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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA, 3º ANO - LABORAL

INSTALACOES ELECTRICAS I

Projecto electrico de uma instituição CPRD

Memoria descretiva e justificativa

Discente:
Cleiton Domingos Guirruta

Beira, Junho de 2023

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UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICA
LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA, 3º ANO - LABORAL

INSTALACOES ELECTRICAS I

Projecto electrico de uma instituição CPRD

Memoria descretiva e justificativa

Docente:
Eng. Helio Machava

Beira, junho de 2023

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Índice
CAPITULO 1: INTRODUÇÃO ................................................................................................ 8

1.1 Introdução ............................................................................................................................ 8

1.2 Objectivos ............................................................................................................................ 9

1.2.1 Objectivo geral .................................................................................................................. 9

1.2.2 Objectivos específicos ...................................................................................................... 9

1.3 Legislação .......................................................................................................................... 10

1.4 Conformidade dos materiais e equipamentos .................................................................... 11

1.5 Constituição do empreendimento ...................................................................................... 12

1.6 Classificação dos locais quanto à sua utilização ................................................................ 13

CAPITULO 2: DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO...................................................... 14

2.1 Ligação à rede e alimentação de energia ........................................................................... 14

2.2 Potencia prevista ................................................................................................................ 14

2.3 Factores de correcção de cargas ......................................................................................... 18

2.3.1 Factor de potência ........................................................................................................... 18

2.3.2 Factor de evolução de carga ............................................................................................ 18

2.3.3 Factor Simultaneidade .................................................................................................... 18

2.4 Aparelhagem de comando e serviço .................................................................................. 19

2.5 Utilização ........................................................................................................................... 19

2.5.1 Tomadas .......................................................................................................................... 19

2.5.2 Iluminação normal .......................................................................................................... 19

2.5.3 Calculo Lumiotecnico ..................................................................................................... 20

2.5.3.1 Factor ou índice de reflexão ......................................................................................... 20

2.6 Especificações técnicas ...................................................................................................... 22

2.6.1 Caixas de derivação ........................................................................................................ 22

2.6.2 Condutores admissíveis no edifício ................................................................................ 22

2.6.3 Eléctrodutos .................................................................................................................... 22

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2.6.4 Disjuntores ...................................................................................................................... 22

2.7 Quadros .............................................................................................................................. 23

2.7.1 Quadros Geral edifício .................................................................................................... 23

2.7.2 Quadro parcial ................................................................................................................. 24

2.8 Rede de telefones e dados .................................................................................................. 25

2.9 Circuitos de saídas do Quadro geral e parcial .................................................................... 25

2. 10 Dimensionamento do condutor do quadro geral (QG) ................................................... 27

2.11 Protecções contra sobreintensidade ................................................................................. 28

2.12 Cálculo da resistência do cabo de entrada ao quadro de distribuição .............................. 28

2.13 Dimensionamento do Quadro parcial .............................................................................. 30

2.14 Cálculo da resistência do cabo de entrada ao quadro de distribuição .............................. 31

2.15 Regras de Montagem ....................................................................................................... 33

2.15.1 Canalizações eléctricas ................................................................................................. 33

2.15.2 Caminho de cabos ......................................................................................................... 33

2.16 Sistema de protecção........................................................................................................ 34

2.16.1 Generalidades ................................................................................................................ 34

2.16.1 Protecção contra contactos directos .............................................................................. 34

2.16.3 Eléctrodo de protecção .................................................................................................. 35

2.17 Orçamento ........................................................................................................................ 36

Anexo 1 .................................................................................................................................... 38

Anexo 2 .................................................................................................................................... 39

Anexo 3 .................................................................................................................................... 40

Anexo 4 .................................................................................................................................... 41

Anexo 5 .................................................................................................................................... 42

Anexo 6 .................................................................................................................................... 43

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Índice de tabelas

Tabela 1: Classificação dos locais…………………………………………….……………...13

Tabela 2: Cargas previstas para aquecedores de água……………..……….….………….….15

Tabela 3: Cargas previstas para cada tomada do edifício……..………….………………….15

Tabela 4: Cargas previstas para a iluminação do edifício…………….…….……….……….16

Tabela 5: Cargas previstas para climatização………………………….……………..………17

Tabela 6: Factores de Reflexão…………………………………..…………….……….……20

Tabela 7: Folha de cálculo lumiotecnico edifício…………………………….…..…….……21

Tabela 8: pontos de utilização do edifício…………………………………….…..….….…..26

Tabela 9: Quedas tensões admissíveis …………………………………...…………....….…27

Tabela 10: Cargas do quadro parcial do edifício………………….………………….…...…30

Tabela 11: orçamento de Material do edifício…………………………………….…………37

Tabela 12: orçamento de Mão-de-obra do edifício. …………………………..……………..37

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Lista de abreviaturas e siglas

BT: Baixa Tensão.

EDM: Electricidade de Moçambique.

QG: Quadro Geral de Baixa Tensão RBT: Rede de Baixa Tensão.

QP: Quadro parcial de Baixa Tensão RBT: Rede de Baixa Tensão.

RSIUEE: Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica.

RTIEBT: Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão.

K: constante do número do circuito

Identificação do circuito.

Cos : factor de potência.

FU: factor de utilização.

FS: factor de simultaneidade.

T: O tempo de corte do aparelho de protecção, expresso em segundos.

K: constante.

S: secção nominal dos condutores, expressa em milímetros quadrados.

: Corrente de curto-circuito mínima, isto é, a corrente que resulta de um curto-circuito.

: Queda de tensão relativa, expressa em percentagem.

S: potência aparente em unidade volte ampere (KVA).

P: potência activa em unidade watts (W).

: tensão entre fase e neutro, expressa em volts.

b: Coeficiente igual a 1 para os circuitos trifásicos e a 2 para os monofásicos (os circuitos


trifásicos com o neutro completamente desequilibrado, isto é, com uma só fase carregada, são
considerados como sendo monofásicos.

: Resistividade dos condutores à temperatura em serviço normal.

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L: Comprimento simples da canalização, expresso em metros.

S Secção dos condutores, expressa em milímetros quadrados.

λ: Reactância linear dos condutores (na falta de outras indicações pode ser usado o valor 0,08
(mΩ/m).

IB: Corrente de serviço, expressa em amperes.

: Corrente admissível do condutor.

: Corrente nominal do disjuntor de protecção.

