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Elétrica
Engenharia Elétrica
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM)
156 pag.
1- 1 -
É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produção de apostilas, sem
autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.
HIDALGA, Vanderley A.
Desenhista Projetista de Elétrica / FAT – Fundação de Apoio à Tecnologia- São Paulo, 2006.
156 p.:il.
3. Comando ............................................................................................................................... 85
Figura 40 Diagrama de Comandos para Chave de Comutação Polar Automática ............ 114
Quadro 7 Fatores de demanda para iluminação e tomadas de uso geral (TUGs) ................... 74
Quadro 22 Significado das cores de acordo com a norma VDE .............................................. 105
corrente elétrica. Esta capacidade está relacionada diretamente ao número de elétrons livres que os
materiais possuem. Os materiais que possuem maior número de elétrons livres são chamados de
que possuem baixo número de elétrons li vres são chamados de isolantes. O materiais isolantes
desordenada. Para que estes elétrons livres caminhem de forma ordenada é necessário que haja
uma força que os empurre. A esta força é dado o nome de tensão elétrica, que é simbolizada pela
letra (U). O movimento ordenado dos elétrons livres nos fios, provocado pela ação da tensão, forma
uma corrente de elétrons livres que é chamada de corrente elétrica simbolizada pela letra (I).
10
sua característica é chamada de Resistência Elétrica, tem a sua representação dada pela letra
resistência elétrica é conhecido pelo nome de Resistor Elétrico e tem a sua representação gráfica
Símbolo:
Os resistores podem ser fixos ou variáveis. Os resistores fixos são componentes cuja
concepção não permite que sua resistência elétrica seja alterada. Estes componentes,
normalmente, apresentam dois terminais. Já os resistores variáveis são aqueles cuja resistência
elétrica pode ser alterada através de um eixo ou cursor. Estes componentes são conhecidos como
reostato ou potenciômetro.
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
ordenada, dando origem à corrente elétrica. Esta corrente elétrica, ao circular pelo condutor, realiza
11
circuito com lâmpada incandescente, a passagem da corrente elétrica faz com que esta lâmpada se
acenda e também produza calor. Estas intensidades de luz e calor são percebidas por nós (efeitos)
e são chamadas de potência luminosa (luz) e potência térmica (calor), ou seja, é a transformação da
Com esta explicação podemos concluir que a potência elétrica em um circuito é o resultado
do produto da ação da tensão elétrica nele aplicado, e da intensidade da corrente elétrica que por
ele circula. A essa potência dá-se o nome de potência aparente e sua unidade de medida é o volt-
ampère dado pelas letras (V A ). A potência aparente é composta por duas outras parcelas: potência
Var.
12
Como vimos, a potência ativa é uma parcela da potência aparente, portanto, ela representa
uma porcentagem da potência aparente, que é transformada em outras potências como mecânica,
Nos projetos elétricos, aplica-se o fator de potência para transformar um valor de potência
aparente em potência útil, utilizando uma regra simples: para circuitos de iluminação, o valor do fator
de potência utilizado na transformação da potência aparente em potência útil é igual a 1,0 e para
13
Vimos que a potência é a relação entre a tensão e corrente, e como a tensão e a corrente
têm relação com a resistência, pela lei de Ohm, podemos extrair algumas relações como as
mostradas abaixo:
(1) P = V . I e (2) V = R . I
P = R.I. I logo P = R I²
Ou
P = V. V/ R logo P = V² / R
Complementando:
Se : P = V . I
1W = 1V.1A
Exemplo:
Calcule a potência dissipada em um resistor de 120 ohms, que é percorrido por uma
corrente de 2 A.
Para o exemplo anterior, qual seria a nova potência dissipada no resistor, quando este for
1.6 Energia
período de tempo e sua unidade é dada por Watt hora, representado pelas letras Wh. Como
14
Energia = 4400 W x 2 h
Energia = 8800 Wh
Em um circuito elétrico, com dois condutores que possuem potenciais (tensão) de valores
diferentes, por exemplo, 0V e 110V, se ligarmos entre eles um condutor (com baixíssima resistência,
ou resistência nula) provocamos uma passagem de corrente de elevada intensidade. A esta corrente
pode atingir valores altos, que podem causar danos aos componentes da instalação.
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
5 - Calcule a potência dissipada em um resistor de 330 ohms, que é percorrido por uma corrente de
2A.
15
circuito denominado ‘série’, os componentes estão inseridos em uma seqüência de modo que a
corrente elétrica (I) percorra todos os componentes do circuito com a mesma intensidade. Já a
tensão aplicada (V) é dividida em cada componente (V1 e V2) de acordo com a sua resistência
I V1
V2
efetuemos alguns cálculos de forma a utilizar a lei de Ohm. Sabemos que a tensão é dada pela
multiplicação da intensidade da corrente (I) pelo valor da resistência (R); sabemos também que para
conhecermos a corrente em um determinado componente, basta dividir a tensão aplicada nele pela
sua resistência (I = V/R). Então, no circuito série acima, para saber a intensidade da corrente que
circula pelos resistores, temos que dividir a tensão aplicada (V) pelo valor total das resistência do
circuito. Porém, para obter o valor total da resistência do circuito, é necessário obter a resistência
Para obter a resistência equivalente em um circuito série basta somar todos os valores de
expressão:
Req = R? + R2
Para se obter o valor da tensão em cada componente é necessário saber a corrente que
16
I = V/Req
Obtendo Req:
Req = R1 + R2
Agora, para obter cada valor de tensão, dividimos o valor de corrente (que no circuito série é
V1 = I . R1
V2 = I . R2
Exemplo:
Para o circuito abaixo, determinar a corrente total, as tensões em cada uma das
+ -
10.000 V
R1
10ohm
V1
12V 2ohm R2 +
2.000 V
-
- +
1.000 A
Req = R1 + R2 = 10 + 2 + 12 ohms
I = V / Req = 12 / 12 = 1A
V1 = R1 . I = 10 . 1 = 10 V
V2 = R2 . I = 2 .1 = 2V
No resistor 1, temos: P1 = V1 . I
17
No resistor 2, temos: P2 = V2 . I
P2 = 2.1 = 2W
Pt = V.I = 12 .1 = 12 W
confirmando
Pt = P1 + P2 = 10 + 2 = 12 W
I1 I2
V1 R1 R2
V1 V1
componente.
a) A tensão é a mesma em todos os resistores, pois estão ligados aos mesmos terminais.
I = I1 + I2
1 / Req = 1 / R1 + 1 / R2
ou
Req = R1 . R2
R1 + R2
18
Calcule todas as correntes, bem como as potências em cada resistência, a potência total e a
resistência equivalente.
V1 R1 R2 +
10ohm 2ohm 8.000 V
8V -
+ +
0.800 A 4.000 A
- -
I1 = V / R1 = 8 / 10 = 0,8 A
I2 = V / R2 = 8/2 = 4A
No resistor ‚ : P2 = V. I2 = 8 .4 = 32 W
O circuito misto trabalha com as associações ‘série’ e ‘paralelo em cada trecho do circuito.
Devemos analisar sua ligação e utilizar as características específicas de cada caso, aplicando as
regras de cada configuração de circuito para cada um dos trechos. Abaixo, exemplo de circuito
misto.
19
Exemplo:
R2
R1 20ohm
8ohm R3
V1 30ohm
14V
- R2
+
0.420 A
R1 20ohm
+ -
0.700 A
8ohm - R3
+
0.280 A
30ohm
+ - + -
5.600 V 8.400 V
V1
14V
usada a regra para este tipo de circuito para obter um resistor equivalente R¹.
R¹ = R2 . R3 = 20 . 30 = 600 = 12 ohms
R2 + R3 20 + 30 50
Obtido o valor de R¹, verificaremos que o resistor R¹ ficará em configuração série com o
20
R2 = 12 + 8 = 20 ohms
Como o resistor equivalente R2 ficará em paralelo com a fonte, podemos calcular o valor da
I1 = V / R2 = 14 / 20 = 0,7 A
Como o resistor R1 estará em série com o circuito, a corrente calculada I1 circulará por ele,
o que nos permite calcular o valor da queda de tensão sobre o resistor R1 e também sobre o resistor
equivalente R¹.
V1 = R1 . I1 = 8 . 0,7 = 5,6 V
V2 = R¹ . I1 = 12 . 0,7 = 8,4 V
ou
V2 = V - V1 = 14 - 5,6 = 8,4 V
Com o valor da tensão sobre o resistor equivalente R¹ podemos calcular a corrente em cada
um dos circuitos, pois os resistores R2 e R3 estão em paralelo, o que configura tensão igual nos
dois resistores.
I2 = V2 / R2 = 8,4 = 0,42 A
I3 = V3 / R3 = 8,4 / 30 = 0,28 A
ou
P1 = 3,92 W
P2 = 3,528 W
P3 = 2,352 W
ou
Pt = V . I = 14 . 0,7 = 9,8 W
21
60ohm 200ohm
50ohm V
20ohm
2 - No circuito abaixo determine todas as correntes, a tensão no resistor de 2700 ohms (2.7KOhm)
4.7kohm 1kohm
22
Os fusíveis são dispositivos que protegem os circuitos elétricos contra danos causados por
sobrecarga de corrente que podem provocar até incêndio. Funcionam como válvulas, cuja finalidade
básica é cortar o fluxo de corrente elétrica toda vez que a quantidade de energia que trafega por um
Os fusíveis são formados por um filamento projetado para suportar um determinado valor de
• Fusíveis Neuzed – possuem tamanho reduzido e são aplicados na proteção de curto circuito
• Fusíveis Silized – são utilizados na proteção contra curto circuito em semicondutores, estão
sua instalação, seu manuseio sem risco de toque acidental em partes vivas.
de circuitos elétricos.
23
No circuito indicado F1, F2 e F3 são fusíveis, todos de 3A, isto é, suportam intensidade de
correntes até 3A. Quais os fusíveis que queimarão na energização do circuito com a bateria de 25 V
acionada?
F1
R1
4ohm
V1
F2 F3
25V
R2 R3
5ohm 5ohm
F1
R1
4ohm
V1 F2 F3
25V
R2 R3
5ohm 5ohm
- - -
3.845 A 1.923 A 1.923 A
+ + +
24
5+5
F1 3,85 A
F2 1,925 A
F3 1,925 A
Como o valor nominal de todos os fusíveis é de 3 amperes, somente o fusível 1 irá queimar,
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1.12 Transformador
25
Figura 4 - Transformador
segunda bobina fornece a tensão com o valor transformado (Vs) e é conhecida como secundário.
