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FACULDADE DE ENGENHARIAS
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – DEITIC
Ano Curricular: 5º
Laboratório de Telecomunicações
LUANDA – ANGOLA
ABRIL / 2020
1
UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA
FACULDADE DE ENGENHARIAS
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – DEITIC
Trabalho de Laboratório de
Telecomunicações, apresentado
ao professor Rui Morais como
requisito para a primeira e
segunda prova parcelar
Ano Curricular: 5º
Laboratório de Telecomunicações
LUANDA – ANGOLA
ABRIL / 2020
2
DEDICATÓRIA
3
I
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus
4II
EPÍGRAFE
Bob Marley
5
III
RESUMO
6IV
ABSTRACT
7
V
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
CC - Centrais de Comutação
DM - Dieselhorst-Martin
IP - Internet Protocol
9
VII
ÍNDICE DE FIGURAS
11
IX
ÍNDICE
DEDICATÓRIA .................................................................................................... I
AGRADECIMENTOS ......................................................................................... II
EPÍGRAFE ........................................................................................................ III
RESUMO........................................................................................................... IV
ABSTRACT ........................................................................................................ V
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................................ VI
ÍNDICE DE FIGURAS ...................................................................................... VII
ÍNDICE DE TABELAS ....................................................................................... IX
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 14
Descrição do Problema ................................................................................ 16
Objectivos ..................................................................................................... 16
Objectivo geral .......................................................................................... 16
Objectivos específicos............................................................................... 16
Justificativa ................................................................................................... 17
CAPÍTULO 1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................ 18
1.1. Conceitos fundamentais e topologias .................................................... 18
1.2. Plano de rede ........................................................................................ 21
1.3. Classificação das redes ......................................................................... 22
1.3.1. Comutação de Circuitos .................................................................. 22
1.3.2. Comutação de pacotes ................................................................... 23
1.4. Arquitectura de rede .............................................................................. 23
1.4.1. Estratificação em camadas ............................................................. 23
1.4.2. Hierarquização da rede ................................................................... 25
1.5. Tipos de redes de serviço ...................................................................... 26
1.5.1. Rede telefónica pública comutada .................................................. 26
1.5.2. Rede Digital Integrada..................................................................... 27
1.5.3. Rede Digital com Integração de Serviços ....................................... 27
1.5.4. Rede fixa de acesso ........................................................................ 27
1.5.5. Redes celulares............................................................................... 28
1.5.6. Redes do Século XXI ...................................................................... 30
1.5.7. Tipos de acessos à Internet ............................................................ 30
12
X
1.5.8. PON ................................................................................................ 32
1.6. Aspectos de Transmissão...................................................................... 33
1.6.1. Suportes de transmissão ................................................................. 33
1.6.2. Cabos de pares coaxiais ................................................................. 36
1.6.3. Fibras ópticas .................................................................................. 37
1.6.1. Amplificação .................................................................................... 39
1.7. Comutação ............................................................................................ 41
1.7.1. Centrais Locais................................................................................ 42
1.7.2. Centrais Tandem ............................................................................. 42
1.7.3. Centrais de Trânsito ........................................................................ 43
CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA ...................................................................... 45
2.1. Análise de Requisitos ............................................................................ 45
2.2. Técnicas e ferramentas a utilizar ........................................................... 48
2.2.1. IP/MPLS .......................................................................................... 48
2.2.2. ATM................................................................................................. 50
2.2.3. Hierarquia Digital Síncrona ............................................................. 51
2.2.4. Elementos passivos e activos de fibras ópticas .............................. 53
2.2.5. Cabos .............................................................................................. 55
2.2.6. Dispositivos de conexão .................................................................. 57
CAPÍTULO 3 – RESULTADOS ........................................................................ 58
3.1. Rede Núcleo .......................................................................................... 58
3.2. Rede Metropolitana ............................................................................... 59
3.3. Rede de Acesso .................................................................................... 60
3.4. Rede PON ............................................................................................. 61
3.5. Serviços fornecidos nesta Rede de telecomunicações .......................... 62
3.5.1. Serviço de Dados ............................................................................ 62
3.5.2. Serviço de Internet .......................................................................... 63
3.5.3. Serviço de Voz ................................................................................ 63
CONCLUSÃO................................................................................................... 64
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 65
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XI
INTRODUÇÃO
Seja qual for o serviço de telecomunicações utilizado, como telefonia móvel, telefonia
fixa e acesso banda larga, haverá sempre a necessidade de redes que suportem o
tráfego demandado por cada usuário, de forma compromissada com a garantia de
confiabilidade e não interrupção dos serviços utilizados. Com a grande complexidade
das redes existentes atualmente, torna-se fundamental entender o que são de fato
redes de telecomunicações, como elas podem estar organizadas e como podemos
visualizar suas aplicações em nosso dia-a-dia.
