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UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO HUAMBO

________________________________________________________

DEPARTAMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Nº. Registo___________2018

ESTUDO DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM COMO PROPOSTA DE


IMPLEMENTAÇÃO PARA SIMPLIFICAÇÃO DAS INFRAESTRUTURAS
TECNOLÓGICAS NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO

Trabalho de Conclusão do Curso de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações,


apresentado por Jacinto Luís Falso em 2018, orientado pelo professor Maykel
Calderím

HUAMBO – 2018
UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO HUAMBO

________________________________________________________

DEPARTAMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Trabalho subordinado ao tema: Estudo da


computação em nuvem como proposta de
implementação para simplificação das
infraestruturas tecnológicas nas instituições
de ensino, a ser apresentado à Universidade
José Eduardo dos Santos, como parte dos
requisitos para aquisição do grau de
Licenciatura em Engenharia Eletrónica e
Telecomunicações.

HUAMBO – 2018
FICHA DE APROVAÇÃO

TÍTULO

Estudo da computação em nuvem como proposta de implementação para


simplificação das infraestruturas tecnológicas nas instituições de ensino

OBJECTIVO

Estudo comparativo entre as plataformas de computação em nuvem para


proposta de implementação em instituições de ensino

Instituto Superior Politécnico do Huambo

=ISP - HUAMBO=

Autor: Jacinto Luís Falso

Data de Aprovação: _________ de novembro de 2018

Presidente do Corpo de Júri: ________________________________________

1º Vogal: _________________________________________________________

2º Vogal: _________________________________________________________

Secretário:
_________________________________________________________
FICHA DE CATALOGRAFIA

Candidato: Jacinto Luís Falso

Nº universitário: 12038

TÍTULO: Estudo da computação em nuvem como proposta de implementação


para simplificação das infraestruturas tecnológicas nas instituições de ensino

Tutor: …. Mykel Calderím

Número de Páginas: 58

Palavras-chave:
Dedicatória

“Dedico este trabalho a todos aqueles que sempre acreditaram em mim.”


Agradecimentos
Sumario

Resumo...............................................................................................................................i

Abstract..............................................................................................................................ii

Lista de Figuras.................................................................................................................iii

Lista de Tabelas................................................................................................................iv

Lista de Símbolos, Abreviaturas e Siglas..........................................................................v

INTRODUCAO...................................................................................................................1

CAPÍTULO 1 – UM MERGULHO NO MUNDO DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM...........4

1.1. História.................................................................................................................4

1.2. O que é computação em nuvem?........................................................................6

1.3. Características da tecnologia...............................................................................8

1.4. Estrutura da computação em nuvem.................................................................11

1.4.1. Virtualização na computação em nuvem........................................................11

1.5. Modelos de serviços em nuvem.........................................................................12

1.5.1. Software como Serviço (SaaS)...................................................................13

1.5.2. Plataforma como um serviço (PaaS)...........................................................15

1.5.3. Infraestrutura como Serviço (IaaS)..............................................................16

1.5.4. Seleção de indicadores comparativos para as plataformas........................17

1.6. Modelos de entrega............................................................................................18

1.6.1. Nuvem pública.............................................................................................18

1.6.2. Nuvem Privada............................................................................................19

1.6.3. Nuvem Comunitária.....................................................................................21

1.6.4. Nuvem Híbrida.............................................................................................21

1.7. Vantagens da computação em nuvem...............................................................24


1.8. Desafios enfrentados e futuro da tecnologia.....................................................26

CAPITULO II. ANALISE DAS PLATAFORMAS DE COMPUTAÇAO EM NUVEM NA


EDUCAÇÃO.....................................................................................................................30

2.1. Estado atual em torno das organizações de ensino..........................................30

2.2. Comparação entre plataformas segundo seus indicadores..............................31

2.3. Computaçao em nuvem na Educação...............................................................32

2.4. Considerações ao mover para nuvem para insituiçoes de ensino...................35

2.5. Selecão da plataforma a ser implementada......................................................41

2.5.1. Vantagens da solução.................................................................................42

2.5.2. Preocupaçoes com a solução.....................................................................42

Conclusao........................................................................................................................43

Bibliografias.....................................................................................................................44
Resumo

Desde o surgimento da internet, que o mundo da computação tem mudado de


formas drásticas. Hoje em dia, com a utilizaçao da computação em nuvem pela
internet, os recursos computacionais como capacidade de processamento e
armazenamento são vistos como serviços públicos, onde se utiliza apenas o que se
precisa e se paga apenas o que se utiliza. A computacao em nuvem se refere a um
modelo computação, onde os dados de uma grande quantidade de pessoas são
processados e armazenados em grandes datacenters, que podem estar separados
do utilizador final a um nível continental. Neste projeto, serão apresentadas algumas
das aplicações da tecnologia para as instituições de ensino, também serão
identificadas as principais considerações que as mesmas devem ter em conta ao
adotar tais serviços.

1
Abstract

Since the appearance of internet, the world of computing has changed in drastic
ways. Nowadays, using cloud computing over the internet, computing resources like
processing power and storage are seen as a public service, where we use only what
we need and pay only for what we use. Clound Computing refers to a computing
model, where the data of a huge amount of people are processed and stored in large
datacenters, wich may be separated from the end user at a continental level. In this
project, will be presented some of the applications of the technology for education
institutions, will also be identified the main considerations, that they must take into
account when adopting such services.

2
Lista de Figuras

Figura 1 Níveis de controlo sobre as camadas nos diferentes modelos -------------------12

Figura 2: diferentes modelos de entrega------------------------------------------------------------23

Figura 3: Nuvem educacional--------------------------------------------------------------------------33

Figura 4: zonas de avaliabilidade dos principais provedores de serviços de nuvem----38

3
Lista de Tabelas

Tabela 1. Comparação entre os modelos de serviço segundo seus indicadores--------31

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Lista de Símbolos, Abreviaturas e Siglas

API ------------------------------------- Interface de programação de aplicações

AWS ----------------------------------- Amazon Web Services

CRM ----------------------------------- gerenciamento de relacionamento com o cliente

CSA ------------------------------------ Cloud Security Alliance

ERP ------------------------------------ planeamento de recursos empresariais

HTTP ----------------------------------- Hypertext transfer protocol

NIST ------------------------------------ Instituto Nacional de padrões e tecnologias

SLA ------------------------------------- Service level agreements

VPC ------------------------------------- Nuvem Virtual Privada

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INTRODUCAO

Desde a muito tempo que se olha em como o mundo passou da produção e


manutenção individual dos sistemas responsáveis para produção de recursos como
energia e água, para a produção centralizada possibilitando economia de recursos,
menor poluição e maior acessibilidade a estes recursos. A muito tempo que se pensa
em aplicar estes mesmos princípios nos recursos de computação como por exemplo:
capacidade de processamento e armazenamento. Já que os beneficios que
oferecidos são similares aos oferecidos em serviços como água e luz.

De acordo com alguns livros como; “The Challenge of the Computer Utility”, escrito
por “Douglas Parkhill”, em 1966. Este livro fala sobre muitos elementos da
computação em nuvem como provisionamento elástico, recursos infinitos e entrega
online; percebe-se que estas ideias já têm sido estudadas desde a muito tempo.

Hoje em dia este conceito é conhecido como computação em nuvem ou “Cloud


Computing” como é popularmente conhecido, que é basicamente obtenção de
recursos de computação como processamento, armazenamento e recursos de rede
como “um serviço sobre demanda” onde se liga apenas quando se precisa e se paga
apenas o que se utiliza tal como é feito no caso de recursos como energia e água,
invés de um “produto” como na computação convencional.

Está tecnologia tem sido uma das tecnologias em maior destaque nos últimos anos,
e tem sido utilizada para diversas funções como: Armazenamento em massa,
desenvolvimento e hospedagem de aplicações e sites, simplificação de datacenters,
aumento na produtividade, para ambientes de teste, no ensino, etc.

Devido a crescente utilização da tecnologia, os principais gigantes em tecnologias do


mundo como Google, Microsoft, IBM entre outros têm investindo imenso capital no
desenvolvimento da mesma e tem excedido as expectativas iniciais. Hoje em dia
optar por estes serviços é claramente mais barato e em alguns casos de maior
confiança em relação a comprar e manter seu próprio hardware tanto para
organizações como outros usuários. No entanto, a parte dos serviços em nuvem

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mais populares e simples como armazenamento em nuvem e redes sociais, não se
nota uma grande adoção dos serviços em nuvem no nosso país.

Este projeto busca dar uma compressão mais clara sobre o que é computação em
nuvem explicando os principais conceitos, terminologias e serviços oferecidos, para
proporcionar uma maior compreensão, apreciação e adoção desta tecnologia no
nosso país, e então analisar as formas que a tecnologia pode ajudar as instituições
de ensino, simplificando as suas infraestruturas e aumentar a produtividade.

Situação problemática

Enquanto as tecnologias desenvolvem, as formas de ensino também vão


melhorando, o que aumenta os requisitos para as instituições educacionais, que
geralmente cria a necessidade de utilizar melhores hardwares. No entanto, a
obtenção destes hardwares que geralmente têm custo elevado nem sempre esta ao
alcance de muitas instituições ou seus estudantes. Para resolver estes problemas
uma das tecnologias em destaque tem sido a computação em nuvem. Este projeto
busca compreender como esta tecnologia pode ser utilizada para tal fim.

Problema de investigação

Como melhorar a gestão de infraestruturas tecnológicas nas instituições de ensino?

Objetivo geral

Estudo comparativo entre as plataformas de computação em nuvem para proposta


de implementação em instituições de ensino.

Objetivos específicos

 Argumentar sobre o que é computação em nuvem, suas vantagens e desafios;

 Caracterizar os principais modelos utilizados na computação em nuvem;

 Argumentar sobre as aplicações e as vantagens que esta tecnologia oferece


nas instituições de ensino;

 Selecionar uma plataforma como proposta de implementação para instituições


de ensino;

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Metodologia

A metodologia a ser empregada no presente trabalho será um enfoque qualitativo. A


investigação será baseada em pesquisas bibliográficas e os métodos de pesquisa
aplicados serão: análise de documentos, lições aprendidas e analise e síntese.

