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Arquitetura de rede é como se designa um conjunto de camadas e protocolos de rede.

A
especificação de uma arquitetura deve conter informações suficientes para permitir que
um implementador desenvolva o programa ou construa o hardware de cada camada, de
forma que ela obedeça corretamente ao protocolo adequado.

As redes de computadores também são classificadas segundo a sua arquitetura e podem


ser: ATM, X.25, DSL, ARCNET, ETHERNET, TOKEN RING, FDDI, ISDN e
FRAME RELAY. Mas abordaremos simplesmente as arquiteturas, ATM, DSL e X.25.

ATM

ATM é uma tecnologia de comunicação de dados de alta velocidade usada para


interligar redes locais, metropolitanas e de longa distancia para aplicações de dados,
voz, áudio e vídeo. Basicamente a tecnologia ATM fornece um meio para enviar
informações em modo assíncrono através de uma rede de dados, dividindo essas
informações em pacotes de tamanho fixos denominados células (cells). Cada célula
carrega um endereço que é usado pelos equipamentos da rede para determinar o seu
destino.

A tecnologia ATM utiliza o processo de comutação de pacotes que é adequado para o


envio assíncrono de informações com diferentes requisitos de tempo e funcionalidades,
aproveitando-se de sua confiabilidade, eficiência no uso de banda e suporte a aplicações
que requerem classes de qualidades de serviço diferenciadas.

O ATM fornece funcionalidade que é similar a redes de comutação de circuitos e


comutação de pacotes: ele usa multiplexação por divisão de tempo assíncrona, e
codifica os dados em pacotes (quadros ISO-OSI) pequenos e de tamanho fixo chamados
de células. Isto difere-se das abordagens como o Internet Protocol ou o Ethernet que
usam pacotes e quadros de tamanho variável. O ATM usa um modelo orientado a
conexão no qual um circuito virtual deve ser estabelecido entre dois pontos fins antes
que a real troca de dados inicie. Estes circuitos virtuais podem ser "permanentes", i.e.
conexões dedicadas que são normalmente pré-configuradas pelo provedor de serviços,
ou "comutados", i.e. configurados sobre uma base por-chamada usando sinalização e
desconectados quando a chamada é terminada.

Há dois tipos de conexões ATM: conexões de trajeto virtual (VP – “Virtual Path”), que
são identificadas pelos identificadores de trajeto virtual (VPI – “Virtual Path Identifier”)
e conexões de canais virtuais (VC – “Virtual Channel”), identificadas por uma
combinação de VPI e VCI.

As redes ATM consistem de estações e switches interconectados por ligações físicas


ponto-a-ponto. O switch tem múltiplas portas que podem ser ligadas tanto a estações
como a outros switches. Em uma rede ATM, os dados são mandados em células de 48
bytes de informação e 5 de cabeçalho.
X.25

X.25 é um padrão de protocolo para comunicações para redes geograficamente


distribuídas da International Telecommunication Union – setor de padronização de
telecomunicações (ITU-T) que define como devem ser estabelecidas e mantidas as
conexões entre dispositivos de usuários e os dispositivos de rede. O X.25 foi projetado
para operar sistemas de rede de dados. É tipicamente usado em redes de comutação de
pacotes (PSNs) de provedores de serviços de telecomunicações. Os assinantes do
serviço são tarifados de acordo com o uso do serviço. O desenvolvimento do padrão
X.25 foi iniciado pelas companhias telefônicas nos anos setenta. Havia uma necessidade
por protocolos para transmissão de dados em redes públicas (PDNs). Agora o X.25 é
administrado como um padrão internacional pelo ITU-T.

