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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS


CURSO DE ENGENHARIA ELÉCTRICA – LABORAL, 3º ANO

TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO

RESUMO (04)
CUSTOS DE MANUTENÇÃO

BEIRA

2023
ZACARIAS JOAQUIM NOTA

RESUMO (04)
CUSTOS DE MANUTENÇÃO

Trabalho em grupo apresentado á Universidade


Zambeze, através do Departamento de
Engenharia eletromecânica, da FCT, para fins
avaliativos na disciplina de tecnologia de
construção e manutenção.

Eng°. Seco, Alberto C.

BEIRA

2023
1. Introdução

A busca incessante do lucro pelas empresas, focada em uma análise simplista de redução
de custos e aumento de produção, pode desviar a companhia do real caminho para sua
sobrevivência no mercado. A via para manter-se e ganhar novos mercados está na
qualidade e na produtividade. A busca da qualidade e da produtividade passa por diversas
questões, como as políticas de gestão da qualidade, a análise do melhor sistema de
produção, o treinamento, a manutenção da produção e outros fatores estratégicos. O papel
da manutenção mostra-se essencial na garantia tanto da qualidade quanto da
produtividade empresarial.

A manutenção deve ser encarada como uma função estratégica na obtenção dos resultados
da organização e deve estar direcionada ao suporte do gerenciamento e à solução de
problemas apresentados na produção, lançando a empresa em patamares competitivos de
qualidade e produtividade. Portanto, deve “ter em conta os objetivos da empresa” e ser
gerida de modo a proporcionar à organização um grau de funcionalidade com um custo
global otimizado. A política de manutenção deve ser definida pela empresa segundo os
seus objetivos organizacionais, apresentando-se como fator determinante do sucesso do
planejamento da produção e, portanto, da produtividade do processo.

Entretanto, a importância da função manutenção e a opção consciente de seu modelo nem


sempre são claras e levadas em consideração na análise das estratégias das organizações
e quando o são, acabam sendo descartadas por uma análise incorreta dos custos
envolvidos. O fator custo da manutenção, quando analisado isoladamente, acaba inibindo
as empresas a considerar em sua estratégia essa manutenção, relegando-a a uma posição
secundária ou, mesmo, a ser vista como um mal necessário.

Este trabalho pretende discutir esse tema, de modo a proporcionar maior clareza sobre a
questão dos custos de manutenção e daqueles decorrentes de sua ausência ou ineficácia,
de modo a fornecer mais subsídios para a análise desses custos e uma tomada de decisão
consciente sobre a estratégia de manutenção a adotar

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Indicador Custos de Manutenção

Os custos são considerados um importante requisito de desempenho, e dividem-se em três


classes: Custos Diretos, relacionados a custos de mão-de-obra, ferramentas, estoques e
peças de reposições, entre outros; Custos Indiretos, relacionados a depreciação de
equipamentos e lucro cessante que está ligado ao tempo de parada o qual não se produz;
e Custos Induzidos, oriundos de falhas no setor de manutenção que impactam no caixa da
empresa, como por exemplo o atraso de entrega de um material para realização de uma
manutenção. O controle desse requisito de desempenho para o setor de manutenção ou
qualquer outro torna-se essencial para definição de metas de gastos, e tem impacto direto
na lucratividade da empresa. Os custos do ciclo de vida dos equipamentos são claramente
reduzidos por maior confiabilidade, facilidade de manutenção e segurança, por outro lado
são aumentados pelas atividades necessárias para alcançá-los, sendo necessário encontrar
a otimização de alocação de recursos materiais e humanos para cada atividade e sua
respetiva relevância para empresa. Na Fig, tem-se representado a relação os custos de
produção e disponibilidade.

Custos de Manutenção Correctiva (CMC)

O cálculo dos custos de manutenção correctiva, devem ser considerados, além do material
e da mão-de-obra envolvida na actividade de reparo do componente, o custo das perdas
causadas pelo lucro cessante.