A rede de telecomunicações que nos dias de hoje cobre o globo terrestre é sem dúvida
a mais complexa, extensiva e cara de todas as criações tecnológicas, e porventura a
mais útil de todas, na medida que constitui o sistema nervoso essencial para o
desenvolvimento social e económico da civilização. As telecomunicações são uma
ciência exacta cujo desenvolvimento dependeu fortemente das descobertas
científicas e dos avanços na matemática que tiverem lugar na Europa durante o século
XIX. Foram as descobertas na área do electromagnetismo, que criaram as condições
para o aparecimento do primeiro sistema de telecomunicações baseado na
electricidade: o telégrafo.
Depois deste breve percurso por alguns dos factos mais marcantes da evolução das
telecomunicações, poder-se-á, assim, dizer que as telecomunicações compreendem
o conjunto dos meios técnicos necessários para transportar e encaminhar tão
fielmente quanto possível a informação à distância.
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A fiabilidade é outra exigência primordial, já que o utilizador espera das
telecomunicações um serviço permanente e sem falhas. O transporte da informação
à distância é um problema da transmissão, que é um ramo importante das
telecomunicações. Outro ramo importante é a comutação, que tem como objectivo o
encaminhamento da informação.
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Descrição do Problema
Objectivos
Objectivo geral
Objectivos específicos
16
Justificativa
Cada dia mais utilizamos a rede para transmitir nossos dados, mas por trás deste
nosso aumento de uso existe um estudo extenso de novas tecnologias para tornar
esta realidade possível. Nesse cenário, a implementação desta rede garante um
aumento na disponibilidade de banda no acesso à Internet e telefonia quer seja fixa
ou movel. A capacidade de transmissão de dados por fibra óptica é hoje uma realidade
que traz diversos benefícios aos usuários e as empresas provedoras de serviços. Com
a melhoria da transmissão de dados na região norte, muitas mudanças tiveram que
ser feitas e com isso novos conhecimentos aprendidos. Este trabalho visa mostrar um
estudo de forma simplificada destas novas redes, seus componentes.
17
CAPÍTULO 1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
18
Figura 1.1: Exemplo de uma rede
Fonte: Flood, 1997
19
Na topologia em anel cada nó só está interligado aos nós vizinhos. No caso de querer
comunicar com outros nós as mensagens terão de ser enviadas através dos vizinhos.
Uma rede em anel pode ser unidireccional ou bidireccional. No caso unidireccional
toda a informação viaja no mesmo sentido e cada nó só pode comunicar directamente
com um vizinho, enquanto no caso bidireccional a informação viaja nos dois sentidos
e cada nó pode comunicar directamente com os dois vizinhos.
A topologia em malha é uma topologia com conexão total caracterizada por apresentar
uma ligação directa entre todos os pares de nós. Numa rede baseada nesta topologia
o processo de comunicação está muito facilitado, pois qualquer troca de informação
entre dois nós não envolve a intervenção de mais nenhum outro nó. A principal
desvantagem desta solução reside na grande quantidade de recursos de transmissão
que exige. Apesar de algumas limitações a malha é muito usada para interligar os nós
principais das redes de telecomunicações, já que permite garantir um grau de
disponibilidade muito elevado.
