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Rede 5G............................................................................................. 55
5.3. Custo/Benefício do 5G com casos de uso habilitados por esta nova rede
60
Robótica ................................................................................. 71
Sub6Ghz ................................................................................ 74
mmWave ................................................................................ 75
1.1. Introdução
• Velocidades de pico 5G até 100x mais rápida do que a velocidade das redes
4G LTE;
Além desses ganhos, a tecnologia 5G também pode ser usada em casos de visão
computacional ou de máquina para apoiar esforços de qualidade e identificar defeitos de
produtos em uma linha de produção, fornecendo dados acionáveis a pessoas e sistemas
para ajudar a minimizar o desperdício e manter a qualidade.
Todas essas questões são respondidas pelo projeto Open Lab 5G WEG-V2COM, pois
ele possibilita a realização de testes práticos das diversas tecnologias e dispositivos
conectados à rede em ambiente real de produção.
Cabe destacar que o projeto ainda está em andamento dado que as investigações
no âmbito de frequência abaixo de 6GHz já foram realizadas, bem como os estudos
econômicos e casos de usos pertinentes, estando pendente as conclusões relativas aos
testes em FR2 no espectro de ondas milimétricas. Portanto, este relatório contempla a
visão dos testes realizados em campo até a presente data, com o uso de redes privativas
5G (na faixa de frequência FR1 n78 que compreende o espectro entre 3,5 GHz e 3,8 GHz),
além dos detalhamentos de topologia e arquitetura do 5G utilizadas neste momento no
Open Lab 5G WEG-V2COM, bem como os estudos econômicos, que serão detalhados neste
relatório e de casos de uso pertinentes.
Nota: 1) https://www.gov.br/pt-br/consultas-publicas-govbr/anatel-consulta-publica-no-30-2021,
que trata dos requisitos técnicos e operacionais para uso da subfaixa de frequências de 3.700 MHz
a 3.800 MHz por estações de serviços terrestres de baixa potência, com o objetivo de estabelecer
as condições de compartilhamento do espectro e evitar interferências prejudiciais intersistêmicas
Dessa forma, este relatório aborda a análise de desempenho das redes 5G de modo
quantitativo, apresentando medições como:
O Open Lab 5G WEG-V2COM analisou duas vertentes do 5G: rede privativa mista
(integrada) e rede privativa independente. As topologias podem ser vistas na Figura 1
abaixo, provida pela Qualcomm:
o Banda n78 de 3,5 GHz a 3,6 GHz – faixa de domínio público, com
topologia Claro;
o Banda n78 de 3,7 GHz a 3,8 GHz – faixa de domínio limitado privado,
com topologia Nokia;
Casos de Uso
Dessa forma, os casos de uso iniciais elencados para o Open Lab 5G WEG-V2COM
foram concentrados em três blocos, como listado a abaixo:
• Grupo 1
o Robótica
o Robô AGV (Automated Guided Vehicle) Logístico
o Robô de Inspeção com VR (Realidade Virtual)
• Grupo 3
o Dispositivos Inteligentes
o Câmeras Inteligentes
o WMS – WEG Smart Machine (sistema de gestão de ativos)
o WEM – WEG Energy Management (sistema de gestão de energia e
utilidades)
A seguir, será detalhado cada caso de uso e seus grupos.
Ou seja, com o 5G pôde-se verificar que o equipamento não sofreu uma sobrecarga
de energia no seu uso excessivo, não gerou gasto desnecessário devido a sua ociosidade
e também a assertividade perante a contabilização de peças e embalagens produzidas.
Neste caso de uso, foram conectados os Mini PCs das injetoras de plásticos,
responsáveis pela captura de dados das máquinas para alimentar o SFM (Shop Floor
Management). Nesse sistema, os dados da peça produzida são coletados do SAP WEG e
apresentados na tela para o funcionário, deste modo, a latência pode ocorrer até 30ms e
o download aproximado de 12 Mbps. Os resultados podem ser variados para cada Mini-
PC, devido a quantidade de variáveis que são analisadas em cada peça produzida.
1.2.2.2. Robótica
Neste caso, podemos testar pontos escuros que o Wi-Fi não poderia atender,
levando a maior assertividade e menor tempo de resposta para as decisões tomadas pelo
robô durante a sua rota. Com isso, a comunicação é realizada em tempo real durante todo
o percurso, levando a necessidade de uma baixa latência para este caso de uso. O envio
de informações realizada deste caso é de 2.5 Mbps, aproximadamente, quanto para o seu
download é de 6 Mbps, aproximadamente.