Estrutura do trabalho

O presente trabalho com o título “Estudo da computação em nuvem como


proposta de implementação para simplificação das infraestruturas
tecnológicas nas instituições de ensino”, deverá estruturar se da seguinte forma:
Uma introdução e dois capítulos principais: no capítulo 1, far-se-á uma abordagem
sobre os principais contextos que se deve ter em conta na compreensão desta
tecnologia desde o histórico, compreensão sobre o que é, os modelos de entrega
dos serviços, vantagens, desafios e futuro da tecnologia. No capítulo 2, serão
apresentadas considerações sobre as aplicações da tecnologia no ensino e os
fatores que se deve ter em conta ao adotar tais serviços e no final será apresentado
uma proposta. Também será apresentado uma comparação entre entre os principais
serviços disponíveis na nuvem. E no final serão tiradas as conclusões.

Resultado esperado:

Apresentar uma solução para simplificação das infraestruturas tecnológicas das


instituições de ensino, que resulta na melhoria das operações em tais instituições.

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CAPÍTULO 1 – UM MERGULHO NO MUNDO DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Neste capítulo serão apresentados os principais contextos que se deve ter em conta
na compreensão desta tecnologia desde o que é, de onde veio e onde vai. Também
serão apresentados os principais serviços disponíveis e os seus modelos de entrega,
bem como as vantagens e desafios da tecnologia

1.1. História

O conceito subjacente da computação em nuvem foi introduzido nos anos 60 por


John McCarthy. Sua opinião era que "a computação pode um dia ser organizada
como uma utilidade pública [2]”. As características da computação em nuvem foram
exploradas pela primeira vez em 1966 por Douglas Parkhill em seu livro The
Challenge of the Computer Utily [2].

No entanto o verdadeiro conceito de nuvem vem dos anos 90, no mundo das
telecomunicações, onde as empresas do ramo começaram a oferecer serviços de
VPN com qualidade de serviço comparável a um custo muito menor. Inicialmente,
antes da VPN, eles forneciam circuitos de dados ponto-a-ponto dedicados, o que era
um desperdício de largura de banda. Mas, ao usar serviços VPN, eles podem
alternar o tráfego para equilibrar a utilização da rede geral. A computação em nuvem
agora estende isso para cobrir servidores e infraestrutura de rede, o que fez muitos
investidores da indústria adotar a tecnologia para desenvolver e implementar.

Embora o símbolo de nuvem ter sido utilizado muitas vezes, por muitas empresas, o
termo computação em nuvem foi referenciado pela primeira vez em 1996, em um
documento interno da Compaq. Já a computação em nuvem como se conhece
atualmente só passou a existir desde 2006, quando a Amazon criou a subsidiária
Amazon Web Services e introduziu o serviço “Elastic Compute Cloud” (EC2) em
agosto do mesmo ano. A Amazon desempenhou um papel fundamental,
popularizando a tecnologia, ao mesmo tempo que a Google e a IBM iniciaram seus
projetos de pesquisa relacionados a tecnologia. [8]

Nos anos seguintes muitos outros projetos foram introduzidos, com principal
destaque para os seguintes:
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O “Google App Engine versão beta”, que foi lançado em abril de 2008, pela google.
No mesmo ano o opennebula da NASA, foi aprimorado num projeto financiado pela
Comissão Europeia RESERVOIR, tornando-se o primeiro software de código aberto
para a implantação de nuvens privadas e híbridas.

Em fevereiro de 2010, a Microsoft lançou o Microsoft Azure, que já tinha sido


anunciado em outubro de 2008.

Em julho do mesmo ano (2010), o Rackspace Hosting e a NASA lançaram em


conjunto uma iniciativa de software em nuvem de código aberto conhecida como
“openstack”, um projeto que pretendia ajudar as organizações que ofereciam
serviços de computação em nuvem em execução no hardware padrão. O código
inicial veio da plataforma Nebula da NASA, bem como da plataforma Cloud Files da
Rackspace.

Em 7 de junho de 2012, a Oracle anunciou o “Oracle Cloud”. Essa oferta na nuvem


foi a primeira a oferecer aos usuários acesso a um conjunto integrado de soluções de
TI, incluindo as camadas Aplicações (SaaS), Plataforma (PaaS) e Infraestrutura
(Iaas).

Em maio de 2012, o Google Compute Engine foi lançado em pré-visualização, antes


de ser lançado na disponibilidade geral em dezembro de 2013.

Muitos outros serviços foram introduzidos desde então. Alguns dos serviços
inovadores que têm se tornado muito populares nos últimos anos são: Siri, Alexa,
Amazon Prime, Google assistent, Netflix, Google one, HBO Now, Nuvens virtuais
privadas (VPC), Laboratorios de computação virtual (VCL), Geforce Now, Playstation
Now, etc.

A história desta tecnologia continua a ser escrita, não só pelas tecnologias que
aparecem no mercado, como pelas formas de utilização da mesma. Muito
recentemente a empresa “Metro by T-Mobile” anunciou a inclusão do google one e
Amazon Prime como parte dos serviços disponíveis na sua rede de telefonia móvel,
o que marca uma nova era para a forma como acessamos os serviços públicos de
computação em nuvem.

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1.2. O que é computação em nuvem?

Um entendimento comum sobre a computação em nuvem é que ainda é um objeto


de pesquisa que está em constante evolução e que tem sido uma palavra da moda
no mundo das tecnologias de informação há muitos anos. O termo tem sido
amplamente utilizado, com muitas pessoas e organizações não compreendendo
completamente o que realmente é e como isso irá beneficiá-las, o que faz com que a
terminologia e os conceitos usados para defini-la, precisem ser esclarecidos, pode se
dizer que a razão pela qual o termo não foi totalmente compreendido foi porque
ainda era um conceito, e as tecnologias necessárias para hospedar tais sistemas
também estavam em fase de desenvolvimento, o que significa que não poderíamos
liberar todo o potencial do conceito até agora.

Hoje em dia, a computação em nuvem pode ser compreendida como um paradigma


de computação, onde um grande conjunto de sistemas são conectado em redes
privadas ou públicas, para fornecer uma infraestrutura dinamicamente escalável para
o compartilhamento sob demanda de recursos de computação como Servidores,
Armazenamento, Aplicativos, Serviços, etc.; que são cobrados pelo consumo [1].
Esta tecnologia move os dados e a computação dos aplicativos e serviços, para
longe dos dispositivos normalmente utilizados como desktops, laptops, Tablets e
telefones para grandes datacenters, e os entrega pela internet aumentando a
produtividade e criando independência a dispositivos e localizações.

A ideia da computação em nuvem é baseada em um princípio muito fundamental de


reutilização de recursos computacionais [4]. Com a utilização desta tecnologia, o
custo de computação, hospedagem de aplicativos, armazenamento e entrega de
conteúdo é reduzido significativamente.

O objetivo da computação em nuvem alem de reduzir custos, é de permitir que os


usuários aproveitem todas tecnologias, sem a necessidade de qualquer
conhecimento sobre cada uma delas, e os ajudar a se concentrarem em seus
negócios principais, em vez de serem impedidos por obstáculos nos recursos de
tecnológicos.

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Muitas definições têm sido utilizadas para referenciar a computação em nuvem, a
mais utilizada é a dada pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) que
diz que: “ a computação em nuvem é um modelo de computação que permite acesso
de rede onipresente e conveniente a um conjunto compartilhado de recursos
computacionais configuráveis, como recursos de redes, servidores, armazenamento,
aplicativos e serviços que podem ser provisionados e liberados rapidamente com
mínimo esforço de gerenciamento ou interação do provedor de serviços” [3].

De acordo com o NIST a computação em nuvem não é uma nova tecnologia, mas
sim um novo modelo de entrega da infraestrutura, que é possível graças ao
aperfeiçoamento ao longo das últimas décadas das técnicas de ciência da
computação que permite os serviços, aplicativos e informações de computação das
tecnologias existentes serem simplificados, automatizados e disponibilizados como
um serviços sob demanda altamente diversificados e oferecido pelos provedores de
serviços de nuvem ou CSPs (cloud service provider’s) com preços que os torna difícil
para a indústria de software de instalações tradicionais ou comerciais competir [5].

Basicamente o que é novo na computação em nuvem de hoje em dia é que a


comunicação de dados é mais rápida, a computação é mais rápida e mais confiável,
alem disso existem novos paradigmas de programação e o armazenamento
oferecido é mais barato e denso. Também deve-se ter em conta que hoje em dia, a
computação em nuvem refere-se a diversos tipos de serviços e aplicativos que estão
sendo entregues pela nuvem da Internet.

O tempo em que os clientes eram obrigados a comprar e gerenciar licenças de


hardware e software já foram ultrapassados, hoje em dia, com esta tecnologia a se
tornar cada vez mais popular, a maior parte dos clientes espera que suas
necessidades computacionais sejam atendidas pela Web, a partir de um simples
explorador de internet, que é possível na maior parte das soluções.

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Os serviços normalmente oferecidos são: uma solução de software sob demanda
(Software como Serviço), uma plataforma para o desenvolvimento rápido de
soluções escaláveis sem todos os custos de infraestrutura (Plataforma como Serviço)
ou datacenters virtuais para construir soluções escaláveis a um custo menor
(Infraestrutura como Serviço). Esses três modelos de serviços em nuvem serão
discutidos mais a diante.

Uma maneira de pensar em computação em nuvem é considerar a experiência com


os serviços de email. Serviços como Yahoo, Gmail, Hotmail entre outros cuidam de
abrigar todos os hardwares e softwares necessários para suportar as contas de e-
mail dos seus clientes, para permitir que sejam acessados a partir de qualquer lugar,
a partir de uma conexão a internet, envés de armazenar em computadores
individuais.