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A topologia em árvore surgiu associada a serviços distributivos, onde o objectivo é
difundir o mesmo sinal desde o nó onde é gerada para todos os outros nós. Esta
perspectiva distributiva faz com que nos vários pontos de divisão o sinal seja repetido
até atingir o equipamento terminal do utilizador. Esta solução foi desenvolvida no
âmbito das redes de distribuição de televisão por cabo, também referidas na literatura
como redes de cabo.
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1.3. Classificação das redes
Redes de Telecomunicações
• Rede de satélites
Redes de • Rede de difusão de
Redes de
comutação televisão e rádio
comutação
• Rede Ethernet CSMA/CD
de circuitos de pacotes
• Rede telefónica
• Rede celular
• Circuitos alugados Redes não Redes orientadas à
• Redes de transporte orientadas à ligação ligação
(SDH e OTN) (Datagramas) (Circuitos virtuais)
Na comutação de circuitos é estabelecida pela rede uma ligação (circuito) entre dois
utilizadores (chamado e chamador) para a transferência de informação a qual é
mantida durante toda a comunicação. Envolve três fases: estabelecimento do circuito,
transferência de dados, e terminação (FLOOD, 1995, p.197).
Numa ligação telefónica a primeira fase tem lugar quando se marca o número do
destinatário e a central de comutação estabelece uma ligação para o telefone do
destinatário e envia o sinal de chamada. A segunda fase corresponde à conversação
entre os interlocutores. A terceira fase inicia-se quando se pousa o telefone.
Na comutação por circuitos virtuais por sua vez requer o estabelecimento prévio de
um circuito virtual entre a fonte e o destinatário, o qual é seguido por todos os pacotes.
O processo de comunicação envolve três fases como na comutação de circuitos.
As camadas de serviço são de diferentes tipos (rede telefónica, redes de dados, rede
celulares, redes de cabo, circuitos alugados.
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As tecnologias usadas na implementação rede de transporte são completamente
independentes do serviço. Essas tecnologias são baseadas fundamentalmente na
SDH (Synchronous Digital Hierarchy), WDM, (Wavelength Division Multiplexing), OTN
(Optical Transport Network) (FLOOD, 1999).
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1.5. Tipos de redes de serviço
A topologia mais simples para uma rede telefónica é a topologia em estrela, ligando
uma central de comutação telefónica ao equipamento terminal do utilizador. Quando
a dimensão da rede aumenta, torna-se mais económico dividir essa rede em sub-
redes de pequenas dimensões, cada uma servida pela sua própria central de
comutação telefónica. Para interligar todas as centrais entre si, a solução mais
económica é usar uma central de nível superior: central tandem.
Uma rede telefónica pública comutada apresenta uma estrutura hierárquica e uma
topologia em árvore não pura, porque à medida que se sobe na hierarquia aumenta o
número de ligações directas entre centrais do mesmo nível.
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1.5.2. Rede Digital Integrada
Uma rede digital integrada (RDI) é uma rede telefónica pública em que a comutação
é digital e a transmissão no núcleo e nas junções também é feita usando transmissão
digital. A qualidade do sinal na RDI devido à regeneração é independente do número
de troços e centrais presentes na ligação.
Uma parte significativa da rede fixa local ou de acesso é constituída pela infra-
estrutura de cobre que liga a instalação do assinante à central local, designada por
lacete local (ou lacete de assinante). Essa infra-estrutura é constituída quase
exclusivamente por pares simétricos. Dentro da solução tradicional saem do repartidor
principal, da central telefónica local vários cabos de pares simétricos, cada um
constituído por milhares de pares simétricos, que vão ser separados em feixes para
um determinado número de áreas de serviço. Estas áreas de serviço podem ter
diferentes dimensões, desde algumas dezenas de quilómetros quadrados nas áreas
urbanas, até algumas centenas nas áreas rurais. O número de pares por área de
serviço é planeado com antecedência de modo a ultrapassar o número de assinantes
na respectiva área, permitindo servir futuros utilizadores num curto espaço de tempo
(FLOOD, 1997).
