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Rio de Janeiro
2005
Donato Antonio Marino Junior
Orientador:
Rio de Janeiro
2005
Donato Antonio Marino Junior
_____________________________________________________
Prof. Moacyr Henrique Cruz de Azevedo, M.Sc., UFRJ, Brasil
Dedico este trabalho ao meu Pai, que sempre me apoiou, mesmo que
nem sempre de forma clara. Jovem, nos deixou no decorrer deste
curso de Pós-Graduação para sentar-se ao lado do Criador.
AGRADECIMENTOS
MARINO Jr., Donato Antonio. REDES METRO ETHERNET: Uma Visão Geral da
Tecnologia. Monografia (Especialização em Gerência de Redes e Tecnologia
Internet). Núcleo de Computação Eletrônica, Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro, 2005.
MARINO Jr., Donato Antonio. REDES METRO ETHERNET: Uma Visão Geral da
Tecnologia. Monografia (Especialização em Gerência de Redes e Tecnologia
Internet). Núcleo de Computação Eletrônica, Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro, 2005.
This work synthesizes a vision of the Metro Ethernet technology and its use in
the metropolitan area networks and wide area networks. It presents since the
creation of the Ethernet standard and its evolution, until the implementation of Metro
Ethernet under the legacy metropolitan area infrastructure. Moreover, it presents the
standard defined in the Metro Ethernet Forum, with the parameters and attributes
used in Ethernet services in metropolitan area networks.
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1 – O esboço de Metcalfe 13
Figura 2 – Visão geral do Metro Ethernet 21
Figura 3 – O Ethernet over SONET 23
Figura 4 – Exemplo de utilização do VCAT 24
Figura 5 – O dispositivo RPR age como um packet ADM conectado a um
meio compartilhado 29
Figura 6 – A proteção do RPR 29
Figura 7 – O Resilient Packet Ring 31
Figura 8 – Ethernet hub-and-spoke 33
Figura 9 – A proteção do Ethernet com o protocolo spanning-tree 34
Figura 10 – Separação lógica do tráfego e dos serviços 43
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1 – As características do SONET 17
Tabela 2 – Protocolos de rede suportados pelo GFP 27
Tabela 3 – Serviços UNI 45
Tabela 4 – Serviços EVC 46
SUMÁRIO
Página
1 INTRODUÇÃO 10
2 O PADRÃO ETHERNET E AS REDES METROPOLITANAS DE LEGADO 12
2.1 O PADRÃO ETHERNET 12
2.1.1 A Evolução do Padrão 14
2.1.1.1 O Fast Ethernet e o Full Duplex 14
2.1.1.2 O Gigabit Ethernet 15
2.2 AS REDES METROPOLITANAS DE LEGADO 16
2.2.1 TDM – Time Division Multiplexing 16
2.2.2 SONET/SDH – Hierarquia de Sinais Digitais 16
2.2.3 As Tecnologias utilizadas na Interligação de Redes MAN / WAN 17
2.2.3.1 O ATM – Assynchronous Transfer Mode 17
2.2.3.2 O Frame-Relay 19
3 AS REDES METRO ETHERNET 21
3.1 TECNOLOGIAS METRO ETHERNET 22
3.1.1 Ethernet over SONET/SDH 22
3.1.2 RPR – Resilient Packet Ring 27
3.1.3 Transporte Ethernet 32
4 OS SERVIÇOS METRO ETHERNET – PADRÕES 35
4.1 O METRO ETHERNET FÓRUM 35
4.2 OS SERVIÇOS METRO ETHERNET 35
4.2.1 Parâmetros e Atributos dos Serviços Ethernet 36
4.2.1.1 Atributo de Interface Física Ethernet 36
4.2.1.2 Parâmetros de Tráfego 37
4.2.1.3 Parâmetros de Performance 38
4.2.1.4 Parâmetros de Classes de Serviços (CoS) 40
4.2.1.5 Atributos de Serviço de Entrega de Quadros 41
4.2.1.6 Atributo de Suporte a Tag VLAN 42
5 CONCLUSÃO 47
REFERÊNCIAS 49
10
1 INTRODUÇÃO
tecnologia Metro Ethernet, suas vantagens técnicas e estudos para sua utilização
disponível a todos.
dados demandados pelas empresas e consumidores. Esta não será somente uma
O trabalho apresentado foi estruturado para mostrar a visão geral desta nova
Por fim, o capítulo 4 apresenta o Metro Ethernet Fórum, órgão criado para
A tecnologia de redes locais Ethernet foi criada por Robert Metcalfe em 1973,
[SPURGEON].
