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de Segurança no Sistema
Elétrico de Potência (SEP)
NR-10-SEP - Curso Complementar de
Segurança no Sistema
Elétrico de Potência (SEP)
Macaé, RJ
Abril 2017
Nome do NR-10 – SEP - Curso Complementar de Segurança no Sistema
Curso Elétrico de Potência (SEP)
Nome do
20170403_AP_SEP_PT_REV02
Arquivo
NR-10 – SEP - Curso Complementar de Segurança no Sistema
Elétrico de Potência (SEP)
ÍNDICE
1. ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA ........................... 10
1.1. PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ....................................................... 10
1.2. TRANSPORTE DE ENERGIA ELÉTRICA .................................................... 11
2. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................. 13
2.1. PROGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO DOS SERVIÇOS ............................... 13
2.2. DEFINIÇÕES.......................................................................................... 13
2.3. TRABALHO EM EQUIPE .......................................................................... 33
2.4. PRONTUÁRIO E CADASTRO DAS INSTALAÇÕES ..................................... 34
2.5. COMUNICAÇÃO ..................................................................................... 35
3. ASPECTOS COMPORTAMENTAIS ............................................................ 36
3.1. TEORIA DE MASLOW – A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES ................. 36
3.2. O FATOR HUMANO NO ACIDENTE .......................................................... 37
3.3. UMA ANÁLISE DE RISCO DEFICIENTE OU INCOMPLETA ........................ 38
4. CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS ......................................... 40
4.1. PROCEDIMENTOS .................................................................................. 40
4.2. CUIDADOS PRELIMINARES ................................................................... 41
4.3. CHEGANDO AO LOCAL DE SERVIÇO ....................................................... 41
5. RISCOS TÍPICOS NO SEP E SUA PREVENÇÃO ........................................ 44
5.1. PROXIMIDADE E CONTATOS COM PARTES ENERGIZADAS ..................... 44
5.2. INDUÇÃO .............................................................................................. 45
5.3. DESCARGAS ATMOFÉRICAS ................................................................... 46
5.4. ESTÁTICA ............................................................................................. 48
5.5. CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS ..................................................... 51
5.6. DISRUPÇÃO .......................................................................................... 54
5.7. FUSÍVEIS E DISJUNTORES .................................................................... 54
5.8. COMUNICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO ........................................................ 56
5.9. TRABALHOS EM ALTURA ....................................................................... 57
6. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO NO SEP ............................................. 61
6.1. RISCOS ................................................................................................. 61
6.2. ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR) ................................................ 63
6.3. CHECK LIST ........................................................................................... 63
7. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO – ANÁLISE DE DISCUSSÃO ................ 64
8. TÉCNICAS DE TRABALHO SOB TENSÃO ................................................. 65
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REGRAS FALCK
Respeite todos os sinais de advertência, avisos de segurança e instruções;
Roupas soltas, jóias, piercings etc. não devem ser usados durante os
exercícios práticos;
Não é permitido o uso de camiseta sem manga, “shorts” ou minissaias,
sendo obrigatório o uso de calças compridas e de calçados fechados;
Terão prioridade de acessar o refeitório, instrutores e assistentes;
Não transite pelas áreas de treinamento sem prévia autorização. Use o EPI
nas áreas recomendadas;
Os treinandos são responsáveis por seus valores. Armários com cadeado e
chaves estão disponíveis e será avisado quando devem ser usados. A FALCK Safety
Services não se responsabiliza por quaisquer perdas ou danos;
O fumo é prejudicial à saúde. Só é permitido fumar em áreas previamente
demarcadas;
Indivíduos considerados sob o efeito do consumo de álcool ou drogas ilícitas
serão desligados do treinamento e reencaminhados ao seu empregador;
Durante as instruções telefones celulares devem ser desligados;
Aconselha-se que as mulheres não façam o uso de sapato de salto fino;
Não são permitidas brincadeiras inconvenientes, empurrões, discussões e
discriminação de qualquer natureza;
Os treinandos devem seguir instruções dos funcionários da FALCK durante
todo o tempo;
É responsabilidade de todo treinando assegurar a segurança do treinamento
dentro das melhores condições possíveis. Condições ou atos inseguros devem ser
informados imediatamente aos instrutores;
Fotografias, filmagens ou qualquer imagem de propriedade da empresa,
somente poderá ser obtida com prévia autorização;
Gestantes não poderão realizar os treinamentos devido aos exercícios
práticos;
Se, por motivo de força maior, for necessário ausentar-se durante o período
de treinamento, solicite o formulário específico para autorização de saída. Seu período de
ausência será informado ao seu empregador e se extrapolar o limite de 10% da carga
horária da Disciplina, será motivo para desligamento;
A Falck Safety Services garante a segurança do transporte dos treinandos
durante a permanência na Empresa em veículos por ela designados, não podendo ser
responsabilizada em caso de transporte em veículo particular;
Os Certificados/Carteiras serão entregues à Empresa contratante. A entrega
ao portador somente mediante prévia autorização da Empresa contratante. Alunos
particulares deverão aguardar o resultado das Avaliações e, quando aprovados,
receberem a Carteira do Treinamento;
Pessoas que agirem em desacordo com essas regras ou que
intencionalmente subtraírem ou danificarem equipamentos serão responsabilizadas e
tomadas às providências que o caso venha a exigir.
