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Módulo 5 – Redes WAN

Tópico: Apresentação

Nesta etapa do curso, você conhecerá três exemplos de WAN que utilizam a tecnologia
de comutação de pacotes: X.25, Frame Relay e ATM.

Além disso, daremos uma breve descrição de uma rede de telefonia, exemplo clássico de
uma rede de comutação de circuito, e seus principais componentes.

O objetivo deste módulo é apresentar os três tipos de redes WAN e um panorama geral
de Telefonia.

Tópico: X.25, Frame Relay e ATM

1. As redes WAN têm um importante papel, permitindo a interconexão entre os vários


sistemas e o seu uso compartilhado.

2. A capacidade de troca de mensagens entre os diversos usuários e a facilidade de


acesso a dados e programas de várias fontes é uma realidade para os ambientes
de trabalho cooperativos, empresas, universidades, profissionais liberais e os
cidadãos, na vida cotidiana.

3. As redes WAN permitem a comunicação em larga escala, já que cobrem regiões


extensas, podem interligar várias redes locais, metropolitanas, estados, países ou
continentes.
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4. Existem duas principais tecnologias para as Redes Geograficamente Distribuídas
(WAN).

5. Muitas arquiteturas foram criadas. Inicialmente, foi a rede de Telefonia e, depois,


para melhorar desempenho, confiabilidade e modularidade dos sistemas
computacionais, vieram outras redes, tais como: Rede X.25, Frame Relay e ATM.

(*) Item de animação – veja no ambiente on-line do curso.

As redes WAN na linha do tempo...

Em 1876 foi a criação do telefone.


Em 1888 surgiu a Telephone Company of Brazil.
Na década de 1950, computadores eram máquinas grandes e complexas, operadas
por pessoas altamente especializadas.
Em 1956 surgiu o Sistema de micro-ondas e de Discagem Direta a Distância - DDD.
Avanços na década de 1960 possibilitaram o desenvolvimento dos primeiros
terminais interativos, permitindo aos usuários acesso ao computador central, através
de linhas de comunicação.
Mudanças na caracterização dos sistemas de computação ocorreram durante a
década de 1970: de um sistema único centralizado e de grande porte, disponível
para todos os usuários de uma determinada organização, partia-se em direção à
distribuição do poder computacional. Aparecimento do X.25.
Em 1976 surgiu a Rede Pública X.25.
Em 1991 surgiu a Rede Pública de Frame Relay.
Em 1993 surgiu a Rede ATM.

(*) Item de animação – veja no ambiente on-line do curso.

Veremos um pouco mais sobre as Redes X.25, Frame Relay e ATM, através de exemplos
dessas WAN’s e seus componentes:

: : Rede X.25
O padrão X.25 surgiu em 1976 e dominou claramente as comunicações WAN durante
muitos anos, até o início dos anos 90.

O protocolo X.25 permite o acesso a redes públicas ou privadas operando com a


comutação de pacotes. A transmissão de dados ocorre entre o terminal cliente,
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denominado de Data Terminal Equipment (DTE) e um equipamento de rede denominado
Data Circuit Terminating Equipment (DCE).
As transmissões dos pacotes de dados são realizadas através de um serviço orientado a
conexão (a origem manda uma mensagem ao destino, pedindo a conexão, antes de
enviar os pacotes), garantindo, assim, a entrega dos dados, na ordem correta, sem
perdas ou duplicações.
O X.25 trabalha com três camadas do modelo OSI, tal como visto anteriormente:
- Camada Física: define as características mecânicas e elétricas da interface do
Terminal e da Rede.
- Camada de Enlace: responsável por iniciar, verificar e encerrar a transmissão dos
dados, na ligação física entre o DTE e o DCE. Responsável
pelo sincronismo, detecção e correção de erros durante a
transmissão.
- Camada de Rede: responsável pelo empacotamento dos dados, endereçamento
e roteamento.

