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Manutenção em

Fontes
Chaveadas.

José Marcos Soares do Nascimento.

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Sumário
1. Diagrama em Blocos. ....................................................................................................................... 3
1.1 Componentes de Entrada. ....................................................................................................... 3
1.2 Retificação e Filtragem. ........................................................................................................... 6
1.3 Chaveamento. ......................................................................................................................... 7
1.4 CI de Controle. ......................................................................................................................... 8
1.5 Saída. ....................................................................................................................................... 9
2. Identificação e Teste dos Componentes da Fonte. ........................................................................ 11
2.1 Fusível.................................................................................................................................... 11
2.2 Indutores. .............................................................................................................................. 11
2.3 Varistores. ............................................................................................................................. 12
2.4 Termistores. ........................................................................................................................... 12
2.5 Capacitores. ........................................................................................................................... 13
2.6 Diodos. .................................................................................................................................. 14
2.7 Transistor Bipolar. ................................................................................................................. 15
2.8 MOSFET. ................................................................................................................................ 16
3. Diagnósticos de Defeitos em Fontes Chaveadas. ........................................................................... 16
3.1 Fusível Aberto. ....................................................................................................................... 16
3.2 Fonte Liga e Desliga em Seguida. ........................................................................................... 16
3.3 Fonte Com Valores de Tensão de Saída Alterados. ................................................................ 16
3.4 Fonte Desliga após Alimentar o Circuito de Carga. ................................................................ 16
4. Diagramas Esquemáticos de Alguns Modelos de Fontes Chaveadas. ............................................ 17

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1. Diagrama em Blocos.
O diagrama a seguir mostra as principais etapas de uma fonte chaveada.
De acordo com o diagrama abaixo, temos três grupos de componentes que fazem parte de
uma fonte chaveada: Componentes de entrada, componentes de controle e componentes de
saída.

1.1 Componentes de Entrada.


No circuito onde estão os componentes de entrada geralmente encontramos os
componentes de proteção e filtros contra interferências.
• Fusível
Responsável pela proteção contra sobre corrente. Em caso de sobre corrente, o fusível abrirá
protegendo o restante do circuito.
A figura a seguir mostra alguns modelos de fusíveis utilizados comercialmente.

• Varistor.
Responsável pela proteção contra surtos de tensão e sobre tensões duradouras.
A figura abaixo o aspecto de varistores comerciais.

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No circuito a seguir vemos um exemplo de como um varistor protege um circuito.

Em casos de surtos, o varistor se comportará como elemento de baixa resistência não


permitindo que a tensão cresça em seus terminais, protegendo assim o circuito que está em
paralelo com ele.
Em caso de sobre tensão duradoura, o varistor será avariado e entrará em curto circuito
permanente ocasionando a abertura do fusível e protegendo o circuito.
A figura a seguir mostra uma placa eletrônica com a identificação do varistor e fusível.

• Termistor.
O termistor mais comumente utilizado é o NTC, normalmente utilizado para proteger a
entrada da fonte contra surtos de corrente que ocorrem no momento em que a fonte é
energizada. Esse surto se dá em função da carga do capacitor de filtro principal da fonte.
A figura a seguir mostra o formato de alguns resistores comerciais.

No momento em que a fonte é ligada o termistor apresenta certo valor de resistência,


limitando o valor da corrente inicial da fonte. Após alguns instantes, a corrente que circula pelo
termistor fará com que ele aqueça, diminuindo, portanto ,sua resistência e permitindo o
funcionamento normal do circuito.

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Normalmente os Termistores são identificados pelas iniciais TH. No circuito a seguir o
termistor está identificado como TH1.

A figura a seguir mostra uma placa eletrônica com a identificação de um termistor

• Indutores e Capacitores de Entrada:


Os indutores, capacitores cerâmicos e de poliéster na entrada da fonte (lado primário do
transformador chopper), são normalmente utilizados como filtros contra interferências.

Esses filtros impedem que ruídos se propaguem da rede para a fonte e também da fonte
para a rede. No circuito a seguir o indutor e capacitor utilizados como filtro contra ruídos estão
identificados por L1 e C10, respectivamente.