Ps = Pp (1)
Como sabemos, potência é dada pela multiplicação de tensão pela corrente, portanto
podemos concluir que a multiplicação da tensão pela corrente do primário é igual a multiplicação da
Us Is = Up Ip
Up = Np e Logo temos: Is = Np . Ip
Us Ns Ns
Exemplo:
Um transformador ideal tem 250 espiras no enrolamento primário e 850 espiras no enrolamento
Resolução: Us = Ns / Np x Up
Us = 850 / 250 x 10
26
Is = Us / R = 34 / 110
Is = 0,3090 A
Up . Ip = Us . Is
Ip = Us . Is / Up
Ip = 34 . 0,3090 / 10
Ip = 1,05 A
A ð P2 = 30 VA
D ð V1 = 110 V
O ð V2 = 15 + 15 V;
S ð I2 = 2 A;
ð P2 = V2 I2 = 15 . 2 = 30 V.A
Aumento de
1) Potência Primária: P1 = 1,1 . P2 = 1,1 . 30 = P1 = 33 VA 10%, levar em
consideração
as perdas .
2) Corrente Primária: I1 = P1 / V1 = 33 / 110
I1 = 0,3 A
3) Corrente Secundária: I2 = 2A
Se admitirmos que, para uma potência secundária até 500 VA, teremos uma densidade de
S1 = 0,1 mm²
27
S2 ≅ 0,667 mm²
1 Primário e
1 Secundário 7,5 . P2
1 P E . 2 5 ou
2 P E 15 7,5 . 1,25 . P2
2 P E 25
7,5 . 1,5 . P2
F 60
A = Sg = 6,522
a ≅ 2,55 cm
28
Sg = 8,41 cm²
Sm ≅ 7,645 cm²
N1 = V1 . 10_____
4,44 . Bm . Sm . f
N1 = 110 . 10
4,44 . 10 . 7,645 . 60
N1 ≅ 540,1
Onde:
B = 10.000 Gauss;
V1 = N1 N2 = N1 . V2 = 541 . 15 ≅ 73,7
V2 N2 V1 110
29
Figura 5 – Diodo
R1
V1 D1
R1
V1 D1
30
senoidal em uma forma de onda semi-senoidal e, juntamente com os filtros, podem transformar uma
• Meia Onda
• Onda Completa.
D1
T1
. .
V1 R1
Este circuito tem a característica de transformar uma senoide em um sinal de meia senoide,
onde a parte negativa de uma senoide fica bloqueada no circuito, ou seja, fica em zero, só
D1
T1 R1
V1
D2
31
transferida para a saída e a parte negativa da senoide seja invertida e transferida para a saída com
características positivas, desta forma o sinal ficará com duas semi-senoides na parte positiva e
diodo comum, o diodo Zener permite a passagem da corrente. O Diodo Zener apresenta uma
característica de tensão constante para uma faixa de corrente, esta propriedade é chamada de
efeito zener. Verificamos que, trabalhando na região reversa, com corrente maior que Izmáx, a
tensão sobre o diodo Vz irá permanecer praticamente constante, isto permite que o diodo Zener
seja utilizado para situações onde seja necessário uma tensão constante.
Dz
Exemplo :
Iz = 64,62 . 10-3 A
32
terminal pode controlar uma corrente muito maior que flui entre o segundo e o terceiro terminal.
Disto, resulta que o transistor pode funcionar tanto como amplificador (de corrente), quanto como
interruptores (chaves). Este componente é formado por junções (positiva e negativa), que podem ser
dispostas de duas formas Negativa – Positiva – Negativa, que são chamadas de NPN, ou Positiva –
BC548
BC558
33
Os transistores são polarizados de forma a obter em sua base (junção do meio) uma certa
corrente, que fará com que permita a condução de corrente entre as outras duas junções coletor e
emissor (junções da extremidade) e que possui algumas características que iremos verificar.
RB RC
V1
RC, o resistor ligado ao coletor do transistor. Observe que nesta configuração o emissor do
transistor está diretamente ligado à fonte, não possuindo qualquer resistor entre eles. Para estudar
neste caso, três malhas. A primeira compreendida entre RB e a junção base – coletor; a segunda,
compreendida entre RC, fonte e a junção coletor – emissor; e a terceira, compreendida entre fonte,
Além disto, cada transistor possui uma característica própria, chamada de ganho, que é
simbolizada pela letra grega Beta (ß), e está diretamente ligada com as correntes de base e coletor.
Com estes parâmetros podemos tirar algumas equações para análise do transistor.:
34
V1 = Rb Ib + VBE
V1 = Rc Ic + VCE
Sabendo-se que ß será o ganho de corrente na configuração emissor comum e será dado
por:
ß = Ic / Ib
Exemplo
RB RC
V1
a) a corrente de base;
b) a resistência de base;
VBE = 0,7 V V1 = 12 V
? = 100 V VCE = V1 / 3
IC = 12 m A
Solução:
a) Corrente de Base:
IB = IC / ß = 0,012 / 100
IB = 0,00012 A
b) Resistência de Base:
IB 0,00012 0,00012
RB = 99.999 ohms
35
RC = V1 - VCE
IC
RC = 12 - 4 = 8
0,012 0,012
RC = 666,67 ohms
RB RC
V2
RE
Rb Ib = V2 - VBE - VRE ,
IE = IB + IC e VRE = RE IE
Exemplo:
a) corrente de base;
b) a resistência de base;
c) a resistência do coletor;
d) a corrente do emissor.
e) a resistência de emissor.
36
ß = 100 VCE = V2 / 3 Ic = 25 m A
Solução:
a) A Corrente de Base:
b) A Resistência de Base:
IBE
0,00025
RB = 43440 ohms
c) A Resistência de Coletor:
RC = V2 - VCE - VRE
Ic
0,025
d) A Corrente de Emissor:
IE = IB + IC
IE = 0,00025 + 0,025
IE = 0,02525 A
37
RE = 57,029 ohms
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
a) Polarização Direta.
b) Polarização Reversa.
4) O que é um Transistor?
a) a corrente de base;
b) a resistência de base;
VCE = V3 / 4 IC = 17 mA
RB RC
V3
15V
38
a) a corrente de base;
b) a resistência de base;
c) a resistência de coletor;
d) a corrente de emissor;
e) a resistência de emissor.
Sendo dado:
RB RC
V5
RE
VBE = 0,7 V V5 = 16 V
? = 100 VCE = V5 / 5
IC = 30 m A VRE = V5 / 9
39
quando a tensão vai ficando positiva, a junção entra em condução e a corrente aumenta. O diodo,
No SCR, a tensão positiva não modifica a característica de condução, ou seja, ele continua
sendo um circuito aberto que não permite a passagem da corrente. Este circuito se tornará um curto
circuito, ou seja, conduzirá corrente, somente quando for aplicado um pulso no seu terceiro pino,
O grande mérito do SCR é que é possível controlar o seu disparo enquanto o diodo não.
D1
2N1599
Figura 15 - SCR
Polarização Reversa – Trabalha-se em VAK < 0 (tensão entre Anodo e Catodo), não há
condução. Nos SCRs de baixa corrente, a corrente reversa é da ordem de dezenas a centenas de
microamper.
gatilho. Sendo IG = 0, o SCR continua bloqueado, desde que a tensão seja inferior a VBO
(breakover voltage ou tensão de disparo). Com VAR = VBO , o SCR dispara e a corrente aumenta.
Polarização Direta em Condução – A corrente de anodo tem que atingir um valor mínimo de
disparo IL (latching current ou corrente de disparo), para que o SCR continue em condução. Se esse
valor não for atingido, após o disparo, o SCR retorna ao estado de bloqueio.
40
CH2
120V / 100W
CH1
R1 200ohm
120 V
TIC 116B
R2 1100ohm
No circuito acima, podemos observar que, mesmo com a chave CH2 fechada, se a chave
CH1 não estiver fechada, não haverá condução de corrente, pois é a chave CH1 que permite o
pulso para disparar o SCR (corrente de gatilho). Quando a chave CH1 é fechada, uma corrente irá
circular pelo circuito compreendido entre os resistores R1 e R2, o que permitirá uma queda de
tensão sobre R2, com isso o gatilho é disparado e o SCR passa a conduzir, nos seus terminais
Anodo e Catodo. Após o acionamento do SCR, este somente deixará de conduzir, quando a
corrente for retirada dos seus terminais, Anodo e Catodo, ou seja, no circuito acima, somente
41
120V / 100W
CH1
D1
120 V R1 200ohm
TIC 116B
R2 950ohm
Solução:
A lâmpada estará apagada com CH1 aberta. O SCR TIC 116 B precisa de 20 mA de
corrente de gatilho para disparar, sendo VAK = 6 VCC. A junção gatilho-catodo não deixa de ser
um diodo que aparece em paralelo com o resistor de 950 ohms. Dando prosseguimento, no início do
semi-ciclo positivo, a junção gatilho-catodo curto-circuita o resistor de 950 ohms e a tensão da rede
chega a um valor suficiente para o disparo do SCR, que, com isso, energiza a lâmpada que
acenderá.
42
1.18 DIAC
O DIAC (Diode Alternative Current) é uma chave bidirecional que dispara por tensão. Este
dispositivo pode ser usado como controle de disparo para acionar o TRIAC
Figura 18 - DIAC
1.19 TRIAC
TRIAC significa TRI (Triode ou triodo, de três terminais) e AC (Alternate Current ou corrente
terminais em camadas semicondutoras que permite o disparo em qualquer sentido. Temos como
43
Exemplo:
10V / 6W
25ohm 47 ohm
50%
R1 R2
11V
VG
6V
Solução:
44
+ 12 +5 I + 15 + 50
+ 12 -5 II - 25 - 50
- 12 -5 III - 30 - 50
- 12 +5 IV + 75
+ 12 +5 I + 0,9 + 2,5
+ 12 -5 II - 1,2 - 2,5
- 12 +5 IV + 1,2
ITRMS = 8 A @ TC = 85ºC TC = 85 ºC
R1 = 10 ? . tp(g) = 20 µs
Quadro 1 - TRIAC
VGAI = 2,5 V
IG = VG - VGAI = 6 – 2,5
R1 + R2 25 + R2
25 + R2
R2 = 2,25 / 0,05
R2 = 45,0 ohms
Para os quadrantes I e II, a corrente mínima é a mesma, portanto o resultado será o mesmo.
