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Sanila Omar
(Licenciatura em Informática)
Universidade Rouvuma
Sanila Omar
Concepção de uma LAN com acesso a Internet, Caso do Instituto Superior de Transportes
Turismo e Comunicação (ISTTC), Nacala – Porto (2019 – 2021)
-------------------------------------------------
Universidade Rouvuma
Índice
Lista de Tabelas..........................................................................................................................v
Lista de Figuras.........................................................................................................................vi
Lista de Abreviaturas...............................................................................................................vii
DECLARAÇÃO DE HONRA................................................................................................viii
Dedicatória................................................................................................................................ix
Agradecimentos..........................................................................................................................x
Resumo.....................................................................................................................................12
Abstract....................................................................................................................................13
Capitulo I: Introdução..............................................................................................................14
1.1. Objectivos.........................................................................................................................15
1.1.1. Geral:..........................................................................................................................15
1.1.2. Específicos:.................................................................................................................15
1.2. Metodologia...................................................................................................................15
1.3. Problema........................................................................................................................16
1.4. Justificativa....................................................................................................................16
1.5. Hipóteses.......................................................................................................................16
2.15. Endereçamento............................................................................................................32
2.18. Internet.........................................................................................................................37
Capítulo III: Estudo do Caso do ISTTC (Edifício da Pousada dos CFM) – Nacala-Porto......38
3.7. Tecnologias....................................................................................................................43
v
3.8. Equipamentos................................................................................................................43
5.1. Conclusões.....................................................................................................................56
5.2. Recomendações.............................................................................................................57
Bibliografia...........................................................................................................................58
vi
Lista de Tabelas
Tabela 1. Classes de Endereços IP...........................................................................................35
Lista de Figuras
Figura 1. Rede ponto a ponto...................................................................................................18
Lista de Abreviaturas
ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line
AP – Access Point
UR – Universidade Rovuma
DECLARAÇÃO DE HONRA
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.
_______________________________
(Sanila Omar)
x
Dedicatória
Dedico este trabalho a minha mãe Ana Manuel, pois é com ela que posso partilhar este
momento, por fornecer-me o substrato moral sobre o qual me ergui.
xi
Agradecimentos
Em primeiro lugar agradeço a Allah, por estar sempre comigo, me proporcionar a realização
deste curso e me garantir vitória.
Aos meus pais e toda minha família que estive sempre me apoiando e ensinaram-me que a
educação é o caminho para o sucesso.
Agradecimento especial vai para Dr. Celestino Raposo, pela valiosa orientação, ao colega
Juvêncio Matias Sivala pelo apoio na preparação e incentivo deste trabalho, ao meu
namorado Abdul Razaque Assamo pelo apoio emocional durante o meu curso.
A toda comunidade académica (corpo docente e CTA) do ISTTC, os amigos e colegas que
durante toda essa jornada me sustentaram com apoio; me deram animo quanto desfaleci. A
todos colegas do curso que me deram os seus apoios incondicionais desde do primeiro dia de
aula até último dia de aula.
Resumo
As primeiras redes de dados limitavam-se a trocar informações baseadas em caracteres entre sistemas
de computadores enquanto que as redes actuais desenvolveram-se a ponto de transferir fluxos de voz, vídeo,
texto e gráficos entre diferentes tipos de dispositivos. Formas de comunicação previamente separadas e distintas
convergiram em uma plataforma comum. Esta plataforma fornece acesso a uma grande variedade de novos e
alternativos métodos de comunicação que possibilitam que as pessoas interajam directamente entre si
instantaneamente.
Em seguida é apresentado o desenho da topologia física e lógica da LAN (Local Area Network),
especificação dos componentes utilizados, as medições efectuadas no local para justificar a escolha dos
dispositivos e qualidade do material utilizado no projecto, o orçamento da Rede e os resultados do projecto de
concepção de uma Rede no Instituto Superior de Transportes, Turismo e Comunicação (ISTTC) da
Universidade Rovuma, no edifício da pousada dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM).
