Você está na página 1de 35

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA
ENGENHARIA ELECTRÓNICA

Comunicaçao sem Fio

LTE – LONG TERM EVOLUTION

Discentes Docentes:
Bulande, BetuelLuís Engº Luís Massango
Langa, Edílio António EngºHelderBaloi
Mussa, David Cordeiro
Mussá, Abú João

Maputo, 22 de Maio de 2018


Índice
Introdução........................................................................................................................................1
Objectivos........................................................................................................................................1
1. Surgimento............................................................................................................................2
1.1. Problema:.......................................................................................................................2
1.2. Solução: LTE.................................................................................................................3
1.3. Descrição do LTE como solução para as limitações do UMTS....................................4
2. Diferenças com as outras arquiteturas......................................................................................4
2.1. Diferenças entre 4G e 1G..................................................................................................4
2.2. Diferenças entre 4G e 2G..................................................................................................5
2.2.1. GSM e DCS 1800......................................................................................................5
2.2.2. 2.5G - (GPRS e EDGE)............................................................................................5
2.3. Diferenças entre 4G e 3G..................................................................................................5
2.3.1. UMTS (Universal Mobile Telecommunications System).........................................5
2.3.2. 3.5G - High Speed Packet Access (HSPA)...............................................................5
2.4. A Tecnologia 4G...............................................................................................................6
3. Taxas de transmissão................................................................................................................6
4. Arquitectura e Interfaces..........................................................................................................6
4.1. UE e Interface LTE Uu.....................................................................................................7
4.2. E-UTRAN.........................................................................................................................9
4.2.1. eNodeB e Interfaces S1 e X2...................................................................................10
4.3. EVOLVED PACKET CORE (EPC)...............................................................................12
4.3.1. Mobility Management Entity (MME).....................................................................12
4.3.2. Serving Gateway (S-GW)........................................................................................14
4.3.3. PDN Gateway..........................................................................................................14
4.3.4. Home subscriber server (HSS)................................................................................15
5. Características Técnicas da Tecnologia.................................................................................16
6. Sinalização..............................................................................................................................17
6.1. Canais na rede LTE.........................................................................................................17
6.1.1. Estrutura dos canais na direcção de downlink.........................................................18
6.1.2. Estrutura dos canais de uplink.................................................................................18
6.2. Procura da célula.............................................................................................................19
6.3. Estabelecimento da conexão (acampamento) inicial......................................................21
6.4. Estabelecendo uma conexão rede de radio.....................................................................23
7. Handover................................................................................................................................24
7.1. A nível de eNode-B (interface X2).................................................................................25
7.2. A nível de MME (interface S1).......................................................................................26
8. Interconexão com UMTS e GSM...........................................................................................29
8.1. Interconexão com UMTS e GSM...................................................................................29
8.2. Interagindo com as redes CDMA2000............................................................................29
Conclusão......................................................................................................................................30
Bibliografia....................................................................................................................................31
Índice de Figuras
Figura 1 - Evolução de GSM e UMTS para LTE (SAUTE R, 2014)..............................................3
Figura 2 - Categorias de Transmissao de dados (SAUTE R, 2014)................................................6
Figura 3: Arquitectura Geral da LTE Fonte:(COX, 2014)..............................................................7
Figura 4: Arquitectura e Interfaces da LTE(SAUTE R, 2014)........................................................7
Figura 5: Estrutura Interna da UE - Fonte:(COX, 2014).................................................................8
Figura 6: LTE UE categories - Fonte (SAUTE R, 2014)................................................................8
Figura 7: Planos de Frequencias (SAUTE R, 2014)........................................................................9
Figura 8: Arquitectura da EUTRAN(COX, 2014)........................................................................10
Figura9: Rede de Transporte e Interfaces Fonte:(COX, 2014)......................................................12
Figura 10: Componentes Principais da EPC Fonte: (COX, 2014)................................................12
Figura 11 - Caracteristicas principais WCDMA e LTE (SAUTE R, 2014)..................................17
Figura 12 - Caracteristicas principais UMTS e LTE (core networks) (SAUTE R, 2014).............17
Figura 13 - Caracteristicas principais UMTS e LTE (redes de acesso) (SAUTE R, 2014)..........17
Figura 14 - Canais no Downlink (SAUTE R, 2014).....................................................................18
Figura 15 – Canais no uplink e Procedimento para fazer o RACH (SAUTE R, 2014).................19
Figura 16 - Procedimentos para estabelecer a primeira conexão (SAUTE R, 2014)....................22
Figura 17 - Estabelecendo uma conexão rede de radio (SAUTE R, 2014)...................................24
Figura 18 - Handover a nivel de eNode-B (SAUTE R, 2014).......................................................26
Figura 19 - Handover a nivel MME (SAUTE R, 2014)................................................................28
Figura 20 - Interconexão com UMTS e GSM (SAUTE R, 2014).................................................29
Figura 21 - Interconexão com CDMA2000 (SAUTE R, 2014).....................................................29
Introdução

O presente relatório é um trabalho de pesquisa que tem como tema Quarta Geração de
Telefonia Móvel (LTE). As redes 4G, embora ainda não implementadas em Moçambique, tem
sido uma realidade em alguns países do mundo, e traz grandes melhorias em relação as gerações
anteriores, oferecendo experiências de alta qualidade aos usuários como por exemplo alta
velocidade de transmissão de dados, bem como a capacidade de visualizar vídeos em alta
definição a partir de um dispositivo móvel, e menor latência na conexão.

No presente trabalho esse tema está dividido em 9 subcapítulos, visando a falar do seu
surgimento, arquitetura, funcionalidade, características, diferenças com as outras redes,
sinalização eroaming, taxas de transmissão, entre outros aspectos. No fim o trabalho apresenta a
conclusão e as referênciasbibliográfi

Objectivos

 Objectivo Geral
Falar sobre a Quarta Geração de Telefonia Móvel (LTE).

 Objectivos específicos
 Falar sobre o surgimento;
 Mostrar e descrever a arquitetura;
 Falar sobre os blocos funcionais;
 Falar sobre as características técnicas da tecnologia;
 Comparar com as tecnologias anteriores;
 Estudar a sinalização e taxas de transmissão.

