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CURSO COMPLEMENTAR NR-10

SEP
PREBARRA
 

SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE


CARGA HORÁRIA 40 HORAS.
 
CURSO COMPLEMENTAR – SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE
POTÊNCIA (SEP) E EM SUAS PROXIMIDADES.

PORTARIA 3214
É pré-requisito para freqüentar este curso complementar, ter participado, com
aproveitamento satisfatório, do curso básico definido anteriormente.

Carga horária mínima – 40h

Estes tópicos deverão ser desenvolvidos e dirigidos especificamente para as


condições de trabalho características de cada ramo, padrão de operação, de nível
de tensão e de outras peculiaridades específicas ao tipo ou condição especial de
atividade, sendo obedecida a hierarquia no aperfeiçoamento técnico do
trabalhador.

 
APRESENTAÇÃO

1 INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM ELETRICIDADE


2 RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE
3 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO
4 MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
5 NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS ABNT
6 REGULAMENTAÇÕES DO TEM
7 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA
8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
9 ROTINAS DE TRABALHO – PROCEDIMENTOS
10 DOCUMENTAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
11 PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS
12 ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA
13 PRIMEIROS SOCORROS

ANEXO I DISTANCIAMENTO DE SEGURANÇA


 ANEXO II ZONAS DE RISCO, CONTRALADA

ANEXO III TREINAMENTO


ANEXO IV DISTANCIAMENTO DE SEGURANÇA
Esta apostila é dirigida à você praticante no sistema elétrico de potência, para
atualizar os seus conhecimentos na norma regulamentar nº 10: Portaria n.º 598,
de 07/12/2004.

Ela foi desenvolvida pensando na sua aplicação, naquilo que o autor sabe
que é de grande importância para o seu conhecimento, desenvolvimento e
aplicação da NR-10 – Complementar-SEP com 40 hs de carga horária.

Vale ressaltar que o participante do curso deve ter acima de 75% de presença
para receber o certificado.

Estou certo, porém, que o estudo deste material trará um grande


conhecimento do que é, como funciona e como aplicar as situações que
acontecem no dia-a-dia na área elétrica.

 
• INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM ELETRICIDADE

Fios e cabos devem ter a capacidade suficiente para conduzir a corrente para a
qual foram projetados, e estarem dentro de conduites. Todas as partes por onde
passa a corrente, devem estar protegidas contra contato eventual de qualquer
pessoa.

Ligar sempre as massas (carcaças) e barreiras protetoras, à terra. Se os


condutores não puderem ser embutidos, devem ser instalados tão altos, ou tão
afastados que ninguém possa alcançá-los ou tocá-los acidentalmente com um
vergalhão, ou qualquer outra peça metálica.

Tratar os fios, mesmo isolados, como se fosses nus. O isolamento pode estar
estragado.

Nunca apanhar um fio elétrico caído no chão, ele pode estar com a isolação
danificada.

Nunca se aproximar de uma linha ou de uma chave de alta tensão sem estar
capacitado
 
para isso.
Quando existirem tomadas de diferentes tensões, é preciso sinalizá-las, e se
possível usar tomadas diferentes para cada tipo de tensão.
Os fatores que determinam a gravidade do choque elétrico são variados. Desde
o tipo de choque (diretos ou indiretos), até às características da corrente elétrica
(alternada ou contínua).

Alguns cuidados básicos tem de ser tomados para evitar riscos com a energia
elétrica, tais como:

• Usar tomadas com aterramento;


• Evitar usar extensões;
• Evitar usar tomadas do tipo “ T ”;
• Não trocar fusíveis do tipo rápido, por outros do tipo retardado;
• Fazer uma boa manutenção dos equipamentos e máquinas elétricas;
> Mensalmente: Motores com comutador – verificar o desgaste das escovas
> Motores com mancal de bucha – verificar o nível de óleo
> Motores com rolamentos – verificar vibrações que possam tê-los por causa
> Fios e cabos – verificar a temperatura e sobrecargas e inspecionar a capa
isolante
 
> Chaves fusíveis – verificar o aperto dos contatos
> Chaves contactoras – aperto dos terminais, etc...
Nunca desconectar nenhum dispositivo de segurança com o circuito em
operação;

• Nunca tocar condutores com as mãos e/ou pés nus.


• Nunca substitua um fusível (ou outro dispositivo de corte) por outro de maior
capacidade.
• Nunca retire a tampa traseira de TV’s (300.000 Volts);
• Mantenha sempre os motores elétricos secos, sem graxa ou óleo;
• Mantenha aquecedores e lâmpadas afastados de combustíveis;
• Se um fusível queimar, procure descobrir a causa.

Praticamente estamos em todos os momentos evolvidos com alguma forma de


eletricidade. Ela está presente
em nosso dia a dia, em casa, no trabalho, no lazer. Tornou-se indispensável para
a vida moderna. Por isso é tão importante conhecer os perigos que ela oferece.

A utilização cada vez maioria da eletricidade, faz com que, um número crescente
 de pessoas menos habilitadas, tenham contato com a mesma.
Curto-circuito – Ocorre quando a isolação se estraga. Isso pode
acontecer na abertura lenta das chaves, que provoca um arco longo
que pode saltar para o outro pólo; pela interligação acidental dos
terminais de um motor; entre as facas de uma chave; pelo contato das
pontas de duas partes do condutor.
Nessas condições, a resistência natural do circuito é evitada pela
corrente, que desse modo passará livremente e com tal intensidade
que provocará aquecimentos elevados, abertura de arcos, incêndios e
explosões,
com a conseqüente destruição dos elementos por onde ela passa,
a menos que os equipamentos de proteção, entrem imediatamente em
ação, cortando a corrente.
Um curto-circuito também pode ocorrer, se a superfície onde a
pessoa estiver apoiada também estiver molhada, e um condutor
desencapado encostar nela, em uma árvore, em um poste de madeira
molhada pela chuva, ou qualquer peça metálica que estiver ligada à
terra. Também é possível fazer ligações propositais à terra, ligando
  carcaças e partes não condutoras de corrente à terra para proteger o
operador, no caso de haver falhas na isolação e a carcaça ficar
eletrificada.
Num circuito onde um dos condutores estiver ligado permanentemente à
terra, e o outro condutor tocar acidentalmente nela, forma-se um curto
circuito. Mesmo nos circuitos onde os condutores são bem isolados, há
sempre uma ligeira corrente, que pode se tornar intensa.
Os dispositivos que mais rapidamente cortam esse tipo de defeito, são os
fusíveis.
Sobrecarga – Cada condutor pode ser percorrido por uma corrente até
determinado valor em ampères sem se aquecer. Passado esse limite, seu
aquecimento aumenta rapidamente e pode-se tornar perigoso. Esse caso dá-
se o nome de sobrecarga. Os dispositivos que mais rapidamente cortam esse
tipo de defeito são os dijuntores.
Mau-contato – Se ligarmos a ponta de um fio ao outro, ou a um
aparelho, e eles não tiverem um contato perfeito e firme entre eles, dá-se um
aquecimento que pode ser prejudicial. Para evitar contato frouxo, deve-se
soldar os terminais no ponto de junção. O Efeito mecânico do curto-circuito,
também têm de ser levado em conta no dimensionamento dos dispositivos
(desde os cabos, demais ferragens e até os grandes transformadores) que
  vão interromper essa corrente, e nos que os suportam, pois precisarão de
conduzir essa corrente até que a proteção atue.
GERADORES DE ENERGIA ELÉTRICA

A energia elétrica pode ser produzida


a por vários meios, sendo os mais importantes, o hidráulico, o térmico
e o eólico.
Energia gerada hidraulicamente:

• Por fio de água – A usina processa toda a água que passa pelas
suas turbinas.
Ex.: Mascarenhas. Também é utilizao o processo de se possível,
elevar a água para barragem situada em
plano superior em horário de pouco consumo. Nas horas do pico, faz-
se o inverno, liberando a água e aumentando
a produção da energia elétrica.

• Por barragem – A água é represada, e só é turbinada aquela


desejada.
 
Ex.:
Itaipu.

 
As usinas hidrelétricas, apesar de produzirem energia elétrica de baixo
custo, por usarem produtos renováveis, estão se tornando mais inviáveis a
cada dia que passa.

O grande número de usinas desse tipo já existente no mundo indica que


ou o potencial energético do país já foi quase inteiramente utilizado, como no
caso do Brasil, ou apresentam tantas barreiras sócio-econômicas que a
tornam inviável do aspecto financeiro (geração de lucros).

Nesse tipo de usina (foto anterior) a energia potencial da água


acumulada nos reservatórios é utilizada para
movimentar a turbina; o eixo desta está acoplado a um gerador elétrico,
cujo movimento produz então a eletricidade.

Energia gerada termicamente:

• Óleo ou gás – A água é aquecida, e quando vaporizada aciona


turbinas.
 
• Nucleares – O processo é idêntico, só que ao invés de se usar o óleo
ou gás, utiliza-se o urânio enriquecido
Como já dissemos, o potencial energético economicamente explirável dos
rios encontra-se praticamente exaurido, tornando-se inviável a construção de
novas Usinas Hidroelétricas.

Por este motivo constrói-se hoje mais Usinas Termoelétricas, que


apresentam a vantagem de poderem ser instaladas mais próximas dos centros
consumidores. Dessa forma, diminui-se a extensão das linhas de transmissão,
minimizando conseqüentemente as
perdas ao longo dessas linhas.
Uma Usina Térmica Convencional utiliza carvão, óleo ou gás para
aquecimento da água da caldeira. A caldeira é um equipamento que contém
tubos no interior dos quais circula a água; esses tubos são arranjados de
acordo com uma distribuição pré-estabelecida. Quando o combustível é
queimado, o calor produzido faz com que essa água entre em ebulição e
produza o vapor, que movimenta a turbina.

O eixo desta está acoplado ao gerador elétrico que, ao movimentar-se,


 
produz então a eletricidade. Após movimentar a turbina, o vapor retorna ao
estado líquido e é bombeado de volta à caldeira, dando continuidade ao
processo
 
A transformação do vapor em água novamente é feita com o auxílio de um
circuito de água de refrigeração. Essa água pode provir de um rio, lago ou mar,
dependendo da localização da usina.

Ressalta-se que essa água de refrigeração não tem contato direto com o
vapor, e somente circula no interior dos tubos do condensador.

As Usinas Nucleares são centrais de geração de energia elétrica que utilizam


a reação nuclear de fissão como fonte para a geração de energia. No ocidente,
as usinas são em geral do tipo PWR - Pressurized Water Reactor (Reator a Água
Pressurizada).

O princípio de funcionamento dessas usinas se baseia no resfriamento do


núcleo do reator através de um circuito fechado de água de alta pressão
chamado circuito primário

 
 
1. Contenção de concreto armado
2. Contenção de Aço.
3. Reator nuclear.
4. Gerador de vapor.
5. Piscina de armazenamento de combustível
6. Turbinas à vapor
7. Gerador de eletricidade
8. Condensadores
9. Torre de refrigeração
10. Edifício da administração

A água aquecida sob alta pressão do circuito primário passa por um trocador
de calor (gerador de vapor) onde aquece e transforma em vapor a água do
circuito secundário.

Esse vapor movimenta uma turbina que aciona um gerador elétrico. A


condensação do vapor que trabalha na turbina se faz num trocador de calor
(condensador) que é resfriado por outro circuito dotado de uma torre de
 
refrigeração. A energia gerada chega aos consumidores finais através de redes
de distribuição.
Energia elétrica no mundo

A energia elétrica no mundo está distribuída em função de sua forma de


geração, conforme demonstra a figura abaixo.