The present work approaches the fundamental concepts of Computer Networks; classifies them in
terms of topology, scope, property; describes the Open System Interconnection (OSI) and Transmission Control
Protocol/Internet Protocol (TCP/IP) models, compares the basic components of a network and the different
physical media, advantages and disadvantages of each of these media and presents the security mechanisms.
Next, the design of the physical and logical topology of the LAN (Local Area Network) is presented,
specification of the components used, the measurements carried out on site to justify the choice of devices and
the quality of the material used in the project, the Network budget and the results of the project to design a
Network at the Higher Institute of Transport, Tourism and Communication (ISTTC) of the Rovuma University,
in the building of the Pousada dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM).
A Ethernet tem sido a tecnologia de rede local de maior sucesso especialmente devido
à simplicidade de emplementação se comparada com outras tecnologias. Outra razão do
sucesso da Ethernet é a flexibilidade da tecnologia que tem evoluído para atender às
exigências do meio físico. O seu uso estende-se para diversos sectores como residências,
empresas públicas e privadas e ambientes académicos.
O presente trabalho faz menção sobre a concepção de uma LAN com acesso a Internet
no ISTTC da Universidade Rovuma, no edifício da pousada dos Caminhos de Ferro de
Moçambique (CFM).
1.1.1. Geral:
Conceber uma LAN com acesso a Internet no Instituto Superior de Transportes,
Turismo e Comunicação.
1.1.2. Específicos:
Fazer uma abordagem aos conceitos básicos das redes de computadores;
Classificar as Redes de computadores quanto à topologia, o tipo, o alcance e os meios
físicos utilizados;
Conceber uma LAN para o Instituto Superior de Transportes, Turismo e
Comunicação;
Dimensionar os equipamentos activos e passivos necessários para a implementação da
Rede;
Apresentar um mecanismo de segurança para a rede.
1.2. Metodologia
Para a realização do seguinte trabalho foram combinados vários métodos de pesquisa, a
saber:
Revisão bibliográfica:
A pesquisa bibliográfica consistiu na busca, leitura, selecção e análise das
várias literaturas que abordam as Redes de Computadores, de forma abrangente. Mais
adiante se fez o ajustamento do contributo desta tecnologia no ambiente académico.
Entrevista:
Foram feitas algumas entrevistas aos docentes e alguns estudantes com o
objectivo de colher informações relativas à concepção da LAN.
Desenho da Rede:
Durante a concepção da Rede foram usados alguns programas tais como:
Microsoft Visio 2003 e AutoCAD para o desenho das figuras, o Microsoft Excel 2003
na elaboração do orçamento do projecto e Cisco Packet Tracer 5.2 para desenho da
rede lógica, testes de segurança e conectividade.
1.3. Problema
A falta uma rede de computadores com acesso a Internet no ISTTC, contribui para o
fraco aproveitamento dos estudantes no processo de ensino e aprendizagem, por este motivo
torna-se importante fazer a seguinte reflexão:
Até que ponto a criação de uma rede de computadores com acesso a Internet no ISTTC
contribui para a melhoria da qualidade de pesquisas dos estudantes, funcionários, assim como
dos docentes?
Questões do problema
Até que ponto os estudantes acham pertinente a criação de uma LAN com acesso
a Internet no ISTTC?
1.4. Justificativa
Este trabalho foi motivado por um lado, pelo facto da autora ter verificado o nível de
dificuldade que os estudantes enfrentam para fazerem as suas pesquisas académicas,
problema este que influencia negativamente na formação dos mesmos, uma vez que hoje as
novas Tecnologias de Informação e Comunicação constitui uma poderosa ferramenta de
Gestão, Ensino e Pesquisa.
Por outro lado, a autora acredita que este trabalho encorajará os docentes, assim como
aos futuros profissionais a fazer um bom uso das TICs, não só nas suas actividades
pedagógicas e de Pesquisa, mas também incentivará a utilização desses conteúdos pelos
alunos, adquirindo estes, por esta via, novas competências. Contribui também na formação de
um professor com saberes teóricos e práticos, um professor que saiba fazer a gestão da
informação, que saiba diferenciar as aprendizagens e orientar a sua autoformação através de
aprendizagem orientada para as TICs.