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Redes em EHV - Extra Alta Tensão e no Brasil formam a chamada rede “Básica” de
transmissão. As redes com tensões nominais iguais e entre 69 kV e 138 kV são
denominadas Redes em AT – Alta Tensão.
As redes com tensão nominal entre 1 kV e 69 kV são denominadas Redes em MT
– Média Tensão (ou em Tensão Primária) e os sistemas com tensões abaixo de 1 kV
formam as Redes em Baixa Tensão (ou em Tensão Secundária). No Brasil existe um
sistema que opera em corrente contínua, o Sistema de Itaipu, com nível de tensão de ±
600 kVDC.
Para se escolher transmissão entre sistemas de corrente alternada ou corrente
contínua são feitos estudos técnicos e econômicos. Sistemas de corrente contínua
começam a se mostrar viáveis para distâncias acima de 600 ~ 800 km.
No caso de transmissão em corrente alternada, o sistema elétrico de potência é
constituído basicamente pelos geradores, estações de elevação de tensão, linhas de
transmissão, estações seccionadoras e estações transformadoras abaixadoras.
Na transmissão em corrente contínua a estrutura é essencialmente a mesma,
diferindo apenas pela presença das estações conversoras junto à subestação elevadora
(para retificação da corrente) e junto à subestação abaixadora (para inversão da
corrente) e ainda pela ausência de subestações intermediárias abaixadoras ou de
seccionamento.
As linhas de transmissão em corrente contínua apresentam custo inferior ao de
linhas em corrente alternada enquanto que as estações conversoras ainda apresentam
custo relativamente alto, portanto a transmissão em corrente contínua somente se
mostra vantajosa em aplicações específicas como na interligação de sistemas com
frequências diferentes ou para transmissão de energia a grandes distâncias.
A necessidade de sistemas de transmissão em tensão superior à de geração e de
distribuição se deve a impossibilidade de transmitir diretamente, mesmo em distâncias
relativamente pequenas, a potência elétrica gerada nas usinas, pois as correntes seriam
elevadas e as quedas de tensão e as perdas de potência na transmissão inviabilizariam
técnica e economicamente as transmissões. Esse problema é tanto mais grave quanto
maior for à distância de transmissão e quanto maior for a potência a ser transmitida.
Com a elevação da tensão, a potência gerada nas usinas (que é função do produto da
tensão pela corrente) pode ser transmitida com correntes inferiores às de geração, o que
viabiliza a transmissão.
Um fator importante na minimização dos custos de transmissão e de distribuição
está ligado à escolha da seção dos cabos condutores das linhas, ou seja, de sua
resistência ôhmica. Como o custo das linhas (e do sistema de transmissão) aumenta
de forma linear com a seção condutora e as perdas ôhmicas (e, portanto o seu custo)
variam com o inverso da seção dos condutores, existe um ponto de mínimo custo, que
corresponde à seção condutora ótima.