Embora as usinas de energia núcleo-elétrica colaborem com 17% do total da


energia elétrica produzida no mundo, elas correspondem a apenas 12% da
capacidade elétrica instalada.

Isso indica que a maior parte das usinas nucleares opera com fatores de
utilização superiores aos das usinas elétricas convencionais.

 
As centrais termonucleares surgiram para solucionar os principais
problemas dos dois tipos de usinas citados acima.

Inicialmente, possui a vantagem da termoelétrica de poder ser instalada


perto dos principais centros consumidores, economizando em larga escala o
transporte de energia, além de sua perda, pelos cabos de transmissão e por
aquecimento do material.

 
E possui a vantagem da hidrelétrica de produzir uma energia
praticamente limpa, sem afetar a natureza, apesar de seu lixo tóxico que,
se armazenado sob rigorosas normas de proteção, não ameaçam o meio
ambiente.

Somado a esses dois fatores, a central Termonuclear ainda apresenta


a vantagem de produzir grandes quantidades de energia com pouco
combustível, no caso, o urânio, encontrado com relativa facilidade na
natureza.

 
RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE

•CHOQUE ELÉTRICO

A - choque elétrico é a perturbação da natureza e efeitos diversos que se


manifesta no organismo humano quando este é percorrido por uma corrente
elétrica.

O uso da eletricidade apresenta benefícios e alguns malefícios

 
Os acidentes, de forma geral, são decorrentes do ato inseguro e da condição
insegura.

Apesar de todo o conhecimento e tecnologia em constante desenvolvimento,


o risco de choque elétrico está sempre presente, no lar, no lazer e no trabalho,
e pode matar.

 
O risco de choque elétrico está presente nas redes de alta e baixa tensão,
nas máquinas, nas ferramentas, nos aparelhos eletrodomésticos e nos
veículos automotores. A presença de redes aéreas energizadas aumenta os
riscos de choque elétrico por contato acidental, curto circuito e rompimento e
queda de cabos no solo.
O choque elétrico provoca diversos efeitos devido à passagem de corrente
elétrica pelo corpo humano, que devido à presença de líquidos é condutor. A
corrente elétrica é um fluxo de elétrons e só ocorrerá quando existir um
caminho fechado, denominado circuito elétrico, estabelecido entre dois pontos
com potenciais elétricos diferentes, como por exemplo um condutor energizado
e a terra. Correntes de baixa intensidade, mesmo da ordem de microampéres
podem ser fatais, se aplicadas diretamente ao coração. Correntes da ordem de
miliampéres, aplicadas externamente, também são potencialmente fatais,
dependendo do trajeto. Toda a corrente elétrica aplicada diretamente ao
coração, de modo não controlado, é fatal. Cabe lembrar que o desfibrilador
aplica corrente de modo controlado.
Portanto, para a prevenção dos riscos elétricos existentes nas situações
de trabalho com eletricidade é de
 
fundamental importância a compreensão do choque elétrico.
Assim o choque elétrico pode ser dividido em duas categorias:
• Choque eletrostático
CHOQUE ELETROSTÁTICO

O choque eletrostático é obtido pela descarga eletrostática em


determinados ambientes, tais como postos de combustíveis, montagens de
dispositivos eletrônicos. A descarga eletrostática é o efeito capacitivo presente
nos mais

diferentes materiais e equipamentos com os quais o homem convive. Um


exemplo típico é o que acontece em veículos que se movem em climas secos.
Com o movimento o atrito com o ar gera cargas elétricas que se acumulam ao
longo da estrutura externa do veículo.

Portanto, entre o veículo e o solo, passa a existir uma diferença de


potencial. Dependendo do acúmulo das cargas, poderá haver o perigo de
faiscamentos ou de choque elétrico no instante em que uma pessoa desce ou
toca no veículo, conforme a figura ao lado.

 
CHOQUE DINÂMICO

O choque dinâmico ocorre quando se faz contato direto e indireto com


partes vivas, energizados.

Este choque se dá devido a:

- tocar na parte viva do condutor;


- tocar em partes condutoras próximas aos equipamentos e instalações,
que ficaram energizadas acidentalmente por falha na isolação. Tocar em partes
não condutoras que eventualmente tornam-se condutoras, tais como carcaças
dos equipamentos.

Este tipo de choque é mais perigoso porque a rede de energia elétrica


mantém a pessoa energizada, ou seja,
a corrente de choque persiste continuadamente. A persistência da corrente
passando pelo corpo, os órgãos internos vão sofrer graves conseqüências.

Os choques dinâmicos podem ser causados pela tensão do toque ou pela


  tensão de passo.
 
Tensão de toque

É a tensão elétrica que ocorre devido o contato entre qualquer parte do


corpo com uma instalação energizada.

Se a tensão de toque ocorrer com as partes vivas é considerado contato


direto, enquanto se ocorrer com as partes não vivas é considerado contato
indireto.

Exemplo: Defeito de ruptura na cadeia de isoladores de uma torre de


transmissão (Tensão de toque).

 
 
O cabo condutor ao tocar na parte metálica da torre produz um curto-
circuito do tipo monofásico à terra. A corrente de curto-circuito passará pela
torre, entrará na terra e percorrerá o solo até atingir a malha da subestação,
retornando pelo cabo da linha de transmissão até o local do curto. No solo, a
corrente de curto-circuito gerará potenciais distintos desde o “pé” da torre até
uma distância remota. Este potencial é apresentado pela curva da figura acima.

Uma pessoa tocando na torre, no momento do curto-circuito ficará


submetida a um choque proveniente da
tensão de toque.

Entre a palma da mão e o pé haverá uma diferença de potencial chamada


de tensão de toque. Por norma, e nos projetos de sistema de aterramento,
considera-se a pessoa afastada de 1m do equipamento, em que está tocando
com a mão. Neste caso, a resistência R1 representa a resistência da terra do
“pé” da torre até a distância de 1m. o restante do trecho da terra é representado
pela resistência R2. Cada pé em contato com o solo, terá uma resistência de
contato representado por R contato. Assim, a tensão de toque é expressa pela
 fórmula:
U toque = (R corpo humano + R contato / 2) I choque

O aterramento no “pé” da torre só estará adequado se, no instante do curto-


circuito monofásico à terra, a tensão de toque ficar abaixo do limite de tensão
para não causar fibrilação ventricular.

A tensão de toque é perigosa porque o coração está no trajeto da corrente


de choque, aumentando o risco da fibrilação ventricular.

Tensão de passo

É a tensão elétrica que ocorre devido aos dois pés, afastados entre si de
cerca de um metro estarem em potenciais diferentes.

Exemplo: Tensão de Passo gerado numa torre de transmissão

 
  Nos projetos de aterramento considera-se a distância entre os dois pés
de 1m. Pela figura anterior, obtém-se a expressão:
O aterramento só estará bom se a tensão de passo for menor do
que o limite de tensão de passo para não
causar fibrilação ventricular no ser humano.

A tensão de passo é menos perigosa do que a tensão de toque.


Isto se deve ao fato do coração não estar no percurso da corrente de
choque.

Esta corrente vai de pé em pé, mas mesmo assim ela também é


perigosa. As veias e artérias vão da planta do pé até o coração. Sendo
o sangue condutor a corrente de choque devido a tensão de passo que
vai do pé até o coração e deste ao outro pé.

Por este motivo, a tensão de passo é também perigosa e pode


provocar a fibrilação ventricular. Se a pessoa estiver com os dois pés
na mesma superfície de potencial (equipotencial), a tensão de passo
será nula, não havendo choque elétrico.
  .
A tensão de passo poderá assumir uma gama de valores que vai de zero
até a máxima diferença entre duas superficies equipotenciais de um 1 m.

. Um agravante é que a corrente de choque devido a tensão de passo


contrai os músculos da perna e coxa, fazendo a pessoa cair e, ao tocar no solo
com as mãos, a tensão se transforma em tensão de toque no solo.

Neste caso, o perigo é maior, porque o coração está contido no percurso


da corrente de choque. No gado a tensão de passo se transforma em tensão
entre patas.

Essa tensão é maior que a tensão de passo do homem, com o


agravamento de que no gado a corrente de choque passa pelo coração.

 
Contato Direto

É o choque elétrico que ocorre quando se toca diretamente um condutor


que normalmente está energizado,
pois o corpo humano passa a fazer parte do circuito energizado.
Relembrando, é a Lei de Ohm (I = V / R) que permite compreender as
relações existentes entre a tensão, a corrente e a resistência neste circuito,
onde:
• I -Intensidade da corrente elétrica
• V -Tensão ou d.d.p.
• R -Resistência elétrica.
A resistência é um valor inerente à natureza do material e suas
dimensões. A tensão é uma grandeza que
depende da fonte de energia. A corrente elétrica é a conseqüência da
tensão e da resistência. Como é a tensão que força os elétrons a percorrerem
o circuito, conseqüentemente, quanto maior for à resistência (R), menor será a
corrente (I).
A intensidade do choque será função:
• Resistência elétrica do corpo humano;
• Resistência da terra no local dos pés no solo;
• Resistência dos EPI‘s e EPC‘s (Calçados em contato com o solo, luvas,
isolamento de ferramentas, entre outros);
• Resistência do aterramento da instalação elétrica no ponto de
  alimentação de energia.
Contato Indireto

É o choque elétrico que ocorre quando se toca uma parte condutiva


acessível (massa ou carcaça) que em

condições normais ou em caso de alguma falha se tornem acidentalmente


vivas, conforme circuito apresentado na figura.

 
Relembrando, é a fórmula P = V . I que permite compreender as relações
existentes entre a potência, a
tensão e a corrente neste circuito, onde:
• I -Intensidade da corrente elétrica
• V -Tensão, pressão ou d.d.p.
• P-Potência elétrica.
A potência é a capacidade de realizar um trabalho em um determinado
tempo. A tensão é uma grandeza que
depende da fonte de energia. A corrente elétrica é a conseqüência da tensão
e da potência. Como é a tensão que força os elétrons a percorrerem o circuito,
conseqüentemente, quanto maior for à potência (P), maior será a corrente (I).
Mas, no choque elétrico por contato indireto a sua intensidade poderá ser em
função de um destes fatores:
• falha de isolação;
• desequilíbrio de corrente de fase;
• falha no aterramento.
Deve-se notar que, neste tipo de choque a pessoa está tocando ou pisando
regiões ou elementos não energizados da instalação. Mas no momento, ou mais
precisamente,
  durante o curto-circuito, estas áreas neutras ficam com diferença
de potencial advindo daí o choque elétrico
EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA NO CORPO HUMANO

 
 
O choque elétrico acarreta um conjunto de efeitos patológicos e
fisiológicos que se manifestam no organismo

humano quando este é percorrido por uma corrente elétrica, portanto o


corpo humano passa a fazer parte de um circuito energizado.
•Contato indireto

 
b) Contato direto

Quais fatores influenciam a intensidade dos efeitos patológicos e


fisiológicos do choque elétrico no corpo humano?
• valor da tensão elétrica;
• área de contato;
• umidade de contato;
• percurso e espraiamento da corrente elétrica pelo corpo humano;
• características da corrente elétrica (intensidade da corrente elétrica,
tempo de duração da corrente elétrica e freqüência da corrente elétrica)
• resistência elétrica do corpo humano (condições da pele do indivíduo;
constituição física do indivíduo; estado de saúde do indivíduo).

A seguir, abordam-se alguns dos fatores que determinam a gravidade do


choque elétrico, que são:
• Percurso e espraiamento da corrente elétrica;
• Características da corrente elétrica;
• Resistência elétrica do corpo humano.
 