O Ethernet foi uma evolução do ALOHA, que foi idealizado para transmitir
poderia enviar dados quando quisesse e aguardava por uma confirmação. Caso esta
confirmação não fosse recebida por um determinado tempo, presumia-se que teria
havido uma colisão, fato gerado pela transmissão simultânea de duas ou mais
os dados.
ficava em torno de apenas 18%. Para tentar minimizar o problema, foi idealizado o
Slotted Aloha, que através de um clock central dividia o tempo em slots, e só era
possível iniciar uma transmissão no início desta faixa de tempo. Com isto, a
que incluía mecanismo de detecção de colisão. Além disso, incluiu neste novo
de falar”. O meio físico compartilhado poderia ser utilizado por acessos múltiplos,
aonde cada estação “escutava” o meio antes de transmitir. No caso de ser detectada
13
Acesso Múltiplo com Detecção de Colisão). Com este novo sistema, Metcalfe
Mbps, adaptado para os padrões da Xerox, já que toda a pesquisa foi feita dentro da
empresa.
Xerox lançaram uma versão chamada DIX Ethernet que utilizava taxa de
transmissão de 10Mbps utilizando o cabo coaxial grosso (ou Thick Ethernet, padrão
10Base5).
Specifications.
suplementos do IEEE padronizavam vários outros tipos de mídias, tais como o cabo
coaxial fino (IEEE 802.3a), o cabo par trançado (IEEE 802.3i), a utilização de fibra
possibilitando a utilização da taxa de 10 Mbps junto com a nova taxa de 100 Mps
detecção de colisão. Por outro lado, a criação de um link ponto a ponto também tira
de acesso nas redes metropolitanas (daí o nome Metro Ethernet, popularizado pelo
mercado).
acesso local das redes de telecomunicações, o EFM, Ethernet in the First Mile
(padronizada pela ANSI Institute) desenvolvida para prover uma estrutura universal
[BATES].
17
mais baixos, tais como links DS-1, DS-2 e DS-3. De acordo com as características
taxa do canal básico do SONET comporta 28 canais DS-1 (1.544 Mbps) ou 1 canal
cada célula ATM. Como principais vantagens do ATM, temos o controle de fluxo,
utilizar o ATM. Vários tipos de camadas de adaptação (AAL) foram definidas para
tradicional ARP.
b. Lan Emulation (LANE) – Emula dentro da estrutura ATM uma rede 802.3
aumentou. Para amenizar este fato, foi especificado pelo ATM Fórum o serviço
conectadas ao ATM ou redes legadas, que podem ou não estar usando LANE,
2.2.3.2 O Frame-Relay
para redes onde as mensagens dos usuários são “quebradas” em pedaços menores
custos. Foi idealizada para ser utilizada em circuitos de alta velocidade com baixo ou
nenhum erro. Os erros são corrigidos nas duas pontas, ao invés de sobrecarregar os
roteadores no caminho.
do tratamento de erros que as antigas redes X.25 utilizavam. Diferente das redes
Metro Ethernet.
em Ethernet.
infra-estrutura foi idealizado o EoS (Ethernet over SONET) que além de proteger o
1
Resiliência: Capacidade da infra-estrutura de se recobrar facilmente ou se adaptar
às mudanças no estado dos enlaces.
23
banda, LCAS (Link Adjustment Capacity Scheme), que provê um ajuste dinâmico da
[HALABI].
24
SONET/SDH opera com canais de largura de banda de tamanho fixo. Com o VCAT,
o Ethernet pode ser mapeado em vários canais de menor tamanho que podem ser
pacotes para distribuir o tráfego através destas interfaces. Fornecer múltiplas DS-3
25
do SONET e sua hierarquia de sinais. A alternativa seria alocar uma OC-12 (622
fornecimento do serviço, sem causar impacto no tráfego deste canal virtual. O LCAS
grupo de canais virtuais (VGC – Virtual Group Channel) para a largura de banda
membro que apresentou falha. Este serviço ocorre de forma transparente, sem
• Interligação de grupos de canais virtuais que utilizam LCAS com outros que não
utilizam e vice-versa;
conexões assimétricas.
