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Curso:
Engenharia electrónica
Disciplina:
Instalações eléctricas
Tema:
DISCENTE: DOCENTE:
Índice
Lista de figuras ................................................................................................................................... III
1. Introdução ................................................................................................................................... IV
3. Estabelecimento de terras.............................................................................................................. 7
4. Disjuntores diferenciais............................................................................................................... 10
5. Explicação de cálculo.................................................................................................................. 14
7. Conclusões .................................................................................................................................. 28
Anexos ..................................................................................................................................................A
Lista de figuras
1. Introdução
Segundo (RSRDEEBT, 2011) no artigo 121 e 126, os pára-raios devem ter, no local do seu
estabelecimento, um eléctrodo de terra, que sirva também de eléctrodo de ligação do neutro a terra
da rede de distribuição. O eléctrodo de terra onde é ligado o pára-raios deve possuir um baixo valor
de resistência de terra. A instalação do pára-raios deve satisfazer o disposto no Regulamento sobre
ligações à terra, devendo, no entanto, os condutores ser de cobre com secção não inferior.
Nos posteletes e consolas devem estar afastados de qualquer elemento dos circuitos dos pára-
raios de uma distância, expressa em metros, igual ou superior a 1/5 da resistência do eléctrodo de
terra da instalação de protecção contra sobretensões, expressa em ohms a 25 mm2. Quando os
eléctrodos de terra dos pára-raios de edifícios se encontrarem na vizinhança de cabos das redes de
distribuição subterrâneas cujas bainhas metálicas ou armaduras não sejam ligadas aos condutores de
terra dos pára-raios, deve tomar-se, segundo os casos, uma das seguintes soluções:
a) Interligação só1ida e durável entre a descida dos pára-raios e a bainha metálica dos cabos; e
b) Manutenção de uma distância não inferior a 0,50m entre o condutor de terra do pára-raios e
os cabos da rede de distribuição.
Os condutores de terra dos pára-raios da rede de distribuição não podem ser de material magnético,
bem como a sua protecção mecânica, quando exista.
No traçado dos condutores de terra dos pára-raios devem evitar-se ângulos pronunciados.
Entre os elementos das redes de distribuição e os dos pára-raios de protecção de edifícios deve haver
independência completa, de forma que o funcionamento destes não possa afectar aqueles.
Os pára-raios são, basicamente, resistores não lineares que fornecem um caminho de baixa
impedância para a corrente de surto e que limitam os níveis de sobretensões a valores compatíveis
com o calibre dos equipamentos que protegem. Sem eles, as sobretensões que porventura atinjam os
equipamentos eléctricos poderiam provocar a disrupção do dielétrico e consequente perda do
património, além de danos pessoais, ao meio ambiente e às instalações. Essa protecção se deve ao
caminho condutivo de baixa impedância de surto entre fase e terra promovido pelo pára-raios. A
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Trabalho de Instalações eléctricas
descarga de corrente à terra através dessa impedância de surto limita a tensão em relação à terra. Em
condições normais de operação, essa impedância é suficientemente elevada para actuar como um
circuito aberto, e assim permanece até o pára-raios ser atingido por uma tensão de surto.
Os discos de centelhador são estampados para adquirir formato circular e montados sobre peças de
esteatita para formar o bloco centelhador. Em seguida, os blocos de carboneto e os centelhadores são
montados na estrutura do pára-raios e submetidos a ensaios de vedação e tensão à frequência
industrial. Quando em actuação, a resistência não linear do carboneto de silício diminui com o
aumento da sobretensão. Porém, não é capaz de suportar continuamente a tensão da rede, devido à
limitação de sua resistência. É por isso que esse modelo de pára-raios só funciona com a presença
dos centelhadores série, que evitam o sobreaquecimento exagerado do pára-raios devido à baixa
impedância da SiC.
A mola de contacto é fabricada em aço e contribui com a diminuição da resistência de contacto entre
os blocos em série. O corpo é de porcelana vitrificada de alta resistência mecânica e dielétrica. O
desligador automático funciona como indicador visual de defeitos do pára-raios, evitando a falta
permanente do próprio sistema. Os pára-raios de óxido de zinco (ZnO) são compostos de uma
mistura de óxido metálico (zinco, em maior proporção, antimónio, manganês, bismuto e cobalto)
sensível à tensão, também chamado MOV. Em tensões de operação normal do sistema, o MOV é
um isolante. Quando submetido às sobretensões atmosféricas ou de surto de manobra, o MOV torna-
se um condutor, limitando a tensão da rede a valores controlados. Após a mistura dos óxidos
metálicos e posterior prensagem, o bloco é submetido a temperaturas de cerca de 1.300°C para
torná-lo um elemento cerâmico.
