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I) Aspectos Gerais
A interrupção, detecção e capacidade de manobra nem sempre são possíveis de
serem obtidas com um único dispositivo de proteção. Desta forma teremos:
Dispositivos detectores:
Vigiam continuamente os circuitos e interrompem ou iniciam a interrupção para
condições anormais:
o Fusíveis;
o Relés associados a transformadores de corrente e tensão.
Dispositivos Interruptores:
Abrem, automaticamente os circuitos sob condições anormais de operação:
o Fusíveis;
o Disjuntores.
• Efeito térmico
O arco pode chegar atingir cerca de 4.000 K na sua periferia, podendo chegar a
15.000 K no seu núcleo. Os valores dessas temperaturas podem variar em função do
meio extintor. Por isso, deve haver uma preocupação em termos de energia de arco
para auferir os possíveis danos a pessoas e equipamentos.
• Projeção de partículas
Quando da ocorrência em um meio confinado, como em painéis elétricos, pode
acarretar uma explosão e conseqüente projeção de partículas ionizadas.
• Efeito sonoro
Pode causar ao operador a perda da audição
• Efeito luminoso
Há a emissão de raios ultravioleta e infravermelho.
Existem muitos modelos para a representação do arco elétrico, no entanto não existe
nenhum modelo que possa ser adotado como universal, ou seja, aplicável em qualquer
situação. Os modelos existentes são específicos para situações peculiares e condições
conhecidas. Desta forma o projeto de equipamentos que trabalham com arco elétrico ou que
necessitem de meios eficientes para extinguí-los deve desenvolver-se mediante a ensaios de
potências em circuitos adequados e coleta direta dos dados desejados.
Há dois importantes modelos tipo caixa preta utilizados que assumem hipóteses
convenientes ao nosso estudo:
Modelo de Cassie
Hipóteses:
Modelo de Mayr
Hipóteses:
I = a . d3/2
Para construção de fusíveis, é necessário um “elemento fusível” que se funda entre 60 e 200
ºC. O “elemento fusível” é um fio ou uma lâmina, geralmente, cádmio, chumbo, estanho,
prata ou ligas.
Fusíveis DIAZED
Fusíveis NH
o Tensão nominal;
o Nível básico de isolamento para impulso (NBI);
o Freqüência;
o Corrente nominal;
o Corrente de interrupção (capacidade de interrupção);
o Corrente de curta-duração.
a) Chaves-fusíveis de distribuição
b) Chaves-fusíveis de força
a) Tipo fechada : O cartucho e as garras estão montados dentro de uma caixa protetora de
material isolante.
a) De expulsão;
b) Imersas em óleo;
c) Limitadora de corrente.
É importante observar que este tipo de chave-fusível não deve ser empregado para
manobra de circuito com carga, pois são do tipo "seca", isto é, os seus contatos não
possuem meios de interrupção de arco (óleo, SF6 , etc.). A abertura de circuito com carga
leva a um desgaste prematura dos contatos da chave.
Além disso, pode provocar danos físicos e risco de vida à pessoa que está realizando
a operação de abertura, principalmente nos dias chuvosos. Isto acontece porque, no
momento da abertura, o arco elétrico pode envolver a cruzeta e, estando esta aterrada, vai
originar um curto-circuito fase-terra, que, por sua vez, poderá produzir tensões de passo
elevadas.
Foram desenvolvidos alguns acessórios para essas chaves que, quando instalados,
possibilitam, com segurança, a abertura de circuitos com carga. Um desses acessórios,
bastante utilizado, é o "gancho" próprio para o "load buster". Existem chaves que são
equipadas com câmara de extinção de arco.
Geralmente, o cartucho e o elo-fusível são intercambiáveis, isto é, podem ser
substituídos por outros.
o A corrente nominal da chave deverá ser igual ou maior do que a corrente de carga
máxima, no ponto de instalação da mesma, multiplicada por um fator K. O fator de
segurança K, comumente tomado com valor 1,5. Este fator de segurança K é
empregado para levar em conta situações de remanejamento de carga, de sobrecarga
ou o próprio crescimento de carga do circuito.
Elo fusível
Os elos-fusíveis são identificados por sua corrente nominal e tipo. São constituídos
das seguintes partes:
a) De distribuição :
b) De força :
Neste tipo, o contato se abre pelo ar e o arco é extinto numa câmara de extinção.
Nesta câmara o arco tem seu comprimento aumentado, e é segmentado em arcos menores,
onde o gás ionizado é resfriado através do contato com as paredes da câmara. Esse nome de
sopro magnético é devido às forças que impelem o arco para dentro da câmara, que são
produzidas pelo campo magnético da própria corrente.