Os consumidores, individualmente, requerem potências inferiores às transmitidas.
Portanto, são previstas estações abaixadoras nas quais as tensões de transmissão são
transformadas para níveis compatíveis com as cargas que vão alimentar regionalmente.
Observa-se que as pequenas potências de distribuição transportadas por circuitos aéreos
ou subterrâneos nas ruas ou avenidas são adequadas às baixas tensões, também por
questões de segurança.
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2. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
2.2. DEFINIÇÕES
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O Volt
Potencial elétrico_ V= J/ C
Definição prática:
Isto significa que um potencial elétrico de 220V consegue impor uma energia de
220J a cada Coulomb de carga sob sua influência.
Exemplos práticos:
Por exemplo, sob 220V, 2 Coulombs receberão uma energia de 440J.
220V= 440J/ 2C
Analogias mecânicas:
Pode-se fazer uma analogia com uma ladeira. Imagine uma ladeira bem inclinada,
com uma descida bem íngreme, digamos de 10 metros de altura (um prédio de 3
andares) em apenas 2 quarteirões, ou seja, 5 metros por quarteirão. Se deixarmos uma
camionete de 3 toneladas descer solta nesta ladeira, ela ao final se chocará com algum
obstáculo e produzirá uma energia “x”. Se deixarmos um caminhão de 9 toneladas
descer solto nesta ladeira, ele ao final se chocará com algum obstáculo e produzirá uma
energia “3x”.
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Conclusões:
Daí pode-se concluir que o potencial elétrico só realiza trabalho em presença de
uma carga a ser acelerada. Sem carga a ser acelerada, a voltagem permaneceria
inalterada pelos milênios, como uma ladeira bem inclinada, mas sem nenhum veículo
para descer por ela.
O Volt/ m
Campo elétrico_ E= N/ C
Transformações:
TRANSFORMAÇÕES
Definição prática:
Isto significa que um campo elétrico de 220V/m consegue aplicar uma força de
220N a cada Coulomb de carga sob sua influência a uma distância de 1m.
Analogias mecânicas:
Pode-se aqui também fazer uma analogia com uma ladeira. Imagine uma ladeira
cuja inclinação varie com a posição. A 1m da origem ela tem uma inclinação “x”, a 2m
sua inclinação cai à metade, a 4m cai à metade novamente e assim por diante. Se
deixarmos um carro solto nesta ladeira, ele acelerará sempre, mas conforme se afasta
da origem sua aceleração diminuirá (embora a velocidade sempre aumente).
Conclusões:
Daí pode-se concluir que o campo elétrico a princípio não chega a definir o total de
energia ou de trabalho realizado, apenas determina qual força elétrica atuará sobre uma
carga a cada distância da origem.
Considerações gerais
Condições perigosas nos circuitos elétricos
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reversão.
11 Dispositivo multifunção
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CLK Clock
HST Histórico
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Planejamento de serviço
Planejamento do serviço é um dos fatores essenciais para a Prevenção de
Acidentes de Trabalho. É durante esta fase que podemos detectar as condições
inseguras e os riscos de acidentes que poderão ocorrer durante a realização de uma
determinada tarefa a ser executada. Conhecendo-se as condições inseguras e os riscos,
podem-se determinar as medidas de controle. Compete ao Supervisor de uma equipe a
responsabilidade direta pela realização das tarefas livres de acidentes do trabalho,
portanto deve planejar cuidadosamente os serviços, de forma a garantir que todos os
Métodos e Procedimentos de Segurança sejam adotados, para o controle efetivo dos
riscos de acidentes. Considera-se Supervisor qualquer empregado designado pelo
superior hierárquico, como responsável pela execução de um serviço. Logicamente,
espera-se que somente sejam indicados como supervisores, empregados que tenham
perfil para atender às exigências da função.
A seguir abordaremos os principais elementos que devem ser observados pelo
Supervisor para o planejamento de um serviço.
“Os serviços somente devem ser atribuídos a empregados que estiverem
habilitados e autorizados a executá-los e distribuir as tarefas de acordo com a
capacidade técnica de cada um.”