Corrente de serviço.

: Factor de crescimento.

QTD: Quantidade de equipamentos.

PTM: Preço total.

HUM: Locais húmidos.

THU: Locais temporariamente húmidos.

SER: Locais sem riscos especiais.

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CAPITULO 1: INTRODUÇÃO

1.1 Introdução

Refere-se a presente Memória Descritiva e justificativa ao projecto de Instalações Eléctrica


de Baixa Tensão da instituição CPRD de 1 piso e uma cave subterrânea, localizado na
província Chimoio. Todas as prescrições apresentadas são resultado de uma escolha criteriosa
e no cumprimento das seguintes legislações pertinentes em vigor, nomeadamente: nas Regras
Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (Portaria 949-A/2006), Regulamento de
Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica (Decreto-Lei nº 46847/66 de
Janeiro e alterações Decreto Regulamentar nº 90/74 de 26 de Dezembro) e Regulamento de
Segurança de Instalações Colectivas de Edifícios e Entradas (Decreto-Lei nº 46847/66 de
Janeiro e alterações Decreto Regulamentar nº 90/74 de 26 de Dezembro). Em conformidade,
descrevem-se e justificam-se neste projecto eléctrico as opções técnicas, tomadas e
apresentam-se os cálculos efetuados para o dimensionamento das soluções preconizadas.

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1.2 Objectivos

1.2.1 Objectivo geral

 Projectar uma instalação eléctrica para um edifício de uso profissional.

1.2.2 Objectivos específicos


 Fazer levantamento da carga a instalar e potência a contratar;
 Determinar as secções normalizadas de cabos a instalar para os circuitos gerais do
edifício;
 Fazer a distribuição dos circuitos;
 Dimensionar a aparelhagem de corte, protecção, manobra do edifício.
 Dimensionar os quadros de distribuição, as caixas de passagem, as tubagens e
condutores da instalação, bem como o local dos quadros e caixas de passagem e o
percurso dos condutores e condutos na planta eléctrica

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1.3 Legislação
O presente estudo foi elaborado, nas partes aplicáveis, em conformidade com a legislação e
especificações a seguir mencionadas:

 Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica


(Decreto-Lei nº 46847/66 de Janeiro e alterações Decreto Regulamentar nº 90/74 de
26 de Dezembro);

 Regulamento de Segurança de Instalações Colectivas de Edifícios e Entradas


(Decreto-Lei nº 46847/66 de Janeiro e alterações Decreto Regulamentar nº 90/74 de
26 de Dezembro).

 Regras Técnicas Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (Portaria 949-A/2006).

Em todo o omisso nas partes integrantes deste Projecto eléctrico, prevalecerão os


Regulamentos e Normas referidas e demais disposições regulamentares em vigor, e ainda a
decisão da fiscalização e/ou dono de obra, bem como do projectista.

10 | P á g i n a
1.4 Conformidade dos materiais e equipamentos
Todos os materiais e equipamentos eléctricos bem como os seus constituintes físicos -
químicos deverão ser adequados à residência, à sua utilização e modo de instalação, devem
também obedecer às disposições regulamentares dos Artigos°. 103° e 104° do R.S.I.U.E.E..

11 | P á g i n a
1.5 Constituição do empreendimento
O empreendimento é de 1 piso, com uma cave subterrânea constituído pelos seguintes
compartimentos:
 Entrada principal;
 Sala de internet café e recepção e cópia e encadernação;
 Gabinete do Gestor;
 Copa;
 WC 1;
 Sala de servidor;
 Sala de estudos;
 Técnico de informática;
 Técnico de conteúdos multimédias;
 Administração e finanças;
 Corredor 1;
 Corredor 2;
 Escadas;
 Sala de formação/ multifuncional;
 WC 2;
 Circulação.

12 | P á g i n a
1.6 Classificação dos locais quanto à sua utilização
A classificação dos locais quanto à sua utilização foi considerada de acordo com o Artigo 83
alínea b) e Artigo 97 do (RSIUEE), enquadrando-se estes edifícios nos Locais Uso
Profissional.

Quanto ao
Compartimentos ambiente
Entrada principal; THU
Sala de internet café e
recepção e cópia e
SRE
encadernação;
Gabinete do Gestor; SRE

Copa; SRE

WC 1; HUM

Sala de servidor; SRE

Sala de estudos; SRE

Técnico de informática; SRE


Técnico de conteúdos
SRE
multimédias;
Administração e finanças; SRE

Corredor 1; SRE

Corredor 2; SRE

Escadas; SRE
Sala de formação/
SRE
multifuncional;
WC 2; HUM

Circulação. SRE

Tabela 1: Classificação dos locais.

13 | P á g i n a
CAPITULO 2: DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO

2.1 Ligação à rede e alimentação de energia

O empreendimento será alimentado por sistema trifásico em B.T. (Baixa Tensão), a partir do
posto de transformação mais próximo do empreendimento, porque a potencia instalada no
edifício, excede os 6,6 kVA segundo o artigo 420 do (RSIUEE). O edifício será alimentado a
partir dum ramal entrada que será colocado junto da entrada do empreendimento, alimentado
deste modo o Quadro geral.

Assim para efeitos de alimentação serão usados cabos atorçado, da concessionária (EDM) até
ao ramal de entrada e desseguida serão intercalados cabos do tipo PBT
de capacidade de tensão (500V), de revestimento PVC, enfiados em um tubo PVC de
Ø 50 mm, desde o Posto de distribuição até ao Quadro geral de Distribuição, conforme
representado na peça desenhada.

As características da rede são as seguintes:

Baixa Tensão…………380 / 220 V

Frequência…………….50 Hz

Os contadores de energia, ficarão localizados num nicho de 650x650x300 mm, com porta,
situado perto da porta de entrada, com a finalidade de alojar o contador da habitação

2.2 Potencia prevista

Para o cálculo da potência instalada foi realizada primeiro, as medições de cada


compartimento, dados estes que permitiram saber a potência prevista em cada
compartimento, obedecendo deste modo, o comentário 1 do artigo 435 do Regulamento de
Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica (RSIUEE), aprovado pelo
Decreto-Lei n.⁰ 740/74, de 26 de Dezembro.
Na contagem de compartimentos apenas devem ser considerados os que tem área superior a 4
m², excluídas as cozinhas, casas de banho e os corredores, obedecendo deste modo a nota de
atenção, no número 2 do artigo 435 do R.S.I.U.E.E. De seguida mediante esta informação
elaborou se os seguintes cálculos:

14 | P á g i n a
 Para o circuito de tomadas específicas para aquecimento de eléctrico de água
serão considerados os compartimentos de código (5 e 15):

Carga Prevista
Potencia Potencia
Área Factor Factor
Código Compartimento Unitária Aparente
(m²) simultaneidade utilização
(VA) (VA)
5 WC 1 2,85 3000 0,75 1 6410

15 WC 2 2,99 3000 0,75 1 6728

Total 13138
Tabela 2: Cargas previstas para aquecedores de água.

