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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


ENGENHARIA INFORMÁTICA – LABORAL

7° GRUPO
INTEGRAÇÃO DE REDES E SERVIÇOS

INTRODUÇÃO AS REDES INFORMÁTICAS

Beira, 2022
Arsénio Marques
Alberto Augusto Juga
Gaspar Cossa
Leonardo Amaral
Lucas Mavida

INTRODUÇÃO AS REDES INFORMÁTICAS


Evolução das telecomunicações, Conceitos fundamentas e topologias, Classificação das redes
informáticas, Transmissão e Comunicação de Dados,

Docente:
Msc. Eng. Michael J. K.
Mesquita

Universidade Zambeze
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Engenharia Informática – Laboral

Beira, 2022
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Índice
1 Introdução...........................................................................................................................................5
1.2 Objectivo geral.............................................................................................................................5
1.3 Objectivos específicos..................................................................................................................5
2 Evolução das Telecomunicações.........................................................................................................6
3 Conceitos Fundamentais e Topologias................................................................................................8
3.1 Conceitos fundamentais...............................................................................................................8
3.1 Topologias....................................................................................................................................8
3.1.1 Topologia em Barramento.....................................................................................................8
3.1.2 Topologia em anel.................................................................................................................9
3.1.3 Topologia em estrela.............................................................................................................9
3.1.4 Topologia em malha..............................................................................................................9
3.1.5 Topologia em árvore............................................................................................................10
3.1.6 Topologia Híbrida...............................................................................................................10
4 Classificação das Redes Informáticas.................................................................................................11
4.1 Classificação das Redes baseada na Arquitetura........................................................................11
4.1.1 ATM....................................................................................................................................11
4.1.2 FDDI...................................................................................................................................11
4.1.3 Frame Relay........................................................................................................................11
4.1.4 ISDN...................................................................................................................................11
4.1.5 DSL.....................................................................................................................................12
4.1.6 Ethernet...............................................................................................................................12
4.1.7 Token Ring..........................................................................................................................12
4.2 Classificação das Redes baseada na extensão geográfica...........................................................12
4.2.1 Personal Area Networks - PAN...........................................................................................12
.....................................................................................................................................................12
.....................................................................................................................................................12
4.2.2 Local Area Networks - LAN...............................................................................................13
4.2.3 Campus Area Network - CAP.............................................................................................13
4.2.4 Metropolitan Area Network - MAN....................................................................................13
.....................................................................................................................................................14
4.2.5 Wide Area Network - WAN................................................................................................14
14
4.3 Classificação das Redes Segundo o meio de transmissão...........................................................14

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4.3.1 Redes com fios....................................................................................................................14
4.3.2 Redes sem fios.....................................................................................................................15
4.4 Classificação de redes quanto a hierarquia.................................................................................15
4.4.1 Redes ponto-a-ponto............................................................................................................15
4.4.2 Redes cliente-servidor.........................................................................................................16
5 Transmissão e Comunicação de Dados..............................................................................................16
5.1 Conectividade.............................................................................................................................17
5.2 Modo de comunicação...............................................................................................................17
6 Comutação........................................................................................................................................18
6.1 Comutação por Circuitos............................................................................................................18
6.2 Comutação por Pacotes..............................................................................................................19
7 Normalização em Telecomunicações................................................................................................20
8 Tecnologias de Rede Local ETHERNET...............................................................................................21
9 Redes Locais Virtuais.........................................................................................................................22
9.1 Tipos de VLANs...........................................................................................................................23
9.1.1 Baseado em portas...............................................................................................................23
9.1.2 Associados por Endereço MAC...........................................................................................23
9.1.3 Baseado em Protocolos de Rede..........................................................................................23
9.2 Controle do tráfego broadcast.....................................................................................................24
9.3 Segurança...................................................................................................................................24
9.4 Redução de tempo e custos.........................................................................................................24
9.5 Conexões dos dispositivos..........................................................................................................24
10 Rede de Área Local Sem Fio.............................................................................................................25
10.1 Arquitetura de redes 802.11....................................................................................................25
10.2 Topologia de Redes Locais Sem Fio..........................................................................................25
10.2.1 Basic Service Set (BSS).....................................................................................................26
10.2.2 Extended Service Set (ESS)...............................................................................................26
10.3 Transmissão de Sinal................................................................................................................27
10.4 Modo de operação...................................................................................................................27
10.5 Classificação.............................................................................................................................28
11 Considerações finais........................................................................................................................29
12 Referencias Bibliográficas................................................................................................................31

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1 Introdução

Vamos apresentar de forma sumarizada neste trabalho tópico relacionados com as redes
informáticas, aspectos introdutórios porem cruciais para o entendimento desse tema.
Fomos de tempos passados para vermos a história das telecomunicações ate hoje, onde
mostramos a aplicação e tudo o processo de comunicação e transmissão de dados nas redes
informáticas na nossa sociedade, e claro, especificando termos, tecnologias quando preciso,
para atender as exigências dos tópicos do tema. Nesse presente trabalho, introduzimos as
redes informáticas.

1.2 Objectivo geral


Apresentar os aspectos introdutórios das redes informáticas

1.3 Objectivos específicos


• Mostrar a evolução das telecomunicações;
• Dar uma visão geral das redes informáticas;
• Conhecer a classificação de redes informáticas;
• Explicar o processo de transmissão e comunicação de dados;
• Falar da normalização nas telecomunicações

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2 Evolução das Telecomunicações

Importa referir que os acontecimentos descritos abaixo são eventos diretamente ligados ao
tema em estudo, por isso achamos melhor definir o que é telecomunicação antes para
podermos ver a ligação com cada ocorrência histórica que se apresentará. Telecomunicações
compreendem o conjunto dos meios técnicos necessários para transportar e encaminhar tão
fielmente quanto possível a informação à distância.

É geralmente considerado que a área das telecomunicações teve seu grande início com o
telégrafo, que foi patenteado no Reino Unido por Cooke e Wheatstone em 1837, porém
enfrentando problemas de falta de practicidade na sua implementação, por isso foi a criação
por Morse do código que tem o seu nome, que veio dar o grande impulso à expansão do
telégrafo. O primeiro sistema experimental orientado por Morse teve lugar nos Estados
Unidos em 1844, este sistema era claramente um sistema de transmissão digital, na medida
em que a informação era transmitida usando pulsos de corrente. Tinha-se dois tipos de pulsos,
um estreito (ponto) e outro mais longo (traço) e as diferentes letras eram codificadas através
de combinações desses pulsos.