Os empregados que forem designados para executar trabalhos em instalações
elétricas devem possuir capacitação através de treinamento para as tarefas específicas,
para prestar os primeiros socorros em caso de acidentes e utilização de agentes
extintores para combater princípios de incêndios.
Não permitir que empregados, mesmo que tecnicamente capacitados, façam
serviços de ajustes em equipamentos, dirijam veículos, subam em escadas ou estruturas,
durante o período que estiverem fazendo uso de medicamentos que alterem o seu
comportamento.
O supervisor deve ter uma visão global do que é de sua incumbência realizar; ele
não poderá se deter em minúcias, perdendo a noção do todo. Deve ser capaz de prever
os resultados sem subestimar possíveis falhas e fazer a distribuição de tarefas.
Determinar o número de empregados suficiente para que a tarefa seja realizada com
segurança, explicar aos empregados o serviço a ser executado e os resultados desejados.
Identificar os riscos do serviço sob sua orientação, alertar devidamente seus
subordinados sobre os controles desses riscos, transmitir-lhes claramente as Normas e
Procedimentos aplicáveis, dedicando especial atenção à execução das tarefas fora da
rotina.
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Limpeza:
Além dos itens contidos nas normas e documentos complementares e específicos
de cada equipamento, recomenda-se que sejam adotados alguns critérios para limpeza e
conservação das ferramentas e equipamentos.
Os equipamentos de linha viva energizada, com exceção das luvas, mangas e
bastões, deverão ser limpos e conservados pelo menos uma vez por mês pelos próprios
componentes da turma.
Os bastões deverão ser limpos diariamente, antes e depois do serviço, com um
pano de limpeza tratado com silicone apropriado para tal fim. As coberturas de borracha
(lençóis, cobertura para condutor, etc.) deverão ser lavadas com água e sabão neutro e
colocadas em seguida para secar a sombra. Não deverão ser usados derivados de
petróleo nem detergentes para limpeza destes equipamentos.
As luvas e mangas isolantes deverão ser lavadas, após o serviço com água e
sabão neutro (sabão de coco). Depois de secas à sombra, deverão receber aplicação de
talco industrial. As coberturas termoplásticas poderão ser lavadas com água e sabão
comum e, havendo necessidade, pode-se esfregar com bastante fricção. Na limpeza
deste equipamento deverá ser evitada a utilização de compostos químicos do tipo da
acetona, thinner e tricloroetileno;
As plataformas isolantes não deverão ser lavadas com água e sabão comuns,
devido a sua superfície antiderrapante. Sua Limpeza deverá ser feita com acetona
industrial. Os estropos de nylon e cordas de poly dracon deverão ser lavados com sabão
neutro, deixando-os de molho por 1 hora e colocando-os em seguida para secar ao sol;
Para limpeza de sujeiras em geral, deverão ser utilizados água e sabão neutro. Na
existência de manchas ou contaminação da superfície dos bastões com (óleo, graxa),
estes deverão ser limpos com acetona industrial, aplicada com tecido de algodão cru e
posteriormente restaurador de brilho o serviço deve ser realizado em local ventilado e
seco.
Após a limpeza os bastões deverão ser colocados para secagem em local
apropriado (isento de poeira e protegido dos raios ultravioleta). Esta secagem poderá ser
obtida com um pernoite em tempo seco ou então por um período mais curto, em uma
estufa apropriada; Quando os bastões tiverem partes metálicas, estas deverão ser
lubrificadas, moderadamente com lubrificantes anticorrosivos e não tóxicos. (Usar óleo
fluido dispersante para lubrificação das peças).
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Seja paciente
Nem sempre é fácil conciliar opiniões diversas, afinal “cada cabeça uma sentença”.
Por isso é importante que seja paciente. Procure expor os seus pontos de vista com
moderação e procure ouvir o que os outros têm a dizer. Respeite sempre os outros,
mesmo que não esteja de acordo com as suas opiniões.
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Saiba dividir
Ao trabalhar em equipe, é importante dividir tarefas. Não parta do princípio que é
o único que pode e sabe realizar uma determinada tarefa. Compartilhar
responsabilidades e informação é fundamental.
