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AYRTON ABREU RODRIGUES


LUIZ MARCELO ZANATTA DE SÁ

Aplicação da Tecnologia Wimax para inclusão dos cidadãos e


empresas na sociedade da informação

Trabalho de Conclusão de Curso


submetido ao Curso de Tecnologia
em Sistemas de Computação da
Universidade Federal Fluminense
como requisito parcial para
obtenção do Tecnólogo em
Sistemas de Computação.

Orientador:
Alexandre Domingues Gonçalves

NITERÓI
2009
2

AYRTON ABREU RODRIGUES


LUIZ MARCELO ZANATTA DE SÁ

Aplicação da Tecnologia Wimax para inclusão dos cidadãos e


empresas na sociedade da informação

Trabalho de Conclusão de Curso


submetido ao Curso de Tecnologia
em Sistemas de Computação da
Universidade Federal Fluminense
como requisito parcial para
obtenção do Tecnólogo em
Sistemas de Computação.

Niterói, ___ de _______________ de 2009.

Banca Examinadora:

_________________________________________
Prof. Alexandre Domingues Gonçalves, Msc. – Tutor Orientador
UFF - Universidade Federal Fluminense

_________________________________________
Prof. Leandro Soares de Sousa, Msc– Avaliador
UFF - Universidade Federal Fluminense
3

Dedicamos este trabalho a todas as


pessoas a que pretendemos beneficiar
com a implantação desta tecnologia na
cidade de Três Rios.
4

AGRADECIMENTOS

Gostaríamos de agradecer primeiramente


a Deus, por toda a força dada em nossa
caminhada.

Aos nossos familiares que sempre nos


apoiaram nos momentos de maior
necessidade.

Aos nossos amigos André e Uéverton,


representando os alunos do curso como
um todo.

A todos os tutores e professores, que com


seus conhecimentos abriram as sendas
do saber a nós alunos.

Ao nosso orientador Alexandre, por ter


nos ajudado a cumprir esta árdua tarefa.

E finalmente aos amigos Elogio e Pitanga


da Emater, pelo apoio no fornecimento de
dados tão necessários.
5

RESUMO

O trabalho apresenta um estudo de implantação de rede de distribuição


de acesso a Internet utilizando a infra-estrutura em Wimax. De forma a permitir
acesso com boa taxa de transmissão, além de permitir a mobilidade.
A demonstração foi feita tomando como base a cidade de Três Rios. Esta
e sua estrutura de unidades de ensino, centros comerciais e Distritos
Industriais.
A necessidade de mobilidade com o uso de equipamentos de
comunicação de dados, utilizando uma rede de computadores sem fio, sempre
foi um desejo dos usuários. As redes Wi-Fi (IEEE 802.11) surgiram e
conseguiram iniciar a libertação do uso de fios na comunicação, mas com um
raio de alcance limitado e uma largura de banda pequena. Esse tipo de rede é
de grande utilização em empresas para uma conexão local.
Visando uma rede de maior dimensão, surgiram as redes metropolitanas,
conhecidas como Wimax (IEEE 802.16), a sua maior virtude é a conexão de
pontos a longa distância e com taxas superiores de largura de banda.

Palavras-chaves: wimax, wi-fi, redes metropolitanas, redes sem fio, IEEE


802.16, IEEE 802.11.
6

ABSTRACT

The work presents a study for the installation of distribution network to


access the Internet using the infrastructure in Wimax. To allow access with a
good rate of transmission, in addition to the mobility.
The demonstration was done by building on the city of Três Rios. This and
the structure of education’s units, shopping centers and industrial districts.
The necessity of mobility with data communication equipments, by wireless
computer Network, always was a desire of the users. The Wi-Fi nets came out
starting the use of wireless machines to communicate, but within a limited band
range. These two types of net are widely used in companies for local
connection.
Aiming a wide dimension net, the metropolitan nets raised, known as
Wimax, which the best virtue is the connection of long distance points, with
higher taxes of band ranges.

Key Words: wimax, wi-fi, metropolitan networks, wirelless networks, IEEE


802.16, IEEE 802.11.
7

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1 Mapa da Cidade de Três Rios, apresentando as unidades de ensino


................................................................................................................................
14
2 Mapa da Cidade de Três Rios, apresentando os pólos industriais
................................................................................................................................
15
3 Áreas cobertas pela rede Wimax e áreas carentes de acesso Banda Larga
................................................................................................................................
16
4 Interligação dos computadores no mundo
................................................................................................................................
20
5 Exemplo de uma LAN
................................................................................................................................
22
6 Exemplo de uma MAN
................................................................................................................................
23
7 Exemplo de uma WAN
................................................................................................................................
24
8 Modelo de Funcionamento do Wimax
................................................................................................................................
29
9 Exemplo do Padrão de Acesso IEEE 802.16d
................................................................................................................................
30
10 Exemplo do Padrão de Acesso IEEE 802.16e
................................................................................................................................
31
11 Aplicações da Tecnologia Wimax
8

................................................................................................................................
34
12 Equipamentos utilizados pela Tecnologia Wimax
................................................................................................................................
37
13 Logotipo do Wimax Fórum
................................................................................................................................
42
14 Estrutura Básica para Implantação
................................................................................................................................
46
15 Distribuição das Antenas
................................................................................................................................
47
16 Rede utilizando os Equipamentos Airmux-400
................................................................................................................................
48
17 Aplicação dos Equipamentos Airmux-400
................................................................................................................................
49
18 Antena de Recepção Airmux-400
................................................................................................................................
49
19 Receptor Airmux-400
................................................................................................................................
50
20 Roteador Wireless D-Link DI-634M
................................................................................................................................
50
21 Adaptador USB G-Link Hi-Power
................................................................................................................................
52
22 Switch 3Com® Gigabit Switch 8
................................................................................................................................
53
23 Placa PCI 100 Secure Fiber-FX NIC 3Com
................................................................................................................................
54
9

24 Celular HTC Touch Cruise 2009 (HTC IOLITE - T4242)


................................................................................................................................
56
25 Torre Wimax (Figura meramente ilustrativa)
................................................................................................................................
57
10

LISTA DE TABELAS

1 Resumo de Características IEEE 802.16


................................................................................................................................
32
2 Faixas de Frequências para o padrão 802.16d
................................................................................................................................
44
11

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADSL - Assymmetric Digital Subscriber Line


AES - Advanced Encryption Standard
ARPANet - Advanced Research Projects Agency Network
BPSK - Binary Phase Shift Keying
CAN - Campus Area Network
CBC - Cipher-Block Chaining
CBC-MAC - Cipher Block Chaining Message Authentication Code
CCM - Counter with CBC-MAC
CPE - Customer Premise Equipment
CSMA/CD - Carrier Sense Multiple Access / Collision Detection
DES - Data Encryption Standard
DQDB - Distributed Queue Dual Bus
ERB - Estação Rádio Base
IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers
ISP - Internet Service Provider
LAN - Local Area Network
LLC - Logical Link Control Logical Link Control
LOS - Line of Sight
MAC - Media Access Control
MAN - Metropolitan Area Network
NLOS - Non Line of Sight
OFDM - Orthogonal Frequency-Division Multiplexing
OFDMA - Orthogonal Frequency-Division Multiple Access
OSI - Open Systems Interconnection
AP - Access Point
PAN - Personal Area Network
PHY - Physical Layer
12

PKM - Private Key Management


QPSK - Quadrature Phase Shift Keying
RAN - Regional Area Network
SA - Security Association
SAID - Security Association Identifier
SAN - Storage Area Network
SIM - Subscriber Identity Module
SOFDMA - Scalable Orthogonal Frequency Division Multiplexing Access
TEK - Temporal Encryption Key
USIM - Universal Subscriber Identity Module
UWB - Ultra-Wideband
VoIP - Voice Over IP
W-OFDM - Wideband Orthogonal Frequency Division Multiplexing
WAN - Wide Area Network
Wi-Fi - Wirelless Fidelity
Wimax - Worldwide Interoperability for Microwave Access
WPA - Wireless Protect Access
13

SUMÁRIO

Resumo
................................................................................................................................
05
Abstract.....................................................................................................................06
Lista de Ilustrações
................................................................................................................................
07
Lista de Tabelas
................................................................................................................................
08
Lista de Abreviaturas e Siglas
................................................................................................................................
09
CAPÍTULO 1 - Introdução
................................................................................................................................
13
1.1 Objetivo e descrição do problema
................................................................................................................................
13
1.2 Metodologia
................................................................................................................................
17
CAPÍTULO 2 – Revisão de Literatura
................................................................................................................................
19
2.1 Origem da Internet
................................................................................................................................
19
2.2 Origem das Redes
................................................................................................................................
20
2.3 Classificação das Redes Segundo a Extensão Geográfica
14

