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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS


PROGRAMA DE ENGENHARIA ELÉCTRICA – 2º ANO

MATERIAIS E DISPOSITIVOS ELÉCTRICOS

CLEMENTE ABEL ANTONIO JASSE

KELVEN PEDRO EDUARDO

LINEU LUÍS BARTOLOMEU

SILVIANA ALBERTO MUNJOVO MUTENDE

ZACARIAS JOAQUIM NOTA

DISJUNTORES

BEIRA

2023
CLEMENTE ABEL ANTONIO JASSE

KELVEN PEDRO EDUARDO

LINEU LUÍS BARTOLOMEU

SILVIANA ALBERTO MUNJOVO MUTENDE

ZACARIAS JOAQUIM NOTA

DISJUNTORES

Trabalho em grupo apresentado á Universidade


Zambeze, através do Departamento de
Engenharia eletromecânica, da FCT, para fins
avaliativos na disciplina de Materiais e
Dispositivos Elétricos.

MSc. Majequete, Duarte

BEIRA

2023
Resumo

Este artigo ou trabalho aborda um assunto ou tema de extrema importância da Engenharia


Elétrica ou do ramo da electricidade. Trata-se de um dispositivo de protecção e manobra
para circuitos eléctricos chamados de disjuntores. O disjuntor é um sistema de segurança
de um circuito eléctrico, contra sobrecargas elétricas, sobrecorrente ou curtos-circuitos,
que tem a função de cortar a passagem de corrente elétrica no circuito.

Existem dois tipos de disjuntores, que são: de baixa tensão e de alta tensão. Sendo os de
baixa tensão os mais usais, isto é, os que fazem parte do dia-a-dia da população, em suas
habitações. E os de alta tensão os mais “restritos”, pois somente engenheiros e técnicos
capacitados lidam com eles no seu dia-a-dia. As principais características de um disjuntor
são: tensão nominal; corrente nominal; corrente de curta duração; valor de crista da
corrente de curta duração; capacidade de interrupção; tempo de abertura.

Palavra-chave: disjuntores, protecção, interrupção.

Abstract

This article or work deals with a subject or theme of extreme importance in Electrical
Engineering or in the field of electricity. It is a protection and switching device for
electrical circuits called circuit breakers. The circuit breaker is a safety system of an
electrical circuit, against electrical overloads, overcurrent or short circuits, which has the
function of cutting off the flow of electrical current in the circuit.

There are two types of circuit breakers, which are: low voltage and high voltage. The low
voltage ones are the most common, that is, those that are part of the population's day-to-
day life, in their homes. And the high voltage ones are the most “restricted”, as only
trained engineers and technicians deal with them on a daily basis. The main characteristics
of a circuit breaker are: rated voltage; Nominal chain; short-time current; short-time
current peak value; interruption capability; opening time.

Keyword: circuit breakers, protection, interruption.

I
Índice
1. Introdução.................................................................................................................. 1

2. Disjuntor – Conceito/Função .................................................................................... 2

2.1. Conceito ................................................................................................................. 2

2.2. Principais funções de um disjuntor:....................................................................... 2

2.3. História dos disjuntores ......................................................................................... 3

2.4. Características dos disjuntores............................................................................... 4

2.5. Tipos de disjuntores e seus princípios de funcionamento ..................................... 5

2.5.1. Disjuntores de Baixa Tensão ............................................................................. 5

2.5.1.1. Disjuntores Térmicos ..................................................................................... 5

2.5.1.2. Disjuntores Magnéticos .................................................................................. 6

2.5.1.3. Disjuntores termomagnéticos ......................................................................... 7

2.5.2. Disjuntores de Alta Tensão ................................................................................ 8

2.5.2.1. Disjuntores a óleo ........................................................................................... 8

2.5.2.2. Disjuntor a sopro pneumático ........................................................................ 8

2.5.2.3. Disjuntores á sopro magnético ....................................................................... 9

2.5.2.4. Disjuntores a vácuo ........................................................................................ 9

2.5.2.5. Disjuntores a gás: ........................................................................................... 9

2.6. Diferenças entre disjuntor e fusível ..................................................................... 10

2.7. Curva de ruptura .................................................................................................. 11

2.8. Aplicação dos disjuntores consoante especificações ........................................... 13

2.9. Erros comuns e cuidados na instalação de disjuntores ........................................ 15

2.9.1. Erros comums: ................................................................................................. 15

2.9.2. Cuidados a ter na instalação de disjuntores ..................................................... 16

3. Conclusão ................................................................................................................ 17

4. Referências Bibliográficas ...................................................................................... 18

II
1. Introdução

Os dispositivos de segurança elétrica são equipamentos responsáveis por interromper a


corrente eléctrica, caso está seja maior que o circuito ou aparelho de proteção pode
suportar.