Trabalhe
Não é por trabalhar em equipe que deve esquecer suas obrigações. Dividir tarefas é
uma coisa, deixar de trabalhar é outra completamente diferente.
6. Seja participativo e solidário
Procure dar o seu melhor e procure ajudar os seus colegas, sempre que seja
necessário. Da mesma forma, não deverá sentir-se constrangido quando necessitar pedir
ajuda.
Dialogue
Ao sentir-se desconfortável com alguma situação ou função que lhe tenha sido
atribuída, é importante que explique o problema, para que seja possível alcançar uma
solução de compromisso que agrade a todos.
Planeje
Quando várias pessoas trabalham em conjunto, é natural que surja uma tendência
para se dispersarem; o planejamento e a organização são ferramentas importantes para
que o trabalho em equipe seja eficiente e eficaz. É importante fazer o balanço entre as
metas a que o grupo se propôs e o que conseguiu alcançar no tempo previsto.
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2.5. COMUNICAÇÃO
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3. ASPECTOS COMPORTAMENTAIS
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A análise de muitos acidentes acaba determinando como causa principal o erro humano.
O operador é considerado um elo fraco na cadeia de prevenção, tese esta reforçada
pelas estatísticas. Ocorre que boa parte dos erros humanos de operações que
deflagraram um evento de acidente são por sua vez causados pelo stress de ter que
tomar decisões sob pressão do tempo ou outras ameaças paralelas. As ameaças que
forçam a tomada de decisões difíceis muitas vezes são causadas por falhas de
equipamentos.
Sendo assim, uma tarefa importantíssima da manutenção, evitando ao máximo a
ocorrência de falhas que poderiam levar os operadores ou líderes a tomar decisões
potencialmente catastróficas.
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O operador só pode estar seguro de que não está se expondo a uma situação em
que será pressionado pelos eventos se fizer uma boa análise de risco da tarefa a ser
executada. Veja a seguir, como uma análise de risco pode ser deficiente ou incompleta,
expondo o trabalhador.
O principal em um curso de NR é o enfoque na segurança. Algo que não pode
faltar no treinamento de NR é, além da parte técnica, a parte da segurança. E o que o
profissional pode levar de bom de um curso de NR na área da segurança é um bom
treinamento sobre análise de risco.
A primeira coisa importante a se dizer sobre uma análise de riscos de qualquer
tarefa é que ela é mais abrangente do que a tarefa em si, somente. Isto significa que, se
ocorrer um acidente o motivo quase sempre não terá sido algo que ocorreu de maneira
errada na execução do trabalho, mas em tarefas preparatórias ou paralelas.
Por exemplo, ao substituir uma lâmpada, o trabalhador não se acidentará por algo
que faça de errado na troca da lâmpada. Esta tarefa ele faz “de olhos fechados”. Uma
análise de riscos somente da tarefa em si é quase que um exercício de perda de tempo.
Se algo der errado, poderá ter sido originado em alguns dos itens listados a
seguir:
1 - Profissionais, auxiliares e profissionais de apoio quanto à preparação técnica
(qualificação/ capacitação) e preparação física e psicológica (autorização);
2 - Decisão de se fazer a tarefa, quanto à sua real necessidade frente a outras
opções;
3 - Decisão de se fazer a tarefa, quanto à sua aplicabilidade frente a possíveis
outras causas ocultas que estejam gerando o problema;
4 - Decisão de se fazer a tarefa, quanto à sua conveniência frente a impedimentos
ou dificuldades impostas pelo momento escolhido;
5 - Procedimentos, quanto à clareza, detalhamento, atualização, aplicabilidade e
cumprimento;
6 - Ferramentas e equipamentos, quanto à adequação (certificação, calibração);
7 - Peças de reposição e materiais de consumo, quanto à adequação
(especificações);
8 - Acesso ao local de trabalho e transporte de equipamentos e materiais, quanto
à segurança e conhecimento;
9 - Isolações de área e de energias, quanto à possibilidade de execução e correção
na execução; e
10 - A tarefa em si, finalmente, quanto à sua execução.
Como vimos, há pelo menos 10 etapas que podem gerar as condições que iniciam
um acidente, e somente uma delas é a execução da tarefa em si.
