuída.

Com o desenvolvimento dos microcomputadores, pôde-se levar o processamento de


dados para as empresas de menor porte, e, com o surgimento das redes de
computadores, na década de 80, tarefas antes executadas por mainframes passaram a
ser realizadas nas redes, de forma distribuída.
Com o advento das Redes Locais ou LAN (Local Area Networks), o processamento saiu
dos CPD e foi trazido para o desktop. Este processo foi chamado de downsizing.
Eis algumas vantagens trazidas pelas LAN:
- Vantagens das LAN
• Compartilhamento de impressoras de menor porte em um departamento da
empresa, quando, antes, existia uma impressora grande e mais cara para toda
a empresa.
• Compartilhamento de arquivos em servidores de menor porte, e mais baratos,
com parte do processamento local, enquanto, antes, os arquivos e o
processamento eram centralizados no CPD e o acesso era via terminais burros.
• Acréscimo do poder computacional global, permitindo o desenvolvimento de
aplicações mais inteligentes e com mais recursos, como, por exemplo, um
simples editor de texto, como o Word, só pode ser utilizado pela capacidade de
processamento local de uma estação.

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- Microcomputadores compartilhando impressoras, áreas de armazenamento e
outros periféricos.
- Processamento distribuído. Aplicações que usam várias máquinas.
- Aumento do poder computacional por estação.

: : Redes Locais
Uma rede local (LAN) é formada pela interconexão de computadores e periféricos através
de um meio físico comum. Uma LAN, normalmente, está restrita a curtas distâncias, com
taxas de transmissão que, hoje, vão até 1Gbit/s.
Os computadores ou máquinas que se interligam à Rede Local são chamados “estações
de rede”. O meio de transmissão compartilhado por estas estações é chamado de Data
Link ou enlace de dados.

Todas as estações compartilham o mesmo link e, portanto, regras devem ser


estabelecidas para que possam utilizá-lo da melhor forma. O conjunto destas regras é
chamado MAC (Media Access Control), isto é, Protocolos de Controle de Acesso ao Meio.
Estes protocolos situam-se na camada 2 do modelo OSI.
Os protocolos MAC são responsáveis pelas seguintes tarefas:
- Tarefas dos protocolos MAC

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• Controle de Acesso: Realizar o controle de acesso das estações ao meio físico
compartilhado. Somente uma estação pode transmitir de cada vez.
• Controle do Fluxo: Realizar o controle da transmissão de dados fim a fim. Isto é,
ele é responsável pela quantidade de tráfego transmitido e por este tráfego
seguir o caminho correto entre dois pontos da rede.

Outra questão é que cada estação conectada à rede deve ser unicamente identificada.
Este identificador deve ser único por interface conectada ao meio. A este identificador de
interface conectada ao meio chamamos MAC Address, ou endereço físico.

- O endereço MAC identifica unicamente cada estação conectada à Rede Local.


- Os endereços MAC já vêm gravados em ROM, nas placas de rede.
- O protocolo MAC estabelece um link de dados entre um endereço de origem e um
de destino.

Existem vários tipos de Rede Local, como, por exemplo: Ethernet, Token Ring e FDDI,
dentre outros. Entretanto, veremos que, de fato, hoje, o principal é o Ethernet e, portanto,
o estudaremos mais detalhadamente.
Todos esses tipos seguem padronizações dos principais organismos internacionais. No
caso das Redes Locais, a organização mais atuante é o IEEE (Institute of Electrical and
Electronics Engineers), associado à ISO (International Organization for Standardization).
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Os padrões de redes especificam e detalham a arquitetura das Redes Locais.
Os tipos de Redes Locais se diferenciam, principalmente, quanto aos seguintes atributos:

- Atributos de Diferenciação dos Padrões de Rede


• Topologia Física - Diz respeito à topologia do cabeamento de rede. Pode ser
estrela, barramento ou outros.
• Topologia Lógica - Diz respeito à topologia seguida pelo sinal digital. Esta é a
topologia percebida pela camada de enlace (camada 2).
Pode ser estrela, anel, barramento, etc.
• Protocolos MAC - São os protocolos de controle de acesso ao meio, utilizados
pela arquitetura. Podem ser Token Passing, CSMA/CD,
CSMA/CA e outros.
• Meio de Transmissão - É o meio físico comum, utilizado pelas estações de cabo
de par trançado, wireless, fibra, etc.