1
1. Surgimento

A quarta geração da telefonia móvel surge para substituir a rede 3G, por esta estar se
tornando obsoleta nos dias de hoje. As pessoas estão cada vez mais consumindo informação e
isso acontece em todo lugar com um smartphone, tablet, ou qualquer outro dispositivo móvel.
Apesar da evolução constante, a Universal Mobile TelecommunicationsSystem (UMTS),
encontrou um número limitações semelhante ao que aconteceu com o GSMe GPRS. Para a
UMTSesta limitação foi a necessidade de taxas de transmissão mais altas devido ao crescimento
do uso de dados móveis e diminuição de laténcia para serviços de tempo crítico (ex. serviço de
video chamadas). A Third Generation Partnership Project (3GPP) então decide redesenhar tanto
a Radio Network e a Core Network. Este resultado é comumente referido como ‘Long-Term
Evolution’(ou LTE – Evolução a Longo Prazo).

As principais melhorias em relação a UMTS devem se ao seguinte facto:

A UMTS foi projectada para funcionar com uma interface aerea com uma portadora de
5MHz de largura de banda usando Wideband Code Division Multiple Access (WCDMA), que
mostrava um bom desempenho dentro dos limites para o qual foi projectado o UMTS, todavia
não permite aumento da taxa de transmissão muito bem devido ao problema abaixo.

1.1. Problema:

 Aumentar a largura de banda da portadora para obter taxas mais altas implica diminuição
de transmission steps;
 Quanto mais pequeno for o transmission step maior será o efeito do multipath fading (i.é.
desvanescimento devido ao caminho de transmissão).
 Quanto maior o multipath fading e o número de sinais que chegam ao terminal mais
difícil se torna a decodificação/recepção correcta do sinal.

2
1.2. Solução: LTE

 Diversidade de posição (diversidade de antena) para combater o desvanescimento –


MIMO;
 Mudança do esquema de modulação e do modo de acesso – OFDM, 16QAM&64QAM
no terminal, TDD/FDD;
 C=Blog(1+SINR).

Na figura abaixo mostra a evolução que as redes anteriores sofreram para dar origem ao LTE que
inclui:
 Evolução da Arquitetura do Sistema (SAE) com enfoque na Core Network;
 Evolução de Longo Prazo (LTE), que cobriu a rede de acesso de rádio, interface aérea e
móvel.

Figura 1 - Evolução de GSM e UMTS para LTE (SAUTE R, 2014)

Oficialmente, todo o sistema é conhecido como o sistema de pacotes evoluídos (EPS do inglês
EvolvedPacketSystem), enquanto o acrônimo LTE refere-se apenas à evolução da interface
aérea. Apesar desse uso oficial, o LTE se tornou um nome coloquial para todo o sistema e é
regularmente usado dessa forma pelo 3GPP.

3
1.3. Descrição do LTE como solução para as limitações do UMTS

LTE usa OFDM1 que transmite numa narrow band (banda estreita) de 180kHz em vez de
uma única transmissão de alta velocidade, data stream (fluxo de dados) é dividido em pequenos
streams transmitidos simultaneamente a uma velocidade mais baixa conseguindo assim taxas de
transmissão comparáveis às do UMTS todavia o efeito muiltipath é minimizado grandemente
quando comparado com o mesmo efeito na mesma largura de banda UMTS.
Para aumentar a velocidade global o canal de transmissão é alargado por aumentar o número
de portadoras de banda estreita sem precisar modificar os parámetros do canal propriamente dito.
Os terminais devem possuir suporte à transmissões MIMO 2 permitindo transmissão de data
streams simultaneamente na mesma portadora.
O LTE usa FDD3 e TDD4 para separar o downlink do uplink; outra grande mudança é o uso
exclusivo do IP (Internet Protocol) e também suporte à VoLTE para chamadas no LTE puro e
Circuit Switched Fallback (CSFB) para passar as chamadas de voz a UMTS/GSM.

2. Diferenças com as outras arquiteturas

A partir da 2G a comunicação de voz já é boa, daí a taxa de transmissão de voz (64KBps)


não precisar de se alterar durante a evolução das redes. As redes evoluem buscando
principalmente maior taxa de transmissão de dados para a troca de informações. Mas para além
desse ascpecto existe a questão de segurança, pouca interferência, pouca robustez dos
equipamentos, simplicidade nos processos, entre vários outros aspectos.

2.1. Diferenças entre 4G e 1G

A quarta geração é uma realidade bastante distante quando comparada a 1G.

• A primeira geração permitia apenas a transmissão de voz;

1
Orthogonal Frequency Division Multiplexing
2
Multiple Input Multiple Output
3
FrequencyDivision Duplex – usa uma frequencia no Uplink e outra no Downlink
4
Time Division Duplex (TDD) – usa uma única portadora sendo o uplink e downlink separados no tempo, i.e. em
time slots diferentes

4
• Tinha fraca qualidade de voz devido a interferências (faziam-se muito poucas chamadas
em simultâneo);

• Muito baixa mobilidade (não há reutilização de frequências);

• Equipamentos robustos e analógicos.

2.2. Diferenças entre 4G e 2G

2.2.1. GSM e DCS 1800

• Taxa de transmissão de dados até 9.6Kbps;

• São digitais (modulação GSMK);

• Há só comutação de circuitos (cobra-se pelo tempo);

• Foi nesta geração que surgiu o sistema de mensagens curtas (SMS).

2.2.2. 2.5G - (GPRS e EDGE)

• Conseguem taxas que vão até 384 kbps;

• Há comutação de pacotes;

• Modulação GSMK e 8PSK.

2.3. Diferenças entre 4G e 3G

2.3.1. UMTS (Universal Mobile Telecommunications System)

• Taxas de transmissão ate 2Mbps;

• Introduz-se o conceito de soft handover .

2.3.2. 3.5G - High Speed Packet Access (HSPA)

• Taxas de transmissão de dados até 14,4Mbps;

5
• Uso de CDMA como tecnica de acesso;

• MS passa para EU;

2.4. A Tecnologia 4G

A tecnologia 4G vem sobretudo melhorar aspectos relacionados com a transmissão de dados


daí ela ser exclusivamente dedicada a comutação de pacotes. As novas caracteristicas desta
tecnologia serão discutidas no desenrolar do trabalho.