................................................................................................................................
21
2.3.1 SAN (Storage Area Network)
................................................................................................................................
21
2.3.2 LAN (Local Area Network)
................................................................................................................................
21
2.3.3 PAN (Personal Area Network)
................................................................................................................................
22
2.3.4 MAN (Metropolitan Area Network)
................................................................................................................................
22
2.3.5 RAN (Regional Area Network)
................................................................................................................................
23
2.3.6 WAN (Wide Area Network)
................................................................................................................................
24
2.3.7 CAN (Campus Area Network)
................................................................................................................................
25
2.4 Padrões de Redes
................................................................................................................................
25
2.4.1 IEEE 802
................................................................................................................................
25
2.4.2 IEEE 802.11
................................................................................................................................
26
CAPÍTULO 3 – Conceitos e Especificações da Tecnologia Wimax
................................................................................................................................
28
3.1 Conceito
................................................................................................................................
28
15

3.2 Padrões de Acesso


................................................................................................................................
29
3.3 Características Técnicas
................................................................................................................................
33
3.4 Características Sobre as Aplicações
................................................................................................................................
34
3.5 Vantagens e Desvantagens
................................................................................................................................
35
3.5.1 Vantagens
................................................................................................................................
35
3.5.2 Desvantagens
................................................................................................................................
36
3.6 Equipamentos
................................................................................................................................
36
3.7 Utilizações
................................................................................................................................
37
3.8 Segurança
................................................................................................................................
38
3.8.1 Associações de Segurança (SA)
................................................................................................................................
39
3.8.2 Autorização Utilizando Gerenciamento Privado de Chaves (PKM)
................................................................................................................................
39
3.8.3 Troca de Chaves de Encriptação de Tráfego (TEKs)
................................................................................................................................
40
3.8.4 Criptografia
16

................................................................................................................................
41
3.9 Wimax Fórum
................................................................................................................................
41
3.10 Faixas de Frequência
................................................................................................................................
43
CAPÍTULO 4 – Projeto Sugerido para a Cidade
................................................................................................................................
45
4.1 Estrutura Básica para Implantação
................................................................................................................................
46
4.2 Distribuição das Antenas de Wimax
................................................................................................................................
46
4.3 Estrutura Básica no Provedor
................................................................................................................................
48
4.4 Descrição dos Equipamentos do Cliente
................................................................................................................................
49
4.5 Descrição dos Equipamentos do Cliente Móvel
................................................................................................................................
55
4.6 Descrição dos Equipamentos das Torres
................................................................................................................................
57
CAPÍTULO 5 – Resultados Provenientes da Implantação
................................................................................................................................
58
5.1 Resultados Esperados
................................................................................................................................
58
5.2 Custos de Implantação
................................................................................................................................
58
17

CONCLUSÃO
................................................................................................................................
59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
................................................................................................................................
60
18

1. INTRODUÇÃO

1.1 Objetivo e descrição do Problema

Neste trabalho abordaremos o estudo da implantação de uma tecnologia que


no Brasil ainda está na etapa de definição das especificações a serem adotadas
para implantação nacional. Boa parte do conhecimento a ser utilizado é feita com
padrões em atividade principalmente na Europa onde está bastante difundida.
Esta tecnologia é a Wimax que tem o principal objetivo de disponibilizar o
acesso a Internet em banda larga e a distâncias metropolitanas, que podem atender
pontos móveis e fixos.
O estudo apresentado neste trabalho consiste em interligar pontos públicos e
privados à grande rede, sendo avaliadas assim a estrutura necessária e a seleção
de equipamentos que poderão ser utilizados.
A cidade para o estudo de implantação da tecnologia citada é a de Três Rios
com diversas unidades de ensino, além de áreas públicas como praças, colégios,
centros industriais e shoppings. A rede projetada neste trabalho tem como objetivo
atender às seguintes unidades abaixo citadas:
• Um Centro Universitário, incluindo um pólo do CEDERJ;
• A Universidade Castelo Branco;
• A Universidade Carioca – Unicarioca;
• A Universidade Gama Filho;
• A Universidade Ulbra;
• A Universidade UFRRJ;
• Colégios da rede Municipal e Estadual;
• Distritos Industriais.

Veja no mapa (Figura 1) a localização das unidades a serem interligadas pela


tecnologia Wimax.
19

Figura 1: Mapa da Cidade de Três Rios, apresentando as unidades de ensino.


Fonte: Google Earth
A cidade possui atualmente vários pólos industriais, com 52 indústrias
1.Centro universitário 9.C. E. C. do Rio Novo 17.C. E. Coelho Pedroso 25.C. E. Urbano Carlos de Almeida
(levantamento
2.Univ.Castelo Branco feito em 04/2009) em18.C.
10.Facinter fase de Pólo
E. Marco instalação26.IPT
ou já instaladas. Várias
3.Unicarioca 11.C. E. Prof. Kopke 19.E. M. América Silva 27.C. E. Walmir Peçanha
delas em locais que também não têm acesso a banda larga, ADSL, ou outra forma
4.Ulbra 12.E. M. Modesta Sola 20.Faetec 28.C. E. Moacyr Padilha
qualquer
5.UFRRJ de acesso a Prof.
13.E. M. Internet,
Hermelinoo que 21.CIEP
aumenta Purys seus custos (por Industrial
29.Distrito exemplo: pesquisa
da Barrinha
6.Univ. Gama Filho 14.E.M Prof. Tiburcio Junqueira 22.E. M Alcina de Almeida 30.Distrito Industrial da Rua Direita
de preço de matéria prima, envio de projetos via Internet x correios, acesso às
7.EADCOM 15.Instituto de Educação 23.E. M M. das Graças Vieira
facilidades
8.CRB - UFRRJ bancárias, etc.).
16.Câmara Municipal 24.E. M N. Senhora de Fátima
20

Estes pontos podem ser visualizados na Figura 2.

Figura 2: Mapa da Cidade de Três Rios, apresentando os pólos industriais.


Fonte: Google Earth
1- Dist. Ind. Cantagalo 2 – Dist. Ind. Barrinha 3 – Dist. Ind. Sta. Terezinha 4- Dist. Ind. M. Castelo 5- Dist. Ind. R. Direita
21

Figura 3: Áreas cobertas pela rede Wimax e áreas carentes de acesso Banda Larga.
Fonte: Google Earth

As áreas dentro dos círculos pretos no mapa da Figura 3 abrangem as áreas


cobertas pela torre e pelo backhaul, enquanto as áreas dentro dos círculos
22

amarelos são as que atualmente não possuem acesso a Internet Banda larga sendo
obrigadas a se contentar com conexões de acesso Dial Up (discado) precário, isso
quando tem recursos para custeá-lo.
Ao implantarmos uma rede Wimax na cidade, daríamos acesso, não só a
alunos e indústrias, mas também a todo cidadão que morar nas áreas beneficiadas.
Com isso, melhoraremos sensivelmente as condições da população no que diz
respeito a acesso à Internet, implantando, nas áreas de lazer das mesmas, salas
possuindo computadores com acesso, combatendo, com isso, a exclusão digital –
um dos maiores males do nosso século.
Nas áreas de lazer, podemos disponibilizar acesso através de hotspots1 para
acesso sem fio a qualquer pessoa que tenha um notebook, netbook, laptop, ou
mesmo um Desktop com adaptador wireless.
Já nas indústrias, faculdades e colégios teríamos pontos de recepção Wimax
com distribuição interna por conta da instituição (que poderá ser com ou sem fio).
Teríamos, assim, maior integração alunos/faculdade, alunos/colégios públicos,
cidadão/governo e indústrias/mercado consumidor, ao criarmos condições de
acesso aos usuários.
A solução adotada neste trabalho indicada para a cidade poderá se tornar um
estudo inicial para um projeto piloto desta tecnologia e na possível realidade não
distante, não só para Três Rios, como para um tanto de outras cidades que poderão
vir a ser chamadas de Cidades Digitais2.

1.2 Metodologia
1
Hotspot é o nome dado ao local onde a tecnologia Wi-Fi está disponível para acesso aberto à usuários
móveis
2
Cidade Digital: apresenta em toda a sua geográfica, infra-estrutura de telecomunicações e internet, tanto para
acesso individual quanto público, disponibilizando à sua população informações e serviços públicos e privados
em ambiente virtual..
23

A metodologia a ser apresentada neste trabalho consiste na pesquisa de


estruturas comerciais da tecnologia citada, bem como suas características, limites
físicos, custos e lógicos. Apresentar uma estrutura adequada para o problema
proposto. Como também nas especificações de equipamentos para a transmissão e
para o cliente final.
A proposta deste trabalho busca apresentar a melhor solução possível tanto
em custo quanto em instalações físicas, com base nos conteúdos obtidos da
Internet sobre o assunto. Este trabalho foi organizado em capítulos onde:

• No Capítulo 2 é feita uma revisão de literatura, apresentando conceitos gerais de


internet, origem das redes, classificação das redes segundo a extensão
geográfica e, por último, padrões de redes em geral.

• No Capítulo 3 é apresentado um estudo sobre os aspectos gerais da tecnologia


Wimax. Apresentando seus conceitos, vantagens, desvantagens, especificações
de sua utilização e equipamentos.

• No Capítulo 4 é feita uma abordagem sobre a implementação do projeto.


Apresentando uma solução para o caso estudado, assim como, sua forma de
implantação, com estudo dos locais de colocação de torres, locais de recepção,
distribuição interna e externa do acesso.