45
75 . 10-3 = 6 - 1,2
25 + R2
R2 = 2,925 / 0,075
R2 = 39 ohms
1.20 Indutor
criado pelas correntes que circulam por ele, ou seja, indutor ou bobina. É um fio enrolado em forma
Figura 21 - Indutor
A indutância de uma bobina é uma medida da quantidade de energia que pode ser
Toda bobina possui uma indutância. A indutância depende das dimensões da bobina
A unidade de indutância é chamada de Henry (H), a reatância indutiva será dada por:
XL = ω . L= 2 π . F. L
onde:
46
F = freqüência da c. a em Hertz
Exemplo:
1) Uma bobina tem 0,2 H de indutância, sendo ligada a uma tensão de 110 V, 60 Hz. Calcule:
a) reatância da bobina
Resolução
a) XL = 2 πF L = 2 π . 60 . 0,2
XL = 75,36 ohms
Resolução
L = 30 mH = 30 / 1000 = 0,03 H
XL = 200 ohms
XL = 2 πF L
F = XL = 200 = 200
2 πL 2 π . 0,03 0,1884
F = 1061,57 Hertz
47
Neste circuito temos dois tipos de oposição: a oferecida pela resistência e a oposição da f . e
VR = RI isto V = V2 ² + V2 ²
R L
VL = XL . L XL = 2π . F . L
Z = R2 ² + XL2 ²
Exemplo:
Calcule a tensão que deve ser aplicada a uma bobina, a fim de produzir uma corrente de
Solução
VR = R . I = 7 .6 VR = 42 V
VL = XL . I = 9 .6 VL = 54 V
48
V = 4680 V = 68,41 V
XL = 2 πF L
9 = 2 π . 60 . L 9 = 376,98 L
9 / 376,98 = L L = 0,02238 H
Z = R2 ² + XL2 ² = 72 ² + 92 ²
Z = 130
Z = 11,40 ohms
IR
VG R L
Z = R . XL
R2 ² + XL2 ²
49
Solução
Z = R . XL = 1300 . 1700
Z = 2210000 Z = 1032,67 O
2140,093
1.21 Capacitores
São dispositivos que armazenam energia elétrica na forma de campo elétrico, gerado pelas
Figura 24 - Capacitores
50
Xc = 1
2 π F.C
C em Faraday
F em Hertz
Xc em Ohms
Exemplos:
380 Hz.
Solução
F = 62 Hz Xc = 1 = 1
2 πF C 2 π . 62 . 6 . 10¯ 6
Xc = 1 = 1000
Xc = 428,082 ohms
F = 380 Hz Xc = 1
2 π . 380 . 6 . 10¯ 6
14325,24
2) Em relação à questão anterior o capacitor de 6 µF é ligado a uma tensão de 110 V /62 Hz.
Xc = 428,082 ohms
I = V / Xc 110 / 428,082
I = 0,256 A
51
Xc = 1
6,28 . F C
Xc . 6,28 . F . C = 1
F = 1 = 1
F = 10 7 F = 3980,89 Hz
2512
C
VG
Z = R2 ² + Xc 2 ² VR = RI
I = VG / Z Vc = Xc . I
Xc = 1 VG = VR² + Vc²
2 πF . C
52
a) Impedância;
b) Corrente;
c) Tensão no resistor;
d) Tensão no capacitor;
e) Capacitância. R
50ohm
10V
Xc = 4ohm
VG 100Hz
a) Z = R2 ² + Xc2 ² = 52 ² + 42 ² = 25 + 16
Z = 41 Z = 6,403 ohms
b) I = VG / Z = 10 / 6,403 I = 1,56 A
c) VR = RI = 5 . 1,56 VR = 7,8 V
d) VC = Xc . I = 4 . 1,56 VC = 6,24 V
e) XC = 1 XC . 2π F C = 1
2(FC
C = 1 = 1
C = 0.000398 F
53
Z = Xc . R
Xc2 + R2
I = VG / Z
Xc = 1 I = IR2 ² + IC2 ²
2 .3,14 . F . C
a) a reatância capacitiva;
b) a impedância.
Solução
a) Xc = 1 = 1
2 π . F. C 2 π . 60 . 11 . 10 -6
Xc = 1000000 = 1000000
2 π . 60 . 11 4144,8
Xc = 241,266 ohms
b) Z = Xc . R = 241,266 . 170
Z = 41082,2 = 41082,2
Z = 295,14 ohms
54
A figura a seguir mostra um circuito série de Resistor, Indutor e Capacitor onde faremos as
seguintes considerações:
VG
L
Sabemos que neste circuito temos a reatância indutiva (XL), reatância capacitiva (Xc) e a
Z = R2 ² + (XL - Xc) 2 ²
Temos aí um circuito puramente resistivo, uma vez que a reatância capacitiva se anula com
a reatância indutiva, a partir deste conceito a tensão aplicada e a corrente estão em fase este
FO = 1
2π LC
ainda: XL = 2 π. F . L
Xc = 1
2πF C
55
a) Freqüência de ressonância.
160ohm
L
VG 1.2mH
15V
C
100nF
Solução
a) FO = 1 = 1___________
FO = 1 = 1 FO = 503,77 Hz
2π 0,00000000012 0,001985
XL = 3,796 ohms
Z = R2 ² + (XL - XC) 2 ²
56
Xc = 316,08
Z = 1602 ² + (-312,29) 2 ²
I = 42 mA
57
Para apresentar os cálculos de uma instalação elétrica, vamos usar a planta de uma casa
como exemplo e nos basear na norma de instalações elétrica de baixa tensão NBR5410, que indica
regras mínimas de segurança e qualidade para instalações elétricas abaixo de 1000 Vac ou 1500
Vdc
58
NBR5410 estabelece algumas regras mínimas de carga atribuída, que servirão para definir a
• prever, pelo menos, um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de parede.
inteiros.
59
60
- aparelhos móveis
ou
- aparelhos portáteis
dependências
com área igual ou - no mínimo uma tomada.
inferior a 6m2
61
banheiros
- no mínimo uma tomada junto ao lavatório com
uma distância mínima de 60 cm do limite do
boxe.
62
63
TUG’s TUE’s
DEPENDÊNCIA Dimensões Potência
Área Perímetro de Iluminação Quant. Discrimi- Potência
(m 2²) (m) (VA) Potência nação (VA)
(VA)
Sala 9,0 12 100 3 300 - -
Copa 9,6 12,4 100 4 1900 - -
Cozinha 10,5 13 160 4 1900 Torneira 3500
Dormitório 1 10,24 12,8 160 3 300 - -
Dormitorio 2 10,24 12,8 160 3 300 - -
Banho 3,57 - 100 1 600 Chuveiro 4400 W
Hall 1,80 - 100 1 100 - -
Área de Serviço 5,11 - 100 2 1200 - -
TOTAL 890 VA 6600 VA 7900
64
Em função da potência ativa total prevista para a residência é que se determina o tipo de
65
A determinação dos pontos de luz deve ser feita de forma racional e de maneira a garantir, a
cada ambiente, um nível de iluminação compatível com suas finalidades. Os pontos de luz podem
ser no teto, nas paredes em arandelas ou em sancas. Paralelamente a marcação, em planta, dos
pontos de luz deve ser feita a marcação das posições dos respectivos interruptores.
Para a escolha dos pontos em que serão instalados os interruptores deve ser levada em
interruptores devem ser instalados, em princípio, nas extremidades das paredes ou junto às portas.
que será colocada a fechadura, e devem ser instalados a uma altura de 0,90m ou 1,30m do piso
acabado.
Nos projetos de instalação elétrica são utilizados símbolos específicos para representar os
diferentes componentes elétricos de acordo com a função de cada um, tais como: ponto para
66
67
69
Até 10000 W
Fornecimento monofásico
- feita a dois fios:
uma fase e um neutro
20000 W
Fornecimento bifásico
- feita a três fios:
duas fases e um neutro
75000 W
Fornecimento trifásico
- feita a quatro fios:
três fases e um neutro
podemos definir que o fornecimento da concessionária será em modo bifásico, pois fica entre 10000
W e 20000 W, sendo fornecimento bifásico (em várias concessionárias) temos disponíveis dois
70
de roldana, bengala, caixa de medição e haste de terra, que devem estar instalados, atendendo às
Simbologia
condutores:
a)
Condutor Fase
b)
c)
Condutor de Retorno
d)
amarelo)
Divisão de circuitos
A NBR-5410 diz que os circuitos devem ser divididos em tantos circuitos quanto forem
• Os circuitos de iluminação em 2:
71
Serviço Copa.
Serviço Cozinha.
independentes, como mostra o quadro abaixo. Vale lembrar que a regra para definir pontos de
alimentação e potência para tomadas de uso específico é dada pelo número de equipamentos e
Definidos estes pontos podemos começar a calcular as correntes elétricas em cada circuito
Fórmula: I = P ÷ U
Circuito 1 Circuito 2
P = 620 VA P = 360 VA
U = 127 V U = 127 V
I = 620 ÷ 127 I = 360 ÷ 127
I = 4,9 A I = 2,38 A
72
P = 1600 VA P = 1900 VA
U = 127 V U = 127 V
I = 1600 ÷ 127 I = 1900 ÷ 127
Circuito 5 Circuito 6
P = 1900 VA P = 1800 VA
U = 127 V U = 127 V
I = 1900 ÷ 127 I = 1800 ÷ 127
Circuito 7 Circuito 8
P = 4400 VA P = 3500 VA
U = 220 V U = 220 V
I = 4400 ÷ 220 I = 3500 ÷ 220
I = 20,0 A I = 15,9 A
73
(TUG’s).
6170 W
potência.
geral (TUG’s)
0 A 1000 0,86
74
Isto é feito para não superdimensionar os componentes dos circuitos de distribuição, tendo
em vista que numa residência nem todas as lâmpadas e tomadas são utilizadas ao mesmo tempo.
correspondente.
previstos no projeto.