: : Padrão Ethernet
O padrão de Redes Locais mais utilizado é o Ethernet. Este padrão especifica o
funcionamento de redes com topologia lógica em barramento de 10 Mbit/s. Ele surgiu a
partir do padrão Ethernet originalmente proposto pela Xerox, em 1980, e, hoje, a ISO
padroniza, sob a norma IEEE 802.3.
O IEEE 802.3 especifica os seguintes atributos:
- Atributos das Redes Ethernet (IEEE 802.3)
• Topologia Lógica: Em barramento.
• Protocolo de acesso ao meio: CSMA/CD.
• Meio de Transmissão: Existem dois padrões principais:
- 10 Base T: Cabo de par trançado (UTP).

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- 10 Base 2: Cabo coaxial fino.
• Topologia Física: Barramento para o 10 Base 2 e Estrela para o 10 Base T.

Diferentes Arquiteturas Ethernet e Padrões de Cabeamento


O IEEE 802.3 previu três padrões de cabeamento para as redes Ethernet. São eles:
10 Base-2: Barramento de cabo coaxial fino. As estações são ligadas ao
barramento através de conectores BNC. O comprimento máximo do
barramento é de 185 metros.
10 Base-5: Barramento de cabo coaxial grosso (1,2 cm de diâmetro). O
comprimento máximo do barramento é de 500 metros. As estações são
conectadas ao cabo através de dispositivos externos, chamados MAU
(Media Acess Unit). O conector ligado à estação é um AUI de 15 pinos.
Entre o conector e a MAU existe um cabo AUI que pode atingir até 50
metros. Este padrão não é mais utilizado atualmente.
10 Base-T: Tanto o padrão 10 Base-2, quanto o padrão 10 Base-5, estão em
desuso e, portanto, somente comentaremos em detalhes o padrão
10 Base-T.

Evolução do Padrão Ethernet


As redes Ethernet de 10 Mbit/s, ainda hoje, atendem à demanda comum das estações de
trabalho. Entretanto, quando consideramos os servidores que são acessados por várias
estações simultaneamente, a banda de 10 Mbit/s é insuficiente e degrada bastante a
performance da rede como um todo.
Todos os padrões mais rápidos apresentam arquitetura semelhante à do 10 Base T, isto
é, possuem estrutura com topologia lógica em barramento e física em estrela,
centralizada em um elemento com as funções do Hub, porém com maior capacidade e
facilidades específicas.
O cabeamento, apesar de seguir a mesma estruturação, passa a ser de fibras ópticas,
nos padrões mais rápidos, como o 10 Gbit/s.
Os novos padrões são os seguintes:

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IEEE 802.3u: Chamado Fast Ethernet e apresenta taxas de transmissão de até
100 Mbit/s.
IEEE 802.3z: Chamado Giga Ethernet e apresenta taxas de transmissão de até
1 Gbit/s.
IEEE 802.3ae ou 10GEA: Padrão de 10 Gbit/s Ethernet, utilizado na construção de
backbones Metro Ehernet.

: : CSMA/CD
O CSMA (Carrier Sense Multiple Access with Colision Detection) é um protocolo de
acesso ao meio, baseado em Contenção, isto é, não existe uma ordem pré-definida, de
transmissão de dados, para as estações que compartilham o mesmo meio. Desta forma, a
estação inicia a transmissão quando possui tráfego para transmitir, o que pode levar as
duas estações a transmitirem ao mesmo tempo. Esta situação é chamada de colisão.

- Em rede de barramento, a colisão ocorre quando duas estações transmitem ao


mesmo tempo.

Para evitar uma colisão, uma estação “ouve” a rede e verifica se há alguma outra
transmitindo. No caso da rede estar sendo utilizada, a estação não transmite, ficando no
estado de contenção. No caso da rede estar livre, a estação inicia a sua transmissão.
Durante todo o tempo de transmissão de outra estação, a estação que deseja transmitir
permanece ouvindo a rede. Quando a outra termina, ela inicia o envio de sua mensagem.