Tal robô, demonstrado na Figura 9, conta com uma câmera 360 graus com
capacidade de resolução 4K e até 30 FPS. Esse é um cenário puramente 5G, pois necessita
de alta capacidade de transmissão de dados e baixa latência, possuindo como necessidade
um download aproximado de 100 Mbps para a coleta de imagem 4K e latência aproximada
de 40ms. Caso seja realizado a transmissão ao vivo no Youtube é gerado um upload de
dados para a plataforma de 12 Mbps, aproximadamente.
Como um todo, sendo a sua validação um caso direto de validação das capacidades
do 5G.
Foram instalados dois casos de uso de câmeras inteligentes: uma para identificação
de pessoas usando máscaras e outra para inspeção de montagem, ambas usando
tecnologia da MVISIA, empresa do grupo WEG.
o Latência: 30ms
o Downlink: 1GB
o Uplink: 200Mbps
o Latência: 9ms
2. Resultados Esperados
Através dos testes práticos que serão realizados com cada dispositivo, temos como
objetivos:
O objetivo não é alcançar o máximo suportado pela infraestrutura 5G, dado que
esse é limitado pelos itens comentados no capítulo 1.4, e sim comparar sua performance
com o limite teórico da rede estabelecida de 1Gbps, e comparar com a rede existente de
Wi-Fi que serve já muitos dos casos de uso conforme listado previamente no relatório.
Figura 20 – Wi-Fi
Com isto podemos aferir que as redes 5G se comportam de maneira adequada com
a inserção de novos dispositivos em sua malha, não prejudicando o funcionamento daquele
dispositivo de missão crítica que exige um alto Throughput de dados como por exemplo o
caso de uso do robô de inspeção de realidade virtual. Para ação futura esses resultados
serão comparados em uma nova oportunidade com o Release 16 de acordo com o 3GPP.
• Este KPI técnico corroborado pelo funcionamento correto dos casos de usos
foi incorporado na resposta à Consulta Pública 30/21 feita como parte do
Relatório Provisório do Projeto, corroborando os níveis de potência para
ambiente Indoor proposta na consulta citada.
Obs: Os valores de teste de distância de 60m não foram coletados devido que
exatamente neste ponto o sinal a ser propagado era muito inferior ao ponto de ter o
chaveamento para a rede 4G.
Continuando a avaliação dos KPIs técnicos temos a aferição da latência por tipo
rede.
Privada
Privada Integrada
TCP DL Independente Wi-Fi (ms)
5G SA (ms) 5G NSA (ms) 5G SA (ms)
Antes 12,65 44,25 11,24 69,60
Durante 26,91 34,13 15,94 80,44
Depois 15,49 41,35 11,07 72,09
Tabela 9: Latência TCP - Download durante teste de Throughput
Privada
Privada Integrada
TCP UL Independente Wi-Fi (ms)
5G SA (ms) 5G NSA (ms) 5G SA (ms)
Antes 12,09 41,02 12,31 86,03
Durante 143,04 104,66 37,50 184,74
Depois 30,39 48,66 12,05 56,70
Tabela 10: Latência TCP - Upload durante teste de Throughput
Figura 23 – Topologia Rede Privada - Testes de Throughput médio por número de dispositivos
Para DL, o valor de Throughput médio agregado foi de 553 Mbps em TCP, sendo
que o tráfego de dados ficou razoavelmente distribuído entre os 5 CPEs, como esperado.
Para UL, o valor de Throughput médio agregado foi de 133 Mbps em TCP, sendo que o
tráfego de dados ficou razoavelmente distribuído entre os 5 CPEs. Não foi observado
nenhuma discrepância significativa entre os CPEs sendo as variações de Throughput
observadas durantes os testes foram causados por transitórios de rede e observadas de
maneira similar em todos os CPEs simultaneamente. Nota-se uma pequena queda do
Throughput máximo a se obter com a geração da divisão de bandas, mas de forma geral
a rede pode distribuir, de forma igualitária, para todos os usuários conectados.
Foi realizado o teste durante 8 horas consecutivos como apresenta o gráfico acima,
nessas 8 horas, apenas um dos dispositivos aprisionou em IDLE, ficando ocioso
momentaneamente, junto com os testes realizados com o Amarisoft, neste período de
teste, foi incluído um CPE físico de forma concorrente para coletar informações de latência
da rede 5G e verificar qual o impacto dos 64 dispositivos emulados pela ferramenta
Amarisoft. A partir de um servidor localizado na rede cabeada da WEG, foi configurado um
script para realizar ping para o CPE durante os 480 minutos/8 horas de teste.