Nº de circuitos FD
de TUE’s
01 1,00
02 1,00
03 0,84 Nº de circuitos de TUE’s do exemplo = 2
04 0,76
05 0,70 Potência ativa de TUE’s
06 0,65
. 1 chuveiro de 4400 W
07 0,60
. 1 torneira de 3500 W
08 0,57
7900 W
09 0,54
10 0,52
fator de demanda = 1,00
11 0,49
12 0,48
13 0,46
14 0,45 7900 W x 1,00 = 7900 W
15 0,44
16 0,43
17 0,40
18 0,41
19 0,40
20 0,40
21 0,39
22 0,39
23 0,39
24 0,38
25 0,38
75
10368 W
e) Divide-se o valor obtido pelo fator de potência média de 0,95, obtendo-se assim o valor da
FÓRMULA: I = P ÷ U
P = 10913,68 VA
U = 220 V
I = 10913,68 ÷ 220
11196 220
01960 50,89
2000
020
I = 49,60 A
76
condutores deste circuito, de forma a garantir que a corrente calculada para ele possa circular pelos
fios, por um tempo ilimitado, sem que ocorra superaquecimento e com isso danifique a isolação dele
• Fator de agrupamento;
PARTE A
• Corrigir o valor da corrente calculada para o circuito pelo fator de agrupamento a que
• O fator de agrupamento deve ser aplicado para se evitar um aquecimento excessivo dos
número de circuitos carregados é definido um índice, que deverá ser aplicado ao valor
da corrente para ser corrigida. Para se obter o fator de agrupamento de cada circuito,
1.º) Olhando a planta com a representação gráfica da fiação e seguindo o caminho que cada
circuito percorre, observando neste trajeto qual o maior número de circuitos que se agrupam com
ele. O fator de agrupamento será dado pelo número de circuitos carregados passando por um
determinado trecho o circuito 1 passa junto com mais 3 circuitos, o fator de agrupamento será 4.
Avaliando a casa exemplo, temos o quadro abaixo montado para todos os circuitos.
77
2º) Consultar a tabela dos fatores de agrupamento para se obter o valor do fator de
78
Nº do Corrente Fator de
circuito (A) agrupamento
1 4,9 0,65
2 2,83 0,7
Corrente calculada de cada
3 12,6 0,65
um dos circuitos e o valor do
4 15,0 0,8
fator de agrupamento a ser
5 15,0 0,7
aplicado.
6 14,2 0,65
7 20,0 0,65
8 15,9 0,7
Exemplo:
CIRCUITO 1
Nº do Corrente corrigida
Circuito (A)
1 7,5
2 4,04
3 19,4
4 18,8
5 21,4
6 21,9
7 30,8
8 22,7
Distribuição 50,9
79
a) Defina o tipo de condutor e a isolação, depois defina o tipo de instalação. Com estes
dados conseguiremos acessar a tabela da norma que define a capacidade de corrente dos
instalação em eletroduto, com isso acessamos a tabela e obtemos as seções dos condutores em
Nº do Seção adequada
Circuito (mm²)
1 1
2 1
Estas são as seções
3 2,5
adequadas para cada um dos
4 2,5
circuitos do projeto.
5 4
6 4
7 6
8 4
80
c) Devemos então verificar, para cada circuito, qual o valor da seção mínima para os
Nº do Circuito Tipo
1 iluminação
2 iluminação
3 força (TUG’s)
Estes são os tipos de cada
4 força (TUG’s)
um dos circuitos do projeto.
5 força (TUG’s)
6 força (TUG’s)
7 força (TUE)
8 força (TUE)
Distribuição força
81
critérios, portanto agora deve-se comparar os valores das seções adequadas, obtidos na tabela de
capacidade de condução de corrente, com os valores das seções mínimas estabelecidos pela NBR-
5410 e adotar para a seção dos condutores do circuito o maior deles, como mostra o quadro abaixo:
1 1 1,5
2 1 1,5
3 2,5 2,5
4 2,5 2,5
5 4 2,5
6 4 2,5
7 6 2,5
8 4 2,5
Distribuição 16 2,5
Exemplo:
Os valores obtidos para a seção dos condutores de cada circuito estão relacionados na
tabela a seguir.
82
s (mm²)
(V) (VA) (VA) (A) (A )
l Dorm. 2 1 x 160
Banh. 1 x 100
Hall 1 x 100
ço a 1 x 100
A.Serv.
s Dorm. 1 3 x 100 5
Dorm. 2 3 x 100
Banh. 1 x 600
Hall 1 x 100
s 1 x 100
s a 1 x 100
s 5
s 5
s a
83
84
Comando
3.1 Contatores
• contatores auxiliares.
85
auxiliares;
• Evitar repique;
• Para sinalização.
Os principais são:
- Contatos;
- Sistema de acionamento;
- Carcaça;
86
um circuito.
São constituídos de pastilhas e suportes. Podem ser fixos ou móveis, simples ou em ponte.
Os contatos móveis são sempre acionados por um eletroímã pressionado por molas. Estas
Os contatos simples têm apenas uma abertura. Eles são encontrados em contatores de
maior potência.
O contato é realizado por meio de placas de prata cuja vida útil termina quando elas estão
comando, para sinalização e para intertravamento elétrico. São dimensionados apenas para a
corrente de comando e podem ser de abertura retardada para evitar perturbações no comando. Eles
podem ser do tipo NA (normalmente aberto) ou NF (normalmente fechado) de acordo com sua
função.
87
contínua.
Para o acionamento com CA, existem anéis de curto-circuito que se situam sobre o núcleo
colamento do núcleo.
como dos auxiliares) para a posição original de repouso é garantido pelas molas de compressão.
O acionamento com CC não possui anéis de curto-circuito. Além disso, possui uma bobina
de enrolamento com derivação na qual uma das derivações serve para o atracamento e a outra para
manutenção.
O enrolamento com derivação tem a função de reduzir a potência absorvida pela bobina
O núcleo é maciço, pois sendo a corrente constante, o fluxo magnético também o será. Com
isso, não haverá força eletromotriz no núcleo e nem circulação de correntes parasitas.
demais equipamentos de comando são sensíveis aos efeitos das tensões induzidas pelo campo
a) Carcaça
É constituída de duas partes simétricas (tipo macho e fêmea) unidas por meio de grampos.
A substituição da bobina é feita pela parte superior do contator, através da retirada de quatro
arco voltaico que surge quando um circuito elétrico é interrompido. Com a câmara de extinção de
cerâmica, a extinção do arco é provocada por refrigeração intensa e pelo repuxo do ar.
88
Uma bobina eletromagnética quando alimentada por uma corrente elétrica, forma um campo
magnético. No contator, ele se concentra no núcleo fixo e atrai o núcleo móvel. Como os contatos
móveis estão acoplados mecanicamente com o núcleo móvel, o deslocamento deste no sentido do
núcleo fixo faz movimentar os contatos móveis. Quando o núcleo móvel se aproxima do fixo, os
contatos móveis também devem se aproximar dos fixos de tal forma que, no fim do curso do núcleo
móvel, as peças fixas e móveis do sistema de comando elétrico estejam em contato e sob pressão
suficiente, permitindo assim que os contatos sejam fechados e a corrente elétrica possa passar por
eles.
O comando da bobina é efetuado por meio de uma botoeira ou chave-bóia com duas
força mecânica das molas de separação que atuam em sentido contrário. As molas são também as
únicas responsáveis pela velocidade de abertura do contator, o que ocorre quando a bobina
magnética não estiver sendo alimentada ou quando o valor da força magnética for inferior à força
das molas.
¬ Comando à distância;
89
Os contatores devem ser montados de preferência verticalmente em local que não esteja
sujeito a trepidação. Permite-se uma inclinação máxima do plano de montagem de 22,5º em relação
Na instalação de contatores abertos, o espaço livre em frente à câmara deve ser de, no
mínimo, 45 mm.
O intertravamento elétrico é feito por meio de contatos auxiliares do contator (K1 e K2) e por
botões conjugados que devem obedecer a uma ligação tal que garanta que quando um contator
Nesse caso, o contato auxiliar abridor do contator 1, por exemplo, é inserido no circuito de
comando que alimenta a bobina do contator 2. Isso é feito do modo que o funcionamento de um
No caso de uso de botões conjugados, estes são inseridos no circuito de comando de modo
que, ao ser acionado um botão para comandar um determinado contator, haja a interrupção da
90
condição, os contatos abridor e fechador são acionados. Todavia, como o contato abridor atua antes
91
92
mecânico constituído por um apoio e uma régua) nos contatores. Quando um dos contatores é
acionado, este atua sobre uma das extremidades da régua, enquanto que a outra impede o
93
manobras e do fator de marcha. O número total de manobras é expresso em manobras por hora
(man/h), mas corresponde à cadência máxima medida num período qualquer que não exceda 10
minutos. O fator de marcha (fdm) é a relação percentual entre o tempo de passagem da corrente e a
94
bobina do contator C1 é energizada. Esta ação faz fechar o contato de selo C1 que manterá a
botão bo. Esta ação faz com que seja interrompida a alimentação da bobina, provocando a abertura
A seguir mostramos uma lista de defeitos elétricos mais comuns apresentados pelos
Defeito Causas
- Comando interrompido.
- Bobina queimada.
“colamento” capacitivo).
- Contatos soldados.
95
simultaneamente.
errada.
longas paradas.
circuito de comando.
motores.
(em CA).
96
transmite à bobina.
superfícies de contato.
- Comando oscilante.
- Ligação em curto-circuito.
a cada manobra).
97
de material de solda.
• lubrificação deficiente;
• formação de ferrugem;
• molas inadequadas;
caso de cargas com altas correntes de partida. Isso acontece porque o arco que se estabelece a
Com vistas à redução de custos, o tempo de ricochete deve ser reduzido para 0,5 ms. Baixa
velocidade de manobra, reduzida massa de contato móvel e forte pressão nas molas são algumas
98
circuito na presença de sobre tensão, correntes mínimas etc. É empregado na partida de motores,
presença de sobrecarga, por exemplo, e continuam a ser usadas depois de sanada a irregularidade.
Os relês que são usados como dispositivos de segurança podem ser: eletromagnéticos e
térmicos.
qual um núcleo de ferro próximo de uma bobina é atraído, quando esta é percorrida por uma
corrente elétrica.
99
O relê de mínima tensão recebe uma regulagem aproximadamente 20% menor do que a
tensão nominal. Sua aplicação se dá em circuitos que necessitam verificar a tensão de forma que,
se a tensão atingir um valor baixo tal, que seja prejudicial ao circuito, este interrompe o circuito de
corrente que seja prejudicial a um circuito. Esse tipo de relê interrompe, indiretamente, o circuito
A corrente elevada, ao circular pela bobina, faz com que o núcleo do relê atraia o fecho
(dispositivo móvel interno do relê). Esta ação provoca a abertura do contato abridor e interrompe o
fecho do núcleo. Quando o fecho é afastado, uma corrente mais elevada é necessária para acionar
o relê.
Esse tipo de relê, como dispositivo de proteção, controle ou comando do circuito elétrico,
O elemento básico dos relês térmicos é o bimetal, um conjunto formado por duas lâminas de
metais diferentes (normalmente ferro e níquel), sobrepostas e soldadas. Esses dois metais, de
coeficientes de dilatação diferentes, formam um par metálico. Por causa da diferença de coeficiente
de dilatação, se o par metálico for submetido a uma temperatura elevada, um dos metais do par vai
100
encurvamento do conjunto para o seu lado, afastando o conjunto de um ponto determinado. Esse
movimento é usado para disparar um gatilho ou abrir um circuito, por exemplo. Essa característica
do bimetal permite que o relê exerça o controle de sobrecarga para proteção dos motores.