1.5. Hipóteses
A falta de uma rede com acesso a Internet no ISTTC dificulta o processo de ensino e
aprendizagem bem como na inclusão digital dos estudantes;
Com existência de uma Rede Local com acesso a Internet vai permitir aos docentes e
aos estudantes a facilidade de trabalhar em rede (partilha de informação) com os
diferentes sectores da Universidade;
A concepção duma LAN com acesso a Internet irá permitir aos futuros profissionais o
desenvolvimento de competências na pesquisa, no tratamento, na produção do
conhecimento baseadas nas tecnologias de informação e comunicação.
1.6. Estrutura do Trabalho
Capítulo I
Apresenta-se uma introdução do trabalho, mostrando os objectivos do mesmo,
o problema de pesquisa, a metodologia usada, as hipóteses e as questões do problema
também são apresentados neste capítulo;
Capítulo II
Apresenta a Revisão bibliográfica com enfoque na classificação das Redes de
Computadores, apresenta as diferenças e semelhanças entre os modelos OSI e
TCP/IP, apresenta e compara os diversos componentes usados na instalação de uma
rede bem como sua composição, funcionamento, aplicabilidade e padrões usados na
instalação de uma rede local e os mecanismos de segurança da LAN;
Capítulo III
Apresenta o projecto e os equipamentos necessários para concepção da rede
local no ISTTC;
Capítulo IV
Apresenta os resultados da pesquisa e os testes;
Capítulo V
Apresenta as conclusões e as recomendações do trabalho.
Capitulo II: Revisão Bibliográfica
O Autor acrescenta ainda que a ligação entre os computadores pode ser efectuada
através de fio de cobre, fibra óptica ou mesmo uma ligação sem fios (Wireless).
A necessidade de obtenção de informação em tempo útil faz com que uma rede não
seja um luxo, mas sim uma necessidade. Devido ao baixo custo comparado com os benefícios
ou economia de tempo e dinheiro que ela proporciona, faz com que desde instalações
residenciais até pequenas, médias e grandes empresas utilizem o recurso de redes.
Fonte: A autora
`
Fonte: A autora
Física
É uma rede em que seus computadores ficam conectados através de cabos,
geralmente ocupa uma sala, um edifício ou edifícios próximos.
Pública
Destinada a serviços públicos. Nas redes públicas há que considerar dois tipos:
Redes públicas de telecomunicações, e redes públicas de transmissão de dados
(Internet).
2.5.3. Quanto à distribuição geográfica a rede de PC pode ser:
LAN (Local Area Network)
“É uma rede que normalmente instala-se dentro duma organização, numa
sala, num andar dum mesmo edifício ou entre edifícios próximos, sem transcender os
2(dois) Kms”, (Muenhe: 2008, p.27).
Redes locais possibilitam que empresas utilizem a tecnologia de compartilha
de forma eficiente de arquivos e impressoras locais, além de possibilitar a
comunicação interna.
Fonte: A autora
Vantagens
Simples de instalar;
Facilidade de expansão da rede.
Desvantagens
Se o cabo principal apresentar defeito, toda a rede é afectada;
Difícil identificação de problemas.
Fonte: A autora
Vantagens
Custo de conexão razoável;
Pode receber ou enviar dados nos dois sentidos.
Desvantagens
Se desligar o cabo o sistema falha.
Fonte: A autora
Vantagens:
Baixo custo de instalação;
Cada nó tem o seu próprio meio de transmissão que o liga ao concentrador;
Desvantagens:
Limitação de distância máxima entre o nó e Hub de 100 metros;
Avaria do concentrador inibe o funcionamento da rede.
Fonte: Vestias
Fonte: Vestias
Fonte: VESTIAS
Dois ou mais BSS podem ser conectados via suas interfaces de uplink formando uma
estrutura ESS. A interface de uplink conecta o BSS a um sistema de distribuição (DS). O
uplink para o sistema de distribuição pode ser uma conexão cabeada ou wireless, mas na
maioria das vezes é uma conexão cabeada, geralmente ethernet. Nestas condições uma
estação pode se movimentar de uma célula BSS para outra permanecendo conectada à rede.