Pode-se observar – na figura 31 - que neste período a latência média foi de 21,6ms,
com mínima de 6,52ms e máxima de 250ms, mantendo assim números próximos às
aferições realizadas com apenas um dispositivo presente no capítulo 3.4 e com isso
corroborando o esperado que a rede celular 5G conseguiria manter índices de performance
coerentes mesmo com o crescimento de dispositivos conectados na mesma e com isso
possibilitando a massificação de dispositivos conectados por antena.
Foi realizada medição de Throughput e latência com o CPE se deslocando por todas
as antenas disponíveis nas diferentes topologias.
• Por fim pode-se concluir que mesmo a topologia mais simples (5G NSA
Integrada) permite os KPIs necessários aos casos móveis industriais e que
menos antenas como presente na rede Privada Independente não afeta de
maneira significativa os KPIs técnicos nem a experiência dos casos de
robótica, em contrapartida reduzindo o custo de implantação de antenas,
seja em equipamento como em obra e serviços de instalação.
Para esta medição foi realizada a aferição do nível de sinal em vários pontos da
área de interesse para verificação de potência de sinal recebido, sendo as medições na
rede privativa integrada feitas utilizando o CPE da Fibocom, que apresenta uma tela com
informações de nível de sinal recebido, bem como um aparelho smartphone com aplicativo
G-Net Track. Os pontos de medição são apresentados na Figura 36 a seguir.
Nota-se que a medida utilizada é dada em dBm para o KPI de RSRP (Reference
Signal Received Power – em português Sinal de Referência para Potência Recebida), este
termo é dado em decibéis relativos a um miliwatt e é expresso por um número negativo
de 0 a -120. Sendo assim, quanto mais próximo do 0 melhor o sinal a ser recebido.
Para este teste utilizamos o protocolo de troca de dados UDP dado sua inerente
estrutura de não retransmitir pacotes com falha, bem como limitamos o Throughput
máximo do dispositivo a 50% do limite teórico a fim de medir a transmissão com pacotes
mais próximos as transmissões máximas habituais dos casos de uso planejados para este
projeto, obtendo assim os dados a seguir:
Com tais resultados técnicos podemos aferir que as redes em suas topologias
propostas respeitam as características técnicas previstas para o 5G e permitem a
implementação dos casos de uso listados neste relatório como será descrito no capítulo 6.
• Por fim a latência foi demonstrada de maneira constante menor que o Wi-
Fi, mesmo em testes de estresse como aferido no capítulo 3.6;
Largura de banda 5, 10, 15, 20, 25, 30, 40, 50, 100, 200, 400 MHz
por operadora 50, 60, 70, 80, 90, 100
MHz
A topologia de rede NSA realizada pela Rede Privada Integrada na fábrica da WEG
consiste em:
Serão realizados testes mmWave NSA, com a ancoragem na frequência LTE 1800
MHz. A antena mmWave está configurada para transmitir uma potência de 50 dBm (100W)
no local.
Ou seja, em tese o 5G mmWave teria que ter uma capacidade promissora para a
transferência de dados massivos e críticos frente às outras faixas de frequência.
Entretanto, como pode ser observado nos itens da seção 4.4, a diferença entre o
UDP – que demonstra a capacidade da camada física de transmissão – em comparação
com o TCP, que é utilizado largamente em aplicações na realidade, ainda é relevante.
Podemos ver nas tabelas abaixo os testes realizados com uma largura de banda de 100
MHz:
Processamento do Core
Foi identificado que o Core ainda está em processo de amadurecimento, pois não
foi possível suportar envio de pacotes de alta demanda usando protocolo TCP/IP –
comumente usados na indústria. Dentre os problemas pode se constar o endereçamento
de pacotes, processamento de dados e limitações de licenças encontradas até o momento.
Este fato deve-se principalmente ao uso do método NSA com ancoragem em uma
banda LTE, sendo que a expectativa é de melhora na implementação em 5G mmWave SA
- dual connectivity (n78 com ancoragem em n258), que não pode ser observado dado a
indisponibilidade de dispositivos para testes como será mencionado adiante nesta seção.