Os pára-raios de ZnO, em sua maioria, não possuem centelhadores, pois não existe o risco
de sobreaquecimento devido à alta impedância do óxido de zinco. Os blocos de ZnO, portanto,
podem ser submetidos directa e continuamente à tensão fase-terra da rede.
3. Estabelecimento de terras
Segundo (RSRDEEBT, 2011) no artigo 140, os condutores de terra devem ser convenientemente
sinalizados e protegidos contra acções mecânicas e químicas, sempre que se justifique, e ter um
ligador que permita efectuar a medição da resistência de terra dos eléctrodos, podendo, para a
realização dessa ligação, aproveitar-se um ponto de mudança de secção ou o ponto de derivação dos
condutores de terra. No traçado dos condutores de terra dos pára-raios devem evitar-se ângulos
pronunciados. Na colocação dos condutores de terra observa-se o disposto no n.º 6 do artigo 56,
devendo a protecção mecânica, nomeadamente, na ligação a eléctrodos afastados de mais de 2m da
instalação ou parte da instalação a ligar, ser de material não magnético.
Onde o Artigo 56 do (RSRDEEBT, 2011) sobre a colocação das canalizações, afirma que:
Os condutores de terra devem ser de cobre, de aço galvanizado ou de outro material adequado,
resistente à corrosão pelo terreno, de boa condutibilidade eléctrica e dimensionados para as correntes
de terra previstas.
§ 1.º Na ligação à terra dos enrolamentos secundários dos transformadores de medida, dos
aparelhos de medida e dos aparelhos dos circuitos de iluminação, sinalização e comando permitir-se-
á que os condutores tenham a secção mínima de 4 mm2, se de cobre, ou secção equivalente, se de
outro material.
§ 2.º Nos circuitos de iluminação, sinalização e comando, com condutores múltiplos possuindo
fio de terra incorporado, poderá utilizar-se este, ainda que de secção inferior a 4 mm2, para ligação
de terra desses circuitos.
§ 4.º Os condutores de terra pertencentes a uma terra e os de circuitos a eles ligados deverão, na
zona de influência de terras distintas da primeira, ser isolados para as tensões que eles possam
transmitir-lhes.
§ 7.º Os condutores de terra deverão ser convenientemente protegidos contra deteriorações
mecânicas e químicas sempre que se justifique.
4. Disjuntores diferenciais
4.1. Onde e quando aplicar
A protecção das pessoas contra contactos indirectos deve ser assegurada pela utilização de
aparelhos sensíveis à corrente diferencial residual de alta sensibilidade, quando as instalações
provisórias forem estabelecidas em estaleiros de obras, arraiais, feiras ou semelhantes. Os
dispositivos diferenciais devem garantir o corte de todos os condutores activos do circuito, sendo
definido como o aparelho mecânico, ou associação de aparelhos, destinados a provocar a abertura
dos contactos quando a corrente diferencial-residual atingir, em condições especificadas, um dado
valor, (RTIEBT, 2000).
O interior do circuito magnético de um dispositivo diferencial não deve passar qualquer condutor de
protecção. A selecção dos dispositivos diferenciais e a divisão dos circuitos eléctricos devem ser
feitas para que qualquer corrente de fuga à terra susceptível de ocorrer durante o funcionamento
normal dos equipamentos alimentados não possa provocar disparos intempestivos do dispositivo de
protecção. Quando os equipamentos eléctricos susceptíveis de produzirem correntes contínuas
estiverem instalados a jusante de um dispositivo diferencial, devem ser tomadas precauções para
que, em caso de defeito à terra, as correntes contínuas não perturbem o funcionamento dos
dispositivos diferenciais nem comprometam a segurança. A utilização de dispositivos diferenciais,
ainda que de corrente diferencial-residual estipulada I (índice (Delta) n) não superior a 30 mA, em
circuitos que não tenham condutor de protecção não deve ser considerada como uma medida de
protecção suficiente contra os contactos indirectos.