Dispositivos do X.25 e o Funcionamento do Protocolo:

X.25 rede dispositivos se enquadram em três categorias gerais: equipamento terminal


dados (DTE – data terminal equipment), equipamento de conexão de circuito de dados
(DCE – data circuit-terminating equipment), e a rede de comutação de pacotes (PSE).
Os dispositivos do equipamento terminal de dados são sistemas fim a fim que se
comunicam pela rede de X.25. Eles normalmente são terminais, computadores pessoais
ou servidores que ficam no local e sob a responsabilidade do assinante do serviço. Os
DCEs são dispositivos de comunicações, como modem ou roteadores que provêem a
interface entre os dispositivos de DTE e o PSE e ficam, geralmente, nas instalações do
provedor do serviço. Os PSEs são os comutadores de pacotes que compõem a infra-
estrutura básica do provedor do serviço. Eles transferem dados de um dispositivo de
DTE para outro pelo X.25 PSN.

O Montador de Pacotes PAD (Packet Assembler/Disassembler)

O PAD é um dispositivo comumente encontrado nas redes de pacotes X.25. Os PADs


são usados quando um dispositivo DTE opera apenas no modo caractere, o que não o
permitiria se conectar em uma rede X.25 que somente opera com pacotes. O PAD fica
situado entre um dispositivo de DTE e um dispositivo de DCE, e executa três funções
básicas: buffering (armazenando os dados até que o pacote estiver pronto para ser
transmitido), montagem e desmontagem de pacotes. Os dados armazenados no buffer
são enviaram ou recebidos pelo DTE. Também monta os dados de transmissão em
pacotes e os remete ao dispositivo DCE, incluindo a adição do cabeçalho de X.25.
Finalmente, o PAD desmonta os pacotes recebidos antes de remeter os dados ao DTE,
removendo o cabeçalho de X.25.

DSL

O DSL (Digital Subscriber Line) nada mais é do que um meio de conexão a Internet que
utiliza o par de fios de cobre (par trançado) da linha telefônica para poder levar mais do
que uma simples fala (dados).

Quando desejamos nos conectar a Internet, podemos fazer de várias maneiras: através
de modem, conexão por uma rede local, cable modem, DSL e outras.

Essa conexão DSL surgiu como meio para suprir alguns problemas que não estavam
sendo satisfeitos pela conexão dial-up (linha discada com modem comum). Grande
parte desses problemas vieram da larga difusão do uso da Internet.

O grande aumento do número de usuários e o aumento da qualidade dos dados que estão
sendo transmitidos e recebidos (arquivos de maior qualidade são geralmente maiores em
tamanho) proporcionaram um aumento muito grande da quantidade de informação que
estava sendo trocada e que à conexão dial-up (extremamente lenta) não estava dando
conta.

A conexão DSL, como dito anteriormente, é uma conexão que utiliza o par de fios de
cobre da linha telefônica, fator importante para sua implantação, já que reduz os custos
de instalação (não necessita fazer novos cabeamentos), porém é muito mais rápida que à
conexão dial-up (modem comum).
Além da velocidade (que pode chegar a ser 100 vezes maior que a dial-up dependendo
do tipo de DSL) e do fato de poder se utilizar à fiação do telefone existem outras
vantagens em se utilizar DSL:

 Permite que a Internet permaneça ligada o tempo todo sem ocupar o telefone. O
que proporciona não ter mais quedas de conexões e a não necessidade de esperar
alguém acabar de usar o telefone para que possa se fazer uso da Internet.
 Podem-se ter vários computadores em uma casa ligados a apenas uma linha
DSL;
 Geralmente o modem é oferecido pela empresa que fornece o serviço.

Mas existem também algumas desvantagens em utilizá-lo:

 A conexão é mais rápida quando se trata de receber dados do que enviar;


 A conexão é melhor quanto mais perto se estiver do provedor central;
 Não são todos os lugares que tem a disponibilidade do serviço.