As redes X.25 conheceram uma fase de grande difusão; no entanto, devido a uma
velocidade de transmissão relativamente baixa (até 64 Kbit/seg.), caíram em desuso, com
o surgimento de outros padrões mais recentes, como o Frame Relay.
A rede X.25 e seus serviços foram muito utilizados (e ainda são) para a interligação de
terminais e consulta a bases de dados - aplicações com baixo ou médio volume de
informações. Uma das aplicações mais conhecidas do X.25 é a validação de cheques e
cartões de crédito, por meio de conexões com empresas e associações de Crédito.
A Rede Nacional de Pacotes - RENPAC - é uma rede de comutação de pacotes (Packet
Switched Network), que oferece uma série de facilidades para comunicação de dados
entre equipamentos conectados a ela.

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: : Rede Frame Relay
Frame Relay é uma tecnologia bastante empregada nos dias de hoje.
Foi inicialmente implementada em 1991, é utilizada em rede pública e suporta serviços de
rede virtual. É uma tecnologia baseada em comutação de pacotes, com alta performance,
voltada para WAN.
Várias mudanças na década de 80 se combinaram para o aparecimento do Frame Relay,
tais como: o uso de interfaces gráficas, o aumento da capacidade de processamento dos
equipamentos de usuário, a popularização das redes locais e de aplicações
cliente/servidor, além da disponibilidade de redes digitais de transmissão.
A comutação de pacotes é feita através de multiplexação estatística, sendo esses pacotes
de tamanho variável. Essas características garantem maior flexibilidade e eficiência nas
transmissões e melhor uso de banda.
O Frame Relay surgiu como uma simplificação do X.25, uma vez que foi concebido para
operar num meio de transmissão confiável, ou seja, livre de erros, poupando-se dos
mecanismos tradicionais de detecção e correção empregados pelo X.25. Por esta mesma
razão, sua performance é também superior.
Considerando o modelo OSI para protocolos, o Frame Relay elimina todo o
processamento da camada de rede (camada 3) do X.25. Apenas algumas funcionalidades
básicas da camada de acesso de dados (camada 2) são implementadas.
Para permitir a eliminação de tais funcionalidades da rede Frame Relay, os equipamentos
de usuários devem garantir a transmissão de informações fim-a-fim sem erro, ou seja, ter
inteligência e capacidade de processamento para executar essas funcionalidades.

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Uma rede Frame Relay é composta por:
- Equipamentos de usuários (PC, estações de trabalho, servidores, computadores
de grande porte, etc.) e suas respectivas aplicações;
- Equipamentos de acesso, com interface Frame Relay (roteadores de acesso,
dispositivos de acesso Frame Relay - FRAD, etc.);
- Equipamentos de rede (switches, roteadores de rede, equipamentos de
transmissão, etc.).

Um dispositivo muito utilizado é o FRAD (Frame Relay Access Device). Trata-se de um


equipamento de rede que provê a conexão de acesso de um equipamento não Frame
Relay a uma rede Frame Relay.
O FRAD encapsula os protocolos dos terminais não Frame Relay, em quadros de Frame
Relay, para serem transmitidos na rede.
Os equipamentos de acesso à rede Frame Relay usam uma interface padrão e são
responsáveis pela entrega dos frames (quadros ou pacotes) para a rede, num formato

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prescrito. O trabalho da rede é comutar – ou rotear – os frames, através da rede, até o
equipamento do usuário de destino.
Numa rede Frame Relay não é estabelecido um caminho físico entre os dois
equipamentos de usuários. Ao invés disso, é estabelecido um caminho lógico dentro da
rede, característica comum para todas as redes por tecnologia de pacotes.
Esse caminho lógico é chamado de circuito virtual. A banda passante é estabelecida
apenas pelo tempo suficiente para a transmissão dos dados.
Os principais elementos do Frame Relay em que as tarifas se baseiam são:
• CVP (Circuito Virtual Permanente) - é um enlace lógico predefinido na
contratação do serviço entre dois pontos da rede.
• Porta Frame Relay – é o ponto de entrada em um nó do provedor da rede
Frame Relay. Múltiplos CVP podem utilizar uma porta, as quais podem estar
disponíveis em várias velocidades, geralmente até 2 Mbit/s.
• CIR (Committed Information Rate – Taxa de Informação Comprometida) – é a
taxa média de informação, medida em Kbit/s, definida para cada CVP. É a taxa
de transmissão garantida pela rede.