• No Capítulo 5 é feita uma análise do projeto definido. Apresentando assim, uma


análise dos resultados esperados após a implantação, além de uma análise de
custo para implantação.

• E, finalmente, a conclusão que trará um resumo da avaliação geral do projeto.


24

2. Revisão de Literatura

2.1 Origem da Internet

Atualmente, a Internet é o meio mais utilizado pelas pessoas que desejam


trocar arquivos, fazer transferência de dados e quaisquer outras coisas do gênero.
Ou seja, a Internet é a principal das novas tecnologias de informação e
comunicação existentes atualmente.
Ela teve origem em meados dos anos 60, no auge da Guerra Fria, através de
um projeto militar norte-americano que tinha como objetivo, criar uma rede de
computadores interligados que não pudesse ser destruída e que, ao mesmo tempo,
interligasse diversas áreas consideradas estratégicas, como centros de pesquisa e
tecnologia e bases militares.
Essa rede não possuía um computador funcionando como uma espécie de
servidor, com isso, os computadores interligados à rede possuíam as mesmas
características e os dados que trafegavam entre eles não seguiam uma direção
definida previamente.
A ARPANet (Advanced Research Projects Agency Network – Agência de
Projetos de Pesquisa Avançada), primeira rede nacional de computadores, foi
criada em 1969 pelo Departamento de Defesa dos EUA para garantir uma certa
segurança em termos de queda nas comunicações, ela era utilizada para interligar
computadores de universidades, instituições militares e centros de pesquisa,
fazendo com que houvesse uma maior disponibilidade no compartilhamento de
recursos entre diversos pesquisadores.
A ARPANet foi desmantelada em 1990 pelo próprio Departamento de Defesa
dos EUA e, posteriormente ficou mundialmente conhecida pelo nome de Internet. A
Internet transformou-se, com o passar do tempo, em uma rede na qual diversas
pessoas, espalhadas por todos os cantos do planeta, pudessem trocar informações
entre si. Atualmente, a infra-estrutura utilizada pela Internet é a rede mundial de
telecomunicações.
25

2.2 Origem das Redes

Para que os vários computadores existentes no mundo possam se conectar e


tenham acesso à Internet, é originado o conceito de redes de computadores, no
qual esses dispositivos são interligados através de protocolos, enlaces e
roteadores, formando assim, um conjunto infinitamente grande de redes espalhadas
por todos os cantos do planeta.
A figura abaixo retrata como os computadores estão interligados atualmente no
mundo. As ramificações representam os diversos computadores, enquanto as
junções representam os diferentes tipos de provedores de serviço de Internet (ISP –
Internet Service Provider) existentes. Mas é sempre bom lembrar que, à medida
que os dias passam, novos computadores e ISPs vão surgindo e sendo alocados
nesse complexo grafo, que é conhecido como a “rede de redes”, ou seja, a Internet.

Figura 4: Interligação dos computadores no mundo.


Fonte: [1]

Portanto, uma rede de computadores consiste de 2 ou mais computadores


e outros dispositivos conectados entre si de modo a poderem compartilhar seus
serviços, que podem ser: dados, impressoras, mensagens (e-mails), etc. A
Internet é um amplo sistema de comunicação que conecta muitas redes de
computadores. Existem várias formas e recursos de vários equipamentos que
26

podem ser interligados e compartilhados, mediante meios de acesso,


protocolos e requisitos de segurança.

2.3 Classificação das Redes segundo a Extensão Geográfica

2.3.1 SAN (Storage Area Network)

Em computação, uma Storage Area Network (Área de Armazenamento em


Rede) é uma rede projetada para agrupar dispositivos de armazenamento de
computador. As SANs são mais comuns nos armazenamentos de grande porte. [2]
Existem duas variações de SANs:

1. Uma rede na qual o propósito principal é a transferência de dados


entre computadores e dispositivos de armazenamento. Uma SAN consiste em uma
infra-estrutura de comunicação que provê conexões físicas com uma camada de
gerenciamento, que organiza as conexões, os dispositivos de armazenamento e os
computadores, tornando a transferência de dados robusta e segura.

2. Um sistema de armazenamento formado por dispositivos de


armazenamento, computadores e/ou aplicações, e todo um controle via software,
comunicando-se através de uma rede de computadores.

2.3.2 LAN (Local Area Network)

Em computação, uma Local Area Network (Rede de Área Local) é uma rede
utilizada na interconexão de equipamentos processadores com a finalidade de troca
de dados. [3]
Um conceito mais definido seria: é um conjunto de hardware e software que
permite a computadores individuais estabelecerem comunicação entre si, trocando
e compartilhando informações e recursos.
Tais redes são denominadas locais por cobrirem apenas uma área limitada (10
Km no máximo, quando passam a ser denominadas MANs ), visto que, fisicamente,
quanto maior a distância de um nó da rede ao outro, maior a taxa de erros que
ocorrerão devido à degradação do sinal.
27

As LANs são utilizadas para conectar estações, servidores, periféricos e outros


dispositivos que possuam capacidade de processamento em uma casa, escritório,
escola e edifícios próximos, como no exemplo ilustrado pela Figura 5.

Figura 5: Exemplo de uma LAN.


Fonte: [4]

2.3.3 PAN (Personal Area Network)

Uma Personal Area Network (Rede de Área Pessoal) é uma tecnologia de rede
formada por nós (dispositivos conectados à rede) muito próximos uns dos outros
(geralmente não mais de uma dezena de metros). Por exemplo, um computador
portátil conectando-se a um outro e este a uma impressora. [5]
São exemplos de PAN as redes do tipo Bluetooth e UWB (Ultra-Wideband).

2.3.4 MAN (Metropolitan Area Network)

Também conhecida como WAN, é o nome dado às redes que ocupam o


perímetro de uma cidade. São mais rápidas e permitem que empresas com filiais
em bairros diferentes se conectem.
A partir do momento que a Internet atraiu uma audiência de massa, as
operadoras de redes de TV a cabo, começaram a perceber que, com algumas
mudanças no sistema, elas poderiam oferecer serviços da Internet de mão dupla
em partes não utilizadas do espectro. A televisão a cabo não é a única MAN. Os
desenvolvimentos mais recentes para acesso à Internet de alta velocidade sem fio
resultaram em outra MAN, que foi padronizada como IEEE 802.16. [6]
28

Figura 6: Exemplo de uma MAN.


Fonte: [7]

2.3.5 RAN (Regional Area Network)

Uma Regional Area Network (Rede de Área Regional) é uma rede de dados
que interconecta negócios, residências e governos em uma região geográfica
específica. RANs são maiores que LANs e MANs, mas menores que WANs. RANs
são comumente caracterizadas pelas conexões de alta velocidade utilizando cabo
de fibra óptica ou outra mídia digital. [8]

2.3.6 WAN (Wide Area Network)


29

Rede de área alargada ou rede de longa distância, também conhecida como


rede geograficamente distribuída, é uma rede de computadores que abrange uma
grande área geográfica, com frequência um país ou continente. Difere, assim, das
PANs, das LANs e das MANs. [9]
Em geral, as redes geograficamente distribuídas contêm conjuntos de
servidores, que formam sub-redes. Essas sub-redes têm a função de transportar os
dados entre os computadores ou dispositivos de rede.
As WANs tornaram-se necessárias devido ao crescimento das empresas, onde
as LANs não eram mais suficientes para atender à demanda de informações, pois
era necessária uma forma de passar informação de uma empresa para outra de
maneira rápida e eficiente.
Com isso, surgiram as WANs, que conectam redes dentro de uma vasta área
geográfica, permitindo assim, comunicação de longa distância.

Figura 7: Exemplo de uma WAN.


Fonte: [10]

2.3.7 CAN (Campus Area Network)


30

A Campus Area Network (Rede de Área do Campus) é uma rede que usa
ligações entre computadores localizados em áreas de edifícios ou prédios
diferentes, como em campus universitários ou complexos industriais.
Deve também usar links típicos de LANs ou perde-se seu caráter de CAN para
tornar-se uma MAN ou WAN, dependendo de quem seja o dono do link usado. [11]

2.4 Padrões de Redes

2.4.1 IEEE 802

Segundo o IEEE 802, os padrões IEEE 802 são referentes às redes locais e às
redes metropolitanas.

Camadas da arquitetura IEEE 802:

• Física / Physical Layer (PHY): camada responsável pelo estabelecimento,


manutenção e liberação de conexões físicas. A transmissão dos bits é feita através
de um meio físico, podendo ser cabo coaxial, cabo par trançado ou fibra óptica.
Responsável pelo método de codificação e pela taxa de transmissão.

• Controle de acesso ao meio / Medium Access Control (MAC): camada


responsável pela organização do acesso ao meio físico compartilhado. O controle é
feito por técnicas: CSMA/CD (802.3), Token Bus (802.4), Token Ring (802.5),
DQDB (802.6).

• Controle de enlace lógico / Logical Link Control (LLC): camada independente


da camada MAC que é responsável pela multiplexação e pelo controle de erros e de
fluxo.

IEEE 802.1: Padrão que especifica a relação entre os padrões IEEE e sua
interação com os modelos OSI, assim como as questões de interconectividade e
administração de redes.