 Para as tomadas de uso geral:

Carga Prevista Para Tomadas uso geral


Potencia
Potência por Factor Factor uti
Código Compartimento QTD Aparente
tomada (VA) simultaneidade lização
(VA)

2 Sala de internet café e recepção e 5 125 1 0,36 225


cópia e encadernação
3 Gabinete do Gestor 3 125 1 0,43 161
4 Copa 3 125 1 0,43 161
6 Sala de servidor 3 125 1 0,43 161
7 Sala de estudos 4 125 1 0,4 200
8 Técnico de informática 5 125 1 0,36 225
9 Técnico de conteúdos multimédias 4 125 1 0,4 200
10 Administração e finanças 4 125 1 0,4 200
14 SALA DE Formação/multifuncional 3 125 1 0,43 161
Total 1695

Tabela 3: Cargas previstas para cada tomada do edifício.

15 | P á g i n a
 Cálculo da potência para a iluminação
Carga Prevista
Potencia
Códig Factor Potencia Factor Factor Aparente
Compartimento
o Potencia de Aparente Simultane Utilização Corrigida
(watts) potência (VA) idade (VA)
1 Entrada principal 80 1 80 1 0,9 72
Sala de internet
café e recepção e
2 320 1 320 1 0,9 642,9
cópia e
encadernação
3 Gabinete do gestor 800 1 800 1 0,9 720

4 Copa 80 1 80 1 0,9 72
5 WC 1 40 1 40 1 0,9 36
6 Sala de servidor 80 1 80 1 0,9 72
7 Sala de estudos 1040 1 1040 1 0,9 936
Técnico de
8 720 1 720 1 0,9 648
Informática
Técnico de
9 160 1 160 1 0,9 144
conteúdos
Administração 800 1 800 1 0,9 720
10 e finanças
11 Corredor 1 40 1 40 1 0,9 36
12 Corredor 2 40 1 40 1 0,9 36
13 Escadas 40 1 40 1 0,9 36
Sala de formação/ 720 1 720 1 0,9 648
14 Multifuncional
15 WC 2 40 1 40 1 0,9 36
16 Circulação 80 1 80 1 0,9 72
Total 4926,9

Tabela 4: Cargas previstas para a iluminação do edifício.

As potências activas usadas para estes cálculos foram, retiradas da folha de cálculo
lumiotecnico do edifício.

 Para o circuito de tomadas específicas para climatização serão considerados os


compartimentos de código (2,3,4,6,7,8,9,10,14):
Para este edifício esta previsto o uso de ar condicionados de 12 000 BTU (1600 watts)
em todos os locais, onde é necessário o seu uso.

16 | P á g i n a
Carga Prevista Para climatização

Factor Factor Potencia


Potencia Factor
Código Compartimento QTD de simultani Aparente
(Watts) utilização
potencia edade (VA)

Sala de internet
café e recepção e
2 1600 3 0,8 1 0,9 5400
cópia e
encadernação
Gabinete do
3 1600 1 0,8 1 0,9 1800
Gestor
4 Copa 1600 1 0,8 1 0,9 1800
6 Sala de servidor 1600 1 0,8 1 0,9 1800
7 Sala de estudos 1600 1 0,8 1 0,9 1800
Técnico de
8 1600 1 0,8 1 0,9 1800
informática
Técnico de
9 conteúdo 1600 1 0,8 1 0,9 1800
os multimédias
Administração e
10 1600 1 0,8 1 0,9 1800
finanças
Sala de formação/
14 1600 1 0,8 1 0,9 1800
multifuncional
Total 19800
Tabela 5: Cargas previstas para climatização.

Mediante, os cálculos anteriormente realizados, a potência total instalada será dada pela
seguinte na equação a abaixo:

Porém, logicamente, há que considerar que daqui a alguns anos haverá um aumento de carga,
até porque é muito importante aqui fazer essa previsão visto que com o melhoramento da
ciência haverá novos equipamentos, então com base neste ponto, como projectista,
convencionei uma taxa de crescimento anual de 15% no cálculo da carga total do edifício,
tendo assim:

Logo, a potência a ser contratada será de VA, porque a mesma excede o limite
mínimo previsto de potência a contratar para instalações de natureza trifásica, isto segundo a
as R.T.I.E.B.T, no disposto 803.2.4.3.1

17 | P á g i n a
2.3 Factores de correcção de cargas

2.3.1 Factor de potência

É uma percentagem da potência aparente que é transformada em potência mecânica, térmica


ou luminosa.

Valores utilizados nos projectos residenciais:

 Para cargas de iluminação 1;


 Para tomadas de uso geral 0,8.

2.3.2 Factor de evolução de carga

Fornece informação sobre o acréscimo que a carga poderá ter com o passar dos anos
(horizonte temporal). O horizonte temporal (curto, médio ou longo prazo) depende também
do tipo de instalação que se tem. Portanto para este edifício foi considerado um factor de
evolução de carga de 15%.

2.3.3 Factor Simultaneidade

Para este edifício para escolha dos coeficientes de simultaneidade foram obedecidos os
critérios regulamentares em vigor. Portanto para os diferentes circuitos do edifício foram
considerados os seguintes factores:

Iluminação geral:

O factor a ser considerado será 1.

Tomadas de uso geral:

Para as tomadas de uso geral o factor a ser considerado será, feito obedecendo a seguinte
equação:

Onde:

N é o número de pontos de utilização do edifício.

18 | P á g i n a
Climatização:

O factor a ser considerado será 1.

Aquecedor de água:

O factor a ser considerado será 0,75.

2.4 Aparelhagem de comando e serviço


Toda a aparelhagem de comando e serviço terá corpo e espelho em material plástico isolante.
Toda a aparelhagem de comado terá o calibre mínimo:

 Comando 10 A, 230 V, 50 Hz.

