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CAPÍTULO DÉCIMO
O termo ADSL (ASYMMETRICAL DIGITAL SUBSCRIBER LINE) foi concebido em 1989 e não se refere a
uma linha, mas a modems que convertem o sinal padrão do telefone em um duto digital de alta velocidade.
Os modems são chamados assimétricos porque eles transmitem dados da sua casa em uma velocidade
menor do que recebe. O sistema ADSL atinge velocidades altíssimas comparadas os sistemas de
transmissão de dados atuais. ADSL permite transmissões a 6 Mbps (chegando ao máximo de 9 Mbps) de
download por assinante, e chegando à 640 kbps para upload.
Tais taxas ampliam a capacidade do acesso em 50 vezes ou mais. O ADSL pode transformar a rede pública
já existente que é limitada à voz, texto e gráficos de baixa resolução para um sistema poderoso, capaz de
transportar multimídia, incluindo vídeo em full-motion como, por exemplo, vídeo - conferência.
A linha de assinante digital assimétrica - (ADSL), é uma ótima solução para o acesso a Internet em alta
velocidade podendo transmitir a voz e os dados simultaneamente sobre um único par de cobre, existente,
com alcance de até 5.500 km.
A base de cabos de cobre instalada possibilita o uso econômico da rede telefônica para aplicações de
banda larga e servirá de diferencial competitivo para as operadoras de telefonia fixa. Esta tecnologia exige
boa performance dos meios da camada física e usa uma modulação DMT (Discrete Multi-tone). O sistema
ADSL consiste dos seguintes componentes:
Downstream
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passa alta que seleciona o sinal de dados e elimina o sinal de voz. O sinal resultante, de dados somente, é
convertido então para o padrão Ethernet 10 Base T ou para o padrão ATM.25 e conectado a placa de rede
do PC. Este processo é ilustrado em figura 2.
Upstream.
A atenuação cresce com a distancia e
com a freqüência.
Figura 3 – Atenuação versus distancias para diversos
métodos de codificação de linha.
A mágica do DSL
Como o DSL aumenta a taxa de bits da linha telefônica que pode somente suportar, no máximo 56 kbps?
A linha telefônica convencional é constituída de um par de fios trançados (twisted pair), e usa a faixa de
freqüências abaixo de 4 kHz. Todos os modems "analógicos" usam técnicas de modulação dentro desta
região de 4 khz.
Os serviços da POTS (Plain Old Telephone Service) podem operar com linhas locais relativamente longas
por causa da baixa atenuação oferecida as baixas freqüências usadas. O DSL porem, utiliza freqüências
mais elevadas levando a linha a oferecer uma atenuação consideravelmente maior. A figura 3 mostra a
atenuação para diversos métodos de codificação de linha como: o método de codificação 2B1Q - HDSL que
pode transportar velocidades até T1 (1.5 Mbps) e E1 (2.0 Mbps) e o método de codificação DMT que se
adapta à atenuação da linha e seleciona uma portadora usável dentro da faixa de freqüência de 20 a
1.100khz.
Um modem é colocado na sua casa enquanto um outro modem é colocado na central telefônica. Estes dois
modems estão permanentemente conectados. O modem divide digitalmente a linha telefônica em 3 canais
separados. O primeiro canal é utilizado para transmissão de voz. O segundo canal é utilizado para o fluxo
de informações no sentido usuário Æ rede (upstream) e o terceiro canal para o fluxo de dados no sentido
rede Æ usuário (downstream). Esta técnica permite maiores velocidades porque raramente as pessoas
fazem ao mesmo tempo uploads e downloads. O canal de downstream é mais largo do que o do upstream,
pois quando você clica num link para acessar uma web page, seu computador apenas envia o "click", que é
uma pequena quantidade de dados. Em resposta, seu computador recebe um volume de dados maior
quando as páginas estão sendo carregadas. Expandindo a banda de downstream aumenta-se a
performance do sistema.