Essa falta de disponibilidade de antena mmWave está associada ao seu alto custo
de desenvolvimento e baixa produção, logo isso ocasiona a sua pequena disponibilidade
no mercado global. Portanto, isso se torna inicialmente um aspecto de inviabilidade
econômica e de logística para entrega dos equipamentos, que em muitos casos demoram
meses para serem realizadas.
Hoje como produtos acabados aptos a tais tecnologias temos apenas smartphones
para consumidores finais, dado o esforço de fabricantes de modems, módulos, OEMs e
operadoras em comercialização do mmWave para esse mercado consumidor amplo
apenas, notadamente no Estados Unidos em grandes centros urbanos, ou plataformas
específicas de testes, mas não funcionais como os MTPs fornecidos pela Qualcomm.
Em resumo, hoje o mercado não possui soluções para mmWave SA e para mmWave
NSA, temos dificuldades de desenvolvimento, disponibilidade e custo que tornam inviáveis
a adoção em larga escala desse tipo de tecnologia.
Rede 5G
Rede Wi-Fi
Robô Logístico
Esteiras Inteligentes
Robô de Inspeção
• 2 robôs logísticos
• 6 esteiras inteligentes
• 32 kits para automação do maquinário de injeção
Tal comparação é possível dado que tais aplicações consomem pouca capacidade
de dados (Throughput) e não possuem exigência de latência inerente às redes 5G. Para a
configuração de redes foi tomada que:
• As redes Wi-Fi são mais econômicas que as redes 5G para os casos de uso
atuais que não requerem alto Throughput ou baixa latência;
• Apesar do 5G ser uma alternativa não tão econômica quanto Wi-Fi podemos
observar que ele já alcança o ponto de equilíbrio a partir do segundo
múltiplo de pontos;
Por fim um ponto de observação é o custo de operação por ponto onde temos:
• Rede 5G
• Para indústrias novas (green field) onde se deseja conectar múltiplos pontos
é vantajoso iniciar a jornada com 5G dado que:
• 2 robôs logísticos;
• 6 esteiras inteligentes;
• 32 kits para automação do maquinário de injeção;
• 1 robô de inspeção com Realidade Virtual Imersiva.
Custo de Infraestrutura
Tais benefícios vem atrelados aos aspectos funcionais dessa rede de comunicação
(banda, latência, densificação), bem como seu principal aspecto não funcional: a
confiabilidade. Isso até hoje garantido somente por redes cabeadas e sem performance
similar em outras redes de interface aérea, sendo esse o principal elemento para adoção
do 5G: a flexibilidade que uma rede sem fio permite com a garantia de nível conectividade
das interfaces com fio.
c. razoavelmente impactada pelas taxas de juros, que por sua vez impactam
o custo de formação do capital.
Com isso a avaliação foi um exercício de como o 5G poderia gerar ganhos adicionais
Com isto foi possível termos uma boa visão do valor gerado pelos casos de uso
testados e potenciais pontos de equilíbrio da inequação onde o modelo econômico faz
sentido. Para chegarmos a esse ponto de viabilidade devemos garantir que, na média:
Dado que alguns casos serão mais relevantes em uma rede 5G, como os ligados a
robótica e outros terão menor relevância como por exemplo eficiência energia.
Com isto temos que para o ponto de viabilidade a relação mais importante do ponto
de vista de Infraestrutura é a relação Ponto conectado por Rádio 5G. Tal relação é
importante para avaliar tanto o modelo econômico como a relação técnica da rede 5G em
relação a soluções alternativas. Para nosso Open Lab 5G em sua fase 1 com Release 15
do 3GPP e os casos de uso avaliados na WEG conforme citado no documento tivemos a
seguinte relação:
• Infra < Benefícios quando tivermos um mix de 500 pontos conectados com
4 Rádios 5G conforme modelo de negócio de rede privativa;
• Esta situação nos dá uma relação Ponto Conectado por Rádio de 125.
Para efeitos de comparação hoje o ponto de equilibro para uma rede WiFi Industrial
está em 50 em seu melhor caso com WiFi 6, dado que uma infraestrutura WiFi conseguiria
no máximo conectar 200 pontos com as mesmas 4 antenas antes de sofrer com efeitos de
interferência inerentes ao WiFi, que inviabilizariam seu uso.
Dado esses motores de redução de custo é passível projetar uma redução de custos
até 2027 permitindo o uso massivo de infraestrutura 5G em um custo mais razoável.