IEEE 802.2: Controle lógico de enlace (LLC), que oferece serviços de conexão
lógica a nível de capa 2.

IEEE 802.3: IEEE 802.3 10BASE5, IEEE 802.3 10BASE2, IEEE 802.3
STARLAN, IEEE 802.3 10BASET:
31

IEEE 802.3u: Padrão Internacional de Fast Ethernet para cabos de fibra óptica
(100Base-TX, 100Base-T4 e 100Base-FX).

IEEE 802.3z - Gigabit ethernet: A tecnologia Gigabit Ethernet começou a ser


desenvolvida em 1997 pela IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers)
nos Estados Unidos, e acabou por se ramificar em quatro padrões diferentes. São
eles: 1000baseLX, 1000baseSX, 1000baseCX e o 1000baseT.

Os padrões 1000baseLX, 1000baseCX e 1000baseSX são padronizados pelo


IEEE 802.3z, já o padrão 1000baseT está padronizado pelo IEEE 802.3ab.

2.4.2 IEEE 802.11

• 802.11a

Chega a alcançar velocidades de até 54 Mbps dentro dos padrões da IEEE e


de 72 a 108 Mbps por fabricantes não padronizados. Esta rede opera na frequência
de 5 GHz e inicialmente suporta 64 utilizadores por Ponto de Acesso.
As suas principais vantagens são: a velocidade, a gratuidade da frequência
que é usada e a ausência de interferências.
A maior desvantagem é a incompatibilidade com os padrões no que diz
respeito a Access Points 802.11 b e g; quanto a clientes, o padrão 802.11a é
compatível tanto com 802.11b e 802.11g na maioria dos casos, já se tornando
padrão na fabricação dos equipamentos.

• 802.11b

Alcança uma velocidade de 11 Mbps padronizada pelo IEEE e uma velocidade


de 22 Mbps, oferecida por alguns fabricantes não padronizados. Opera na
freqüência de 2.4 GHz. Inicialmente suporta 32 utilizadores por ponto de acesso.
Um ponto negativo neste padrão é a alta interferência tanto na transmissão
como na recepção de sinais, porque funcionam a 2,4 GHz equivalentes aos
telefones móveis, fornos microondas e dispositivos Bluetooth.
O aspecto positivo é o baixo preço dos seus dispositivos, a largura de banda
gratuita bem como a disponibilidade gratuita em todo mundo. O 802.11b é
amplamente utilizado por provedores de Internet sem fio.
32

• 802.11g

Baseia-se na compatibilidade com os dispositivos 802.11b e oferece uma


velocidade de até 54 Mbps. Funciona dentro da frequência de 2,4 GHz.
Tem os mesmos inconvenientes do padrão 802.11b (incompatibilidades com
dispositivos de diferentes fabricantes).
As vantagens também consistem nas velocidades. Usa autenticação WEP
estática já aceitando outros tipos de autenticação como WPA (Wireless Protect
Access) com criptografia dinâmica (método de criptografia TKIP e AES).
Torna-se por vezes difícil de configurar, como Home Gateway devido à sua
frequência de rádio e outros sinais que podem interferir na transmissão da rede sem
fio. [12]
33

3. Conceitos e Especificações da Tecnologia Wimax

3.1 Conceito

Em uma linguagem menos técnica, pode-se definir o Wimax (Worldwide


Interoperability for Microwave Access) como sendo a evolução do Wi-Fi, atual
padrão de tecnologia de redes para acesso sem fio. A sigla Wi-fi vem de Wireless
Fidelity e utiliza o padrão 802.11 como forma de arquitetura. O Wimax, por sua vez,
utiliza o padrão IEEE 802.16 3, que é conhecido como a interface aérea da IEEE
para Wireless MAN (Metropolitan Area Network), isto é, como a interface da rede
metropolitana sem fios. [13]
O WiMAX surgiu da necessidade de se ter uma tecnologia de rede sem fio de
banda larga com longo alcance e alta taxa de transmissão, corrigindo e
aprimorando, justamente, os principais pontos-fracos do Wi-Fi como: preço,
acessibilidade, raio de atuação e disponibilidade.

3
Tecnologia wireless desenvolvida para oferecer acesso banda larga a distâncias típicas de 6 a 9 km.
34

Figura 8: Modo de Funcionamento do Wimax.


Fonte: [14]

A transmissão do sinal Wimax acontece da seguinte forma: assim como


acontece em um sistema de telefonia celular, uma torre central envia o sinal
para várias outras torres espalhadas e, estas, multiplicam o sinal para chegar
aos receptores. O usuário, para conseguir acesso a esta rede, precisa de uma
antena receptora, da qual resulta na conexão que vai até o seu computador ou
notebook, plugada via placa de rede.

3.2 Padrões de Acesso

O Wimax atualmente possui os seguintes padrões de acesso:


- IEEE 802.16d (ou Wimax Fixo)
- IEEE 802.16e (ou Wimax Móvel)
35

O IEEE 802.16d, originado em junho de 2004, é o padrão de acesso sem fio de


banda larga fixa e teve seus primeiros equipamentos (Aperto Networks 4, Redline
Communications5, Wavesat6 e Sequans7) homologados em janeiro de 2006 pelo
laboratório espanhol Cetecom8. [15]
Esse padrão fornece uma alternativa sem fio para o acesso de banda larga de
última milha ao cabo e ao ADSL. Ele tem um alcance de 8 a 12 km em cobertura
NLOS9 (Non Line of Sight) e de 30 a 40 km em cobertura LOS 10 (Line of Sight) e
fornece taxa de transmissão de até 70 Mbps por estação rádio-base.
As estações terminais presentes podem ser nômades, com isso, o local onde
cada uma destas estações está alocada pode variar dentro da célula, mas apenas
quando a estação estiver fora de operação. Quando uma estação estiver operando,
ela necessariamente deve estar fixa dentro da célula.

Figura 9: Exemplo do Padrão de Acesso IEEE 802.16d.


Fonte: [16]

4
Empresa líder no desenvolvimento das estações-base de Wimax.
5
Única empresa a oferecer um sistema completo já certificado pelo Wimax Fórum.
6
Empresa que está no mercado há mais de 15 anos na área de prestação de serviço.
7
Empresa do setor de semicondutores e fornecedora líder em silício Wimax.
8
Centro Tecnológico de Compósitos que tem a missão de promover e expandir o setor brasileiro de
compósitos, aprimorando os recursos técnicos e humanos disponíveis à indústria, para o desenvolvimento dos
mercados interno e externo.
9
Não é possível unir transmissor e receptor por uma linha imaginária reta (Sem linha de visada).
10
É possível unir transmissor e receptor por uma linha imaginária reta (Com linha de visada).
36

O 802.16e, originado em Dezembro de 2005, é o padrão de acesso sem fio de


banda larga móvel, responsável por assegurar conectividade em velocidades de até
100 km/h e cujos equipamentos começaram a ser disponibilizados no mercado em
meados de 2007.
Como a rede Wimax é formada por um conjunto de células e os terminais
presentes nela são portáteis e móveis, é possível que - através desse padrão -
esses terminais troquem de célula durante a comunicação (handover11).

Figura 10: Exemplo do Padrão de Acesso IEEE 802.16e.


Fonte: [16]

A grande diferença entre o Wimax fixo e o Wimax móvel é que o primeiro é


apenas portátil (não comuta – não possui handoff - entre ERBs12 em altas
velocidades) e o segundo é móvel (comuta – possui handoff - entre ERBs em
velocidades de até 100 Km/h).
Abaixo é apresentado um quadro comparativo entre os dois tipos de padrões
de acesso:

11
É o procedimento empregado em redes sem fios para tratar a transição de uma unidade móvel de uma célula
para outra de forma transparente ao utilizador.
12
Estações Rádio Base: são equipamentos que fazem a conexão entre os telefones celulares e a companhia
telefônica
37

IEEE 802.16d IEEE 802.16e


Espectro 2-11 GHz 2-6 GHz
Canal de propagação LOS e NLOS LOS e NLOS
Taxa de transmissão Até 75 Mbps Até 15 Mbps
Multiplexação e/ou Acesso OFDM/OFDMA OFDM/OFDMA/SOFDMA
Modulação BPSK, QPSK, 16QAM, 64QAM BPSK, QPSK, 16QAM, 64QAM
Mobilidade Fixo (ponto-a-ponto/multiponto) Portabilidade, mobilidade, roaming
(inclusive entre tecnologias)
Larguras de canal Selecionável entre 1,25 e 20 MHz Selecionável entre 1,25 e 20 MHz
Raio de célula típico Típico 5 a 8 km; Típico 1,5 a 5 km
Máximo de 50 km.
Tabela 1: Resumo de características IEEE 802.16.
Fonte: [17]