26
GFP-T.
baixa latência, tais como VoIP, video digital (ex. DVB-ASI) e aplicações SAN
O Resilient Packet Ring oferece duas grandes vantagens que antes eram
tráfego multicast (já que reserva um canal fixo para cada ponto) e na utilização de
28
lento na recuperação de falhas, já que utiliza o protocolo spanning tree para esta
que cada nó deixa passar o tráfego não direcionado a ele, não havendo necessidade
existente em cada nó executa três funções. “Add”, para inserir o tráfego destinado a
outro nó, “Drop” , para receber e retirar o tráfego assinado ao nó (no caso de uma
transmissão multicast ele não retira o tráfego do anel) e “Pass”, para encaminhar o
transforma em parte do meio de transmissão e faz com que o anel RPR se comporte
como um único e contínuo meio compartilhado por todos os nós do anel, o que
seu peso relativo. Por exemplo, se todos os nós possuem peso similar, a
nós. Caso um dos nós possua um peso maior, a largura de banda alocada ao
nós.
utilizada.
c. Tempo de resposta rápida. Pelo fato do tráfego ser muito variável, para
habilitado a lidar com grandes taxas de largura de banda, mesmo sob cargas
destes recursos.
encadeamento de linhas de transmissão, tanto em 10/100 Mbits (Nó B), Gigabit (Nó
acesso. Muitos estudos foram e estão sendo feitos para estender o Ethernet como
2
O termo dual-homed refere-se a duas interfaces de rede no mesmo dispositivo.
Neste caso particular, refere-se a dois enlaces entre dois switches, usados para a
redundância da conexão.
33
tecnologia em anel. Para efeitos de redundância podem ser utilizados dois canais de
agregation, IEEE 802.3ad) para criar um canal de alta velocidade ao edifício. Desta
forma, no caso de uma falha, uma das fibras pode suprir toda a necessidade até a
o sistema leva algum tempo para se recuperar, devido ao protocolo spanning tree
ser lento. Mesmo com a utilização do novo protocolo Rapid Spanning Tree (IEEE
802.1w), que permite uma convergência mais rápida, não chega a ter a velocidade
tecnologia apresentada.
implementação é de 1 Gbit/s.
35
O Metro Ethernet Fórum (MEF) é uma organização sem fins lucrativos criada
para criar serviços privados ou virtuais como uma linha Ethernet privada (analogia
Ethernet para uma linha privada TDM, como uma T1 ou T3) ou a linha Ethernet
outras palavras o EVC é um túnel lógico que conecta dois ou mais locais, permitindo
e provedores com uma nomenclatura comum para seus parâmetros e atributos. Para
cada um dos serviços principais (ELS e E-LAN), o MEF definiu vários destes
• Parâmetros de Tráfego
• Parâmetros de Performance
• Mídia Física – Define o tipo de mídia através do padrão IEEE 802.3. Por
padrão 802.3-2002
37
parâmetros de tráfego:
operação. O serviço pode suportar uma CIR por VLAN na interface UNI. Porém,
CIR tem um outro parâmetro associado denominado CBS, Commited Burst Size,
CIR na qual o tráfego é permitido na rede, caso esta não esteja congestionada. O
PIR tem um outro parâmetro associado denominado MBS, Maximum Burst Size,
O EVC torna-se disponível após a ativação do UNI, mas em uma estrutura EVC
multiponto, somente após a ativação de todos os UNI é que o serviço EVC fica
disponível.
se indisponível.
para aplicações em tempo real. O atraso entre dois pontos em uma rede
metropolitana é uma soma de atrasos, iniciando de uma UNI até um fim, transitando
pela rede metro Ethernet, e da UNI até o fim do caminho. A rede metro Ethernet por
39
UNI)
variação de atraso tem efeito prejudicial em aplicações de tempo real, como telefonia
UNI)
serviço e não são transferidos entre UNIs após um determinado período de tempo.