Fonte: Cisco
a. Camada Física
A camada Física controla como os dados são colocados no meio físico de comunicação e
codifica os dígitos binários que representam quadros da camada de Enlace de Dados.
c. Camada de Rede
Esta camada estabelece e direcciona a ligação entre as diferentes redes para a passagem
dos dados, especifica o endereçamento e processos que possibilitam que os dados da camada
de transporte sejam empacotados e transportados.
d. Camada de Transporte
Esta camada define a rota transparente para a transferência dos dados entre os pontos
finais. Os processos descritos nesta camada aceitam dados da Camada de Aplicação e os
preparam para endereçamento na camada de Rede.
e. Camada de Sessão
As funções da camada de Sessão criam e mantêm diálogos entre as aplicações de origem
e destino. Lida com a troca de informações para iniciar diálogos, mantê-los activos e reiniciar
sessões interrompidas ou ociosas por um longo período.
f. Camada de apresentação
Esta camada transforma os dados num formato em que a camada de aplicação possa
aceitar. A camada de apresentação formata e codifica os dados para serem transmitidos pela
rede, evitando problemas de compatibilidade.
g. Camada de Aplicação
A camada de Aplicação é a camada superior do modelo OSI, é a camada que fornece a
interface entre as aplicações que utilizamos para comunicação e a rede subjacente pela qual
as mensagens são transmitidas. É a camada mais próxima do usuário, proporciona suporte às
aplicações do sistema, provendo serviços de rede às aplicações do usuário e definindo os
protocolos usados pelas aplicações individuais.
Segundo KUROSE & ROSS “dizemos que o TCP é orientado a conexão porque antes
que um processo de comunicação começar a enviar dados a outro, os dois processos
precisam primeiramente se apresentar, isto é, devem enviar alguns seguimentos preliminares
um ao outro para estabelecer os parâmetros de transferência de dados em questão”.
O modelo TCP/IP tem quatro camadas como podemos ver na figura abaixo.
Figura 11. Modelo TCP/IP
Fonte: Cisco
Embora algumas das camadas do modelo TCP/IP tenham os mesmos nomes das
camadas no modelo OSI, as camadas dos dois modelos não correspondem exactamente a
mesma coisa.
A camada de Rede lidá com todos os componentes, tanto físico como lógico, que são
necessários para fazer um link físico.
Fonte: Cisco
2.15. Endereçamento
“A função essencial de uma rede de computadores é permitir a troca de informações
entre os equipamentos a ela conectados. Dada a possibilidade de interligação de
equipamentos heterogêneos, torna-se necessária a definição de uma política de
representação dos nomes e endereços dos processos, que sejam reconhecidos em qualquer
ponto da rede”, MARCELO STEMMER (2001).
Dentro do intervalo de endereço de cada rede Ipv4, temos três tipos de endereço:
Endereço de rede
O endereço pelo qual nos referimos à rede é um modo padrão de se referir a
uma rede. Por exemplo, podemos chamar uma rede como a "rede 10.0.0.0". Todos os
hosts na rede 10.0.0.0 terão os mesmos bits de rede.
Dentro do intervalo de endereços Ipv4 de uma rede, o primeiro endereço é
reservado para a rede. Esse endereço possui o valor zero (0) para cada bit de host do
endereço.
Endereço de broadcast
É um endereço especial usado para enviar dados a todos os hosts da rede. Para
enviar dados para todos os hosts em uma rede, um host pode enviar um único pacote
que é endereçado para o endereço de broadcast da rede. Este usa o último endereço do
intervalo da rede. Esse é o endereço no qual os bits da porção de host são todos um
(1). Para a rede 10.0.0.0 com 24 bits de rede, o endereço de broadcast seria
10.0.0.255.
Endereços de host
Os endereços designados aos dispositivos finais da rede ou endereços válidos.