Uma rede Frame Relay apresenta as seguintes vantagens:


- É gerenciada por um provedor de telecomunicações. Isso é importantíssimo para
empresas que querem se concentrar em seu negócio e não administrar redes.
- Utiliza menos hardware e circuitos em cada ponto da rede, tais como modems e
multiplexadores. Cada ponto precisa, apenas, ser conectado à rede de Frame
Relay e não a cada ponto da rede.
- É mais flexível que Redes Dedicadas. Configurações e expansões são feitas com
relativa facilidade.
- Tem múltiplas rotas internas de backup, que eliminam a preocupação, por parte
do cliente, com a disponibilidade da rede.

: : ATM
O ATM (Asynchronous Transfer Mode), também chamado de “Cell Relay”, é muito
utilizado em redes de provedores de serviços de telecomunicações, mas também é
utilizado em clientes com aplicações envolvendo alto volume de tráfego.
É um serviço de comutação em alta velocidade e foi concebido para suportar os três tipos
de tráfego: dados, voz e vídeo. Essa é uma das grandes vantagens do ATM.
É um serviço mais caro, mais veloz e mais flexível que o Frame Relay.
As características desse tipo de rede permitem a utilização de novas classes de
aplicações multimídia, tais como: videoconferência, vídeo sob demanda, tele-medicina,
tele-educação, entre outras.

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- O tamanho fixo da célula ATM é um dos fatores para alcançar altas velocidades
Diferentemente dos protocolos X.25, Frame Relay e outros protocolos utilizados por
tecnologias de pacote, o ATM utiliza um pacote de tamanho fixo, denominado célula (cell).
Uma célula possui 53 bytes, sendo 48 para a informação útil e 5 para o cabeçalho. Cada
célula ATM enviada para a rede contém uma informação de endereçamento, que
estabelece uma conexão virtual entre origem e destino.
Isto exige menos processamento que a comutação de pacotes de tamanho variável e
contribui para o alcance de elevadas taxas de transmissão.

- O QoS é um outro ponto diferencial do ATM


O cabeçalho utilizado no protocolo permite QoS – a capacidade de aplicar prioridades
distintas aos diversos tipos de tráfegos – resultando em diferentes níveis de qualidade.
Por exemplo, voz e vídeo necessitam de qualidade de serviço maior que dados, ou seja,
necessitam de um esquema de alocação de recursos mais elaborado, com menores
retardos e variações dos tempos de propagação dos pacotes na rede.
Devido à capacidade de implementação de diferentes QoS, as aplicações que utilizam
ATM podem ter requisitos de transmissão bem distintos uns dos outros, ou seja, enquanto
uma aplicação requer tempo de propagação na rede muito baixo, outras não toleram
perda de informações, mas suportam atrasos.

(*) Atividades e Desafios – veja no ambiente on-line do curso.

Tópico: Telefonia

O desenvolvimento dos sistemas de telefonia só foi possível devido à função de


comutação.
Um sistema completo de telefonia é composto por grande número de centrais.

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O PABX é uma central de comutação que fica localizada nas dependências do cliente e o
Centrex utiliza o conceito de rede virtual privativa.
DDR, DAC, URA e CTI são bastante utilizados por empresas, respectivamente, para
discagem direta a ramal, encaminhamento de chamadas para as PA de um Call Center,
auto-atendimento e integração dos sistemas de uma central de atendimento.
Uma Rede Inteligente é uma rede de comunicação que é controlada por software. É um
poderoso sistema de computação agregado à rede pública de telefonia.

Um panorama geral da Telefonia é apresentado, com seus principais componentes,


desde a Rede de Telefonia, seus tipos de centrais, até a descrição e as características de
PABX, Centrex, DDR, DAC, URA e CTI.
Também são abordadas as Redes Inteligentes em Telefonia.
Veja os aspectos referentes a esses itens:

: : Rede de Telefonia e Comutação Pública


A Rede de Telefonia
O desenvolvimento dos sistemas de telefonia só foi possível devido à função de
comutação.
Inicialmente, a ligação era estabelecida manualmente pelas telefonistas. A ligação entre
dois assinantes era feita pela plugagem dos, então chamados, “cordões de chamada” e
“cordões de atendimento”, o que nada mais era do que a conexão física entre os cabos de
quem fazia a chamada e de quem a recebia.