EFEITOS DOS CHOQUES ELÉTRICOS EM FUNÇÃO DO PERCURSO

Devido a diferença da resistência elétrica e de seções transversais das várias


regiões do corpo humano, a corrente que provoca o choque elétrico está sujeita,
dentro de um indivíduo, uma distribuição diferenciada, um espraiamento como
mostra a figura.

 
Portanto, o efeito da corrente do choque se dá de maneira diferenciada no
corpo humano. Deste modo os
efeitos térmicos são mais intensos nas regiões de alta intensidade de
corrente, podendo produzir queimaduras de alto risco. Já na área de baixa
densidade de corrente, o calor produzido é pequeno. Devido à área da região
do tórax ser maior, a densidade de corrente é pequena, diminuindo os efeitos
térmicos de contração e fibrilação no coração. Isto é positivo do ponto de vista
da segurança humana.
A corrente entra pela pele, invade o corpo e sai novamente pela pele. Ou
seja, o corpo humano está em toda
a sua resistência no percurso da resistência elétrica da pele humana. O
valor da corrente elétrica não depende somente do nível da diferença de
potencial do choque. Para uma mesma tensão a corrente vai depender do
estado da pele. Qualquer pessoa ao encostar num local energizado, ou um
equipamento elétrico com defeito na sua isolação, estará sujeito ao choque
elétrico.
 
Os pontos de contato do acidentado quando ocorre o choque elétrico define
o percurso da corrente elétrica
pelo corpo humano, que influencia na gravidade dos efeitos do choque
elétrico no acidente. Isso é um dado importante, se considerarmos que é mais
fácil prestar socorros para uma pessoa que apresente asfixia do que para uma
pessoa com fibrilação ventricular, já que isso exige um processo de reanimação
por massagem cardíaca, que nem toda a pessoa que está prestando socorro
sabe realizar. A tabela apresenta os prováveis locais por onde poderá se dar o
contato elétrico, o percurso da corrente elétrica e a porcentagem de corrente
que passa pelo coração.

 
 
CARACTERÍSTICAS DA CORRENTE ELÉTRICA

Outros fatores a determinar a gravidade do choque elétrico são as


características da corrente:
a) Corrente contínua (CC): a fibrilação ventricular só ocorrerá se a
corrente contínua for aplicada durante um instante curto específico e
vulnerável do ciclo cardíaco.
b) Corrente alternada (CA): entre 20 e 100Hertz. São as que oferecem
maior risco. E especificamente as de 60Hertz, normalmente usadas nos
sistemas de fornecimento de energia elétrica, são especialmente perigosas,
uma vez que elas se situam próximas à freqüência na qual a possibilidade de
ocorrência da fibrilação ventricular é maior.
Para correntes alternadas de freqüências elevadas, acima de 2000Hz, as
possibilidades de ocorrência de choque elétrico são pequenas, contudo,
ocorrerão queimaduras, devido à corrente tender a circular pela parte externa
do corpo, ao invés da interna.
Ocorrem também diferenças nos valores de intensidade de corrente para
uma determinada sensação de choque elétrico, se a vítima for do sexo
 
feminino ou masculino.
 
Efeitos de Choques Elétricos em Função do Tempo de Contato e
Intensidade de Corrente

A relação entre tempo de contato e a intensidade de corrente é um


agravante nos acidentes por choque elétrico. Como podemos observar no
gráfico da publicação da ABNT NBR 6533, a qual define cinco zonas de efeitos
para correntes alternadas de 15 a 100Hz, admitindo a circulação entre as
extremidades do corpo em pessoas com 50Kg de peso.

 
 
RESISTÊNCIA ELÉTRICA DO CORPO HUMANO

A intensidade da corrente que circulará pelo corpo da vítima dependerá,


em muito, da resistência elétrica que esta oferece à passagem da corrente, e
também de qualquer outra resistência adicional entre a vítima e a terra. A
resistência que o corpo humano oferece à passagem da corrente é quase
que exclusivamente devida à camada externa da pele. Esta resistência está
situada entre 100.000 e 600.000 ohms, quando a pele encontra-se seca e
não apresenta cortes e a variação apresentada é função da espessura.
Quando, no entanto, encontra-se úmida, condição
mais facilmente encontrada na prática, a resistência elétrica do corpo é
da ordem de 100 ohms, e quando molhada é da ordem de 10 ohms. Os
valores da resistência da pele reduzem-se com a umidificação e existências
de cortes

 
A resistência interna do corpo é bem baixa que a da pele, variando
normalmente, de 300 a 500 ohms. Isto se deve ao fato que a parte interna do
corpo ser constituída de sangue, músculos e demais tecidos.
As diferenças da resistência elétrica apresentadas pela pele à passagem
da corrente, (seca ou molhada) são
grandes, podendo influir significativamente nos efeitos do choque elétrico.
Exemplificando:
Um toque acidental de um dedo com um ponto energizado de um circuito
elétrico, teremos, quando estiver seco, uma resistência de 1000 ohms,
quando úmido, uma resistência 100 ohms. Usando a lei de Ohm e,
considerando que o contato foi feito em um ponto do circuito elétrico que
represente uma diferença de potencial de 100 volts, teremos:
Quando seca:

 
Conforme a Tabela Efeitos dos Choques Elétricos Dependentes da
Intensidade de Corrente, verificamos que na faixa de 0,1 a 0,5 mA as reações
fisiológicas habituais são: leve percepção superficial, habitualmente sem
nenhum efeito.
Quando molhada:

Conforme a Tabela Efeitos dos Choques Elétricos Dependentes da


Intensidade de Corrente, verificamos que na faixa acima de 500 mA as
reações fisiológicas habituais são: traumas cardíacos permanentes, e
nesse caso o efeito é letal, salvo intervenção imediata e pessoal
especializado e com equipamento adequado.

 
DESCRIÇÃO DOS EFEITOS DE UM CHOQUE ELÉTRICO NO CORPO
HUMANO

Os efeitos da passagem de corrente elétrica no corpo humano devido um


choque elétrico são bastante complexos pois envolvem:
a)Efeitos Físicos: são provocados por energia térmica e força
eletromagnética. Tais como:
• elevação da temperatura dos órgãos do corpo humano devido ao
aquecimento produzido pela corrente elétrica do choque (Efeito Joule, P=I²R);
• Necrose – resultado de queimaduras profundas produzidas no tecido.
b) Efeitos Químicos: são provocados por alterações eletroliticas, causado pelo
efeito de eletrólise no sangue.

 
Como o corpo humano, é constituído de 70% de matéria liquida, possuindo
vários tipos de sais minerais (entre outros sais de sódio, potássio, cálcio e
magnésio). O choque elétrico, em corrente contínua provoca a eletrólise no
sangue e no plasma líquido de todo o corpo.

Este efeito pode ocasionar mudança da concentração de sais minerais,


produzindo desequilíbrio, gerando mal funcionamento de outros elementos e
aglutinação de sais, produzindo bolinhas que provocam coágulos no sangue.

Estes coágulos aumentam ou se aglutinam com outros, aumentando o


tamanho, provocando trombose nas artérias, veias, vasos, etc..com a
conseqüente morte da pessoa.

 
5 DICAS DE OURO

1 ( D) DESLIGAR

2 ( I ) IMPEDIR

3 ( C) CONSTATAR

4 ( A) ATERRAR

  5 ( S) SINALIZAR
c) Efeitos Biológicos: são provocados por contraturas musculares (músculo
cardíaco) e alterações neurológicas.
Manifestam-se por:
• Parada respiratória – inibição dos centros nervosos, inclusive dos que
comandam a respiração.
• Parada cardíaca – é a falta total de funcionamento do coração. Quando ele está
efetivamente parado, o sangue não é mais bombeado, a pressão cai a zero e a
pessoa perde os sentidos. Neste estado as fibras musculares estão inativas,
interrompendo o batimento cardíaco. Despolarização das fibras cardíacas.
• Perturbação do sistema nervoso.
• Prolapso: é o deslocamento, com mudança definitiva de órgão ou músculos,
devido a passagem da corrente elétrica do choque. O corpo sofre uma verdadeira
convulsão. Os músculos se contraem o sangue se dilata e ocorre um distúrbio nos
sistemas neurotransmissores, capaz de produzir o prolapso de qualquer órgão,
isto é, o deslocamento dos músculos e órgãos internos da sua devida posição;
• Comprometimento de outros órgãos, tais como: rins, cérebro, vasos, órgãos
genitais e reprodutores.
•  Tetanização (rigidez) dos músculos do corpo humano;
• Superposição da corrente do choque com as correntes neurotransmissoras que
comandam o organismo humano, criando um descontrole geral.
Muitos órgãos aparentemente sadios só vão apresentar sintomas devido aos
efeitos da corrente de choque
muitos dias ou meses após, apresentando seqüelas, que muitas vezes não
são relacionadas com o choque, devido ao espaço de tempo decorrido desde o
acidente.

Em geral, os fenômenos patológicos críticos são: tetanização, parada


respiratória, queimadura e fibrilação
ventricular.

a) Tetanização: É a paralisia muscular provocada pela circulação de corrente


através dos tecidos nervosos que controlam os músculos. Superposta aos
impulsos de comando da mente, a corrente de curto os anula, podendo bloquear
o membro ou o corpo inteiro, neste momento, de nada vale a consciência do
indivíduo e sua vontade de interromper o contato.
b) Parada Respiratória: É um caso particular da tetanização, que atinge os
músculos peitorais bloqueando a função dos movimentos respiratórios (inclusive
  dos movimentos involuntários). Quando estão envolvidos na tetanização os
músculos peitorais, os pulmões são bloqueados, parando a função vital da
respiração.
c) Fibrilação Ventricular: Se a corrente atinge o músculo cardíaco, poderá
perturbar o seu funcionamento regular. Os impulsos periódicos que em
condições normais regulam as contrações (sístole) e as expansões (diástole),
são alterados: o coração vibra desordenadamente, em termos técnicos “perde
o passo”.

A fibrilação é uma contração extremamente rápida das fibrilas, que são


pequenas fibras musculares. A fibrilação é um fenômeno que se mantém
mesmo quando cessa a corrente e só pode ser anulada mediante o emprego
de um equipamento chamado desfibrilador.
d) Queimaduras: As queimaduras são ocasionadas pelo desprendimento
de calor pela passagem da corrente
causando destruição da pele e dos tecidos profundos.
Quando uma corrente elétrica passa através de uma resistência elétrica é
liberada uma energia calorífica.

Este fenômeno é denominado Efeito Joule. E calorífica = R corpo humano .


 
I²choque . t choque
Onde:

R corpo humano -Resistência elétrica (S) do corpo humano, ou se for o


caso só a resistência de parte do corpo,
do músculo ou órgão afetado.
I choque - Corrente elétrica do Choque (A).
t choque -Tempo do choque (s)
E calorífica -Energia em Joules (J) liberada no corpo humano.

O calor liberado aumenta a temperatura da parte atingida do corpo humano,


podendo produzir vários efeitos e sintomas que podem ser:
- queimaduras de 1º, 2º ou 3º graus nos músculos do corpo;
- aquecimento do sangue, com a sua conseqüente dilatação;
- aquecimento podendo provocar o derretimento dos ossos e cartilagens;
- queima das terminações nervosas e sensoriais da região atingida;
- queima das camadas adiposas ao longo da derme, tornando-se
gelatinosas.

 
As queimaduras provocam a liberação de uma substancia encontrada nos
músculos denominada mioglobulina, que se deposita sobre os rins ocasionando
danos renais.
Uma grande queimadura é considerada quando atingir mais que 10% do
corpo humano, segundo a regra dos nove...