Todo dispositivo final precisa de um endereço único para encaminhar um pacote para
um host. Nos endereços Ipv4, atribuí-se os valores entre o endereço de rede e o de
broadcast para os dispositivos naquela rede.
Unicast
O processo de envio de um pacote de um host para um host individual. Aqui, é
usada como comunicação normal host a host tanto em redes cliente/servidor como
ponto-a-ponto.
Broadcast
O processo de envio de um pacote de um host para todos os hosts numa rede.
Quando um host recebe um pacote com o endereço de broadcast, ele processa o
pacote como se fosse um pacote para o seu endereço unicast.
Multicast
O processo de envio de um pacote de um host para um grupo de hosts
seleccionados. A transmissão multicast é projectada para preservar a largura de banda
da rede IPv4. Ela reduz o tráfego permitindo que um host envie um único pacote para
um conjunto de hosts seleccionados.
Contudo, dentro do intervalo de hosts, há muitos endereços que já são reservados para
fins especiais. Embora já tenhamos mencionado alguns desses endereços, os principais
endereços podem ser:
Endereços Privados
Os intervalos de endereços de espaço privado são reservados para uso em
redes privadas. O uso desses endereços não precisa ser exclusivo entre redes externas.
Hosts que não precisam de acesso à Internet em geral podem fazer uso irrestrito de
endereços privados.
Os intervalos de endereços privados são:
De 10.0.0.0 a 10.255.255.255 (10.0.0.0 /8);
De 172.16.0.0 a 172.31.255.255 (172.16.0.0 /12);
De 192.168.0.0 a 192.168.255.255 (192.168.0.0 /16).
Muitos hosts em redes diferentes podem usar os mesmos endereços de espaço privado. Os
pacotes que usam esses endereços como origem ou destino não devem aparecer na Internet
pública.
E
Endereços Públicos
A vasta maioria dos endereços no intervalo de host unicast Ipv4 é endereços
públicos. Esses endereços são projectados para serem usados nos host’s que são
acessíveis publicamente a partir da Internet. Mesmo nesses intervalos de endereços,
há muitos endereços que foram designados para outros fins especiais.
Intervalos Classe A
Um intervalo de endereços classe A foi projectado para suportar redes
extremamente grandes, com mais de 16 milhões de endereços de host. Os três octetos
finais eram usados para endereços de host.
Intervalos Classe B
O espaço de endereços Classe B foi projectado para suportar as necessidades
de redes de tamanho moderado a muito grande com mais de 65.000 hosts. Um
endereço IP classe B usava os dois primeiros octetos para indicar o endereço de rede.
Os outros dois octetos especificavam os endereços de host.
Intervalos Classe C
O espaço de endereços classe C foi o mais comummente disponível das
classes de endereços. Esse espaço de endereço fornecia endereços para redes
pequenas, com no máximo 254 hosts. Uma rede classe C usava apenas o último octeto
como endereço de host, e os três primeiros octetos eram usados para indicar o
endereço de rede.
Fonte: A autora
2.18. Internet
A Internet é uma rede pública de computadores mundial, isto é, uma rede que
interconecta milhões de equipamentos de computação em todo mundo.. JAMES KUROSE &
KEITH ROSS (2006).
A Internet nasceu como resultado das investigações de instituições militares e no
princípio o seu uso estava restrita a ambientes de pesquisa, mais tarde expandiu se de forma
exponencial.
Segundo ANDREW TANNBAUM (2003) Tradicionalmente a Internet e suas
predecessoras tinham quatro serviços principais:
(1) Correio electrónico (e-mail) - A possibilidade de redigir, enviar e receber
mensagens de correio electrónico é uma realidade criada já na fase inicial da ARPANET e é
imensamente popular.
(2) Newsgroups - Os newsgroups são fóruns especializados, nos quais usuários com
interesses comuns podem trocar mensagens. Existem milhares de newsgroups, dedicados a
tópicos técnicos e não técnicos, inclusive computadores, ciência, lazer e política.