O grande crescimento do tráfego telefônico, entretanto, estimulou o surgimento de


centrais automáticas, que reproduziam as funções da telefonista na operação das
ligações, bem como, introduziam sistemas de registro e controle, também automáticos,
das chamadas de cada assinante, incluindo a função de tarifação / bilhetagem.
Todos estes processos automáticos eram eletromecânicos, com o uso sistemático dos
chamados relés - mecanismos móveis, do tipo liga-desliga, através dos quais eram feitas
as conexões físicas entre os assinantes. As necessidades de manutenção e ajustes,
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principalmente nos relés, bem como as grandes dimensões físicas e os custos destas
centrais eletromecânicas, configuravam-se como fatores de ineficiência.
Por volta de 1970, difundiram-se as Centrais de Comutação de Programa Armazenado
Espaciais (CPA-E), assim denominadas porque as chamadas telefônicas faziam, ainda,
um caminho físico no interior da central.
Posteriormente, disseminou-se o uso de centrais de comutação inteiramente eletrônicas,
em que os caminhos das chamadas no interior da central deixaram de ser separados
espacialmente, passando a ser determinados temporalmente. Estas centrais denominam-
se “Centrais de Comutação de Programa Armazenado Temporais” (CPA-T), ou “Centrais
Digitais”.
A capacidade de processamento das CPA-T permite que, além da comutação
convencional, a central ofereça os chamados Serviços de Valor Adicionado.

Comutação Pública
Um sistema completo de telefonia é composto por grande número de centrais, cujas
funções principais são descritas, resumidamente, a seguir:
• Centrais Locais: atendem assinantes de determinada área, variando de
algumas dezenas de terminais, em áreas rurais, a até milhares de terminais, em
grandes concentrações urbanas; tipicamente, uma Central Local atende a uma
área cujo raio é da ordem de 5 a 7 km.
• Centrais Trânsito: efetuam a comutação entre diversas Centrais Locais;
quando não atendem assinantes, são chamadas de Centrais Tandem.
• Centrais Trânsito Interurbano: interligam Centrais Trânsito de diversas
cidades. Essas Centrais Trânsito podem ser de várias hierarquias, sendo que,
no topo da hierarquia, se encontram as Centrais Trânsito Internacional.

O sistema telefônico usa a tecnologia de comutação por circuito.


Isto significa que, primeiramente, é estabelecida a conexão entre a fonte e o destino da
chamada.
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Só depois disso feito é que entra a fase de comunicação propriamente dita.
Após a fase de comunicação (transferência de informação), vem a fase de desconexão.
Durante todo o processo, todos os recursos de uma dada chamada são reservados,
exclusivamente.

: : PABX
O PABX está localizado nas dependências do cliente e é uma central de comutação. Ele
elimina a necessidade de ligar cada telefone, individualmente, a todos os outros telefones
da empresa e à própria Central Local, da mesma forma que uma central pública elimina a
necessidade de ligar cada telefone a todos os outros na região
Por intermédio do PABX, a companhia telefônica local emite uma fatura única mensal,
independente da quantidade de terminais (ramais) a ele ligado e do volume de ligações
geradas individualmente pelos ramais.
Normalmente, dependendo da quantidade de chamadas originadas pelos usuários
(ramais), cada tronco entre o PABX e a central pode ser compartilhado por 8 a 10
usuários (ou ramais). Nestes termos, um PABX com 100 usuários poderia compartilhar,
por exemplo, 12 troncos para chamadas externas.
Os PABX, atualmente, são equipamentos com várias características: são totalmente
digitais (podendo ter recursos analógicos), têm conexão LAN (via placa de rede),
permitem que todos os sites remotos de uma empresa sejam interligados, constituindo
uma rede corporativa. Utilizam as tecnologias de Voz sobre Protocolo Internet (VoIP) e
Voz Sobre Frame Relay (VoFR), para integrar voz e dados em um mesmo meio de
transmissão.