Disjuntor a óleo:
No disjuntor a óleo há dois efeitos principais que levam à extinção do arco: o efeito
de hidrogênio e o efeito de fluxo líquido. O primeiro refere-se à decomposição do óleo
devido à alta temperatura do arco, liberando dessa forma gases onde predomina o
hidrogênio, que é relativamente bom condutor térmico. Desta forma o arco é resfriado. O
outro efeito consiste em jogar óleo mais frio sobre o arco, aumentando assim a troca de
calor e resfriando o arco mais rapidamente.
Disjuntores a vácuo:
O arco no vácuo, como não há gás ionizado, é conduzido através de uma nuvem de
partículas metálicas provenientes da evaporação dos contatos do disjuntor, que logo após a
interrupção do arco são depositados rapidamente na superfície dos contatos. Essa rápida
recuperação faz com que o disjuntor a vácuo tenha alta capacidade de ruptura em câmaras
relativamente pequenas.
Além dessa vantagem, o disjuntor a vácuo tem uma grande aceitação no mercado
para média tensão até 38kV devido às seguintes características:
o Segurança de operação, pois não requerem uso de gases ou líquidos e não emitem
chamas ou gases;
o Possui grande vida útil;
o Custo reduzido dos contatos requer menos energia para acionamento e o torna mais
silencioso;
o Alta relação entre capacidade disruptiva/volume;
Disjuntores a ar comprimido:
o Sistema de mola;
o Sistema de solenóide;
o Sistema de ar comprimido.
Tensão Nominal
É o valor eficaz da tensão pela qual o disjuntor é designado.
Nível de isolamento
É o conjunto de valores de tensões nominais que caracterizam o isolamento de um disjuntor
em relação à sua capacidade de suportar os esforços dielétricos.
Freqüência nominal
É o valor da freqüência industrial para a qual o disjuntor foi projetado.
Tensão de restabelecimento
É a tensão que aparece entre os terminais de um pólo do disjuntor depois da interrupção da
corrente. Essa tensão é responsável pela reignição do arco entre os terminais de um pólo de
um disjuntor.
Corrente Nominal
É o valor eficaz de corrente de regime contínuo que o disjuntor deve ser capaz de conduzir
indefinidamente sem que a elevação de temperatura exceda o limite definido.
Corrente de interrupção
É a corrente num pólo de um disjuntor, no início do arco, durante uma operação de
alternância.
Seletividade de operação - O relé deve selecionar dentre as partes do sistema que operam
em condições anormais aquela ou aquelas que estão realmente defeituosas, "despejando" ou
separando-as do sistema, dentro do trecho o mais restrito possível.
Rapidez de operação - O relé deve operar o mais rapidamente possível de modo a diminuir
os danos que são causados pela permanência do defeito na rede e também aumentar a
estabilidade do sistema de fornecimento de energia elétrica. (Modernas experiências,
entretanto, determinaram que tempos de operação menores que um ciclo resultam em
piores condições de estabilidade).
IV.2) Histórico de evolução
a) Relés eletromecânicos:
1901 - Relé de sobrecorrente de indução
1908 - Relé diferencial
1910 - Relé direcional
1921 - Relé de distância (tipo impedância)
1937 - Relé de distância (tipo mho)
b) Relés estáticos:
1925 - 1948: 1ª geração - Válvulas eletrônicas
1949 - 1960: 2ª geração - Transistores
1960 - 1970: 3ª geração - Circuitos integrados
1970 – Atualmente: 4ª geração - Microprocessados
o Automonitoramento (autodiagnóstico);
o Detecção e diagnóstico de faltas;
o Melhor exploração do potencial das funções de proteção;
o Permitem o desenvolvimento de novas funções e métodos de proteção;
o Compartilham dados através de redes de comunicação;
o Proporciona melhor interface homem x máquina;
o Adaptação aos requisitos funcionais operativos;
o Transfere e recebe dados;
o Custo baixo.
As desvantagens são:
Nr Denominação
21 Relé de distância
25 Relé de Sincronização
27 Relé de subtensão
32 Relé direcional de potência
40 Relé de perda de excitação
46 Relé de desbalanceamento de corrente de fase
47 Relé de sequência de fase de tensão
49 Relé térmico
50 Relé de sobrecorrente instantâneo
51 Relé de sobrecorrente temporizado
52 Disjuntor de corrente alternada
59 Relé de sobretensão
60 Relé de balanço de tensão
67 Relé direcional de sobrecorrente
81 Relé de sub/ sobrefrequência
86 Relé auxiliar de bloqueio
87 Relé de proteção diferencial
Cada numeração pode apresentar letras como sufixo que representam o elemento
protegido ou a aplicação a qual se destina. A tabela abaixo descreve os sufixos comumente
utilizados.
Sufixo Aplicação
A Alarme
B Proteção de barra
Proteção de terra (com TC conectado ao neutro do sistema) ou proteção de
G
gerador
GS Proteção de terra (TC toroidal ou ground-sensor)
L Proteção de linha
M Proteção de motor
N Proteção de terra (bobina conectada ao TC residual)
T Proteção de transformador
V Tensão