Em meados do ano de 2009, um novo padrão de acesso do Wimax começou a


ser projetado e programado detalhadamente, o qual se chama 802.16m.
Atualmente, este padrão se encontra na fase de pré-rascunho, preparando-se para
a publicação de um primeiro briefing, com equipes inteiras de especialistas em todo
o mundo se dedicando ao máximo para alcançar os objetivos da tecnologia. [18]
Para que o Wimax 802.16m seja aprovado pela UIT – IMT Advanced como um
dos padrões de 4G, é necessário que alguns requisitos sejam alcançados, como por
exemplo: taxa de 100Mbps para usuários fixos e 1Gbps para usuários móveis, e o
delay da interface aérea seja inferior a 10 milissegundos.
Algumas das características que estarão presentes no Wimax 802.16m são as
seguintes: maior mobilidade e flexibilidade de uplinks e downlinks – quadruplicando
o número de quadros da interface aérea do 802.16e; uso mais flexível e otimizado
do espectro; maior confiabilidade e segurança, já que será permitido priorizar um
serviço em um fluxo de serviços; compatibilidade total com o 802.16e, gerando
economia de custos de desenvolvimento e implantação, migração transparente e o
aproveitamento de todo o ecossistema de produtos – estações de base,
dispositivos, periféricos etc; além da interoperabilidade com outras redes móveis e
fixas existentes.
Com isto, esta tecnologia representa uma grande evolução em relação às
tecnologias de Wimax já existentes e, pelo menos, se as forças de capital e de
mercado se unirem, nada, em termos tecnológicos, impede que esta faça parte,
juntamente com a LTE, da Quarta Geração da telefonia móvel.
38

3.3 Características Técnicas

Para a tecnologia adotada para este trabalho temos as seguintes


características: [19]

• Modulação: o Wimax apresenta três modos de operação: single carrier, OFDM 13


(Orthogonal Frequency Division Multiplexing) 256, ou OFDMA14 (Orthogonal
Frequency Division Multiplex Access) 2K . O modo mais comumente utilizado é o
OFDM 256 que tem como finalidade dividir um fluxo digital de alta taxa de bits
em um esquema de baixa taxa.

• Vazão: o Wimax entrega elevadas taxas de throughput15 com longo alcance


e uma grande eficiência espectral que é tolerante às reflexões de sinais. A
velocidade de transmissão dos dados varia entre 1 Mbps e 75 Mbps,
dependendo das condições de propagação, sendo que o raio típico de uma
célula é de 6 Km a 9 Km.

• Escalabilidade: para acomodar com facilidade o planejamento da célula,


tanto nas faixas licenciadas quanto nas não licenciadas, o 802.16a/d suporta
diversas larguras de banda. O operador pode aumentar a quantidade de
usuários mantendo um bom alcance do sinal e um bom throughput. O operador
pode reusar o mesmo espectro em dois ou mais setores, criando uma isolação
entre as antenas da estação rádio base.

• Cobertura: o padrão 802.16 suporta tecnologias que permitem a expansão


de cobertura, incluindo as tecnologias de "smart antenna" assim como as
tecnologias mesh.

• Qualidade de Serviço: o padrão 802.16 permite a transmissão de voz e vídeo,


que requerem redes de baixa latência, provê serviços premium garantidos para
13
Consiste na transmissão paralela de dados em diversas subportadoras superpostas, sendo as taxas das
subportadoras tão baixas quanto maior no número destas empregadas.
14
É baseada em modulação OFDM, e foi desenvolvida para operação NLOS, com freqüências inferiores a 11
GHz.
15
É a medida da velocidade de transferência de dados através de um sistema de comunicação complexo.
39

empresas e possibilita um aumento no volume de usuários utilizando melhor


esforço para clientes residenciais.

• Segurança: o padrão 802.16 prevê características de privacidade e criptografia


permitindo transmissões seguras com inclusão de procedimentos de
autenticação de usuários. Permite também um suporte a diferentes grupos de
credenciais de usuário, incluindo: SIM/USIM cards (GSM/UMTS), Smart Cards,
Digital Certificates e esquemas Usuário/Senha.
Mais à frente haverá um item explicando os diversos tipos de segurança
presentes na tecnologia Wimax.

3.4 Características sobre as Aplicações

Figura 11: Aplicações da Tecnologia Wimax.


Fonte: [19]

As aplicações acima relacionadas são possíveis pelas seguintes


características do Wimax [19]:
40

• Fornecimento de link de dados de NxE1 (com garantia de banda).


• Fornecimento de link de dados de fração de E1 (com garantia de banda).
• Fornecimento de link de dados em um padrão equivalente ao ADSL 16
(Assymmetric Digital Subscriber Line) / Cable Modem 17.
• Portabilidade, isto é, o usuário pode transportar sua CPE 18 (Customer
Premise Equipment) e utilizar o serviço em local diferente do usual.
• Instalação da CPE no modo Plug and Play.
• Cobertura sem linha de visada.

3.5 Vantagens e Desvantagens

As vantagens e desvantagens em relação a outras tecnologias de difusão do


acesso a Internet são mostradas abaixo. [20]

3.5.1 Vantagens

• Diminui custos de infra-estrutura de banda larga para conexão com o usuário


final (Last Mile);
• Tem uma aceitação grande por usuários, seguindo a tecnologia Wi-Fi e
diminuindo ainda mais os custos da tecnologia;
• Existe amplo suporte, por parte de várias indústrias, no desenvolvimento e
aprimoramento desta tecnologia;
• Possibilita a criação de uma rede de cobertura de conexão similar à de
cobertura celular, permitindo assim, acesso à Internet em movimento;
3.5.2 Desvantagens

• Nos testes realizados, não houve bons resultados quanto à taxa de


transmissão;

16
É utilizada para designar uma tecnologia de comunicação que permite a transmissão rápida de dados
multimídia através das linhas telefônicas tradicionais.
17
Utiliza as redes de transmissão de TV a cabo convencionais para transmitir dados que variam de 70 Kbps a
150 Mbps.
18
É o conjunto de equipamentos que são pré-requisitos para a aquisição de um determinado serviço.
41

• A incompatibilidade do Wimax Fixo com o Móvel pode ser um fator de atraso


para a tecnologia;
• Nas faixas de frequência mais altas, há diminuição nas taxas de
transferências e nos raios de cobertura, devido a interferências provocadas pela
chuva;
• Em alguns países, a tecnologia já foi inviabilizada devido a uma política
específica para proteção do investimento de capital, já realizado com licenças da
tecnologia de telefonia móvel.

3.6 Equipamentos

O Wimax possui contribuição de um grupo de empresas que são responsáveis


por desenvolver componentes, equipamentos e grupos abertos de discussão.
Dentre as empresas ativamente participantes do grupo IEEE responsáveis pelo
desenvolvimento do Wimax, a Wi-LAN possui equipamentos que permitem a
implementação de uma rede com todas as características e vantagens desta
tecnologia. [21]
A Wi-LAN, através de seu Continuity Program, assume que todos os seus
equipamentos de acesso com tecnologia W-OFDM serão compatíveis com o
protocolo IEEE 802.16, necessitando apenas de uma atualização do firmware.
A linha de equipamentos Libra 5800 foi a primeira solução no mercado para
aplicações sem visada de redes metropolitanas, pois utiliza a tecnologia de
modulação OFDM, permitindo enlaces ponto-a-ponto ou ponto-multiponto.
42

Figura 12: Equipamentos utilizados pela Tecnologia Wimax.


Fonte: [21]

Algumas características pertencentes aos equipamentos Libra 5800: trabalham


na freqüência de 5,8GHz (que dispensa a necessidade de licenciamento para sua
instalação), possuem uma porta Ethernet 10/100 BaseT e suportam VLAN Tagging
(802.1q). Com uma banda de 32 Mbps (24Mbps efetivos) e capacidade de controle
de banda, os equipamentos Libra 5800 permitem a criação de uma rede de alta
performance. Para segurança dos dados trafegados e controle de acesso, os rádios
Libra 5800 embaralham os dados através de um protocolo proprietário.

3.7 Utilizações

Abaixo são listados alguns exemplos de utilização da tecnologia Wimax em


diversos países, apresentado em [22]

• Campus Netwoking: esta é uma grande área de necessidade de utilização


da tecnologia de Wimax em aplicações. Aqui temos um importante nicho nas
áreas de Petróleo, Indústria em Geral, Construção Civil, entre outros segmentos.
43

• Building to Building Connection: conexão entre diferentes instalações de


uma mesma corporação. O Wimax também poderia ser utilizado como conexão
redundante de acesso de uma corporação.

• Backhaul de Wi-Fi e VoiP : o Wimax pode ser utilizado com infra-estrutura


de uma Rede Corporativa de Wi-Fi e/ou VoIP principalmente aonde não existe
infra-estrutura de cabeamento instalada ou quando se quer disponibilizar
serviços de campo móveis.

• Surveillance: este é um segmento aonde a tecnologia Wimax pode


colaborar bastante na monitoração de grandes áreas.

• Backhaul de Mesh Technology : o Wimax pode ser muito importante como


infra-estrutura de redes mesh.

• Soluções de Atendimento Móveis: esta é uma área que interessa muito


aos Governos Federal, Estadual, Municipal e também ao mercado privado.