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: : Centrex
O Centrex, que significa “Central Exchange”, é uma solução alternativa ao PABX e realiza
as mesmas funções básicas que este.
O Centrex está normalmente localizado na companhia telefônica e é parte da Central
Local. É como se o PABX estivesse na Central Local e os ramais nas dependências dos
clientes.
O Centrex, atualmente, é direcionado para um mercado cujo perfil compreende:
necessidade abaixo de 100 linhas, clientes pequenos, sem a perícia técnica de selecionar
e manter um sistema telefônico internamente.
Para conquistar e orientar o mercado-alvo, pode-se utilizar os seguintes argumentos:
- Redução de espaço, pelo fato do equipamento se encontrar na central.
- Facilidade de administração, pelo fato do Centrex ser de responsabilidade da
operadora.
- Facilidade de expansão, por ser tratado pelo crescimento da central.
- Redução de energia e cabeamento, já que não há equipamento de comutação no
cliente.
- Suporte do fornecedor, pelo fato da companhia telefônica ser a provedora do
serviço de telefonia e do próprio Centrex.

: : DDR - Discagem Direta a Ramal


No caso de uma empresa possuir vários ramais e necessitar mais agilidade no
atendimento, gerenciando melhor as chamadas, ela pode solicitar, à operadora de
serviços locais, a instalação de um DDR, caso seu PABX o suporte.
Nesse sistema, há um número geral e, a partir dele, uma seqüência numérica, onde os
quatro últimos dígitos pertencem ao ramal.
O chamador, teclando o prefixo do telefone, mais o número do ramal, acessa diretamente
o departamento desejado de uma empresa.
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A telefonista é acionada quando as pessoas ligarem para o número direto da empresa, ou
quando a ligação for direta ao ramal e este não atender ou estiver ocupado. Nestes
casos, ela fará a transferência para o ramal desejado ou para outro disponível.
Com o DDR, o atendimento é feito com muito mais rapidez e, para as chamadas internas,
nada muda, bastando teclar o número do ramal, sem prefixo.

: : DAC - Distribuidor Automático de Chamadas


O DAC aumenta a produtividade e melhora o gerenciamento dos atendimentos de
chamadas de um Call Center.
O DAC encaminha as chamadas para as Posições de Atendimento (PA) de um Call
Center, de forma distribuída, equilibrada, evitando sobrecarga e garantindo a qualidade no
atendimento. Possibilita configurar grupos de PA para diferentes serviços e transbordo,
em caso, por exemplo, de congestionamento no Call Center.
As funções principais de um DAC são:
- Encaminhar chamadas recebidas para uma posição de atendimento, de acordo com
programação pré-estabelecida (por exemplo, uma PA desocupada a mais tempo).
- Encaminhar chamadas recebidas para um grupo de PA, com base no número
discado ou de origem.
- Colocar a chamada em espera, em caso de todas as PA estarem ocupadas, ou
direcionar, por exemplo, para uma mensagem de correio de voz ou para uma
Unidade de Resposta Audível (URA).
- Fornecer relatórios para medir desempenho de atendimento de PA,
dimensionamento e taxa de ocupação de troncos, taxa de abandono de chamadas,
dentre outros.

: : URA - Unidade de Resposta Audível


A URA é uma interface entre o sistema telefônico e o banco de dados do
CallCenter/Computador. É um dispositivo que, após ser acessado pelo cliente, irá

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fornecer informações, automaticamente, através de mensagens de voz, configurando o
que se chama de "auto-atendimento”.
As plataformas de URA foram desenvolvidas para proporcionar a criação de operações
automatizadas.
As URA são adequadas para transações simples e curtas, permitem que sejam realizadas
transações sem atendimento humano, transferindo o trabalho de telefonistas para esses
equipamentos, que “atendem” e “respondem”, eletronicamente, às ligações, através do
uso de “menus ou árvores de navegação” – que fazem o encaminhamento das chamadas,
de acordo com a escolha (número a ser digitado) do chamador, em relação ao que é
disponibilizado, por mensagem pré-gravada, na URA.