Mesmo com esta contenção, pode haver uma colisão, quando duas estações ouvem a
rede ao mesmo tempo, verificam que a rede está livre e, simultaneamente, tentam iniciar
a sua transmissão. Neste caso, há uma colisão e, ambas, as estações, entram em estado
de contenção forçada. Cada estação espera um tempo aleatório, para tentar transmitir
novamente.
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- Mesmo com o mecanismo de contenção do CSMA/CD, podem ocorrer colisões,
quando as estações ouvem o meio ao mesmo tempo e iniciam suas transmissões
simultaneamente.
Caso esses tempos de espera fossem iguais, uma nova colisão poderia ocorrer.
Entretanto, o CSMA/CD define algoritmos de temporização que levam a tempos diferentes
de espera, o que dificulta uma segunda colisão dos tráfegos dessas estações.

- Algoritmo de temporização aleatória define os tempos de espera para cada


estação.
Depois de definido o tempo de espera, ele começa a decrementar. A estação com menor
tempo de espera chega a zero, antes, e pode tentar sua transmissão novamente.

- A estação com menor tempo de espera reinicia a transmissão antes da outra.


- Desta forma evita-se uma segunda colisão.

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Vale ressaltar que a eficiência da Rede Local está diretamente relacionada com o baixo
número de colisões. Alguns protocolos do tipo CSMA foram desenvolvidos para aumentar
a eficiência da transmissão e a redução das colisões. O mais importante é o CSMA/CD.

: : Arquitetura 10 Base 2 e 10 Base T


O 10 Base 2 prevê a formação de um barramento de cabo coaxial fino, com até 185
metros. As estações se ligam a este barramento, interrompendo-o com conectores BNC
do tipo T. Em cada ponta do T, entra um lado do barramento. Na base do T, entra a
estação.
A arquitetura 10 Base 2 forma um barramento físico e lógico.

- Todas as estações se ligam no barramento, por conectores BNC.


- A topologia física é barramento e a topologia lógica também.

Arquitetura 10 Base T
O Padrão 10 Base T apresenta uma arquitetura com topologia física em estrela e lógica
em barramento.
O meio de transmissão definido para o 10 Base T é o par trançado. Através de dois pares
trançados, um para transmissão e outro para recepção, cada estação se conecta a um
dispositivo central, chamado Hub. Nas redes 10 Base T, os conectores utilizados são os
RJ-45.

- Todas as estações se ligam no Hub por cabos UTP (par trançado).


- A topologia física é estrela, mas o Hub provê uma topologia lógica em
barramento.

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- O sinal enviado por uma das estações é repetido para todas as outras, pelo Hub.
Desta forma, o Hub constitui um barramento lógico para o sinal.
Quando duas estações tentam transmitir simultaneamente, o Hub detecta uma colisão e
envia para todas as estações um sinal de aviso de colisão. Este sinal de detecção da
colisão se chama jaming.

- Após a colisão o Hub envia um sinal para todas as estações indicando que ouve
uma colisão.

As redes 10 Base T apresentam uma série de vantagens sobre os demais padrões e, por
isso, acabaram sendo o padrão de fato.
Entre as vantagens do 10 Base T, podemos citar:
• Simplicidade da estrutura de cabeamento.
• Estabilidade da rede.
• Facilidade de manutenção da rede.
• Facilidade de inserção e retirada de uma nova estação.
• Cabeamento estruturado prevendo o up grade para os padrões de 100 Mbit/s.

: : Token Ring
A arquitetura Token Ring foi originalmente desenvolvida pela IBM, na década de 70. Da
mesma forma que o Ethernet da Xerox, o Token Ring também foi padronizado pelo IEEE,
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segundo a recomendação IEEE 802.5, de forma que, hoje, Token Ring e IEEE 802.5 são,
na prática, sinônimos.
As pequenas diferenças entre a recomendação do IEEE e o padrão original referem-se à
topologia, que no padrão IBM era uma topologia física em estrela e lógica em anel,
enquanto no IEEE não foram feitas restrições quanto à topologia física.
O Token Ring utiliza o Token passing como protocolo de controle de acesso ao meio. Ele
é baseado em um acesso ordenado ao meio de transmissão, onde cada estação tem
definida a sua vez de transmitir e, portanto, não há colisões.
Durante a sua vez de transmitir, cada estação tem um tempo máximo para enviar dados.
Com isso, é possível calcular qual a banda mínima para uma estação.
Desta forma, o Token Ring possui um comportamento mais determinístico, ao contrário do
CSMA/CD, que é estatístico.
No Token Ring é possível calcular o tempo máximo que uma estação pode ficar sem
transmitir. No CSMA/CD esse tempo dependerá do tráfego e da quantidade de colisões.

