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TERMO DE RESPONSABILIDADE

Eu Zacarias Joaquim Nota, filho de Joaquim Nota Chiposse e de Adélia José Barros.
Estudante de engenharia eléctrica da universidade Zambeze, natural da cidade da beira,
província de Sofala, portador do bilhete de identidade N° 040107225540ª, emitido em
17/09/2018 pelo arquivo de identificação civil de quelimane, domiciliado na cidade da beira,
16° Bairro-Manga, quarteirão N°, rua n°. Declaro que tomo toda a responsabilidade civil e
criminal que, em virtude das disposições legais, possa resultar da exploração das instalações
eléctricas do edifício institucional. Que sita em Chimoio, bem como do estabelecimento e da
exploração das instalações que o mesmo venha a estabelecer, desde que, quanto a estas, os
documentos que constituam os projectos necessários para a concessão das respectivas licenças
sejam por mim assinados.

Declaro também que esta minha responsabilidade durará enquanto aquelas instalações
estiverem em exploração, salvo declaração expressa em contrário.
Beira, 12 de setembro de 2023

Beira, 12 de setembro de 2023


FOTOCÓPIA DO DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO
Lista de abreviaturas
BT: Baixa Tensão.
EDM: Electricidade de Moçambique.
QG: Quadro Geral de Baixa Tensão RBT: Rede de Baixa Tensão.
QP: Quadro parcial de Baixa Tensão RBT: Rede de Baixa Tensão.
RSIUEE: Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica.
RTIEBT: Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão.
K: constante do número do circuito
Identificação do circuito.
Cos : factor de potência.
FU: factor de utilização.
FS: factor de simultaneidade.
T: O tempo de corte do aparelho de protecção, expresso em segundos.
S: secção nominal dos condutores, expressa em milímetros quadrados.
Icc: Corrente de curto-circuito mínima, isto é, a corrente que resulta de um curto-circuito.
S: potência aparente em unidade volte ampere (KVA).
P: potência activa em unidade watts (W).
b: Coeficiente igual a 1 para os circuitos trifásicos e a 2 para os monofásicos (os circuitos
L: Comprimento simples da canalização, expresso em metros.
S: Secção dos condutores, expressa em milímetros quadrados.
λ: Reactância linear dos condutores (na falta de outras indicações pode ser usado o valor 0,08
(mΩ/m).
IB: Corrente de serviço, expressa em amperes.
IZ: Corrente admissível do condutor.
In : Corrente nominal do disjuntor de protecção.
Is: Corrente de serviço.
QTD: Quantidade de equipamentos.
PTM: Preço total.
HUM: Locais húmidos.
THU: Locais temporariamente húmidos.
SER: Locais sem riscos especiais
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Classificação dos locais. .................................... Erro! Marcador não definido.


Tabela 2. Cargas previstas para cada tomada do edifício .................................................. 14
Tabela 3. Cargas previstas para aquecedores de água. ..................................................... 15
Tabela 4. Cargas previstas para a iluminação do edifício. ............................................... 16
Tabela 5. Previsão de cargas para tomadas de uso geral ................................................... 17
Tabela 6. Factores de Reflexão. .......................................................................................... 21
Tabela 7. Pontos de utilização do edifício. ......................................................................... 26
Tabela 8. Orçamento ............................................................................................................ 37
ÍNDICE

CAPÍTULO I: INTRODULÇAO ......................................................................................... 7

Introdução............................................................................................................................... 7

Objetivos ............................................................................. Erro! Marcador não definido.

Objetivo geral .................................................................. Erro! Marcador não definido.

Objetivos específicos ...................................................... Erro! Marcador não definido.

Legislação............................................................................................................................... 9

Conformidade dos materiais e equipamentos .................................................................... 10

Projecto de uma instalação de utilização........................... Erro! Marcador não definido.

Classificação dos locais quanto à sua utilização ............... Erro! Marcador não definido.

CAPÍTULO II: DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO............................................... 13

Ligação à rede e alimentação de energia ............................................................................ 13

Potência prevista .............................................................................................................. 14

Potência total instalada .................................................................................................... 17

Factores de correcção de cargas ..................................................................................... 18

Factor de potência ....................................................................................................... 18

Factor de evolução de carga ....................................................................................... 18

Factor Simultaneidade ................................................................................................ 18

Aparelhagem de comando e serviço .............................................................................. 19

Tomadas ........................................................................................................................ 20

Iluminação normal ...................................................................................................... 20

Calculo Lumiotecnico .................................................................................................. 21

Quadros............................................................................................................................. 24

Quadro Geral edifício ...................................................................................................... 24

Quadro parcial .................................................................................................................. 24

Circuitos de saídas do Quadro geral e parcial ................................................................ 25


Dimensionamento do condutor do quadro geral de distribuição .............................. 27

Queda de tensão ............................................................................................................... 27

Eletroduto para os cabos do circuito de entrada ............................................................ 28

Protecção contra sobreintensidades ................................................................................ 28

Resistência dos condutores de entrada do quadro de distribuição ................................ 29

Cálculo da corrente de curto-circuito ............................................................................. 29

Cálculo do tempo máximo de curto-circuito .................................................................. 30

Dimensionamento do quadro parcial .................................................................................. 30

Iluminação ........................................................................................................................ 31

Tomadas de uso geral....................................................................................................... 31

Tomadas de uso específico .............................................................................................. 31

Queda de tensão ............................................................................................................... 32

Cálculo da resistência do condutor ................................................................................. 33

Tempo máximo de corte .................................................................................................. 33

Localização dos aparelhos de comando ............................................................................. 33

Caminho dos cabos .......................................................................................................... 35

Orçamento ........................................................................................................................ 36

Anexos .................................................................................................................................. 39
CAPÍTULO I: INTRODULÇAO

Introdução

Este é um projecto execução de uma instalação eléctrica á baixa tensão de uma Instituição com
cave e reis de chão, situada em Manica, no município de Chimoio. A finalidade da instalação é
fazer uma ligação segura e eficiente da fonte com os pontos de consumo de carga na residência.