Em 1875, a rede de cabos de telégrafo já cobria todo o globo incluindo o Extremo Oriente e a
Austrália.

Em seguida damos um grande passo falando do surgimento do telefone, apesar de muitos se


considerarem os criadores do mesmo a primeira demonstração com sucesso de transmissão
eletrónica de voz inteligível foi realizada por Alexander Graham Bell em 1876. De seguida
inventado o telefone tratava-se de resolver o problema da ligação entre os interlocutores
envolvidos numa ligação telefónica. A primeira solução consistiu na utilização de centrais
telefónicas manuais. No entanto, com o aumento do número de linhas a utilização deste tipo
de centrais tornou-se impraticável. Para além disso, tinha-se problema da falta de privacidade:
as operadoras podiam ouvir facilmente as conversas entre os interlocutores.

Foi exatamente a falta de privacidade das centrais manuais que levou Strowger a inventar a
primeira central telefónica de comutação automática, com patente concedida em 1891.

Em 1894 Marconi fez uma demonstração de telegrafia/telefonia sem fios, fazendo disso mais
um grande passo para a história das telecomunicações.

Até 1910, as ondas rádio foram usadas essencialmente para transmitir sinais telegráficos,
porém, com a invenção em 1907 por De Forest da válvula termiónica, tornou-se possível a
geração e modulação de portadoras elétricas e a radiotelefonia começou a dar os primeiros
passos.

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Progressos tecnológicos nesta área permitiram estabelecer em 1914 um serviço transatlântico
de telegrafia sem fios, e realizar em 1926 a primeira ligação telefónica (1 canal de voz) entre
os Estados Unidos e a Inglaterra. Inaugurava-se, assim, a competição entre os serviços de
telecomunicações sem fios e os serviços baseados numa transmissão guiada, que tem sido
uma constante até aos dias de hoje.

Alec Reeves em França de 1936 inventou o PCM (Pulse Code Modulation), como, porém, a
transmissão de um sinal de voz digitalizado requeria uma largura de banda mínima de 32 kHz,
muito superior aos 3 kHz requeridos pelo correspondente sinal analógico, a implementação
dos primeiros sistemas experimentais teve de esperar até que nos anos sessenta a tecnologia
do estado sólido a permitisse concretizar.

 1948 - Invenção do transístor (Bell Laboratories)


 1957 - Lançamento do primeiro satélite - Sputnik (Russo)

Em 1966, K. Kao e G. Hockman deram a proposta para usar as fibras de vidro (fibras ópticas)
como meio de transmissão da informação, e depois surgiu o conceito de comutação de pacotes
apresentado em meados da década de sessenta por P. Baran.

A evolução da tecnologia de transmissão óptica permitiu que por exemplo nas últimas duas
décadas a capacidade dos sistemas de transmissão aumentasse mais de 10 000 vezes,
atingindo hoje em dia débitos superiores a 1 Tb/s, e a comutação de pacotes foi responsável
pela enorme expansão das redes de dados e pelo consequente êxito da Internet.

 1967 - Criação da primeira rede de comutação de pacotes (ARPANET)


 1984 - Primeiras recomendações sobre Rede Digital com Integração de Serviços
(RDIS)
 1988 - Primeiro cabo transatlântico digital em fibra óptica TAT 8 (40000 circuitos)
 1988 - Primeira recomendação sobre RDIS de banda larga
 2000 - Sistema experimental de transmissão por fibra óptica com 175 canais a 40
Gbps 7 Tbps numa só fibra! - DWDM (Dense Wavelenght Division Multiplexing)

Não se poderia deixar também de referir a expansão das comunicações móveis que ocorreu
particularmente na última década e que foi fortemente impulsionada pela normalização do
GSM (Global System for Mobile Communications) e também pela contribuição da engenharia
de telecomunicações portuguesa com a conceção e implementação do pré-pago.

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3 Conceitos Fundamentais e Topologias
3.1 Conceitos fundamentais
As redes são constituídas por muitos equipamentos, baseadas em tecnologias variadas, sendo
a maioria delas originados e instalados em tempos diferentes.

Numa rede de telecomunicações podem-se identificar dois tipos básicos de equipamentos:


vias de transmissão e os dispositivos de rede chamados no geral por nós.

As vias de transmissão asseguram a transmissão da informação e a interligação entre os


diferentes nós. As vias de transmissão podem ser simples pares de condutores de cobre (pares
simétricos) como é o caso da linha telefónica até meios de transmissão mais complexos como
é o caso das fibras ópticas, o cabo coaxial usado nas redes de distribuição de televisão e os
canais via rádio usados nas redes celulares ou nas redes de comunicação via satélite.

Os elementos de rede são o equipamento de comutação, o equipamento terminal, os


servidores e os sistemas de sinalização e de gestão. O equipamento de comutação assegurar
encaminhamento apropriado da informação temos por exemplo as centrais de comutação nas
redes telefónicas ou os routers nas redes de dados. Mas a comutação será abordada
posteriormente com mais profundidade.

3.1 Topologias
Uma topologia de rede tem o objetivo de descrever como é estruturada uma rede de
computadores, tanto fisicamente como logicamente. A topologia física demonstra como os
computadores estão dispersos na rede. Já a topologia lógica demonstra como os dados
trafegam na rede (fluxo de dados entre os computadores que compõe a rede).
A topologia de uma rede pode ter diferentes classificações tais como: Barramento, Anel,
Estrela, Malha, Árvore e híbrida.

3.1.1 Topologia em Barramento


A topologia em barramento (Bus) é muito usada nas redes Ethernet nas quais aparece
normalmente associada ao protocolo CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access With
Collision Detection). Na topologia em barramento todos os computadores trocam informações
entre si através do mesmo cabo, sendo este utilizado para a transmissão de dados entre os
computadores. Este tipo de topologia é utilizado na comunicação ponto-a-ponto.

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Figura 1. Topologia em barramento

3.1.2 Topologia em anel


Uma rede em anel corresponde ao formato que a rede possui. Neste caso, recebem esta
denominação pois os dispositivos conectados na rede formam um circuito fechado, no
formato de um anel (ou círculo). Na topologia em anel cada nó só está interligado aos nós
vizinhos.
Neste tipo de topologia os dados são transmitidos unidireccionalmente, ou seja, em uma única
direção, até chegar ao computador destino.