Estes equipamentos podem ser nomeadamente: Reles de protecção, fusíveis e disjuntores.


O dimensionamento e a escolha correcta desses são essências para prevenir acidentes, tais
como, incêndios, choques, queimas equipamentos eletrónicos, tanto residências quanto
os industriais. Porém este trabalho irá abordar apenas acerca dos disjuntores, no intuito
de fazer saber, as ocasiões necessárias para o seu uso.

De acordo com (Niskier 2013,p164) disjuntores são equipamentos de protecção e


manobra, capaz de conduzir e interromper corrente eléctrica em condições normais e ou
em condições anormais. Sendo considerados como condição anormal efeitos provenientes
de curto-circuito, sobrecarga ou sobre corrente. Curto-circuito representa o caminho mais
curto que a corrente elétrica pode realizar em um circuito. Ou seja, o curto-circuito ocorre
basicamente quando dois pontos de um circuito são interligados por um condutor de
resistência desprezível, e sobrecarga quando o valor de sua corrente nominal se eleva
devido a factores externos.

1
2. Disjuntor – Conceito/Função
2.1. Conceito

O disjuntor é um dispositivo eletromecânico, que tem a função de proteger as instalações


elétricas, ou seja, assim que a corrente elétrica que passa por ele ultrapassa o seu valor
nominal, ele interrompe o circuito impedindo o fornecimento de energia para as cargas
do circuito, evitando assim que elas e o circuito danifiquem. Para reactivar o disjuntor,
basta que ligue a chave (dispositivo de manobra) novamente.

2.2. Principais funções de um disjuntor:


 Interromper rápida e sucessivamente a corrente na ocorrência de um curto-
circuito (Icc), limitando, desta forma, os danos causados aos equipamentos
que compõem o sistema;
 Ser capaz de interromper, estabelecer e conduzir por longos espaços de tempo
não somente as correntes nominais de carga dos circuitos, mas também as
correntes de magnetização de transformadores, de reatores e as correntes
capacitivas de banco de capacitores e de linhas em vazio;
 Permitir o fechamento de um circuito elétrico tanto em condições normais de
carga quanto em curto-circuito imediatamente após abertura para eliminar o
defeito (trip free);
 Suportar a tensão do circuito em que está instalado com os contatos abertos;
 Realizar o movimento de abertura em um intervalo tão curto quanto 2 ciclos
ainda que tenha permanecido por um período de vários meses na posição
fechado;
 Suportar tanto os efeitos do arco elétrico quanto os efeitos eletromagnéticos e
mecânicos devido ao primeiro ciclo da Icc, além dos efeitos térmicos da
corrente estabelecida na posição fechada (corrente suportável nominal de
curta duração);
 Na posição fechada, apresentar impedância desprezível para ser capaz de
interromper a corrente especificada em qualquer instante e sem causar
sobretensões elevadas;
 Na posição aberta, apresentar impedância infinita para ser capaz de fechar em
qualquer instante sem causar dano aos contatos, inclusive sob curto-circuito.

2
2.3. História dos disjuntores

A primeira menção de um dispositivo que interrompesse a corrente por causa de algum


problema tem mais de 100 anos e foi feita em uma patente de Thomas Edison, o inventor
da lâmpada incandescente. Naquela época, Edison precisava de uma forma de proteger o
sistema de iluminação que vendia para as grandes cidades. Para isso, ele propôs um
dispositivo que protegesse a rede contra eventuais curtos-circuitos e sobrecargas, e deu o
nome de fusível.

O fusível é um dispositivo de segurança usado para fazer a proteção contra sobrecorrente,


curto-circuito e sobrecarga. Ele é composto por um tubo com uma liga metálica dentro,
normalmente de chumbo, que no momento de uma sobrecarga aquece e se rompe,
evitando curtos-circuitos.