O objectivo é a organização e o dimensionamento das redes de canalizações e condutores


de energia eléctrica, incluindo aparelhos de manobra e protecção, indispensáveis para o
funcionamento seguro e eficaz da instalação eléctrica.

Todas as prescrições apresentadas são resultado de uma escolha criteriosa e no


cumprimento das seguintes legislações pertinentes em vigor, nomeadamente: nas Regras
Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (Portaria 949-A/2006), Regulamento de
Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica (Decreto-Lei nº 46847/66 de
Janeiro e alterações Decreto Regulamentar nº 90/74 de 26 de Dezembro) e Regulamento de
Segurança de Instalações Colectivas de Edifícios e Entradas (Decreto-Lei nº 46847/66 de
Janeiro e alterações Decreto Regulamentar nº 90/74 de 26 de Dezembro). Em conformidade,
descrevem-se e justificam-se neste projecto eléctrico as opções técnicas, tomadas e
apresentam-se os cálculos efetuados para o dimensionamento das soluções preconizadas.
Objectivos

Objectivo geral

 Elaborar um projecto de instalação eléctrica de um edifício para uso institucional.

Objectivos específicos
 Elaborar um projecto de instalação residencial, seguindo as normas, Regulamentos e
códigos de prática em vigor em Moçambique;
 Fazer levantamento da carga a instalar e potência a contratar;
 Determinar as secções normalizadas de cabos a instalar para os circuitos gerais
do edifício;
 Fazer a distribuição dos circuitos de iluminação externa e interna, tomadas (de uso geral
e específico).
 Dimensionar a aparelhagem de corte, protecção, manobra do edifício.
 Abordar critérios de segurança das instalações eléctricas
 Dimensionar os quadros de distribuição, as caixas de passagem, as tubagens e
condutores da instalação, bem como o local dos quadros e caixas de passagem e
o percurso dos condutores e condutos na planta eléctrica.
Legislação

O presente estudo foi elaborado, nas partes aplicáveis, em conformidade com a legislação e
especificações a seguir mencionadas:

 Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica (Decreto-


Lei nº 46847/66 de Janeiro e alterações Decreto Regulamentar nº 90/74 de 26 de
Dezembro);
 Regulamento de Segurança de Instalações Coletivas de Edifícios e Entradas (Decreto-
Lei nº 46847/66 de Janeiro e alterações Decreto Regulamentar nº 90/74 de 26 de
Dezembro).
 Regras Técnicas Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (Portaria 949-A/2006).

Em todo o omisso nas partes integrantes deste Projeto eléctrico, prevalecerão os Regulamentos
e Normas referidas e demais disposições regulamentares em vigor, e ainda a decisão da
fiscalização e/ou dono de obra, bem como do projetista.
Conformidade dos materiais e equipamentos

Todos os materiais e equipamentos eléctricos bem como os seus constituintes físicos-


químicos deverão ser adequados à residência, à sua utilização e modo de instalação,
devem também obedecer às disposições regulamentares dos Artigos°. 103° e 104° do
R.S.I.U.E.E.

Os equipamentos utilizados deverão estar em conformidade com as regras da arte no que


respeita à segurança R.S.I.U.E.E.

Considera-se que as condições de segurança de pessoas, dos animais e dos bens são
verificadas se os equipamentos utilizados cumprirem os requisitos de segurança
previstos no Anexo I do Decreto-Lei nº6/2008 de 10 de Janeiro ou forem fabricadas
segundo as normas em vigor e forem selecionados e instalados de acordo com as
RTIEBT.

Diversos

Em tudo o que não é referenciado nesta Memória Descritiva serão cumpridos rigorosamente os
regulamentos em vigor.
Constituição do empreendimento

O empreendimento é de 1 piso, com uma cave subterrânea constituído pelos seguintes


compartimentos:
 Entrada principal;
 Sala de internet café e recepção e cópia e encadernação;
 Gabinete do Gestor;
 Copa;
 WC 1;
 Sala de servidor;
 Sala de estudos;
 Técnico de informática;
 Técnico de conteúdos multimédias;
 Administração e finanças;
 Corredor 1;
 Corredor 2;
 Escadas;
 Sala de formação/ multifuncional;
 WC 2;
 Circulação.

Temperatura média na província


Com base na tabela abaixo temos a temperatura media mensal dos últimos 30 anos, e a
temperatura media é 26ºC.
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Ju Jul Ag Se Out Nov Dez
n o t
TºC 27 27 26 24 24 22 21 25 29 30 29 28
Precip 148 106 87 29 6 2 4 1 4 15 69 115
(mm)

Tabela 1. Temperatura media mensal


Classificação dos locais quanto ao ambiente e utilização

A classificação dos locais quanto ao ambiente foi considerada de acordo com o Art°.
359 do R.S.I.U.E.E. e classificação dos locais quanto à sua utilização foi considerada
de acordo com o Artigo 83 alínea b) e Artigo 97 do (RSIUEE), enquadrando-se estes
edifícios nos Locais Uso Profissional.

São classificadas as áreas de sectores ou compartimentos da residência, quanto ao


ambiente e sua utilização. Esses dados encontram – se resumidos na tabela abaixo:

Sector C. quanto ao C. quanto a utilização


ambiente
Entrada principal; THU Empresarial
Sala de internet café SRE Empresarial

Gabinete do Gestor SRE Empresarial


Copa SRE Empresarial
WC-1 HUM Empresarial
Sala de servidor SRE Empresarial
Sala de estudos SRE Empresarial
Técnico de informática SRE Empresarial
Técnico de conteúdos SRE Empresarial
multimédias;
Administração e SRE Empresarial
finanças

Corredor-1 SRE Empresarial


Corredor-2 SRE Empresarial

Escadas SRE Empresarial

Sala de formação/ SER Empresarial


multifuncional
WC-2 HUM Empresarial

Circulação. SRE Empresarial

Tabela 2: classificação de locais

Para casas de banho a classificação quanto ao ambiente, consideremos ambiente


ventilado.
CAPÍTULO II: DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO

Ligação à rede e alimentação de energia

O empreendimento será alimentado por um sistema trifásico em Baixa Tensão (BT), que será
fornecido a partir do posto de transformação mais próximo do empreendimento. Isso ocorre
devido ao fato de que a potência instalada no edifício excede os 6,6 kVA, conforme estipulado
pelo artigo 420° do (RSIUEE).