A velocidade de dados depende da distância. Por exemplo, se você morar próximo a uma central telefônica
que provê seu acesso ADSL, você terá maiores velocidades. A velocidade de recepção de dados será uma
média de 4 Mbps até 640 Kbps. A transferência de dados atingirá até 640 Kbps e nunca será inferior a 160
Kbps. Essas velocidades são altíssimas se comparadas com os 56 Kbps desenvolvidos pelos melhores
modens convencionais. Uma grande vantagem do ADSL está no fato de que sua velocidade continua a
mesma independente no número de usuários conectados, pois cada usuário possui uma linha dedicada e
não irá compartilhar essa linha com mais ninguém. Casos em que pode haver redução de velocidade:
Por exemplo, se 500 usuários estão efetuando download da Internet ao mesmo tempo, isso causará uma
certa lentidão, não do ADSL, mais sim do servidor que está disponibilizando o aplicativo naquele instante. O
sistema também permite a conversa ao telefone ao mesmo tempo em que os dados estão sendo
transmitidos através da Internet. Segundo dados coletados, a voz ocupa apenas 1% do canal, os outros
99% são destinados à dados.
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Foram testados microcomputadores rodando Windows, Linux e Mac. Outros computadores ou sistemas
operacionais podem rodar se atualmente rodarem IP Dial-up e suportarem DHCP (dynamic host
configuration protocol) incluindo as seguintes opções de configuração: Endereço IP, máscara de subrede,
default gateway e servidores DNS. Seu computador e sistema operacional devem também suportar HTTP.
Database Passive
ADSL
Modem DSLAM: O DSLAM efetua a conexão do ADSL com a
Splitter
IP Router/
ATM Switch
Ethernet
Switch Multimedia PC
internet. Suporta diversos protocolos e possui a
example
Printer Keyboard
vantagem de está dedicado apenas a um usuário, o
que não ocorrem com o serviço de cable modem onde
todos os usuários dividem a mesma linha.
Em sua casa
Na Central Telefônica
As chamadas de voz são roteadas para a rede de comutação telefônica (PSTN - Public Switched Telephone
Network) e procede pelo seu encaminhamento normal. Os dados que vem de seu PC passam do modem
ADSL para o multiplexador de acesso à linha de assinante digital (DSLAM - Digital Subscriber Line Access
Multiplexer). O DSLAM agrupa muitas linhas ADSL em uma única linha ATM (Asynchronous Transfer Mode)
de alta velocidade que fica conectada a Internet por linhas com velocidades acima de 1Gbps. Os dados que
retornam da Internet são roteados de volta ao assinante através do DSLAM e do modem ADSL da central
telefônica chegando novamente ao seu PC. Ver figura 5b.
Parâmetros do ADSL
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Na prática, instala-se um modem ADSL em cada uma das pontas de uma linha telefônica e este cria três
canais lógicos; um de alta velocidade para download, um canal de média velocidade para upload e um para
voz (Plain Old Telephony Services) O canal de voz é separado por filtro digital - 4 khz, o canal de alta
velocidade de 256 Kbps a 6.1 Mbps para download e um canal intermediário que vai de 16 Kbps a 640
kbps.
A taxa de bits dos dados depende de vários fatores, tais como o comprimento da linha, o diâmetro do fio, a
presença de derivações, e interferência de outros pares. A atenuação da linha aumenta com o comprimento
e com a freqüência, e diminui com aumento do diâmetro do fio. Ignorando as derivações, o ADSL terá a
seguinte performance:
Tecnologia
Técnicas de codificação
Códigos de linha
O serviço telefônico tradicional (POTS - Plain Old Telephone Service) usa uma banda passante de 4-kHz
para transmitir os sinais de voz analógica. Isto significa que mesmo com as atuais técnicas sofisticadas da
modulação, os modem conseguem um throughput de no máximo 56 kb/s. Para alcançar um throughput mais
elevado de até 8 Mb/s, o ADSL usa uma faixa de
freqüência de 4 khz a 1,1 Mhz. A multiplexação por
divisão de freqüência (FDM) permite então que o ADSL
crie nesta faixa de freqüência múltiplas mini-portadoras
para transportar os dados no upstream e no
downstream simultaneamente e no mesmo par de
cobre que transporta a voz. A faixa de freqüência de 0
a 4-kHz é reservada para POTS, a faixa de freqüência
média é usada transmitir dados upstream, e a faixa de
freqüência superior é usada para dados downstream
(Veja Figura 6).
Os princípios da DMT
A DMT (discrete multi - tom) foi escolhida para codificar a linha ADSL. Usa até 256 "mini-portadoras" (tons)
e aloca um número de bits por tom baseado nas condições da linha. Uma faixa de tons com freqüências
mais baixas é usada para o upstream, enquanto a faixa de freqüências mais altas é usada para o
dowstream. A figura 7 mostra o efeito da atenuação em função da freqüência das mini portadoras.