3. Taxas de transmissão

A tecnologia 4G permite que os dados trafeguem a uma velocidade de 300bps no downlink e


150Mbps no uplink com um espectro de 20Mhz. Importa realçar que esses são dados
experimentais, portanto, tidos em casos ideias de uso da rede. E ainda, essa tecnologia apresenta
um tempo de latência de na ordem de dezenas (10 – 30ms.)

A transmissão de dados pode ser feita em 5 categorias possíveis, como mostra a tabela
abaixo. Pode-se observar que maior o numero de antenas maior é a taxa de transmissão.

Figura 2 - Categorias de Transmissao de dados (SAUTE R, 2014)

4. Arquitectura e Interfaces

A arquitectura geral da LTE é composta basicamente de três componentes principais,


nomeadamente a User Equipment (UE), a Evolved UMTS Terrestrial Radio Access Network (E-
UTRAN) e a Evolved Packet Core (EPC). A EPC comunica-se com outras redes como a
Internet, redes corporativas ou a IMS (IP Multimedia Substystem). As interfaces entre as
diferentes partes são Uu, S1 and SGi.

6
Figura 3: Arquitectura Geral da LTE Fonte:(COX, 2014)5

Figura 4: Arquitectura e Interfaces da LTE(SAUTE R, 2014)

4.1. UE e Interface LTE Uu

De acordo com (COX, 2014), estrutura interna do UE é idéntica à da arquitectura


GSM/UMTS. A UE também chamada de Mobile Equipment (ME) pode ser basicamente
dividida em duas componentes básicas nomeadamente:

 Terminal Equipment (TE) – que é o equipamento onde termina o fluxo de dados (data
steam);
 Mobile Termination (MT) – que é encarregue em funções de comunicação, ex. uma carta
de rede de um laptop.
5
As figuras 3 e 4 estão no livro

7
Por outro lado tem-se a Universal IntegratedCircuitCard(UICC)que é o cartão correndo a
aplicação USIM suportando cartões do UMTS e não do GSM(COX, 2014), todavia de acordo
com (SAUTE R, 2014) maioria de dispositivos LTE suportam GSM portanto terão de suportar o
seu SIM.Adicionalmente LTE suporta ME com IP versão 4 e 6

Figura 5: Estrutura Interna da UE - Fonte:(COX, 2014)

A UE na LTE suporta modulação 64QAM6 no downlink, diversidade de antena,


16-QAM/64QAM no Uplink e tecnologia MIMO de acordo com a categoria a que UE pertence
confome tabela abaixo:

Figura 6: LTE UE categories - Fonte (SAUTE R, 2014)

A UE comunica-se com o eNode B atravez da interface LTE Uu, que é a interface aerea da
LTE pois é nela que é estabelecido o link de rádio entre a eNodeB e a UE.A LTE não possui
bandas mandatórias de frequência dependendo do local e das políticas adoptadas por cada país.
Assimna Figura 7 vem o plano de frequências usadas em alguns países extraídos do (SAUTE R,
2014).

6
Quadrature Amplitude Modulation

8
Figura 7: Planos de Frequencias (SAUTE R, 2014)

4.2. E-UTRAN

A E-UTRAN trata de comunicações a nível de rádio entre o dispositivo móvel (UE) e a


EPC e consiste apenas de um componente a evolved Node B (eNodeB). Cada eNode B é uma
base station que controla uma ou mais células. A UE comunica com apenas uma base station e
uma célula de cada vez, então não há equivalente soft handover do UMTS.

Figura 8: Arquitectura da EUTRAN(COX, 2014)

9
4.2.1. eNodeB e Interfaces S1 e X2

a) eNodeB: A eNode B é constituida basicamente por:


 Antenas – irradiam e recebem sinais;
 Módulos de Rádio –modulam/demodulam o sinal recebido na interface aereaUu(LTE
Radio Units também chamado RRU7);
 Módulos Digitais – processam todos sinais transmitidos/recebidos e funciona como
interface à core network (BackhaulSwitch e BBU8)

A eNode B uma “evolução” da nodeB pois executa parte das funções da RNC da UMTS sendo
portanto responsável pelas seguintes funções:

 Gestão de Utilizadores em geral e gestão dos recursos de rádio;


 Garantir que o grau de serviço com redução da latência e minimização largura de banda
para aplicações de tempo real e aplicações de segundo plano dependentes do user profile;
 Para balanceamento de cargas entre diferentes e simultaneos bearers de rádio de
diferentes users;
 Gestão de Mobilidade;
 Gestão de interferência para reduzir o impacto da transmissão em downlink nas base
stations visinhas e em casos de estar na margem da célula (cell edge scenarios).

b) Interface S1: A interface entre a Base Station e a Core Network é feita através da S1 que
pode ser um cabo de cobre ou fibra de alta velocidade ou ainda por um link de
microondas. S1 é dividido em duas partes, nomeadamente:
 S1 – UP (User Plane) – transporta os dados do utilizador onde pacotes de dados IP são
colocados num tunnel por um link IP semelhante a usado em GPRS, assim recorre-se ao
GTP9 para permitir continuidade de handover (seamless handovers);
 S1 – CP (Control Plane) – conecta a eNode B à Core Network para permitir interação
entre os dois para enviar o estado da conexão e receber informação de configuração da
Core Network, ou seja é usado para mensagens de sinalização.

7
Radio Remote Unit
8
Baseband Control Unit
9
General Packet Radio Service Tunneling Protocol

10
c) Interface X2: Em LTE, foi removido o RNC/BSC e parte das suas funcionalidades
forma incorporadas na eNodeB para reduzir a latência e distribuir as funções de gestão já
que necessitariam de mais recursos se fossem tratados centarlmente num nó mais alto da
rede. Como resultado usa-se a interface X2 por duas razões:
 Handovers são agora controladas pela base statio – se a célula de destino é conhecida via
X2 as células comunicam directamente entre si, caso contrário a Core Network através da
interface S1 é obrigada a realizar o handover;
 Coordenação da Interferência (interference coordination) – X2 é usado para mitigar a
interferência entre cêlulas visinhas quando o nível de recepção na UE interferem-se.
 A relação entre base stations pode ser configurada de antemão pelo operador ou
detectada pelas proprias base stations através da ANR 10 que requere suporte activo dos
dispositivos móveis pois as base stations não podem detectar directamente uma a outra
pela interface aerea.