Aplicações como e-mail ou web browser são mais tolerantes às perdas que
seguintes atributos:
UNI)
• Porta Física – Forma mais simples de QoS que aplica à porta física da conexão
UNI. Todo o tráfego que entra e sai da porta tem o mesmo CoS.
endereços MAC.
assinante tem diferentes serviços na porta física onde o serviço é definido por
• Valor 802.1p – O campo 802.1p permite que a portadora marque até 8 níveis de
melhor esforço.
para o assinante. Devido a este fato, apenas algumas CoS são mantidas para os
Caso o endereço MAC de destino seja conhecido pela rede local, este é entregue
Pode ser um quadro com o bit menos significante definido com o valor binário 1,
de protocolo necessários para algumas aplicações. Por exemplo pacotes BPDU são
uma rede local, por exemplo, uma estação de usuário e um switch, e podem
VLAN.
• STP – Spanning Tree Protocol – Protocolo que evita loops entre switches em
estrutura, onde cada rede tem sua própria segmentação. O suporte a diferentes
importância.
para vários escritórios. Neste caso, cada assinante é identificado pela porta física do
seu conjunto de VLANs com tráfego concomitante às dos outros assinantes. Para a
43
ele. Para fazer esta distinção, o MEF identifica as VLANs internas do assinante pelo
provedor através do seu EVC. Esta operação é típica em serviços como uma
extensão de rede local, onde a mesma rede é estendida entre dois diferentes locais
Neste caso, a tradução ou troca ocorre quando as tags VLAN são locais à
UNI, significando que, caso exista de um lado do EVC, é independente da tag VLAN
do outro lado. Caso um dos lados do EVC não suporte tags VLAN, o provedor
remove este tag do quadro Ethernet antes destes serem enviados ao destino. Por
exemplo, no caso de uma fusão de duas empresas que queiram juntar as suas redes
lado do EVC para o tag VLAN da rede de destino de uma forma transparente para
os dois pontos.
Largura de Banda Ingressa e Egressa Não, ou um dos seguintes parâmetros: CIR, CBS,
por UNI PIR, MBS. Se não, nenhum perfil de largura de
banda por UNI será setado, caso contrário, os
parâmetros de tráfego CIR, CBS, PIR e MBS devem
ser setados
Largura de Banda Ingressa e Egressa Não, ou um dos seguintes parâmetros: CIR, CBS,
por EVC PIR, MBS.
Largura de Banda Ingressa e Egressa Não, ou um dos seguintes parâmetros: CIR, CBS,
por identificador CoS PIR, MBS. Se um dos parâmetros for escolhido,
especificar o identificador CoS, valor de atraso,
variação de atraso, perda. Se não, nenhum perfil de
largura de banda por identificador CoS será setado,
caso contrário, os parâmetros de tráfego CIR, CBS,
PIR e MBS devem ser setados.
Largura de Banda Ingressa e Egressa Não, ou um dos seguintes parâmetros: CIR, CBS,
por destino UNI por EVC PIR, MBS.
Perfil de Largura de Banda Egressa Não, ou um dos seguintes parâmetros: CIR, CBS,
por fonte UNI por EVC PIR, MBS.
5 CONCLUSÃO
Ethernet alia todas as facilidades de uma tecnologia idealizada para redes locais
centros urbanos.
vídeo através dos enlaces, melhor utilização de largura de banda ociosa causada
pelos canais TDM, gerenciamento mais fácil para o SLA junto ao cliente, explicam o
brasileira.
indicando que a tecnologia será cada vez mais utilizada pelas empresas, governos
REFERÊNCIAS
4. CISCO Systems White Paper. Leveraging Transport For Data Services With
VCAT and LCAS. Disponível em
http://www.cisco.com/en/US/netsol/ns341/ns396/ns114/ns99/networking_solution
s_white_paper09186a00801e121e.shtml. Acesso em 16 jun. 2005.
13. TELEMAR. Telemar e Cisco expandem rede Metro Ethernet para São Paulo,
Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Press Release de 10 dez. 2003. Disponível
em http://www.telemar.com.br/institucional/assessoria/txt_press2.asp?text=45.
Acessado em 25 jul. 2005.