Devido a popularidade da tecnologia, muitas empresas estão fornecendo serviços da


nuvem alguns exemplos notáveis incluem o seguinte: Google, SalesForce.com,
Amazon, Sony, IBM, Microsoft, Apple, entre outras.

1.3. Características da tecnologia

Esta tecnologia possui inúmeras características sendo: Auta atendimento sob


demanda, amplo acesso à rede, agrupamento de recursos, rápida elasticidade e
serviços medidos; consideradas os cinco essenciais de acordo com o NIST, uma
outra característica importante é o compartilhamento da Infraestrutura, estas seis
características fundamentais são descritas a baixo.

I. Auto-atendimento sob demanda.

Um consumidor pode provisionar unilateralmente recursos de computação, como


tempo de servidor e armazenamento em rede, conforme necessário,
automaticamente, sem exigir interação humana com cada provedor de serviços.

II. Amplo acesso à rede.

Os recursos precisam ser acessados pela Internet ou por uma rede publica meio de
mecanismos padrões como uma API baseada em HTTP que promovem o uso por

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dispositivos utilizados no dia-a-dia como telefones celulares, tablets, laptops e
desktops. [8]

III. Agrupamento de recursos.

Os recursos de computação do provedor são agrupados para atender a vários


consumidores usando um modelo de alocação de diversos recursos físicos e virtuais
diferentes, atribuídos e reatribuídos dinamicamente de acordo com a demanda dos
consumidores.

IV. Provisionamento dinâmico

Os recursos podem ser provisionados e liberados de forma elástica, isso é


normalmente feito de modo automático usando softwares de automação, para
permitir uma rápida expansão e contração da capacidade de serviço, conforme
requisitos atuais de demanda, o que faz com que para o consumidor, os recursos
disponíveis muitas vezes pareçam ilimitados. [3]

V. Serviços medidos

Os provedores dos serviços em nuvem, utilizam sistemas que controlam, informam e


otimizam automaticamente o uso dos recursos, aproveitando um recurso de medição
com níveis de abstração apropriado ao tipo de serviço, que proporcionam
transparência tanto para o provedor quanto para o consumidor do serviço utilizado,
desta forma, os consumidores são cobrados pelos serviços de acordo com o quanto
eles realmente usaram durante o período de facturamento [8].

VI. Infraestrutura Compartilhada

Esta tecnologia, utiliza um modelo de softwares virtualizados, que permite o


compartilhamento de recursos computacionais. A infraestrutura em nuvem,
independentemente do modelo de implantação, busca aproveitar ao máximo a
infraestrutura disponível com vários usuários.

Devido as suas características, pode-se dizer que a computação em nuvem


compartilha características com:

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 Computação em grade

Uma forma de computação distribuída e paralela, por meio da qual um 'computador


super e virtual' é composto de um conjunto de computadores conectados em rede e
pouco acoplados agindo em conjunto para executar tarefas muito grandes.

 Computaçao Fog

Paradigma de computação distribuída que fornece serviços de dados, computação,


armazenamento e aplicativos mais próximos aos dispositivos de borda do cliente ou
do usuário próximo, como roteadores de rede. Além disso, a computação fog lida
com dados no nível da rede, em dispositivos inteligentes e no lado do cliente usuário
final (por exemplo, dispositivos móveis), em vez de enviar dados para um local
remoto para processamento.

 Computação por mainframes

Este modelo de computação, utiliza um computador poderoso central que processa


todos os dados dos outros terminais. Este modelo é utilizado principalmente por
grandes organizações para execução dos seus aplicativos críticos ou para
processamento de dados em massa, como por exemplo: censo; estatísticas da
indústria e do consumidor; polícia e serviços secretos de inteligência; planeamento
de recursos empresariais; e processamento de transações financeiras.

 Computação de Utilidade

O "empacotamento de recursos de computação, como computação e


armazenamento, como um serviço medido semelhante a um serviço público
tradicional, como eletricidade".

A principal diferença que a computação em nuvem traz em relação aos conceitos


tradicionais de computação em grade, e computação por mainframes é que ela
amplia os horizontes para fora das organizações.

1.4. Estrutura da computação em nuvem

Os sistemas da computação em nuvem são divididos em duas seções: o frontend e o


backend, que são conectados através de uma rede, geralmente a intenet.
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a) Frontend

Esta secção é a parte do cliente, ou seja, o que o cliente vê. Nesta secção
normalmente só existe o dispositivo e o aplicativo necessário para o acessar a
nuvem.

b) backend

Nesta secção estão localizados todos os serviços de computação em nuvem. Esta


secção representa a nuvem do sistema, e é composta por diversos servidores
conectados em rede.

Um software especial chamado middleware, é utilizado para permitir que os


computadores em rede se comuniquem entre si. Um servidor central é utilizado para
fazer o monitoramento do tráfego, a administração dos sistemas e para controlar as
demandas dos clientes.

A principal característica do backend é ser desenhada da mesma forma que na


computação em grade e a sua tecnologia principal é a virtualização.

1.4.1. Virtualização na computação em nuvem

A principal tecnologia de habilitação para computação em nuvem é a virtualização,


pode se dizer que a computação em nuvem como se conhece atualmente nunca
poderia existir sem o uso desta tecnologia. Esta tecnologia, depende muito da
virtualização, pois virtualiza muitos aspetos dos computadores, incluindo software,
memória, recursos de redes e armazenamento.

A virtualização é uma forma de criar ambientes virtuais em um dispositivo existente


para executar uma outra função desejada, sem interferir em nenhum dos outros
serviços oferecidos pela mesma peça de hardware, o que permitir a consolidação de
dispositivos para fazer maior uso dos recursos de hardware, fornecendo a agilidade
necessária para acelerar as operações de tecnologias de informação, reduzir os
custos e fornecer uma entrega e execução mais rápida de aplicativos.

Para que tudo isto seja possível é utilizado um software de virtualização, conhecido
como Hypervisor, que faz a distribuição dos recursos de hardware, como uso da

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CPU e alocação de memória entre os diferentes ambientes virtuais, ou seja, atua
como elo de ligação e controlo entre o hardware e os ambientes virtuais [9].

Independentemente da secção, a arquitetura da computação em nuvem é dividida


em três camadas (Aplicação, Plataforma e Infraestrutura), que dão origem aos
modelos de serviço, onde basicamente o cliente e o provedor possuem níveis de
controlo diferentes. A figura 1 mostra as camadas da arquitetura da computação em
nuvem e os seus níveis de controlo para os usuários e provedores.

Figura 1 Níveis de controlo sobre as camadas nos diferentes modelos [2] [4]

1.5. Modelos de serviços em nuvem

Depois que uma nuvem é desenvolvida, a maneira como os serviços são


implementados e acessados variam dependendo dos requisitos do cliente, os
modelos de serviços principais que podem ser utilizados, são conhecidos como:
Infraestrutura, Plataforma e Software como serviço.

Esses modelos oferecem níveis de abstração diferentes e são frequentemente


retratados como um conjunto de camadas organizadas em forma de pilha (como
mostra a figura 1), que não precisam estar relacionadas. Por exemplo, é possível
fornecer SaaS implementado em máquinas físicas, sem usar camadas de PaaS ou
IaaS, ou executar um programa em IaaS e acessá-lo diretamente, sem envolvê-lo
como SaaS.

20
1.5.1. Software como Serviço (SaaS)

No modelo SaaS (“Software as a service”), o serviço oferecido aos cliestes, é a


capacidade de acessar e usar um aplicativo completo ou serviço hospedado na
nuvem, sob demanda.

Neste modelo o consumidor não gerencia nem controla a infraestrutura da nuvem,


incluindo rede, servidores, sistemas operacionais, armazenamento ou até mesmo
recursos individuais de aplicativos, com uma possível exceção de configurações
limitadas de aplicativos específicas de usuário [11]. O provedor de serviços cuida de
toda a infraestrutura, toda a lógica do aplicativo, todas as implementações e tudo
relacionado à entrega do serviço; o que faz com que o SaaS elimine a necessidade
de instalar e executar aplicativos no sistema do usuário, em vez disso, o cliente tem
apenas que configurar alguns parâmetros específicos de aplicativos e gerenciar
usuários.

Alem disso, neste modelo uma única instância do serviço é executada na nuvem e
vários usuários finais são atendidos, apesar disso a disponibilidade não é afetada,
porque os provedores normalmente fazem clonagem das tarefas e distribuem a
carga em várias máquinas virtuais no tempo de execução para atender as mudanças
na demanda de trabalho. Esse processo é transparente para o usuário, que também
não precisa se preocupar com manutenção ou instalação de atualizações. Ou seja,
no lado dos clientes, não há necessidade de investimento inicial em servidores ou
licenças de software, enquanto que para o provedor, os custos também são
reduzidos, já que apenas um único aplicativo precisa ser hospedado e mantido.

Na maior parte das soluções SaaS, todas as informações necessárias para a


interação entre o consumidor e o serviço também são hospedadas na nuvem como
parte do serviço, e o cliente pode acessar os serviços a partir de vários dispositivos
por meio de uma interface leve como um navegador de Internet.

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s organizações normalmente optam por soluções SaaS para funções não essenciais,
de modo que não precisam suportar a infraestrutura de aplicativos, fornecer
manutenção e contratar funcionários para gerenciar tudo isso. Em vez disso, eles
pagam uma taxa de assinatura e simplesmente usam o serviço pela Internet como
um serviço baseado em navegador de internet.

Alguns dos aplicativos mais comuns utilizados como SaaS são: o gerenciamento de
relacionamento com o cliente (CRM), o planeamento de recursos empresariais
(ERP), a folha de pagamento, a contabilidade e outros softwares comerciais comuns.