Devem ser colocados em posição tal que não fiquem tapados pelas portas, quando estas
abrem, e estarem situados a uma altura de 1,20 metros (à altura das maçanetas das portas).

Em todas as zonas consideradas húmidas e/ou molhadas, a aparelhagem não será utlizada.

2.5 Utilização

2.5.1 Tomadas
Todos os circuitos de tomadas de uso geral e específico serão realizados em condutores do
tipo PBT de secção 2,5 mm² protegidos por um tubo VD Ø20 mm e terão condutores de
protecção com a mesma secção.
As tomadas de uso geral serão instaladas a uma altura de 0,30 metros do pavimento. E as
mesmas terão uma distância 5 metros entre as mesmas.

2.5.2 Iluminação normal


As armaduras de iluminação previstas e assinaladas nas peças desenhadas, serão fornecidas
completas, com lâmpadas e colocadas no local, segundo as normas e regras da boa execução.
Todos os circuitos de iluminação, serão realizados em condutores tipo PBT de secção 1,5
mm², enfiado em Tubo VD de 16 mm de diâmetro.

Os referidos circuitos, serão protegidos por disjuntores com calibre de 10 A nos quadros
respectivos. Todos os circuitos deverão observar o prescrito nos Artigos 181 e 281 do

19 | P á g i n a
Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica. Em todos os
locais com classificação de húmidos e/ou molhados, a aparelhagem a instalar será
obrigatoriamente descartada.

O número de caixas de aparelhagem previstas para a iluminação de cada compartimento


devem ser intercaladas em conformidade com os cálculos efectuados na folha de cálculo
lumiotécnico do edifício.

2.5.3 Calculo Lumiotecnico

2.5.3.1 Factor ou índice de reflexão


Os factores de reflexão variam conforme as cores. Para efeito de cálculo lumiotecnico, Será
usada a seguinte tabela simplificada:

Tabela 6: Factores de Reflexão.

20 | P á g i n a
Compartimento 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
SALA DE
Tecnico de FORMAÇãO
Gabinete do Tecnico de Administração e F
Codigo Utilização Entrada principal Sala de internet café Copa WC 1 Sala de servidor Sala de estudos conteud Corredot 1 Corredor 2 Escadas / WC2 CIRCULAÇÃO
gestor informatica inanças
e recepção e copia e os multimedias Multifuncion
encardenação al
1 Comprimento C m 6,4 8,83 5,9 3,82 1,85 2,83 5,9 4,32 3,28 4,75 5,22 4,15 2,83
2,85 8,81 5,8
2 Largura L m 1,12 4,32 2,82 2,75 1,54 2,42 3,85 2,83 2,85 2,85 1,85 2,85 1,23
1,05 5,8 2,79
3 Altura H m 2,85 2,85 2,85 2,85 2,85 2,85 2,85 2,85 2,85 2,85 2,85 2,85 2,852,7 2,7 2,7
4 Área s m² 7,17 38,15 16,64 10,51 2,85 6,85 22,72 12,23 9,35 13,54 9,66 11,83 3,48
2,99 51,10 16,18
5 Volume v m³ 20,43 108,71 47,42 29,94 8,12 19,52 64,74 34,84 26,64 38,58 27,52 33,71 9,92
8,08 137,96 43,69
6 Tipo Iluminação - - Indirecta Indirecta Indirecta Indirecta Indirecta Indirecta indirecta Indirecta Indirecta indirecta Indirecta Indirecta Inditecta
Indirecta Indirecta Indirecta
7 Altura do plano de trabalho - - 0 0,4 0,7 0,7 0,8 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0 0 0 0,8 0,7 0
8 Altura d0 tecto a armadura - - 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
9 Altura Montagem Hm M 2,85 2,45 2,15 2,15 2,05 2,15 2,15 2,15 2,15 2,15 2,85 2,85 2,851,9 2 2,7
10 Índice Local K - 0,50 1,78 1,33 1,12 0,61 0,91 1,63 0,80 1,06 1,24 0,72 0,89 0,45
0,61 2,62 1,05
11 F. Reflexão Tectos ρt % 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,70,7 0,7 0,7
12 Paredes ρp % 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,50,5 0,5 0,5
13 Solo ρs % 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,10,1 0,1 0,1
14 Tipo Armadura - - O T-dupla T-dupla T-simples O H-dupla T-dupla T-dupla T- simples T simles N N N O T-simples N
15 F. Utilização Fu % 0,21 0,57 0,49 0,46 0,21 0,32 0,51 0,2 0,45 0,49 0,25 0,3 0,21
0,21 0,65 0,33
16 F. Manuteção Fm % 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,70,7 0,7 0,7
17 Rendimento Global ɳ % 0,15 0,40 0,34 0,32 0,15 0,22 0,36 0,14 0,32 0,34 0,18 0,21 0,15
0,15 0,46 0,23
18 Nivel recomedado Er lux 150 300 750 200 100 300 750 750 500 750 80 80 150 100 600 80
19 Fluxo Virtual Øᵥ Lm 1075,20 11443,68 12478,50 2101,00 284,90 2054,58 17036,25 9169,20 4674,00 10153,13 772,56 946,20 522,14
299,25 30658,80 1294,56
20 Fluxo Necessário Øn Lm 7314 28681 36380 6525 1938 9172 47721 65494 14838 29601 4415 4506 3552
2036 67382 5604
21 Numero de lampadas por armadura - - 1 2 2 1 1 2 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1
22 Numero de Armaduras N - 2 4 10 2 1 1 13 9 4 8 1 2 1 1 18 2
23 Periodo de manutenção mês 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
24 Fluxo por Armadura Øa Lm 3800 7 600 3800 3800 3000 7600 3800 7600 3800 3800 3000 3000 3000
3000 3800 3000
25 Fluxo Total Øt Lm 7314 30400 36380 6525 1938 9172 47721 65494 14838 29601 4415 4506 3552
2036 67382 5604
26 Iluminância Inic. Ei Lux 150 319 750 200 100 300 750 750 500 750 80 80 150 100 600 80
27 Iluminância Serviço Es Lux 105 223,3 525 140 70 210 525 525 350 525 56 56 105 70 420 56
28 Potência na Armadura pa watt 40 80 80 40 40 80 40 80 40 40 40 40 40 40 40 40
29 Potência Total p Watt 80 320 800 80 40 80 1040 720 160 800 40 40 40 40 720 80
31 Carga relativa δ w/m² 11,161 8,389 48,083 7,615 14,040 11,681 45,785 58,893 17,116 59,095 4,142 3,382 11,491
13,367 14,091 4,944
PLAFON
PLAFON SUPERLED TUBE SUPERLED SUPERLED PLAFON SUPERLED SUPERLED SUPERLED SUPERLED SUPERLED TUBE PLAFON PLAFON PLAFON SUPERLED PLAFON
SUPERLE
30 Marca da lampada - - SUPERLED H TUBE H TUBE H SUPERLED TUBE H TUBE H TUBE H TUBE H H SUPERLED SUPERLED SUPERLED TUBE H SUPERLED
D
EMBUTIR O GLASS O GLASS O GLASS EMBUTIR O GLASS O GLASS O GLASS O GLASS O GLASS EMBUTIR EMBUTIR EMBUTIR O GLASS EMBUTIR
EMBUTIR