Quando ocorre esse aquecimento, a liga metálica que está dentro do fusível se funde,
causando a interrupção do fornecimento de energia no circuito. Para funcionar
novamente, é necessário que o fusível seja substituído, gerando mão-de-obra
desnecessária, custos e interrupções.

Esse impasse só foi resolvido mais de 40 anos depois, em 1924, por um inventor chamado
Hugo Stotz, que nasceu em Stuttgart, na Alemanha, em 1869.

Ainda adolescente, Stotz conseguiu um emprego em uma fábrica e começou a aprender


sobre os fundamentos da engenharia elétrica na prática.

Com 22 anos, Hugo abriu uma empresa para revender os produtos de sua antiga
contratante e começou a trabalhar no desenvolvimento de equipamentos elétricos. Essa
empresa durou até 1912, quando ele a vendeu para uma empresa Suíça do sector elétrico,
chamada BBC. Empresa essa que depois veio a se tornar a ABB.

Em 1923, o Stotz, empresa do grupo, lançou o primeiro dispositivo compacto que unia as
funções de proteção térmica e magnética do mercado, produzido em Mannheim, na
Alemanha. Esse foi o primeiro disjuntor comercial.

Ele e sua equipe buscando uma ideia para substituir o fusível, desenvolveram uma
brilhante invenção: um dispositivo que tivesse um componente que se aquecido contraísse
e acionasse um mecanismo de seccionamento, porém, quando resfriado, pudesse ser

3
ligado novamente. Nascia aí, o disjuntor! No final do século 20, já haviam sido
construídos mais de 500 milhões de dispositivos utilizando a patente de Stotz.

2.4. Características dos disjuntores

Certas características são comuns a todos os tipos de disjuntores, embora os detalhes


variem significativamente de acordo com as classes de corrente e tensão dos disjuntores.

Suas principais características são:

 Corrente Nominal:

Máxima corrente que o disjuntor pode conduzir, indefinidamente, sem que seja
ultrapassado o seu limite máximo de temperatura.

 Corrente de Curta Duração:

Máxima corrente que o disjuntor pode conduzir durante um segundo.

 Valor de Crista da Corrente de Curta Duração:

Valor de pico máximo da corrente de curta duração.

 Capacidade de Interrupção:

Máxima potência que o disjuntor pode interromper. A unidade pode ser em MVA ou kA,
quando referido para uma determinada tensão.

 Tensão Nominal:

Referente a classe de tensão de operação do disjuntor.

 Tempo de Abertura:

É o somatório do tempo de resposta do mecanismo, do tempo de abertura dos contatos e


do tempo de extinção do arco.

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2.5. Tipos de disjuntores e seus princípios de funcionamento

Existem diversos tipos de disjuntores, que podem ser desde pequenos dispositivos que
protegem a instalação elétrica de uma única habitação até grandes dispositivos que
protegem os circuitos de alta tensão que alimentam uma cidade inteira.

Pode-se classificar os disjuntores em: Disjuntores de baixa tensão e de Alta tensão.

2.5.1. Disjuntores de Baixa Tensão

São os disjuntores facilmente encontrados nas residências e nas pequenas instalações.


Suas três tipologias são: os Disjuntores Térmicos, os Disjuntores Magnéticos e os
Disjuntores Termomagnéticos.

2.5.1.1. Disjuntores Térmicos

Os disjuntores térmicos têm a função de proteger a instalação apenas das sobrecargas.


Seu funcionamento ocorre através da deformação de uma lâmina bimetálica que, ao
sobrecarregar o circuito e demandar uma corrente elétrica neste disjuntor maior que a sua
corrente nominal, a lâmina bimetálica passa a se aquecer devido ao efeito joule e começa
a se deformar. Esta deformação age diretamente em um contato que, em determinado
nível de deformação, abre o circuito protegido por este disjuntor.

Figura 1: Disjuntor Térmico.

Fonte: Universo Elétrico.


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Suas principais vantagens são:

 É um componente mecanicamente simples e robusto.


 É relactivamente barato

Suas principais desvantagens são:

 Não possui uma boa precisão de corrente de seccionamento.


 Não protege contra curto-circuitos.

2.5.1.2. Disjuntores Magnéticos

Os disjuntores magnéticos têm a função de proteger a instalação apenas dos curtos-


circuitos. Seu funcionamento baseia-se na lei do eletromagnetismo, que estabelece que
toda corrente eléctrica que percorre um condutor cria uma variação do campo elétrico,
gerando, assim, um campo magnético. Logo, quando uma corrente muito grande passa
pelo disjuntor em um intervalo de tempo muito pequeno, o campo magnético gerado
desloca o contato interno, seccionando e protegendo o circuito.