Muitos outros aplicativos são populares, tais como os incluídos nos pacotes office da
Microsoft, que a própria oferece uma versão online baseada em nuvem conhecida
como office 365, a Google oferece uma versão similar conhecida como Google docs.
Muitos outros softwares têm se tornado populares nos últimos anos devido
principalmente a melhoria na infraestrutura das redes, e a tendência é de aumentar.
[2][4]

Um fator que em alguns casos específicos pode ser considerado como uma
desvantagem do SaaS é o facto de armazenar os dados dos usuários na
infraestrutura do provedor. Como resultado, gera preocupações com a possibilidade
de acesso não autorizado aos dados, o que o torna inadequado para aplicações
empresariais que lidam com grandes quantidades de dados dos clientes. Alem disso
a dependência de rede torna uma dificuldade para a utilização de softwares em
tempo real, e também torna inadequado para softwares críticos, porque existe uma
possibilidade do aplicativo ficar indisponível, quer seja por falha na rede, ou por falha
na infraestrutura do provedor.

Atualmente os principais provedores de SaaS são: Google, SalesForce.com,


NetSuite, Oracle, Zoho, IBM e Microsot. [2]

1.5.2. Plataforma como um serviço (PaaS)

O modelo PaaS ("Plaform as a Service”) é um modelo de computação em nuvem que


fornece ao consumidor uma plataforma de computação que é apenas um ambiente
de desenvolvimento ou uma camada de software que é encapsulado e oferecido
22
como um serviço, sobre o qual outros níveis mais elevados de serviço podem ser
construídos [4].

Normalmente a plataforma oferecida neste modelo tem nela implantada todos os


aplicativos que podem ser requeridos pelos clientes. Alem disso, nestas plataformas
também podem ser implementados aplicativos criados por meio de linguagens de
programação, bibliotecas, serviços e ferramentas suportados pelo provedor criadas
ou compradas pelo consumidor.

A plataforma PaaS inclui o sistema operacional, o ambiente de execução em


linguagem de programação, banco de dados, armazenamento, alocação de memória
e um servidor web para o ambiente de hospedagem de aplicativos caso necessário.

Neste modelo, os clientes têm controle sobre os aplicativos implantados e suas


configurações, mas não gerenciam ou controla nenhuma parte da infraestrutura. Os
fornecedores gerenciam e dimensionam automaticamente o poder de computação e
armazenamento que um consumidor pode usar para corresponder à demanda do
aplicativo, de modo que o usuário da nuvem não precise alocar recursos
manualmente o que permite uma utilização eficientemente da plataforma para que os
clientes tenham a melhor experiência possível. No entanto, podem haver restrições
quanto a quais aplicativos podem ser implantados na plataforma. [8][4] [11]

Para atender aos requisitos de gerenciamento e escalabilidade dos aplicativos, os


provedores de PaaS oferecem uma combinação predefinida de sistemas
operacionais e servidores de aplicativos, como a plataforma LAMP (Linux, Apache,
MySql e PHP), J2EE restrito, Ruby etc. [8]

Resumidamente, utilizando o PaaS, os desenvolvedores podem obter todos os


sistemas e ambientes necessários para o ciclo de vida do software, seja
desenvolvimento, teste, implantação e hospedagem de aplicativos na internet, sem a
necessidade de passar pelos inconvenientes de comprar e instalar hardwares e
softwares necessários para tais tarefas.

Exemplos populares de provedores de PaaS. incluem Amazon Web Services (AWS),


Rackspace e Microsoft Azure Google App Engine, Force.com, etc.

23
1.5.3. Infraestrutura como Serviço (IaaS)

Este modelo que é comummente conhecido por IaaS "(Infrastructure as a Service)"


de acordo a Cloud Security Alliance (CSA), fornece toda a infraestrutura requerida de
um computador, normalmente virtualizada, juntamente com os recursos básicos de
armazenamento e rede, como um serviço padronizado pela rede onde o consumidor
é capaz de implantar e executar software arbitrário, que pode incluir sistemas
operacionais e aplicativos, e controlo sobre os componentes de rede.

Com este modelo, o cliente não precisa comprar recursos como servidores, racks,
cabos, espaço para o datacenter, equipamentos de segurança, armazenamento,
sistemas de refrigeração ou alimentação dos equipamentos. Em vez disso, os
clientes alugam estes recursos como um serviço totalmente terceirizado que é
oferecido sob demanda a partir de um grande conjunto de equipamentos agrupados
instalados nos datacenters dos provedores. O que faz com que muitas das tarefas
relacionadas ao gerenciamento e à manutenção da infraestrutura de um datacenter
físico sejam abstraídas e disponibilizadas como um conjunto de serviços que podem
ser acessados e configurados a partir de uma interface de programação de aplicativo
(API) ou por uma consola de gerenciamento baseado em páginas web. Para se
conectar ao provedor, os clientes podem usar a Internet ou redes privadas
dedicadas.

Utilizando IaaS os administradores ainda precisam instalar, gerenciar e corrigir


soluções de terceiros na infraestrutura virtualizada e os desenvolvedores, ainda
necessitam projetar e codificar aplicativos inteiros, mas sem a necessidade de
gerenciar qualquer infraestrutura física. Os clientes também podem utilizar as
credencias do provedor para obter softwares. [2][4][8].

Os provedores de IaaS também oferecem recursos adicionais, como uma biblioteca


de imagens de sistemas operacionais e de discos de máquinas virtuais,
armazenamento (em blocos e objetos), firewalls, balanceadores de carga, redes
locais virtuais (VLANs) e pacotes de softwares. Como resultado, os clientes podem
obter uma entrega de serviços muito mais rápida e com menor custo.

24
Em resumo, o IaaS fornece recursos de datacenter virtual para que os consumidores
de serviços possam se concentrar mais nas suas competências profissionais e
menos no gerenciamento de infraestruturas fisicas. [11]

Além disso, a principal vantagem aqui é que os clientes precisam pagar apenas
pelos recursos que utilizam, tal como nos serviços públicos de eletricidade ou água;
a infraestrutura virtual é um serviço medido que custa dinheiro quando é ligado e
usado, mas deixa de acumular custos quando é desligado.

Alguns exemplos comuns de provedores de IaaS são: a Amazon Web services


(AWS), GoGrid, 3 Tera, Flexiscale, Layered Technologies, Joyent, Rackspace, etc.

1.5.4. Seleção de indicadores comparativos para as plataformas

No capitulo 2, será apresentado uma comparação entre estas plataformas de acordo


as características principais como: Controlo sobre o Hardware, Controlo sobre a
infraestrutura virtualizada, Controlo sobre a alocação de recurso computacionais,
Controlo sobre as camadas de software, Controle sobre os dados pessoais,
Complexidade de criação, Complexidade na utilização, Níveis de segurança,
Utilização da rede, Probabilidade de Falhas, Existência de plataformas de código
aberto, Importância do controle da utilização e opções de customizações.

1.6. Modelos de entrega

Para implantar uma solução de computação em nuvem, a principal tarefa é decidir


sobre o tipo de nuvem a ser implementado. Atualmente, quatro tipos de implantação
em nuvem são mais comuns: pública, privada, híbrida e comunitária. Cada um deles
possui características específicas que suportam as necessidades dos usuários e
serviços das nuvens de maneiras particulares, geralmente a escolha de um ou de
outro depende das necessidades e de quanto capital esta disponível para a
implementação dos serviços de nuvem.

25
1.6.1. Nuvem pública

Este modelo é o que mais reflete as vantagens da computação em nuvem. Nestas


nuvens a infraestrutura da nuvem é provisionada para uso aberto pelo público geral,
tal como nos serviços públicos como água e luz, o que lhes torna em um ambiente
de múltiplos usuário, que proporcionam economias de escala superiores aos clientes
[3]. Estas nuvens são sempre de propriedade, gerenciada e operadas por terceiros e
podem ser acessada por qualquer assinante com conexão à internet e acesso ao
espaço da nuvem. Os proprietários destas nuvens são normalmente organizações
comerciais, acadêmica, governamental, podendo também ser uma combinação delas
em alguns casos.

Os serviços de nuvens públicas podem ser providenciados para acesso gratuito ou


em uma base comercial, de qualquer forma os usuários finais possuem
configurações limitadas, variações de disponibilidade, têm informação sobre a
localização do datacenter, mas não têm visibilidade do hardware que esta a executar
o software [4].

A infraestrutura destas nuvens é composta por uma grade quantidade de recursos,


que é compartilhada entre entre uma grande mistura de usuários, onde cada usuário
paga pelos que utiliza, o que fornece a cada cliente um modelo atrativo “pague pelo
uso”, de baixo custo.

Os serviços em nuvens públicas normalmente são oferecidos pela internet sem


nenhuma segurança, no entanto alguns provedores oferecem formas seguras de se
conectar que exigem que os clientes comprem ou concedam uma conexão privada a
um ponto de emparelhamento oferecido pelo provedor de nuvem. Alguns destes
serviços são: "AWS Direct Connect" oferecido pela Amazon, "Oracle FastConnect”
de Oracle Cloud, "Azure ExpressRoute da Microsoft" e o "Cloud Interconnect" da
Google.

As vantagens das nuvens públicas incluem principalmente o pagamento semelhante


aos serviços públicos e grande elasticidade, o que permite ao usuário final ter um
conjunto aparentemente infinito de recursos à sua disposição onde pode configurar

26
suas soluções de software para aumentar ou diminuir dinamicamente a quantidade
de recursos de computação necessários para lidar com as variações de cargas, e
pagar somente pelo que utiliza, tal como nos serviços de electricidade e agua que
recebemos em nossas casas.

Uma outra grande vantagem, é que permitem aos usuários finais terceirizar o
gerenciamento das suas infraestruturas, para que menos tempo seja gasto
gerenciando a infraestrutura e mais tempo seje utilizado em suas competências
centrais.

As nuvens públicas como visto possuem muitos benefícios, no entanto, as nuvens


públicas são menos seguras em comparação com outros modelos de nuvem. Mesmo
com a implementação de meios de autenticação avançados, sempre vao existir
riscos de segurança já que os dados de todos os clientes circulam nos mesmos
equipamentos, os que as torna alvos, mas acessíveis a ataques ciberneticos. Uma
solução parcial para as questões de segurança é a utilização das conexões privadas
oferecidas por alguns provedores.