Figura9: Rede de Transporte e Interfaces Fonte:(COX, 2014)

4.3. EVOLVED PACKET CORE (EPC)

A Evolved Core Network (e-CN) também chamada de EvolvedPacket Network (EPC) visto que
retirou-se a comutação de circuitos e a rede tornou-se exclusivamente de comutação de pacotes é
constituido basicamente de quatro entidades: o HSS, MME, P-GW e o S-GW.

10
AutomaticNeighborRelation

11
Figura 10: Componentes Principais da EPC Fonte: (COX, 2014)

4.3.1. Mobility Management Entity (MME)

Controla operações de alto nível da UE enviando mensagens de sinalização sobre gestão do


fluxo de dados e segurança que não estão relacionados com comunicações a nível de rádio.
(COX, 2014)
Este nó é responsável por toda troca de sinalização entre as base stations e a Core Network
ou Evolved Packet Core e entre users e a Core Network.(SAUTE R, 2014)
MMEs são semelhantes a SGSN da GERAN. A grande diferença entre as duas
entidadesconsiste no facto de que enquanto SGSN também é responsável por enviar dados do
utilizador entre Core Network e Radio Network, a MME trata apenas de sinalização e deixa o
tratamento dos dados do utilizador para a Serving Gateway (S-GW)
Em grandes redes geralmente existem muitas MME para redundância e para suportar a
quantidade de sinalização e são responsáveis pelas seguintes tarefas:
 Autenticação: quando um assinante LTE se conecta pela primeira vez à rede LTE, o
eNodeB comunica-se com a MME através da interface S1 que ajuda a trocar informação
entre a UE e a MME, de seguida a MME pede informação de autenticação à Home
Subscriber Server (HSS) que autentica o subscritor (assinante). Uma vez concluída a
autenticação A MME envia a chave de encriptação ao eNodeB para que sinalização
futura a nivel da interface aérea possa ser cifrada.
 Estabelecimento de Bearers (portadoras): a MME não está envolvida directamente
com a troca de dados do utilizador entre o dispositivo e a internet. Ela comunica outros
nós do Core Network para estabelecimento de um tunnel IP entre a eNodeB e o gateway

12
para Internet. Todavia é responsável por selecionar o gateway router para internet se
existir mais de um.
 Gestão de Mobilidade NAS – se o movel estiver dormente (estado idle) por uma
duração prolongada (tipicamente 10-30 segundos) os recursos de radio na interface aerea
são liberados. O dispositivo estará livre de realizar roaming entre diferentes bases stations
da mesma TrackingArea (TA) sem notificar a rede para conservar a capacidade da bateria
e reduzir sinalização na rede. Quando pacotes chegam neste estado, a MME envia
mensagens de paging a todas eNodeB que fazem parte da TA doUE. Uma vez que a UE
responde ao paginga (s) portadora(s) são reestabelecidas.
 Suporte à Handover: No caso em que não existe uma interface X2 entre as eNodeB, a
MME ajuda a realizar o handover das mensagens entre as eNodeB’s envolvidas.
 Interconexão entre radio networks: quando a UE chega ao limite ca cobertura LTE, a
eNodeB pode decidir para realizar handover para uma rede GSM ou UMTS ou mudar a
célula, em ambos caso a MME media esta transferencia.
 Suporte a Voz e SMS – apesar da LTE ser uma rede puramente de IP algumas
funcionalidades requerem suporte tradicional tal como servicos de voz e sms, Core
Networks de comutação de circuitos não podem simplesmente serem mapeados a LTE

4.3.2. Serving Gateway (S-GW)

É um roteador de alto nível que envia dados entre a base station e a PDN gateway. É
responsável por gerir data tunnels entre as eNodeB a nivel de rádio e a PDN-GW que é um
gateway para a internet. No lado de rádio ele termina os S1-UP GTP tunnels e no lado da Core
Network termina os S5-UP GTP tunnels para o gateway para internet.

4.3.3. PDN Gateway

O gateway de Rede de Dados por Pacotes (P-GW) é o ponto de contato do EPC com o
mundo externo. Através da interface SGi, cada gateway PDN troca dados com um ou mais
dispositivos externos ou redes de dados por pacotes, tais como os servidores da operadora de
rede, a Internet ou o Subsistema Multimídia IP (IMS) e algumas operadoras de rede também o

13
utilizam para interconectar-se a intranets de grande porte em um túnel criptografado para
oferecer aos funcionários dessas empresas acesso direto a suas redes internas privadas.O PDN-
GW termina a interface S5no plano do usuário, isso significa que os pacotes de dados para um
usuário são encapsulados em um túnel S5 GTP e encaminhados para o S-GW, que atualmente é
responsável por esse usuário.
O S-GW encaminha os pacotes de dados pela interface S1 para o eNode-B que atualmente
atende ao usuário, a partir do qual é enviado pela interface aérea para o dispositivo móvel do
usuário. O PDN-GW também é responsável por atribuir endereços IP a dispositivos móveis.
Quando um dispositivo móvel se conecta à rede depois de ser ligado, o eNode-B entra em
contato com o MME como descrito acima. O MME, em seguida, autentica o assinante e solicita
um endereço IP do PDN-GW para o dispositivo. Para este propósito, o protocolo do plano de
controle S5 é usado.
Cada rede de dados de pacote é identificada por um nome de ponto de acesso (APN). Um
operador de rede geralmente usa um conjunto de APNs diferentes; por exemplo, um para a
internet e outro para o subsistema de multimídia IP. Cada dispositivo móvel é atribuído a um
gateway PDN padrão quando é ligado pela primeira vez, para fornecer conectividade sempre
ativa a uma rede de dados de pacote padrão, como a Internet. Posteriormente, um dispositivo
móvel pode ser atribuído a um ou mais gateways PDN adicionais, se desejar conectar-se a redes
adicionais de dados por pacotes, como redes corporativas privadas ou o subsistema multimídia
IP. Cada gateway PDN permanece o mesmo durante toda a vida útil da conexão de dados.