- diretos;
- indiretos;
- com retenção;
- compensado;
Os relês térmicos diretos são aquecidos pela passagem da corrente de carga diretamente
pelo bimetal o que faz com que havendo sobrecarga no circuito este bimetal se aqueça, e o seu
deslocamento atue sobre o disjuntor fazendo com que interrompa a passagem da corrente.
Embora a ação do bimetal seja lenta, o desligamento dos contatos é brusco devido à ação
Os relês térmicos indiretos são aquecidos por um elemento aquecedor que transmite calor
Os relês térmicos com retenção possuem dispositivos que travam os contatos na posição
desligados após a atuação do relê. Para que os contatos voltem a operar, é necessário soltar
manualmente a trava por meio de um botão específico. O relê, então, estará pronto para funcionar
novamente.
da temperatura ambiente. Este componente também é conhecido como relê de falta de fase, e tem
por característica a atuação de maior rapidez que o normal, quando há falta de uma fase ou
sobrecarga em uma delas. Assim, um relê diferencial, regulado para disparar em cinco minutos com
101
industriais.
período de tempo (ou retardo) entre a excitação ou a desexcitação da bobina e a comutação pode
ser ajustado.
Os retardos, por sua vez, podem ser obtidos por meio de:
eletroímã que aciona uma válvula pneumática. O retardo é determinado pela passagem de uma
puxa o balancim para cima, fornecendo corrente para os contatos. Esse tipo de relê é usado em
Na condição inicial, um eletroímã é energizado e libera uma alavanca. Temos uma mola que
102
controla a admissão do ar. Após um tempo “t”, que depende da regulagem do parafuso, a sanfona
No relê de retardo mecânico, um came regulável é acionado pelo redutor de um motor. Após
um tempo determinado, o came abre ou fecha o contato. Se for necessário, o motor poderá
permanecer ligado e os contatos do relê ficarão na posição inversa à da posição normal. Os relês de
tempo motorizados podem ser regulados para fornecer retardo desde 0 a 15 segundos até 30 horas.
Quando um contator tiver elevado consumo e a corrente de sua bobina for superior à
O relê eletrônico de tempo é acionado por meio de circuitos eletrônicos. Esses circuitos
interrompem ou estabelecem um circuito de comando por meio de pulsos. Podem ser montadas em
As botoeiras podem ser diversos botões agrupados em painéis ou caixas e cada painel pode
acionar diversos contatos abridores ou fechadores. Em alguns tipos de botoeiras, o contato móvel
tem um movimento de escorregamento que funciona como auto manutenção, pois retira a oxidação
que aparece na superfície do contato. Os contatos são recobertos de prata e suportam elevado
número de manobras
103
fixos e podem ser construídas com uma guarnição de modo a não permitir o acionamento acidental
e com longo curso para ligar, ou com chave tipo fechadura que necessita de uma chave para
acionar
As botoeiras podem ainda conjugar a função de sinaleiro, possuem em seu interior uma
lâmpada que indica que o botão foi acionado. Elas não devem ser usadas para desligar circuitos e
rolantes e máquinas operatrizes nas quais o operador tem que acionar a botoeira enquanto em
movimento ou em pontos diferentes. Para que um operador saiba o que está acontecendo com o
equipamento que ele está operando, é necessário que ele possa visualizar rápida e facilmente
mensagens que indiquem que a operação está se realizando dentro dos padrões esperados, sendo
situação determinada em um circuito, máquina ou conjunto de máquinas. Ela é realizada por meio
de buzinas e campainhas ou por sinalizadores luminosos com cores determinadas por normas.
A sinalização intermitente é usada para indicar situações que exigem atenção mais urgente.
A lente do sinalizador deve propiciar bom brilho e, quando a lâmpada está apagada, deve
A sinalização sonora pode ser feita por meio de buzinas ou campainhas. As buzinas são
usadas para indicar o início de funcionamento de uma máquina ou para ficar à disposição do
operador, quando seu uso for necessário. Elas são usadas, por exemplo, na sinalização de pontes
rolantes.
104
VDE.
O som deve estar entre 1000 e 3000 Hz. Deve conter harmônicos que tornarão distinto um
ruído local.
As campainhas são usadas para indicar anomalias em máquinas. Assim, se um motor com
sobrecarga não puder parar de imediato, o alarme chamará a atenção do operador para as
providências necessárias.
105
importante verificar se a tensão produzida por auto-indução não provocará a queima da lâmpada
sinalizadora. Nesse caso, a lâmpada deverá ser instalada por meio de um contato auxiliar, de forma
O diagrama de comando faz a representação esquemática dos circuitos elétricos. Ele mostra
os seguintes aspectos:
estabelecidas;
• Funcional e
• De execução.
O diagrama multifilar completo (ou tradicional) representa o circuito elétrico da forma como é
montado e no qual todos os elementos componentes e todas as ligações dos circuitos são
106
De acordo com a norma NBR 5280 de abril de 1983, símbolos literais para elementos de
circuito são representações em forma de uma letra maiúscula inicial, podendo ser seguida por
números, outras letras ou combinações alfanuméricas para particularizar cada elemento do circuito.
Exemplos:
• R15 - resistor de 1 M Ω
matérias. Sua utilização ajuda na interpretação de esquemas e diagramas de circuitos. A seguir são
A1 A1 A1
K6 K6 K2
A2 A2 A2
107
b b b
Quando o contator é identificado por meio de letras, sua função só é conhecida quando o
Temos a seguir a tabela referente à norma da ABNT NBR 5280 que apresenta as letras
108
109
As bobinas têm os bornes indicados pelas letras a e b, como mostram os exemplos a seguir:
A1 a
a b
B2 b
Figura 36 – Bornes
Nos contatores e relês, os contatos são identificados por números que indicam:
correspondente.
110
111
112
113
114
Subestação
Os regulamentos gerais têm por objetivo estabelecer as condições mínimas exigidas pela
ligação e dar subsídios técnicos necessários para a elaboração do projeto e execução de entradas
a) Aterramento
b) Condutor de Aterramento
Condutor que faz a ligação elétrica entre as partes de uma instalação elétrica, que devem
c) Eletrodo de Aterramento
fazer um aterramento.
115
Toda e qualquer construção em imóvel reconhecido pelos poderes públicos, constituída por
f) Eletroduto de Entrada
g) Entrada Consumidora
h) Entrada de Serviço
i) Limites de Propriedade
j) Multi-medição
primária com um único ramal de entrada, protegido por disjuntor geral, e uma medição para cada
k) Ponto de Entrega
l) Subestação Primária
facultativamente, a transformação.
suficiente um único transformador de serviço, trifásico, com potência de, no máximo, 300 kVA.
116
p) Ramal de Ligação
q) Transformador Auxiliar
antes do disjuntor geral (exceto em subestações primárias com multi-medição), para alimentação da
carga (ou parte da carga) de iluminação e/ou da carga de bomba de incêndio da unidade de
consumo.
r) Transformador de Serviço
Transformadores instalados após a proteção geral, para alimentação das cargas da unidade
carga de iluminação e/ou da carga de bomba de incêndio, cuja alimentação pode ser feita por
transformador auxiliar.
armado, seção circular e devem ter seus protótipos aprovados pela Concessionária, além de
117
Utilizam-se isoladores do tipo pilar, bastão e, para baixa tensão, isolador tipo roldana,
b) Pára-raios
c) Disjuntor
Disjuntor tripolar (trifásico), com dispositivos mecânicos de acionamento que permitam obter
Características funcionais:
caso seja acionado por comando de proteção, promover o desligamento e, na hipótese de ocorrer
esse desligamento, a operação de ligar deve ficar bloqueada até que o mecanismo de fechamento
Possuindo sistema de travamento manual que impeça o religamento à distância por sistema
de comando elétrico.
resistentes ao tempo, ou zincadas a quente. As caixas de medidores devem ser de chapa de aço nº
16, dotada de portas com viseiras, trincos e dispositivos para selagem, destinada a alojar o painel de
A Caixa A-3, refere-se a instalação de painéis de medição, tanto para sistema de tarifação
118
Caixa de chapa de aço, n.º 16, provida de portas com venezianas para ventilação, trinco e
caixas:
transformadores de corrente.
baixa tensão.
Temos ainda a caixa de inspeção de aterramento que deve ser de alvenaria, com tampa,
elétrica em tensão primária de distribuição, através de rede aérea e subterrânea. Temos alguns
119
NORMA Objeto
NBR-5356 “Transformador de potência”.
NBR-5361 “Disjuntor de baixa tensão”.
NBR-5410 “Instalações elétricas de baixa tensão”.
NBR-5413 “Iluminância de interiores”.
NBR-5471 “Condutores elétricos”.
NBR-5597 “Eletroduto rígido de aço carbono com revestimento protetor com rosca ANSI”.
NBR-5598 “Eletroduto rígido de aço carbono com revestimento protetor com rosca”.
NBR-5664 “Eletroduto rígido de aço carbono com costura com revestimento protetor e rosca NBR-
8133”.
NBR-5680 “Dimensões de tubos de PVC rígido”.
NBR-6134 “Poste e cruzeta de concreto armado”.
NBR-6148 “Condutores isolados com isolação extrudada de cloreto de polivinila (PVC) para
tensões até 750 V – Sem cobertura – Especificação”.
NBR-6150 “Eletroduto de PVC rígido)”.
NBR-6248 “Isolador-castanha – Dimensões, características e procedimentos de ensaio”.
NBR-6249 “Isolador-roldana de porcelana ou de vidro – Dimensões, características e
procedimentos de ensaio”.
NBR-6663 “Chapas finas de aço-carbono e de aço de baixa liga e alta resistência – Requisitos
gerais”.
NBR-7397 “Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a quente –
Determinação da massa do revestimento por unidade de área”.
NBR-7398 “Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a quente – Verificação
da aderência do revestimento”.
NBR-7399 “Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a quente – Verificação
da espessura do revestimento por processo não-destrutivo”.
NBR-7400 “Produto de aço ou ferro fundido – Revestimento de zinco por imersão a quente –
Verificação da uniformidade do revestimento”.
NBR-8158 “Ferragens eletrotécnicas para redes aéreas, urbanas e rurais de distribuição de
energia elétrica”.