1.6.2. Nuvem Privada

Os problemas com segurança e privacidade nas nuvens publicas, levaram a


introdução de um segundo modelo, conhecido como nuvem privada. Neste tipo de
nuvem, a infraestrutura é provisionada para uso exclusivo de uma única organização,
que normalmente é uma grande empresa, podendo ser qualquer outro grupo com
preocupaçoes de segurança e capital suficiente para a sua implementação.

A vantagen destas nuvens é que resolve algumas desvantagens da nuvem pública


como: questões regulatórias, controle e configurações limitadas. Estas nuvens visam
tratar de preocupações sobre segurança de dados e oferecer maior controle sobre a
implementação e uso, o que normalmente é inexistente em uma nuvem pública. No
entanto, a utilização das mesmas sacrifica algumas das principais vantagens da
computação em nuvem, como a rápida elasticidade, o modelo de pagamento pelo
uso, e gera problemas com manutenção e atualizações.

27
Devido a sua natureza, os recursos computacionais que a constituem são
normalmente implementados, mantidos e operados pela organização, podendo em
muitos casos ser terceirizado por um provedor, e também é possível utilizar alguma
combinação deles em alguns casos. Além disso. Estes recursos tambem podem ser
locais ou hospedadas no data center de um provedor (Nuvem virtual Privada). Em
qualquer um dos casos, os usuários finais ficam em um ambiente completamente
isolado de outros clientes.

No caso das nuvens hospedadas localmente, que são também conhecidas como
nuvens internas, um processo com maior padronização e proteção, mas limitado em
aspetos de tamanho e escalabilidade, é oferecido. Neste tipo de implementaçao , os
consumidores do serviço de nuvem, gerenciam o data center e têm a flexibilidade de
adquirir qualquer configuração de hardware que desejarem ou seja controlam seu
próprio destino, no entanto realizar um projeto destes requer um investimento
significativo de capital por parte do departamento de tecnologias de informação, em
obtençao e manutençao dos recursos fisicos necessarios para virtualizar o ambiente,
o que geralmente leva as organizaçoes a reavaliar as decisões sobre a necessidades
de aplicaçao das mesmas, por Isso estas nuvens sao mais adequadas para
aplicativos que exigem controle completo, configurabilidade da infraestrutura e
grande segurança.

No caso das hospedadas externamente em um provedor de nuvem, que facilita a


criação de um ambiente de nuvem exclusivo com garantia total de privacidade. Isto é
mais adequado para organizações que não preferem as nuvens públicas devido ao
compartilhamento de recursos físicos, ou seja, os usuários ainda dependem de seu
provedor de serviços em nuvem para fornecer infraestrutura. No entanto, seus
recursos não sao compartilhados com outros clientes e têm custos reduzidos em
comparação com as internas, mas oferecem menos controle e segurança aos
usuários.

Tanto um como outro ainda atraem críticas porque os usuários ainda precisam
comprar, e muitas vezes criar e gerenciar a infraestrutura, assim sendo, não se

28
beneficiam totalmente das vantagens que tornam a computaçao em nuvem um
conceito agradavel.

No entanto ambos modelos ainda sao largamente utilizados, mas as nuvens


hospedadas localmente têm sido abandonadas nos ultimos anos.

29
1.6.3. Nuvem Comunitária

Devido aos custos das nuvens privadas e da falta de privacidade das publicas,
muitas organizações procuram por parceiros para dividir os custos de uma nuvem
privada, no entanto quando duas ou mais organizações constroem e compartilham
em conjunto uma infraestrutura de nuvem, seus requisitos e políticas, esse modelo
de nuvem é chamado de nuvem comunitaria. Estas nuvens geralmente são
compartilhadas entre um número de organizações que possuem interesse e
requisitos de nuvem semelhantes, o que normalmente ajuda a reduzir os custos de
investimento de capital para suas organizações.

A infraestrutura de nuvem é normalmente gerenciada e operada por algum membro


da comunidade, no entanto a mesma infraestrutura nem sempre é propriedade da
comuninade, ou seja, em alguns casos pode ser hospedada num provedor
terceirizado, tal como nas nuvens privadas [3][8]

1.6.4. Nuvem Híbrida

Como visto, cada um dos modelos descritos a cima oferece suas vantagens, por isso
o pessoal responsdavel pela aderência aos serviços de nuvem, olhavam estas
vantagens e escolhiam o modelo que oferecia as melhores vantagens no momento, e
abandonam as vantagens dos outros modelos. A tentativa de combinar as vantagens
dos diferentes modelos, criou um novo modelo conhecido como nuvem híbrida.

Estas nuvens são basicamente uma composição de duas ou mais infraestruturas de


nuvem distintas, geralmente uma nuvem privada ou comunitárias é vinculada a uma
pública, para oferecer a flexibilidade e os baixos custos de infraestrutura oferecidos
pelas nuvens publicas, sem abandonar a segurança, privacidade e o controlo
oferecidos pelas nuvens privadas e comunitárias.

A pesar das nuvens estarem conectadas, elas permanecem como entidades únicas,
para suportar a necessidade de oferecer serviços na nuvem, com a possibilidade de
reter dados sensíveis da organização na organização [8].

30
Uma prática muito comum para estas nuvens é utilizar a nuvem pública apenas
quando alguma necessidade ocasional, como aumento inesperado na carga de
trabalho ocorre e são necessários mais recursos de computação. No entanto a
prática recomendada é utilizar a nuvem pública o máximo possível para obter todos
os benefícios da computação em nuvem, como rápida elasticidade e agrupamento de
recursos, que são notáveis principalmente em nuvens publicas [11].

A principal vantagem das nuvens híbridas é que o proprietário paga pelos recursos
extras de computação apenas quando são necessários, o que permite que mesmo
os provedores de serviços de nuvem utilizem outros provedores de nuvem de
maneira completa ou parcial, aumentando assim a flexibilidade da computação.

Para a união de nuvens são utilizadas tecnologias que podem ser padronizadas ou
proprietárias, um bom exemplo é o “IMB Multicloud services” que tem permitido
muitas organizações completarem suas estratégias de múltiplas nuvens, para
garantir uma melhor avaliabilidade da infraestrutura e maior capacidade de
processamento.

Figura 2: diferentes modelos de entrega

31
Alem dos quatro modelos padrao existem outros que não são muito referenciados ou
utilizados; como a “nuvem distribuída”, que é uma plataforma de computação em
nuvem que pode ser montada a partir de um conjunto distribuído de máquinas em
diferentes locais, conectadas a um único serviço de rede ou hub. Este tipo de nuvem
é dividida em computação de recursos públicos e nuvem voluntária onde
basicamente a infraestrutura de computação em nuvem é construída usando
recursos públicos e voluntários respectivamente.

Outro modelo que existe é o Multicloud, que se refere ao o uso de vários serviços de
computação em nuvem em uma única arquitetura heterogênea para reduzir a
dependência de fornecedores individuais, aumentar a flexibilidade por meio de
opções, mitigar desastres etc. Diferencia-se da nuvem híbrida por se referir a vários
serviços em nuvem, em vez de vários modelos de implantação.

Outros modelos que existem que são ainda menos referenciados pelos autores já
que se referem mais ao serviço do que a entrega, que são: Nuvem Big Data para
analise de Big Data e Nuvem HPC para a utilização de aplicativos de computação de
alto desempenho.

I.7. Vantagens da computação em nuvem

I. Redução nos Custos

Esta pode ser considerada como a principal vantagem principalmente para as


pequenas e medias empresas. O modelo de pagamento pela utilização desta
tecnologia reduz drasticamente os gastos com TI para estas empresas, já que não
precisam adquirir sistemas caros para uso ocasional de recursos de computação
intensivos.

Além disso, não é necessário contratar o poder humano necessário para


manutenção de tais sistemas, fazendo com que tanto os gastos iniciais como as
correntes sejam muito menores em relaçao a utilizaçao dos sistemas convencionais.

32
O que permite realocar o restante do dinheiro para atingir outras metas. Como na
maioria das vezes, os provedores são bastante confiáveis em termos de
disponibilidade, o cliente é o vencedor claro. O mesmo princípio é aplicado para as
grandes empresas e outros usuarios.

II. Aumenta a capacidade de armazenamento

A enorme infraestrutura dos provedores de nuvem, torna mais simples os


manuseamentos de grandes quantidades de dados em relação a utilização em
sistemas locais. O que torna possível para muitos armazenar e manusear grandes
volumes de dados.

Utilizando esta tecnologia, o cliente não tem que se preocupar com os custos de
dispositivos de armazenamento principal e backup, nem com a infraestrutura
requerida para o manuseamento dos dados, o provedor toma conta de tudo isso e o
cliente so tem que pagar pelo espaço que necessita. Alem disso, os preços de
armazenamento em nuvem são cada vez mais baratos em relação ao preço dos
armazenamentos direitamente conectados.

III. Flexibilidade

A flexidade oferecida por esta tecnologia, inclui um manuseamento simplificado da


infraestrutura, tando do hardware como do software, já que funcionam na
infraestrutura do provedor, o que praticamente elimina a necessidade de
manuseamento por parte do cliente, o que faz com que menos habilidades de TI
sejam requeridas para a implementação destes serviços.

Alem disso, ao nível do usuário, apenas precisa é de um navegador da Web simples


com conectividade Internet, ou um aplicativo de interface para usuários simples. O
que cria independencia de localizações e dispositivos, o que aumenta a mobilidade
e a produtividade. Outro factor que garante o aumento da produtividade é o facto de
vários usuários poderem trabalhar nos mesmos dados simultaneamente, em vez de
esperar que sejam salvos e enviados por e-mail.

Alem disso os clientes podem começar com uma quantidade de recursos e então
aumentar ou reduzir rapidamente quando necessário.
33
IV. Serviços não interrompidos e de confiança

Havia tempos que esta era uma das maiores preocupações ao mover para nuvem,
mas hoje em dia, devido o nivel de sites redundantes existentes na arquitetura dos
provedores, a garantia de não interrupção é quase garantida, e mesmo que algumas
interrupções possam ocorrer, estes sistemas ainda são muito mais confiáveis em
comparação com uma infraestrutura instalada na organização, já que mesmo que o
cliente não consiga acessar os seus dados ainda existem em algum lugar na
infraestrutura do provedor.