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Figura 1.12: Rede de distribuição local
Fonte: FLOOD, 1997
Cada célula tem disponíveis vários rádios canais para tráfego de voz e um, ou mais,
para sinalização de controlo. Quando o telefone móvel é ligado, o seu
microprocessador analisa o nível de sinal dos diferentes canais de controlo
pertencentes a uma mesma MSC, e sintoniza o seu receptor para o canal com o nível
mais elevado. Periodicamente, o nível de sinal dos diferentes canais de controlo
continua a ser analisado, garantindo-se, assim, o estabelecimento de lacetes com
outras estações base, na eventualidade de a unidade móvel se deslocar para outras
células. No início da ligação e posteriormente, em intervalos regulares, o telefone
móvel envia informação da sua presença para a MSC mais próxima. Essa informação
é armazenada numa base de dados e permite à MSC ter uma ideia aproximada da
localização do móvel.
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Uma função importante da MSC consiste em localizar o destinatário, no caso em que
este é um móvel. A função de localização está associada ao paging. Depois de
localizado, o sinal de chamada pode em seguida ser ouvido no telefone móvel do
destinatário. Quando a estação base de uma determinada célula detecta que a
potência do sinal emitido por uma determinada unidade móvel desce abaixo de um
determinado nível, sugere à MSC para atribuir o comando dessa unidade a outra
estação base. A MSC, para localizar o móvel, pede às células vizinhas informação
sobre a potência do sinal por ele emitido, sendo atribuído o comando do móvel à
estação base que reportar um nível de sinal mais elevado. Um novo canal de voz é
atribuído a essa unidade móvel pelo MSC, sendo a chamada transferida
automaticamente para esse novo canal. Este processo designa-se por handover e
dura cerca de 200 ms, o que não é suficiente para afectar uma comunicação de voz.
As palavras chave vão ser banda larga, convergência e resiliência. A banda larga irá
exigir a aproximação da fibra óptica ao utilizador. A convergência irá reduzir o número
de tecnologias de rede usadas tanto na camada de serviço, como na camada de
transporte. A resiliência permite garantir redes com elevada disponibilidade.
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domésticos e pressupõe o estabelecimento de uma ligação temporária ou permanente
a um ISP (Internet Service Provider), sendo a ligação feita por intermédio de um ponto
de presença ou POP (point of presence) (GROOM, 2004).
O acesso indirecto pode ser de banda estreita ou de banda larga. O acesso indirecto
de banda estreita é realizado através de modems que operam na banda da voz, que
permitem enviar o fluxo de informação gerado pelo computador através da linha
telefónica. A escolha do POP apropriado para uma determina ligação é feita pela rede
telefónica de um modo transparente para o utilizador, sendo posteriormente a
chamada encaminhada para esse POP. O POP da rede telefónica pode por sua vez
estar ligado aos POPs dos diferentes ISPs, usando circuitos alugados, ou canais
virtuais permanentes estabelecidos usando uma rede ATM (constituída por vários
comutadores).
O acesso da banda larga pode ser feito usando a tecnologia ADSL. No caso em que
se usa a tecnologia ADSL, a rede de acesso, que faz uso da infra-estrutura de pares
simétricos existente entre os utilizadores e a central local, é interligada aos ISPs,
usando também uma rede de banda larga baseada geralmente no ATM. A rede de
acesso neste caso inclui para além dos modems ADSL nas instalações do cliente, os
multiplexadores de acesso DSL ou DSLAM localizados na mesma estação onde se
encontra a central local. Cada DSLAM interliga várias centenas de modems ADSL à
rede da banda larga (GROOM, 2004, p.200).
31
1.5.8. PON
A estrutura de uma PON está representada na Figura 1.16. O sinal óptico transmitido
pela OLT é repartido pelas diferentes ONUs usando um repartidor óptico passivo.
Embora a bidireccionalidade possa ser garantida usando duas fibras, uma para cada
sentido, a maioria das implementações usa uma única fibra e duplexagem por divisão
no comprimento de onda como se mostra na Figura 1.16.