4.3.4. Home subscriber server (HSS)

A LTE compartilha seu banco de dados de assinantes com GSM e UMTS. Nesses sistemas,
o banco de dados é chamado de Home Location Register (HLR) e a Mobile Application Part
(MAP) é usada como o protocolo entre o centro de comutação móvel (MSC) e o SGSN de um
lado e o HLR do outro lado. No LTE, um protocolo baseado em IP, denominado DIAMETER, é
usado para trocar informações com o banco de dados. Além disso, o nome do banco de dados foi
alterado para HSS. Na prática, no entanto, o HLR e o HSS são fisicamente combinados para
permitir roaming perfeito entre as diferentes redes de acesso de rádio. Cada assinante tem um
registro no HLR / HSS e a maioria das propriedades é aplicável para comunicação em todas as
redes de acesso de rádio.

14
Os parâmetros mais importantes do usuário no HSS são:

• A Identidade de Assinante Móvel Internacional (IMSI) do usuário, que identifica


exclusivamente um assinante. O IMSI implicitamente inclui o Mobile Country Code
(MCC) e o Mobile Network Code (MNC) e, portanto, é usado quando o usuário está em
roaming no exterior para encontrar a rede doméstica do usuário para contatar o HSS. Uma
cópia do IMSI é armazenada no cartão do módulo de identidade do assinante (SIM) do
assinante;
• Informações de Autenticação usadas para autenticar o assinante e gerar chaves de
criptografia em uma sessão;
• Propriedades de Serviços de Comutação de Circuitos, como o número de telefone do
usuário, referido como número da Rede Digital de Serviços Integrados de Assinantes
Móveis (MSISDN), e os serviços que o usuário tem permissão para usar, como SMS,
encaminhamento de chamadas e assim por diante. Enquanto o MSISDN é usado para
alguns fins no LTE, os outros valores são principalmente de interesse, enquanto o usuário
está conectado ao GSM ou UMTS;
• Propriedades de Serviço de Comutação de Pacotes, como os Nomes de Ponto de Acesso
(APNs) que o assinante tem permissão para usar, que, por sua vez, referencia as
propriedades de uma conexão com a Internet ou outra rede de dados de pacote externa,
como o throughput máximo;
• Informações específicas do IMS;
• O Identificador do MSC atual servindo para que as chamadas de comutação de circuito
recebidas e mensagens SMS possam ser roteadas corretamente;
• O Identificador do SGSN ou MME, que é usado caso o perfil HSS do usuário seja
atualizado para enviar as alterações para esses elementos de rede.

5. Características Técnicas da Tecnologia

A principal saída do estudo para a evolução a longo prazo foi uma especificação de
requisitos para a interface aérea, na qual os requisitos mais importantes foram os seguintes. O

15
LTE foi solicitado a fornecer uma taxa de dados de pico de 100 Mbps no downlink e 50 Mbps no
uplink. Esse requisito foi excedido no sistema eventual, que fornece taxas de dados de pico de
300 Mbps e 75 Mbps, respectivamente. Para comparação, a taxa de dados de pico do WCDMA,
no Release 6 das especificações do 3GPP, é de 14 Mbps no downlink e de 5,7 Mbps no uplink.

Existem também requisitos de cobertura e mobilidade. O LTE é otimizado para tamanhos de


célula de até 5 km, trabalha com desempenho degradado de até 30 km e suporta tamanhos de
célula de até 100 km. Ele também é otimizado para velocidades móveis de até 15 km / h, trabalha
com alto desempenho de até 120 km / h e suporta velocidades de até 350 km / h. Outro requisito
é o tempo de latência (entre 10 e 30ms). Finalmente, o LTE é projetado para trabalhar com uma
variedade de larguras de banda diferentes, que variam de 1,4 MHz até um máximo de 20 MHz.

As figuras abaixo mostram de forma resumida as características da tecnologia LTE e


WCDMA e UMTS.

Figura 11 - Caracteristicas principais WCDMA e LTE (SAUTE R, 2014)

Figura 12 - Caracteristicas principais UMTS e LTE (core networks) (SAUTE R, 2014)

16
Figura 13 - Caracteristicas principais UMTS e LTE (redes de acesso) (SAUTE R, 2014)

6. Sinalização

6.1. Canais na rede LTE

Toda sinalização da camada superior e o trafego de dados do utilizador são organizados em


canais. As redes 4G apresentam canais lógicos, de transporte e físicos, estruturados de forma
diferente no downlink e uplink com o objectivo desses canais é de oferecer diferentes “tubos”
(caminhos ou canais) na sua camada logica e separar o fluxo de dados lógicos das propriedades
dos canais físicos abaixo. Os canais são estruturados tanto em downlink como em uplink:

6.1.1. Estrutura dos canais na direcção de downlink

Na camada logica, dados para cada utilizador são transmitidos num canal logico de trafego
dedicado (DTCH). Cada utilizador tem um DTCH. Porem, precisa-se mapear os canais DTCH, e
isso faz-se em dois passos. Primeiro os canais DTCH são mapeados para uma camada de
transporte por um canal de downlink compartilhado (DL-SCH). E em segundo, esse fluxo de
dados é mapeado para um canal físico de downlink compartilhado (PDSCH). Os canais DTCH e
DCCH são multiplexados no DL-SCH antes de serem mapeados no PDSCH. Aqui, no DL-SCH,
multiplexa-se também a maioria das informações específicas da celula que são enviadas ao canal
logico de controlo de transmissão (BCCH).

Em LTE, todos os fluxos de dados na camada superior são mapeados no canal físico
compartilhado, incluindo o canal de controlo de paging (PCCH). O PCCH é primeiro mapeado
na camada de transporte no canal de paging (PCH), que é então mapeado na camada física no
canal PDSCH.

Informações de pequenos números de parâmetros do sistema que são requeridos pelo mobile
para sincronizar-se com a célula. São transmitidos no canal físico de broadcast (PBCH).