(3) Acesso remoto - Utilizando os programas telnet e ssh, os usuários de qualquer
lugar na Internet podem se conectar a qualquer outra máquina na qual tenham uma conta.
(4) Transferência de arquivos - utilizando o FTP, é possível copiar arquivos entre
máquinas ligadas à Internet. Dessa forma, pode se ter acesso a bancos de dados e outras
informações.
Hoje a Internet conta com novos serviços dentre eles se desta o WWW ( World Wide
Web) que é o serviço de multimedia da Internet, que contém um vasto armazém de
documentos de hipertexto escritos em HTML. Hipertexto é um método para apresentar texto,
imagens, som e vídeos que estão em link em uma rede não sequencial de associações, este
formato possibilita que o usuário percorra os tópicos em qualquer ordem. Existem
ferramentas e protocolos que ajudam a explorar a Internet.
Capítulo III: Estudo do Caso do ISTTC (Edifício da Pousada dos CFM) – Nacala-Porto
A URNet foi criada pelo Centro de Informática da UP (CIUP) em 2007, com a criação
da Unirovuma em 2019, este centro passou a denominar-se Centro de Informática da
Unirovuma (CIUR). Este centro conta com dois departamentos, nomeadamente o
Departamento de Assistência Técnica e Redes que é um sector subordinado à Direcção do
CIUR, com finalidade de administrar a rede corporativa de computadores bem como os
serviços de Internet e o Departamento de Desenvolvimento de Aplicações & Projectos, este
Departamento é o sector subordinado à Direcção do Centro com a finalidade de coordenar,
supervisionar e executar os projectos de desenvolvimento e implantação de sistemas de
informação na Instituição.
Fonte: CIUR
Para além dos servidores, existe também no CIUR um roteador Mikrotik com sistema
operativo Mikrotik Router OS Lev, que recebe o sinal da Internet tendo como provedores a
TDM (linha ADSL) e a Teladata (Wireless). O Roteador é responsável pelo roteamento
dentro da rede local e pelo fornecimento de conectividade à Internet (WAN).
O CIUR recebe o sinal da Internet através de uma linha telefónica Asymmetric Digital
Subscriber Line (ADSL) da TDM com um IP público, que é traduzido via NAT para um IP
privado 172.24.0.245/30 que chega ao roteador Mikrotik do CIUR pelo IP 172.24.0.246/30 e
o sinal é distribuído pela rede da URNet.
Para além da TDM existe um segundo sinal de Internet que é fornecido pela Teledata através
de um IP público 196.22.52.77/30, que é seguidamente encaminhado até ao roteador do
CIUR pelo IP 196.22.52.78/30 e usa-se o mesmo como gateway para Internet.
Portas1 e porta 2 estão ligados ao sinal da Internet através dos provedores (TDM) e
(Teledata) respectivamente;
Porta 5 é usada para a ligação ao Roteador Mikrotik pelo IP 172.24.0.255/30 que por
sua vez faz ligação a outras a sub-redes da URNet.
Fonte: CIUR
Local de estudo
A rede a instalar deverá abranger os três pisos do edifício da pousada dos Caminhos de
Ferro de Moçambique, nomeadamente um (01) Switch’s de 24 portas no rés/chão, 2 (dois)
Switch’s de 8 e 24 portas, um (01) router, um (01) router (access point) no 1º andar e 1(um)
Switch’s de 24 portas no segundo andar.
Modelo de funcionamento
A utilização de serviços como o correio electrónico e acesso a páginas Web
conduz a utilização de forma obrigatória, tendo em atenção a sua utilização
generalizada dos protocolos TCP/IP.
Capacidade
Instalação de cabos de categoria 5e com largura de banda de 100 MHz, o que
possibilita a comunicação e a velocidades até 1Gbps, com as tecnologias actualmente
disponíveis;
Funcionalidades
Suporte das tecnologias de comunicação em redes local (Ethernet, Fast
Ethernet e WLAN) e disponibilidade de interligação de acordo com as normas
internacionais;
Adaptabilidade
Capacidade de adaptação a mudanças nos equipamentos terminais, de modo a
poder ser instalado qualquer tipo de equipamento informático, com capacidade de
comunicação em rede em qualquer um dos nós da rede;
Flexibilidade
Instalação de tomadas para acesso a rede em todos os compartimentos em que
esteja prevista a necessidade de utilização de equipamento informático com suporte a
Ethernet.