- Cabeça – 9%
- Pescoço – 1%
- Membro superior – 9% cada
- Tronco (costas) – 18%
- Tronco(frente) – 18%
- Membro inferior – 18% cada.

O choque de alta tensão queima, danifica, fazendo buracos na pele nos


pontos de entrada e saída da corrente pelo corpo humano. A queimadura é a
característica principal do choque de alta tensão, geralmente levando ao óbito.
 
As pessoas que sobrevivem ficam com seqüelas, tais como:

- perda da massa muscular;


- perda parcial de ossos;
- diminuição e atrofia muscular;
- perda da coordenação motora;
- cicatrizes, etc.

Choques elétricos em baixa tensão têm pouco poder térmico. O problema


maior é o tempo de duração, que se persistir pode levar a morte, geralmente
por fibrilação ventricular do coração.

A queimadura também é provocada de modo indireto, isto é, devido ao


mal contato ou falhas internas no aparelho elétrico, neste caso, a corrente
provoca aquecimentos internos, elevando a temperatura a níveis perigosos.

 
Cuidados contra efeitos térmicos

As pessoas, os componentes fixos de uma instalação elétrica, bem como


os materiais fixos próximos devem ser protegidos contra os efeitos prejudiciais
do calor ou irradiação térmica produzidos pelos equipamentos elétricos,
particularmente quanto a:

- riscos de queimaduras;
- prejuízos no funcionamento seguro de componentes da instalação;
- combustão ou deterioração de materiais.

 
Cuidados contra queimaduras

As partes acessíveis de equipamentos elétricos situados na zona de


alcance normal não devem atingir temperaturas que possam causar
queimaduras em pessoas e devem atender aos limites de temperaturas,
ainda que por curtos períodos, determinados pela NBR 14039 e devem ser
protegidas contra qualquer contato acidental.

Quadro NBR 14039 – Temperaturas máximas das superfícies externas


dos equipamentos elétricos dispostos no interior da zona de alcance normal.

 
 
B) ARCO ELÉTRICO

Toda vez que ocorre a passagem de corrente elétrica pelo ar ou outro meio
isolante (óleo, por exemplo) está
ocorrendo um arco elétrico.

A passagem de corrente elétrica entre dois materiais com um pequeno


distanciamento
é ocasionada pela grande diferença de cargas elétricas, ou seja, diferença de
potencial existente entre os mesmos,
que podem assim realizar a ruptura dielétrica do seu meio isolante e a
conseqüente formação do arco elétrico. Isso
ocorre devido ao fenômeno de ionização do meio isolante entre os contatos e
a persistência de uma tensão elétrica
entre os mesmos.
Também, contribuem à existência deste fenômeno a situação do meio isolante
(na maioria das vezes o ar)
fatores como poluição, umidade e outros e o alto valor de corrente que
aparece entre os contatos no instante da sua separação quando da execução de
manobras
 
sobre carga de chaves seccionadoras do tipo sem carga (chaves secas).
O arco elétrico (ou arco voltaico) é uma ocorrência de curtíssima duração
(geralmente menor que ½ segundo) e muitos são tão rápidos que o olho humano
não chega a perceber. Os arcos elétricos são extremamente quentes. Próximo
ao “laser”, eles são a mais intensa fonte de calor na Terra. Sua temperatura pode
alcançar 20.000 °C. Pessoas que estejam no raio de alguns metros de um arco
podem sofrer severas queimaduras.

Os arcos elétricos são eventos de múltipla energia. Forte explosão e energia


acústica acompanham a intensa
energia térmica. Em determinadas situações, uma onda de pressão também
pode se formar, sendo capaz de empurrar e derrubar quem estiver próximo ao
local da ocorrência. Acidentes com arco elétrico podem ser causados por fatores
relacionados a equipamentos, ao ambiente ou a pessoas:
• Em equipamentos elétricos, quando há um fluxo de corrente não
intencional entre fase a terra ou entre múltiplas fases, provocados, por exemplo
por falhas de isolação.
• Em causas relacionadas ao ambiente, tais como: contaminação por sujeira,
água ou presença de insetos ou outros animais (gatos ou ratos) que provocam
 

curtos-circuitos em barramentos de painéis ou subestações.


• Em causas relacionadas a pessoas, devido à negligência, imperícia ou
imprudência dos trabalhadores.

• Isso pode ser causado por trabalhadores que façam movimentos bruscos
ou por descuido no manejo de ferramentas ou outros materiais condutivos
quando estão trabalhando em partes energizadas da instalação ou próximo a
elas.

 
CONSEQÜÊNCIAS DE ARCOS ELÉTRICOS (QUEIMADURAS E
QUEDAS)

Se houver centelha ou arco, a temperatura deste é tão alta que destrói os


tecidos do corpo. Todo o cuidado é pouco para evitar a abertura de arco
através do operador. Também podem desprender-se partículas incandescentes
capazes de provocar queimaduras ao atingirem os olhos.

Em trabalhos com altura superior a 2 metros é obrigatório a utilização de


cinto de segurança tipo paraquedista, pois em caso de um arco, de um choque
elétrico ou mesmo de um toque acidental evitará uma queda que poderia ser
fatal.

 
 
A severidade da lesão para as pessoas na área onde ocorre à falha
depende da energia liberada durante o
arco elétrico, da distância que separa as pessoas do local e do tipo de
roupa utilizada. As mais sérias queimaduras por arco voltaico envolvem a
ignição da roupa da vítima pelo calor do arco. Quanto maior o tempo de
duração do arco, tanto maior será o grau e a área da queimadura no corpo.
Isso afeta diretamente a gravidade da lesão e a própria sobrevivência da
vítima.

A quantidade de energia liberada durante um arco depende da corrente


de curto-circuito e do tempo de atuação dos dispositivos de proteção. Altas
correntes de curto-circuito e tempos longos de atuação dos dispositivos
de proteção aumentam o risco do arco elétrico.

 
A proteção contra o arco elétrico depende da energia que pode ser liberada
no caso de um curto-circuito. As vestimentas de proteção devem ser
adequadas e devem cobrir todas as áreas que possam estar expostas à ação
das energias oriundas do arco elétrico. Portanto, além da cobertura
completa do corpo, elas devem incluir capuzes.

O que agora nos parece óbvio, porém nem sempre foi observado. Em
determinadas situações, uma análise de risco nos indicaria a necessidade de
uma vestimenta de proteção contra o arco elétrico. Essa vestimenta deverá
incluir proteção para o rosto, pescoço, cabelos, enfim, as para todas as
partes do corpo que também possam sofrer danos se expostas a uma
energia térmica

 
PROTEÇÃO CONTRA PERIGOS RESULTANTES DE FALTAS POR
ARCO

Os dispositivos e equipamentos capazes de gerar arcos durante a sua


operação devem ser especificados, selecionados, instalados e em perfeitas
condições de uso, de forma a garantir a segurança e a saúde das pessoas
que trabalham nas instalações.
Temos relacionadas algumas medidas para garantir a proteção contra os
perigos do arco elétrico:

• Utilização de um ou mais dos seguintes meios:


- dispositivos de abertura sob carga;
- chave de aterramento resistente ao curto-circuito presumido (calculado)
- sistemas de intertravamento;
- fechaduras com chaves não intercambiáveis.
• Sinalização adequada;
 
C) CAMPO ELETROMAGNÉTICO

O ambiente eletromagnético em sistemas de energia consiste


basicamente de dois componentes, um campo elétrico e um magnético. Em
geral, para campos variantes no tempo, esses dois campos são acoplados.
Entretanto, para a freqüência de operação de linhas de transmissão e
distribuição e equipamentos eletrodomésticos (60 Hz) os campos elétricos e
magnéticos podem ser considerados independentes e desacoplados.

CAMPO MAGNÉTICO

Campo magnético é toda a região do espaço, em torno de um condutor


ou ímã. O campo magnético é representado geometricamente pelas linhas
de indução magnéticas paralelas no caso de uma ferradura ou concêntrica
no caso de um condutor.

 
A cada ponto da linha magnética está associado um vetor campo magnético,
B. Normalmente campos magnéticos são medidos ou calculados em weber por
metro quadrado (w/m2).
As linhas magnéticas se originam no Pólo Norte em direção e sentido ao
Pólo Sul, sendo que a intensidade
máxima ocorre nos pólos.

 
CAMPO ELÉTRICO

Campo Elétrico é toda a região do espaço, em torno de uma carga elétrica.


O Campo Elétrico é representado, geometricamente pelas linhas de força
elétrica. A cada ponto de linha de força elétrica, está associado um vetor de
campo elétrico, E. As linhas originam-se nas cargas positivas e terminam nas
cargas negativas. Quanto mais próximas da carga, mais intenso o campo
elétrico.

Um campo elétrico, tal como o campo magnético é uma grandeza vetorial,


que é descrita por sua intensidade. Normalmente campos elétricos são medidos
ou calculados em volts por metro (V/m). É importante a noção de campo
elétrico, porque os detetores de tensão indicam a presença de campo elétrico e
não magnético.

 
3. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO

Os acidentes são materializações dos riscos associados a atividades,


procedimentos, projetos e instalações,
máquinas e equipamentos. Para reduzir a freqüência de acidentes é preciso
avaliar e controlar os riscos.
• Que pode acontecer errado?

• Quais são as causas básicas dos eventos não desejados?

• Quais são as conseqüências


As técnicas de análise de risco normalmente utilizadas são:

• APR (Análise Preliminar de Risco) e EPO (Estudo de Perigos e


Operabilidade): identificam os perigos, antes da aplicação de um método
quantitativo;

 
• AQR (Análise Quantitativa de Riscos): Calcula a freqüência e simula a
conseqüência – em termos de propabilidade de fatalidades por cenários de
incêndio, explosões ou liberação de produtos tóxicos – a partir dos riscos
verificados em uma técnica de levantamento de perigos;

• Lopa (Layer of. Protection Analysis) para determinação de (SIL) (Safety Integrity
Level): esta técnica identifica as camadas de proteção existentes em cada situação
de risco apontada pelas técnicas APP e EPO. Dessa forma, obtém-se, por meio de
normas internacionais, o SIL (nível de integridade do sistema instrumentado de
segurança). Ele está diretamente relacionado a práticas de projeto de automação,
com separação do sistema de controle ou até mesmo das práticas de codificação
de um PLC.

 
CONCEITOS BÁSICOS

Perigo

Uma ou mais condições físicas ou químicas com possibilidade de causar


danos às pessoas, à propriedade,
ao ambiente ou uma combinação de todos.

Risco

Medida da perda econômica e/ou de danos para a vida humana, resultante


da combinação entre a freqüência
da ocorrência e a magnitude das perdas ou danos (conseqüências). O risco
também pode ser definido através das seguintes expressões:
• combinação de incerteza e de dano;
• razão entre o perigo e as medidas de segurança
• combinação entre o evento, a probabilidade e suas conseqüências.
A experiência demonstra que geralmente os grandes acidentes são
 causados por eventos pouco freqüentes,
mas que causam danos importantes.
Análise de riscos

É a atividade dirigida à elaboração de uma estimativa (qualitativa ou


quantitativa) do riscos, baseada na engenharia de avaliação e técnicas
estruturadas para promover a combinação das freqüências e conseqüências
de cenários acidentais.

Avaliação de riscos

É o processo que utiliza os resultados da análise de riscos e os compara


com os critérios de tolerabilidade
previamente estabelecidos.