O edifício será alimentado através de um ramal de entrada, que será instalado junto à entrada
do empreendimento. Este ramal de entrada fornecerá energia para o Quadro Geral do edifício.

Para efetuar a alimentação, serão utilizados cabos torcidos fornecidos pela concessionária
(EDM) desde a fonte de energia até o ponto de conexão conhecido como ramal de entrada. Em
seguida, serão inseridos cabos do tipo PBT 3*25mm2 + 16mm2 , com capacidade de tensão de
500V, revestidos de PVC, dentro de um tubo de PVC com diâmetro de 50 mm. Este sistema
será implementado desde o posto de distribuição até o Quadro Geral de Distribuição, conforme
representado na peça desenhada.

As características da rede elétrica são as seguintes:

 Tensão de Baixa Tensão: 380/220 V


 Frequência: 50 Hz

Os contadores de energia serão instalados em um nicho medindo 650x650x300 mm, o qual


será equipado com uma porta. Este nicho estará localizado próximo à porta de entrada e terá a
finalidade de acomodar o contador de energia da habitação.
Potência prevista

Para calcular a potência instalada, inicialmente foram realizadas medições em cada


compartimento. Essas medições forneceram informações sobre a potência estimada necessária
em cada compartimento. Este processo está em conformidade com o comentário 1 do artigo
435° do Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Elétrica (RSIUEE),
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 740/74, de 26 de Dezembro.

Ao fazer a contagem dos compartimentos, apenas foram considerados aqueles com uma área
superior a 4m². As áreas de cozinhas, banheiros e corredores foram excluídas desse cálculo, de
acordo com a observação no número 2 do artigo 435° do R.S.I.U.E.E. Com base nessas
informações, os seguintes cálculos foram elaborados:

 Para as tomadas de uso geral:

Compartimento QTD Potência Factor Factor Potência


por simultaneidade utilização Aparente (VA)
tomada
(VA)

Sala de internet café e recepção 8 125 1 0.36 360


e
cópia e encadernação
Gabinete do Gestor 3 125 1 0.43 161
Copa 3 125 1 0.43 161
Sala de servidor 2 125 1 0.43 108
Sala de estudos 6 125 1 0.4 300
Técnico de informática 2 125 1 0.36 90
Técnico de conteúdos 2 125 1 0.4 100
multimédias
Administração e finanças 3 125 1 0.4 150
SALA DE 10 125 1 0.43 538
Formação/multifuncional
Total - - - - 1968
Tabela 1. Cargas previstas para cada tomada do edifício
 Para o circuito de tomadas específicas para aquecimento de eléctrico de água serão
considerados os compartimentos de código (5 e 15):

Compartimento Área Potência Factor Factor Potência


(m²) Unitária simultaneidade utilização Aparente
(VA) (VA)
WC1 2.85 3000 0.75 1 6410
WC2 2.99 3000 0.75 1 6728
- - - - 13138
Tabela 2. Cargas previstas para aquecedores de água.

 Cálculo da potência para a iluminação

Potencia Factor de Factor de Factor Potencia Potencia


Compartimento (W) simultaneidade utilização de (VA) ponderada
potência (VA)
Copa 45 1 0.95 1 45 43
Casa de banho 1 32 1 0.95 1 32 30
Corredor 1 36 1 0.95 1 36 34
Corredor 2 23 1 0.95 1 23 22
Escadas 17 1 0.95 1 17 16
Sala de servidores 89 1 0.95 1 89 85
Técnico de 127 1 0.95 1 127 121
informática
Técnico de 74 1 0.95 1 74 70
conteúdos e
multimédias
Gabinete do 337 1 0.95 1 337 320
Gestor
Administração e 151 1 0.95 1 151 143
Finanças
Sala de estudos 268 1 0.95 1 268 255

Entrada principal 58 1 0.95 1 58 56


Sala de internet 272 1 0.95 1 272 258
café
Circulação 128 1 0.95 1 128 122
Casa de banho 2 36 1 0.95 1 36 34
Sala de formação 216 1 0.95 1 216 205
multifuncional
Total - - - - - 1814

Tabela 3. Cargas previstas para a iluminação do edifício.

Nota: As potências activas usadas para estes cálculos foram, retiradas da folha de cálculo lumiotecnico
do edifício.

 Para o circuito de tomadas específicas para climatização serão considerados os


compartimentos de código (S2, S3, S4, S6, S7, S8, S9, S10, S14):

Compartimento Potencia Quantidade Factor de Factor de Factor Potencia


(W) simultaneidade utilização de (VA)
potência
Copa 1800 1 1 0.95 0.8 2138
Sala de servidores 1800 1 1 0.95 0.8 2138

Sala de internet café 1800 1 1 0.95 0.8 2138


Gabinete do gestor 1800 1 1 0.95 0.8 2138

Técnico de 1800 1 1 0.95 0.8 2138


informática
Sala de estudos 1800 1 1 0.95 0.8 2138

Administração e 1800 1 1 0.95 0.8 2138


finanças
Sala de formação 1800 4 1 0.95 0.8 8550
multifuncional

Sala de conteúdos 1800 1 1 0.95 0.8 2138


multimédias
Total - - - - - 25654
Tabela 4. Previsão de cargas para tomadas de uso geral

Potência total instalada

A potência total instalada é obtida somando todas as potências previstas para iluminação,
tomadas de uso geral, aquecimento elétrico de água e climatização.