Figura 2. Exemplo de uma topologia em anel

3.1.3 Topologia em estrela


Uma rede em estrela possui esta denominação, pois faz uso de um concentrador na rede. Um
concentrador nada mais é do que um dispositivo (hub, switch ou routers) que faz a
comunicação entre os computadores que fazem parte desta rede. Dessa forma, qualquer
computador que queira trocar dados com outro computador da mesma rede, deve enviar esta
informação ao concentrador para que o mesmo faça a entrega dos dados.

Figura 3. Topologia em estrela

3.1.4 Topologia em malha


A topologia em malha refere-se a uma rede de computadores onde cada estação de trabalho
está ligada a todas as demais diretamente. Dessa forma, é possível que todos os computadores
da rede, possam trocar informações diretamente com todos os demais, sendo que a informação
pode ser transmitida da origem ao destino por diversos caminhos.

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Figura 4. Topologia em Malha

3.1.5 Topologia em árvore


A topologia em árvore é caracterizada como uma série de barras interconectadas. Esta
topologia em árvore nada mais é do que a visualização da interligação de várias redes e sub-
redes.
A topologia em árvore surgiu associada a serviços distributivos, onde o objectivo é difundir o
mesmo sinal desde o nó onde é gerada para todos os outros nós. Esta perspectiva distributiva
faz com que nos vários pontos de divisão o sinal seja repetido até atingir o equipamento
terminal do utilizador.

Figura 5. Topologia em árvore

3.1.6 Topologia Híbrida


Este tipo de topologia é aplicado em redes maiores que uma LAN. É chamada de topologia
híbrida pois pode ser formada por diferentes tipos de topologia.
A finalidade de uma topologia do tipo híbrida está no fato de poder aproveitar o que existe de
melhor (custo/benefício) entre os diferentes tipos de topologias, adaptando-as às necessidades
de uma empresa, universidade, ou o ambiente onde será aplicada

Figura 6. Topologia híbrida

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4 Classificação das Redes Informáticas

A classificação das redes varia segundo certos aspectos, objectivos e mais, abaixo
apresentamos cada um deles, expecto a classificação segundo a topologia pois já foi tratada
anteriormente.

4.1 Classificação das Redes baseada na Arquitetura


Quando classificamos as redes pela arquitetura, nos referimos às camadas e aos protocolos
utilizados pela mesma. Para o desenvolvedor de uma tecnologia, seja hardware ou software, é
necessário que conheça a arquitetura para construir corretamente a comunicação de seu
projeto com a camada e o protocolo. As redes podem ser, quando classificadas pela
arquitetura:

4.1.1 ATM
Asynchronous Transfer Mode (ATM), ou Modo de transferência não sincronizado é muito
utilizado para envio de dados que não necessitam de sincronia, mas que precisam de uma
conexão de alta velocidade.
Mas por essa razão acabam ocorrendo muitas perdas, porem que não se tornam relevantes,
tendo em vista o tipo de informação transmitido.

4.1.2 FDDI
Vem do inglês Fiber Distributed Data Interface, que significa Interface de Distribuição de
Dados por Fibra e basicamente é a tecnologia transmitida por cabos de fibra óptica. É a
tecnologia mais rápida da atualidade.

4.1.3 Frame Relay


Redes baseadas em Frame Relay possuem tecnologia de comunicação de dados com alta
velocidade. Essa tecnologia fornece um meio de transmissão de informações, através de uma
rede de dados, separando a informação em quadros ou pacotes. Cada quadro carrega o
endereço de destino que é lido pelos equipamentos de rede para que o pacote siga
corretamente o seu caminho. Além disso, utiliza uma forma simplificada de chaveamento dos
pacotes, apropriada para as estações de trabalho e servidores de alto desempenho que operam
com protocolos inteligentes, como o SNA e o TCP/IP.

4.1.4 ISDN
Integrated Services Digital Network (ISDN), significa Rede digital de serviços integrados. É
utilizado em centrais telefónicas digitais, com acesso à internet e baseia-se na comutação dos
pacotes através de multiplexagem por cabos de par trançado. Multiplexagem é uma técnica
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que combina dois ou mais canais de informação em um único meio de transmissão utilizando
um dispositivo chamado multiplexador.
4.1.5 DSL
A Digital Subscriber Line(DSL), que significa Linha de assinador digital. É uma tecnologia de
comunicação de dados que permite uma transmissão mais rápida através da linha telefônica,
com a ajuda de um modem (modulador – demodulador). O formato mais conhecido dessa
tecnologia é o ADSL (Asymmetric DSL), que é utilizado na maioria das conexões de banda
larga com a internet.

4.1.6 Ethernet
Cadastrado no IEEE com o número 802.3, é o padrão mais utilizado em redes locais cabeadas.
Este trabalho vai falar desse mesmo tópico com mais detalhes posteriormente.

4.1.7 Token Ring


Utilizam uma topologia lógica em anel. Semelhante à topologia 10BaseT, utiliza hubs
inteligentes com 8 portas em cada. Para que seja utilizada a topologia Token Ring, é
necessário que as placas de rede, hubs e até os conectores dos cabos sejam compatíveis com a
tecnologia.

4.2 Classificação das Redes baseada na extensão geográfica


Quanto á extensão geográfica, isto é, quanto a área de abrangência, as redes de computadores
podem ser classificadas, principalmente como:

4.2.1 Personal Area Networks - PAN


Também designadas de redes de área pessoal (PAN), é uma rede computadores formada por
dispositivos muito próximos uns dos outros. Elas maioritariamente usam tecnologias de rede
sem fios para interligar os dispositivos.

Figura 7 Exemplo de uma rede PAN

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4.2.2 Local Area Networks - LAN
Também designadas de redes locais(LAN), são o tipo de redes mais comuns uma vez que
permitem interligar computadores, servidores e outros equipamentos de rede, numa área
geográfica limitada (ex. sala de aula, casa, espaço Internet, etc). Abraange máximo de 1 a 2
km.

Figura 8 Exemplo de uma rede LAN

4.2.3 Campus Area Network - CAP


Interliga vários edifícios de uma organização numa determinada área, como por em que cada
edifício pode ter ou não uma ou várias redes locais. Abrange um campus de propriedade
privada com uma área de 5 a 10 km.