Gerenciamento de riscos

É a formulação e a execução de medidas e procedimentos técnicos e


administrativos que têm o objetivo de
prever, controlar ou reduzir os riscos existentes na instalação industrial,
  objetivando mantê-la operando dentro dos requerimentos de segurança
considerados toleráveis.
Níveis de risco

• Catastrófico • Crítico • Marginal • Desprezível

Classificação dos riscos – quanto a severidade das conseqüências:


• Categoria I – Desprezível - Quando as conseqüências / danos estão restritas
à área industrial da ocorrência do evento com controle imediato.

• Categoria II - Marginal - Quando as conseqüências / danos atingem outras


subunidades e/ou áreas não industriais com controle e sem contaminação do
solo, ar ou recursos hídricos.

• Categoria III - Crítica - Quando as conseqüências / danos provocam


contaminação temporária do solo, ar ou recursos hídricos, com possibilidade de
ações de recuperação imediatas.

• Categoria IV - Catastrófica -Quando as conseqüências / danos atingem áreas


externas, comunidade circunvizinha e/ou meio ambiente.
 
Principais técnicas para a identificação dos riscos / perigos:

• Análise Preliminar de Riscos ou perigos – APR / APP


• Método de análise de falhas e de efeitos – AMFE
• Análise de Segurança de sistemas
• Árvore de eventos
• Árvore de falhas

 
4. MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO

A)DESENERGIZAÇÃO

É o conjunto de procedimentos visando a segurança pessoal dos


envolvidos ou não em sistemas elétricos.
O procedimento de desenergização esta discriminado abaixo:

I. Desligamento
É a ação da interrupção da alimentação elétrica, ou seja, a existência de
d.d.p. (tensão elétrica) num equipamento ou circuito. A interrupção é executada
com a manobra local ou remota do respectivo dispositivo de manobra sob
carga, geralmente a do disjuntor alimentador do equipamento ou circuito a ser
isolado, conforme mostra a figura.

 
 
II. Seccionamento

É a ação de desconectar completamente um equipamento ou circuito de


outros equipamentos ou circuitos,
provendo afastamentos adequados que garantam condições de segurança
especifica, impedindo assim a existência
de d.d.p. (tensão elétrica) no mesmo.

O seccionamento só acontece efetivamente quando temos a constatação


visual da separação dos contatos
(abertura de seccionadora, extração de disjuntor, retirada de fusíveis). Na
impossibilidade desta constatação visual a justificativa da não adoção deste
procedimento deverá ser previamente formalizada, de acordo com o item 10.5.3
da NR-10.

A abertura da seccionadora somente poderá ser efetuada após o


desligamento do circuito ou equipamento a
ser seccionado, evitando-se assim, a formação de arco elétrico por manobra
da mesma
 
 
IV. Constatação de Ausência da Tensão

Usualmente por sinalização luminosa ou voltímetro instalado no próprio


painel, deve-se verificar a existência
de tensão em todas as fases do circuito.

Na inexistência ou na inoperabilidade de tal equipamento devemos


constatar a ausência da tensão com equipamento apropriado ao nível de tensão
e segurança do usuário como por exemplo voltímetro, detectores de tensão de
proximidade ou contato

 
ATERRAMENTO

É a ligação elétrica intencional a terra destinada a propiciar um caminho


favorável e seguro, de baixíssima resistência elétrica e robustez mecânica
conveniente, para as correntes elétricas perigosas e indesejáveis.

Os Sistemas de Aterramento devem satisfazer os requisitos referentes às


prescrições de segurança das pessoas bem como da funcionalidade da
instalação. O valor da resistência de aterramento deve satisfazer às
condições de proteção e de funcionamento da instalação elétrica

 
Aterramento Temporário

O aterramento deve satisfazer os requisitos referentes às prescrições de


segurança das pessoas bem como da funcionalidade da instalação.

A instalação de aterramento temporário tem como finalidade a


equipotencialização dos circuitos desenergizados (condutores ou
equipamento) ou seja ligar eletricamente ao mesmo potencial (DDP) no caso
ao potencial de terra, interligando-se os condutores ou equipamentos a malha
de aterramento, através de dispositivos apropriados ao nível de tensão
nominal do circuito.

 
OBS.: Não deve-se utilizar o condutor de neutro em substituição ao
ponto de terra com a finalidade de execução de aterramento temporário.

Para a execução do aterramento temporário deve-se:


• Afastar as pessoas não envolvidas na execução do aterramento e verificação
da desenergização;
• Confirmação da desenergização do circuito a ser aterrado temporariamente;
• Inspecionar todos os dispositivos utilizados no aterramento temporário antes
de sua utilização;
• Ligar o grampo de terra do conjunto de aterramento temporário com firmeza
à malha de terra e em seguida a outra extremidade ao condutor ou
equipamento que será ligado à terra, utilizando-se de equipamentos de
Isolação e proteção apropriados à execução da tarefa;

 
 
Obs.:. Se em um equipamento que estiver aterrado e for necessário a
remoção do aterramento por um breve período por exemplo para execução
de testes de isolação, sendo o mesmo reconectado imediatamente após o
término dessa necessidade.

Com os Equipamentos de Proteção Individual e Equipamentos de Proteção


Coletiva (EPIs e EPCs), apropriados, desconecta-se em primeiro lugar a
extremidade ligada ao condutor ou equipamento e em seguida, a
extremidade ligada à malha de terra. Nos serviços que exijam equipamentos
não aterrados os mesmos devem ser descarregados eletricamente em relação à
terra, seguindo para isso os procedimentos de aterramento estabelecidos.

Ligações à terra
Qualquer que seja sua finalidade (proteção ou funcional) o aterramento deve
ser único em cada local da
instalação. Para casos específicos de acordo com as prescrições da
instalação, podem ser feitos aterramentos separados, desde que sejam tomadas
as
  devidas precauções.
Aterramento Funcional

Aterramento de um ponto (do sistema, da instalação ou do equipamento)


destinado a outros fins que não a proteção contra choques elétricos. Em particular,
no contexto da seção. O termo “funcional“ está associado ao aterramento com
objetivo de equalizar as tensões do sistema e prover um caminho elétrico para
permitir a atuação das proteções.

Aterramento do Condutor Neutro

Quando a instalação for alimentada por concessionário, o condutor neutro


deve ser sempre aterrado na origem da instalação.

Obs.:. Do ponto de vista da instalação, o aterramento do neutro na


origem visa proporcionar uma melhoria na equalização de tensões para
melhor desempenho dos equipamentos elétricos.

 
Aterramento de Proteção (PE)

A proteção contra contatos indiretos proporcionada em parte pelo


equipamento e em parte pela instalação
é aquela tipicamente associada aos equipamentos classe I. Um
equipamento Classe I tem algo além da isolação básica: sua massa é provida
de meios de aterramento, isto é, o equipamento vem com condutor de
proteção (condutor PE, ou “ fio terra”).

Deve-se conectar o PE do equipamento ao PE da instalação, para


garantir que, em caso de falha na isolação do equipamento, um dispositivo de
proteção atue, promovendo o desligamento do circuito.

 
 
Esquemas de aterramento

Classificação de aterramento:
Para a classificação dos esquemas de aterramento é utilizada a seguinte
simbologia:
- Primeira letra – situação da alimentação em relação à terra :
T = um ponto de alimentação (geralmente o neutro) diretamente aterrado;
I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de
um ponto através de uma impedância.
- Segunda letra – situação das massas da instalação elétrica em relação
à terra:
T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento
eventual de ponto de alimentação;
N = massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado (em
corrente alternada, o ponto aterrado é normalmente o neutro).
- Outras letras (eventuais) - disposição do condutor neutro e do
condutor de proteção:
S = funções neutro e proteção asseguradas por condutores distintos;
  C = funções neutro e proteção asseguradas por um único condutor (PEN).
Simbologia:
ESQUEMAS DE LIGAÇÃO DE ATERRAMENTO

Esquema TN

Os esquemas TN possuem um ponto de alimentação diretamente


aterrado, sendo as massas ligadas a esse
ponto através de condutores de proteção. São considerados 3 tipos de
esquemas TN, de acordo com a disposição
do condutor neutro e do condutor de proteção, a saber.

a) Esquema TN-S: O condutor neutro e o condutor de proteção são


distintos, separados ao longo de toda a instalação:

 
 
•Esquema TN-C - as funções de neutro e de condutor de proteção são
combinadas em um único condutor ao longo de toda a instalação:

 
•Esquema TN-C-S - as funções de neutro e de proteção são combinadas em um
único condutor em uma parte da instalação:

 
Esquema IT

O esquema IT não possui qualquer ponto da alimentação diretamente


aterrado, estando aterradas as massas da instalação.

 
Medida da resistência de aterramento

Na escolha dos eletrodos de aterramento e sua posterior distribuição é


importante considerar as condições locais, a natureza do terreno e a resistência
de contato do aterramento. O trabalho de aterramento depende desses fatores e
das condições ambientais.

É comum encontrar baixa resistência ôhmica no aterramento. Ela é


influenciada pela resistência de contato (ou de difusão) do aterramento e pela
resistência do condutor de terra.

Para se obter uma resistência ôhmica de aterramento favorável, devemos


medir a corrente e a queda de tensão provocada por ela. Para isso basta medir a
tensão entre uma tomada de terra e um ponto distante a 20m de distância, de tal
forma que, no mesmo potencial seja nulo.

A resistência de contato tem a resistência do solo como fator muitíssimo


importante. Podemos lembrar alguns dados referenciais da tabela a seguir.
 
Se compararmos a condutividade da terra de cultura com a do cobre,
verificaremos que a primeira é 5,7 x 109 vezes pior condutora que o
 
segundo
Os eletrodos de aterramento podem ser profundos ou superficiais. No
primeiro caso, geralmente, usam-se tubos de ferro galvanizado, em geral de
3/4”, ou hastes de aço revestidas com uma película de cobre depositada
eletroliticamente (copperweld), de comprimento grande, cravados no solo.

No caso de aterramento superficial usam-se cabos condutores ou


chapas, enterrados a uma profundidade média de 0,50 metro, preferindo-se
uma disposição radial e com centro comum.

 
•C EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

Podemos definir equipotencialização como o conjunto de medidas de visa


minimizar as diferenças de potenciais entre componentes de instalações
elétricas de energia e de sinal (telecomunicações, rede de dados, etc.),
prevenindo acidentes com pessoas, e baixando à níveis aceitáveis os danos
tanto nessas instalações quanto nos
equipamentos a elas conectados.

 
Condições de equipotencialização

• Interligação de todos os aterramentos de uma mesma edificação, sejam


eles, o do quadro de distribuição principal de energia (QGBT), o do DG de
telefonia, o da rede de comunicação de dados, etc., deverão ser
convenientemente interligados, formando um só aterramento:

• Todas as massas metálicas de uma edificação, tais como: ferragens


estruturais, grades, guarda corpos, corrimãos, portões, bases de antenas,
bem como carcaças metálicas dos equipamentos elétricos, devem ser
convenientemente interligados ao aterramento;
• Todas as tubulações metálicas da edificação, como rede de hidrantes,
eletrodutos, e outros, devem ser interligados ao aterramento de forma
conveniente;

 
• Os aterramentos devem ser realizados em anel fechado, malha, ou
preferencialmente pelas ferragens estruturais das fundações da edificação,
quando esta for eletricamente contínua (e na maioria das vezes é);

• Todos os terminais “terra“ existentes nos equipamentos deverão estar


interligados ao aterramento via condutores de proteção PE que, obviamente
deverão estar distribuídos por toda a instalação da edificação;

• Todos os ETI´s (Equipamentos de Tecnologia de Informações), devem ser


protegidos por DPS´s (Dispositivos de Proteção Contra Surtos), por ex.:
varistores, centelhadores, diodos especiais ou uma associação deles;

• Todos os terminais “ terra “ dos DPS´s devem ser ligados ao BEP


(Barramento de Equipotencialização Principal), através da ligação da massa
dos ETI´s pelo condutor de proteção PE;

 
A NBR14306; 1999, norma de telecomunicações, substitui o TAS pelo TAT

(Terminal de Aterramento de Telecomunicações), porém com os mesmos


conceitos práticos de instalação.