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A modulação DMT (Discrete Multi-Tone) foi proposta pelo American National Standards Institute (ANSI)
como código de linha padrão T1.413. A DMT divide a faixa de freqüência em 256 sub - portadoras ou tons,
variando de 20 khz a 1,1 Mhz. O upstream usa, para transferência de dados, a faixa de freqüências de 20
khz a 160 Khz, o downstream usa, para transferência de dados, a faixa de 240 khz a 1.1 mhz. (Veja Figura
8.)
O ADSL usa a modulação QAM para conseguir transmitir, no máximo, 15-bit por mini portadora. A QAM é
uma técnica que emprega uma combinação de modulação em amplitude e chaveamento do deslocamento
de fase.
Por exemplo, um sinal que transmita três bits por baud requer oito combinações
binárias para representar este sinal. Este exemplo supõe dois valores de amplitude e
de quatro deslocamentos de fase que permitem oito valores do sinal diferentes. A
tabela 1 corresponde aos valores possíveis de combinação de amplitude e
deslocamentos de fase.
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A Figura 9 ilustra sinais QAM codificados de acordo com os bytes acima. Para representar 15 bits de dados
em um único tom, são requeridas 32.768 combinações de amplitude e de deslocamento de fase.
Cancelamento do eco
Os modems ADSL DMT podem usar o cancelamento do eco para utilizar as freqüências mais baixas tanto
para upstream como para downstream. Isto permite o uso eficaz que todos os 256 tons ou mini portadoras
para downstream enquanto as primeiras 32 mini portadoras também são usadas para o upstream. O
padrões T1.413 e o G.992.x do ADSL definem duas categorias de modem:
Os fabricantes de modems ADSL podem optar pela implementação do cancelamento de eco, porem como
complemento porque o FDM é obrigatório.
O cancelamento de eco sobrepõe a faixa superior na inferior, e separam os dois por meio de cancelamento
de eco local, uma técnica conhecida em modems V.32 e V.34. Em ambas as técnicas, o ADSL divide uma
faixa de 4 kHz da linha comum até o final da banda. Ver figura 10.
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Superquadro ADSL
Interferências no DSL
As fontes de interferências são os principais obstáculos a transmissão do DSL. Estas fontes são: outros
serviços digitais (T1, E1, ISDN, HDSL), ruído ambiente como rádio AM e equipamentos elétricos. Os rádios
AM transmitem numa freqüência acima de 680 kHz, podendo induzir ruído nos cabos telefônicos. O
crosstalk de pares vizinhos é uma ameaça presente. Ver figura 15.
Derivações
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extensão pode excede 600 metros. Por exemplo, oito extensões de 18 metros são aceitáveis, porém uma
única extensão de 750 metros é inaceitável. Atenção especial deve ser tomada para as extensões que
estão perto do ATU. Quanto mais próxima estiver a extensão do ATU, mais provável será a existência de
reflexões que contêm mais energia do que os pulsos entrantes no ATU. Se isto ocorrer, os circuitos são
incapazes de distinguir os dados das reflexões indesejadas. Por exemplo, uma extensão distante 30 metros
de um ATU-R pode degenerar o sinal do ADSL. Por estas razões, recomenda-se que nenhuma extensão
seja colocada a menos de 300 metros dos ATUs.
As Bobinas de pupinização (Load Coils) são instaladas nas linhas longas em intervalos de 1830 metros. A
primeira bobina fica situada a 914 metros da central.
A finalidade é filtrar o ruído das altas freqüências e reduzir a atenuação das freqüências na faixa da voz. As
bobinas filtram eficazmente e eliminam as freqüências altas inclusive as portadoras do DSL. Estas bobinas
devem ser localizadas e removidas para que o DSL funcione. Ver figura 17.
A inicialização do ADSL
Existem 2 tons piloto (um em cada sentido) usados para iniciar e ativar o enlace. Ambas as extremidades do
circuito podem iniciar a ativação da ligação. O ATU-R sempre está tentando iniciar a ligação. O ATU-C tenta
normalmente duas vezes, e então espera que o ATU-R inicialize.
O término da ligação
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Operação “dying gasp”: normalmente somente os ATU-C iniciam as mensagens no canal EOC. A única
exceção é a mensagem de “dying gasp" emitida pelo ATU-R até seis vezes quando a alimentação é
removida. A mensagem de “dying gasp" tem prioridade de emergência. Diante de algum problema o ATU-R
tentará emitir pelo menos seis mensagens “dying gasp". O ATU-C detecta a perda de alimentação depois
que recebe pelo menos quatro mensagens “dying gasp". A figura 19 ilustra o “dying gasp".