Os tipos:

O nome DSL é um nome geral e que representa diversas tecnologias (ADSL, VDSL,
SDSL, HDSL, IDSL, RADSL) que foram desenvolvidas a partir dela mas visando
atender as diferentes necessidades que o mercado gerava. Seguem abaixo os principais
tipos DSL:

 ADSL - Assymetric Digital Subscriber Line

É o tipo mais comum, ele se baseia no fato da Internet ser muito mais utilizada para
receber dados do que enviar, logo, ela divide a freqüência disponível fazendo com que
tenhamos uma maior banda para download do que para upload (fato que faz com que
seja chamado de assimétrico). Isso faz com que seja o modelo mais comum em
residências, já que essa é a característica comum dos usuários residenciais.

 RADSL - Rate Adaptative DSL

O RADSL é um tipo de ADSL, porém o modem pode ajustar a velocidade da conexão


de acordo com a qualidade da linha, o que permite que pessoas que moram em locais
mais distantes tenham acesso a esse tipo de tecnologia.

 HDSL - High bit-rate DSL

Essa tecnologia é uma das mais antigas em termos de DSL e divide a banda igualmente
tanto para download quanto para upload (motivo pelo qual é chamada de simétrica).
Para que isso seja possível, o HDSL necessita de 2 linhas telefônicas.

O HDSL foi muito usado no início, porém foi substituído por outros tipos de DSL que
permitem realizar as mesmas funções utilizando apenas uma linha telefônica.
 SDSL - Symmetric DSL

É um tipo de DSL que é muito comumente vista em escritórios pequenos e que


disponibiliza a mesma velocidade tanto para download quanto para upload, só que
diferente da HDSL ela funciona apenas com uma linha telefônica.

Ela funciona enviando pulsos digitais nas áreas de alta freqüência da linha telefônica.

 VDSL - Very high bit-rate DSL

É a mais rápida das DSL's, foi desenvolvida para suportar uma banda passante muito
alta, chegando a atingir 52 Mbps para download e uma média de 16 Mbps para upload.

O motivo desse tipo de DSL atingir essa velocidade é o fato dela utilizar-se de cabos de
fibras óticas, que permitem as informações seguirem muito mais rápidas do que em par
trançado de linha telefônica.

Assim como os outros tipos de DSL, o VDSL também suporta voz e dados em uma
mesma linha e seu desempenho é extremamente dependente da distância em que o
usuário se encontra da central, ele só funciona para curtas distâncias.

 IDSL - ISDN DSL

O IDSL é um tipo de DSL que permite sua utilização com as linhas ISDN existente.
Suas taxas de transferências são semelhantes as do ISDN além de normalmente carregar
apenas dados.

Funcionamento

A principal consideração a ser feita sobre o funcionamento de um DSL, é que ele utiliza
a capacidade existente na linha telefônica para poder levar mais do que uma conversa
(vídeos, jogos onlines, programas, vídeo conferências e outros serviços que utilizam
essa largura de banda muito alta), sem que as falas sejam atrapalhadas.

É importante ter em mente que as vantagens do ADSL vão depender muito da distância
que se está da operadora que fornece o serviço. Quanto mais distante estiver, menor a
qualidade e a velocidade de conexão.

Apresentar uma conexão muito rápida, é possível, graças a utilização de uma faixa de
freqüência (alta) que não é utilizada nas linhas telefônicas para carregar voz (baixa, de 0
até 4KHz).

Para que um ADSL possa funcionar, é necessário que o usuário tenha um DSL
transceiver e o provedor um DSL Access Multiplexer (DSLAM).

O DSL transceiver é o ponto onde os dados do computador ou rede do usuário estão


conectados a linha DSL. Caso essa conexão seja residencial, ela é feita na maioria das
vezes por USB ou 10baseT Ethernet, mas se as conexões forem de escritórios, é comum
o uso de combinações de roteadores e switches.

O DSLAM é o aparelho que permite o uso da DSL, agrupando as conexões de diversos


usuários em uma única conexão de Internet de alta capacidade. Esse equipamento
consegue suportar diversos tipos de DSL em uma única central, além de diferentes
protocolos e modulações.

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