Obs.: O uso freqüente da palavra “conveniente” no itens anteriores


enfatiza que a interligação entre aterramentos deve obedecer a certos
critérios, pois interligar aterramentos não é simplesmente interligar um
eletrodo ao outro.

 
Para que a interligação ocorra de maneira correta e eficaz deve-se
instalar próximo ao QDP (Quadro de Distribuição Principal de Baixa Tensão),
para instalações de energia da edificação, uma barra de cobre distanciada
da parede em alguns cm e isolada desta por isoladores de porcelana,
resina, ou outro material isolante.

Esta barra (BEP) deve ter dimensões compatíveis que assegurem um


bom contato elétrico, preservando suas características de resistência
mecânica e de baixa impedância elétrica. Via de regra, um bom parâmetro
para suas dimensões são de: largura = 50mm, espessura = 6mm e
comprimento não inferior a 500 mm. Portanto, fazer uma interligação
convenientemente, consiste em se conectar todos os aterramentos neste
BEP, inclusive as ferragens da edificação, pelo caminho mais curto possível e
dela retirarem-se tantos quantos condutores de proteção PE, forem
necessários para “servir“ a instalação.

Cabe esclarecer que se por qualquer motivo alguma tubulação metálica


não puder ser diretamente interligada
  ao BEP, por ex.: corrosão galvaniza, esta interligação deverá ser
realizada de forma indireta via centelhador.
 
•SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO

No sistema de proteção contra choques elétricos (contatos indiretos) por


seccionamento automático da alimentação, as massas devem ser ligadas a
condutores de proteção, compondo uma “rede de aterramento“, e que “um
dispositivo de proteção deve seccionar automaticamente a alimentação do
circuito por ele protegido sempre que uma falta entre parte viva e massa der
origem a uma tensão de contato perigosa“.

 
O tempo máximo admissível de seccionamento é dado em função da
tensão fase-terra (U0) em esquemas de ligação de aterramento TN, e em
função da tensão fase-fase em esquemas de aterramento IT, sendo
também classificados em função da seletividade Situação 1 e Situação 2,
conforme descriminado nas tabelas abaixo.

 
 
São utilizados na proteção por seccionamento automático,
dispositivos de sobrecorrente (disjuntores, fusíveis) ou dispositivos de
corrente diferencial, sendo condicionada a utilização dos mesmos
dependentemente aos esquemas de aterramento conforme mostrado as
seguir:

 
Observamos a incompatibilidade entre os dispositivos tipo DR e os
sistemas PEN e PE, pois na utilização

deste dispositivo nestas instalações, não há diferença de corrente


residual no sensor do DR na ocorrência de falhas, pois o condutor de
proteção PEN ou PE esta passando no sensor, havendo assim o equilíbrio
entre as correntes pois toda diferenciação entre as fases acarretará uma
corrente de mesma intensidade no condutor PEN ou PE, devemos então
executar a separação entre condutor PE e N para utilização de DR.

A seguir serão apresentadas informações importantes para as ligações


eqüipotenciais. Um dispositivo de proteção deve seccionar automaticamente a
alimentação do circuito ou equipamento protegido contra contatos indiretos
sempre que uma falta entre a parte viva e a massa no circuito ou equipamento
considerado der origem a uma tensão de contato superior ao valor apropriado
de [ UL (V)].
 
Uma tensão contínua sem ondulação é convencionalmente definida
como apresentando uma taxa de ondulação não superior a 10% em valor
eficaz; o valor da crista máxima não deve ultrapassar 140V, para um sistema
em corrente contínua sem ondulação com 120V nominais ou 70V para um
sistema em CC sem ondulação com 60V nominais.

 
E) DISPOSITIVO A CORRENTE ELÉTRICA

Independentemente do esquema de aterramento TN, TT ou IT, o uso de


proteção DR, mais particularmente
de alta sensibilidade (isto é, com corrente diferencial-residual nominal (?N
igual ou inferior a 30mA), tornou-se expressamente obrigatória, nos seguintes
casos:

- circuitos que sirvam a pontos situados em locais contendo banheiro ou


chuveiro;

- circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas


à edificação;

- circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam


vir a alimentar equipamentos no exterior;

- circuitos de tomadas de corrente de cozinhas, copas-cozinhas,


  lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, de todo local interno
molhado em uso normal ou sujeito a lavagens.
 
Tipos de DR

Na prática a proteção diferencial-residual pode ser realizada através de:

- interruptores diferenciais-residuais;

- disjuntores com proteção diferencial-residual incorporada;

- tomadas com interruptor DR incorporado;

- blocos diferenciais acopláveis e disjuntores em caixa moldada ou a


disjuntores modulares (mini disjuntores) e peças avulsas (relé DR e
transformador de corrente toroidal) que são associadas apenas a um elemento
de sinalização e/ou alarme, se eventualmente for apenas este, e não um
desligamento, que é o objetivo da detecção diferencial-residual.

 
 
• PROTEÇÃO POR EXTRA BAIXA TENSÃO

A tensão extra-baixa é aquela situada abaixo de 50V. A proteção por extra


baixa tensão consiste em empregar uma fonte da baixa tensão ou uma
isolação elétrica confiável, se a tensão extra baixa for obtida de circuitos de
maior tensão. A tensão extra baixa é obtida tanto através de transformadores
isoladores, como de baterias e geradores.

É comum o emprego da tensão de 24V, para condições de trabalho


desfavoráveis, como trabalho em ambientes úmidos; tais condições são
favoráveis a choque elétrico nestes tipos de ambiente, pois, a resistência do
corpo humano é diminuída e a isolação elétrica dos equipamentos fica
comprometida. Equipamentos de solda empregados em espaços confinados,
como solda em tanques, requerem que as tensões empregadas sejam baixas.

Certos critérios devem ser observados quanto ao uso deste tipo de


proteção, como por exemplo:
- não aterrar o circuito de extra baixa tensão;
- não fazer ligações condutoras com circuitos de maior tensão;
  - não dispor os condutores de um circuito de extra baixa tensão em locais
que contenham condutores de tensões mais elevadas.
•BARREIRAS E INVÓLUCROS

Barreiras e invólucros são destinados a impedir todo contato com as partes


vivas da instalação elétrica, ou melhor, as partes vivas devem estar no interior
de invólucros ou atrás de barreiras. As barreiras e invólucros devem ser
fixadas de forma segura e também possuir robustez e durabilidade suficiente
para manter os graus de proteção e ainda apresentarem apropriada
separação das partes vivas. As barreiras e invólucros podem:

• Impedir que pessoas ou animais toquem acidentalmente as partes vivas; e

• Garantir, que as pessoas sejam advertidas de que as partes acessíveis


através da abertura são vivas e não devem ser tocadas intencionalmente.

 
 
A retirada de barreira e abertura de invólucros ou coberturas não devem ser
feitas a menos que:

a) Utilização de chaves ou ferramentas apropriadas e

b) Após a desenergização das partes vivas protegidas por essas barreiras,


invólucros ou coberturas, não
podendo ser restabelecida a tensão enquanto não forem recolocadas as
barreiras, invólucros ou cobertura; ou

c) Haja interposta uma segunda barreira ou isolação que não possa ser retirada
sem a desenergização das partes vivas protegidas por essas barreiras e que
impeça qualquer contato com as partes vivas.

 
H) BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS

Impedimento de Reenergização

É o processo pelo qual se impede o religamento acidental do circuito


desenergizado em que podemos utilizar de bloqueio mecânico podemos
exemplificar como tal:

• Em seccionadora de alta tensão a utilização de cadeados impedindo a


manobra de religamento pelo travamento da haste de manobra;

• Retirada dos fusíveis de alimentação do local;

• Travamento(bloqueio) da manopla dos disjuntores por cadeado ou lacre.

 
 
 
Este tipo de sinalização é utilizada para diferenciar os equipamentos
energizados dos não energizados, afixando- se a sinalização no dispositivo de
comando do equipamento principal avisando que o mesmo está impedido
de ser manobrado .

 
I) OBSTÁCULOS E ANTEPAROS

São destinados a impedir os contatos acidentais com partes vivas mas não
os contatos voluntários por uma

tentativa deliberada de contorno do obstáculo. Os obstáculos devem


impedir:

- uma aproximação física não intencional das partes vivas (por exemplo,
por meio de corrimões ou de telas de arame);

- contatos não intencionais com partes vivas por ocasião de operação de


equipamentos sob tensão (por exemplo, por meio de telas ou painéis sobre os
seccionadores).

 
Locais de serviço elétrico

Nestes locais a NBR-5410 admite o uso de medidas de proteção


(contra contatos diretos) apenas parciais ou mesmo a sua dispensa. Estes
locais técnicos que abrigam equipamentos elétricos e nos quais é proibido o
ingresso de pessoas que não sejam advertidas ou qualificadas.

Em suma, o acesso a esses locais é restrito apenas aos técnicos


responsáveis.

J) PROTEÇÃO POR ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS


Isolamento elétrico é o processo destinado a impedir a passagem de
corrente elétrica, por interposição de
materiais isolantes.

 
K) ISOLAÇÃO DUPLA OU REFORÇADA

A utilização de isolação dupla ou reforçada tem com finalidade a de


propiciar uma dupla linha de defesa
contra contatos indiretos.
A isolação dupla é constituída de :

• Isolação básica – Isolação aplicada as partes vivas, destinada a


assegurar proteção básica contra choques.

• Isolação suplementar – Isolação independente e adicional à isolação


básica, destinada a assegurar proteção contra choques elétricos em caso de
falha da isolação básica ( ou seja, assegurar proteção supletiva).
Comumentemente, são utilizados sistemas de isolação dupla em alguns
eletrodomésticos e ferramentas elétricas portáteis( furadeiras, lixadeiras, etc.). .
No caso, em sua plaqueta de identificação, haverá um símbolo indicativo
gravado ou sejam dois quadrados de lados diferentes, paralelos, um dentro do
outro.
 
 
A isolação reforçada é o tipo de isolação única aplicada às partes vivas,
que assegura um grau de proteção contra choques elétricos equivalente ao da
dupla isolação.

A expressão “ isolação única “ não implica que a isolação deva constituir


uma peça homogênea. Ela pode comportar diversas camadas impossíveis de
serem ensaiadas isoladamente, como isolação básica ou como isolação
suplementar.