Figura 9 Exemplo de uma rede CAN

4.2.4 Metropolitan Area Network - MAN


Rede de Área Metropolitana (MAN) é o nome dado às redes que ocupam o perímetro de uma
cidade. Ocorre quando várias redes locais em uma região geográfica maior são interligadas,
passando a constituir uma única rede interligada. O custo, velocidade e complexidade
superiores à das LANs.

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Figura 10 Exemplo de uma rede MAN

4.2.5 Wide Area Network - WAN


A Wide Area Network, rede de área alargada ou Rede de longa distância, é uma rede de
computadores que abrange uma grande área geográfica, com frequência um país ou
continente.

Figura 11 Exemplo de uma rede WAN

4.3 Classificação das Redes Segundo o meio de transmissão


Os meios físicos de transmissão são os cabos e as ondas eletromagnéticas que transportam os
sinais que, por sua vez, transportam a informação a transmitir. É através do meio que são
interligados os vários dispositivos que compõem uma rede e eles são divididos em dois
grupos: redes com fios e redes sem fios.
4.3.1 Redes com fios
São redes em que as ligações entre os nós da rede são feitas utilizando cabo. Um cabo pode
ser composto por um ou vários fios. Pode ter, ou não, proteção (blindagem) contra
ruído/interferência e essa blindagem pode assumir várias formas.

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Os cabos podem ser classificados de variadas formas, conforme o material de que são feitos, o
tipo de sinal que transportam e a sua constituição.

 Rede de cabo coaxial - Consiste em um núcleo de fio de cobre cercado por um


isolante, uma blindagem metálica trançada e uma cobertura externa.

 Rede de cabo de fibra óptica - É comumente usado em redes de dados e


telecomunicações, consistindo de um fio muito fino de material transparente, vidro ou
materiais plásticos, pelo qual pulsos de luz são enviados que representam os dados a
serem transmitidos.

 Rede de Cabo de par trançado - São literalmente um par de fios isolados que são
trançados para ajudar a reduzir o ruído de fontes externas.

Cada tipo de cabo pode possibilitar mais ou menos velocidade, maior ou menor quantidade de
informação, resistência, comprimento máximo e várias outras propriedades.

4.3.2 Redes sem fios


Também chamadas de redes wireless, são um conjunto de dispositivos ligados em rede, sem o
uso de cabos, mas sim uma forma de onda eletromagnética. De uma forma geral, o meio de
transmissão utilizado nas redes sem fios é o ar e, por isso, se diz que é um meio não guiado.
Através do ar, no entanto, a transmissão pode ser feita de diversas formas, como: rede pos
infravermelhos, por micro-ondas, por radio.

4.4 Classificação de redes quanto a hierarquia


A classificação das redes de computadores quanto a hierarquia refere-se ao modo
como os computadores dentro de uma rede se comunicam. Entre os principais temos:

4.4.1 Redes ponto-a-ponto


Nessa rede os computadores trocam informações entre si, compartilhando arquivos e recursos.
Ela é utilizada em pequenas redes de facil implementacao e de baixo custo, possuem pouca
segurança e presentam um sistema de cabeamento simples.

Figura 12 Exemplo de uma rede ponto-a-ponto

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4.4.2 Redes cliente-servidor
Nessa rede se possui um ou mais servidores, responsáveis por fornecer serviços de rede aos
demais computadores conectados a ele que são chamados clientes.
Os computadores clientes, também chamados de “nós” em uma rede de computadores, são as
estações de trabalho ou desktops. Os computadores clientes são utilizados pelos usuários que
acessam as informações armazenadas no servidor e executam aplicações locais

Eles apresentam maior custo e implementação mais complexa que uma rede do tipo ponto-a-
ponto, tem que ter pelo menos um servidor da rede, apresentam uma estrutura de segurança
melhorada, pois as informações encontram-se centralizadas no servidor, o que facilita o
controle e o gerenciamento dos mesmos.

Neste tipo de rede não há tolerância a falhas, um servidor de rede é um computador projetado
para suportar a execução de várias tarefas que exigem bastante do hardware.

Figura 13 Exemplo de uma rede cliente-servidor

5 Transmissão e Comunicação de Dados


Transmissão é efetuada sob a forma de sinais (eletrónicos, ópticos, etc.), que podem ser
digitais ou analógicos, e que constituem uma forma de representação dos dados (símbolos
binários) adequada para transmissão. O meio de transmissão de dados serve para oferecer
suporte ao fluxo de dados entre dois pontos.

Dados - Os dados são uma representação de factos, conceitos ou instruções de uma maneira
normalizada que se adapte á comunicação, interpretação e processamento pelo ser humano ou
através de máquinas automáticas.

Informação - A informação não é mais do que dados organizados e ordenados de forma útil.
É representada (codificada) por meio de símbolos ou sinais, conforme a função especifica a
realizar (armazenamento, processamento, transmissão etc).

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Comunicação - Comunicação de dados trata da transmissão de informação entre sistemas
computacionais.

Componentes
Um sistema básico de comunicação de dados é composto de cinco elementos:
Mensagem - é a informação a ser transmitida. Pode ser constituída de texto, números, figuras,
áudio e vídeo – ou qualquer combinação desses.

Transmissor - é o dispositivo que envia a mensagem de dados. Pode ser um computador, uma
estação de trabalho, um telefone, uma câmera de vídeo e assim por diante.

Receptor - é o dispositivo que recebe a mensagem. Pode ser um computador, uma estação de
trabalho, um telefone, uma câmera de vídeo e assim por diante.

Meio - é o caminho por onde viaja uma mensagem originada e dirigida ao receptor.
Os meios de transmissão são divididos em meios guiados e não guiados.
 Guiados – São aquelas que necessitam um condutor físico para interligar dispositivo.
Um sinal trafegando por um meio guiado é direcionado e contido pelos limites físicos
do meio. E neles temos os seguintes materiais como cabo coaxial, fibra ótica e par
trancado, e todos esses foram falados no sub-tema de classificação das redes segundo
o meio de transmissão, em específicas redes com fios.
 Não guiados – São aqueles que como suporte físico tem o espaço livre (atmosfera,
espaço exterior) e a transmissão sobre portadora de rádio frequências. Eles são
afectados por problemas de propagação.

Protocolo - é um conjunto de regras que governa a comunicação de dados. Ele representa um


acordo entre os dispositivos que se comunicam.