Padrões xDSL
ITU – International Telecommunications Union (G series for xDSL modems)
G.991.1 (G.hdsl)
G.992.1 (G.dmt) Internationalized T1.413i2 with annexes for full rate ADSL
G.992.2 (G.lite) ADSL Lite standard
G.vdsl VDSL
G.994.1 (G.hs) Handshake procedures for interop of ADSL and ADSL-Lite G.hdsl,
G.996.1 (G.test) Testing Procedures for xDSL modems
G.997.1 (G.ploam) Physical Layer Operations, Admin and Maintenance
ANSI T1.413
T1E1.4 group Working on DSL
T1.413 “mother” ADSL standard using DMT
T1.413i2 Is current ADSL standard (T1.413 Issue 2)
ADSL Metallic Interface Network and Customer Installation Interfaces
ATM Forum: An industry group of ATM vendors that advises on ATM issues
Lado do assinante:
B Entrada de dados auxiliar do modulo de serviço. (satélite)
T.E Equipamento Terminal. (microcomputador pessoal)
T Interface entre o Premises Distribution Network e o modulo de serviço.
T-SM Interface entre o ATU-R and Premises Distribution Network
U-R2 Interface entre o POTS splitter e o ATU-R.
U-R Interface entre o POTS Splitter e a linha no lado da central telefônica.
Lado na central:
U-C Interface entre a linha e o POTS Splitter no lado da rede.
U-C2 Interface entre o POTS splitter e o ATU-C
DSLAM:
VA Interface lógica entre o ATU-C e o Access Node
VC Interface entre o Access Node e a rede.
Modelo DSL
Conexões da rede
Na central telefônica o DSLAM através do splitter separa os sinais encaminhando a voz para a switch POTS
e os dados para o ATU-C.
O DSLAM formata os dados em protocolos de rede para conexões WAN e envia ao ISP selecionado. A
figura 21 apresenta as conexões do ADSL a rede.
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Aplicações xDSL
ISP
Always-on web server Assimétrico > 384k upstream
T1 Simétrico 1.5 Mbps
E1 Simétrico 2.0 Mbps
Acesso internet Assimétrico > 384k downstream
High Speed file download Assimétrico > 384k downstream
Vídeo Assimétrico > 1Mbps downstream
Vídeo Conferencia Simétrico > 1Mbps
Voz e data simultaneamente ADSL, VDSL ou VoIP
Multi-user games Assimétrico
CD de áudio com alta qualidade Assimétrico
Adaptação da taxa
Como o ADSL opera sobre uma linha (twisted pair) de cobre normal, deve adaptar-se às várias
circunstâncias associadas com a linha telefônica tradicional. A qualidade do enlace local varia drasticamente
dependendo da bitola do fio, das condições da rede, da proximidade com outros serviços e de outros fatores
inerentes a uma linha de transmissão. Um sistema RADSL (Rate-Adaptive ADSL) tem uma taxa de bits
ajustável, tenta entregar o melhor throughput, ajustando-se a conexão e compensando os problemas
existentes. Existem três modalidades de RADSL.
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para conseguir esta taxa, a sincronização entre os ATUs falhará e será tentado a re-sincronização. Os
ATUs deverão manter-se na taxa de bits especificada.
De acordo com o modelo da referência do Open Systems Interconnect (OSI), o ADSL é uma tecnologia da
camada física (1).
Funcionalmente, a camada ascendente é a camada de enlace (2), que na maioria de casos, é executada
usando o ATM. O ATM é o método preferido porque é uma tecnologia inerente aos sistemas de banda
larga, caracterizada pela universalidade de mídias, pelo throughput elevado e pelo baixo atraso de
transmissão.
Durante a sincronização inicial entre o ATU-C e o ATU-R, o sinal do ADSL é transmitido com células ATM’s
vazias. A taxa de transferência destas e das células ATM subseqüentes podem ser configuradas em duas
modalidades:
9 Dados rápidosÆ Como o nome sugere, o método de transporte rápido tem a latência mais baixa.
9 IntercaladaÆ A modalidade intercalada é mais robusta por causa dos bits adicionais de correção de
erro encaixados no sinal. Em conseqüência, a modalidade rápida tem o mais baixo atraso quando
comparada à modalidade intercalada.