3.8 Segurança

O IEEE 802.16 especifica uma subcamada de segurança, localizada abaixo da


subcamada MAC19. Ela fornece privacidade às estações cliente, através da
encriptação das conexões geradas. Além disso, a subcamada protege as estações
base contra o acesso não autorizado a seus serviços, através de um protocolo de
administração de chaves, de métodos de autenticação baseados em certificados
digitais, e de criptografia. Diversas vulnerabilidades existentes no IEEE 802.11
original foram eliminadas. Um exemplo disso é a adição de suporte ao algoritmo de
criptografia AES20, sendo que o padrão de 2001 somente incluía criptografia DES.
[23]

19
É responsável pela implementação de mecanismos de controle de acesso ao meio físico de transmissão
20
Advanced Encryption Standard (em português Padrão de Criptografia Avançado) é utilizado para
criptografia de chaves simétricas.
44

3.8.1 Associações de Segurança (SA)

Associações de segurança são informações de segurança compartilhadas


entre uma estação base e um ou mais clientes. Elas mantêm o estado de
segurança de uma conexão. Existem três tipos de SAs: primárias, estáticas e
dinâmicas. As primárias são estabelecidas pelas estações cliente durante seu
processo de inicialização. As estáticas são fornecidas pela estação base.
Finalmente, as dinâmicas são estabelecidas e eliminadas em resposta ao início e
ao término de fluxos de serviço específicos. As SAs estáticas e dinâmicas podem
ser compartilhadas por múltiplas estações cliente, sendo que cada SA é identificada
através de um SAID21 (Security Association Identifier). As SAs incluem duas chaves
de encriptação de tráfego (TEKs 22): a chave em operação e a chave a ser utilizada
quando a atual expirar.

3.8.2 Autorização utilizando Gerenciamento Privado de Chaves (PKM)

O PKM proporciona uma sincronização segura dos dados relativos a chaves


de segurança entre a estação base e seus clientes. Ele também serve como um
meio de as estações cliente obterem autorização para a utilização dos serviços da
estação base. O protocolo utiliza certificados digitais X.509 23, o algoritmo de
criptografia de chave pública RSA e outros algoritmos, para que seja efetuada a
troca de chaves entre a estação base e as estações cliente.
São especificados dois tipos de certificados X.509. O primeiro tipo identifica
um fabricante específico de dispositivos IEEE 802.16, podendo ser assinado pelo
próprio fabricante ou por terceiros. O outro tipo identifica uma estação cliente
específica, e contém sua chave pública e seu endereço MAC. Este certificado é
geralmente emitido pelo fabricante da estação.
A autorização PKM é composta de três mensagens, sendo as duas primeiras
enviadas pela estação cliente e a última pela estação base. A primeira mensagem é

21
É um campo de dados em um protocolo de segurança usado para identificar a associação da segurança a
que uma unidade de dados do protocolo é limitada.
22
Chave de criptografia de dados (Temporal Encryption Key).
23
Padrão mundialmente usado para a emissão e validação de certificados baseados em assinatura digital.
Usado em mecanismos de autenticação na Internet.
45

utilizada para o envio do certificado do fabricante, assumindo que todos os


dispositivos fabricados por ele são confiáveis. Esta mensagem é ignorada caso a
política de segurança da estação somente permita o acesso a dispositivos
previamente conhecidos.
A segunda mensagem é enviada imediatamente após a primeira. Ela inclui o
certificado da estação cliente, uma descrição dos algoritmos de criptografia
suportados por ela, e o identificador básico da conexão, que se tornará o SAID
primário do cliente. Caso o nó cliente seja autorizado, a estação base responde com
a terceira mensagem, que cria o SA de autorização entre as estações. Este inclui
uma chave de autorização encriptada com a chave pública da estação cliente
(presente no certificado X.509) e seu tempo de vida. Este protocolo assume que
somente as estações em questão irão possuir a chave de autorização. Após a
autorização inicial, a estação cliente busca periodicamente uma re-autorização com
a estação base.
Como o cliente é autenticado, o processo previne ataques partindo de
estações cliente clonadas. Porém, como nenhuma certificação é fornecida pela
estação base, e sua resposta é construída utilizando informações públicas, os
clientes podem sofrer ataques partindo de estações base piratas.

3.8.3 Troca de Chaves de Encriptação de Tráfego (TEKs)

Após a autorização, a estação cliente mantém uma máquina de estados TEK


para cada um de seus SAIDs. Periodicamente, uma mensagem de requisição de
chave é enviada à estação base, solicitando a renovação das chaves em uso. A
cada momento, existem duas chaves ativas, sendo que a chave mais antiga expira
na metade do tempo de vida da chave mais recente. A estação base responde à
requisição da estação cliente com as duas chaves TEK atuais e seu tempo de vida.
As TEKs são encriptadas através de uma chave de encriptação de chaves, derivada
da chave de autorização.
46

3.8.4 Criptografia

O primeiro padrão de criptografia de dados especificado pelo IEEE 802.16 é o


DES24 (Data Encryption Standard) em modo CBC25 (Cipher-Block Chaining).
O modo CBC indica que, antes de um bloco de dados ser encriptado, é
realizada uma operação de ou exclusivo com o resultado da encriptação do bloco
anterior a ele. Define-se ainda outro padrão mais seguro, o AES (Advanced
Encryption Standard) em modo CCM26 (Counter with CBC-MAC).
O modo CCM combina os modos Counter, que gera blocos keystream através
da encriptação de valores sucessivos de um contador, e CBC-MAC 27 (Cipher Block
Chaining Message Authentication Code), que utiliza o modo CBC para a criação de
um código de autenticação de mensagens.

3.9 Wimax Fórum

O Wimax Fórum é uma organização sem fins lucrativos criada no ano de 2001,
formada por empresas fabricantes de equipamentos e de componentes, e tem por
objetivo promover em larga escala a utilização de redes ponto multiponto, operando
em frequências entre 2GHz e 11GHz, alavancando assim, a padronização IEEE
802.16 - à semelhança do que o Wi-Fi fez com a 802.11 - e garantindo a
compatibilidade e interoperabilidade dos equipamentos que adotarem este padrão.
O Wimax Fórum é o equivalente, ao Wi-Fi Alliance, responsável pelo grande
desenvolvimento e sucesso do Wi-Fi em todo o mundo. É constituído pelas
indústrias líderes do setor, que estão comprometidas com as interfaces abertas e
com a interoperabilidade entre os diversos produtos utilizados no Acesso
Broadband Wireless.
O Wimax Fórum pretende motivar um mercado de Acesso Broadband mais
competitivo, através de um conjunto mínimo de especificações de performance da

24
É um algoritmo desenvolvido pelo governo norte-americano para fornecer segurança aos dados transmitidos
ao longo de uma rede.
25
É um algoritmo utilizado para ocultar padrões de blocos idênticos de dados num pacote.
26
É um modo de operação de criptografia baseada em cifras de blocos.
27
É um algoritmo de criptografia baseado nos algoritmos 3DES ou AES.
47

interface aérea entre os produtos dos diversos fabricantes, certificando os produtos


que atendem a estas especificações.

• Para os operadores de rede, esta interoperabilidade entre equipamentos


significa a não dependência de um fornecedor para o desenvolvimento de sua rede.
• Para os fabricantes de equipamentos significa menos tipos diferentes de
produtos a desenvolver e a produzir.
• Para os fabricantes de componentes significa uma escala de produção muito
maior.
• E, para o usuário final significa acessos Broadband mais velozes e mais
baratos.

Figura 13: Logotipo do Wimax Fórum.


Fonte: [24]

O Wimax Fórum possui cerca de mais de 500 membros (entre fornecedores,


operadores e integradores), dentre eles, os principais participantes estão
relacionados a seguir:
48

Alcatel, ArrayComm, Axxcelera Broadband Wireless, Beceem, BelAir


Networks, Bell Canadá, BellSouth Corporation, Cisco Systems, Clearwire, Covad
Communications, Ericsson, ETRI, Hitachi, Huawei Technologies, Iberbanda, KDDI,
Kyocera, LG Electronics, Lucent Technologies, Marconi, Mitsubishi Electric,
Motorola, Navini, NEC, Netgear, NextNet Wireless, Nippon Telegraph and
Telephone, Nokia, Nortel Networks, PicoChip, Proxim Wireless Corporation, Redline
Communications, Sanyo Electric Co. Ltd, SEQUANS Communications, Siemens
Mobile, SK Telecom, SR Telecom, Tropos, UTStarcom e Wavesat Wireless.