Figura 2: Disjuntor Magnético.

Fonte: ITALPRO.

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Suas principais vantagens são:

 Possui uma interrupção quase instantânea.


 Tem uma grande precisão de corrente de seccionamento.

Suas principais desvantagens são:

 É relactivamente caro.
 Não protege contra sobrecargas.

2.5.1.3. Disjuntores termomagnéticos

Os disjuntores termomagnéticos são basicamente a junção da protecção térmica e


magnética, são os mais usuais no mundo e possuem a função de proteger a instalação das
sobrecargas e dos curto-circuitos. Seu funcionamento é a soma dos disjuntores térmicos
e magnéticos.

Figura 3: Interior do Disjuntor Termomagnético.

Fonte: Universo Elétrico.

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Suas principais vantagens são:

 Protege os circuitos contra curtos-circuitos.


 Protege os circuitos contra sobrecargas.
 Pode ser usado para manobras (abertura ou fechamento voluntário do circuito).
 É muito difundido e fácil de se encontrar no mercado.

5.2. Disjuntores de Alta Tensão

São os disjuntores normalmente encontrados nas subestações de média e alta tensão. Suas
tipologias são de acordo com a maneira que os arcos elétricos são extintos.

Os tipos actualmente conhecidos são: a óleo, a sopro pneumático, a sopro magnético, a


vácuo, a gás SF6.

5.2.1.1. Disjuntores a óleo

São disjuntores que utilizam óleo isolante como elemento de extinção do arco elétrico,
existem dois tipos de disjuntores a óleo, grande volume de óleo e pequeno volume de
óleo, o que os diferencia são a quantidades do óleo utilizado, o tamanho físico e alguns
detalhes construtivos.

5.2.1.2. Disjuntor a sopro pneumático

Os disjuntores a sopro pneumático (ou ar comprimido), são disjuntores de alta tensão que
utilizam o nitrogênio do ar para a extinção do arco elétrico e para a sua isolação interna.

O gás de extinção é injetado em um jato de alta velocidade no arco, sendo esta velocidade
de acordo com a pressão do ar na câmara de extinção, a qual pode variar de 16 a 30
kg/cm². O jato de gás resfria o arco e sopra os gases quentes para fora da área de contato.
Assim, a extinção do arco independe da corrente a ser interrompida.

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5.2.1.3. Disjuntores á sopro magnético

São disjuntores que utilizam um campo magnético e ar comprimido, para a extinção do


arco elétrico. Uma bobina é introduzida no caminho do arco e como consequência limita
a corrente elétrica, formando um campo eletromagnético, que com a ajuda de um sopro
de ar comprimido (conseguida através do acionamento de um pistão), direciona o arco
para dentro de uma câmara de amianto (câmara corta arco), onde o mesmo é fracionado
e extinto.

5.2.1.4. Disjuntores a vácuo

São disjuntores que utilizam o vácuo para a extinção do arco elétrico. Pode-se dizer que
este sistema é um dos mais econômicos em função de: no vácuo não há decomposição de
gases, e as câmaras hermeticamente fechadas sobre pressão eliminam o efeito do meio
ambiente, mantendo dielétrico permanente. Sem a queima e sem as oxidações dos
contatos é garantida uma resistência de contato baixa, prolongando a vida útil do
equipamento. A câmara de extinção é um recipiente vedado de porcelana ou vidro
vitrificado, com dois contatos internos que ao serem acionados fecham-se, auxiliado por
dois foles.

5.2.1.5. Disjuntores a gás:

São disjuntores que utilizam gás para extinção de arco elétrico. Geralmente este gás é o
hexafluoreto de enxofre (SF6), um gás que em condições normais é altamente dielétrico,
inerte, não inflamável, não tóxico e inodoro, isto torna o disjuntor mais eficaz, já que não
há desgaste dos contatos, diminuindo, assim, os custos com manutenção. Outro ponto
importante é com a característica dielétrica, o gás SF6 quando colocada em tubos sobre
pressão diminui a distância entre as partes energizadas, compactando as estações.