𝑺𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑺𝑰𝑳 + 𝑺𝑻𝑼𝑮 + 𝑺𝑨𝑸𝑨 + 𝑺𝑪𝑳

𝑺𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝟏𝟖𝟏𝟒𝑽𝑨 + 𝟏𝟗𝟔𝟖𝑽𝑨 + 𝟏𝟑𝟏𝟒𝟑𝑽𝑨 + 𝟐𝟓𝟔𝟓𝟒𝑽𝑨

𝑺𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝟒𝟐𝟓𝟕𝟗𝑽𝑨

A potência total de todos os equipamentos a serem instalados no edifício é de 42579 VA. No


entanto, é importante determinar a potência a ser contratada, levando em consideração o fator
de evolução da carga ao longo do tempo, devido à possibilidade de substituição de
equipamentos ou à adição de mais equipamentos. Para lidar com essas variações, é
recomendável adicionar uma margem de segurança de 15% à potência instalada, a fim de
contornar os possíveis problemas decorrentes da evolução da carga. Portanto, a potência a ser
contratada será calculada como 42.528 VA + 15% de 42.528 VA = 48.902,2 VA (ou
aproximadamente 49 kVA).

𝑆´𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 + 15%𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙


𝑆´𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 42579𝑉𝐴 + (0.15 × 42579𝑉𝐴)

𝑆´𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 48965.85𝑉𝐴

Portanto, a potência a contratar é de 48965.85𝑉𝐴. Sendo que esta, é superior a 6.6KVA, o


edifício deverá ser alimentado por uma rede trifásica conforme o estabelecido pelo R.T.I.E.B.T.

Factores de correcção de cargas

Factor de potência

É uma percentagem da potência aparente que é transformada em potência mecânica, térmica


ou luminosa.

Valores utilizados nos projectos residenciais:

 Para cargas de iluminação 1;

 Para tomadas de uso geral 0,8.

Factor de evolução de carga

Fornece informação sobre o acréscimo que a carga poderá ter com o passar dos anos (horizonte
temporal). O horizonte temporal (curto, médio ou longo prazo) depende também do tipo de
instalação que se tem. Portanto para este edifício foi considerado um factor de evolução de
carga de 15%.

Factor Simultaneidade

Para este edifício para escolha dos coeficientes de simultaneidade foram obedecidos os critérios
regulamentares em vigor. Portanto para os diferentes circuitos do edifício foram considerados
os seguintes factores:

 Iluminação geral:

O factor a ser considerado será 1.


 Tomadas de uso geral:

Para as tomadas de uso geral o factor a ser considerado será, feito obedecendo a seguinte
equação:

Onde:

N é o número de pontos de utilização do edifício.

 Climatização:

Factor a ser considerado será 1.

 Aquecedor de água:

O factor a ser considerado será 0,75.

Aparelhagem de comando e serviço

Toda a aparelhagem de comando e serviço terá corpo e espelho em material plástico isolante.

Toda a aparelhagem de comado terá o calibre mínimo:

Comando 10 A, 230 V, 50 Hz.

Devem ser colocados em posição tal que não fiquem tapados pelas portas, quando estas abrem,
e estarem situados a uma altura de 1,20 metros (à altura das maçanetas das portas).

Em todas as zonas consideradas húmidas e/ou molhadas, a aparelhagem não será utlizada.
Utilização

Tomadas

Todos os circuitos de tomadas de uso geral e específico serão realizados em condutores do tipo
PBT de secção 2,5 mm² protegidos por um tubo VD Ø20 mm e terão condutores de protecção
com a mesma secção.

As tomadas de uso geral serão instaladas a uma altura de 0,30 metros do pavimento. E as
mesmas terão uma distância 5 metros entre as mesmas.

Iluminação normal

As armaduras de iluminação previstas e assinaladas nas peças desenhadas, serão fornecidas


completas, com lâmpadas e colocadas no local, segundo as normas e regras da boa execução.
Todos os circuitos de iluminação, serão realizados em condutores tipo PBT de secção 1,5 mm²,
enfiado em Tubo VD de 16 mm de diâmetro.

Os referidos circuitos, serão protegidos por disjuntores com calibre de 10 A nos quadros
respectivos. Todos os circuitos deverão observar o prescrito nos Artigos 181 e 281 do
Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica. Em todos os
locais com classificação de húmidos e/ou molhados, a aparelhagem a instalar será
obrigatoriamente descartada.

O número de caixas de aparelhagem previstas para a iluminação de cada compartimento devem


ser intercaladas em conformidade com os cálculos efectuados na folha de cálculo lumiotécnico
do edifício.
Calculo Lumiotecnico

Factor ou índice de reflexão


Os factores de reflexão variam conforme as cores. Para efeito de cálculo lumiotecnico, Será
usada a seguinte tabela simplificada:

Tabela 5. Factores de Reflexão.

Formulas para cálculo luminotécnico

Considerar paredes brancas para o cálculo, e factor de manutenção 0,8.

 ∅𝑣 = 𝐸𝑟 × 𝑆 (Fluxo virtual)

 𝑆 = 𝐶 × 𝐿 (área)
∅𝑣
 ∅𝑁 = (fluxo necessário)
𝐹𝑢×𝐹𝑚

3 𝑆
 𝐾= × (iluminação indireta)
2 𝐻×𝑆

∅𝑁
 𝑁= (numero de armadura)
∅𝐴

 ∅𝑡 = 𝑁 × ∅𝐴 (fluxo total)