- Topologia Lógica: em Anel.


- Protocolo de Acesso ao Meio: Token Passing.
- Topologia Física: Estrela.
- Meio Físico: Cabo STP (150 ohms) ou UTP (100 ohms).
- Capacidade Máxima: 260 estações no anel.
- Velocidade: 4 Mbit/s ou 16 Mbit/s.

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O Token passing opera através da passagem de um pequeno frame, chamado “token”,
pelo anel. Apenas um token circula pelo anel e somente a estação que o detém pode
transmitir.
O token é a permissão para transmitir e ele garante que somente uma estação está
transmitindo em um determinado momento.

A estação A pega o Token e somente ela transmite seus pacotes.


Cada estação só pode ter a posse do Token por um período determinado de tempo. Após
isso, ela deve liberá-lo.
Ao finalizar a transmissão, a estação reinsere o token no anel, para que a próxima
estação possa pegar o token e ter a permissão para transmitir.

Quando termina a transmissão a estação A repõe o Token no anel.


O Anel é unidirecional sendo que o token é passado de estação em estação até completar
o anel. Assim, o protocolo dá oportunidades iguais de transmissão para cada estação.
Da mesma forma, a mensagem transmitida por uma estação é passada de estação em
estação, até a estação de destino. A estação de destino lê a mensagem, para posterior
processamento, mas a retransmite; e somente a própria estação transmissora pode retirá-
la do anel.

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Somente, então, a estação B pega o Token e realiza a transmissão de seus dados.
O Token Ring segue o padrão IEEE 802.5 e prevê uma taxa de transmissão de 4 Mbit/s
ou 16 Mbit/s.

Arquitetura Token Ring


A arquitetura Token Ring baseia-se em uma unidade central, aonde todas as estações se
conectam. Esta unidade é a MSAU (Multistation Access Unit). A topologia física é em
estrela, mas logicamente a MSAU estrutura um anel.
A MSAU possui portas de entrada e saída do anel, que devem ser interligadas, fechando
o anel. Para ampliar o anel, MSAU podem ser cascateadas, ligando-se as portas in e out,
formando um anel maior. O número máximo de estações em um anel é de 260.

- Na arquitetura Token Ring todas as estações se ligam a um elemento central,


chamado MSAU (Multistation Access Unit).
- A MSAU provê topologia física em estrela e lógica em anel.
- As MSAU podem ser cascateadas, formando um anel maior.
- O número máximo de estações no anel é 260.

: : Tecnologia Wireless
Recentemente, o mercado de telecomunicações wireless vem crescendo bastante.
Centenas de milhões de pessoas utilizam telefones celulares e esse crescimento também
tem atingido as Redes Locais.

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Arquiteturas de Redes Wireless
Segundo o padrão IEEE 802.11, que apresenta as redes wireless, há duas arquiteturas
possíveis:
- Ad-hoc: As estações são todas móveis, não possuindo base fixa.
- Infra-estrutura: Possui estações móveis que se ligam às estações bases fixas.

Arquitetura Ad-hoc
Na arquitetura Ad-hoc, todas as estações se conectam, umas com as outras, por meio de
antenas. Não há um ponto fixo, podendo, todas elas, ser móveis, desde que se
mantenham a uma distância adequada para a comunicação.

- Nas arquiteturas tipo Ad-hoc, todas as estações da rede são móveis.


- Não existe ponto fixo.

Arquitetura do tipo Infra-estrutura


Na arquitetura do tipo Infra-estrutura, há vários pontos fixos na rede, com os quais as
estações móveis se comunicam. Esses pontos fixos são estações base, que
intercomunicam entre si, por meios de transmissão fixos.
As estações base funcionam como os Hubs das redes Ethernet; assim, sempre que uma
estação móvel envia mensagens para outra é através de uma estação base. Esta
estrutura é muito similar à estrutura adotada para os aparelhos de telefonia celular.

- As arquiteturas tipo Infra-estrutura funcionam como os equipamentos celulares.


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- Existem estações bases que fazem o papel do Hub nas redes Ethernet.
- A estação se comunica com outra, sempre através da base.
- As estações base se interligam por meios diferentes.

Vale observar que todas essas desvantagens devem ser revertidas em curto prazo, com
novas tecnologias sendo desenvolvidas na área, que, hoje, recebe fartos investimentos.