Tabela 7: Folha de cálculo lumiotecnico edifício.

21 | P á g i n a
2.6 Especificações técnicas

2.6.1 Caixas de derivação


As ligações dos condutores dentro das caixas de derivação devem ser usados ligadores ou
barra de junção nas mesmas.

2.6.2 Condutores admissíveis no edifício


Os condutores intercalados na residência terão as seguintes cores regulamentares:

 Condutores de fase: preto;


 Condutor neutro: azul claro;
 Condutor de protecção: amarelo.

Os condutores que serão intercalados nas canalizações desta instalação, serão condutores de
cobre (VAV) de secções não inferiores a 1,5 mm² para circuitos de iluminação e 2,5 mm²
para circuitos de força electromotriz, obedecendo deste modo o (RSIUEE) no Artigo 426.°

2.6.3 Eléctrodutos
Os eléctrodos que serão intercalados nesta instalação serão do tipo PVC embutidos nos tectos
e nas parentes, com secção 50 mm de diâmetro para o electroduto de entrada e com secção
não inferior a 16 mm para os restantes circuitos. Os traçados dos percursos nas estruturas
seguirão na vertical ou horizontal entre as caixas de derivação, ao longo das estruturas
construtivas. Os electrodutos embebidos devem ser sempre inteiros, de caixa a caixa.

2.6.4 Disjuntores
Os disjuntores serão todos termomagnéticos com fixação individual, inclusive os, unipolares,
a fim de facilitar seu manuseio e manutenção.

Deverão apresentar dois elementos distintos de protecção contra sobrecarga por elemento de
disparo térmico, e o de curto-circuito por bobina para disparo electromagnético. Todos os
disjuntores serão da norma NEMA curva C, e os previstos a instalar no quadro externo
poderão ser da norma DIN.

 10 A para circuitos de iluminação (Tipo C, Ref: K32a1C10).

22 | P á g i n a
 16 A para circuitos de TUG e TUE (Disjuntor monofásico: 16A Tipo C, Ref:
K32a1C16).
 80 A para o disjuntor limitador da potência contratada (Disjuntor Treta polar: 63A
Tipo C, Ref: K32a1C32.
 32 A para o disjuntor limitador da potência (Disjuntor Treta polar: 63A Tipo C, Ref:
K32a1C32.

2.7 Quadros

2.7.1 Quadros Geral edifício


O quadro geral será de fabrico normalizado, termoplásticos, com calha DIN para aplicação
directa dos disjuntores e demais equipamentos, ficando instalados na parede em nicho próprio
para o efeito, salvaguardando espaço suficiente para aparelho limitador de potência
(disjuntor diferencial), a instalar pelo distribuidor. Os barramentos serão construídos em
barra de cobre electrolítico, com o número de fases necessárias e suficientes, sendo de
F+N+T para circuitos monofásicos, devendo os mesmos garantir uma boa distribuição de
corrente e dimensionados para suportar uma corrente mínima de 2 A/mm² permanente e ainda
suportar esforços electrodinâmicos que poderão aparecer das correntes de curto-circuito
máximo. Para a protecção dos circuitos gerais e específicos contra sobre intensidades, o
quadro será dotado de disjuntores unipolares, de intensidade adequada a cada circuito e com
poder de corte igual ou superior à corrente de curto-circuito prevista para o local. Para a
protecção das pessoas contra contactos indirectos, considerou-se a instalação de diversos
interruptores de média e alta sensibilidade.

Portanto, para este projecto, será usado um quadro geral de nome mini pragma, com as
seguintes qualidades:

 Apresenta a resistência ao fogo e calor excessivo a 650 graus Celcius a 30 segundos e


 Pela possibilidade de se intercalar em alvenaria.

Para identificação dos circuitos, os quadros geral e parcial levarão etiquetas de trafolite de
duas cores, preto e branco, que serão fixadas com parafusos de cabeça de lentilha e cromados.

23 | P á g i n a
2.7.2 Quadro parcial
O quadro parcial será localizado na cave subterrânea do edifício. A estrutura interior e
dimensões serão tal que permita alojar a aparelhagem indicada no respectivo esquema e
protegê-la contra contactos directos ou outras acções, por todas as faces.

Todas as saídas serão protegidas por disjuntores de elevada robustez mecânica e eléctrica,
obedecendo às indicações dadas nos desenhos.

Os interruptores de corrente de defeito serão de corte bipolar, com um poder de corte de


acordo com as normas CEI próprios para a tensão 230 V/380 V-50 Hz, para correntes de
defeito de 0,3 A, 0.03 A e 0,01 A, um tempo de disparo inferior a 30 ms. Serão equipados
com resistência de ensaio.

No quadro, as ligações da aparelhagem serão efectuadas através de réguas de bornes ou


condutores de isolamento termoplástico de secções correspondentes às dos respectivos
circuitos.
O quadro depois de completo deverá suportar uma tensão de 2000 V, aplicada entre
condutores, durante um minuto de cada vez, sem que se verifique avaria no isolamento.

A resistência de isolamento medida a 500 V entre condutores e entre estes e a terra não
deverá ser inferior a 20 mega ohms. Para cada um dos circuitos de utilização, com a
aparelhagem e as ligações feitas, mas sem lâmpadas, a resistência de isolamento encontrada
nas condições referidas, não devera ser inferior a 5 ohms.