Note que a conexão do equipamento ADSL do assinante ao Internet Service Provider é do tipo always on.
Não há necessidade de conexão dial-up como no caso do RDSI (ISDN). Quando um usuário liga o ATU-R, a
sincronização será estabelecida com o ATU-C imediatamente. As células ATM que estão acima, na camada
física do ADSL, contêm todas as informações necessárias para estabelecer uma conexão com o Internet
Service Provider. Quando a conexão é feita, uma conexão virtual permanente (PVC) será estabelecida entre
o ATU-R e o Internet Service Provider. Em conseqüência, o usuário tem uma ligação direta para a Internet
pelo tempo que permanecer com o ATU-R ligado.
Testando o ADSL
Ao testar o ADSL, é importante compreender o que ocorre nas camadas do modelo OSI. Na maioria dos
casos, o ATM é usado como o método do transporte na camada superior à camada física do ADSL. Além
disso, a camada do ATM pode ser usada transportar os protocolos como:
1. TCP/IP,
2. Frame Relay,
3. X25 e
4. Ethernet.
Estes protocolos requerem primeiramente qualidade e desempenho ótimo na camada física onde ocorrem
as maiorias dos problemas.
Teste da camada físicaÆ O acesso à linha física é a única maneira de diagnosticar o que esta ocorrendo
com o sinal real do ADSL. O teste da camada física é crítico para o sinal ADSL. Além de testar a camada
física é necessário executar a pré-qualificação do par e pesquisar os defeitos. Se as condições mínimas da
camada física impedirem a sincronização dos ATUs, as células ATM e conseqüentemente todo protocolo de
camada superior como o TCP/IP não conseguem operar. A Figura 24 ilustra pontos de acesso para o teste
da camada física.
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A pré - qualificação da rede é usada para verificar os pares de fios que serão usados pelo circuito ADSL.
Esta procura assegurar-se de que a qualidade do serviço se encontre de acordo com as expectativas do
assinante e evita-se reclamações e visitas de manutenção para um serviço recém instalado. As verificações
e medidas recomendadas na pré - qualificação do da rede / serviço são:
9 Capacidade da linha - Verificar que há uma ampla capacidade da linha para aumentar ou manter o
throughput através do Bit Swapping caso aumente do ruído.
9 Margem de ruído - Verificar se o nível do ruído é aceitável e que seu aumento não impactará no
desempenho.
9 Nível de potencia do sinal - Verificar se o nível de potencia do sinal se encontra dentro de limites
definidos nas especificações básicas ANSI T1.413 do ADSL.
9 BERT (Bit error rate test) – Testar a taxa de erro do enlace e comprovar que esta se encontra dentro
das especificações.
9 Tom de discar (Dial tone) – Verificar se a taxa de bits do ADSL não está interferindo ou afetando o
serviço telefônico (POTS).
Isolação de defeitos
Se a qualificação da rede / serviço falhar o sistema não irá se sincronizar e surgirão problemas sistêmicos.
Recomenda-se alguns procedimentos para detectar e isolar os problemas:
1. Teste a sincronização do ATU-R. Substitua o ATU-R por um circuito de teste para executar a simulação
e tentar sincronizar com o ATU-C instalado.
1.1. Se você puder sincronizar os ATUs com o circuito de teste, mas não for capaz de fazer o ajuste
com o ATU-R, recomenda-se uma verificação da taxa de bits mínima ajustada pelo NMS. Se a taxa
mínima ajustada for demasiada alta, o ATU-R não conseguirá se sincronizar.
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2.1. Se você não puder sincronizar desde o NID, verifique se há o tom de discar na linha. Isto determina
se a rede esta conectada a central telefônica.
2.1.1. Se o tom de discar estiver disponível, verifique se existem bobinas de pupinização na linha
e as retire se for o caso.
2.1.3. Se o tom de discar não estiver presente, provavelmente o par está aberto e pode-se
comprovar usando um refletômetro de domínio de tempo (TDR).
2.1.4. Se a sincronização for bem sucedida a partir do NID, é provável que o problema seja na
rede interna do cliente, facilmente isolado através da inspeção visual simples e uso de um
multímetro digital.
3. Se a sincronização for possível no site do cliente, mas o desempenho é pobre, remova o circuito de
teste para o NID para a verificação o desempenho da rede externa. Se o desempenho melhorar,
conclui-se que o problema é da rede do cliente.