 𝑃 = 𝑁 × 𝑃𝑎 (potencia total)
𝑃
 𝛿= (carga relativa)
𝑆

 ∅𝐴 = 𝐹𝑢 × 𝐹𝑚 (rendimento global)
∅𝑡
 𝐸𝑖 = × 𝑛 (Iluminância inicial)
𝑆

 𝑉 = 𝑆 × ℎ = 𝑐 × 𝑙 × ℎ (volume)
Quadros

Quadro Geral edifício

O quadro geral será de fabrico normalizado, termoplásticos, com calha DIN para aplicação
directa dos disjuntores e demais equipamentos, ficando instalados na parede em nicho próprio
para o efeito, salvaguardando espaço suficiente para aparelho limitador de potência (disjuntor
diferencial), a instalar pelo distribuidor. Os barramentos serão construídos em barra de cobre
electrolítico. com o número de fases necessárias e suficientes, sendo de F+N+T para circuitos
monofásicos, devendo os mesmos garantir uma boa distribuição de corrente e dimensionados
para suportar uma corrente mínima de 2 A/mm² permanente e ainda suportar esforços
electrodinâmicos que poderão aparecer das correntes de curto-circuito máximo. Para a
protecção dos circuitos gerais e específicos contra sobre intensidades, o quadro será dotado de
disjuntores unipolares, de intensidade adequada a cada circuito e com poder de corte igual ou
superior à corrente de curto-circuito prevista para o local. Para a protecção das pessoas contra
contactos indirectos, considerou-se a instalação de diversos interruptores de média e de alta
sensibilidade. Portanto, para este projecto, será usado um quadro geral de nome mini-pragma,
com as seguintes qualidades:

 Apresenta a resistência ao fogo e calor excessivo a 650 graus Celcius a 30 segundos;


 Pela possibilidade de se intercalar em alvenaria.

Para identificação dos circuitos, os quadros geral e parcial levarão etiquetas de trafolite de duas
cores, preto e branco, que serão fixadas com parafusos de cabeça de lentilha e cromados.

Quadro parcial

O quadro parcial será localizado na cave do edifício. A estrutura interior e dimensões serão tal
que permita alojar a aparelhagem indicada no respectivo esquema e protegê-la contra contatos
diretos ou outras ações, por todas as faces. Todas as saídas serão protegidas por disjuntores de
elevada robustez mecânica e eléctrica, obedecendo às indicações dadas nos desenhos. Os
interruptores de corrente de defeito serão de corte bipolar, com um poder de corte de acordo
com as normas CEI próprios para a tensão 230 V/380 V-50 Hz, para correntes de defeito de 0,3
A, 0.03 A e 0,01 A, um tempo de disparo inferior a 30 ms. Serão equipados com resistência
de ensaio. No quadro, as ligações da aparelhagem serão efetuadas através de réguas de bornes
ou condutores de isolamento termoplástico de secções correspondentes às dos respectivos
circuitos. O quadro depois de completo deverá suportar uma tensão de 2000 V, aplicada entre
condutores, durante um minuto de cada vez, sem que se verifique avaria no isolamento. A
resistência de isolamento medida a 500 V entre condutores e entre estes e a terra não deverá
ser inferior a 20MΩ. Para cada um dos circuitos de utilização, com a aparelhagem e as ligações
feitas, mas sem lâmpadas, a resistência de isolamento encontrada nas condições referidas, não
devera ser inferior a 5 ohms. Será rigorosamente estabelecida a continuidade eléctrica de todas
as partes metálicas dos quadros devendo prever-se a sua ligação ao eléctrodo de terra de
protecção por intermédio do condutor de proteção dos respectivos cabos de alimentação. Dado
existirem saídas de reserva não equipadas em todos os quadros, para além do espaço
correspondente nos painéis frontais para a sua futura instalação. Deverão igualmente ser
reservados espaços para as ligações nos barramentos, para fixação dos equipamentos aos
chassis, acesso dos cabos, etc. de forma a facilitar a futura instalação de aparelhagem.

Circuitos de saídas do Quadro geral e parcial

De acordo com os critérios normativos, para a repartição ou divisão dos circuitos ira se realizar
o seguinte calculo abaixo, com finalidade de equilibrar as cargas dos diferentes pontos de
utilização, dos circuitos de tomadas de uso geral e de iluminação, pois só e permitido que um
circuito alimente no máximo 8 pontos de utilização:

Pontos de utilização

Tomadas Tomadas
Área
Compartimento Armaduras de uso uso
(m²)
geral específico

Entrada principal 7,168 1 0 0

Sala de internet café e


recepção e cópia e 38,1456 8 8 2
encadernação

Gabinete do Gestor 16,638 9 3 1

Copa 10,505 1 3 1
WC 1 2,85 3 0 1

Sala de servidor 6,8486 2 2 1

Sala de estudos 22,715 7 6 1

Técnico de informática 12,2256 4 2 1

Técnico de conteúdos
9,348 2
multimédias 2 1

Administração e finanças 13,5375 4 2 1

Corredor 1 9,66 1 0 0

Corredor 2 11,83 1 0 0

Escadas 3,48 1 0 0

SALA De
51,098 16 10
FORMAÇÃO/multifuncional 2

WC 2 2,99 3 0 1

Circulação 16,18 4 1 0

Total 67 41 13

Tabela 6. Pontos de utilização do edifício.

Portanto, os circuitos de uso específico serão 13 circuitos, para os circuitos de iluminação e


tomadas de uso geral serão 19, logo o empreendimento terá 32 circuitos, com as seguintes
características:

 Circuitos de iluminação: Os circuitos de iluminação devem levar cabos do tipo VAV


PBT 2x1,5 mm² / VD 16 mm,
 Circuitos de tomadas de uso geral: serão constituídos por cabos do tipo VAV PBT 2x2,5
mm² + T 2,5 mm² /VD 20 mm;
 Circuito de climatização: serão constituídos por cabos do tipo VAV PBT cabos do tipo
VAV PBT 2x2,5 mm² + T 2,5 mm² /VD 20 mm;
 Os circuitos para ligação dos aparelhos de aquecimento de água serão constituídos por
cabos do tipo VAV PBT 2x2,5 mm² + T 2,5 mm² /VD 20 mm.

Dimensionamento do condutor do quadro geral de distribuição

A secção do condutor do quadro geral de entrada é determinada pela corrente que este deverá
conduzir.

𝑆 48965.85𝑉𝐴
𝐼𝑆 = = = 74.4𝐴
√3 × 𝑈 √3 × 380𝑉

Portanto, para o circuito de entrada deve-se usar um cabo de cobre BT-VV-Revestido em PVC,
com secção de 25mm² e sendo uma linha trifásica (3×25mm²), o qual possui capacidade
máxima de condução de 135².