Talvez mais importante que a redução de custos será o aumento dos benefícios
gerados pelos casos de uso habilitados pelo 5G. Um paralelo foram os casos de uso que
surgiram com os smartphones. Esses casos de uso conectaram o mundo offline de serviços
com o mundo online, com aplicativos como Waze, Uber, iFood que permitiram a
substituição de equipamentos eletrônicos antes existentes e desconectados por telefones
sempre online e gerando um acesso a serviços nunca visto que alavancou toda uma cadeia
de valor.
O 5G, assim como foi o Smartphone, é uma plataforma habilitadora de novos casos
de uso, sobretudo com o Release 16 onde temos latência e confiabilidade equiparadas com
uma conexão de fibra ótica, mas com a flexibilidade de uma rede sem fio.
Tal flexibilidade aliada com outros tecnologias habilitadas com o Machine Learning,
Computação de Borda e Computação Visual habilitam casos de uso novos como por
exemplo uma massificação da robótica, que emula o mesmo efeito offline-online dos
smarphones, sendo que aqui é a substituição do elemento manual humana pelo robô
otimizado.
Um exemplo prático que indica a massificação da robótica no nosso Open Lab foram
os resultados obtidos com o Robô Logístico onde o 5G permitiu comunicações mais rápidas
e efetivos do robô com o servidor de planejamento de rotas assim permitindo uma maior
efetividade dele.
Uma outra observação prática é que redes WiFi não conseguem suportam um
número de robôs acima de poucas unidades sendo que o 5G tem essa característica por
padrão, sendo um caso de uso inerentemente habilitado pelo 5G como pode ser visto em
Portanto não é impossível se estimar que novas casos de uso podem gerar um valor
significativo para viabilizar mais rapidamente as redes 5G, assim como nosso paralelo com
os Smartphone, onde os benefícios de acesso à informação via aplicativos justificam o
investimento em um telefone com melhores funcionalidades e um custo superior em
relação a telefones que somente fazem chamadas e enviam SMS.
Em conclusão podemos estimar que nos próximos 5 anos devemos ter uma redução
de custos e aumento de benefícios trazidos pelo 5G que irão gerar um ponto de equilíbrio
mais propício a adoção massiva do 5G, similar as curvas de adoção e preço que
observamos com os smartphones como abaixo:
https://www.statista.com/statistics/484583/global-average-selling-price-smartphones
Concluindo a análise dos modelos econômicos para redes totalmente privadas como
listado acima, bem como a avaliação dos modelos técnicos de redes privadas
independentes e integradas podemos chegar às seguintes conclusões para modelos de
adoção:
Como demonstrado nos testes técnicos, apesar desta topologia não entregar os
melhores valores técnicos do 5G, ela permite a execução dos casos de uso de maneira
correta e pode ser indicado a indústrias que:
Esta topologia possui fluxo de dados similar a descrita no tópico 5.4.1 portanto
compartilhar as vantagens técnicas dele, mas com algumas diferenças econômicas sendo:
Em contrapartida é um modelo que pode ser mais oneroso para indústrias que
tendem a ser mais verticalizadas e ter um BackOffice tecnológico eficiente e flexível
internamente.
Em conclusão, este modelo é para grandes empresas que tem como prática a
aquisição de serviços tecnológicos de parceiros, ou que apesar de possuírem times
internos de TI não possuem maturidade técnica para operar tal rede.
Por fim, vamos analisar as melhorias que o 5G pode trazer para a indústria em dois
pontos: melhoria aos casos de uso existentes e novos casos de uso que foram permitidos
pela adoção do 5G.
Para os casos de uso listados para as Indústrias existentes observamos que todos
puderam operar de maneira adequada com o 5G como operavam com o Wi-Fi. Entretanto
devido à natureza móvel e de comunicação crítica era esperado uma melhora de
comportamento no Robô Logístico dado que ele sendo um AGV – Autonomous Guided
Vehicle – necessita comunicar-se de tempos em tempos com o servidor que planeja suas
rotas para entender qual caminho tomar, seja para a próxima ação ou em caso de bloqueio
de rota planejada. A seguir detalhamos as comparações dos mesmos entre 5G e Wi-Fi.
Para os casos de uso de IoT Industrial foi verificado que todos funcionaram com
desempenho similares ao Wi-Fi, sendo que o uso limitado do canal de dados não permite
traçar uma diferença significativa no aspecto funcional dos dispositivos. Entretanto, testes
de comparação entre o 5G e o Wi-Fi demonstraram maior capacidade da rede 5G em
absorver maior número de dispositivos e com uma cobertura ampla, como demonstrado
no mapa de cobertura das redes 5G. Os testes de comparação entre 5G e Wi-Fi foram
feitos na Antena 2 da rede privativa independente, comparando com um ponto de acesso
Wi-Fi em posição similar.