5.1 Conectividade
Ponto-a-ponto
Proporciona a ligação entre dois dispositivos.
Multiponto
Meio partilhado por mais de dois dispositivos. Onde pode ter um emissor e múltiplos
receptores, múltiplos emissores e um receptor ou múltiplos emissores e receptores

5.2 Modo de comunicação


1. Simplex, comunicação unidireccional (televisão)
2. Half-duplex, comunicação bidireccional alternada (rádio polícia)
3. Full-Duplex, comunicação bidireccional simultânea (telefone)

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6 Comutação

Comutação segundo o dicionário Michaelis significa permutação, substituição. Em


computação, a Comutação de circuitos e pacotes é utilizada, por exemplo, em sistemas de
comunicação onde o tráfego é constante.

6.1 Comutação por Circuitos


A comutação por circuitos exige que as estações comunicantes possuam um caminho
dedicado exclusivo, que pode ser estabelecido de quatro maneiras:

Circuito físico
 Frequency Division Multiplexing (FDM - multiplexação por canais de frequência);
 Time Division Multiplexing (TDM - multiplexação por canais de tempo);
 Statistical Time Division Multiplexing (STDM - multiplexação estatística por canais de
tempo);

Este paradigma de comunicação é executado em três passos distintos e específicos:

1. Estabelecimento do circuito;
2. Troca de informações;
3. Desconexão ponto a ponto;

Caso uma destas etapas tenha problemas, há quebra da conexão. Um exemplo claro é uma
ligação telefônica, onde há a necessidade de um canal dedicado em ambos terminais.

Circuitos físicos

A vantagem dos circuitos físicos são a exclusividade do canal que agiliza a velocidade de
troca de informações e consequentemente o tempo. A contrapartida é um método oneroso, que
exige manutenção individual constante, com uso excessivo de fiação. É interessante seu uso
somente para pequenas aplicações em distâncias curtas, pois sua expansão é trabalhosa.

Frequency Division Multiplexing (FDM)

A divisão em canais de frequência cria circuitos virtuais com banda mais estreita que o canal
do comutador com a rede, de forma que a soma de todos circuitos é igual ou menor à banda
do comutador.
A grande vantagem é o uso de menos fiação para promoção do serviço, porém o problema é a
rápida saturação dos canais. Conforme a figura ilustra, os canais necessitam uma banda de
comunicação e uma faixa de segurança. Outro problema está na expansão do sistema: será
necessário reconfigurar todos os terminais para as novas larguras de banda.

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TDM - Time Division Multiplexing
A divisão de canais no tempo gera circuitos virtuais entre os terminais e o roteador. Este
possui um ciclo de tempo em que deve se comunicar com todas estações. Para tanto, o tempo
é alocado igualmente para cada terminal comunicar-se.

STDM - Statistical Time Division Multiplexing


O método STDM funciona identicamente o método TDM, porém soluciona parcialmente o
problema do tempo de resposta. Ele utiliza métodos estatísticos e diferencia as estações ativas
das ociosas. O segundo passo é alocar recursos somente às estações ativas, e escutar as
ociosas, de forma que não seja perdida a conexão com as mesmas. No entanto, quando todas
as estações estão ativas o tempo de resposta se mantém igual ao TDM.

6.2 Comutação por Pacotes


A comutação por pacotes não exige o estabelecimento de um circuito dedicado para a
comunicação, o que implica menores custos com meios físicos. Este paradigma utiliza a ideia
da segmentação de dados em partes discretas, compostas de cabeçalho (com bits de
verificação de integridade), corpo e rodapé (onde é realizada a verificação cíclica de
redundância), que são denominados pacotes (ou outros nomes, como quadro, bloco, célula,
segmento, dependendo do contexto).
Os comutadores de pacotes utilizam uma das três técnicas seguintes:

 Cut-through (corte de caminho)


 Store-and-forward (armazena e passa adiante)
 Fragment-free (livre de fragmentos)

Cut-through

Este comutador recebe e armazena apenas parte do cabeçalho (6 primeiros bytes), para saber
qual receptor do pacote, e já encaminha os dados diretamente. A princípio, há um enorme
ganho em velocidade. No entanto, por não haver nenhuma verificação de erros (neste caso a
verificação ocorre nos terminais), frequentemente é necessário o reenvio do pacote. Na prática
é muito pouco utilizado sozinho.

Store-and-forward

O comutador recebe e armazena os dados até possuir completamente o pacote em um buffer


de entrada. Após, efetua verificação por erros cíclicos e outros, passa o pacote para o buffer de
saída e retransmite o pacote para o outro comutador ou o terminal. Caso ele encontre algum
erro, descarta o pacote.

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Fragment-free

O funcionamento deste comutador é muito semelhante ao cut-through, porém ele armazena os


64 primeiros bytes antes de enviar. Esta implementação é baseada em observações estatísticas:
a grande maioria dos erros, bem como todos os choques de pacotes, ocorrem nos primeiros 64
bytes.

7 Normalização em Telecomunicações
A área das telecomunicações expandiu-se grandiosamente pelo mundo inteiro por essa razão
padrões e convenções deveriam ser feitos para gerir essa área.

Evidenciam-se a normalização dos seguintes aspectos nessa área:


 Técnicos: definição da qualidade de serviço e dos parâmetros que a influenciam;
especificação dos sinais usados na transmissão e sinalização, etc.
 Planificação geral da rede: estrutura da rede internacional, plano de transmissão,
distribuição dos números telefónicos, etc.
 Problemas de exploração e gestão: definição dos preços das chamadas
internacionais, análise do tráfego, etc.

A normalização no plano das redes nacionais é importante pois:


1. Garante que sistemas de fabricantes diferentes sejam compatíveis;
2. Assegura a mesma qualidade de serviço mínima a todos os utilizadores;
3. Respeita as convenções internacionais.

A International Telecommunication Union (ITU) é a principal organização de normalização


na área das telecomunicações, pertencente e ONU e atua fundamentalmente pelos seguintes
órgãos:
• ITU Telecommunication Sector (ITU-T) – Responsável pelo estudo de questões
técnicas, métodos de operação e tarifas para as comunicações telefónicas e de dados.
• ITU Radiocommunications Sector (ITU-R) - Estuda as técnicas e operações
relacionadas com radiocomunicações, incluindo ligações ponto-a-ponto, serviços
móveis e radiodifusão. Associado ao ITU-R está o International Frequency
Registration Board (IFRB), que regula a atribuição das bandas de frequências aos
diferentes serviços.