V. Manuseamento de desastres

Em caso de desastres, um backup externo é sempre útil. Manter dados cruciais


armazenados em backup usando serviços de armazenamento em nuvem é uma
necessidade fundamental para a maioria das organizações.

VI. Computação amiga do ambiente

Emissões prejudiciais devido ao uso extensivo de sistemas nas organizações,


resíduos elecônicos gerados à medida que o tempo passa e o consumo de energia é
considerado a principal desvantagem dos sistemas de computação atuais. Isso pode
ser reduzido até certo ponto usando os serviços de computação em nuvem. Isso leva
à preservação do meio ambiente. Além disso, o lixo eletrônico gerado pelos
departamentos de tecnologias de informação é reduzido ao mínimo

I.8. Desafios enfrentados e futuro da tecnologia

Até agora, neste artigo, descrevemos todas as várias arquiteturas, modelos de


implantação e vantagens do uso de serviços de computação em nuvem, sendo as
opções de customização limitadas, e a probabilidade de ocoreencia de
indisponibilidade do serviço as únicas desvantagen, no entanto, outras questões
existem que podem revelar-se desastrosas se não forem atendidas, que ate um certo
ponto colocam em duvida o futuro da tecnologia e limitam a utilização máxima da
mesma. Estes factores são:

34
I. Segurança

Considerada uma das duas maiores preocupações sobre a utilização da computação


em nuvem, já que entregar dados cruciais para outra organização gera
preocupações a muitas pessoas, o que faz com que principalmente os usuários
empresariais hesitem ao adotar serviços de nuvem, já que não podem manter as
suas informações sob chave e fechadura. No entanto, apenas algumas destas
preocupações são válidas, outra são bazeadas em suposições e medo. As empresas
que oferecem estes serviços argumentam que elas vivem e morrem por sua
reputação, e garantem a segurança total dos dados.

Muitos estudos indicam que actualmente há um nivel consistente de segurança na


nuvem e alguns especialistas na tecnologia chegam a afirmar que a segurança pode
se tornar melhor que os sistemas tradicionais, em parte porque os provedores de
serviços são capazes de dedicar recursos para resolver problemas de segurança que
muitos clientes não podem enfrentar ou que não possuem habilidades técnicas para
resolver [7].

Segundo os estudos feitos pela Cloud Security Alliance, as três principais ameaças
na nuvem são Interfaces e APIs inseguras, responsáveis por 29% das falhas de
segurança na nuvem, perda e vazamento de dados responsável por 25% e falha de
hardware responsável por 10%, juntos eles formam a maior parte das
vulnerabilidades da tecnologia. [****].

Além disso, é sabido que os hackers estão gastando tempo e esforço substanciais
em busca de maneiras de penetrar na nuvem, já que os dados de centenas ou
milhares de empresas e outras pessoas são armazenados em grandes servidores.
Hackers podem, teoricamente, obter o controle de grandes quantidades de
informações por meio de um único ataque. Alguns exemplos disso incluem a violação
de segurança do Dropbox e do iCloud em 2014. No entanto, a taxa de sucesso de
penetrações de ameaças externas são muito mais altas nos data centers
manuseados individualmente por uma organizações em relação aos colocados em

35
ambientes de nuvens, e a segurança na nuvem tende a ser cada vez maior a medida
que a tecnologia vai desenvolvendo.

II. Privacidade

A privacidade é a outra das duas maiores preocupaçoes. Como os dados são


acessados em qualquer local, é possível que a privacidade do cliente seja
comprometida; uma maneira de resolver este problema era o uso de técnicas de
autenticação adequadas, que tem cido implementada por muitos provedores, no
entanto, ainda existem preocupações.

Alem disso, um outro factor que gera preocupações com a privacidade é a


possibilidade do provedor de serviços acessar os dados que estão na nuvem a
qualquer momento e compartilhar as informações com terceiros, se necessário, para
fins de lei e ordem, mesmo sem um mandado, o que muitas veses é permitido de
acordo aos termos de políticas de privacidade de alguns provedores. Como
alternativa, os usuários podem criptografar os dados que são processados ou
armazenados na nuvem para reduzir as probabilidades de acesso não autorizado.

III. Falta de Padrões

Nuvens possuem interfaces documentadas; no entanto, nenhum padrão está


associado a eles e, portanto, é improvável que a maioria das nuvens seja
interoperável. O Open Grid Forum está desenvolvendo uma Interface aberta de
computação em nuvem, para resolver estes problemas. O “Open Cloud Consortium”
está trabalhando em padrões e práticas de computação em nuvem. Esses grupos
precisarão amadurecer, mas não se sabe se eles atenderão às necessidades das
pessoas que estão implementando os serviços e quais interfaces específicas esses
serviços precisam. No entanto, manter-se atualizado sobre os padrões mais recentes
à medida que eles evoluem permitirá que eles sejam aproveitados e implementados
quando forem aplicáveis. [8]

IV. Continuamente evoluindo

Os requisitos do usuário estão em constante evolução, assim como os requisitos


para interfaces, redes e armazenamento. Isso significa que uma “nuvem”,
36
especialmente uma pública, não permanece estática e também está evoluindo
continuamente. [8]

37
I.8.1. Futuro da tecnologia

Como a computação em nuvem é um modelo de entrega relativamente novo, seu


futuro não é totalmente conhecido, mas, como sua popularidade e entusiasmo pela
tecnologia estão em constante crescimento, é seguro dizer que a computação em
nuvem chegou para ficar. A um cuto prazo, especialistas em tecnologia e partes
interessadas dizem que esperam que "vivam principalmente na nuvem" em 2020 e
não no desktop, trabalhando principalmente através de aplicativos acessados através
de
dispositivos em rede, o que pode não se concretizar para uma boa parte das
pessoas, no entanto a maior parte dos entusiastas da tecnologia veem isso como o
próximo passo da computação, e esperam que cada vez mas organizações e
individous usem os serviços de computação em nuvem. O uso de tecnologias de
nuvem se tornará ainda mais popular à medida as infraestruturas de rede forem
aprimoradas, permitindo menos latência e conexões mais rápidas com o conteúdo na
nuvem.

A computação em nuvem beneficia todos, desde os indivíduos em casa, líderes


empresariais, instituições acadêmicas, governamentais, como os próprios provedors.
Devido principalmente a insfraestrutura disponibilizada para os clientes, e o preço
que pagam para ela. Num futuro próximo espera-se que mais pessoas façam uso de
computação intensiva, e que os recursos utilizados segam entregues e cobrados da
mesma forma que é feita com as contas de energia e água. [5].

38
Conclusões do capítulo

Neste capitulo, pode-se perceber que a computação em nuvem, é uma tecnologia


com o futuro incerto que pode oferecer muitos benefícios, a pesar dos desafios que
enfrenta, muitos dos quais podem ser evitados aplicando o tipo apropriado de
nuvem.

39
CAPITULO II. ANALISE DAS PLATAFORMAS DE COMPUTAÇAO EM NUVEM NA
EDUCAÇÃO

Neste capítulo, serão analisados as aplicações da tecnologia para as instituições de


ensino e os fatores que as instituições de ensino devem ter em conta ao aplicar estes
serviços. Mas antes será apresentado uma comparação entre as diferentes
plataformas.

2.1. Estado atual em torno das organizações de ensino

Atualmente, para suportar o processo de ensino, muitas instituições possuem


laboratórios de computação que devem ser utilizados para inúmeras tarefas, como
por exemplo, simulação de sistemas operativos e desenvolvimento de aplicações,
desenvolvimento de projetos 3D, entre outros, dependendo dos requisitos da cadeira.
No entanto, em muitos casos as instituições não conseguem fornecer o poder
computacional requerido, o que leva os estudantes a utilizar seus próprios
computadores, que em muitos casos, o custo para obter o poder computacional
requerido é tao alto que fica fora do alcance de muitos estudantes, que ficam
incapazes de realizar tais tarefas nas salas de aulas.

Um outro grande problema no ensino, tem sido o acesso aos recursos educacionais
como: livros didáticos, artigos científicos, softwares educacionais, entre outros.
Muitas das vezes, tanto os professores como os estudantes têm acesso a diferentes
recursos, e em alguns casos não tem acesso a tais recursos, o que ate um certo
ponto prejudica a qualidade de ensino.

2.2. Comparação entre plataformas segundo seus indicadores

A tabela 1 apresenta uma comparação entre os principais modelos de serviço

Tabela

40
Tabela 1. Comparação entre os modelos de serviço segundo seus indicadores

Tipo SaaS PaaS IaaS

Controlo sobre o Hardware × × ×

Controlo sobre a infraestrutura


virtualizada × × Completo

Controlo sobre a alocacao de


recurso computacionais × × Completo

Controlo sobre as camadas de Baixo Alto Completo


software

Controle sobre os dados pessoais Baixo Baixo Completo

Existencia de plataformas de Sim Sim Sim


codigo aberto

Complexidade de criaçao Alta Alta Baixa

Complexidade na utilizaçao Baixa Baixa Alta

Niveis de segurança Medio Medio Alto

Utilizacao da rede Baixa Alta Alta

Probabilidade de Falha Media Media Baixa

Importancia do controle da Baixa Media Alta


utilização

Opçoes de customizaçoes Baixa Baixa Alta

41
2.3. Computaçao em nuvem na Educação

Uma afirmação que pode ser feita sem nenhuma duvida, é que desde o
aparecimento das nuvens o significado da internet e da forma como utilizamos os
nossos computadores mudou completamente. Agora os poderosos aplicativos de
desktop e bancos de dados podem estar disponíveis na internet e acessados em
qualquer lugar, a qualquer momento e com qualquer dispositivo, o que tem originado
diversas aplicações para a tecnologia, e agora também esta a ser aplicado na
educação.