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Figura 1.16: Estrutura de uma rede óptica passiva
Fonte: PIRES, 1999
Um par simétrico não é mais do que uma linha de transmissão constituída por dois
condutores isolados e entrelaçados. O material usado nos condutores é,
normalmente, o cobre, enquanto como isolador se usa o polietileno. No sentido de
melhorar as propriedades de diafonia os quatro fios correspondentes a dois pares são
entrelaçados formando uma quadra, designada por quadra-estrela. Um outro tipo,
designada por quadra DM (do nome dos seus inventores Dieselhorst-Martin), ou
quadra de pares combinados, é obtida entrelaçando dois pares previamente
entrelaçados. Um cabo de pares simétricos é constituído por várias quadras dispostas
de modo conveniente.
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Figura 1.17: Modelo de um troço elementar de linha de transmissão
Fonte: REEVE, 1995
1.6.1.3. Diafonia
Como já se referiu os pares simétricos não são mais do que dois fios de cobre isolados
e entrelaçados. Os cabos de pares simétricos podem, por exemplo, ser construídos
agregando vários grupos de pares simétricos, como se mostra na Figura 1.16.
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A proximidade dos pares no cabo vai originar interferências mútuas entre os diferentes
pares, designadas por diafonia ou crosstalk. Estas interferências têm origem,
fundamentalmente, no acoplamento capacitivo entre os condutores de dois pares,
assim como, no acoplamento indutivo resultante do campo magnético de um dos
pares atravessar o campo dos outros pares. A diafonia é uma limitação séria dos
cabos de pares simétricos, principalmente, no que diz respeito à transmissão digital.
Podem-se identificar dois tipos de diafonia: a paradiafonia e a telediafonia.
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onde a, b e c são três constantes, que dependem das dimensões físicas do cabo e f
é frequência dada em MHz.
Desde o fim dos anos setenta que as fibras ópticas se tornaram um dos meios de
transmissão mais importantes para os sistemas de telecomunicações de média e
longa distância, tendo vindo também a ganhar alguma relevância na curta distância.
(PIRES, 1999, p.157) entendeu que, algumas das razões que explicam o porquê do
enorme sucesso das fibras ópticas são:
Largura de banda elevada: a fibra óptica tem capacidade para transmitir sinais de
frequências muito mais elevadas do que o cabo coaxial. A largura de banda de
transmissão disponível também depende do tipo de fibra, sendo a fibra monomodal a
que apresenta maior capacidade (cerca de 25 000 GHz só na terceira janela de
transmissão).
Dimensões e peso reduzidos: a fibra óptica é mais leve e tem um diâmetro mais
reduzido do que qualquer outro meio de transmissão metálico. Comparando um cabo
coaxial com 18 pares coaxiais, com um cabo óptico com 18 fibras, o cabo óptico ocupa
uma secção que é 1/10 da do cabo coaxial e o seu peso é cerca de 1/30. Assim, os
condutas usados pelas empresas de telecomunicações podem acomodar cerca de 10
cabos ópticos, no mesmo espaço onde acomodavam um cabo coaxial.
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Imunidade a interferências electromagnéticas: como o material base das fibras
ópticas é o vidro de sílica (SiO2) e este não conduz electricidade, a fibra óptica é
imune às interferências electromagnéticas induzidas por fontes exteriores (Ex. cabos
de alta tensão, radiodifusão, descargas atmosféricas, etc.), como também é imune à
diafonia originada pela presença de outras fibras.
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Em sistemas de telecomunicações também é usual exprimir-se as potências em
unidades logarítmicas, usando como nível de referência um sinal com a potência de
1W, ou de 1mW, tendo-se, respectivamente,
1.6.1.3. Ruído
40
amplificador é inferior à relação sinal-ruído na entrada. Define-se o factor de ruído do
amplificador (em dB), como a diferença entre a relação sinal-ruído na entrada (em dB)
e a relação sinal-ruído na saída (em dB), ou seja
1.7. Comutação
Uma comutação é um processo que pode ser realizado por um evento mecânico,
eletromecânico ou eletrônico, seja ele manual ou automático. Diz respeito a troca de
caminho que um determinado sinal sofrerá, um circuito poderá definir a rota (caminho)
que um determinado sinal tomará, comutando para tal direção (MCDONALD, 1990).