Exemplos de uso de URAS:


- Bancos – para fornecimento de extratos e movimentações, entre outros serviços.
- Serviços de Atendimento a Clientes – utilizados por Provedores de Serviços e
Produtos.
- Bancos de Informações via Rede de Telefonia – por exemplo, condições
climáticas de uma cidade ou região, resultados de jogos lotéricos, etc..
- Televoto – pesquisa de opinião, via número gratuito (tipo 0800), ou não (tipo 0300
ou número de lista), utilizado por programas de TV e Rádio, além de campanhas
ou sorteios.
- Telecard – chamadas a telefones com débito em conta telefônica, através de
discagem de senha e número de cartão Telecard.

: : CTI - Computer Telephony Integration


Durante os anos 80, Call Centers obtiveram significativos ganhos de produtividade,
através de componentes que automatizaram diferentes aspectos de sua funcionalidade,
incluindo DAC, URA e capacidades de bases de dados relacionais.
No entanto, a maioria desses componentes foi desenvolvida para rodar em hardware e
software proprietários, que resultavam em “ilhas tecnológicas” dentro do Call Center.
O CTI emergiu como uma estratégia para as empresas integrarem esses sistemas,
proteger seus investimentos e parque tecnológico, automatizar atividades redundantes e
laboriosas e melhorar os serviços para clientes.
O CTI pode ser descrito como o conjunto de software, hardware e programação
necessário para integrar computadores e telefones, para que eles possam trabalhar juntos
e de forma inteligente.
Uma solução típica de CTI, para uma aplicação de varejo, poderia ser capaz de
reconhecer um número de telefone de cliente, quando de uma chamada entrante num
PABX ou DAC, buscar, numa base de dados, uma tela contendo o histórico do cliente e
apresentar as informações para um atendente, enquanto a ligação é atendida na PA.
Todos esses recursos têm como objetivo diminuir o tempo dos atendentes (atendimentos)
e aumentar a eficiência (ou o nível) de serviços para clientes.

: : Redes Inteligentes (RI) ou Inteligent Network (IN)


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Uma Rede Inteligente em Telefonia é uma rede de comunicação que é controlada por
software, habilitando o desenvolvimento de novos serviços ou facilidades, sem a
necessidade de grandes modificações em suas centrais, tais como: serviços 0800, VPN –
Virtual Private Network (redes virtuais privativas), Serviços Calling Card, etc.
Num ambiente de RI, as chamadas que chegam num nó (ou central telefônica) da rede
pública são “suspensas” (retidas), enquanto o nó consulta um sistema centralizado o que
fazer com a chamada (como e para onde encaminhar).

(*) Atividades e Desafios – veja no ambiente on-line do curso.

Tópico: Recordando os Pontos Chaves das Redes WAN...

As redes WAN cobrem regiões extensas, podendo interligar um agrupamento de


várias redes locais e metropolitanas, também interligando estados, países ou
continentes.
O protocolo X.25, utilizado na Rede RENPAC, permite o acesso a redes públicas ou
privadas, operando com a comutação de pacotes. Trabalha com três camadas do
modelo OSI: camadas física, de enlace e de rede.
O Frame Relay é uma tecnologia bastante empregada nos dias de hoje, baseada em
comutação de pacotes. Opera na camada física e de enlace do modelo de referência
OSI e é uma versão simplificada e com melhor performance do que o X.25.
O ATM é um serviço de comutação em alta velocidade e foi concebido para suportar
os três tipos de tráfego: dados, voz e vídeo.
O desenvolvimento dos sistemas de telefonia só foi possível devido à função de
comutação. Um sistema completo de telefonia é composto por grande número de
centrais.
O PABX é uma central de comutação que fica localizada nas dependências do
cliente.

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O Centrex é uma alternativa ao PABX, está normalmente localizado na companhia
telefônica e é parte da central local.
DDR, DAC, URA e CTI são recursos utilizados para aumentar a eficiência dos
serviços de telefonia.
Uma RI é um poderoso sistema de computação agregado à rede pública de telefonia,
habilitando o desenvolvimento de novos serviços e funcionalidades sem a
necessidade de modificação nas centrais da rede.

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