17
Figura 14 - Canais no Downlink (SAUTE R, 2014)

6.1.2. Estrutura dos canais de uplink

No uplink, um modelo similar ao do downlink é usado. O canal PUSCH tem a tarefa de


carregar dados do utilizador assim como informações de sinalização e feedback da qualidade do
sinal. Essas três informações são mapeadas no canal de transporte UL-SCH, que depois as
direciona para três canais diferentes da camada superior. DTCH para os dados, DCCH para
informações de sinalização e CCCH para controlo de qualidade de sinal.

A sincronização e a requisição de acessos no uplink é feito através de um procedimento de


acesso aleatório através do canal físico de acesso aleatório PRACH. Esse troca informações com
o canal da camada de transporte compartilhado RACH sobre critérios de acesso e permite ou não
o acesso do usuário. A resposta é dada pelo canal PDSCH, e móvel passa a trocar informações de
identificação pelo mesmo canal que depois responde.

Figura 15 – Canais no uplink e Procedimento para fazer o RACH (SAUTE R, 2014)

18
6.2. Procura da célula

Salientar que - cada acção de usuário, como navegar na internet, enviar fotos ou baixar
vídeos, gera mensagens de sinalização que trafegam pela rede. Gerenciar estas comunicações
usa-se o protocolo Diameter. Para que um móvel se conecte a rede enfrentara vários
procedimentos.

Quando um mobile é ligado ele logo procura uma rede confortável e com boa qualidade e
tenta se acampar. Para acelerar esse processo o SIM já vem com informações internas sobre as
portadoras com maior potência em um campo de acesso a tecnologia. Com esse campo o
operador da rede pode instruir ao mobile que tecnologia (GSM,UMTS ou LTE) procurar
primeiro para depois proceder ao registro. Se o cartão for antigo, então ele não tem o campo
LTE, portanto ainda que haja uma rede LTE forte próxima ao mobile ele não vai aceder,
primeiro ira aceder a redes disponíveis no campo de tecnologias de acesso (GSM ou UMTS) e só
depois de efectuar o registro é que vai comutar para a rede LTE. Se o cartão actualizado, então o
mobile tem o campo LTE, e, portanto, ira procurar primeiro a rede LTE e usar esta tecnologia
para se registrar.

Para encurtar esses procedimentos o mobile guarda informações dos parâmetros da última
célula por ele acampada. Quando o mobile é ligado vai directamente a última célula registrada
encurtando assim o procedimento acima descrito.

No caso de não encontrar a ultima célula acampada antes de se desligar o mobile faz uma
busca completa da célula por acampar. Recorrendo aos seguintes procedimentos:

1. O mobile procura todos canais em todas bandas frequências suportadas para um primeiro
sinal e tenta captar um PSS que é transmitido a cada 5ms;
2. Uma vez encontrado, o mobile permanece no canal e localiza o SSS que também se
transmite a cada 5ms;
3. Depois de receber o PSS e o SSS, o sinal detecta um PCI (physical cell identint) muito
importante para distinguir células que transmitem a mesma frequência;
4. A seguir lê-se o MIB (Master Information Block) no PBCH transmitido a cada 40ms, o
MIB tem informações sobre a configuração do canal;
5. Tendo o MIB o mobile procura o SIB-1 (System Information Block) no PDCCH que é
transmitido a cada 80ms, o SIB-1 contem informações como:
 O MCC e MNC da célula;
 O identificador de célula NAS que é similar ao cell-ID em GSM e UMTS;
 O Tracking Area Code (TAC), que corresponde as áreas de localização e
roteamento em GSM e UMTS;

19
 Status de barramento da célula, para saber se a célula pode ou não ser usada;
 Nível mínimo de recepção (q_RxLevMin) que o mobile deve receber a celula;
 Uma lista dos outros SIB´s que são enviados e seus intervalos.
6. Tidas estas informações o mobile decide se pretende ficar ou não nesta célula. Caso não
procura outra pelo mesmo procedimento.

20
6.3. Estabelecimento da conexão (acampamento) inicial

O primeiro passo é encontrar uma célula adequada e detectar todos os parâmetros necessários
para aceder a rede, conforme descrito na seção anterior. O procedimento de acampamento
começa:

1. Primeiro faz-se o pedido de recursos no canal compartilhado de uplink por meio de um


pedido no RACH. Uma vez este procedimento foi realizado, o dispositivo móvel é
conhecido pelo eNode-B e tem sido atribuído uma Identidade Temporária de Rede de
Rádio Celular (C-RNTI).
2. Em seguida, o dispositivo móvel deve estabelecer um canal RRC para que possa trocar a
sinalização mensagens com o eNode-B e a rede principal. Isso é feito enviando uma
conexão RRC solicitar mensagem à rede.
3. Se o acesso for concedido a rede responde com uma mensagem de configuração de
conexão RRC, que contém parâmetros de atribuição para um portador de sinalização de
rádio dedicado (SRB-1) que é a partir desse momento usado para transferir Mensagens
RRC para o eNode-B.
4. Na próxima etapa, o dispositivo móvel retorna uma mensagem de configuração completa
da conexão RRC eNode-B. Na parte RRC da mensagem, o dispositivo móvel informa o
eNode-B ao qual MME foi conectado pela última vez. Se não houver informações sobre
o MME anterior é dado, o eNode-B seleciona um por conta própria.
5. A mensagem de configuração da conexão RRC completa também contém uma
mensagem NAS incorporada, Mensagem de Pedido de acampamento real, que o eNode-B
transmite de forma transparente para o MME que tem selecionado. Parte da mensagem é
a Identidade Temporária Exclusiva Global, ou GUTI, abreviada. É o mesmo que o TMSI
de pacotes no UMTS e é um identificador temporário em que o dispositivo foi atribuído
quando foi previamente conectado à rede. Isso permite que o MME localize registro do
assinante em seu cache ou para localizar o MME no qual o dispositivo estava conectado
para que ele possa informar o antigo MME que o dispositivo mudou sua localização e
recuperar o perfil de assinatura do usuário.
6. A conexão de sinalização é então usada para autenticação mútua entre a rede e o
dispositivo móvel. Isso efetivamente impede um ataque man-in-the-middle. Após o
procedimento de autenticação, o MME envia uma mensagem de Comando do Modo de
Segurança para ativar a verificação de integridade e, opcionalmente, a criptografia de
todas as mensagens entre o MME e o dispositivo móvel.
7. Uma mensagem de Comando de Segurança Concluída conclui a transação e todas as
sinalizações adicionais as mensagens são enviadas com uma soma de verificação de
integridade e são opcionalmente criptografadas.
8. Depois que o assinante é autenticado, o MME confirma a autenticação bem-sucedida para
o HSS enviando uma mensagem de solicitação de local de atualização para o HSS, que
responde com atualizar reconhecimento de localização.