Será rigorosamente estabelecida a continuidade eléctrica de todas as partes metálicas dos


quadros devendo prever-se a sua ligação ao eléctrodo de terra de protecção por intermédio do
condutor de protecção dos respectivos cabos de alimentação.

Dado existirem saídas de reserva não equipadas em todos os quadros, para além do espaço
correspondente nos painéis frontais para a sua futura instalação. Deverão igualmente ser
reservados espaços para as ligações nos barramentos, para fixação dos equipamentos aos
chassis, acesso dos cabos, etc. de forma a facilitar a futura instalação de aparelhagem.

24 | P á g i n a
2.8 Rede de telefones e dados
Está prevista neste projecto a instalação de uma rede de tubagens e cabos para telefones e
Dados com possibilidades de intercomunicação entre os diversos blocos e compartimentos
armazém.

As canalizações que constituem a rede de tubagem e cabos serão executadas em cabo


TE1HEAV protegidos por tubo de polietileno PET 50mm, intercalados por caixas de
passagem de alvenaria de 600X600X800 mm. No interior dos edifícios estas serão
estabelecidas em cabo TVHV protegido por tubos VD de diâmetro apropriado.

Para a rede de dados/informática, foi considerada uma estrutura de suporte de comunicações


flexível e evolutiva, capaz de suportar as exigências actuais, bem como as novas tecnologias
emergentes, nomeadamente FDDI/CDDI.

A rede terá uma topologia de estrela, cujo ponto central será constituído por um armário
bastidor, onde serão instalados os equipamentos activos e passivos, e será constituída por um
sistema de cablagem estruturada do tipo certificado para a categoria 6 e respeitando as
normas internacionais em vigor.

As extensões vindas da central telefónica e as linhas directas vindas do repartidor geral da


instalação, terminarão também no bastidor, em painéis de distribuição RJ45.

Deste modo a gestão de comunicações de voz e dados será totalmente feita através do
“patching” no bastidor.

As ligações entre o RGE e o bastidor, e entre a central telefónica e o bastidor serão


constituídas por cabo TVHV e os cabos a partir do bastidor serão do tipo UTP Cat6e de
quatro pares.

Os circuitos serão executados embebidos nas paredes protegidos por tubos VD e em calhas
técnicas salientes e de pavimento, seguindo-se o traçado dos respectivos desenhos.

A central telefónica, a fornecer e instalar pelo Dono de Obra, terá a capacidade necessária
para a rede solicitada. As tomadas serão do tipo conector duplo RJ45 e RJ11.

2.9 Circuitos de saídas do Quadro geral e parcial


De acordo com os critérios normativos, para a repartição ou divisão dos circuitos ira se
realizar o seguinte calculo abaixo, com finalidade de equilibrar as cargas dos diferentes
25 | P á g i n a
pontos de utilização, dos circuitos de tomadas de uso geral e de iluminação, pois só e
permitido que um circuito alimente no máximo 8 pontos de utilização:

Pontos de utilização
Tomadas
Área Tomadas de
Código Compartimento Armaduras uso
(m²) uso geral
específico
1 Entrada principal 7,168 2 - -
Sala de internet café e recepção
2 38,1456 4 5 2
e cópia e encadernação
3 Gabinete do Gestor 16,638 10 3 1
4 Copa 10,505 2 3 1
5 WC 1 2,85 1 0 1
6 Sala de servidor 6,8486 1 3 1
7 Sala de estudos 22,715 13 3 1
Técnico de
8 12,2256 5
informática 9 1
Técnico de conteúdos
9 9,348 4
multimédias 4 1
10 Administração e finanças 13,5375 8 4 1
11 Corredor 1 9,66 2 0 0
12 Corredor 2 11,83 2 0 0
13 Escadas 3,48 1 0 0
SALA De
14 51,098 18 4
FORMAÇÃO/multifuncional 2
15 WC 2 2,99 1 - 1
16 Circulação 16,18 2 1 0
Total 80 35 13
Tabela 8: pontos de utilização do edifício.

Portanto, os circuitos de uso específico serão 13 circuitos, para os circuitos de iluminação e


tomadas de uso geral serão 19, logo o empreendimento terá 32 circuitos, com as seguintes
características:

 Circuitos de iluminação: Os circuitos de iluminação devem levar cabos do tipo VAV


PBT 2x1,5 mm² / VD 16 mm,
 Circuitos de tomadas de uso geral: serão constituídos por cabos do tipo VAV PBT
2x2,5 mm² + T 2,5 mm² /VD 20 mm;
26 | P á g i n a
 Circuito de climatização: serão constituídos por cabos do tipo VAV PBT cabos do
tipo VAV PBT 2x2,5 mm² + T 2,5 mm² /VD 20 mm;
 Os circuitos para ligação dos aparelhos de aquecimento de água serão constituídos por
cabos do tipo VAV PBT 2x2,5 mm² + T 2,5 mm² /VD 20 mm.

2. 10 Dimensionamento do condutor do quadro geral (QG)


Para a realização do dimensionamento da secção do condutor adequado para esta instalação,
realizou se primeiro o calculo da corrente total do edifício:

A secção do condutor do ramal de entrada adequado para a corrente calculada acima será um
cabo de VAV tipo PBT (revestimento PVC) de secção de 3 25 mm², pois o mesmo, tem
uma capacidade de condução de , obedecendo deste modo o critério regulamentar:

(condição verificada)

Queda de tensão

Tabela 9: Quedas tensões admissíveis (fonte: RTIEBT).

Verificou se através do cálculo abaixo, se o condutor de 3 25 mm² não apresenta queda de


tensão nos seus terminais.

( )

27 | P á g i n a
( )

(condição verificada)

Diâmetro do Tubo para secção do condutor de entrada

De acordo com a Tabela regulamentar no Anexo 1, o condutor de Entrada devera ser


protegido em todo seu percurso por um eletrotudo de

2.11 Protecções contra sobreintensidade


Para a protecção geral do edifício, devera ser usado um disjuntor diferencial Tretapolar, pois,
o disjuntor protege contra sobre cargas, curto-circuito e pela possibilidade de não ser de uso
único quando comparado com os fusíveis. Para se saber o calibre do disjuntor adequado
obedeceu se a norma (RTIEBT), na sessão 433.2 a qual diz que as características de
funcionamento dos dispositivos de protecção das canalizações contra as sobrecargas devem
satisfazer, simultaneamente, às duas condições seguintes:

 1⁰ Condição:

(condição verificada)
 2⁰ Condição:

A (condição verificada)

2.12 Cálculo da resistência do cabo de entrada ao quadro de distribuição


O cabo alimentador devera ser de cobre não estanhado, multicondutor cableado, de secção
3 25mm², com resistência a 20°C de 0.727 Ω/km.