NBR-8159 “Ferragens eletrotécnicas para redes aéreas, urbanas e rurais de distribuição de
energia elétrica – Formatos, dimensões e tolerâncias”.
NBR-8458 “Cruzetas de madeira para redes de distribuição de energia elétrica”.
NBR-8668 “Chaves-fusíveis de distribuição”.
NBR-9527 “Rosca métrica ISO”.
NBR-9077 “Saídas de emergência em edifícios”.
NBR-10582 “Apresentação da folha para desenho técnico”.
NBR-11742 “Porta corta-fogo para saídas de emergência – Especificação”.
NBR-13142 “Desenho técnico – Dobramento de cópia”.
NBR14039 “Instalações elétricas de alta tensão (de 1,0kV a 36,2kV)”.
120
Trabalhamos nesta apostila como fazer o projeto elétrico. Agora este projeto deve ser
O sistema de distribuição será o estrela com neutro aterrado e o fornecimento será feito em
distribuição aérea, a unidade consumidora tiver potência total instalada superior a 75 kW e demanda
Nota 1 - Nas edificações de uso coletivo em baixa tensão, às unidades de consumo cuja
carga instalada for superior a 75 kW, o fornecimento pode ser feito em média tensão, desde que
haja para toda a edificação apenas dois pontos de entrega, um em média tensão e outro em baixa
Nota 2 - Nos casos específicos de condomínios residenciais com diversos blocos de uso
coletivo em baixa tensão, o fornecimento pode ser feito em média tensão à administração geral do
condomínio, por meio de único ponto de entrega, desde que esta possua carga instalada superior a
75kW. Para baixa tensão, devem ser observadas as regulamentações e orientações específicas.
5) Geradores
Geradores sem paralelismo com a rede de fornecimento. Não pode ocorrer qualquer
possibilidade de paralelismo dos geradores particulares com a concessionária, com isso, os projetos
elétrico com intertravamento elétrico e mecânico, separando os circuitos alimentados pelo sistema
121
ligação;
subestação primária sem separação por parede de material incombustível e porta corta-fogo.
7) Entrada de Serviço
entrada de serviço.
Nesta subestação trabalha-se com um único transformador trifásico com potência de até 300
baixa tensão e a proteção é geral das instalações, no lado da média tensão, e pode ser feita por
• Em conjuntos blindados.
122
limite da propriedade com a via pública, em local de fácil acesso e o mais próximo possível da
entrada principal.
Esta poderá ser construída em locais situados no interior de outras edificações ou a elas
agregados, porém, em qualquer caso, a subestação deve ser construída no nível do solo ou
Na área compreendida entre a via pública e a subestação primária, deve ser previsto um
corredor sobre todo o percurso do eletroduto de entrada, com 2500 mm de largura de área não
edificante, onde esta área não pode ser utilizada para depósito de qualquer espécie. O
encaminhamento do ramal de entrada subterrâneo deve ser sinalizado adequadamente em todo seu
Qualquer que seja o local de sua instalação, a subestação primária deve ser inteiramente
construída com materiais incombustíveis. As paredes devem ser de alvenaria e o teto deve ser de
laje de concreto, ambos com acabamentos apropriados, de acordo com as prescrições da NBR-
14039.
A área da subestação deve ser suficiente para instalação dos equipamentos e sua eventual
remoção, bem como para permitir livre circulação dos operadores e execução de manobras. A altura
livre interna, pé-direito, deve permitir a adequada instalação dos equipamentos, tendo em vista suas
alturas e as distâncias mínimas a serem observadas. Em função da tensão nominal, o pé-direito não
• 23kV 4.000 mm
A altura externa, em entradas aéreas, deve ser suficiente para que os dispositivos de fixação
A porta de acesso deve ser de chapa metálica, devidament e aterrada, com dimensões
mínimas de 800 x 2.100 mm. Deve ter sentido de abertura para fora, provida de trinco e cadeado e
123
dimensões mínimas de 500 x 400 mm; a base destas janelas deve distar 200 mm do piso interno e o
mínimo de 300 mm do piso externo. Estas janelas devem ser providas de venezianas fixas, cujas
lâminas devem ser de chapas de aço, ou alumínio, dobradas em forma de chicana (V invertido,
ângulo de 60º).
área mínima de 1,00 m²; o topo desta janela deve distar, no máximo, 200 mm do teto e a sua base,
o mínimo de 2.000 mm do piso externo. Esta janela deve ser provida de venezianas fixas, formadas
por lâminas de vidro de, no máximo 150 mm de altura, e sua posição na parede da subestação
primária deve ficar fora da faixa em que, internamente, são fixados os barramentos e dispositivos de
Todas as janelas devem ser protegidas externamente por grades de tela metálica com
A área da subestação primária, onde se situam as instalações de média tensão, deve ser
delimitada por um cubículo, este deve ser construído com grades de tela metálica de resistência
As grades devem ter, em relação ao piso, altura mínima de 1.800 mm e sua parte inferior
As grades que compõem o cubículo devem ser fixadas por meio de dispositivos que
permitam sua fácil remoção. As grades da parte frontal devem ser articuláveis, além de removíveis,
Na área ocupada pela subestação primária, não deve haver passagem de tubulações de
gás, água, esgoto, telefone, ar condicionado etc. As subestações primárias devem ser
seu interior, bem como a laje de cobertura, quando sujeita à ação das chuvas, deve possuir
proteç ão da baixa tensão. O disjuntor geral deve possuir intertravamento elétrico com a chave
124
serviço.
(surtos) deve ser feita com a utilização de dispositivos de proteção contra surtos (DPS).
Nas subestações com ramal de entrada subterrânea, devem ser instalados três DPS´s (um
por fase) diretamente ligados aos condutores no interior da subestação primária, logo após o
terminal interno do cabo subterrâneo. A ligação dos pára-raios à malha de aterramento deve ser
feita com cabo de cobre, seção mínima de 25 mm², com isolação na cor verde para 750V ou em
eletroduto de PVC, independente dos demais condutores de aterramento, tão curto e retilíneo
quanto possível e sem emendas ou quaisquer dispositivos que possam causar sua interrupção,
observando-se que na haste ou eletrodo da malha, utilizado para essa ligação, não devem ser
O valor da resistência de aterramento, em qualquer época do ano, não deve ser superior a
10 (ohms), observando-se que a malha de aterramento deve ser composta de, no mínimo, três
que o comprimento dos eletrodos, observado o mínimo de 3.000 mm para distâncias entre eletrodos
As partes metálicas não destinadas a conduzir corrente devem ser aterradas por meio de
tipo e seção.
Caso seja utilizada chave-fusível, deve ser observado que esse dispositivo também deve ser
específico para fusíveis do tipo limitador de corrente e deve ser tripolar, possuir comando simultâneo
das três fases e dispor de engate seguro que impeça sua abertura acidental.
instalada, fisicamente independente, uma chave seccionadora tripolar, dotada de dispositivo para
comando simultâneo das três fases por meio de punho ou bastão de manobra e de engate seguro
125
b) Deve ter o secundário ligado em estrela neutro aterrado, com as tensões nominais de
d) As buchas secundárias devem ser envolvidas por uma caixa metálica (invólucro)
específicas.
• Emprega-se 3 transformadores de corrente (TC), deve ser feita em caixa tipo “T” ou “S”.
Observar que: os três transformadores de corrente devem ser previamente instalados, com
adequada disposição e fixação, em chapa de aço nº 16, e o painel, assim montado, deve ser fixado
concessionária.
as respectivas caixas, dois niples com arruelas e buchas, em cada eletroduto, ou em cada niple.
Devem ser instalados 4 condutores de cobre sem emendas, seção de 2,5 mm, rígidos, nas cores
O neutro deve ser instalado, mesmo que não seja utilizado na instalação consumidora.
ao ar livre, em poste de concreto, cruzetas e ferragens, ficando seus equipamentos sujeitos à ação
das intempéries.
126
via pública.
das chaves-fusíveis. Esse afastamento deve ser medido a partir do plano vertical determinado pelo
A área ao redor da subestação primária deve ser delimitada com cerca metálica, de 2.000
mm de altura, com porta de acesso abrindo para fora, devidamente sinalizada. Deve ser prevista a
distância mínima de 1.800 mm entre a parte frontal da caixa de medidores e a cerca de proteção ou
de qualquer outro obstáculo. As grades da cerca de proteção devem estar devidamente aterradas e
possuir malha com 50 mm de abertura máxima, fios de aço galvanizado a quente com 3 mm de
diâmetro mínimo.
Em torno de toda subestação, deve ser construído piso de concreto, com largura suficiente
para atender toda área de circulação, com declividade de 2% a partir do centro de medição.
Deve ser utilizado poste de concreto armado, seção circular, forma tronca cônica, com 10,50
metros de comprimento. Temos que instalar duas cruzetas de madeira de lei (conforme NBR-8458,
da ABNT), resistência de ruptura mínima de 800 daN, com 2.000 mm de comprimento, seção
transversal de 90 x 90 mm, fixadas ao poste por meio de cintas, selas, parafusos, porcas e arruelas,
concessionária, desde o ponto de derivação da sua rede até o primeiro ponto de fixação na
Para fixação das fases às cruzetas, devem ser utilizados isoladores tipo bastão.
A proteção das instalações de baixa tensão deve ser feita de acordo com as normas, para
Devem ser utilizadas chaves -fusíveis de distribuição com capacidade nominal de 100A,
classe 2, tipo C.
127
subterrâneo.
Instalando-se no tempo, externa, observando-se que este tipo deve apresentar: portas
sua cobertura; telas metálicas de proteção (malha 2 mm) no lado interno das venezianas externas; e
internos ou externos, são dimensionados de acordo com os esforços mecânicos a que estão
sujeitos, observando-se, porém, que nenhuma chapa pode ter espessura inferior à de nº 16.
vista, bem como oferecer absoluta segurança, elétrica e de operação, para quem os manobre ou
opere.
publicação 1996.
condições de serviço.
Devem ser tomadas todas as precauções possíveis para se evitar explosão ou incêndio,
bem como a propagação dos mesmos, oferecendo resistência suficiente para suportar o esforço
conseqüente da deflagração dos gases produzidos por arco devido a curto-circuito, sem deformar-
se.
Os cubículos devem apresentar quatro compartimentos bem definidos: uma cuba de gás,
que todas as partes vivas do cubículo, exceto terminais, devem permanecer imersos em SF.
128
AIUB, José Eduardo; FILONI, Enio. Eletrônica. São Paulo: Editora Érica Ltda,1999 / 98 / 97 / 96 / 95.