21
9. O eNode-B pede ao dispositivo móvel para fornecer uma lista das suas funcionalidades
de interface aérea suportadas com um inquérito de capacidade do UE.
10. O dispositivo móvel responde à mensagem com uma mensagem de informação de
capacidade de UE que contém informação tais como as tecnologias de rádio suportadas
(GSM, UMTS, CDMA, etc.), banda de frequência suporte de cada tecnologia, suporte de
compressão de cabeçalho RoHC (por exemplo, para VoIP) e informações no suporte a
recursos opcionais. Esta informação ajuda o eNode-B mais tarde a selecionar o melhor
parâmetro de interface aérea para o dispositivo e também ajuda a selecionar a banda e
radio das medições de tecnologia que devem ser configuradas para que o dispositivo
possa detectar outras redes para uma entrega quando deixa a área de cobertura LTE. Esta
informação também é encaminhada para o MME.

Figura 16 - Procedimentos para estabelecer a primeira conexão (SAUTE R, 2014)

22
6.4. Estabelecendo uma conexão rede de radio

1. Após o contexto para o usuário ter sido estabelecido na rede principal, o MME responde
a a solicitação inicial de acampamento com uma mensagem de solicitação de
configuração de contexto inicial, que inclui anexe a mensagem Accept.
2. Na interface S1 entre o MME e eNode-B, esta mensagem inicia o procedimento de
estabelecimento de um túnel de dados do usuário entre o eNode-B e servindo-GW. Inclui
a Identidade do Ponto Final do Túnel (TEID) utilizada no Serving-GW para esta conexão.
Isso é feito pelo eNode-B enviando uma mensagem de reconfiguração de conexão RRC
para o dispositivo móvel.
3. Anteriormente durante o processo de anexação, um portador de rádio de sinalização
(SRB-1) foi estabelecido para as mensagens de sinalização. Com esta reconfiguração de
conexão, uma segunda portadora de rádio de sinalização é estabelecida para mensagens
de sinalização de menor prioridade e um Portadora (DRB) para os pacotes IP do usuário.
A mensagem também inclui duas outras mensagens NAS, a mensagem Attach Accept e a
mensagem Activate Default Bearer Context Request. Estes As mensagens configuram as
camadas de protocolo mais altas do dispositivo na pilha de protocolos de rádio. Além do
que, além do mais, esta etapa também é usada para atribuir o endereço IP ao dispositivo
móvel para comunicação com o Internet e outros parâmetros.
4. Depois que a parte RRC da pilha de protocolos tiver sido configurada, o dispositivo
móvel retornará uma mensagem de Reconfiguração de Conexão RRC Concluída para o
eNode-B. Isso desencadeia a confirmação do estabelecimento da sessão na interface S1
com uma configuração de contexto inicial mensagem de resposta.
5. Depois que o celular também configurou a parte do plano do usuário da pilha de
protocolos, ele retorna uma mensagem Attach Complete para o eNode-B, que inclui o
portador padrão de ativação Mensagem completa. Ambas as mensagens são destinadas ao
MME.
6. A etapa final do procedimento de anexação é finalizar o estabelecimento do túnel de
dados do usuário a interface S1 entre o servindo-GW e o eNode-B. Até agora, apenas o
eNode-B é ciente do TEID sobre o serviço-GW, porque recebeu esta informação na
mensagem de solicitação de configuração de contexto. Neste ponto do procedimento, o
MME pode agora informar o Serving-GW do TEID que o eNode-B atribuiu em seu lado
para o túnel de dados do usuário com uma mensagem Modify Bearer Request. A porção-
GW armazena o TEID do eNode-B para este túnel e agora pode encaminhar qualquer
pacote IP de entrada para o usuário sobre o túnel correto para o eNode-B. Neste ponto, a
conexão está totalmente estabelecida e o dispositivo móvel pode agora enviar e receber
pacotes IP de e para a Internet através do eNode-B, o servindo-GW e o PDN-GW.

A figura a baixo descreve esses procedimentos:


23
Figura 17 - Estabelecendo uma conexão rede de radio (SAUTE R, 2014)

7. Handover

Em LTE o handover pode dar-se em dois senários a nível de eNode-B (interface X2), quando os
eNode-B estão em serie na mesma MME e a nível de MME (interface S1) quando os eNode-B não estão
na mesma MME:

7.1. A nível de eNode-B (interface X2)

1. Com base nos relatórios de medição a partir do dispositivo móvel no nível de recepção da célula
atual e as células vizinhas, o eNode-B pode tomar a decisão de entregar a conexão contínua com
outro eNode-B.