A selecção dos dispositivos diferenciais deve ser de acordo com o seu modo de funcionamento,
sendo que os dispositivos diferenciais podem ser ou não equipados com uma fonte auxiliar. A
utilização de dispositivos diferenciais com fonte auxiliar sem corte automático em caso de falha
dessa fonte, apenas é permitida se for verificada uma das condições seguintes:
a) A protecção contra os contactos indirectos deve ser garantida mesmo em caso de falha da
fonte auxiliar;
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Trabalho de Instalações eléctricas
Quando, numa instalação, existir mais do que um dispositivo diferencial, a sua colocação deve
satisfazer a uma das situações seguintes:
Na selecção dos circuitos (antigamente designada por "selectividade horizontal") não deve ser
colocado qualquer dispositivo diferencial na origem da instalação, devendo, no entanto, todas as
saídas serem protegidas (individualmente ou por grupos) por dispositivos diferenciais, de média ou
de alta sensibilidade, de acordo com os riscos considerados. Em caso de defeito, apenas deve
funcionar o dispositivo de protecção do circuito correspondente.
Esta regra apenas é admissível se, na parte da instalação compreendida entre o disjuntor de corte
geral e os dispositivos diferenciais, forem tomadas as medidas adequadas contra os defeitos à massa,
tais como, o emprego de equipamentos da classe II ou a aplicação da medida de protecção contra os
contactos indirectos "por isolamento suplementar".
Por exemplo, uma canalização realizada com cabos do tipo VV (0,6/1 kV) ou com condutores
H07V protegidos por condutas isolantes satisfaz esta condição. Se a canalização for dotada de
condutor de protecção, este deve ter o mesmo isolamento que os condutores activos, (RTIEBT,
2000).
A selectividade é parcial se uma das condições indicadas para a selectividade total não for
satisfeita. Esta selectividade é parcial quando as condições de funcionamento forem verificadas
apenas para alguns valores da corrente de defeito, podendo disparar, simultaneamente, mais do que
um dispositivo diferencial.
Na figura 11, a instalação é protegida por um dispositivo de média sensibilidade (MS), sendo
previstos dispositivos de alta sensibilidade (AS) na alimentação de grupos de circuitos ou na origem
de circuitos individuais para equipamentos ou para locais de risco elevado (equipamentos utilizados
em condições muito húmidas, tais como, as máquinas de lavar ou locais de pavimento condutor,
como por exemplo, as casas de banho).
colocado a montante (por exemplo, 100 mA se o dispositivo a montante for de, pelo menos, 300 mA
de corrente diferencial estipulada).
5. Explicação de cálculo
5.1. Montagem de Pára-raios
O pára-raios consiste na combinação de 3 elementos básicos:
Captores de raio;
Cabos de descida;
Sistema de aterramento.
É a zona espacial protegida pelo para-ario. Se o reio cair nesta zona ele preferirá o caminho através
do pára-raios.
Recentemente constatou-se que o ângulo deve variar em função do nível de protecção requerido e
da altura da haste.
Um condutor horizontal produz o efeito de uma haste da altura do condutor se deslocando ao longo
do condutor. Na prática o condutor forma uma catenária, dificultando a obtenção da zona protegida.
Duas hastes criam o efeito de um cabo horizontal fictício estendido entre eles, aumentando a zona
protegida.
Onde:
Altura da haste, obtida na tabela
Obtido na tabela
Altura do cabo fictício
O raio bate na grade, escoa para a periferia da grade e desce pelos cabos de descida.
Ligação á terra é a ligação permanente com terra, realizada pelos condutores de terra e
eléctrodos de terra (RSRDEEBT, 2011).
Condutor de terra é o condutor destinado a assegurar a ligação entre um ponto de uma instalação
e o eléctrodo de terra. Os condutores de protecção deverão ser do mesmo tipo dos condutores
activos da canalização a que dizem respeito e fazer parte integrante da mesma, excepto os casos em
que tendo os condutores de protecção secções nominais superiores a 25 mm2, por razões de ordem
técnica ou económica. Quando a secção nominal dos condutores de fase for superior a 35 mm 2, os
condutores de protecção respectivos poderão ter secções nominais inferiores, mas não inferiores a 16
mm2, desde que as condições de funcionamento do aparelho de corte automático sejam escolhidas
de modo que a passagem da corrente de defeito no condutor de protecção não provoque neste um
aquecimento susceptível de fazer exceder a temperatura máxima admissível no tipo de condutor que
constitui esse condutor de protecção. Como mostra a figura 26, sobre as secções dos condutores.