ANDREY, João Michel. Eletrônica básica: Teoria e Prática. São Paulo: Editora Rideel, 1999.
COUTO, Hudson de Araújo. Ergonomia aplicada ao trabalho. Belo Horizonte: Ergo Editora 1995.
GOWDAK, D.; MARTINS, E. Ciências: novo pensar - FNDE- ME. São Paulo: Editora FTD, 2002.
HARRINGTON, James H.; KNIGHT, A. A implementação da ISO 14000. São Paulo: Editora Atlas,
2001.
MANUAIS DE LEGISLAÇÃO ATLAS. Segurança e Medicina do Trabalho . 56.º edição. São Paulo:
MORANDI, S.; GIL, I. Tecnologia e Ambiente. São Paulo: Copidart Editora, 2001.
Sites:
www.uniagua.org.br/website
www.petrobras.com.br/meio_ambiente/portugues/gestão/ges_isso.htm
www.qsp.org.br/ohsas18001.shtml
www.bombeirosemergencia.com.br
www.gestipolis.com./canales5/fin/marcore.htm
129
objetivo previsto em seu plano estratégico, estabeleceu como uma de suas metas a certificação de
suas unidades de acordo com normas internacionais de gestão de SMS. Deste modo, em janeiro de
2006, a Companhia possuía 66 Certificações Integradas de acordo com as normas ISO 14001(Meio
parte das unidades de negócio e de serviço da Companhia no Brasil e no exterior. Cabe ressaltar
que algumas das unidades também estavam certificadas em conformidade com a norma ISO
9001(Qualidade).
emergências;
1
Material organizado por Mara Silvia Biasini Negrini.
130
combinação de procedimentos, dos processos e práticas adotados por uma organização para
melhorar a Política de Qualidade, Meio Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho. Essa integração
tem por objetivo principal otimizar a aplicação de recursos, reduzir as complexidades e desenvolver
Esta nova ferramenta de gestão, a cada dia possui um maior número de adeptos, pois,
todas as áreas da empresa, com o objetivo de melhorar seu desempenho global, aumentando a
fornecedoras de produtos.
A cultura organizacional nos dias atuais envolve aspectos decisivos para o desenvolvimento
como:
131
respectivas: ISO-9001 para a Qualidade; ISO-14001 para o Meio Ambiente e OHSAS 18001 para
a) Qualidade
A constante preocupação com a qualidade leva as organizações a conscientizar e capacitar
os Colaboradores sobre a responsabilidade de executar suas tarefas com qualidade, evitando erros,
sobrevive quando há expansão do seu mercado. Este se expande, na medida em que atende seus
clientes, com vantagens sobre seus concorrentes. Qualidade, portanto para uma organização é a
Satisfação do Cliente. Qualidade Total é o mais elevado patamar dos sistemas de qualidade, é o
ápice dos resultados das fases anteriores (inspeção, controle de qualidade, garantia da qualidade,
empresarial, expressas pela administração), com um custo mínimo e a satisfação das necessidades
Standardization). Localiza-se em Genebra na Suíça. Esta sigla é uma referência a palavra grega
normas e padrões mundiais que traduzam a concordância de idéias, de opiniões, dos diversos
A ISO 9001 – especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade que podem ser
usados pelas organizações para aplicação interna, para certificação ou para fins contratuais. Ela
está focada na eficácia do sistema de gestão da qualidade em atender aos requisitos dos
relações contratuais, garantindo o produto desde o projeto até nos serviços de pós-venda.
• Para a empresa – maior competitividade tanto no mercado interno como externo, maior
satisfação dos clientes, melhoria na produção, maior lucro, redução de custos entre outros.
132
O meio ambiente é definido como: Conjunto de elementos abióticos (energia solar, solo,
água e ar) e bióticos (organismos vivos) que integralizam a fina camada da Terra chamada biosfera,
suporte e lar dos seres vivos. A Constituição Federal, ao ratificar o Meio Ambiente ecologicamente
equilibrado como um direito do cidadão, estabelece vínculo entre cidadania e qualidade ambiental.
Os problemas ambientais são tratados de forma global, pois afetam a vida de todos os seres do
planeta. Na medida em que o mundo fica menor e começam as escassezes dos recursos, o modo
pelo qual utilizamos o meio ambiente é uma questão, a ser tratada de ordem prioritária.
Há muito tempo o meio ambiente vem sendo alterado, por interferência das atividades
humanas, pois ocorreram e continuam a ocorrer modificações na flora, na fauna, no ar, na água e
A atividade industrial proporcionou grandes melhorias nas condições de vida das pessoas,
mas também é a principal responsável pelos problemas globais do meio ambiente. Outros fatores
consumo gerando a utilização numa escala maior de insumos (energia, água, combustível, gás) e
de algum modo prejudiquem a segurança, a saúde e o bem estar da população, que afetem a
atmosfera. Alguns que atingem a atmosfera são: os metais como o cádmio, o chumbo e o mercúrio,
tonturas, tosse, distúrbios visuais (lacrimejar constante dos olhos), dores de cabeça, náuseas e
vômitos. Quando exposto o ser humano a altas concentrações de poluentes podem ocasionar
133
A água poluída torna-se muito perigosa podendo veicular doenças. Existem poluentes que
são lançados nos mares, rios e lagos, sem prévio tratamento. A agricultura polui a água através de
fertilizantes, fungicidas, herbicidas, inseticidas e nitratos que são levados pela chuva ou se infiltram
no solo, contaminando o lençol freático. A água subterrânea também é contaminada pela infiltração
desses poluentes no solo, podendo atingir os mananciais que abastecem os poços de água.A
indústria também é uma grande poluidora da água quando não faz o tratamento da mesma. Ela
pode poluir por meio de despejo nos rios e lagos de detergentes, derivados de petróleo, resíduos
radioativos, solventes e outros. As grandes cidades poluem a água por meio de esgotos, monóxido
Através de contato com água Através da ingestão de água contaminada Através de insetos que se
contaminada desenvolvem na água
Esquistossomose Disenteria Dengue
amebiana,bacilar,Gastroenterite,
Giardíase
Escabiose (doença parasitária Febre tifóide e paratifóide Malária
Sarna)
134
biodegradáveis. É sabido que alguns agrotóxicos causam diversos tipos de cânceres e também
alergias respiratórias .
mesmo. O capítulo V, artigo 225, da Constituição da República, exige, na forma da lei, um estudo
prévio de impacto ambiental para futuras instalações de atividades ou obras que possam vir
“qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente,afetam:
As marcas deixadas em todo o planeta por problemas ambientais levaram à criação das
normas ambientais da série ISO 14000, todas voltadas à Política de Preservação Ambiental para
segmentos da sociedade (Área da Educação, Saúde, Meio Ambiente, Trabalho, entre outras),
atualidade, sem comprometer as possibilidades das futuras gerações suprirem suas próprias
necessidades.
135
de uma organização que geram subprodutos (resíduos, águas residuais, emissões gasosas, ruídos).
A ISO 14001 é uma norma que instaura um modelo de Sistema de Gestão Ambiental, baseado na
Esta norma ajuda as organizações a entenderem e melhorarem suas relações com o meio
pontuados pela organização, que podem retratar necessidades, seja da redução de emissões de
poluentes até a utilização racional dos recursos naturais. Através da aplicabilidade desta norma a
empresa tem condições de avaliar as conseqüências ambientais das atividades, produtos e /ou
serviços da organização.
A coleta seletiva é a ação de uma sociedade que se preocupa com a preservação do meio
ambiente, ou seja, uma sociedade consciente. A coleta seletiva nos traz inúmeras vantagens como
custo com a saúde pública, aumento da vida útil dos aterros sanitários, entre outros.
• Vermelha – plásticos em geral como copos de iogurte, água, café, garrafas, embalagens e
outros objetos;
• Azul – papel e papelão como revistas, jornais, envelopes, cartolinas, folhas de embalagem,
resíduos de alimentos;
136
• Cinza – todo resíduo não reciclável como papel de bala, adesivos, borrachas naturais,
papel-higiênico, papelão e plásticos sujos, papéis plastificados, couros, cordas, nylon entre
outros.
Os resíduos industriais devem ser acondicionados em local adequado dentro das empresas
Saúde e Segurança são fatores intrínsecos quando nosso objetivo for o de proporcionar um
Saúde é um estado completo de bem estar físico, mental e social. Sob a ótica médica, o ser
humano é mais o produto do ambiente em que vive do que de sua própria genética. A saúde
depende das condições de vida, pois, estas condições irão regular o comportamento e as ações dos
As organizações que desejam construir suas filosofias em uma gestão ativa de saúde
ocupacional e segurança do trabalho, controlando riscos que possam afetar a saúde e segurança
dos seus colaboradores, contam com uma ferramenta de gestão inovadora que foi desenvolvida
para ser compatível com a ISO 9001 e com a ISO 14001, com o objetivo de facilitar as empresas à
implementação de Sistemas Integrados de Gestão (SIGs). Trata-se da OHSAS 18001, cuja sigla é
Occupational Health and Safety Assessment Series. É uma especificação que tem por objetivo
Trabalho (SST) eficaz. A certificação pela OHSAS 18001, acentua uma abordagem para a
137
• Acidente – Evento indesejado que resulta em morte, doença, lesão, dano ou outra perda;
organização;
• Perigo – Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença,
destes;
de suas características;
• Incidente – Evento que deu origem a um acidente ou que tinha o potencial de levar a um
acidente. Nota – Um incidente em que não ocorre doença, lesão, dano ou outra perda
138
para ela própria alcançar.Nota – Objetivos devem ser quantificados sempre que possível;
gerenciamento dos riscos de SSO associados aos negócios da organização. Isto inclui a
parte dela, incorporada ou não, pública ou privada, que tem funções e estrutura
administrativa próprias. Nota – para organizações com mais de uma unidade de negócio,
sobre seus riscos à segurança e saúde, com base em sua política e objetivos de SSO. Nota
• Risco tolerável – risco que foi reduzido a um nível que pode ser suportado pela organização,
levando em conta suas obrigações legais e sua própria política de SSO.(OHSAS 18001).
• Estar seguro no trabalho é um desejo de todos nós. Para isso necessitamos conhecer
139
• A pressa é companheira constante dos acidentes. Planeje o trabalho para fazer tudo com
• Quando tiver dúvidas ou não souber algum serviço pergunte ao seu superior;
• Se o trabalho envolver máquinas, não use pulseiras, anéis, relógios e roupas largas; no
• Não improvise ferramentas. Solicite uma ferramenta adequada para o tipo de trabalho;
• Utilize os equipamentos de proteção individual que lhe foi entregue e mantenha esses
equipamentos limpos;
quando necessário.
que tem como objetivo principal representar graficamente os riscos de acidentes nos diversos locais
de trabalho, inerentes ou não a produção, de visualização simples, a ser afixado em locais de fácil
acesso nos ambientes de trabalho, visando a orientação e informação dos que ali atuam e dos
outros que possam eventualmente passar ou adentrar o local. Este instrumento é denominado
Mapa de Riscos.