Os trabalhos da ITU-T como a ITU-R tomam a forma de recomendações, que são ratificadas
por assembleias plenárias, que têm lugar de quatro em quatro anos. Os resultados dessas
sessões plenárias são publicados numa série de volumes, que proporciona recomendações e
informação actualizada para todos os interessados na área das telecomunicações.

Além da ITU, existem um conjunto de outros organismos também com actividade na área das
telecomunicações.

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Temos a International Standards Organization (ISO) organismo “mundial” com actividade de
normalização em diferentes áreas tendo como referencia o modelo OSI (Open Systems
Interconnect), foi definido por esta organização.
O ANSI (American National Standards Institute) tem sido relevante nessa área sendo ela
responsável pela norma ASCII (American Standard Code for Information Interchange).
O IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engineers) é uma associação profissional que
também tem contribuído com inúmeras normas para as telecomunicações como as normas que
delinearem a Ethernet (IEEE 802.3).

8 Tecnologias de Rede Local ETHERNET

Ethernet é a tecnologia tradicional para conectar dispositivos em uma rede local com fio
(LAN) ou rede de longa distância (WAN) e descreve como os dispositivos de rede formatam e
transmitem dados. Ele permite que os dispositivos se comuniquem entre si por meio de um
protocolo.
IEEE especifica na família de padrões chamada IEEE 802.3 que o protocolo Ethernet toca
tanto a camada 1 (camada física) quanto a camada 2 (camada de enlace de dados) no modelo
Open Systems Interconnection (OSI).
A camada 2 usa controlo de acesso ao meio (MAC – Media Access Control) que está presente
em cada placa de rede para decidir qual computador vai transmitir e comunicar com a camada
física específica da tecnologia LAN usada.
Quando um computador envia um quadro Ethernet, ele inclui o endereço MAC na sua placa
de rede (NIC) como o endereço MAC de origem.

8 6 6 2 46-1500 4
Preambulo Endereço Endereço Tipo Dados FCS

Figura 14. Quadro ETHERNET

Inicialmente, foi projetada para funcionar com cabos coaxais, mas uma típica LAN Ethernet
atualmente utiliza tipos especiais de cabos de par trançado ou cabeamento de fibra óptica.
No começo a Ethernet assumiu uma topologia em barramento, mas depois assumiu
uma topologia de rede em estrela por meio de hubs Ethernet (que replicam todo o tráfego
recebido em qualquer porta para outra porta qualquer).

Portanto, define um meio de compartilhamento: Carrier Sense Multiple Access with Collision
Detection (CSMA/ CD) fazendo que os dispositivos Ethernet verifiquem se outra pessoa está
transmitindo naquele momento (detecção de acesso múltiplo) e, se estiver (detecção de
colisão), aguardarão um pouco antes de tentar transmitir novamente porem os hubs foram
substituídos por switches, que enviam para cada porta apenas o tráfego específico ao
dispositivo dessa porta.

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O suporte de diferentes meios físicos e diferentes velocidades levou ao aparecimento de
diversas variantes de Ethernet, genericamente designadas por x-Base-y onde:
 x – Número que identifica o débito binário (em Mbits)
 y – Número ou letras que identificam o tipo de meio físico utilizado ou o comprimento
máximo do troço.
 Base – Indica que a transmissão é feita em banda base
Os sistemas Ethernet mais comummente instalados são chamados de 100 BASE-T ("BASE-
T" significa que os sistemas usam cabeamento de par trançado) e fornecem velocidades de
transmissão de até 100 megabits por segundo (Mbps). Gigabit Ethernet fornece as velocidades
de 1000 Mbps (1 gigabit ou 1 bilhão de bits por segundo) e 10 GbE, ou 10 Gigabit Ethernet,
fornece até 10 Gbps e assim sucessivamente. Os engenheiros de rede usam 100 BASE-T
principalmente para conectar computadores, impressoras e outros usuários; 1000 BASE-T
para servidores e armazenamento; e velocidades mais altas para segmentos de backbone. Com
o tempo, a velocidade específica de cada tipo de conexão tende a aumentar.
Dispositivos conectados usando cabos para acessar geograficamente uma rede localizada --
em vez de uma conexão sem fio – muitas vezes usam a Ethernet.
A Ethernet é também muito usada pois oferece um maior grau de segurança e controle de rede
porque os dispositivos devem se conectar usando cabeamento físico. Isso dificulta que
pessoas de fora acessam dados de rede ou sequestrem largura de banda para dispositivos não
autorizados.
Muitos usuários apostam na Ethernet por causa da confiabilidade e segurança.

9 Redes Locais Virtuais

Uma Virtual Local Area Network (VLAN) é uma rede local que agrupa um conjunto de
máquinas de maneira lógica e não física que tem a intenção de segmentar a rede em pequenos
domínios de transmissão.
Para configurar uma rede baseada em VLANs, o administrador da rede decide quantas delas
haverá, quais computadores estarão em qual VLAN e qual será o nome de cada uma. Cada
VLAN é um grupo de trabalho na organização.
As portas de um switch podem pertencer a uma ou mais VLANs. Para fazer parte de uma rede
virtual, a porta de um switch deve ser associada à VLAN. Os métodos de associação de
VLANs podem ser configurados para trabalhar de forma estática ou dinâmica, como veremos:
Estática – Aqui uma ou mais portas do switch são designadas a uma determinada VLAN
pertencendo a esta até que se alterem estas configurações. Caso o cliente mude de porta, pode
ocorrer de este usuário trocar de VLAN. Por este motivo, este método requer maior controle.

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Dinâmica - Aqui um dispositivo conectado a um segmento de rede recebe uma atribuição de
VLAN de forma automatizada. Utilizando-se aplicações que realizem este tipo de tarefa, é
possível associar VLANs através de endereçamento de hardware, por protocolos ou de forma
autenticada.

9.1 Tipos de VLANs


9.1.1 Baseado em portas
Por vezes usam-se os números de portas de switches como uma característica para
participação. Por exemplo, pode-se definir que estações conectadas às portas 1, 2, 3 e 7
pertencem à VLAN 1; estações conectadas às portas 4, 4, 10 e 12 pertencem à VLAN 2 e
assim por diante. No uso desta técnica, a porta é associada a uma determinada VLAN sem
levar em conta o utilizador ou o sistema conectado a porta.