𝐼𝑆 ≤ 𝐼𝑍 ↔ 74.4𝐴 ≤ 135𝐴 (condição satisfeita)

Queda de tensão

A RTIEBT (Regulamento Técnico das Instalações Elétricas de Baixa Tensão) estabelece limites
máximos de queda de tensão que são aceitáveis para os condutores em sistemas elétricos. Esses
limites variam dependendo de como a instalação é alimentada:

Alimentação Direta da Linha de Distribuição Pública em Baixa Tensão:

 Para iluminação: A queda de tensão não deve exceder 3% em relação à tensão nominal.
 Para outros usos (como tomadas de uso geral, equipamentos): A queda de tensão não
deve exceder 5% em relação à tensão nominal.

Alimentação a partir de um Posto de Transformação (Média ou Baixa Tensão):

 Para iluminação: A queda de tensão não deve exceder 6% em relação à tensão nominal.
 Para outros usos (como tomadas de uso geral, equipamentos): A queda de tensão não
deve exceder 8% em relação à tensão nominal.
Esses limites definidos pela RTIEBT são cruciais para garantir o correto funcionamento de
dispositivos elétricos e sistemas de iluminação em uma instalação elétrica. Eles asseguram que
a tensão fornecida aos equipamentos permaneça dentro de parâmetros aceitáveis, evitando
perdas excessivas de tensão que possam prejudicar o desempenho desses dispositivos.

Portanto, ao planejar e projetar uma instalação elétrica, é fundamental cumprir esses limites de
queda de tensão conforme especificados pela RTIEBT, dependendo da fonte de alimentação
utilizada. Caso a instalação exceda esses limites, medidas adicionais, como a seleção de cabos
adequados e o dimensionamento apropriado dos condutores, podem ser necessárias para
garantir a conformidade com os requisitos estabelecidos pela norma.

Para o condutor acima referido (cobre BT-VV-Revestido em PVC), tem-se:

𝐼×𝑙 74.4𝐴 × 15𝑚 ∆𝑈 0.8657𝑉


∆𝑈 = = = 0.8267𝑉 ↔ × 100 = × 100 = 0.2175
𝛿 × 𝑆 54 × 25𝑚𝑚² 𝑈 380𝑉

A queda de tensão do cabo VV com isolamento em PVC previsto para a instalação de utilização,
verifica o recomendado pelo RTIEBT pois, a queda de tensão máxima admissível na cablagem
não é superior a 5% da tensão nominal da rede de distribuição

Eletroduto para os cabos do circuito de entrada

É fundamental garantir a proteção dos condutores contra esforços mecânicos, o que pode ser
alcançado por meio do uso de tubos adequados, dimensionados de acordo com as normas
estabelecidas. De acordo com o Anexo 1, os cabos do circuito de entrada devem ser protegidos
por um eletroduto com um diâmetro de 50 mm, conforme as especificações indicadas. Isso
assegura que os cabos estejam adequadamente resguardados de danos mecânicos, contribuindo
para a integridade e a segurança da instalação elétrica.

Protecção contra sobreintensidades

Para que a instalação seja segura, é necessário que os dispositivos de proteção


verifiquem as seguintes condições:
 Primeira condição:

𝐼𝑆 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 𝐼′𝑍

𝐼 ′ 𝑍 = 𝐼𝑍 × 𝛽 × 𝛾

𝐼 ′ 𝑍 = 135 × 0.8 × 0.82 = 88.56𝐴

74.31𝐴 ≤ 80𝐴 ≤ 88.56𝐴 (condição satisfeita)

 Segunda condição:

𝐼2 ≤ 1.45 × 𝐼′𝑧

80 ≤ 1.45 × 88.56𝐴

80 ≤ 128.41𝐴 (condição satisfeita)

Desta forma, constata-se que o disjuntor do QGD deve ser de 80 A para responder as
necessidades previstas para a instalação.

Resistência dos condutores de entrada do quadro de distribuição

O condutor será de cobre, multicondutor de com a especificação 3×25mm². A temperatura


ambiente (20°C), este cabo tem resistência igual a 0.727 Ω/km.

𝑙 15
𝑅(20°𝐶) = 2 × ×𝛾 =2× × 0.727 = 0.02181Ω
1000 1000

Resistência do condutor à temperatura média da Província de Manica (35°C)

𝑅(35°𝐶) = 𝑅(20°𝐶) [1 + 𝛼 (𝑇 − 𝑇0 )]

𝑅(35°𝐶) = 0.02181[1 + 0.00393(35 − 20) ]

𝑅(35°𝐶) = 0.02309Ω

Cálculo da corrente de curto-circuito

𝑈 380𝑉
𝐼𝑐𝑐 = = = 16457.34𝐴
𝑅(35°𝐶) 0.02309Ω
Cálculo do tempo máximo de curto-circuito

𝑆
√𝑡 = 𝐾 ×
𝐼𝑐𝑐

𝑆 2 25 2
𝑡 = (𝐾 × ) = (115 × ) = 0.0305 𝑠 (condição satisfeita)
𝐼𝑐𝑐 16457.34

A condição foi satisfeita pois, o tempo de corte é inferior a 5 s (de acordo com o estabelecido
pelo RSIUEE no seu artigo N° 580.

Dimensionamento do quadro parcial

A alimentação deste quadro será feita, a partir do quadro geral, e a sua localização será ao lado
da porta de entrada, a uma altura de 1.70 m do pavimento. A montagem do quadro será
embebida.

O quadro alimentará os seguintes circuitos:

 Circuito de Iluminação, circuitos de tomadas de uso geral e específico.