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5.3. Diferenças entre disjuntor e fusível
Ambos os dispositivos são de proteção contra correntes de curto-circuito e sobrecarga,
porém existem várias diferenças que são:

BASE FUSÍVEL DISJUNTOR


Princípio de O fusível trabalha nas propriedades O disjuntor funciona no princípio de
trabalho elétricas e térmicas dos materiais eletromagnetismo e comutação.
condutores.
Reutilização Os fusíveis podem ser usados apenas Os disjuntores podem ser usados várias
uma vez. vezes.
Indicação de Não dá qualquer indicação. Dá uma indicação do status.
status
Contato Nenhum contacto auxiliar é Eles estão disponíveis com contacto
auxiliar necessário. auxiliar.
Ação de O fusível não pode ser usado como O disjuntor é usado como um interruptor
comutação um interruptor ON / OFF. ON / OFF.
Temperatura Eles são independentes da Disjuntor Depende da temperatura
temperatura ambiente ambiente
Curva A curva característica muda devido A curva característica não muda.
Característica ao efeito de envelhecimento.
Protecção O fusível fornece proteção contra O disjuntor fornece proteção contra
apenas sobrecargas de energia sobrecargas de energia e curtos-circuitos.
Função Ele fornece o processo de detecção e O disjuntor executa apenas a interrupção.
interrupção. As falhas são detectadas pelo sistema de
retransmissão.
Capacidade A capacidade de ruptura do fusível é A capacidade de quebra é alta.
de ruptura baixa em comparação com o
disjuntor.
Tempo O tempo de operação do fusível é O tempo de operação é
operacional muito menor (0,002 segundo) comparativamente maior que o do
fusível. (0,02 - 0,05 segundos)
Versão Apenas a versão de polo único está Versão única e múltipla estão
disponível. disponíveis.
Modo de Completamente automaticamente. Manualmente, bem como operado
operação automaticamente.
Número de Disponível apenas na versão Disponíveis nas versões monopolares,
polos monopolar. bipolar, tripolar e tetrapolar.
Custo Custo do fusível é baixo. O custo do disjuntor é alto.

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5.4. Curva de ruptura

A curva de ruptura do disjuntor é o tempo em que o disjuntor suporta uma corrente acima
da corrente nominal por determinado tempo. Quando se tem um equipamento muito
delicado necessita-se que a interrupção do circuito quando a corrente passe o limite de
funcionamento seja muito rápida, para que o equipamento não seja danificado. Para cada
tipo de carga foi estipulado uma curva de ruptura para o disjuntor e foram separadas em
categorias, que são:

Curva B: A curva de ruptura B para um disjuntor estipula, que sua corrente de ruptura
esta compreendido entre 3 e 5 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva
deve operar quando sua corrente atingir entre 30A a 50A.

Os disjuntores curva B são usados onde se espera um curto-circuito com baixa


intensidade, normalmente cargas resistivas, em residências nas tomadas de uso comum,
onde a demanda de corrente de partida do equipamento é baixa.

Curva C: A curva de ruptura C para um disjuntor estipula, que sua corrente de ruptura
esta compreendido entre 5 e 10 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva
deve operar quando sua corrente atingir entre 50A a 100A.

Os disjuntores de curva C são usados onde se espera um curto-circuito de intensidade


média e onde a demanda de corrente para partida de equipamentos é mediana,
normalmente cargas indutivas, como motores, circuitos de iluminação em geral e ligação
de bobinas.

Curva D: A curva de ruptura D para um disjuntor, estipula que sua corrente de ruptura
esta compreendido entre 10 e 20 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta
curva deve operar quando sua corrente atingir entre 100A a 200A.

Os disjuntores de curva D são usado onde se espera uma curto circuito de intensidade alta
e onde a corrente de partida é muito acentuada, sendo muito utilizados em grande motores
e grandes transformadores.

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5.4.1. Casos especiais de curva de ruptura

Existem ainda disjuntores cuja faixa ruptura da corrente pode ser selecionada dentro de
uma faixa como doutra, por exemplo os disjuntores motores que possuem faixa de
selectividade, como por exemplo 6 a 10 vezes a corrente nominal neste caso a faixa é
selecionada de acordo com a necessidade o que possibilita uma flexibilidade na proteção
de equipamentos, neste caso normalmente motores. É importante que se conheça as
curvas de rupturas para proporcionar a maior protecção possível tanto para os usuários de
uma instalação quanto para os equipamentos instalados.