9.1.2 Associados por Endereço MAC


Outra forma de agrupamento se faz através de endereços MAC.
Neste método associa-se um endereço MAC de um dispositivo a uma determinada VLAN no
switch. Assim os dispositivos podem ser movidos para qualquer localização, dentro da
organização, que continuarão a fazer parte da mesma rede virtual, sem qualquer
reconfiguração.

Essa exigência de uma configuração prévia obrigatória, impede que utilizadores não
autorizados se conectem a rede apresentando assim um acréscimo a segurança, mas, também a
atribuição inicial torna-se muito exigente quando se trata de uma rede que dispõe de um
elevado número de utilizadores, não é fácil de configurar, sendo que cada posto de trabalho
requer uma “assinatura” explicitamente particular a uma VLAN, dificultando desta forma
toda a tarefa de configuração.

9.1.3 Baseado em Protocolos de Rede


Em redes onde são suportados protocolos diferentes (IP, IPX, ...) este método pode ser usado
para agrupar cada protocolo em uma VLAN diferente. Os comutadores verificam cada pacote
para identificar a qual rede virtual o mesmo está associado por meio do tipo de protocolo
usado. Estes comutadores não realizam funções de roteamento, sendo restritamente usado
para identificação e agrupamento das VLANs.

O particionamento por protocolo e a mobilidade física das estações de trabalho sem a


necessidade de reconfiguração de endereços IP, estão dentre as vantagens de se utilizar este
tipo de VLAN. Sendo uma das desvantagens sobre os dois tipos anteriores está relacionado ao
desempenho, pois é necessário mais tempo para se inspecionar endereços IP em pacotes de
transmissão do que endereços MAC em quadros.

23
9.2 Controle do tráfego broadcast
Da mesma maneira que os comutadores isolam domínios de colisão e repassam o tráfego para
a porta apropriada, VLANs refinam este conceito provendo um isolamento completo entre as
VLANs. Uma VLAN é um único domínio de difusão e todo o tráfego broadcast ou multicast
é contido por ela.

9.3 Segurança
Um dos principais benefícios da utilização de VLANs para segmentação de redes é a
segurança, visto que esta proporciona uma separação lógica do tráfego de uma rede virtual
composta por servidores, por exemplo, da rede virtual dos usuários de uma corporação podem
enviar mensagens de broadcast com absoluta garantia de que os usuários nos demais
grupos não receberão essas mensagens

9.4 Redução de tempo e custos


As VLANs podem reduzir o custo de migração de estações que são transferidas de um grupo
a outro. A reconfiguração física leva tempo e é dispendiosa. Em vez de transferir7 fisicamente
uma estação para outro segmento ou até mesmo para outro Switch, é muito mais fácil e rápido
transferi-la via software

9.5 Conexões dos dispositivos


Os links de tronco (Trunk links) são uma porta no comutador são projetados para passar
quadros (pacotes) de todas as VLANs, permitindo conectar vários switches e configurar
independentemente cada porta para uma VLAN específica, fazendo com que os pacotes
percorrem os links de tronco e o backbone da rede, eventualmente encontrando seu caminho
para a porta de destino sem se misturar ou perder com o restante dos pacotes que fluem pelos
links de tronco.

VLAN Tagging, também conhecido como Frame Tagging, é um método desenvolvido pela
Cisco para ajudar a identificar pacotes que trafegam por links de tronco. Quando um quadro
Ethernet atravessa um link de tronco, uma tag VLAN especial é adicionada ao quadro e
enviada pelo link de tronco. Ao chegar no final do link de tronco, a etiqueta é removida e o
quadro é enviado para a porta do link de acesso correta de acordo com a tabela do switch, de
modo que o lado receptor não tenha conhecimento de nenhuma informação de VLAN.
Os links de tronco permitem que os quadros de todas as VLANs percorram o backbone da
rede e alcancem seu destino, independentemente da VLAN à qual o quadro pertence.
Mas não devemos nos esquecer dos access links ou links de acesso que são portas
configuradas para partes de uma VLAN. Qualquer dispositivo conectado a uma porta ou link
de acesso não sabe a qual VLAN pertence. Ele apenas assumirá que é parte de um domínio de
broadcast, sem entender a real topologia da rede. Os switches removem qualquer informação
referente às VLANs dos frame antes de enviá-los a um link acesso. Dispositivos conectados a

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links de acesso não podem se comunicar com dispositivos fora de sua própria VLAN, a não
ser que um router faça o roteamento dos pacotes.
Simplificando switches e routers sai conectados via trunks links e estações de trabalho são
conectados por portas access links.

Existe mais de um método para 'marcar' esses quadros à medida que eles percorrem os links
de tronco, como: Link InterSwitch (ISL), IEEE 802.1q, Emulação de LAN (LANE), e mais,
mas aqui falaremos do padrão da IEEE 802.1 por ser o mais utilizado mundialmente.
O padrão 802.1q foi criado pelo grupo IEEE para resolver o problema de dividir grandes
redes em redes menores e gerenciáveis através do uso de VLANs. O padrão 802.1q é,
obviamente, uma alternativa que todos os fornecedores implementam em seus equipamentos
de rede para garantir compatibilidade e integração perfeita com a infraestrutura de rede
existente.
Tal como acontece com todos os 'padrões abertos', o método de marcação IEEE 802.1q é de
longe o mais popular e comumente usado mesmo em instalações de rede orientadas à Cisco,
principalmente para compatibilidade com outros equipamentos e futuras atualizações que
podem tender para diferentes fornecedores.
A TAG de 4 bytes que mencionamos é inserida dentro do frame Ethernet existente, logo após
o Source MAC Address.

10 Rede de Área Local Sem Fio


A rede de área local sem fio (Wireless Local Area network, sigla WLAN) é uma rede local que
usa ondas de rádio para fazer a conexão dos dispositivos presentes nessa WLAN e dos
mesmos com a Internet, ao contrário das redes baseadas em cabeamento (par trançado) para a
interligação dos dispositivos.
O termo conhecido por Wi-Fi (Wireless Fidelity) é uma marca registrada pela organização
sem fins lucrativos Wi-Fi Alliance, que certifica produtos de rede local sem fios (WLAN –
Wireless Local Area Network) baseados no padrão IEEE 802.11.

10.1 Arquitetura de redes 802.11


O padrão IEEE 802.11 define uma arquitetura para as redes sem fio, baseada na divisão da
área coberta pela rede em células. Essas células são geralmente denominadas por BSA (Basic
Service Area). O tamanho da célula depende das características do ambiente e da potência dos
transmissores e receptores usados nas estações.