: : Padrão IEEE 802.11


O padrão IEEE especifica o CSMA/CA (Carrier Sense Multiple Access with Colision
Avoidance) como protocolo e controle de acesso ao meio das redes wireless.
Existem vários padrões dentro da especificação IEEE 802.11, sendo que a especificação
mãe apresenta, como meio de transmissão, as freqüências de transmissão de 2.4 GHz,
usando multiplexação spread spectrum. Esta especificação permite a transmissão a taxas
de 1 ou 2 Gbit/s.

- Topologia Lógica: Meio comum wireless (barramento).


- Protocolo de Acesso ao Meio: CSMA/CA.
- Topologia Física: Estrela para o tipo Infra-estrutura.
- Indefinida para Ad-hoc.
- Meio Físico: Ondas de rádio.
- Velocidade:. 1 ou 2 Mbit/s.
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: : FDDI
FDDI (Fiber-Distributed Data Interface) é um padrão para transmissão de dados a
100Mbit/s, utilizando fibra óptica, com topologia de anel duplo. É utilizado como backbone
em MAN (Metropolitan Area Networks).
Seu funcionamento é baseado no Token Ring (IEEE 802.5), ou seja, utiliza o token
passing como protocolo de acesso ao meio, mas, ao contrário do Token Ring, permite a
existência de mais de um datagrama no meio físico.
O anel duplo é formado pelo anel primário e pelo anel secundário, correndo em direções
opostas.
O anel secundário é ativado no caso de falha no anel primário. A ativação do anel
secundário é controlada pelo protocolo FDDI, que é capaz de detectar o segmento do
anel primário que apresenta a falha, isolando o mesmo, através da interligação dos anéis
primário e secundário nas extremidades do segmento com falha.

- Topologia Lógica: em Anel duplo.


- Protocolo de Acesso ao Meio: Token Passing.
- Topologia Física: Estrela.
- Meio Físico: Fibra Óptica.
- Velocidade: 100 Mbit/s.

(*) Atividades e Desafios – veja no ambiente on-line do curso.

Tópico: Interconexão de LAN

A transmissão do sinal é sujeita à atenuação, interferência (ruído) e distorção. Todos


esses fatores, somados, aumentam conforme aumenta a distância entre uma estação e
outra.
Os repetidores, bridges e switches fazem parte das várias formas de interconexão das
Redes Locais.
A LAN é formada pela interconexão de computadores e periféricos, através de um meio
físico comum.

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A Interconexão de LAN é estabelecida de várias formas, com: repetidores, bridges e
switches.
Veja os aspectos referentes a esses dispositivos:

: : Repetidor
Um repetidor é um dispositivo de recuperação da qualidade do sinal. Ele é inserido no
meio físico, de forma a atenuar o efeito da degradação do sinal com a distância.
O repetidor não processa o sinal, ele apenas o reconhece e replica, eliminando a
distorção e interferência, e, também, amplifica, eliminando a atenuação do sinal.
Com o uso do repetidor, pode-se ampliar o alcance das Redes Locais.

- Recuperam a qualidade do sinal.


- Ampliam o alcance das LAN.

: : Bridges
Na medida em que as redes crescem, surgem problemas de congestionamento nos meios
compartilhados. As redes Ethernet pioram exponencialmente com a ampliação do tráfego,
devido ao aumento das colisões.

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As estações que competem por um acesso ao meio, e cuja transmissão conjunta resulta
em uma colisão, fazem parte de um mesmo Domínio de Colisões. Ou seja, todas as
estações de um mesmo barramento fazem parte de um mesmo domínio de colisões.
Em redes Ethernet, as Bridges são dispositivos que permitem a separação das estações
em domínios de colisões distintos. Na prática, a bridge divide o barramento em vários
segmentos, sendo ela o elemento de interligação entre esses segmentos.
O processo de se utilizar uma bridge para separar a rede em vários segmentos e
diferentes domínios de colisão é chamado segmentação.

- As bridges realizam a segmentação da rede, dividindo-a em vários domínios de


colisão.