Não existe, contudo disjuntores de curva A, o motivo é para que o A da curva não seja
confundido com o A de ampére, unidade de corrente eléctrica.

Figura 4: Disjuntores motores.

Fonte: Mundo da Elétrica.

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5.5. Aplicação dos disjuntores consoante especificações
A proteção oferecida pelos disjuntores somente será eficaz se estes dispositivos forem
especificados corretamente. E para isto, temos que considerar, no mínimo, os seguintes
requisitos:

1) Curva de actuação.

Esta característica depende do circuito que será protegido. As mais comuns são as
curvas B e C.

 Os disjuntores curva B - são utilizados em circuitos com cargas resistivas. Por


exemplo: Aquecedores, chuveiros, fornos e torneiras elétricas.

 Os disjuntores curva C - são indicados para cargas indutivas e motores, além


dos circuitos de tomadas de uso geral e específico. Portanto, são apropriados para
aparelhos de ar condicionado, máquinas de lavar roupas, fornos micro-ondas,
circuitos de iluminação, entre outros.

2) Número de polos.

É definido de acordo com o número de condutores fase (“vivos”) do circuito a ser


protegido. Em geral, os disjuntores podem ser:

 Monopolares. Também conhecidos como disjuntores unipolares ou disjuntores


monofásicos, são utilizados em circuitos de iluminação e tomadas com fase e
neutro, onde ligam e desligam apenas a fase, pois o neutro aterrado não representa
perigo.
 Bipolares. Os modelos bipolares, também conhecidos como disjuntores duplos
ou bifásicos, são utilizados com frequência em chuveiros elétricos e outros
circuitos energizados com duas fases, pois nesse caso, precisam ser interrompidas
simultaneamente.
 Tripolares. Os disjuntores tripolares ou trifásicos são utilizados em circuitos
alimentados com três (3) fases, geralmente em redes de 220V ou 380V,
permitindo ligar e desligar todas através de uma só alavanca.

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3) Corrente nominal (“amperagem”).

Em geral, são encontrados modelos de 4ª até 63ª. O valor ideal é escolhido de acordo com
a capacidade do equipamento ou circuito a ser protegido e a bitola (“grossura”) dos cabos
(fios) utilizados.

Por exemplo, em certas condições, um circuito de iluminação pode utilizar um disjuntor


de 16ª, para proteger um cabo de 1,5mm². Já no caso de um chuveiro, é comum o uso de
disjuntores de 40ª, para proteger cabos de 6mm².

4) Capacidade de interrupção.

Pode-se dizer que é o “tamanho do curto-circuito” que o disjuntor consegue desligar com
segurança. Nos modelos residenciais, normalmente é de 3000ª (3KA).

Porém existem capacidades maiores, para utilização nos projectos elétricos que assim
necessitarem. Também é importante saber que a especificação dos disjuntores deverá ser
feita por profissionais qualificados, seguindo um projeto elétrico com base na norma do
seu pais ou região, para assegurar que os requisitos mínimos de proteção sejam atendidos.

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5.6. Erros comuns e cuidados na instalação de disjuntores
5.6.1. Erros comuns:

Ao se fazer instalação de disjuntores é comum encontrar alguns erros, tais como:

 Falta de aperto nos terminais de conexão -quando o cabo não está bem apertado
pode ocorrer sobreaquecimento da conexão. E, em situações máximas, isso pode
até levar à destruição do disjuntor, inclusive gerando danos aos disjuntores
adjacentes.
 Problemas na formação académica - quando o profissional tem boa formação,
dificilmente comete erros no dimensionamento e instalação dos disjuntores” “É
muito comum o eletricista cometer erros na escolha e na compra de disjuntores.
A maior razão disto é a baixa qualificação. Muitas pessoas sem formação usam
sua experiência anterior para especificar estes produtos.
 Disjuntores incompatíveis com a rede - em relação aos disjuntores, um erro
comum é a instalação de equipamentos incompatíveis com a rede elétrica.
o Caso a corrente nominal do disjuntor não seja compatível com a
capacidade de condução da corrente, bem como dos cabos de eletricidade.
 Disjuntores sobrecarregados – um erro comum é usar o mesmo disjuntor para
mais de um circuito.
o Com isso, o risco de incêndio e queima de aparelhos elétricos aumenta,
em decorrência de sobrecargas e curtos-circuitos.
 Falta de um projeto elétrico elaborado corretamente - falta de um projeto
elétrico preparado de acordo com a norma técnica. Esse fator, aliado à execução
incorreta do projeto, contribui para funcionamento seguro e inadequado de todos
os componentes da instalação.