24
2. O primeiro passo neste processo é uma mensagem de Pedido de Transferência da origem eNode-
B para o eNode-B de destino, que contém todas as informações relevantes sobre o assinante e
todas as informações relevantes sobre a conexão com o dispositivo móvel.
3. O eNode-B alvo então verifica se ainda tem os recursos necessários para lidar com o
assinante adicional.
4. Se o eNode-B destino concede acesso, ele se prepara selecionando um novo C-RNTI para
o dispositivo móvel e reserva recursos no uplink para que o dispositivo móvel possa
executar um procedimento de acesso aleatório baseado em não-contenção, uma vez que
ele tenta aceder a nova célula.
5. Depois, o eNode-B alvo confirma o pedido para a fonte eNode-B com uma mensagem de
Reconhecimento de Pedido de Entrega. A mensagem contém todas as informações que o
dispositivo móvel requer para aceder a nova célula.
6. Uma vez que a fonte eNode-B recebe a confirmação, imediatamente emite um comando
de handover para o dispositivo móvel e deixa de transmitir dados do usuário na direção
do downlink. Dados chegando da rede através da interface S1 depois que o comando de
handover foi emitido é encaminhado pela interface X2 para o destino eNode-B.
7. No LTE, não há comando de entrega dedicado. Em vez disso, uma reconfiguração de
conexão RRC é utilizada uma mensagem que contém todos os parâmetros necessários
para se conectar à nova célula. Ao receber a mensagem de reconfiguração, o dispositivo
móvel para de enviar dados no uplink direcção e reconfigura-se para a comunicação com
o novo eNode-B. Ao mesmo tempo, a fonte eNode-B pára de aceitar tráfego de dados de
uplink e envia uma mensagem de transferência de status SN para o alvo eNode-B com o
número de sequência do último bloco de dados de ligação ascendente válido. Este ajuda o
alvo eNode-B a solicitar uma retransmissão de uplink se detectar que existem alguns
blocos de dados em falta e permite a continuidade da transmissão de dados.

25
Figura 18 - Handover a nivel de eNode-B (SAUTE R, 2014)

7.2. A nível de MME (interface S1)

1. Quando as condições de rádio acionam um relatório de medição, a fonte eNode-B pode


decidir iniciar a entrega. Como o link X2 está faltando, ele enviará uma mensagem de
Handover Request para o MME. Com base no TA ID do novo eNode-B, o MME pode
decidir se é responsável por si próprio para a nova célula ou se outro MME deve assumir
a conexão.
2. Na próxima etapa, o MME entra em contato com o destino eNode-B com uma mensagem
de Pedido de Transferência. Se o eNode-B tiver capacidade suficiente para lidar com a
conexão adicional, ele retornará uma transferência a solicitar mensagem de confirmação
ao MME.

26
3. Antes que a entrega possa ser executada, um túnel temporário para dados do usuário de
downlink é estabelecido para garantir que nenhum pacote seja perdido durante a entrega.
4. Depois que o túnel indireto é criado, o MME confirma o handover com um comando
Handover para a fonte eNode-B. A fonte eNode-B, em seguida, executa o handover
emitindo uma Comando de Reconfiguração RRC para o dispositivo móvel, que inclui os
parâmetros do eNode-B alvo.
5. Em seguida, ele para de encaminhar dados de downlink para o dispositivo móvel e envia
estado do plano do usuário atual, como o contador de pacotes para o alvo eNode-B
através do MME em uma mensagem de transferência de status do eNode-B.
6. Os pacotes de dados do usuário recebidos na direção da ligação ascendente são
encaminhados diretamente para o servindo-GW. Os dados do usuário na direção do
downlink, que chegam da atual servidora GW, são enviados de volta para a rede principal
para o servidor que suporta o túnel de encaminhamento indireto. Este Serving-GW, em
seguida, encaminha os pacotes de dados do usuário para o eNode-B destino.
7. Uma vez que o dispositivo móvel entrou em contato com o alvo eNode-B com um
Aleatório livre de contenção procedimento de acesso, isto é, os recursos alocados para o
Acesso Aleatório são dedicados ao dispositivo móvel e, portanto, não é necessária a
identificação do celular, os contatos alvo do eNode-B o MME e confirma o handover
com uma mensagem Handover Notify. O MME então redireciona o túnel de dados do
usuário de downlink para o destino eNode-B, modificando o túnel eNode-B ID do
contexto do portador no servidor de atendimento com uma mensagem Modificar Pedido
de Portador.
8. Uma vez a operação é confirmada, o MME então libera o contexto do usuário na fonte
eNode-B com uma mensagem de liberação de contexto do UE, que é respondida com
uma confirmação de liberação de contexto do UE mensagem.
9. Na etapa final, o túnel de encaminhamento indireto no servidor-GW também é removido.
Neste ponto, todos os recursos que não são mais necessários são removidos e os dados do
usuário fluem diretamente para e do alvo eNode-B.

27
Figura 19 - Handover a nivel MME (SAUTE R, 2014)

28
8. Interconexão com UMTS e GSM

8.1. Interconexão com UMTS e GSM

Figura 20 - Interconexão com UMTS e GSM (SAUTE R, 2014)

8.2. Interagindo com as redes CDMA2000

Figura 21 - Interconexão com CDMA2000 (SAUTE R, 2014)

29
Conclusão

Findo o trabalho pode se ter as seguintes conclusões:

 Nas redes de telefonia a evolução dá-se devido a necessidade de aumentar as taxas de


transmissão de dados;
 A rede 4G, actualmete, é a rede que oferece maior taxa de transmissão de dados (cerca de
300Mbps);
 A rede 4G retirou-se a comutação de circuitos e a rede tornou-se exclusivamente de
comutação de pacotes com o uso pleno da interface internet;
 A desvantagem de 4G é a divergência de frequências utilizadas, que difere de país para
país, o que faz com que não seja use o mesmo em dois países com divergência de
frequências.
 A rede 4G é um desafio para a próxima geração (5G) que deve trazer resultados mais
satisfatórios em termos de velocidade de transmissão de dados e desempenho.

30
Bibliografia

COX, C. (2014). Introduction to LTE: LTE, LTE-Advanced, VoLTE and 4G Mobile Comunications. UK:
Wiley.

YouTube (Realizador). (2013). Motorola MTS4L Terta/LTE Base Station: eNodeB Installation [Filme].

YouTube (Realizador). (2016). 4G LTE(TDD) eNodeB Product Description DBS3900 [Filme].

SAUTE R, M. (2014). From GSM to LTE Advanced: Introduction to Mobile Networks and Mobile
Broadband. (R. 2. Edition, Ed.) United Kingdom: Wiley.

SAUTER, M. (2009). Beyond 3G – Bringing Networks, Terminals and the Web Together LTE, WiMAX,
IMS, 4G Devices and the Mobile Web 2.0. United Kingdom: Wiley.

uniteChannel-YouTube (Realizador). (2014). FDD-TDD LTE carrier aggregation demo [Filme].

31

Você também pode gostar