3.7. Tecnologias
No que toca as tecnologias de comunicação, considerando as necessidades das
aplicações previstas, tendo em conta a relação custo/desempenho das tecnologias actualmente
disponíveis, será utilizada a Tecnologias Fast Ethernet, nos postos de trabalho; a adaptação
desta tecnologia é motivada pelo facto de se tratar de tecnologias normalizadas ( Normas
IEEE 802.3u), já estabelecida de baixo custo e grande disponibilidade.
3.8. Equipamentos
Os equipamentos activos a instalar deverão respeitar os seguintes princípios genéricos:
Normalização
Os equipamentos deverão estar em conformidade com as normas
internacionais relativas à comunicação de dados e protocolos de comunicação,
concretamente, normas ISO, International Telecommunication Union (ITU), IEEE,
Electrical Industries Association (EIA) e às normas de Internet Engineering Task
Force (IETF);
Funcionalidade
Os equipamentos deverão suportar as arquitecturas de comunicação TCP/IP e
de todas as aplicações suportadas por esta arquitectura de protocolos;
Disponibilidade
Os equipamentos deverão possuir características de tolerância a falhas,
nomeadamente, deverão sempre que possível dispor de capacidade autodiagnóstico;
Segurança
Os equipamentos deverão possuir, na medida do possível, mecanismos de
segurança que garantem protecção contra intrusos.
3.9. Arquitectura física
A estrutura física será composta por tomadas, cabo óptico, cabo UTP e
concentradores. A seguir apresenta-se a ligação feita entre estes elementos.
As tomadas ISO 8877 serão servidas a partir dos Switchs que estão localizados no
rés/chão, 1º e 2º andar do edifício.
Para desenhar uma rede confiável e escalável, o projecto de rede deve obedecer cada
um dos principais componentes:
Uma camada de acesso que conecte usuários finais à rede local;
Uma camada de distribuição que ofereça conectividade baseada em directivas entre
redes locais e usuários finais;
Uma camada de núcleo que proporcione a conexão mais rápida entre os pontos de
distribuição.
Figura 14. Arquitectura Física da URNet divida em 3 Camadas
Fonte: A autora
Quais são as velocidades para a transmissão de dados que podem ser alcançadas
quando se usa um determinado tipo de cabo?
Qual é o tipo de transmissão a ser considerada?
As transmissões serão digitais ou analógicas?
Qual é a distância que um sinal pode percorrer através de certo tipo de cabo antes que
a atenuação desse sinal se torne um problema? A distância que o sinal transita no cabo
afecta directamente a atenuação do sinal. A degradação do sinal é relacionada à
distância que o sinal transita e o tipo de cabo usado.
Especificações do cabo UTP CAT 5e
Cabo de 4pares traçado, com impedância característica de 100Ω + 15%;
Diâmetro dos condutores entre 0,4 mm e 0,65 e com identificação dos pares por
código de cores segundo a norma IEC 708.
A instalação dos cabos UTP deverá ser feita de acordo com os seguintes
princípios:
Os cabos deverão ligar sem interrupções nem derivações as tomadas ISO 8877 e
os painéis de tomadas (patch painels) existentes no Switch;
O comprimento dos cabos UTP não poderá ultrapassar os 100 metros;
Os cabos UTP serão instalados, devidamente fixados, em canha plástica, a instalar
na parede;
Sempre que possível, deverá ser garantido o isolamento por separação física dos
cabos UTP em relação aos cabos de corrente eléctrica;
Os cabos deverão ser identificados de forma clara e indelével com o número da
tomada a que correspondem nas suas extremidades;
Os cabos deveram ser arrumados a intervalos regulares, a fim de diminuir o
espaço de tracção;
A passagem de cabos deve ser feita com cautela, de modo a serem evitadas as
dobras que poderão causar a degradação das propriedades eléctricas do cabo;
Durante a instalação deve ser respeitado o raio mínimo de curvatura de 8vezes o
diâmetro do cabo, tal como especificado na norma ISO/IEC 11801;
A ligação dos cabos UTP as tomadas e aos painéis de ligação deve ser efectuada
segundo a norma ANSI TIA/EIA 258B;
A localização aproximada nas tomadas ISO 8877 nos compartimentos é indicada
no desenho da rede vide anexo.