4. Se a sincronização for possível no NID, mas o desempenho é pobre, é provável que exista problema na
rede externa. Execute um teste de varredura em toda a banda de freqüência e observe quantos bits são
transportados por portadora ou tom de DMT. Compare os bits por tom com a potência do ruído.
4.1. Se há uma baixa na quantidade bits por tom, com certeza existe sinal AC na linha.
5. Se a sincronização não for bem sucedida no NID, substitua a linha por uma pré-qualificada que atenda
as especificações mínimas.
6. Uma vez que o problema está isolado e/ou identificado, acione a equipe apropriada para a remoção do
defeito.
Nos serviços de manutenção assim como na pré-qualificação da rede, para a isolação do problema
devemos usar equipamentos de teste específicos para camada física do ADSL, disponibilizados por
diversos fabricantes. A qualidade da rede geralmente é questionável o que torna indispensável à pré-
qualificação do par. Os testes exigem um técnico no campo (NID+ATU-R) e outro no ATU-C. A pré-
qualificação da rede é um fator determinante para o sucesso do ADSL.
Verificação do serviço
Camada física:
Elétricas:
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Cabeçalho do IP (IPv4)
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Ping padrão:
>ping 10.1.2.3
Pinging 10.1.2.3 with 32 bytes of data
Reply from 10.1.2.3: bytes=32 time<10ms TTL=128
O Ping usa mensagens do ICMP como o Echo Request / Echo Reply. O exemplo mostrado na figura 30
temos um ping através de um roteador que interliga duas redes Ethernet.
Figura 30 – Ping.
Existem algumas configurações típicas entre os PC’s e os modems DSL. Todas as aplicações compartilham
o TCP/IP, mas podem usar maneiras diferentes de emitir pacotes IP ao modem DSL. A figura 31 mostra as
interfaces dos protocolos do PC com o DSL.
PCI (interno no PC): Requer a instalação de hardware para conectar-se ao modem DSL.
ATM-25: O PC com a placa ATM-25 interna conecta-se direto ao modem DSL via Jack Rj 45. Salientamos
que nem todo modem DSL tem entrada ATM-25.
Protocolos de encapsulamento
RFC 1483
Nos Modens (LLC/SNAP) Æ Foi bem aceita e é largamente utilizado.
Nos Routers Æ Disponível nos roteadores DSL.
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Suporte de multi-usuários
No compartilhamento de um modem DSL devemos lembrar que este modem foi projetado para suportar
empresas de pequeno porte e os usuários residenciais com um único PC. Múltiplas conexões são possíveis
através de Hub Ethernet comprometendo o through. A maioria dos modems DSL pode suportar o ATM com
múltiplos PVC’s. Neste caso o modem DSL identifica os dados dos usuários baseado nos endereços MAC
Ethernet. O DSLAM pode rotear diferentes PVC’s ATM para diferentes ISPs. O DSL pode também suportar
múltiplos usuários que compartilham o mesmo ISP.
No compartilhamento de um DSLAM os modens DSL encapsulam quadros Ethernet que depois vão se
transfor em células ATM. Elas são misturadas com outras células de outros usuários no DSLAM que as
envia ao ISP num único PVC compartilhado. Os ISP remontam as células e as transforma em quadros.
Os pacotes IP são transformados em quadros Ethernet e encapsulados em células AAL5/ATM que são
transportadas através das conexões virtuais permanentes do ATM (PVCs). A camada de adaptação ALL5
do ATM compatibiliza-o com o equipamento o Ethernet.
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Os pacotes são encapsulados diretamente em células ATM. Infelizmente, a maioria dos dispositivos
esperam receber o IP dentro de um quadro Ethernet (LAN) ou PPP (WAN). É necessário neste caso o uso
de um dispositivo intermediário chamado de router ATM para transformar os pacotes do IP em quadros.
O PPP é usado atualmente para conexões dial-up. Fornece compatibilidade de extremidade a extremidade
entre DSL CPE e o ISP. Como nos casos precedentes usa-se a camada de adaptação AAL5 do ATM. Uma
vez conectado o PPP estabelece procedimentos de autenticação e de faturamento. Tais características do
PPP e a atribuição dinâmica de endereços IP, a rotas default e o servidor de DNS ajudam a simplificar a
gerência remota.
1. Bridge multiporta self-learning transparente IEEE 802.1D com encapsulamento RFC 1483 multi-
protocolo usando a sub camada de adaptação 5 do ATM (AAL5).