a) Esquema TN-S, no qual o condutor neutro e o condutor de protecção são distintos, figura 20
abaixo;
As funções de neutro e de condutor de protecção são combinadas num único condutor, na totalidade
do esquema.
c) Esquema TN-C-S, em parte do qual as funções de neutro e de protecção são combinadas em
um único condutor, figura 22 abaixo;
5.2.3. Esquema TT
5.2.4. Esquema IT
A protecção de pessoas contra contactos indirectos, será assegurada ligando directamente todas
as massas metálicas a terra de protecção, nos locais em que possam existir aparelhos com invólucros
susceptíveis de originar contactos indirectos, e pelo emprego de aparelhos de corte automático
associados, sensíveis a corrente diferencial residual de baixa sensibilidade, nomeadamente
interruptores e disjuntores diferenciais que protegerão a instalação quando com defeitos de
isolamento, não permitindo em qualquer caso uma tensão de contacto superior a 25V.
5.3.2. Selectividade
Esta técnica permite a prevenção contra a falta de tensão, na sequência de um defeito de isolamento,
na totalidade da instalação equipada com um dispositivo diferencial de entrada para assegurar a
continuidade do serviço. A selectividade permite cortar só a parte da instalação que está em defeito.
a) Selectividade horizontal
Para assegurar a selectividade horizontal de uma instalação, devem-se aplicar três princípios:
b) A selectividade vertical
Para assegurar a selectividade vertical entre dois dispositivos diferenciais, são necessárias duas
condições:
ii. O tempo de corte dos dispositivos DR: o dispositivo diferencial a montante deverá ser
temporizado com um tempo de não disparo superior ao tempo total de funcionamento dos
dispositivos a jusante instantâneos.
iii. O dispositivo DR a montante é do tipo selectivo ou temporizado respeitando as condições
acima referidas.
6. Exemplo de cálculo
6.1. Do condutor neutro e Do condutor de terra
Para ter-se a secção do condutor neutro e terra, deve-se somente calcular-se a secção do
condutor fase e depois ir-se a tabela da figura 8 e seleccionar-se a secção do condutor neutro e terra.
Deseja-se alimentar um motor trifásico, que tem os seguintes dados da chapa de características:
O cabo alimentador terá um cumprimento de 50 metros composto por 3 condutores enterrados com
alma condutora de cobre não estanhado e considerando uma temperatura ambiente de 35ºC.
( ) ( )
√
a) Corrente fictícia
Para a resistividade do cabo de cobre não estanhado, consultou-se a Tabela 8 (ALMEIDA, 2001):
(Vide Anexo 5)
Como o valor da queda de tensão satisfaz a condição imposta pelo RSIUEE (da queda de tensão
menor que 5%).
Sendo assim, como a secção do condutor fase, neutro e terra é 4mm2, segundo a tabela da figura 8.
A resistência do cabo:
O artº 580 do RSIUEE, o k é igual a 115 para cabos com alma de cobre e isolados a PVC, a
canalização suporta ICC, durante:
( ) ( )
Onde:
O tempo de actuação do aparelho de protecção a ser escolhido deve ser menor que o tempo
de suporte da corrente de curto-circuito.
O disjuntor geral estará em série com um Interruptor diferencial do tipo AC tetrapolares com
calibre de 40 A e uma sensibilidade de 30mA para protecção de pessoas e animais contra contactos
directos ou indirectos em ambientes bons condutores (risco de electrocussão). Sendo protegidos
contra disparos intempestivos provocados por correntes de fuga transitórias: descargas atmosféricas,
cargas capacitivas.
7. Conclusões
8. Referência bibliográfica
[2] Bohn, A. R. (s.d.). Projecto de sistema de protecção contra descargas atmosfericas. Santa
Catarina: Universidade Federal de Santa Catarina.
[7] RTIEBT. (2000). PARTE 5 / Secção 51. Ministério da Economia,Direcção Geral da Energia.
Anexos
ANEXO 1
Tabela A1: Intensidades admissíveis em cabos de tensão nominal 0,8/1,2kV ou 2,4/3,6kV.
ANEXO 2
Tabela A2: Factores de correcção para temperaturas ambientes diferentes de 20ºC (γ).
ANEXO 3
Tabela A3: Factores de correcção para cabos multicondutores enterrados (β).
ANEXO 2
Tabela A5: Características das almas condutoras de cobre.
ANEXO 3