Cálculo da corrente de curto-circuito

𝑈 380𝑉
𝐼𝑐𝑐 = = = 16457.34𝐴
𝑅(35°𝐶) 0.02309Ω

Cálculo do tempo máximo de curto-circuito

𝑆
√𝑡 = 𝐾 ×
𝐼𝑐𝑐

𝑆 2 25 2
𝑡 = (𝐾 × ) = (115 × ) = 0.0305 𝑠 (condição satisfeita)
𝐼𝑐𝑐 16457.34

A condição foi satisfeita pois, o tempo de corte é inferior a 5 s (de acordo com o
estabelecido pelo RSIUEE no seu artigo N° 580.
Iluminação

Compartimento Quantidade Factor de Factor de Potência Potência


utilização simultaneidade total (VA) ponderada (VA)
WC 2 1 0.9 1 36 32.4
Sala de Formação 6 0.9 1 216 194.4
Multifuncional
Circulação 3 0.9 1 108 97.2
Total - - - - 324
Tabela 6: Potência prevista para a iluminação

Tomadas de uso geral

Compartimento Quantidade Factor de Factor de Potência Potência


utilização simultaneidade total (VA) ponderada (VA)
WC 2 - - - - -
Sala de Formação 5 1 1 625 625
Multifuncional
Circulação 1 0.9 1 125 112.5
Total - - - - 737.5
Tabela 7: Potência prevista para as tomadas de uso geral

Tomadas de uso específico

Compartimento Quantidade Factor de Factor de Potencia Potencia


utilização simultaneidade total (W) ponderada (VA)
WC 2 1 0.95 0.65 1800 1282.5
Sala de Formação 3 0.95 1 5400 6412.5
Multifuncional
Circulação - - - - -
Total - - - - 7695
Tabela 8: Potencia prevista para tomadas de uso específico
Entretanto, a potência total para o quadro parcial de distribuição é:

𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑆𝐼𝐿 + 𝑆𝑇𝑈𝐺 + 𝑆𝐶𝐿

𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 324𝑉𝐴 + 737.5𝑉𝐴 + 7695𝑉𝐴 = 8756.5𝑉𝐴

E a corrente de serviço é:

𝑆 8756.5𝑉𝐴
𝐼𝑠 = = = 39.80𝐴
𝑈 220𝑉

Para a corrente de 39.80A, a secção dos condutores que alimentarão o QPD a partir do QGD é
BT-VV-Revestido em PVC, 2 × 16𝑚𝑚 2 com capacidade máxima de condução de até 70 A. O
mesmo deverá ser enfiado em um tubo VD de 32mm (Anexo 1).

Da mesma maneira as condições de sobreintensidades devem ser verificadas também para o


QPD.

Primeira condição:

𝐼𝑆 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 𝐼′𝑍

𝐼′𝑍 = 𝐼𝑍 × 𝛽 × 𝛾 = 70 × 0.8 × 0.82 = 45.92𝐴

39.80𝐴 ≤ 40𝐴 ≤ 45.92𝐴 (condição satisfeita)

Segunda condição:

𝐼2 ≤ 1.45 × 𝐼′𝑍

40𝐴 ≤ 1.45 × 45.92𝐴

40𝐴 ≤ 66.58𝐴 (condição satisfeita)

Portanto, o QPD a ser localizado na cave deve ter um disjuntor geral de 40 A.

Queda de tensão

𝑙×𝐼 15𝑚 × 39.80


∆𝑈 = = = 0.691
𝛿×𝑆 54 × 16

∆𝑈 0.691
× 100% = × 100% = 0.314%
𝑈 220

0.314% ≤ 5% (condição satisfeita)


Cálculo da resistência do condutor

𝑙 15
𝑅(20°𝐶) = 2 × ×𝛾 =2× × 3.08 = 0.0924Ω
1000 1000

𝑅(35°𝐶) = 𝑅(20°𝐶) [1 + 𝛼 (𝑇 − 𝑇0 )]

𝑅(35°𝐶) = 0.0924 [1 + 0.00939(35 − 20)] = 0.0978Ω

A resistência equivalente será:

𝑅𝑒𝑞 = 0.0978 + 0.02309 = 0.121Ω

Cálculo da corrente do curto-circuito

𝑈 220
𝐼𝑐𝑐 = = = 1818.18𝐴
𝑅𝑒𝑞 0.121

Tempo máximo de corte

𝑆
√𝑡 = 𝐾 ×
𝐼𝑐𝑐

𝑆 2 16 2
𝑡 = (𝐾 × ) = (115 × ) = 1.024 𝑠 (condição satisfeita)
𝐼𝑐𝑐 1818.18

Localização dos aparelhos de comando

Os aparelhos de comando devem estar localizados em lugares de fácil acesso, ou


por outra, onde não possam ser tapados pelas portas e a alturas que possam dar acesso
a todos.
Especificações técnicas dos equipamentos

Condutores admissíveis

 Condutores de fase: Pretos;


 Condutores neutros: Azul;
 Condutores de protecção: Verde-Amarelo.

Sistema de protecção

Em cada um dos quadros eléctricos, existirá, além de um disjuntor ou interruptor diferencial,


um barramento de terra, devendo estar de acordo com os artigos 452 e 613 a 630 do
regulamento de segurança de instalações de utilização de energia eléctrica. O sistema de
protecção de pessoas contra contactos directos e indirectos deverá dar cumprimento aos artigos
596; 597; 598; 599 e 600 do regulamento de segurança de instalações de utilização de energia
eléctrica.

Protecção contra contactos directos

A protecção contra contactos directos, ficará assegurada desde que sejam observadas as
Recomendações constantes desta memória descritiva e justificativa, e pela utilização de
equipamentos eléctricos construídos segundo as prescrições do RSIUEE, nomeadamente no
que respeita ao isolamento e/ou afastamento das partes activas e à colocação de anteparos.

Protecção contra contactos indirectos

A protecção de pessoas contra contactos indirectos, será assegurada ligando directamente todas
as massas metálicas à terra de protecção, nos locais em que possam existir aparelhos com
invólucros susceptíveis de originar contatos indiretos, e pelo emprego de aparelhos de corte
automático associados, sensíveis à corrente diferencial residual de alta sensibilidade,
nomeadamente interruptores e disjuntores.