2. Bridge para rede dial-up (PPP) com protocolo ponto-para-ponto - RFC 2364 de sobre o ATM - PPPoA.
São formados múltiplos túneis PPTP, um para cada usuário final, permitindo conexões VPN’s
simultâneas para múltiplos destinos e autenticação PAP, CHAP e MSCHAP.
Desvantagem: O modem DSL tem que reformatar os quadros para Ethernet. Freqüentemente usado com IP
Estático.
Configuração de usuário: Placa de rede Ethernet, VPI/VCI para DSL PVC e password para ISP no PC.
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Figura 39 – PPPoE.
Configuração de usuário: Placa de rede Ethernet, VPI/VCI para DSL PVC no modem e password para ISP
no PC.
Endereço IP dinâmico
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Uso do DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol). Todo dispositivo de rede tem um único endereço de
“hardware” (MAC) na placa de rede. Temos que nomear endereços IP manual ou automaticamente. O
DHCP foi projetado para designar dinamicamente endereços IP tanto para intranet como para internet.
Um dispositivo CPE, qualquer, ao fazer uma solicitação de endereço IP emite uma mensagem, em broad-
cast, que é recebida pelo servidor DHCP. O servidor de DHCP procura um IP disponível e responde ao
host. O servidor de DHCP empresta o endereço IP tempora-riamente ao dispositivo do usuário. Os
servidores de DHCP têm limitações em virtude dos roteadores não propagarem broadcast.
Desde que os broadcasts não atravessam roteadores, o servidor de DHCP, tem que está no mesmo lado
do roteador e do usuário. A figura 40 mostra o processo de designação de IP dinamicamente.
Protocolos de autenticação
Componentes: B-RAS = Broadband Remote Access Server e/ou RADIUS = Remote Authentication Dial In
User Service.
Protocolos de autenticação: Existem vários protocolos de autenticação usados com conexões PPP:
MSCHAP = Microsoft CHAP - Requerido quando está sedo usado o MS Windows NT no servidor de RAS.
Medições no ADSL
Entendemos que a maior necessidade seja a pré-qualificação dos pares existentes, para garantir a correta
ativação dos circuitos, e ainda fornecer à área comercial subsídios para a venda do serviço. A aplicação de
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emulação de ATU-R deverá ser raramente usada, já que na hora da ativação do circuito o técnico se
deslocará ao cliente com o modem a ser instalado (e normalmente com um modem reserva), de forma que
o teste da velocidade upstream e downstream do circuito será feito diretamente pelo próprio modem.
Características do SLK
Testes completos do par: Os problemas que podem ocorrer com o par sob teste são inúmeros, como pode
ser observado na lista de medições do SLK mais abaixo. As causas de cada problema também são
específicas, portanto a correta detecção de todas falhas possíveis é bastante importante. As medições
previstas para o SLK são:
9 Ruído
9 Ruído Impulsivo
9 Relação Sinal/Ruído
9 Impedância
9 Perda de Retorno
9 Paradiafonia
9 Telediafonia
9 Resistência DC
9 Atenuação
Medições bidirecionais: Os testes para toda a família xDSL devem ser feitos bidirecionalmente, ou seja,
com instrumentos realizando a medição em ambas as pontas do par sob teste. Tradicionalmente, isto é feito
através da utilização de dois produtos similares, com dois técnicos operando os produtos, um em cada
ponta, utilizando alguma forma de comunicação para conferência dos resultados encontrados. Existem
vários problemas com este tipo de uso, como a utilização desnecessária de recursos, com dois técnicos
capacitados sendo alocados para apenas uma medição, além da dificuldade de coordenação da realização
de cada teste específico, com a devida confirmação em ambos os lados do resultado do teste.
O SLK realiza as medições de forma distinta: apesar de executar testes bidirecionais, só há a exigência de
pessoa capacitada em um dos lados do par. Um dos equipamentos assume a função de mestre,
controlando pelo próprio par a unidade escrava remota, e inclusive recebendo os resultados efetuados por
esta última. É possível assim o técnico ir, por exemplo, para armários localizados em prédios onde os
circuitos ADSL serão instalados, e de lá realizar todas as medições, apenas coordenando com alguém que
esteja no DG a conexão da unidade remota aos pares a serem testados. É importante realçar que qualquer
um dos equipamentos pode ser utilizado como mestre ou escravo, de forma automática e transparente para
o usuário.