Na prática podemos considerar como condutor com isolação reforçada o


cabo a seguir, pois o mesmo pode ser instalado em locais inacessíveis sem a
utilização de invólucros/barreiras ( eletrodutos, calhas fechadas, etc.), sendo o
mesmo constituído para tal de, isolação(2) e cobertura(4) em composto
termoplástico de PVC, não sendo considerado pelo fabricante a função de
isolação da camada de cobertura(4), considerando-se à mesma somente a
proteção contra influências externas

 
 
ZL = Zona livre
ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados.
ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com adoção de
técnicas, instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho.
PE = Ponto da instalação energizado.
SI = Superfície isolante construída com material resistente e dotada de todos
  dispositivos de segurança
 
6. REGULAMENTAÇÕES DO MTE

Os instrumentos jurídicos de proteção ao trabalhador têm sua origem na


Constituição Federal que, ao relacionar os direitos dos trabalhadores, incluiu entre
eles, a proteção de sua saúde e segurança por meio de normas específicas.
Coube ao Ministério do Trabalho estabelecer essas regulamentações (Normas
Regulamentadoras – NR) por intermédio da Portaria nº 3.214/78. A partir de então,
uma série de outras portarias foram editadas pelo Ministério do Trabalho com o
propósito de modificar ou acrescentar normas regulamentadoras de proteção ao
trabalhador, conhecidas pelas suas iniciais: NR. Sobre a segurança em
instalações e serviços em eletricidade, a referência é a NR-10 que estabelece as
condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que
trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo elaboração
de projetos, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, em
quaisquer das fases de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia
elétrica. A NR-10 exige também que sejam observadas as normas técnicas oficiais
vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais. A fundamentação
legal, que dá o embasamento jurídico à existência desta NR, está nos artigos 179
a   181 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
A) NR’s
NR - 01 – Disposições Gerais
NR - 02 – Inspeção Prévia
NR - 03 – Embargo, Interdição
NR - 04 – Serviços Espevializados em Segurança
NR - 05 – CIPA
NR - 06 – EPI’s
NR - 07 – P.C.M.O.
NR - 08 – Edificações
NR - 09 – Prevenção de Riscos Ambientais
NR - 10 – Segurança em Serviços de Eletricidade
NR - 11 – Transporte e Manuseio de Equipamentos
NR - 12 – Máquinas e Equipamentos
NR - 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão
NR - 14 – Fornos
NR - 15 – Atividades e Operações Insalubres
NR - 16 – Atividades e Operações Perigosas
NR - 17 – Ergonomia
  B) NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade)
As medidas de proteção coletiva compreendem prioritariamente a
desenergização elétrica e na sua impossibilidade o emprego de tensão de
segurança, conforme estabelece a NR 10.

Essas medidas visam a proteção, não só de trabalhadores envolvidos com


a atividade principal que será executada e que gerou o risco, como também a
proteção de outros funcionários que possam executar atividades paralelas nas
redondezas ou até passantes, cujo percurso pode levá-los à exposição ao risco
existente. A seguir serão descritos alguns equipamentos e sistemas de
proteção coletiva usados nas instalações elétricas:

• Conjunto de aterramento
Equipamento destinado a execução de aterramento temporário , visando a
equipotencialização, e proteção
pessoal contra energização indevida do circuito em intervenção.

 
 
Tapetes de borracha isolantes

Acessório utilizado principalmente em subestações, sendo aplicado para


executarmos a isolação contra contatos indiretos, minimizando assim as
conseqüências por uma falha de isolação nos equipamentos.

 
 
• Placas de sinalização

São utilizadas para sinalizarmos perigos ( perigo de vida, etc), e situações


dos equipamentos ( equipamentos
energizados, não manobre este equipamento sobre carga, etc), visando
assim a proteção de pessoas que estiverem trabalhando no circuito, e de
pessoas que venha a manobrar os sistemas elétricos.

 
• Rotetores de máquinas

Anteparos destinados a impossibilitar contatos acidentais com partes


energizadas ou partes móveis de equipamentos.

• Protetores isolantes de borracha para redes elétricas


Anteparos destinados a proteção contra contatos acidentais em redes aéreas,
utilizados na execução de trabalhos próximos a ou em redes energizadas.

 
• Capacetes isolantes de segurança

Equipamento destinado a proteção contra quedas de objetos e contatos


acidentais com as partes energizadas da instalação. O capacete para uso em
serviços com eletricidade deve ser classe B (submetido a testes de rigidez
dielétrica a 30 kV) e preferencialmente com aba total.

• Óculos de segurança
Equipamento destinado a proteção contra elementos que venham a prejudicar
a visão, como exemplo; descargas elétricas.

• Máscara/respiradores
Equipamento destinado a utilização em áreas confinadas e sujeitas a emissão
de Gases e poeiras.

• Luvas isolantes
Equipamento destinado a execução de manobras, sendo usadas geralmente
a complementar a utilizar de

 
 
 
11. RISCOS ADICIONAIS

São todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos elétricos,


específicos de cada ambiente ou processos de trabalho que, direta ou
indiretamente possam afetar a segurança e saúde dos trabalhadores. Entre
os riscos adicionais, destacamos: altura, iluminação, ventilação,
flora,fauna, alimentação, sono, estresse, cultura da empresa, etc.

Classificação dos Riscos Adicionais:


A) Altura
Nos trabalhos com energia elétrica em alturas devemos seguir as
instruções relativas à segurança descritas abaixo:
• É obrigatório o uso do cinturão de segurança e do capacete com
jugular em altura de 2 metros.
• Em todos trabalhos acima de 2 metros devem ser designados um ou
mais observadores a fim de prevenir qualquer risco de acidentes.
• O observador deve estar devidamente instruído sobre o serviço a ser
executado e dedicar-se exclusivamente á observação, devendo ser
substituído após determinado espaço de tempo, a critério do responsável
 
E) CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS

Descargas Atmosféricas (Raios)

 
• O raio é um fenômeno da natureza absolutamente imprevisível tanto em
relação ás suas características elétricas como em relação aos efeitos
destruidores decorrentes de sua incidência sobre as instalações, as pessoas
ou animais.

• Nada em termos práticos pode ser feito para impedir a “queda” de uma
descarga em uma determinada região. Assim sendo, as soluções aplicadas
buscam tão somente minimizar os efeitos destruidores a partir de
instalações
adequadas de captação e de condução segura da descarga para a terra.

• Normalmente a nuvem funciona como placa negativa e o solo com placa


positiva e o ar, ou como um isolante de baixo poder dielétrico, propicia
condições favoráveis para a ocorrência de raios.

 
12. PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIOS

A) NOÇÕES BÁSICAS
O fogo quando controlado é gerador de energias e riquezas. Quando fora
de controle é causador de incêndios
e destruições. Na história do homem, o fogo aparece como elemento
indispensável à sua sobrevivência e ao seu progresso.
É utilizado no preparo de alimentos, aquecimento de ambientes, proteção,
processos industriais, etc. Entretanto, o fogo tem sido responsável, também,
por sinistros, que vão de pequenos incêndios até devastações de
cidades inteiras.
A expansão da indústria e o desenvolvimento de novos materiais
resultaram em um enorme incremento ao risco de ocorrência de incêndios e
explosões. Isto foi decisivo para o desenvolvimento da ciência de proteção e
combate ao fogo. Hoje, é indispensável um acompanhamento constante do uso
de novos materiais ou novos processos industriais, no que se refere às suas
características em relação ao risco de incêndio, para que se possa
 
eliminar as possibilidades de ocorrência de sinistros ou, caso ocorram,
estar pronto para combatê-los de maneira eficaz.
Leia cuidadosamente o módulo e aplique os conhecimentos adquiridos no
seu dia-a-dia de trabalho.

Combustão. Alguns conceitos são importantes de serem compreendidos,


pois facilitarão seu aprendizado no momento de atuar na prevenção e combate
a incêndios. A combustão, ou simplesmente o fogo, é uma reação química de
oxidação rápida e exotérmica, em que há geração de luz e calor. Para tanto, é
necessária a combinação de alguns elementos essenciais em condições
apropriadas.

Os produtos mais comuns resultantes da combustão são o vapor d’água e


o gás carbônico (CO2), podendo
também ser produzido dióxido de enxofre (SO2). As chamas produzidas
pela combustão formam um fluxo de gases ou vapores que queimam e emitem
luz em decorrência da ação do calor sobre a substância combustível.

A oxidação lenta que ocorre com alguns materiais, como, por exemplo, a
oxidação do ferro (ferrugem), o amarelamento do papel, etc., não é
 
considerada uma combustão.
Tipos de combustão

Combustão viva
Quando se produz chama, com elevação rápida da temperatura, como o
fogo produzido por líquidos inflamáveis
(gasolina, removedor, tinta, etc.) ou por combustíveis sólidos (lenha, papel,
etc.).
Combustão lenta

Quando, logo de saída, não se produz chama e a temperatura não se eleva


com rapidez. Em geral, a combustão lenta se verifica em substâncias más
condutoras de calor e que somente se consomem quando expostas
prolongadamente à ação deste, como, por exemplo, certos tipos de pano,
madeiras deterioradas, etc.

 
Quando, logo de saída, não se produz chama e a temperatura não se eleva
com rapidez. Em geral, a combustão lenta se verifica em substâncias más
condutoras de calor e que somente se consomem quando expostas
prolongadamente à ação deste, como, por exemplo, certos tipos de pano,
madeiras deterioradas, etc.

Combustão espontânea
Quando se produz a oxidação lenta de uma substância provocada por
temperaturas baixas, que demoram
em produzir o ponto ou a temperatura de ignição. Exemplos: estopa ou
trapos, acumulados, embebidos em óleo; monte de feno úmido em fermentação;
fardo de estopa ou de algodão úmido; etc.

Combustão incompleta
Quando a combustão se produz com insuficiência de oxigênio. Ao dar-se
este fenômeno, primeiramente se
reduz a velocidade da combustão e, ao ser atingido o ponto crítico do teor
  de oxigênio, a chama se extingue. A combustão incompleta é geralmente
acompanhada de forte formação de fumaça.
Química e física do fogo

O conhecimento das condições que determinam a ocorrência ou não da


oxidação de um material é essencial para a compreensão dos princípios em que
se baseia a ciência de prevenção e combate a incêndios.

Como a combustão é uma reação química, são necessários, no mínimo,


dois elementos que reajam entre si, envolvidos por circunstâncias que
favoreçam tal reação.
Para fins didáticos, utiliza-se a figura de um quadrado equilátero para
representar os elementos essenciais à ocorrência da combustão. Sendo esta
figura denominada “Quadrado do Fogo”.

 
OBS.: Até alguns anos atrás, só eram considerados três elementos
como influentes na química do fogo: comburente, combustível e fonte
de ignição, constituindo o conhecido “triângulo do fogo”. Com a
aceitação da reação em cadeia como elemento essencial à combustão,
desenvolveu-se o conceito do “quadrado do fogo”.

 
Comburente

É qualquer substância que mantém uma combustão; no caso, é o gás que


envolve o combustível.
O comburente mais comum é o oxigênio, pois é o mais abundante. O ar é
composto de aproximadamente
21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases.
Para que haja combustão, é necessário que o oxigênio contido no ar
atmosférico esteja na concentração mínima de 13%. Abaixo dessa
concentração, até atingir o limite mínimo de 6%, não haverá mais chama, e a
combustão de um material pode se manifestar de maneira lenta.
Observe na figura a concentração de oxigênio para que ocorra a
combustão.

 
Conclusão:

Certas substâncias químicas que facilmente liberam oxigênio em


condições favoráveis, como o nitrato de sódio e o cloreto de potássio, são
comburentes. Alguns materiais combustíveis, como o plástico piroxilínico,
contêm oxigênio combinado nas suas moléculas, de tal forma que a combustão
pode ocorrer sem suprimento de fonte externa.
A combustão pode também ocorrer numa atmosfera de cloro, gás
carbônico, nitrogênio.
Por exemplo: o pó de zircônio pode ser inflamado no gás carbônico.

Material combustível
É toda e qualquer substância sólida, líquida ou gasosa que arde com
formação de calor e luminosidade, após atingir a temperatura de ignição.
A determinação se um material pode ou não ser oxidado depende da
constituição química dele. Entretanto, podemos dizer que qualquer material
constituído primariamente de carbono e hidrogênio pode ser oxidado.

 
Inflamabilidade/Explosividade

A inflamabilidade/explosividade é uma propriedade presente em alguns


líquidos combustíveis.