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Entende-se por ruídos um sinal de alta frequência. Quando um ruído ocorre os indutores se
comportam como elementos de alta resistência e os capacitores se comportam como elementos
de baixa resistência.

Na placa representada a seguir podemos identificar indutores e capacitores de filtros contra utilizados
contra ruídos na entrada de uma fonte.

1.2 Retificação e Filtragem.


O setor de retificação recebe tensão alternada em sua entrada e converte para tensão
continua em sua saída. O setor de filtragem é encarregado de filtrar a tensão após a ponte
retificadora.
Na figura a seguir estão representados alguns diodos retificadores e capacitores comerciais.

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No diagrama representado abaixo os diodos retificadores estão representados por D1 , D2 , D3 e
D4 e o capacitor de filtro principal está representado por C1.

Na figura abaixo vemos uma placa eletrônica com a identificação de uma ponte retificadora e
capacitores de filtro utilizados em fontes chaveadas.

1.3 Chaveamento.
Os principais componentes no setor de chaveamento são o transistor chaveador e o indutor
(transformador chopper), conforme representados abaixo.

No diagrama abaixo o transistor está indicado por Q1 e o transformador chopper por T1.

Durante todo o funcionamento da fonte o transistor ficará abrindo e fechando com


frequências entre 30KHz e 50Kz. O tempo em que o transistor permanece fechado determinará
o nível de tensão que o transformador transferirá para a saída da fonte. O transistor chaveador
normalmente é controlado por um sinal de PWM que definirá o tempo em que o transistor
permanecerá fechado e consequentemente o valor de tensão na saída da fonte.

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Abaixo vemos uma placa eletrônica com a indicação do transistor de chaveamento e o
transformador chopper.

1.4 CI de Controle.
O controle utilizado na maioria das fontes chaveadas utiliza um sinal do tipo PWM (
modulação por largura de pulso). Esse CI controla o acionamento do transistor chaveador do
transformador chopper. O valor de tesão que o transformador chopper transfere para a saída da
fonte depende da largura do pulso do sinal PWM gerado através do circuito de controle.

No circuito a seguir o CI de Controle está representado por U1.

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1.5 Saída.
A etapa de saída é composta por diodos retificadores e capacitores de filtro. Em fontes
chaveadas geralmente os capacitores são de menor capacitância, se comparados aos utilizados
em fontes lineares. Esse fato deve-se a alta frequência de funcionamento das fontes chaveadas.

No diagrama a seguir o diodo retificador e o capacitor de saída estão representados por D3 , C6


respectivamente.

A seguir vemos uma placa eletrônica com a localização do diodo e capacitores de filtro de saída.

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As figuras a seguir representam alguns modelos comerciais de placas de fontes chaveadas.

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2. Identificação e Teste dos Componentes da Fonte.
2.1 Fusível.
➢ Identificação .
O fusível é normalmente identificado pela letra F seguida de um número (F1, F2...).
➢ Teste.
Para testar o fusível utilizamos a escala de continuidade do multímetro.

mSe o multímetro bipar o fusível estará em bom estado.

• Se o multímetro não bipar o fusível estará aberto.

2.2 Indutores.
➢ Identificação.
O indutor é normalmente identificado pela letra L seguida de um número (L1, L2...).
➢ Teste.
O instrumento ideal para teste de indutores é o indutímetro. Através desse equipamento
podemos verificar se a indutância do indutor está com o valor correto. Entretanto, com o
multímetro na escala de continuidade podemos verificar se o indutor encontra-se aberto.
• Se o multímetro indicar baixa resistência (bipar) o indutor supostamente estará em bom
estado.
• Se o multímetro indicar resistência aberta(não bipar), o indutor estará avariado.

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2.3 Varistores.
➢ Identificação.
O varistor é normalmente identificado pelas letras VAR, VZN, ZNR seguidas por números.
➢ Teste.
Para o teste de varistores coloca-se o multímetro na escala de continuidade.
• Se o multímetro indicar baixa resistência (bipar) o varistor estará avariado.
• Se o multímetro indicar resistência aberta(não bipar), o varistor estará em bom estado.