Em termos gerais o equipamento associado com qualquer central de comutação
telefónica deverá realizar as seguintes funções:
• Sinalização
• Controlo
• Comutação
Ainda havia o fato de que, uma conversação sempre obrigatoriamente deveria ser
estabelecida por uma pessoa, tornando as conexões lentas devido ao crescente
número de usuários, e que também dificultavam a memorização das centenas de
nomes pelas telefonistas. Outro problema era a dificuldade de efetuar tarifação do uso
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do sistema, ficando apenas o assinante responsável pelo pagamento de um valor
mensal.
Uma central local, como o próprio nome revela, está situada em uma região de
pequeno alcance, denominada de local. Nessa central, são interligados os assinantes,
cada qual com uma numeração própria. São utilizados dispositivos para comutação
totalmente automática. O comprimento médio da linha de assinante é de 5Km, isto é,
é a distância aproximada dos condutores entre o assinante e a central.
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Figura 1.21: Representação de ligações entre Centrais Locais via Tandem
Fonte: SHAY, 1999
Seguindo o mesmo raciocínio, podemos dizer que as Centrais de Trânsito são aquelas
destinadas à interligação de centrais de áreas locais diferentes. Por elas circulam o
tráfego interurbano, delimitado por uma área de atendimento regional, agregando uma
certa quantidade de centrais locais.
43
Figura 1.22: Estrutura das Centrais de Trânsito
Fonte: MCDONALD, 1999
44
CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA
45
Nesse contexto, quando é citado a terminologia sistema de gerência ou sistema de
operação, não se pode confundir com funções de O&M (operação e manutenção),
geralmente voltadas para uma tecnologia específica, aquela do próprio fabricante do
equipamento em questão.
Para tanto, será apresentada uma descrição dos requisitos mínimos e necessários de
uma arquitetura de gerência, respeitando seus aspectos de hardware e software, para
permitir o gerenciamento dos equipamentos de comutação. De forma alguma os
aspectos aqui levantados invalidam as necessidades de gerência abordadas em
outros textos técnicos voltados à aquisição de equipamentos, visam, tão somente,
complementar as definições e recomendações existentes nestes documentos.
Fazem parte da gerência da rede funções como supervisão e monitoração das sub-
redes com seus equipamentos e recursos, medição da utilização dos recursos,
configuração dos equipamentos para funcionamento, configuração dos canais de
transmissão, disponibilidade de recursos, manutenção dos equipamentos,
provisionamento, confidencialidade de dados, integridade de dados e controle de
acesso.
46
• Sistemas Gerenciados: Determinar o escopo dos sistemas gerenciados,
equipamentos de telecomunicações ou conjunto destes equipamentos com
funções específicas na planta.
• Novos equipamentos: Orientar a aquisição de novos equipamentos já
objetivando gerência, através de uma arquitetura de gerenciamento baseada
no Modelo TMN.
• Plataformas de Gerenciamento: Orientar a aquisição de uma plataforma de
sistemas de gerência como suporte aos sistemas de gerência, definindo a rede
de suporte para gerência, o hardware, o sistema operacional e o sistema
gerenciador de banco de dados para a operação.
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Na questão das centrais analógicas de comutação, referente à gerência da planta
analógica legada, uma solução que pode ser vislumbrada é a digitalização das
centrais analógicas de comutação de grande porte. No caso das centrais de pequeno
e médio porte, deve-se seguramente optar pela desativação (com os serviços
absorvidos por outra central) ou a substituição.
2.2.1. IP/MPLS
Para a rede núcleo será usada o IP/MPLS. A tecnologia usada nesta rede é a
tecnologia IP/MPLS. MPLS, ou MultiProtocol Label Switching, que é uma tecnologia
de encaminhamento de pacotes baseada em rótulos (labels) que funciona,
basicamente, com a adição de um rótulo nos pacotes (O MPLS é indiferente ao tipo
de dados transportado, pelo que pode ser tráfego IP ou outro qualquer) à entrada do
backbone (chamados de roteadores de borda) e, a partir daí, todo o encaminhamento
pelo backbone passa a ser feito com base neste rótulo.
2.2.1.3. Caraterísticas
• Adição de um rotulo;
• Rotulo de comprimento fixo (32 bits) com funcionalidade distintas ao VCI, VPI
do ATM.