28 | P á g i n a
Devido a variação da temperatura 20 para 35 , o cabo passara a ter a seguinte resistência:

Figura 1: Diagrama unifilar do condutor a montante do edifício (fonte: próprio autor).

Cálculo de curto-circuito:

Tempo máximo de curto-circuito:

O tempo de corte não deverá ser superior a 5 segundos pela expressão abaixo, segundo o
(RSIUEE) no artigo 580, no número 2.

(condição verificada)

29 | P á g i n a
2.13 Dimensionamento do Quadro parcial
A alimentação deste quadro será feita, a partir do quadro geral, e a sua localização será ao
lado da porta de entrada, a uma altura de 1.70 m do pavimento. A montagem do quadro será
embebida.

O quadro alimentará os seguintes circuitos:

 Circuito de Iluminação, circuitos de tomadas de uso geral e específico.

A potência prevista para este quadro:

Potência
Factor Factor
Total dos Potencia
Descrição Utilização QTD utilizaçã Simultaneida
Equipamentos (VA)
o de
(VA)
Iluminação 18 720 0,9 1 648
SALA De FORMAÇÃO
Tomadas de uso geral 4 500 1 0,4 200
/multifuncional
Tomadas de uso específico 2 4000 0,9 1 3600
Iluminação 1 40 0,9 1 36
WC Tomadas de uso geral - - - - -
Tomadas de uso específico 1 3000 1 0,75 2250
Iluminação 2 80 0,9 1 72
Circulação Tomadas de uso geral 1 125 1 1 125
Tomadas de uso específico - - - - -
Total 6 931

Tabela 10: Cargas do quadro parcial do edifício

Corrente de Serviço:

Secção para a alimentação:

VAV (PBT) 3 6 mm² +6 mm²+T 6 mm², enfiado em tubo VD 32 mm

Iz = 60 A (Tabela 1 da euro cabos)

30 | P á g i n a
Para a escolha do Calibre do disjuntor de protecção localizado no quadro parcial obedeceu se
as seguintes condições normativas:

 1⁰ Condição:

(condição verificada)
 2⁰ Condição:

A
A (condição verificada)

O quadro terá um interruptor geral de 25 A. O esquema eléctrico está representado nos


desenhos em anexo.

Queda de tensão percentual:

( )

( )

(condição verificada)

2.14 Cálculo da resistência do cabo de entrada ao quadro de distribuição


O cabo alimentador devera ser de cobre não estanhado, multicondutor cableado, de secção
3 6 mm² com resistência máxima a 20°C de 3,08 Ω/km.

31 | P á g i n a
Devido a variação da temperatura 20 para 35 , o cabo passara a ter a seguinte resistência:

Resistência do condutor a montante:

Como o condutor que será intercalado a montante e a jusante terá secções diferentes, a
resistência total a se considerar a 35 , sera:

Figura 2: diagrama unifilar dos condutores do edifício (fonte: próprio autor)

Corrente de curto-circuito:

O tempo máximo de curto-circuito:

(condição verificada)

32 | P á g i n a
2.15 Regras de Montagem

2.15.1 Canalizações eléctricas


As canalizações Eléctricas serão de uma forma geral embebidas. Em todos os circuitos de
distribuição o condutor de protecção deve fazer parte integrante da mesma canalização do
circuito, e possuir uma secção de acordo com o prescrito no R.S.I.U.E.E.

As canalizações ocultas, embebidas nas paredes, tectos e pavimentos, serão constituídas por
condutores isolados do tipo PBT, protegidos por tubo do tipo PVC (paredes e tectos). Nos
troços embebidos no pavimento os condutores serão protegidos por tubos do tipo PVC.

O traçado das canalizações embebidas, será estabelecido na horizontal ou vertical a partir dos
aparelhos intercalados nas canalizações, ao longo de rodapés, ombreiras e intersecção das
paredes, de modo a que o trajecto seja facilmente identificável.

As caixas de derivação e de passagem serão em baquelite com tampas fixadas por parafusos
de modo a assegurar a sua estanquicidade. No interior destas serão colocadas, placas
terminais. Dentro de cada dependência, as caixas deverão ficar à mesma altura do solo,
centradas com os vãos das portas.

As caixas para interruptores, comutadores e tomadas serão de baquelite, centradas com os


vãos das portas. As dimensões mínimas serão:

 Caixas de passagem 40 x 80 mm;


 Caixas de derivação até 5 entradas 80 x 80 mm.

Em todos os circuitos de distribuição o condutor de protecção deve fazer parte integrante da


mesma canalização do circuito, e possuir uma secção de acordo com o prescrito nos Artigos
613; 614 e 615 do R.S.IU.E.E.

2.15.2 Caminho de cabos


Os caminhos de cabos a utilizar, quando necessários, serão executados em chapa de aço
galvanizada a quente, com as dimensões adequadas ao número de canalizações a servir, tanto
nos troços verticais como horizontais, sendo suspenso nos tectos.

Os mesmos deverão suportar uma carga não inferior a 30 kg/m, com distância máxima entre
os apoios de 1,5 m.

33 | P á g i n a
Todas as massas metálicas, estruturas de apoio e caminhos de cabos deverão ser ligados à
terra de protecção, através de condutor de equipotencial idade, conforme artigos 599 e 601
do R.S.I.U.E.E.

2.16 Sistema de protecção

2.16.1 Generalidades
Em cada um dos quadros eléctricos, existirá, além de um disjuntor ou interruptor diferencial,
um barramento de terra, devendo estar de acordo com os artigos 452 e 613 a 630 do
regulamento de segurança de instalações de utilização de energia eléctrica. O sistema de
protecção de pessoas contra contactos directos e indirectos deverá dar cumprimento aos
artigos 596; 597; 598; 599 e 600 do regulamento de segurança de instalações de utilização
de energia eléctrica.