A utilização destes serviços a nível educacional, representa uma grande melhoria


nos processos educacionais, devido principalmente a disponibilidade aumentada dos
recursos educacionais. O rapido desenvolvimento da tendencia promete fornecer
ainda mais serviços e ferramentas que deveveram estar disponíveis para estudantes,
professores e outros membros do processo educacional [6][5].

Hoje em dia o papel da computação em nuvem no ensino tanto a nível universitário,


como de qualquer outro nível, já não deve ser subestimado, pois pode proporcionar
ganhos importantes na oferta de acesso direto a um conjunto amplo de diferentes
recursos acadêmicos, aplicações de pesquisa e ferramentas educacionais. A figura 3
ilustra alguns dos recursos que podem existir em uma nuvem de uma de instituição
de ensino.

42
Figura 3: Nuvem educacional

A utilização da computação em nuvem no processo de ensino, oferece muitas


vantagens, como por exemplo:

 Melhoria dos laboratórios de computação

Muitas instituições normalmente posuuem laboratórios de computação que deve ser


utilizado para inúmeras tarefas, no entanto, em em muitos casos as instituições não
conseguem colocar o poder computacional requerido, o que leva os estudantes a
utilizar seus próprios computadores que muitas vezes não são capazes de realizar
tais tarefas.

Com a utilização de computação em nuvem tudo isto é possível a partir de


laboratórios virtuais que oferecem recursos computacionais, sob demanda. Tornando
possível a realização de todas as tarefas requeridas durante o processo de
aprendizagem, como programação de sistemas, utilização de ferramentas CAD,
ferramentas de simulação, virtualização, etc. Dependendo dos requesitos de cada
cadeira. Alem disso, estes recursos podem ser acessados a qualquer lugar, o que
melhora a flexibilidade no ensino.

 Melhora o ensino para além das salas de aulas

43
O principal problema que temos na sala de aula é que os alunos têm medo de fazer
perguntas ou perder tempo da palestra, o que pode ser resolvido virtualmente. Os
alunos podem usar o espaço on-line e podem assistir às aulas ou realizar seus
projetos interagindo com seus guias, o que pode reduzir a carga de trabalho e
melhorar a capacidade do aluno de amprender. [7]

Alem disso, ela também irá facilitar as atribuições de tarefas e resolução das
mesmas, que podem ser dadas e resolvidas mesmo durante as férias, já que tanto
os estudantes como os professores têm acesso ao mesmo espaço, o que pode ser
especialmente útil no caso dos estudantes que tiveram pouco aproveitamento
durante o priodo de aulas.

44
 Fácilita o acesso e compartilhamento de recursos educacionais

É conhecido, que um dos grandes problemas para o ensino, tem sido o acesso aos
recursos educacionais. Com a a utilização da computação em nuvem, muitos dos
recursos requeridos, como: livros didáticos, artigos cientificos, softwares
educacionais, entre outros, podem ser fornecidos virtualmente, o que facilita o
acesso a estes recursos por parte dos estudantes e professores.

Estes recursos, podem ser disponibilizados por professores ou outros estudantes e


podem ser utilizados para diversos fins. Alem disso, eles podem facilmente
compartilhar suas ideias, e receber críticas e revisões por parte de professores ou
outros estudantes mais rapidamente. O que permite que os alunos obtenham mais
conhecimentos, o que leva a melhor qualidade de educação e maior
desenvolvimento acadêmico. [7]

Alem disso, muitas outras vantagens existem, tais como: permite uma análise em
tempo real das actividades dos estudantes, permite trabalhar com maior eficiência, e
facilita a colaboração em projectos por parte de estudantes e/ou professores,
fornecer programas e serviços de formas novas e inovadoras.

Devido as vatagens da utilização da computação em nuvem no ensino, os


provedores destes serviços têm investido capital para criar e disponibilizar servicos
inovadores difíceis de obter em nuvens privadas, também para oferecer serviços
cada vez de maior confiança e a preços mais acessíveis. Algumas empresas, tais
como: Amazon, Google, Microsoft, IBM, HP, Amanda/Zamanda, etc. Possuem muitas
soluções direcionadas para o ensino.

No entanto raramente disponibilizam ferramentas livres, mas algumas delas como a


Amazon e a Google oferecem bolsas de ensino que dão suporte ao uso gratuito das
suas plataformas para alunos em cursos qualificados. Alem disso, A google tem um
conjunto de ferramentas gratuitas, que podem ser utilizadads para propósito
educacional, tal como:

45
Google Docs que pode ser utilizada para edição de documentos em qualquer lugar
por parte dos estudantes e professores. Alem disso, também permite um trabalho
sincronizado no mesmo documento. [7]

O Google Calendar, que pode ser utilizado para que estudantes e professores, para
manusear suas actividades e ajudar a organizar o tempode estudo.

O Google Talk, servico de mensagem instantânea, que pode ser utilizada para
comunicação remota.

O Google Video: que pode ser utilizado para partilha de informações entre
estudantes e professores, com ferramentas de vídeo privadas. [7]

2.4. Considerações ao mover para nuvem para insituiçoes de ensino

Embora computação em nuvem tenha inúmeras vantagen e aplicações, o que


normalmente apressa a idea de mover para nuvem. No entanto, ao considerar mover
para nuvem, existem outros facores que se deve ter em conta, estes factores
normalmente ajudam a determinar a necessidade de implementação, o tipo de
nuvem que deve ser implementa, etc. O que geralmente se traduz em evitar certas
falhas que podem atrapalhar o sucesso ao utilizar os serviços de nuvem. Os
primeiros factores que devem ser considerados são os desafios da tecnologia (vistos
no capítulo 1) e os outros factores serão vistos a diante.

Muitas organizações falham quando se trata de implementar tecnologias novas e


transformacionais. Em alguns casos, estas falhas são devido a não compreenderem
completamente a tecnologia a ser implementada, e em outros casos, por terem
expectativas que não correspondem com a realidade.

Quando se trata de começar a utilizar serviços de computação em nuvem, a primeira


questão que as instituições devem ter em conta, é o tipo de nuvem a aplicar. A
instituição deve dicidir se deve aderir a uma nuvem publica ou manusear a sua
própria infraestrutura de nuvem. As considerações a ter em conta são diferentes para
cada caso.

46
a) Caso optem por uma nuvem publica

As instituições normalmete optam por uma nuvem publica, para abandonar a


complexidade em comprar e configurar sistemas para oferecer os serviços de nuvem
aos usuários finais e em muitos casos, apenas para fornecer ferramentas de melhor
qualidade. No entanto, a escolha desta solução traz alguns aspectos que devem ser
considerados, tais como:

I. Custos

Duas das coisas mais poderosas sobre a computação em nuvem são: a rapidez com
que os serviços e recursos de computação podem ser ativados, e o modelo de
pagamento pelo uso, que é conhecido por reduzir o custo da infraestrutura de TI. No
entanto, este modelo só é económico se as soluções implementadas forem
arquitetadas e gerenciadas de maneira a otimizar o uso de serviços em nuvem.

Quando se utiliza nuvens publicas, para o ensino, é preciso compreender os serviços


que devem ser implementados e os custos dos mesmos para garantir que estejam a
nível da instituição. Algumas falhas nos sistema e utilização descontrolada podem
alterar a taxa mensal e fazer com que as instituições paguem mais do que o
planeado. Estes factores normalmente fazem com que muitas pessoas fiquem com a
ideia de que o uso de computação convencional é mais baixo em relação a
computação em nuvem, o que é errado. No entanto os preços podem ser mais altos
do que o esperado.

Para obter um custo ideal é preciso um melhor planejamento e manuseamento da


infraestrutura utilizadada pelo cliente, por parte do mesmo, o que geralmente requer
tais habilidades nos funcionários responsaveies pelo manuseamento da
infraestrutura alugada. [3] [11]

II. Escolher o provedor certo

Um outro factor importante que deve ser considerado ao mover para nuvem, é que
provedor escolher, geralmente a escolha do provedor ideal pode garantir, melhor
desempenho e menores custos em muitos casos.

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O principal factor que deve ser analizado ao escolher o provedor, é a existência dos
serviços desejados, ou conjunto de ferramentas disponíveis, no entanto este não é o
único aspecto que deve ser analizado. Outros factores importantes são:

 Localizaçao do datacenter mais próximo e número de sites redundantes

Para reduzir o atraso e consequentemente melhorar o desempenho aos olhos dos


clietes, os provedores implementam o que se conhece como zonas de availibilidade,
que é basicamente colocar seus servidores em uma área estrategica para servir uma
determinada zona, como por exemplo, um datacenter a norte da europa, para servir
todo o norte da europa e as regiões próximas.

Quanto maior for número sites redundantes, ou zonas de avaliabilidade existentes na


arquitetura do provedor, melhor será a avaliabilidade, de serviços que devem
acessados em diverentes lugares, e menor será a probabilidade de perda dos dados,
que é praticamente nula no caso dos principais provedores, como: Amazon, Google
e Microsoft. A figura 4. Indica zonas de avaliabilidade dos principais provedores de
serviços de nuvem.

Figura 4: zonas de avaliabilidade dos principais provedores de serviços de nuvem

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 Políticas de preços

Lembre-se, os modelos em nuvem oferecem um modelo de pagamento conforme o


uso, o que significa que, quando as suas necessidades tecnológicas mudam, o preço
sera alterado porque basicamente deveram ser comprados mais ou menos recursos
da nuvem do provedor.

No entanto, na maior parte do tempo, o cliente não consome todos os recursos, pelo
qual esta a pagar, e em alguns casos como em horas de pico, o cliente pode ter a
necessidade de exceder os recursos determinados no contrato, o que não é
permitido por todos os provedores. No caso dos que permitem, eles podem ou não
cobrar pela utilização extra. É nestes casos onde as políticas de preços dos
provedores é mais importante. Escolher o que oferece a melhor política pode garantir
que a plataforma fique com disponibilidade maxima e que os custos sejam o mínimo
possível.