Verificação do comprimento do cabo: O ADSL possui limitações para pares muito longos. Para que não
seja necessário o uso de TDRs ou capacímetros, o próprio equipamento de teste para ADSL deve realizar
este tipo de medição.
Gravação dos setups de teste: Como produto, o testador para ADSL terá parâmetros ligados à medição a
serem programados pelo usuário. É importante que estas configurações possam ser gravadas, para serem
posteriormente reutilizadas. Isto facilita também a padronização dos testes. O SLK permite a gravação de
até 10 setups, que podem ser modificados posteriormente.
Programação de máscaras de teste: A medição de um circuito muitas vezes pode se tornar subjetiva, pois
nem sempre a detecção de anomalias significa que o par esteja com problemas. Em vários casos, é
necessário se comparar o valor encontrado a uma máscara, e assim se concluir se o circuito está ou não
desqualificado. No caso do SLK, é possível se editar via PC várias máscaras diferentes, onde todos os
parâmetros ligados a todas as medições previstas podem ser alterados.
Gravação dos resultados: Esta é uma função imprescindível para este tipo de produto, principalmente
para as aplicações previstas. Além da possibilidade de gravação de resultados, o equipamento deve possuir
espaço de memória para armazenamento de um número bem grande de testes, para que o técnico possa
ficar fazendo os levantamentos em campo pelo maior tempo possível. O SLK permite a gravação em sua
memória interna de até 200 resultados completos. É também de total importância a capacidade de envio
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PEDRO DE ALCANTARA NETO - REDE DE ACESSO DIGITAL ASSIMETRICO
dos resultados para um PC externo. No caso do SLK, os resultados podem ser exportados, por exemplo,
para Excel, permitindo vários tratamentos ao arquivo resultante do teste.
Função de detecção de pares: Como um equipamento estará no DG e outro em armário remoto, será
bastante comum um dos lados ser conectado ao par errado. Para que esta falha comum não atrase o teste,
o SLK possui um sinal audível para identificar se do outro lado existe uma unidade similar.
Compatibilidade com outros tipos de circuitos: O SLK não se destina apenas a medições em circuitos
ADSL. Ele também está apto a executar medições em qualquer tecnologia xDSL, além de ISDN, circuitos de
telefonia convencionais e linhas digitais com modems de alta velocidade (64k, 128k, 256k, etc.)
Forma de conexão à linha: O SLK possui entrada direta para 4 fios, através de cabos jacaré ou banana.
Esta é a forma correta de conexão, já que a pré-qualificação será feita diretamente em armários, onde só há
a disponibilidade direta dos pares. Os instrumentos emuladores de ATU possuem normalmente entrada RJ,
o que obriga o uso de adaptadores para este tipo de medição, o que certamente é indesejado.
Apresentação dos resultados da negociação ADSL: O SLK não possui internamente um chipset de um
fabricante específico. Para os testes de pré-qualificação de linhas, isto é uma vantagem, já que o objetivo é
se detectar as características do par, sem a presença de ATU-R e ATU-C. Através de um algoritmo próprio,
as unidades do SLK instaladas em cada ponta auto-negociam a taxa prevista para aquele par, informando a
taxa de upstream e downstream encontradas, como pode ser observado na figura 44.
O equipamento não se limita a esta medição, fornecendo também o número de bits por freqüência e a
relação sinal ruído.
O instrumento também permite a localização de interferências externas que estejam causando perturbações
em freqüências específicas do espectro.
Conclusão
O ADSL promete ser uma tecnologia, de banda larga, para o século XXI, devido a enorme popularidade
alcançada entre os fornecedores do serviço e de seus clientes. O ADSL supera as vantagens oferecidas por
outras tecnologias de banda larga como o cabo modem e o satélite, como:
9 Combina o padrão assimétrico com aplicações Internet com um elevado volume de download.
9 Fornece banda larga para uso e aplicações como Small Office / Home Office (SOHO).
9 Usa os pares de fios de cobre (twisted pair) existentes minimizando o custo por terminal.
9 Adapta-se a diversos tipos de linha.
9 Controlam o throughput do usuário.
9 Mantêm a largura da banda elevada.
Com o crescimento das linhas ADSL instaladas, torna-se vital ter uma planta com crescimento contínuo. Ao
testar o ADSL na camada física elimina-se o problema antes do circuito entrar em operação aumentando a
satisfação do cliente e o sucesso da tecnologia.
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