2.16.1 Protecção contra contactos directos

A protecção contra contactos directos, ficará assegurada desde que sejam observadas as
Recomendações constantes desta memória descritiva e justificativa, e pela utilização de
equipamentos eléctricos construídos segundo as prescrições do (R.S.I.U.E.E),nomeadamente
no que respeita ao isolamento e/ou afastamento das partes activas e à colocação de anteparos

2.16.2 Protecção contra contactos indirectos

A protecção de pessoas contra contactos indirectos, será assegurada ligando directamente


todas as massas metálicas à terra de protecção, nos locais em que possam existir aparelhos
com invólucros susceptíveis de originar contactos indirectos, e pelo emprego de aparelhos de
corte automático associados, sensíveis à corrente diferencial residual de alta sensibilidade,
nomeadamente interruptores e disjuntores.

Diferenciais que protegerão a instalação quando com defeitos de isolamento, não permitindo
em qualquer caso uma tensão de contacto superior a 25 V.

34 | P á g i n a
2.16.3 Eléctrodo de protecção
Deverá ser executada uma terra de protecção, à qual serão ligadas as estruturas metálicas e
todos os elementos que possam eventualmente ficar sujeitos a tensão.

Os eléctrodos deverão, ficar enterrados verticalmente no solo, a uma profundidade tal que,
entre a superfície do solo e a parte superior do eléctrodo, haja uma distância mínima de 0,80
metros.

Para os valores de resistência de contacto, deverão ser tidos em conta os valores indicados no
Regulamento em vigor.

O valor da resistência de terra será ajustando de modo que se adquire o número de eléctrodos
necessários, e que a sua resistência seja inferior a 10 Ω (ohm). A ligação entre os eléctrodos
de terra será efectuada através de um condutor nu (VAV) com secção 35 mm²,
desseguida será usado um condutor tipo PBT de 16 mm², sendo o mesmo protegido em
todo o seu percurso através de um tubo de Polietileno, com o diâmetro adequado até ao
quadro geral onde será realizada as outras ligações.

35 | P á g i n a
2.17 Orçamento
Orçamento de Material do edifício
PDM PTM
ITEM Descrição Unidade QDE (mts) (mts)
1 Interruptor Simples Peça 8 224,14 1793,12
2 Interruptor Duplo Peça 2 306,03 612,06
3 Interruptor triplo Peça 1 343,97 343,97
4 Caixa de derivação Peça 24 25 600
5 Tomada mofasica + terra Peça 48 241,38 11586,24
6 Lampada superled tube ho glass Peça 97 198,28 19233,16
7 Plafon superled embutir Peça 11 120 1320
8 Armadura simples Peça 32 163,79 5241,28
9 Armadura Dupla Peça 37 245,69 9090,53
10 Eletroduto PVC de Diametro de 50 mm metros 16 45 720
11 Condutor de cobre PBT: preto de 1,5 mm² metros 300 22,85 6855
12 Condutor de cobre PBT: azul, de 1,5 mm² metros 300 22,85 6855
13 Condutor de cobre PBT: preto de 2,5 mm² metros 350 37,5 13125
14 Condutor de cobre PBT: azul de 2,5 mm² metros 350 37,5 13125
15 Condutor de cobre PBT: amarelo de 2,5 mm² metros 350 37,5 13125
16 Condutor de cobre PBT: amarelo de 16 mm² metros 26 90 2340
17 Condutor de cobre PBT: amarelo de 6 mm² metros 16 55,2 883,2
18 Condutor de cobre PBT: preto de 6 mm² metros 45 95 4275
19 Condutor de cobre PBT: azul de 6 mm² metros 15 95 1425
20 Condutor de cobre PBT: preto de 25 mm² metros 60 120 7200
21 Condutor de cobre PBT: azual de 25 mm² metros 15 120 1800
22 Eletroduto PVC de Diametro de 16 mm metros 200 15,52 3104
23 Eletroduto PVC de Diametro de 20 mm metros 200 20,69 4138
24 Eletroduto PVC de Diametro de 32 mm metros 16 25 400
25 Ligadores/Conectores Peça 20 35 700
26 Pregos de 3 polegadas Kilograma 3 67 201
27 Caixa de aparelhagem Peça 128 15 1920
28 Caixa octogonal de aparelhagem Peça 5 17,02 85,1
29 Disjuntor Monofasico de 10 A, curva c Peça 10 168,1 1681
30 Disjuntor Monofasico 16 A, de curva c Peça 18 168,1 3025,8
31 Disjuntor tretapolar de 25 A, de curva c Peça 1 1500 1500
32 Disjuntor tretapolar diferencial de 80 A, de curva c Peça 1 3443,97 3443,97
33 Fusivel NH de 100 A Peça 3 450,21 1350,63
34 Contactor de potência de 20 A Peça 1 750 750
35 Quadro de medição de energia para embutir pvc Peça 1 4500 4500
36 Quadro de distribuição de energia para embutir de 1 fila Peça 1 2323,28 2323,28
Quadro de Distribuição de energia para embutir de 24
37 módulos Peça 1 5258,62 5258,62
Quadro de Distribuição de energia para embutir de 10
38 módulos Peça 1 4000 4000
39 Condutor de cobre num, de 35 mm Peça 9 121,3 1091,7
40 Ferro de aterramento de 2 m Peça 3 1679,58 5038,74

36 | P á g i n a
41 Saco de sais minerais para a condutibilidade do eléctrodo Kilograma 5 326,58 326,58
42 Conector tipo grampo para ligação dos eletrodos Peça 3 93,31 279,93
43 Arrame Metros 70 45 3150
44 Fita insolate de 10 m Peça 5 125 625
45 Parafusos kilograma 3 250 750
Total 171191,91

Tabela 11: orçamento de Material do edifício.

Orçamento de Mão-de-obra do edifício


Descrição Numero Horas Preço PTM (mts)
Engenheiro electricista 1 96 500 48000
Técnicos médios 4 360 45 16200
Técnicos básicos 8 360 30 10800
75000

Tabela 12: orçamento de Mão-de-obra do edifício.

37 | P á g i n a
Anexo 1
Diâmetro dos eléctrodutos da instalação eléctrica

38 | P á g i n a
Anexo 2
Potências a contratar a concessionária EDM

39 | P á g i n a
Anexo 3
Secções admissíveis dos condutores da instalação eléctrica

40 | P á g i n a
Anexo 4
Tabela de capacidade em amperes dos condutores

41 | P á g i n a
Anexo 5
Tabela de resistência dos condutores do edifício

42 | P á g i n a
Anexo 6
Factores das cargas da instituição

43 | P á g i n a

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