2.2.1.4. Aplicações
• IP sobre ATM
• Engenharia de Tráfego
• Redes Privadas Virtuais (VPNs)
49
2.2.2. ATM
50
2.2.2.2. Características
2.2.2.3. Aplicações
O sinal SDH básico designa-se por módulo de transporte síncrono de nível 1, ou STM-
1 (Synchronous Transport Module level 1), ao qual corresponde um débito binário de
155.52 Mb/s. Os débitos binários das hierarquias superiores são múltiplos deste valor,
por um factor de N=4n (n=1, 2, 3, 4) conduzindo aos sinais STM-N.
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Nível Débito (Mbit/s)
STM-1 155,52
STM-4 622,08
STM-16 2 488,32
STM-64 9 953,28
Uma rede de transporte SDH é constituída por vários elementos de rede (nós)
interligados entre si, normalmente por vias de transmissão ópticas, segundo uma certa
topologia física, e ligados a um sistema de gestão de rede pelo canal de comunicação
de dados.
Tipo Figura Função
É usado para combinar tributários PDH, ou
Multiplexadores Terminais mesmo SDH de modo a gerar um sinal STM-
de Linha N de débito mais elevado. Estes elementos
LTM são a principal adaptação entre hierarquia
(Line Terminal Multiplexer) PDH e a hierarquia SDH.
Permite extrair ou inserir sinais plesiócronos
ou síncronos de baixo débito no sinal STM-N
que passa, e não termina no equipamento.
Multiplexadores de
Este elemento de rede representa uma das
Inserção/Extracção
grandes vantagens da nova hierarquia: um
ADM
sinal de um nível hierárquico superior não
(Add/Drop Multiplexer)
necessita de ser desmultiplexado para que
seja efectuada uma extracção ou adição de
um tributário.
Permitem estabelecer ou modificar as
Comutador de Cruzamento ligações entre vários canais de entrada e de
Digital saída, actuando desde o nível E1 até ao nível
DXC STM-1. Note-se que a sua reconfiguração é
(Digital Cross Connect realizada por controlo do sistema de gestão,
System) enquanto os comutadores respondem à
sinalização do cliente.
Para distâncias de transmissão superiores a
60 km é necessário recorrer a regeneradores.
Regenerador SDH Estes, para além de fazerem a simples
REG regeneração do sinal, têm capacidades de
(Regenerator) monitorização de desempenho e
capacidades de alarme e vigilância.
52
2.2.4. Elementos passivos e activos de fibras ópticas
Os Splitter ópticos realizam a divisão do sinal que vem de uma ou duas fibras em
várias outras. Este componente é imprescindível numa rede PON, pois a divisão do
sinal possibilita uma rede ponto-a-multiponto. Existem dois tipos de Splitter, o
balanceado e o não-balanceado, sendo utilizados para diferentes aplicações. Os
balanceados realizam uma divisão de sinal igual para todas as fibras posteriores,
sendo assim mais utilizado nas redes PON. Já os não-balanceados são utilizados em
“estradas inteligentes” quando é necessária uma divisão desigual entre as fibras.
54
2.2.4.5. Optical Line Terminal (OLT)
O outro equipamento ativo fica nas residências dos usuários de internet, este
recebe os sinais das centrais e envia sinais em resposta. Assim como os
transmissores, estes equipamentos podem receber e transmitir dados, voz,
vídeo ou os três simultâneos.
2.2.5. Cabos
55
2.2.5.1. Fibra óptica multimodo (MM)
Tipo de fibra para velocidades de até 10Gb/s em distância de até 300m. Apresenta
menor custo de aquisição, fácil conexão (requer menor precisão), pois apresenta
núcleo com diâmetro maior. A fibra MM do tipo Gradual alcança distâncias de até 500
metros para velocidade acima. Usada principalmente em conexões de curta distância,
como no trecho de backbone, interligando o Rack principal aos racks de cada usuário.
Tipo de fibra para velocidades superiores a 160 Gb/s em maiores distâncias (centenas
de Km). Apresenta maior custo de aquisição, conexão mais complexa, pois requer
maior precisão com núcleo com diâmetro menor.