: : Switches
Os switches são dispositivos que uniram as funções das Bridges com as funções dos
Hubs, porém com um desempenho muito melhor.
Os switches são máquinas com grande capacidade de comutação interna, de forma que
garantem, em cada uma de suas interfaces, a velocidade da linha.
Os switches são, comumente, dispositivos com várias portas RJ-45, de 10, 100 ou 1000
Mbit/s. Nessas portas, podemos conectar uma única estação ou um Hub, com várias
estações penduradas.
Tradicionalmente, os switches eram utilizados para cascatear Hubs, ampliando a
capacidade da Rede Local e conectando-os aos servidores de maior porte.
Apesar de ser possível ligar diretamente uma estação na porta do switch, isto somente
era feito para os servidores de maior tráfego, ficando as estações ligadas através de
Hubs, que são mais baratos que os switches.

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No início, os swicthes eram elementos de rede mais caros e, portanto, somente os
servidores de maior tráfego eram ligados diretamente a eles, garantindo uma banda de
100 Mbit/s, enquanto hubs eram conectados a esses switches, reservando 100 Mbit/s
para todas as estações (arquitetura clássica).
Hoje os swicths apresentam uma baixa relação custo x desempenho e já são utilizados
em servidores de menor tráfego.
Desta forma, a utilização de switches aumenta significativamente o desempenho das
Redes Locais, através da eliminação completa das colisões. Esta operação, de utilizar
switches no lugar dos hubs, é chamada de Ethernet Switching.
Pelo fato deste uso do switch realizar também uma segmentação do barramento ao nível
de uma única estação, esta operação também é conhecida por micro-segmentação.
Com o barateamento dos switches, hoje, é comum verificarmos redes Ethernet onde as
estações são diretamente conectadas ao switch.
As bridges são, normalmente, dispositivos com poucas portas, que visam a segmentação
dos barramentos. Com os switches e o conceito de micro-segmentação, isto é, cada
estação da rede se ligando a uma porta do switch, eliminou-se totalmente as colisões,
garantindo-se uma taxa de transmissão igual à velocidade da porta.

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- Todas as máquinas se ligam ao switch.
- Cada máquina tem seu próprio segmento de rede.
- Não há colisão neste caso.
- Desempenho maior da Rede.

(*) Atividades e Desafios – veja no ambiente on-line do curso.

Tópico: Recordando os Pontos Chaves das Redes Locais...

Uma rede local (LAN) é formada pela interconexão de computadores e periféricos,


através de um meio físico comum.
Cada padrão de rede atualmente utilizado está associado a um protocolo de acesso
ao meio.
Existem vários tipos de rede local, como: Ethernet, Token Ring e FDDI, dentre
outros. Hoje, o principal é o Ethernet.
O padrão Ethernet especifica o funcionamento de redes com topologia lógica em
barramento de 10 Mbit/s.
O CSMA é um protocolo de acesso ao meio, baseado em contenção, não existindo
uma ordem pré-definida para as estações que compartilham o mesmo meio.
A arquitetura 10 Base 2 prevê a formação de um barramento de cabo coaxial fino,
com até 185 metros; e a arquitetura 10 Base T apresenta uma topologia física em
estrela e lógica em barramento.
O Token Ring utiliza o Token Passing, como protocolo de controle de acesso ao
meio, e baseia-se em um acesso ordenado ao meio de transmissão, onde cada
estação tem definida a sua vez de transmitir, não havendo colisões.

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A Tecnologia Wireless para Redes Locais apresenta duas arquiteturas: Ad-hoc, em
que as estações são todas móveis, não possuindo base fixa; e a Infra-estrutura, que
possui estações móveis que se ligam às estações bases fixas.
O padrão IEEE especifica o CSMA/CA como protocolo e controle de acesso ao meio
das redes wireless.
FDDI é um padrão para transmissão de dados a 100Mbit/s, com fibra óptica e
topologia de anel duplo, utilizado como backbone em MAN.
A Interconexão de LAN é estabelecida de várias formas, com dispositivos como:
repetidores, bridges e switches.
O repetidor é um dispositivo de recuperação da qualidade do sinal, que amplia o
alcance das Redes Locais.
As bridges são normalmente dispositivos com poucas portas, que visam a
segmentação dos barramentos. Elas realizam a segmentação da rede, dividindo-a
em vários domínios de colisão.
Os switches são dispositivos que uniram as funções das bridges com as funções dos
HUBS, com um desempenho muito melhor. São máquinas com grande capacidade
de comutação interna, de forma que garantem, em cada uma de suas interfaces, a
velocidade da linha.

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