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5.6.2. Cuidados a ter na instalação de disjuntores

Ao se fazer instalação de disjuntores é necessário ter alguns cuidados, tais como:

 Faça um projeto elétrico elaborado corretamente e bem dimensionado, preparado


de acordo com a norma técnica.
 Os disjuntores devem sempre ser instalados associados aos relés específicos para
o projeto em questão, que são os responsáveis pelo seu acionamento na ocorrência
de correntes elétricas acima do permitido. Disjuntores não acompanhados destes
relés tornam-se simples chaves de manobra, sem características de proteção.
 Devem ser usados disjuntores que tenham as mesmas características elétricas e
dimensões.
 Desligar os circuitos da instalação sempre que trabalhar na manutenção ou
instalação de disjuntores.
 Não faça a instalação de um disjuntor em uma caixa para a qual não foi projetada
ou não suporte a quantidade necessária.
 Antes de usar os dispositivos de teste, certifique que eles estão funcionando, faça
o teste em locais de confiança, em circuitos que você saiba se estão ativos ou não.
 Se estiver acrescentando o disjuntor em um quadro de distribuição de circuitos,
veja a posição com que os demais estão, onde é entrada e saída, para manter um
padrão de organização, reduzindo as chances de erros. O mesmo deverá ser feito
caso seja feito uma nova instalação.
 Faça a fixação dos dispositivos de acordo com seu modelo, conforme que os
disjuntores sejam alimentados por cima e suas saídas por baixo, de maneira que
todos fiquem padronizados, respeitando determinada ordem.
 Conecte o cabo de cada circuito no borne de saída de seus respetivos disjuntores.
É importante destacar que todos os disjuntores que marcam sua polaridade, como
onde é entrada fase e saída por exemplo, sejam respeitados, para que danos sejam
minimizados. Apenas para ter a certeza que está tudo bem fixado puxe levemente
os cabos, assim verifica se eles estão realmente bem presos nos bornes.
 Antes de dar por finalizado o trabalho de instalação de disjuntor ligue os circuitos
e faça os testes, para verificar se está tudo certo e se não há nenhuma
irregularidade. Para finalizar coloque uma etiqueta especificando a qual circuito
ele pertence.

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6. Conclusão

Em conclusão pode-se dizer que saber como utilizar os dispositivos de proteção como o
disjuntor é bastante importante, assim como se atentar para os conhecimentos sejam
aplicados de forma a assegurar seus circuitos contras sinistros indesejáveis.

Tomando todos os cuidados para o correcto dimensionamento de seu circuito, estaremos


protegendo nossos cabos e equipamentos e com isso teremos uma coordenação e
seletividade mais efectiva visando a protecção para curto-circuito, sobrecorrente e
sobrecarga, e não corremos o risco de colocar vidas em perigo.

Vale salientar que neste trabalho conclui-se que existem diversos tipos de disjuntores
nomeadamente:

 Disjuntores de Baixa Tensão:


-Disjuntores Térmicos;
-Disjuntores Magnéticos;
-Disjuntores Termomagnéticos.
 Disjuntores de Alta Tensão:
-Disjuntores a óleo;
-Disjuntores a sopro pneumático;
-Disjuntores a sopro magnético;
-Disjuntores a gás.

Contudo a aplicação destes disjuntores deve-se a tensão na rede e a corrente que o circuito
necessita para bom funcionamento.

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7. Referências Bibliográficas
 MATTEDE, Henrique. Disjuntor! Quais os tipos de disjuntores e aplicações.
2014-2023
Disponível em: https://www.mundodaeletrica.com.br/disjuntores-tipos-
aplicacoes/
Acesso em 06/04/2023

 MATTEDE, Henrique. Tipos de disjuntores, quais são? 2014-2023,


Disponível em: https://www.mundodaeletrica.com.br/tipos-de-disjuntores-quais-
sao/
Acesso em 06/04/2023

 Universo Elétrico. Quais as Diferenças entre Disjuntores Magnéticos, Térmicos


e Termomagnéticos? 2016/07/29
Disponível em: https://universoeletrico.wordpress.com/2016/07/29/disjuntores-
de-baixa-tensao/
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