Na prática, o lucro cessante pode ser calculado levando-se em consideração o tempo em


que determinado equipamento ou máquina deveria estar produzindo e não produziu. É
exactamente o que ocorre quando há a quebra ou falha de um componente da máquina

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que faz com que ela fique inoperante. Sendo assim, o lucro cessante é determinado
quando é computado o lucro que a empresa deixou de ganhar durante o tempo em que a
máquina ficou parada.

Assim,

CMC = CMO + CM + CPP

Onde:

 CMC – Custo de manutenção correctiva;


 CMO – Custo de mão-de-obra;
 CM – Custo de material;
 CPP – Custo de perda por lucro cessante.

Custo de mão-de-obra = Quantidade de colaboradores x Tempo de reparo x

Custo da hora por colaborador.

Custo de material = Custo do kit de reparo “Custo de peças de substituição”.

Custo de perda por lucro cessante = Quantidade de produto deixado de produzir


no período de reparo x Lucro unitário do produto.

Custos de Manutenção Preventiva (CMP)

A manutenção preventiva é uma manutenção que pode ser programada antes de ser
realizada. Como isto geralmente é realizado em conjunto com a operação, a empresa não
considera este tempo para o planeamento da produção e por este motivo não ocorre a
perda por lucro cessante. Sendo assim, no cálculo do custo deverá ter somente o custo de
mão-de-obra e o custo de material. Portanto o custo de manutenção preventiva (CMP)
será:

CMP = CMO + CM

Note que consideramos o tempo de reparo da manutenção preventiva sendo exactamente


o mesmo tempo gasto quando ocorre a manutenção correctiva, mas na prática este tempo
tende a ser bem menor, justamente pelo facto de a manutenção ser programada. Com o
planeamento da actividade, o manutentor terá a disponibilidade imediata do material
correcto no momento da substituição (não haverá o tempo perdido de atender ao chamado

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da operação, deslocar até a máquina, verificar o que ocorreu, buscar ou correr o risco de
requisitar o material errado).

Custo total anual da manutenção preventiva

DEPRECIAÇÃO: AUMENTA O CUSTO DE MANUTENÇÃO.

VIDA ÚTIL DEPRECIAÇÃO ENVELHECIMENTO

Custo de manutenção (cmf e erv)

Adicionalmente, quando falamos em Custo de Manutenção, podemos também avaliar a


viabilidade da aquisição de novos equipamentos, uma vez que percebemos que os ativos
em utilização estão gerando custos elevados para serem mantidos pela equipe de
manutenção. Para este caso consideramos o fator ERV (Valor Estimado de Troca).

𝒄𝒖𝒔𝒕𝒐 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒎𝒂𝒏𝒖𝒕𝒆𝒏𝒄𝒂𝒐


𝑬𝑹𝑽(%) = × 𝟏𝟎𝟎
𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒂𝒒𝒖𝒊𝒔𝒊𝒄𝒂𝒐 𝒅𝒐 𝒆𝒒𝒖𝒊𝒑𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐

Curva de troca (Ponto de troca)

Aplicação: hora de troca de máquina

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FÓRMULA DE KELVIN:

𝟏
𝑻= + 𝑪 + 𝑵. 𝑹
𝑵

 T - Custo total anual da manutenção preventiva;


 I - Investimento, preço da máquina;
 N - Número de anos, vida útil;
 C - Custo constante de operação anual, utilização normal;
 R - Incremento anual dos custos de manutenção preventiva (valor médio).

Cálculo de N (hora de troca de máquina, número de anos, vida útil).

A variação do custo total de manutenção será a derivada de T em relação a vida útil N.

𝒅𝑻 𝑰
= − 𝟐 +𝑹
𝒅𝑵 𝑵

Para as condições ideais esta variação deve ser nula, então:


𝑰
− +𝑹=𝟎
𝑵𝟐
o que implica que:

𝑰
𝑵=√
𝑹

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