56
Entrada
Cabeamento de
De operadoras
Tipo de aplicação Tipos de cabos Backbone e rede
Ou aplicações
Horizontal
Especiais
UTP 21 pares ou
Somente VOZ convencional de 800m -
telefonia
Voz e dados Cabos UTP 04 pares 90m -
categoria 03 a 07
UTP Categoria 05 a 07 90m -
Dados Fibra Multimodo 300m -
Fibra Monomodo - Em torno de 160 Km
Os cabos UTP são montados com os respectivos conectores RJ45 nas pontas.
Cordões de conexão (Patch Cord) são utilizados para fazer as conexões entre os
terminais da rede secundária com os terminais da rede primária e equipamentos ativos
instalados em rack. Também são utilizados para fazer a conexão entre tomadas de
telecomunicações (PT) e os equipamentos nas áreas de trabalho.
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CAPÍTULO 3 – RESULTADOS
As redes núcleo dão suporte ao tráfego de longa distância e, por sua principal
aplicação ser o transporte de informação, apresentam grande capacidade de tráfego
e permitem que uma combinação diversificada de tráfego seja transportada por uma
única infraestrutura. A baixo temos a estrutura de uma rede núcleo que interliga as
capitais das províncias de Cabinda, Zaire e Uíge.
Esta rede núcleo está constituída por equipamentos IP/MPLS instalados em cada
capital de província, interligados entre si por uma rede em fibra óptica em malha.
Nesta rede núcleo o protocolo MPLS (Multiprotocol Label Switching) canaliza todos os
pacotes com o mesmo destino através de uma espécie de túnel virtual associando-lhe
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uma etiqueta (label). O encaminhamento nesta rede MPLS é feito unicamente através
da identificação da etiqueta, permitindo aumentar significativamente a rapidez de
comutação e consequentemente reduzir o atraso do pacote na rede.
Cada rede Metro é composta por 3 centrais telefónicas locais, com tecnologia ATM,
uma central de transito, uma central de serviços moveis (MSC), um centro provedor
de serviço de internet (ISP). A interligação entre diferentes equipamentos é feita
através de um anel SDH.
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Figura 3.2: Estrutura de uma das redes Metro
Nesta rede, este protocolo ATM (Asynchronous Transfer Mode) faz uma comutação
rápida todos os tipos de serviço oferecidos pela rede.
Está constituída por uma por fios para telefonia fixa, e outra sem fios para serviço
móvel celular, instaladas em algumas localidades da província.
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Figura 3. 3: Estrutura da rede de acesso
Esta rede PON utiliza fibra óptica do equipamento transmissor de dados até o receptor
dentro da casa do cliente. Nessas redes a fibra é passada por caixas de emenda
óptica e caixas de terminação até chegar ao destino. Em cada uma dessas caixas
pode ser necessária ou não a troca do tipo de cabo para um cabo de menor densidade
ou um cabo de acesso ou terminação para poder realizar a troca de ambiente com um
mesmo cabo. Devido ao fato de ser uma rede inteiramente óptica, conhecida como
rede passiva, a velocidade de transmissão depende inteiramente do sinal emitido nos
transmissores e do nível de divisão do sinal (“splitagem”). Nesta rede utiliza-se a
GPON (Gigabit-capable Passive Optical Networks) padronizados pela IEEE e ITU que
podem chegam a velocidades máximas de 2,5 Gbit/s, respectivamente. Em alguns
pontos se utiliza da tecnologia capaz de transmitir a 10 Gbit/s neste tipo de rede, a
XG-PON. Na figura 3.4 pode-se ver uma rede FTTx, com a transmissão de dados, voz
e vídeo simultâneos, conhecidos como triple play, até o usuário final.
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Figura 3.4: Exemplo de uma rede FTTx
Outro serviço fornecido pela tecnologia IP/MPLS e ATM é o serviço de voz, ou seja,
serviço de telefonia fixa e telefonia movel com utilização de um telefone convencional
direccionado a empresas e não só, permitindo efectuar chamadas de voz domésticas
e internacionais.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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