3.10 Faixas de Frequência

O Wimax utiliza atualmente faixas de frequência entre 2-11 GHz para o Wimax
Fixo e de 2-6 GHz para o Wimax Móvel. Abaixo, é demonstrado um quadro
Ilustrativo das principais faixas de frequências e suas características de operação,
obtidas em aplicações reais:
49

Faixa de Frequência Características


Frequência licenciada. Esta é a melhor frequência
disponível para Wimax no Brasil. É a mais baixa, então
teremos os melhores alcances, exigindo uma menor
2,5 GHz
quantidade de estações rádio-base para cobrir uma
determinada área.
Alcance com Linha de Visada (LOS) = 18 – 20 km
Alcance sem Linha de Visada (NLOS) = 9 – 10 km

Frequência licenciada. Esta é a frequência disponível


para Wimax no Brasil, utilizada pelas operadoras e
3,5 GHz prestadoras de serviço de telecomunicações.
Alcance com Linha de Visada (LOS) = 12 – 14 km
Alcance sem Linha de Visada (NLOS) = 6 – 7 km

Frequência NÃO-licenciada. Esta é a frequência LIVRE


disponível para Wimax no Brasil, podendo ser utilizada
por qualquer empresa prestadora de serviços. Por ser
não licenciada, existe a possibilidade de interferências
5,8 GHz e congestionamento de frequências em áreas de
grande densidade. É importante, pois não exige gastos
com a aquisição de licenças, o que pode viabilizar o
plano de negócio de muitas áreas no Brasil.
Alcance com Linha de Visada (LOS) = 7 – 8 km
Alcance sem Linha de Visada (NLOS) = 3 – 4 km

Frequência licenciada. Não existem ainda


equipamentos de Wimax para cobertura desta
10,5 GHz
frequência. O principal motivo é a necessidade de
microcélulas, pois o poder de cobertura em grandes
distâncias nesta frequência é baixo.
Tabela 2: Faixas de Frequências para o padrão 802.16d
Fonte: [25]
50

4. Projeto Sugerido para a Cidade

Neste capítulo apresentaremos a nossa sugestão como solução para a cidade


de Três Rios.
No início dos trabalhos, estudamos a montagem da rede Wimax na cidade de
Três Rios, a partir do Mirante, ponto mais alto da cidade (com 504 metros de altura
a partir do nível do mar); onde se localizam as torres de transmissão de TV e de
provedores de acesso a internet via rádio.
Mas com o decorrer dos estudos, verificou-se que a faixa de frequência ideal a
ser utilizada seria a de 5,8 GHz (originada segundo Resolução da ANATEL de
Número 365 de Maio de 2004, Seção X) por ser a faixa liberada, não sendo
necessária licença para utilizá-la e também por não apresentar grandes problemas
de tráfego aqui no interior; a partir deste ponto, algumas localidades mais afastadas,
como os Bairros de Monte Castelo e Moura Brasil, ficariam sem cobertura, pois
estariam a mais de 4 km de distância (limite de alcance desta faixa para NLOS) da
Estação Rádio Base.
Este fato implicaria na implantação de mais dois Backhaul’s para atender a
toda região pretendida no município, acarretando assim, num grande aumento no
custo do projeto e prejudicando seu custo-benefício.
Com isso, iniciamos um minucioso estudo sobre toda geografia do município
incluindo estudos topográficos e demográficos, contando com auxílio de órgãos
como SEBRAE, Emater Rio e Prefeitura Municipal de Três Rios, aonde chegamos à
conclusão de que, utilizando a localidade do CTB para colocação da torre (300m
acima do nível do mar), localizado entre o Centro da cidade e o Bairro Cantagalo,
teríamos um melhor aproveitamento do sinal emitido pela Estação Rádio Base,
devido a sua proximidade com o centro urbano da cidade, assim como dos bairros
mais afastados, sendo necessária assim, a colocação de apenas um Backhaul entre
a ERB e a Sub-estação de Moura Brasil, a qual anteriormente necessitava de dois
Bachaul’s para se ter acesso a rede.
51

Sendo assim, o projeto foi desenvolvido de acordo com as especificações


abaixo.

4.1 Estrutura Básica para Implantação

Para atender a cidade, obedeceremos à seguinte estrutura básica para


implantação da tecnologia Wimax.

Figura 14: Estrutura Básica para Implantação.

4.2 Distribuição das Antenas de Wimax

No Mapa apresentado na Figura 15, seguem as sugestões para alocação das


torres obedecendo aos limites do relevo e especificações da tecnologia.
Escolhemos o CTB (marcador amarelo), por ser um ponto central que facilitaria
atingir toda área pretendida com menor custo, já que 70% da área está localizada
dentro de um raio de 4 km, sendo necessária a implantação de apenas um backhaul
(marcador laranja) entre o CTB e o Distrito Industrial de Moura Brasil, e o mesmo
também será usado para distribuir o sinal na área do Bairro Triângulo. Colocamos
também duas antenas como Pontos de Acesso (marcadores verdes), uma no Bairro
de Monte Castelo e outra no Bairro de Moura Brasil, atingindo assim, todos os
pontos visados neste trabalho.
Os raios de cada antena, torre e backhaul contidos nesta figura, estão
presentes na Figura 3 (Página 16).
52

Figura 15: Distribuição das Antenas.


Fonte: Google Earth.
53

4.3 Estrutura Básica no Provedor

Figura 16: Rede utilizando os Equipamentos Airmux-400.


Fonte: [26]

Para a implantação do projeto, será contratado um provedor de acesso à


internet particular e ao mesmo acrescentaremos os seguintes equipamentos:

• Torre
• Antena Airmux-400
• Transmissor Airmux-400
54

4.4 Descrição dos Equipamentos do Cliente

Figura 17: Aplicação dos Equipamentos Airmux-400.


Fonte: [27].

O lado cliente do projeto é caracterizado por ter como base os seguintes


equipamentos:

• Antena de Recepção e Receptor Airmux-400.

Figura 18: Antena de Recepção Airmux-400.


Fonte: [28].
55

Figura 19: Receptor Airmux-400.


Fonte: [29]

O multiplexador sem-fio de banda larga Airmux-400 é o equipamento


responsável por oferecer tecnologia OFDM e MIMO superior, uma ampla gama de
voz e dados, alta capacidade e um amplo leque de serviços Ethernet no espaço
sub-6GHz. Além disso, é responsável também por fornecer extensão ponto-a-ponto
Ethernet full-duplex de 50 Mbps, com um alcance de transmissão de até 120 Km.
Uma de suas vantagens é o fato de o Airmux-400 possuir tanto uma antena
receptora como um receptor, como é visto nas figuras 18 e 19, que são vendidas
em conjunto.
Dado que o Airmux-400 opera em frequências isentas de licença, ele pode ser
implantado em tempo recorde, eliminado assim, atrasos e gastos extras.

• Roteador Wireless para locais com redes internas sem fio 108G.

Figura 20: Roteador Wireless D-Link DI-634M.


Fonte: [30]
56

O roteador a ser utilizado no projeto para redes internas é o roteador Wireless


D-Link DI-634M. Este roteador é uma solução potencializada, na qual se pode criar
uma rede wireless robusta, que proporciona uma excelente performance e estende
o sinal de cobertura, uma vez que mantém os benefícios da conectividade wireless.
Este roteador usa a tecnologia mais recente da D-Link Smart Antenna MIMO
(Multiple Input Multiple Output) para fornecer cobertura de sinal de rádio até oito
vezes melhor se comparada com outros roteadores existentes. Combinada com
velocidades wireless de até 108Mbps, permite que se implementem aplicações de
largura de banda ampla como streaming de áudio ou vídeo, jogos online e
transferência de ficheiros grandes através de uma rede wireless a taxas muito mais
elevadas.
Funciona na banda de frequência de 2.4GHz e envia informação por múltiplas
antenas de ganho elevado. Os sinais de rádio tipicamente refletem objetos, criando
múltiplos caminhos que em rádios convencionais causam interferência e fraqueza
de sinal. O DI-634M utiliza estes caminhos para transportar mais informação, que é
re-combinada no lado do receptor pelos algoritmos do MIMO.
O DI-634M duplica a eficiência espectral se comparada com a rede wireless
corrente. A taxa de transferência não-Turbo máxima para redes 802.11g é de
54Mbps, apesar do "throughput" atual ser tipicamente mais próximo de
20Mbps/30Mbps. Melhorado pelo modo Turbo, o DI-634M pode aumentar as
velocidades wireless brutas até 108Mbps, ou um "throughput" real 15x mais rápido
que o equipamento 802.11b.
57

• Adaptadores USB para locais com redes internas sem fio.

Figura 21: Adaptador USB G-Link Hi-Power.


Fonte: [31]

O adaptador USB a ser utilizado para redes internas poderá ser o Adaptador
USB G-Link Hi-Power juntamente com uma antena 5dBi, que apresenta as seguintes
especificações técnicas:

 Compatibilidade: Windows 98SE / ME / 2000 / XP / VISTA / MAC ver


10.3 e 10.4 / LINUX 2.6
 Padrão: IEEE 802.11b / 802.11g
 Frequência: 2.412 - 2.484 GHz
 Velocidades: até 11Mbps no modo 802.11b e até 54Mbps em
802.11g
 Potência de Transmissão: 23dBm
 Sensibilidade de Recepção: <-82dBm@8%PER (11Mbps) e
<-70dBm@8%PER
 Consumo: <500mA p/ transmissão e <270mA para recepção
 Antena: Antena rosqueável de 5dBi - Saída SMA-Ver
 Segurança: WEP (64/128/256), WPA, WPA-PSK, WPA2
TKIP/AES, WPA2-PSK
 Interface USB: 2.0/1.1
 Tamanho: 65mm x 20.5mm
58

• Switch para locais com redes internas com fio.

Figura 22: Switch 3Com® Gigabit Switch 8.