10.2 Topologia de Redes Locais Sem Fio

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As topologias de redes sem fio são diferentes das LANs com fios. Em uma rede sem fio, os
nós podem estar fora de alcance, desconectados ou em roaming (viajando entre nós). A
intensidade do sinal pode variar consideravelmente de um segundo para o outro, e escritórios
e prédios podem ficar cheios de pontos mortos onde a radiação não pode chegar.

 Dai que a topologia de rede deve ser flexível o suficiente para permitir a coexistência de
vários domínios e para que as estações sejam facilmente identificadas e aceitas quando
ingressarem em uma nova rede. O IEEE 802.11 define duas topologias básicas : BSS e ESS. 

Figura 15 Topologias de rede IEEE 802.11

10.2.1 Basic Service Set (BSS)


Uma BSS é o cunjunto de estacoes wireless, podendo conter ou não uma estacao base central
denominada Access Point (AP). Quando uma BSS não possui um AP, ela é considerada uma
rede isolada, ou seja, não pode se comunicar com outras BSSs. Essa arquitetura recebe o
nome de arquitetura Ad hoc. Já as redes que possuem um AP são chamadas de redes de
infraestruturas.

Figura 16 Configuração BSS de WLAN IEEE 802.11

26
10.2.2 Extended Service Set (ESS)
Uma ESS é dada como sendo o conjunto de duas ou mais BSSs interligadas por meio de APs.
Para que haja a comunicacaoo entre diferentes BSSs, um sistema de distribuicao é
implantado, interligando todas as BSSs via seus respectivos APs, conforme ilustra a figura
abaixo.

Figura 17 Configuração BSS e ESS de WLAN IEEE 802.11.

10.3 Transmissão de Sinal


O Padrão IEEE 802.11 trata da tecnologia sem fio enfocando as redes locais sem fio
(WLAN). Essas redes basicamente utilizam radiofrequência para a transmissão de dados,
através de duas técnicas conhecidas como DSSS (Direct Sequence Spread Spectrum) e FHSS
(Frequency Hopping Spread Spectrum), codificando dados e modulando sinais de modos
diferentes para equilibrar velocidade, distância e capacidade de transmissão. A escolha da
técnica DSSS ou FHSS dependerá de vários fatores relacionados com a aplicação dos usuários
e o ambiente onde a rede operará.
A transmissão através de radiofrequência acaba sendo o padrão adotado nas transmissões
WLAN.
Para a transmissão em radiofrequência são usadas as técnicas DSSS e FHSS. Essas técnicas
transmitem os quadros de dados enviando-os por vários canais disponíveis dentro de uma
frequência, ao invés de usar um único canal, possibilitando, dessa forma, a transmissão
simultânea de vários quadros.
A técnica DSSS distribui o sinal em cima de uma gama extensiva da faixa de freqüência e
reorganiza os pacotes no receptor. A técnica FHSS envia segmentos curtos de dados que são
transmitidos através de freqüências específicas, controlando o fluxo com o receptor, que
negocia velocidades menores comparadas às velocidades oferecidas pela técnica DSSS, mas
menos suscetíveis a interferências.
O padrão 802.11 usa as duas técnica, enquanto que outras tecnologias, como o HomeRF e
Bluetooth, usam apenas a técnica FHSS, que é mais eficiente para ambientes que possuem
outros tráficos de rádio, como áreas públicas abertas.

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As WLANs baseadas em radiofreqüência usam as faixas de freqüência ISM (Industrial
Scientific Medical), que assumem freqüências de 900MHz, 2.4GHz e 5GHz. Quanto maior a
freqüência maior é a quantidade de informação que um dispositivo pode enviar num canal.

10.4 Modo de operação


As redes locais sem fios, normalmente suportam dois modos distintos de operação, sendo
estás:

1. Modo Infraestrutura;
2. Modo Peer-to-Peer.

O modo de infraestrutura utiliza-se das tecnologias de redes celulares onde cada célula de
rádio BSA, é controlada por um Access Point cobrindo uma determinada área geográfica.
Neste modelo de operação, os equipamentos móveis comunicam-se uns com os outros ou até
com a rede cabeada através do AP. A aplicação deste modelo de interligação é normalmente
observada em aplicações comerciais bem como em estruturas de redes residenciais, tanto para
ambientes fechados ou abertas.

Figura 18 Modo Infraestrutura IEEE 802.11

Diferentemente do modelo de operação em Infraestruturas, o Peer-to-Peer caracteriza-se por


ser um tipo de topologia Ad hoc em que os terminais remotos executam a troca de mensagens
(dados) sem a necessidade de um AP como ilustra a figura seguinte.

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Figura 19 Modo Ad hoc IEEE 802.11

10.5 Classificação
As redes locais sem fio WLANs, tiveram como base o padrão o 802.11, regido
pelo IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), comitê que defini como as
frequências de rádio são utilizadas na camada física e na subcamada MAC de links sem fio. E
com isso

 IEEE 802.11b (11 Mbps com 2.4 GHz)


 IEEE 802.11a (54 Mbps com 5.2 GHz)
 IEEE 802.11g (54 Mbps com 2.4 GHz)
 IEEE 802.11b (de 144 até 600 Mbps com 2.4 e 5 GHz)

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11 Considerações finais
Muitas dos resultados de qualquer coisa estão relacionados com o começo do mesmo, então
aqui, nesse trabalho, apresentamos, explicamos e exemplificamos os aspectos introdutórios
que tem haver com os o tema em estudo, a saber Introdução a redes informáticas, para ver se
conseguimos alcançar bons resultados nos temas que vem futuramente. Fomos concisamente
fundo nos conteúdos para a nossa melhor compreensão, e também naturalmente preparação
para o que vem em frente como cadeira de INRS.

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12 Referencias Bibliográficas

GLÊDSON, E. Lobato, L. C. (2013). Arquitetura e protocolos de rede TCP-IP (2nd ed.). Rio
de Janeiro: RNP/ESR.

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COMER, D. E. (2000) . Internet Working with TCP/IP. 4a. Ed. Prentice Hall.

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CAMPISTA, M. E. M.(n.d.). Parte IV: camada de elance. Recuperado de:


https://www.gta.ufrj.br/~miguel/docs/redes1/aula6-6f.pdf

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