Diferenciais que protegerão a instalação quando com defeitos de isolamento, não permitindo
em qualquer caso uma tensão de contacto superior a 25 V.
Eléctrodo de proteção

Deverá ser executada uma terra de proteção, à qual serão ligadas as estruturas metálicas e todos
os elementos que possam eventualmente ficar sujeitos a tensão. Os eléctrodos deverão ficar
enterrados verticalmente no solo, a uma profundidade tal que, entre a superfície do solo e a
parte superior do eléctrodo, haja uma distância mínima de 0,80 metros. Para os valores de
resistência de contacto, deverão ser tidos em conta os valores indicados no Regulamento em
vigor. O valor da resistência de terra será ajustando de modo que se adquire o número de
eléctrodos necessários, e que a sua resistência seja inferior a 10 Ω (ohm). A ligação entre os
eléctrodos de terra será efectuada através de um condutor nu (VV) com secção 35 mm².

Caminho dos cabos

Os caminhos de cabos a utilizar, quando necessários, serão executados em chapa de aço


galvanizada a quente, com as dimensões adequadas ao número de canalizações a servir, tanto
nos troços verticais como horizontais, sendo suspenso nos tectos.

Os mesmos deverão suportar uma carga não inferior a 30 kg/m, com distância máxima entre
os apoios de 1,5m. Todas as massas metálicas, estruturas de apoio e caminhos de cabos deverão
ser ligados à terra de protecção, através de condutor de equipotencial idade, conforme artigos
599 e 601 do RSIUEE
Orçamento

Orçamento de Material do edifício


PDM PTM
ITEM Descrição Unidade QDE (mts) (mts)
1 Interruptor Simples Peça 8 224,14 1793,12
2 Interruptor Duplo Peça 2 306,03 612,06
3 Interruptor triplo Peça 1 343,97 343,97
4 Caixa de derivação Peça 24 25 600
5 Tomada mofasica + terra Peça 48 241,38 11586,24
6 Lampada superled tube ho glass Peça 97 198,28 19233,16
7 Plafon superled embutir Peça 11 120 1320
8 Armadura simples Peça 32 163,79 5241,28
9 Armadura Dupla Peça 37 245,69 9090,53
10 Eletroduto PVC de Diametro de 50 mm metros 16 45 720
11 Condutor de cobre PBT: preto de 1,5 mm² metros 300 22,85 6855
12 Condutor de cobre PBT: azul, de 1,5 mm² metros 300 22,85 6855
13 Condutor de cobre PBT: preto de 2,5 mm² metros 350 37,5 13125
14 Condutor de cobre PBT: azul de 2,5 mm² metros 350 37,5 13125
15 Condutor de cobre PBT: amarelo de 2,5 mm² metros 350 37,5 13125
16 Condutor de cobre PBT: amarelo de 16 mm² metros 26 90 2340
17 Condutor de cobre PBT: amarelo de 6 mm² metros 16 55,2 883,2
18 Condutor de cobre PBT: preto de 6 mm² metros 45 95 4275
19 Condutor de cobre PBT: azul de 6 mm² metros 15 95 1425
20 Condutor de cobre PBT: preto de 25 mm² metros 60 120 7200
21 Condutor de cobre PBT: azual de 25 mm² metros 15 120 1800
22 Eletroduto PVC de Diametro de 16 mm metros 200 15,52 3104
23 Eletroduto PVC de Diametro de 20 mm metros 200 20,69 4138
24 Eletroduto PVC de Diametro de 32 mm metros 16 25 400
25 Ligadores/Conectores Peça 20 35 700
26 Pregos de 3 polegadas Kilograma 3 67 201

27 Caixa de aparelhagem Peça 128 15 1920


28 Caixa octogonal de aparelhagem Peça 5 17,02 85,1
29 Disjuntor Monofasico de 10 A, curva c Peça 10 168,1 1681
30 Disjuntor Monofasico 16 A, de curva c Peça 18 168,1 3025,8
31 Disjuntor tretapolar de 25 A, de curva c Peça 1 1500 1500
32 Disjuntor tretapolar diferencial de 80 A, de curva c Peça 1 3443,97 3443,97
33 Fusivel NH de 100 A Peça 3 450,21 1350,63
34 Contactor de potência de 20 A Peça 1 750 750
35 Quadro de medição de energia para embutir pvc Peça 1 4500 4500
36 Quadro de distribuição de energia para embutir de 1 fila Peça 1 2323,28 2323,28
Quadro de Distribuição de energia para embutir de 24
37 módulos Peça 1 5258,62 5258,62
Quadro de Distribuição de energia para embutir de 10
38 módulos Peça 1 4000 4000
39 Condutor de cobre num, de 35 mm Peça 9 121,3 1091,7
40 Ferro de aterramento de 2 m Peça 3 1679,58 5038,74
41 Saco de sais minerais para a condutibilidade do Kilograma 5 326,58 326,58
eléctrodo
42 Conector tipo grampo para ligação dos eletrodos Peça 3 93,31 279,93
43 Arrame Metros 70 45 3150
44 Fita insolate de 10 m Peça 5 125 625
45 Parafusos kilograma 3 250 750
TOTAL 171191,91

Tabela 7. Orçamento

ORÇAMENTO DE MÃO-DE-OBRA DO EDIFÍCIO


Descrição Numero Horas Preço PTM (mts)
Engenheiro electricista 1 96 500 48000
Técnicos médios 4 360 45 16200
Técnicos básicos 8 360 30 10800
Total 75000
CAPÍTULO III: PEÇAS DESENHADAS
Anexos
Anexo 1

Potências a contratar a concessionária EDM


Anexo 3

Tabela de capacidade em amperes dos condutores


Anexo 4

Factores das cargas da instituição

A1- Potencia mínima em instalações de utilizcaio estabelecidas em locais residencias e se uso


profissional sem abitacoes anexas.

Anexo5- factores de simultaneidade


Anexo7-Potências disponíveis

Potências disponíveis na concessionária (EDM).

Trifásico
Disjuntor IN (A) P [KVA]

10 10 6,9

20 20 13,8

30 30 20,7

40 40 27,6

50 50 34,6

60 60 41,4

Anexo5 -Potências disponíveis


Anexo-6: equema arquitectonico do empreendimento

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