140
podendo afetar o trabalhador a curto, médio e longo prazos, causando acidentes com lesões
significa que obrigatoriamente existe perigo para a saúde humana. Tudo depende da concentração
Os Riscos Físicos podem ser caracterizados por: vibrações, umidade, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações ionizantes e não ionizantes, pouca iluminação, ruídos etc.
141
poeiras e produtos químicos em geral. Podem ser encontrados na forma líquida, gasosa ou sólida.
Os Riscos Biológicos são caracterizados por: vírus, bactérias, bacilos, parasitas, fungos,
protozoários entre outros. Em contato com o homem podem provocar diversas patologias. Existem
atividades profissionais que favorecem o contato com riscos biológicos como, por exemplo, os
alimentícias.
Bacilos, bactérias, fungos, vírus, protozoários, Brucelose, malária, febre amarela, tuberculose etc.
parasitas.
Os Riscos Ergonômicos podem ser caracterizados por: posturas incorretas, trabalho físico
pesado, trabalhos em turnos e noturnos, monotonia, estresse, ritmo excessivo etc. Estes riscos
podem causar alterações fisiológicas e psicológicas, provocando distúrbios e/ou doenças na saúde
do trabalhador.
142
levantamento e transporte manual de peso, esforço desconforto físico, fraqueza, cansaço, dores
turnos, trabalho noturno, jornada prolongada, sociedade, doenças do sistema digestivo, distúrbios
Os Riscos de Acidente são bastante diversificados e podem estar presentes em locais que
• Arranjo físico inadequado – prédio com área insuficiente, layout irregular, pisos pouco
resistentes;
as máquinas etc.
143
os recursos das medidas de proteção coletivas estiverem exauridos. O EPI para ser comercializado
precisa possuir o CA (certificado de aprovação expedido pelo Ministério do Trabalho). Todo EPI
deve possuir um número em local bem visível e o trabalhador é o responsável por mantê-lo limpo e
Essas normas atualmente são em número de 32 e são conhecidas como NR-1, NR-2, NR-3
e assim sucessivamente.
A NR-5 trata da CIPA (comissão interna de prevenção de acidentes), a NR-7 dispõe sobre o
eletricidade, a NR-15 dispõe sobre atividades e operações insalubres, a NR17 sobre Ergonomia, a
144
Prevenção de Riscos Ambientais, mais conhecido como PPRA. Veremos os objetivos e a aplicação
e Medicina do Trabalho). As causas mais comuns de acidentes ocorrem pela falta de atenção e pela
Trecho extraído da norma em referência: “Em hipótese alguma o funcionário deve acionar
qualquer máquina ou equipamento sem ter certeza de que não ocorrerão riscos à sua integridade
física ou a de outro funcionário. Os equipamentos / máquina deverão ser ligados somente após
145
• Todo trabalho envolvendo equipamentos elétricos deve ser executado somente por
podem também ocorrer capacitações através de curso especializado ministrado por centros
documentação que comprove a sua formação para tal. Somente profissionais qualificados
profissionais sejam devidamente treinados, que estejam aptos através de ASO (Atestado de
• Colaboradores não autorizados não podem entrar em salas de comutadores, nem mexer em
painéis elétricos;
146
• Todas as partes móveis das máquinas deverão ter proteção. Caso seja necessário remover
a proteção, para a manutenção da máquina (limpeza, lubrificação, troca de peças, etc.), ela
• Entende-se por instalação elétrica liberada aquela cuja ausência de tensão foi constatada
disjuntores ou chaves magnéticas independentes, que possam ser acionados com facilidade
e segurança;
• As carcaças de todas as máquinas, bem como dos painéis elétricos, deverão ser aterrados
adequadamente;
A NR15 dispõe sobre atividades e operações insalubres. Atividades insalubres são aquelas
147
grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada à percepção cumulativa.A
seus anexos de várias orientações sobre Limites de Tolerância para ruído contínuo e intermitente,
para ruídos de impacto, para exposição ao calor, para radiações ionizantes, para poeiras minerais.
Anexos sobre Trabalho sob Condições Hiperbáricas (trabalho sob ar comprimido e dos
trabalhos submersos), radiações não ionizantes, vibrações, frio, umidade, agentes químicos cuja
químicos (chumbo, mercúrio, cromo, silicatos, benzeno e outros) e agentes biológicos (trabalho em
carbunculose, tuberculose, trabalho em esgotos (galerias e tanques) e também lixo urbano (coleta e
industrialização)).
Deste modo, o principal objetivo desta norma é esclarecer legal e tecnicamente qual
trabalhador faz jus aos adicionais, como se caracterizam esses enquadramentos, o valor a ser pago
e também orientar os profissionais técnicos quanto às atitudes a serem tomadas, garantindo assim a
Esta norma trata da Ergonomia. A palavra ergonomia provém do grego, onde ergo significa
148
interface homem-máquina de maneira que seja tão segura, confortável e eficiente quanto possível.
outros);
trabalhador, etc);
trabalhadores, as empresas devem realizar a AET (Análise Ergonômica do Trabalho). Esta análise
deve ser feita considerando o que está determinado na Norma Regulamentadora. Esta análise deve
de elevado dispêndio energético, para que não leve o trabalhador à fadiga generalizada. A
estudo da Biomecânica Aplicada ao Trabalho, que tem como principal objetivo evitar algumas
doenças, tais como: lombalgias, cervicalgias, tenossinovites, entre outras. A Biomecânica verifica
as posturas no trabalho e também os principais elementos para que o trabalho seja organizado.
As dimensões humanas são variáveis e para atender a maioria da população (90%), são
sobrecarga no trabalho, seja esta física e/ou mental, adotando, ainda, medidas necessárias para
149
produtividade.
levantamento e a deposição da carga, tem sido uma das freqüentes causas de lesões dos
cervicalgias, hérnias de disco intervertebral entre outras. Muitas destas complicações poderiam ser
evitadas se a operação não fosse realizada de forma errada. Para isso seguem alguns
procedimentos básicos para manuseio adequado de cargas manuais, evitando com isso os esforços
• Analise se o caminho está livre e se o local em que a carga for depositada também se
encontra livre;
• Não levante o pescoço, pois isto pode favorecer lesões, portanto, mantenha o queixo
naturalmente baixo;
• Não transporte sozinho, materiais pesados, compridos ou difíceis de pegar. Peça ajuda.
• Quando levantar o peso, distribua o esforço para as pernas e não para a coluna vertebral;
• Os braços e cotovelos devem ser mantidos junto ao corpo, pois ajudam a centralizar a
carga;
150
O trabalho em escritório exige alguns cuidados precisam ser tomados para evitar problemas
• Utilize suportes para monitores. Monitores devem possuir ajuste de altura. A posição da tela
deve ficar entre 0 e 40º com a horizontal. Evite ao máximo: lateralizar, deixar muito alto,
muito baixo ou distante o monitor; ele tem que ficar centralizado à sua frente, pois desta
forma você evitará dores nas regiões do pescoço, dos ombros e cansaço visual;
• A altura da tela deve ser adequada aos olhos do trabalhador e a cabeça deve estar sempre
• Não trabalhe com postura de flexão de pescoço (queixo para baixo) e nem de extensão do
• O teclado deve ser independente e móvel, permitindo que sejam feitos os ajustes
• Objetos de uso constante como agenda, grampeador, canetas, telefone e outros devem
• Regule a altura do assento da cadeira de modo que os pés fiquem apoiados no chão;
digitador têm que ficar numa postura neutra, sem inclinações para baixo ou para cima;
• Se houver reflexo na tela, procure verificar de onde vem o incomodo providenciando cortinas
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Por exemplo:
INMETRO;
Medicina do Trabalho).
4. Programas
execução dos mesmos. Trata-se do PPRA (programa de prevenção de riscos ambientais), PCMAT
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integridade de trabalhadores mediante aos riscos existentes no ambiente de trabalho. Ele estuda os
riscos ambientais que existem ou possam vir a existir no ambiente de trabalho, avaliando
ambiente e seus recursos naturais. Os riscos ambientais admitidos pela legislação brasileira são os
físicos, químicos e biológicos. Para determinarmos se o risco está presente ou não no ambiente
seja, toda atividade laboral que tiver vínculo empregatício como indústrias, comércios, hospitais,
escolas, clubes, transportadoras e outras necessitam fazer o PPRA. Aqueles que não cumprirem as
exigências desta norma estarão sujeitos as penalidades que podem ser multas até interdições.
Trabalho).
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e meio ambiente nos locais de trabalho da construção civil, para serem cumpridos, durante a
execução das obras de construção. Ele garante condições ambientais e individuais de trabalho,
tendo como objetivo eliminar os riscos de acidentes e doenças ocupacionais, bem como estimular
A norma regulamentadora diz que o PCMAT deve contemplar as exigências contidas na NR-
do órgão regional do Ministério do Trabalho MTB, deve ser elaborado e executado por profissional
da obra;
Trabalho).
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Este programa é regulamentado pela NR-7e tem como objetivo a promoção e preservação
da saúde dos trabalhadores. O PCMSO rastreia e faz o diagnóstico precoce dos agravos à saúde do
trabalhador. Ele garante, previne e recupera qualquer tipo de doença e acidentes que venham a
outros. Também são mencionados no PCMSO quais os exames que abrangem cada setor da
retorno ao trabalho, periódico e demissional. O atestado de saúde ocupacional (ASO) é emitido pelo
ambiente de trabalho.
O item 7.5 da norma trata dos primeiros socorros e diz que todo estabelecimento deverá
características da atividade desenvolvida; manter esse material guardado em local adequado, e aos
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risco. Conheça o plano de emergência da sua empresa ficando atento e preparado se ocorrer algum
imprevisto.
• Pare de trabalhar;
• Se deparar com barreira de fogo e tiver que atravessa-la coloque um lenço molhado junto à
• O local com menor concentração de fumaça é bem próximo ao chão (rasteje em direção a
saída);
• Se ficar preso em alguma sala, inunde-a com água e mantenha-se sempre molhado;
• Se deparar com uma porta fechada, toque a mesma com a mão. Se estiver fria, proceda da
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