Fonte: Autora
Capitulo IV: Resultados
Fonte: Autora
4.1.2. Configuração do DHCP Server
Foi configurado um servidor DHCP para facilitar o processo de distribuição de IPs para os
Computadores da rede, isto facilita o processo do crescimento da rede, o administrador não
precisa passar de host em host para atribuir manualmente os IPs ele apenas precisa activar em
cada computador a opção de obter o IP automaticamente e o servidor DHCP se encarrega de
atribuir o IP ao computador, assim cada host que for adicionado à rede receberá
automaticamente um endereço IP dentro do intervalo determinado pelo servidor DHCP.
Fonte: Autora
4.1.3. Configuração dos IPs no ponto de Acesso
Na configuração física do Ponto de acesso foi utilizado um endereço IP de classe B e
também foi activado o DHCP para distribuir automaticamente IPs aos hosts da rede sem fios.
Fonte: Autora
Tratando se de uma rede sem fios foi necessário activar um mecanismo de segurança
no ponto de acesso para permitir que apenas pessoas autorizadas tenham acesso à rede sem
fios para este caso foi activa o protocolo WEP no ponto de acesso para proteger o sinal dos
possíveis intrusos.
Figura 18. Configuração da Segurança no ponto de Acesso
Fonte: Autora
Fonte: Autora
4.2. Vantagens de Presente Projecto
NISKIER e BLOIS (2003) citam que “o profissional de hoje, para ter sucesso no
trabalho, precisa estar apto para reciclar e acrescentar conceitos, posturas e atitudes, Eles
ressaltam que a educação contínua vem obtendo destaque, como indicativo de que o
aprendizado precisa ser um processo de carácter dinâmico e permanente na vida dos
profissionais de educação.”
Como evidências resultantes do estudo realizado, que pretendia apurar como o presente
projecto pode potenciar nos futuros profissionais, competências relacionadas com a inovação
e a mudança rumo à inclusão digital dos mesmos, apresentam-se as seguintes vantagens do
mesmo:
5.1. Conclusões
As TICs não são apenas ferramentas auxiliares de trabalho, são um elemento
tecnológico fundamental que dá forma ao ambiente social, incluindo o ensino. Como tal,
influenciam a evolução do conhecimento e da identidade profissional dos estudantes.
A necessidade de obtenção de informação em tempo útil faz com que uma rede não
seja um luxo mas sim uma necessidade. Devido ao baixo custo comparado com os benefícios
ou economia de tempo e dinheiro que ela proporciona, faz com que desde instalações de
residência, ambientes académicos e comerciais, utilizem o recurso de redes.
Todos os intervenientes foram unânimes em afirmar que o ISTTC precisa de uma rede
com acesso a Internet de forma a influenciar positivamente a evolução do conhecimento dos
estudantes, docentes e CTA.
A implementação desta rede no ISTTC irá dinamizar a promoção e uso das novas
tecnologias de informação e comunicação por parte dos estudantes, uma vez que os
estudantes poderão melhorar as suas habilidades no uso do computador e da Internet e não só.
5.2. Recomendações
Apresentam-se a seguir as seguintes sugestões:
O Access Point deverá ser protegido fisicamente por meio de uma grade para garantir
a sua segurança física.
Em caso de alteração da password de acesso a rede sem fios devera ser comunicado
antecipadamente aos utilizadores da rede para tomarem conhecimento das novas
configurações isso pede ser feito três em três meses.
Bibliografia
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