2.4 Termistores.
➢ Identificação.
O termistor é normalmente identificado pelas letras TH , TR e NTC seguidas por números.
➢ Teste.
Para o teste de termistores coloca-se o multímetro na escala de continuidade.
• Se o multímetro indicar baixa resistência (bipar) o termistor estará em bom estado.
• Se o multímetro indicar resistência aberta, o termistor estará avariado.

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2.5 Capacitores.
➢ Identificação.
O capacitor é normalmente identificado pela letra C seguida de números.
➢ Teste.
O teste ideal para o capacitor é o capacímetro. O capacímetro é um aparelho utilizado para
medir diretamente a capacitância do capacitor. Entretanto, podemos utilizar o multímetro
para verificar se um capacitor está em curto circuito.
Para o teste de termistores coloca-se o multímetro na escala de continuidade.
• Se o multímetro indicar baixa resistência (bipar de forma permanente) o capacitor estará
em curto circuito.
• Se o multímetro indicar resistência aberta, o capacitor estará supostamente em bom
estado.

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2.6 Diodos.
➢ Identificação.
O diodo é normalmente identificado pela letra D seguida de números (D1, D2, D3...).
➢ Teste.
Para o teste de diodos coloca-se o multímetro na escala de continuidade.
• Se o multímetro mostrar indicação (tensão do diodo) apenas em um sentido o diodo está
em bom estado.
• Se o multímetro não mostrar indicação para nenhum sentido, o diodo estará avariado.
• Se o multímetro mostrar indicação para os dois sentidos o diodo estará avariado.

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2.7 Transistor Bipolar.
➢ Identificação.
O transistor é normalmente identificado pela letra T e Q seguida de números (T1, Q1...).
➢ Teste.
Para o teste de transistores coloca-se o multímetro na escala de continuidade. O método
citado a seguir é utilizado para o teste do transistor NPN. Para o tipo PNP considere todas as
polaridades invertidas.
• Fixando o positivo na base e variando o negativo entre o coletor e emissor o multímetro
deverá dar indi cação normal. Se não houver indicação o transistor estará avariado.
• Fixando o negativo na base e variando o positivo entre o coletor e emissor o multímetro
não deverá dar indicação. Se houver indicação o transistor estará avariado.
• Entre os terminais de coletor e emissor o multímetro não apresentará indicação ( a não
ser que haja um diodo interno entre esses terminais). Em caso contrário o transistor
estará avariado.

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2.8 MOSFET.
➢ Identificação.
O MOSFET é normalmente identificado pela letra T e Q seguida de números (T1, Q1...).
➢ Teste.
Para o teste de MOSFETs coloca-se o multímetro na escala de continuidade. O método
citado a seguir é utilizado para o MOSFET canal N. Para o canal P considere todas as polaridades
invertidas.
• Fixando uma ponta de prova (vermelha ou preta) no terminal do gate e variando a outra
ponta de prova entre dreno e source, não haverá indicação através do multímetro. Em
caso contrário o MOSFET estará avariado.
• Entre os terminais de dreno e source não haverá indicação através do multímetro ( a não
ser que haja um diodo interno entre esses terminais). Em caso contrário o MOSFET
estará avariado.

3. Diagnósticos de Defeitos em Fontes Chaveadas.


3.1 Fusível Aberto.
As causas prováveis para o fusível aberto são:
• Varistor em curto.
• Diodo(s) da ponte retificadora em curto.
• Transistor chaveador em curto.
• Capacitor de filtro principal em curto.
• Em alguns casos o fusível abre independente das causas anteriores. Nessa
situação, apenas a troca do fusível resolve o problema da fonte.

3.2 Fonte Liga e Desliga em Seguida.


• Curto em um ou mais diodos na saída da fonte.
• Capacitores Avariados na saída da fonte.
• Capacitores de filtro da fonte auxiliar que alimenta o CI PWM.
• Avarias no circuito de Controle.

3.3 Fonte Com Valores de Tensão de Saída Alterados.


• Avarias no circuito de Controle.

3.4 Fonte Desliga após Alimentar o Circuito de Carga.


• Avarias no circuito de Controle.

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4. Diagramas Esquemáticos de Alguns Modelos de Fontes Chaveadas.

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