Wi-Fi 5G antena 2
Robótica
Para o caso de uso do Robô Logístico, foi realizada uma análise comparativa entre
o 5G e o Wi-Fi, simulando os pontos de bloqueio como exposto na figura abaixo com intuito
de comparar a comunicação do robô com o servidor e observar como esta impacta no
Privada Privada
Local do Teste Independente Integrada Wi-Fi
5G SA 5G SA
Ponto 01 16’’86 9’’79 17’’79
Ponto 02 18’’23 10’’61 19’’51
Ponto 03 16’’86 9’’99 38’’80
Ponto 04 18’’06 31’’3 120’’00
Ponto 05 120’’00 11’’67 120’’00
Ponto 06 120’’00 9’’85 120’’00
Ponto 07 120’’00 8’’97 120’’00
Tabela 19. – Desempenho por Ponto de Parada – Robô Logístico
Robótica
Dispositivos Inteligentes
Para o caso de uso das Câmeras Inteligentes, dado o Throughput e latência do 5G,
foi possível estabelecer os casos de processamento de imagens com câmeras simples e
inferências de inteligência artificial, centralizado em servidor de Edge Computing,
permitindo a instalação de tal aplicação de maneira flexível e adaptável, uma vez que no
5G não depende de conexões cabeadas típicas desses casos de uso.
Por fim, a comparação de índices técnicos com o Wi-Fi Industrial demonstra uma
capacidade mais ampla do 5G, permitindo a densificação de aplicações já existentes, mas
hoje limitadas em número, seja pela capacidade de comunicação limitada do Wi-Fi, seja
por sua cobertura. Concluindo, com base nos testes realizados até o momento, é possível
afirmar que o 5G permitirá, em seus aspectos técnicos, a criação de novos casos de uso
na Indústria 4.0 e a massificação de casos de uso já existentes, mas disponíveis em
número limitado.
Sub6Ghz
Com isto podemos indicar que para o atual estado do 5G em seu Release 15 temos:
mmWave
Como observado nos testes em UDP, o mmWave apresentasse como uma solução
interessante para aplicações de missão crítica onde serão necessárias alta capacidade de
dados e baixíssima latência – abaixo de 1 milissegundo – para substituir a necessidade do
uso de fibra óptica em tais aplicações.
Com estes pontos podemos concluir que o mmWave não é capaz de ser adotado
em escala na indústria agora pois:
• Para soluções de missão crítica – onde se exija qualidade similar a fibra ótica
– o custo e disponibilidade dessa solução incumbente é vantajoso frente ao
mmWave;
Tendo isso em vista, a conclusão é que o mmWave hoje não é aplicável na indústria,
mas deve ser revisitado em 2023 esperando um maior amadurecimento da tecnologia
dado a sua esperada maior adoção em serviços públicos, principalmente em FWA – Fixed
Wireless Access.
APN (Access Point Name): É um endereço que permite que um dispositivo saia da rede
da operadora e consiga acessar a internet. Existem APNs para redes privadas e redes
públicas;
FWA (Fixed Wireless Access): O Acesso Fixo Sem Fio permite que as operadoras de
rede forneçam banda larga de ultra velocidade, suportando aplicações domésticas e
comercias;
Green Field: Termo aplicado quando o produto do projeto é realizado a partir do zero,
em situações em que não se conta com instalações e facilidades pré-existentes que
possam ser incorporadas ao produto do projeto;
Modo IDLE: Modo ocioso, onde não está havendo troca de informações;
Pigtails: São pequenos cabos com conectores em suas extremidades. Utilizados para
interligação entre antenas e equipamentos para sinais de radiofrequência;
RRU (Remote Radio Unit): A unidade de rádio remota (RRU) transmite sinais de RF e é
conectada à unidade de banda base (BBU) por meio de fibras ópticas. Com tecnologias
avançadas de RF e antena, o RRU permite o processamento de dados de alta taxa e baixa
latência e aumenta significativamente a capacidade;
Small Cell: Small Cell ou Célula Pequena, é um aparelho que permite ampliação da
cobertura do sinal de dados em locais com maior demanda ou com densas coberturas;