A distinção entre um líquido inflamável e um líquido apenas


combustível reside na facilidade do mesmo em liberar vapor. Porém,
qualquer líquido combustível, suficientemente aquecido, torna-se inflamável.
Tais líquidos combustíveis também se tornam inflamáveis quando
espalhados no ar, em finíssimas partículas (névoas), pois nessas condições
assemelham-se aos seus vapores, devido à grande área em contato com o
ar. Para que ocorra a combustão, é necessário que o combustível (vapores
ou gases) e o ar (oxigênio) se misturem em um percentual volumétrico
adequado, na presença de uma fonte de ignição.

 
Fonte de ignição

Fonte de ignição ou calor representa a energia térmica necessária para


ativar a reação química, entre um material combustível e o oxigênio. A
exemplo do que ocorre com o combustível e com o comburente, o calor
também precisa estar presente em intensidade adequada para elevar a
temperatura e iniciar a combustão. Na transformação do combustível em
fogo, devem-se considerar as seguintes temperaturas:

Ponto de fulgor
É a temperatura mais baixa em que um combustível, geralmente líquido,
começa a desprender suficientes gases ou vapores para formar uma mistura
inflamável com o ar atmosférico, junto à superfície do combustível, que se
incendeia ao entrar em contato com uma centelha ou uma chama.

Ponto de combustão
É a temperatura mínima na qual os vapores desprendidos dos corpos
combustíveis, ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor,
entram em combustão e continuam a queimar.
 
Ponto de auto-ignição

É a temperatura mínima na qual os gases desprendidos dos combustíveis


entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independente
de qualquer outra fonte de calor.

Reação em cadeia
As reações químicas que ocorrem quando as moléculas iniciais de um
combustível, ao se combinarem com o oxigênio, oxidam-se numa série de
etapas intermediárias sucessivas até que sejam atingidos os produtos finais da
combustão são denominadas “Reação em Cadeia”.

Em cada etapa formam-se moléculas instáveis, denominadas “Radicais


Livres”, cuja duração é muito curta.

A formação e a extinção quase que simultânea de tais radicais representam


a duração da chama. A reação destes radicais com as moléculas do combustível
produz o calor que sustenta a reação de combustão, ativando a reação entre o
combustível
  e o oxigênio que estão disponíveis.
Formas de transmissão de calor

O conhecimento das formas de transmissão do calor é importante tanto na


prevenção como no combate ao corte incêndio.
O calor é transmitido de um corpo para outro por condução, convecção e
radiação.

Condução
É o processo pelo qual o calor se transmite diretamente de uma matéria
para outra e de uma molécula para outra, isto é, sem intervalos entre os
corpos; por exemplo, a transmissão do calor em barras ou objetos metálicos
com uma de suas partes em contato com uma fonte de calor.

 
Convecção
É o processo de transmissão de calor característico dos fluidos (líquidos e
gases). Quando aquecidos, esses fluidos têm suas densidades diminuídas,
ficam mais leves, e movimentando-se no sentido ascendente provocam o que
chamamos de corrente de convecção. Tais correntes, nos incêndios de
combustíveis sólidos (madeira, papel, tecidos, etc.), deslocam as partículas
incandescentes a grandes distâncias. Essas partículas poderão causar ignição
em outros combustíveis.
Em edifícios, comumente, este fenômeno se dá através do poço dos
elevadores ou vão de escadas, atingindo andares acima do local onde está
lavrando o incêndio.

Radiação
Radiação ou irradiação é a forma de transmissão de calor por meio de
ondas de energia térmica que se deslocam através do ar. A energia é
transmitida na velocidade da luz, e ao encontrar um corpo, as ondas são
  absorvidas; por exemplo: o calor do Sol é transmitido através do espaço até
alcançar a Terra, quando é absorvido.
O calor radiante é transmitido em linha reta e em todos os sentidos
até encontrar um obstáculo, quando será absorvido e começará a se
propagar por condução; se a superfície do obstáculo for brilhante, será
refletido. A intensidade do calor radiante é proporcional à temperatura do
foco e diminui com a distância.

 
C) MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS

A combustão só existirá quando estiverem presentes os seus elementos


essenciais, ou seja, quando estiver formado o “quadrado do fogo”. Portanto, é
com base nesse conhecimento que foram desenvolvidos os métodos de
combate às chamas, pois para extingui-las basta desfazer esse quadrado, isto
é, remover um dos seus lados.
Assim sendo, existem quatro métodos básicos para a extinção de um
incêndio.

Resfriamento
É o método de extinção mais conhecido e consiste em diminuir a
temperatura do material em chamas até que
esta se situe abaixo do ponto de combustão, quando não mais haverá o
desprendimento de vapores na quantidade
necessária para sustentar a combustão.
 
Abafamento

É o método de extinção que consiste em reduzir a concentração do


oxigênio presente no ar, situado acima
da superfície do combustível.

Segundo experiências realizadas em laboratório, verificou-se que em


relação a líquidos e gases as chamas

existem somente em ambientes com mais de 13% de oxigênio. Qualquer


meio de abafamento que consiga reduzir a porcentagem de oxigênio abaixo
desse valor terá sucesso na extinção. Para sólidos, a combustão pode
continuar ocorrendo abaixo dos 13%, lentamente, sem chamas, e assim
permanecerá até que a concentração de oxigênio atinja 6%, quando nenhuma
forma de combustão existirá.
 
Interferência na reação em cadeia

É o método também conhecido como extinção química, em que o agente


extintor evita a reação das substâncias geradas durante a combustão. Essas
substâncias, conhecidas como produtos intermediários, são responsáveis
pela continuidade da combustão.

 
Isolamento (remoção do combustível)

A retirada do material ou controle do combustível é o método de


extinção mais simples na sua realização, pois não exige aparelhos
especializados. Consiste na retirada, diminuição ou interrupção, com
suficiente margem de segurança, dos materiais combustíveis que
alimentam o fogo e daqueles ainda não atingidos por este. Como
exemplo do emprego deste tipo de extinção citamos o “aceiro”,
praticado nos casos de incêndios em matas, florestas e campos, que
interrompe a continuidade do fogo, facilitando o seu domínio.

 
Classes de incêndio
Para fins didáticos e para facilitar os estudos de prevenção e combate a
incêndios, considera-se a existência de quatro classes gerais de incêndios: A, B,
C e D.
Incêndios da Classe A
São os que ocorrem em materiais de fácil combustão com a propriedade de
queimarem em sua superfície e
profundidade, e que deixam resíduos. Ex.: tecidos, madeira, papel, fibra,
etc.
Necessitam, para sua extinção, do efeito do resfriamento, isto é, a água ou
as soluções que a contenham em grande proporção, a fim de reduzir a
temperatura do material em combustão abaixo do seu ponto de ignição.
Incêndios da Classe B
São os que ocorrem em produtos considerados inflamáveis, que queimam
somente em sua superfície, não
deixando resíduos. Ex.: óleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.
Exigem para sua extinção o princípio do abafamento, que isola o material
combustível do ar, ou o princípio
  da interferência na reação em cadeia.
Incêndios da Classe C

São os que ocorrem em equipamentos elétricos energizados. Ex.:


motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.
Exigem para sua extinção um agente extintor não condutor de
eletricidade.

Incêndios da Classe D
São os que ocorrem em metais pirofóricos (magnésio, selênio,
antimônio, lítio, cádmio, potássio, zinco, titânio, sódio e zircônio) e que
exigem para sua extinção agentes extintores especiais.
Estes tais agentes se fundem em contato com o metal combustível,
formando uma capa que os isola do ar
atmosférico, interrompendo a combustão.

OBS.: Verifica-se que os incêndios das Classes A e B se


caracterizam pelo modo como queimam; os incêndios da Classe C,
 
pelo risco de vida que pode oferecer ao operador.
Métodos de Extinção

São denominados Agentes Extintores os produtos utilizados na extinção e


prevenção de incêndios.
São utilizados através de equipamentos especializados ou instalações
adequadas, cuja finalidade é proporcionar a projeção dos agentes contra o
fogo.

A projeção dos agentes é feita por meio de um jato proveniente do


equipamento ou instalação que os
empregam, com a finalidade de:
• Proteger o operador, mantendo-o à distância do foco.
• Alcançar o fogo nas mais desfavoráveis condições.
• Facilitar a distribuição gradativa e propícia do agente.
• Propiciar a penetração do agente no foco propriamente dito (no caso da
classe A).
Os agentes extintores são utilizados por equipamentos e instalações de
combate a incêndio – extintores portáteis, ou carretas e instalações fixas
 
automáticas ou sob comando.
 
 
 
 
 
15. RESPONSABILIDADES

GERÊNCIA IMEDIATA

• Instruir e esclarecer a seus funcionários sobre as normas de segurança do


trabalho e precauções relativas às peculiaridades dos serviços executados.

• Fazer cumprir as normas de segurança do trabalho a que estão obrigados


todos os empregados, sem exceção.

• Designar somente o pessoal devidamente autorizado para a execução de


cada tarefa.

• Manter-se informado das alterações introduzidas nas normas de


segurança do trabalho, transmitindo-as a seus funcionários.

• Estudar as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e fazer cumprir a


medidas que possam evitar sua repetição.
 
• Proibir a entrada de menores em áreas de risco
SUPERVISORES E ENCARREGADOS

• Instruir adequadamente os funcionários com relação às normas de


segurança do trabalho.
• Certificar-se da colocação dos equipamentos de sinalização adequados
antes do início de execução dos serviços.
• Orientar os integrantes de sua equipe quanto às características dos serviços
a serem executados e as precauções a serem observadas no seu
desenvolvimento.
• Comunicar à gerência imediata irregularidades observadas no cumprimento
das normas de segurança do trabalho, inclusive quando ocorrerem fora de sua
área de serviço.
• Advertir pronta e adequadamente os funcionários sob sua responsabilidade,
quando deixarem de cumprir as normas de segurança de trabalho.
• Zelar pela conservação das ferramentas e dos equipamentos de segurança,
assim como pela sua correta utilização.
• Proibir que os integrantes de sua equipe utilizem ferramentas e
equipamentos inadequados ou defeituosos.
• Usar e exigir o uso de roupa adequada ao serviço.
 
• Manter-se informado das inovações introduzidas nas normas de segurança di
trabalho, transmitindo-as aos integrantes de sua equipe.
• Providenciar prontamente os primeiros socorros para os funcionários
acidentados e comunicar o acidente a gerência imediata, logo após sua
ocorrência.
• Estudar as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e fazer cumprir as
medias que possam evitar sua repetição.
• Conservar o local de trabalho organizado e limpo.
• Cooperar com as CIPA’s na sugestão de medidas de Segurança do Trabalho.
• Atribuir serviços somente a funcionários que estejam física e emocionalmente
capacitados a executá-los e distribuir as tarefas de acordo com a capacidade
técnica de cada um.
• Quando houver a interrupção dos serviços em execução, antes de seu reinício
devem ser tomadas precauções para verificação da segurança geral, como foi
feita antes do início do trabalho.

 
Senhores:

• Observar as normas e preceitos, relativos à segurança do trabalho e ao uso


correto dos equipamentos de segurança.

• Utilizar os Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva.

• Alertar os companheiros de trabalho quando estes executarem os serviços de


maneira incorreta ou atos que possam gerar acidentes.

• Comunicar imediatamente ao seu superior e aos companheiros de trabalho,


qualquer acidente, por mais que sejam tomadas as providências cabíveis.

• Avisar a seu superior imediato quando, por motivo de saúde, não estiver em
condições de executar o serviço para o qual tenha sido designado.

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