 O lugar em que nos encontramos

Uma das principais características da computação em nuvem, é o acesso amplo a


rede, utilizando nuvens publicas é essencial que esta rede seja a internet,
principalmente quando se esta distante da zona de avaliabilidade mais próxima do
provedor. No entanto o acessso a internet é um grande problema no nosso país.

Pode-se dizer que no nosso país, a UNITEL é a única compainha aberta ao publico a
nível nacional que oferece conexão estável a internet. No entanto a tebela de preços
da UNITEL não é algo que agrada os consumidores, principalmente considerando a
quantidade de tráfego requerida para acessar serviços de nuvem.

Outras empresas que também oferecem boa qualidade de seriviços são: TV Cabo,
MSTelecom, ZapFibra, NetOne, ITA, Multitel. Que estão limidadas a um número
pequeno de pessoas. Tambem é preciso prestar atenção ao utilizar ISPs com taxas
mensais para acessar serviços em nuvem, porque muitos deles tendem a cobrar
extra pelo excesso de utilização de dados provocado pelo acesso constante a estes
serviços.

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Na verdade, o principal problema com a zona em que se vive diz respeito ao atraso
que pode existir ao acessar os serviços. Mesmo que a conexão a internet seja
garantida, a infraestrutura entre o usuário e o serviço pode criar problemas na forma
como os serviços são acessados.

Normalmente existe uma grande infraestrutura entre um usuário e um serviço


acessado pela internet. Esta infraestrutura é completamente transparente aos olhos
do usuário, no entanto para os profissionais em tecnologia de informação, é
conhecido que um ISP não oferece aos seus clientes um acesso direto a um serviço
remoto, a menos que seja uma linha alugada. Para acesso a interntet os ISPs
normalmente se conectam a um “internet Exchange point” (IXP), onde são
conectados outros ISPs, que dão continuidade aos dados para além da infraestrutura
do mesmo, o que vai se repetindo, ou seja, muitos ISPs ou roteadores podem existir
entre o usuário e o serviço que acessa, o que normalmente é conhecido como Hop
count e que pode ser observado utilizando ferramentas para traçar rotas. O atraso
pode não ser enorme quando se acessa websites, mesmo quando existe um grande
número de roteadores no meio, no entanto para acesso de serviços de nuvem o
atraso é considerável, já que uma maior quantidade de dados devera ser transmitida.

Para reduzir o atraso e consequentemente o número de roteadores, muitos


provedores providenciam o que se conhece como zonas de avaliabilidade. No
entanto, o nosso país não esta próximo de nenhuma zona de avaliabilidade em
funcionamento dos principais provedores, como ilustrado na figura xxx. Ou seja,
utilizar nuvens publicas no nosso país pode ter o problema do atraso para acessar
muitos dos serviços, o que torna até um certo ponto, a computação em nuvem
publica uma má ideia.

b) Caso optem por por manusear a sua própria infraestrutura.

Um fator que pode levar as instituições de ensino a abandonar as nuvens publicas,


alem do atraso que pode existir, é o tempo de utilização da plataforma. No processo
de ensino é requerido que os estudantes tenham acesso aos recursos por muito
tempo. No entanto, ao utilizar nuvens publicas os preços continuam a crescer à

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medida que o tempo passa, o que deve limitar o tempo de utilização da plataforma
por parte dos estudantes e professores.

Ao escolher manusear sua própria infraestrutura, as instituições teram controle sobre


toda infraestrutura da plataforma e permaneceram nela pelo tempo que quiserem. Ao
fazer isso, as instituições desistem de diversas ferramentas que são oferecidas
exclusivamente por alguns provedores, ficando limitadas pelas ferramentas de
código aberto e pelas ferramentas que seram capazes de criar ou comprar.

As plataformas de código aberto que podem ser implementadas em nuvens privadas


e comunitárias disponíveis são:

 openStack, CloudStack e openNebula. Para criar plataformas IaaS.

 Cloud Foundry e OpenShift. Para criar plataformas PaaS.

 Innomatic. Para criar plataformas SaaS.

Mesmo que sejam implementadas plataformas de código aberto, ainda tem o


problema do treinamento requerido para implementar tais plataformas, que é um
factor que pode afastar muitas instituições das nuvens privadas.

Alem disso, um outro factor que deve ser considerado, é o custo total da
implementação, que é uma das principais preocupações, ao manusear uma
infraestrutura própria. Estes custos incluem:

 Custos de obtenção dos equipamentos necessários,

 Custos da contratação ou treinamento da equipa que deve fazer a instalação e


configuração da plataforma,

 Custos de manutenção de toda infraestrutura ao longo do tempo.

No caso, da existência de instituições com requesitos semelhantes, estas podem


dividrir o custo total da infraestrutura, e a utilizar em conjunto. Criando assim uma
nuvem comunitária. No entanto, isto gera uma outra preocupação com a localização.

No caso de nuvens comunitárias, a localização é um factor critico, como as


instituições devem estar em localizações separadas, a conexão a nuvem para pelo

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menos uma delas poderá criar um custo adicional, na obtenção de uma linha alugada
a um provedor de serviços de telecominiçoes. Em alternativa, uma conexão VPN
grátis pode ser utilizada, mas com velocidade limitada e com maior probabilidade de
falhas na conexão.

2.5. Selecão da plataforma a ser implementada

Depois da análise das vantagens na utilização da computação em nuvem no ensino,


da comparação entre os modelos de serviços e da compreensão das preocupações
que se deve ter em conta ao adotar serviços dem nuvem quer sejam públicos ou
privados.

Propoe-se a criação de nuvens comunitárias, entre instituições com mesmos


requesitos e interesses.

Apesar das preocupações com a conexao a nuvem, esta é a melhor forma de reduzir
os custos da plataforma e garantir que o desenvolvimento da mesma e dos serviços
disponibilizados sigam as tedencias actuais, para que as instituições de ensino
disponibilizem aos seus estudantes um nível de ensino mais elevado em relação ao
actual.

Alem disso, é preciso que as instituições relacionadas com tecnologias de


informação promovam a utilização da tecnologia e conhecimentos sobre o
desenvolvimento da mesma.

2.5.1. Vantagens da solução proposta

Com uma nuvem educacional comunitária, as instituições podem implementar todos


os softwares utilizados no processo de ensino, e disponibilizar aos seus estudantes e
professores para não que não tenham que passar pelos inconvenientes de comprar
computadores capazes de executar tais softwares, quer sejam de simulação,
desenvolvimento, CAD, ou qualquer outro.

Alem disso, para cadeiras que necessitam de virtualização de outros sistemas


operativos, também será mais simples executar os sistemas requeridos na nuvem,
em relação aos computadores pessoais.

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Uma outra vantagem é que os professores podem ter controlo sobre as actiidades
dos estudantes e interagir com os estudantes individualmente. Tambem será
possivel para os responsaveis da instituiçao monitorar os estudantes e os
professores.

2.5.2. Preocupaçoes com a solução

Uma preocupação com a solução pode ser o facto de que a criação de uma
plataforma para suportar a carga de todos estudantes ao mesmo tempo seja de
custo muito elevado, no entanto, níveis de controlo sobre quem acessa a nuvem
pode ser implementado para garantir que os estudantes apenas tenham acesso a
plataforma num tempo determinado para evitar a sobrecarga da plataforma.

Uma característica fundamental da computação em nuvem, que ajudara a resolver


este problema ao passar do tempo, é a capacidade de rapidamente aumentar
recursos computacionais para servir mais clientes (estudantes) quando necessário.
Isto vais permitir a criação de uma plataforma para a execução das tarefas básicas e
melhorar sempre que a obtenção de mais recursos computacionais é possível, o que
resultará numa melhoria na disponibilidade da plataforma aos estudantes, a medida
que o tempo passa.

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Conclusão

Uma coisa que é clara sobre a computação em nuvem, é que ela possui inúmeras
vantagens, incluindo a possibilidade de transformar os recursos computacionais em
serviços públicos. No entanto, ainda existem muitos fatores que dificultam uma
grande adoção da tecnologia no nosso país, principalmente os disponibilizados,
pelos provedores de nuvens publicas.

Considerando que esta é uma tecnologia que tem a probabilidade de existir por
muitos anos, devemos começar a achar formas de nos beneficiar e aproveitar o
máximo dela. A melhor forma de começar a utilizar é a partir das instituições de
ensino, já que é lá onde provavelmente sairá o poder humano capaz de transformar
a utilização da tecnologia no nosso país.

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Bibliografias

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[2] Y. Jadeja e K. Modi, Cloud computing - concepts, architecture and challenges,


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[3] Huth e J. Cebula; The Basics of Cloud Computing, Carnegie Mellon University,
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[4] T. Harris, Cloud Computing – An Overview.

[5] K. Curran e S. Carlin, Cloud Computing Technologies, Institute of Advanced


Engineering and Science, 2012

[6] Md. S. Khalid, Ph.D., S. Pedersen, L. Q. N. Braae, S. B. Hartmann, The


Potentials of Using Cloud Computing in Schools: A Systematic Literature Review. The
Turkish Online Journal of Educational Technology, 2017

[7] BV P. kumar, S. Kommareddy, N. Rani, Effective Ways Cloud Computing can


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[8] Dialogic Corporation, Introduction to Cloud Computing, Dialogic Corporation, 2017

[9] M. Portnoy, Virtualization Essenstials, second edition, Sybex (Wiley),


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[10] F. Xhafa, S. Caballé, L. Barolli; Advances on P2P, Parallel, Grid, Cloud


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[11] M. J. Kavis, Arquitecting the cloud – Design decisions for cloud computing
service Models (SaaS, PaaS and IaaS), Wiley (CIO series), 2014

[12] N. L. S. da Fonseca, R. Boutaba; Clod Services, Networking, and Management,


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[13] L. H. Etzkorn, Introdution to Middleware – Web Services, Object Components,


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[15] M. Cooter, the Ultimate Guide to Cloud Computing, Dennis Publishing Ltd, 2011

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