Fonte: [32]

O switch a ser utilizado para redes internas poderá ser o 3Com® Gigabit
Switch 8. Este switch foi desenvolvido para escritórios de pequeno porte e filiais
remotas que exigem um alto desempenho de rede para trocar arquivos de dados e
imagens grandes, e acessar as informações em tempo real ou conectar-se a
servidores de alta velocidade ou a um backbone de rede de alta velocidade.
Apresenta as seguintes especificações técnicas:

 Total de portas: 8 de Ethernet 10/100/1000 com detecção automática


 Interfaces de mídia: 5 RJ-45 10BASE-T/100BASE-TX/1000BASE-TX
 Funções de comutação Ethernet: Armazenamento e
encaminhamento; auto-negociação full-/half-duplex; priorização de
tráfego 802.1p (enfileiramento de prioridade).
 Especificações ambientais:
Temperatura operacional: 0º a 40ºC (32º a 105ºF)
Umidade operacional: 10% a 90% (umidade sem condensação)
Umidade de armazenamento: 0% a 95%
 Dimensões:
Largura: 158,0 mm (6,2 pol.)
Altura: 31,0 mm (1,2 pol.)
Profundidade: 91,0 mm (3,6 pol.)
Peso: 240,0 g (8,5 oz)
 Potência: 4,0 W
59

• Placas de rede PCI para locais com redes internas com fio.

Figura 23: Placa PCI 100 Secure Fiber-FX NIC 3Com.


Fonte: [33]

A placa de rede PCI a ser utilizada para redes internas poderá ser a 100
Secure Fiber-FX NIC 3Com. Projetada para Windows, Linux e ambientes NetWare,
esta placa é responsável por reforçar os sistemas sem impacto na performance.
Apresenta as seguintes características técnicas:

 Mídia: 100BASE-FX
 Conector: SC
 Bus: 32-bit, 33 MHz PCI
 Cabeamento: Cabo de fibra ótica de wavelength longa (1300 nm),
50 µ ou 62,5µ/125 µ fibra multimode
 Distância de Operação: Full-duplex para até 2.000 m (6,560 pés),
half duplex para até 412 m (1.351 pés)
 Processador Onboard: Processador de segurança ARM9, RISC de
100 MHz
 Segurança Offload: 168-bit 3DES, 56-bit DES, SHA-1, MD5,
RFC 2402; até 75 associações de segurança
 Outros offloads: Segmentação TCP, TCP/UDP/IP checksum
 Protocolos de rede: TCP/IP, ISO 8802-3
 Em conformidade com os seguintes padrões: PC 99, WfM
1.1a/2.0, ACPI 1.0, DMI, PXE 2.0, RIS, IEEE 802.3, PCI 2.2, FIPS 140-2
(pendente)
 Drivers: Linux 2.4; Microsoft Windows 2003 Server, 2000, XP, NT 4.0;
Novell NetWare 5.x, 6.x
60

 Gerenciamento: SNMP gerenciável; 3Com Connection Assistant,


3Com Managed PC Boot Agent
 Segurança, compatibilidade eletromagnética: Atende aos requisitos
do FCC, FCC B, C Tick
 Dimensões: comprimento: 13.34 cm; largura: 6.35cm
 Energia: 5V +/- 5% @ 1.26 A max.
 Temperatura: 0° to 70° C (32° to 158° F) operando, -30° to 90° C
(-22° to 194° F) armazenagem
 Umidade: 10% até 90% sem condensação, operando/armazenagem
 Requisitos do Sistema
_ Sistemas compatíveis PCI-2.2
_ 5 V ou 3.3V ambientes de sinalização
_ Cabeamento de switching de fibra ótica

4.5 Descrição dos Equipamentos do Cliente Móvel

Sendo o objetivo deste trabalho o acesso de alunos que moram em áreas


carentes de acesso banda larga, assim como, atendimento a distritos industriais, e
integração das faculdades e locais de ensino, optamos por não trabalhar com
receptores Wimax móveis, ficando abaixo somente um exemplo de como a telefonia
celular pode ser usada na rede Wimax.
61

Figura 24: Celular HTC Touch Cruise 2009 (HTC IOLITE - T4242).
Fonte: [34]

Um exemplo de celular que utiliza a tecnologia Wimax é o HTC Touch Cruise


2009, que apresenta as seguintes características técnicas:

Especificações:
 Processador: Qualcomm MSM7225 528MHz
 Sistema operacional: Windows Mobile 6.1 Professional
 Memória: 512 MB flash ROM, 256 MB RAM
 Tamanho: 102 x 53.5 x 14.5mm
 Peso: 103 grams
 Tela: Touch TFT-LCD de 2.8-polcom resolução 320 x 240 (QVGA)
 Redes: GSM quad band (todas operadoras) e 3G 900/2100MHz.
HSDPA 7.2 Mbps
 Interface: HTC TouchFLO, jogwheel de 4 direções and HTC
Footprints
 GPS: GPS/A-GPS com guia de voz em português e mapas do Brasil
 Conectividade: Bluetooth 2.0 com Enhanced Data Rate, Wi-Fi: IEEE
802.11b/g, Mobile WiMAX: IEEE 802.16e, HTC ExtUSB (11-pin mini-USB 2.0 e
áudio )
 Câmera: principal 3.2 MP com autofoco, secundária VGA
 Áudio: conector de 3.5 mm, microfone, e FM. Toques nos formatos
AAC, AAC+, eAAC+, AMR-NB, AMR-WB, QCP, MP3, WMA, WAV, polifônico 40 e
MIDI padrão formatos 0 e 1 (SMF)/SP MIDI
62

 Expansão com microSD (compatível SD 2.0 , USB 2.0 480Mbit/s,


mini-USB)
 Bateria de Li-Pol, 1100 mAh, tempo de conversação GSM de até 400
min; Standby GSM: até 2 semanas
 Preço: R$ 2089,00

4.6 Descrição dos Equipamentos das Torres

TORRE MODULAR GALVANIZADA


• Torre estaiada, feita em chapa galvanizada, montada.
• Completa: para-raio, balizamento noturno, cabos, cordoalhas,
esticadores, parafusos e etc.

Figura 25: Torre Wimax (Figura meramente ilustrativa).


Fonte: [35]
63

5. Resultados Provenientes da Implantação

5.1 Resultados esperados

O projeto procurou utilizar as tecnologias mais simples e fáceis de implantar,


visando menor custo, e atendendo áreas de real demanda, utilizando torres para
interconectar multiplexadores, e tendo receptores em cada ponto de recepção do
sinal, nestes pontos as redes seriam distribuídas com switches 10/100/1000 para
redes cabeadas e com roteadores 108G para redes sem fio, implantadas pelo
cliente.

Esperamos assim poder atender a todas as áreas previstas no projeto,


resultando na inclusão de uma grande parte da população ao acesso a banda larga.

5.2 Custos de Implantação

Estação Radio Base, Torre Repetidora e Pontos de acesso:

• Uma torre de 30 m: R$ 200,00 p/ metro Total R$ 6.000,00 (Incluindo toda


montagem da torre e obras civis para base em concreto).
• Um multiplexador Airmux-400 (Kit completo com antena): R$ 13.096,20

Como temos 1 Estação Rádio Base, 1 Torre Repetidora e 2 Pontos de Acesso,


temos um total de:

• Quatro torres, perfazendo um total de R$ 24.000,00


• Quatro multiplexadores Airmux-400, perfazendo um total de R$ 52.384,80
• Mão de obra para instalação e configuração dos equipamentos nas torres,
perfazendo um total de R$ 4.000,00
• Total R$ 80.384,80.
64

Conclusão

Atualmente, o sistema Wimax é uma grande potência, trazendo inovações


tecnológicas de grandeza mundial. O acesso à última milha possui uma velocidade
muito superior a outras tecnologias disponíveis na atualidade, conseguindo conexão
com os pontos mais remotos, sem a utilização de fios, utilizando apenas uma
antena que transmite um sinal a todos que estão na área de cobertura da mesma.
Além disso, a tecnologia Wimax oferece transmissão de dados em banda
larga, atendendo as necessidades do mercado em transmissão de vídeo e voz, com
uma alta eficiência por utilizar técnicas de modulação e propriedades de
transmissão adaptáveis.
Uma rede Wimax tem como vantagem o baixo custo e a facilidade de
implantação física quando se compara a outras redes metropolitanas que utilizam
cabeamentos físicos. Sendo que a sua instalação se resume na instalação dos
equipamentos para transmissão e recepção do sinal.
Com o decorrer do trabalho foram encontradas muitas dificuldades com
relação ao conteúdo a ser utilizado para a montagem do material, principalmente no
início, devido às poucas informações disponibilizadas sobre a tecnologia e o seu
esquema de funcionamento.
Mas com o grande número de projetos teste e pilotos implantados nos mais
diferentes países, o assunto começou a ser mais abordado na Internet por vários
tipos de profissionais de tecnologia e sites especializados sobre tecnologia sem fio.
Com isso, concluiu-se que os objetivos propostos inicialmente foram atingidos
visto que foi possível mostrar os procedimentos necessários para uma análise real
de implementação de uma rede de comunicação sem fio na cidade de Três Rios,
utilizando o padrão Wimax.
65

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