Portanto, fazer uma análise de risco de uma tarefa (apenas ela, em si) sem levar
em conta as outras 9 etapas, não acrescenta muito na segurança.
Uma boa maneira de garantir que nenhum destes aspectos seja esquecido antes
de se executarem tarefas (especialmente as que não sejam rotineiras), é ter um check
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list, ou melhor ainda, ter um documento mais completo que é a Permissão de Trabalho.
A permissão de Trabalho, a conhecida PT, não é uma burocracia com o objetivo de
atrapalhar o trabalho. Ela deve ser vista como aliada, para que não esqueçamos nada
essencial na preparação de uma tarefa.
A segunda coisa importante a se dizer sobre uma análise de riscos de qualquer
tarefa é que, sendo o risco definido como uma quantidade, que é o produto da gravidade
das consequências do acidente e da probabilidade de este acidente ocorrer, deve-se
levar em conta estes dois fatores ao analisar o risco.
ANÁLISE DE RISCO
Mas não é só isto. Seria simples demais. E o pior: uma análise tão superficial não
funcionaria. Do que mais precisamos para quantificar o risco?
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PROBABILIDADE DA OCORRÊNCIA
Esta análise mais detalhada é indicada pela norma ISO 14.121_ Safety of
Machinery - Risk Assessment (Segurança de Máquinas- Avaliação de Risco).
Resumindo, para que uma análise de riscos mereça este nome, deve-se analisar a
tarefa como um todo desde sua preparação (10 etapas), e não somente a execução da
tarefa em si. Além disso, o risco deve ser quantificado levando-se em conta, para o item
probabilidade, seus 3 fatores, que são a frequência, a ocorrência e as possibilidades.
4.1. PROCEDIMENTOS
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CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS
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O modo como os trabalhos devem ser realizados na área definida pelo SEP, não o
modo técnico e sim o procedimento administrativo dessa técnica visando a segurança.
Para acerto de conceitos deve ser esclarecida a zona de ação: o conceito de Zona de
Risco e de Zona Controlada. A NR10 define como zona de risco (ZR) a região em torno de
parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusive involuntariamente, cuja
aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e
instrumentos apropriados de trabalho. Nessa zona, sem os devidos cuidados
mencionados é possível o aparecimento de um campo elétrico, que propicia a descarga
de um arco elétrico danoso.
A NR10 define como zona controlada (ZC), a distância que começa na iminência
da zona de risco cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados e que não
propicia o aparecimento de um arco elétrico danoso.
Tomando-se então os exemplos acima, apenas profissionais que fazem uso do EPI especifico
para o trabalho com linhas energizadas podem estar trabalhando nessa região (ZR) e os
trabalhadores que estão devidamente informados e capacitados podem estar
trabalhando nas proximidades das instalações energizadas (ZC) respeitando as
distâncias de segurança.
Exemplo 1:
Utilizando a manta (cor alaranjada) de isolamento sobre o condutor. Nesse caso a
manta estando sobre a parte energizada, atuaria como uma barreira isolante permitindo
que a região controlada (ZC) e a zona de Risco (ZR) se estendessem até a superfície
interna da capa isolante.
Exemplo 2:
Realizando um trabalho em uma linha de energia ao lado de uma linha energizada.
Uma vez que as linhas estão separadas por uma grade (cor alaranjada) de separação
física entre eles, a região de trabalho estaria dentro da zona controlada. Se a grade
estiver então aterrada garantindo a equipontecialidade, então ela também estará
classificada como Zona Livre (ZL).
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1 - A proximidade entre os polos permite que uma centelha líder salte no ar, que
tem alta resistência ôhmica.
2 - A centelha aquece o ar por onde passa (efeito Joule).
3 - O ar aquecido se ioniza, tornando-se condutor.
4 - A corrente aumenta devido à redução da resistência do ar: ARCO!
Rigidez dielétrica
Rigidez dielétrica
(exemplos)
A rigidez dielétrica do ar é de 30 kV/ cm.
A rigidez dielétrica dos vidros é de 75 a 300 kV/ cm.
A rigidez dielétrica da mica é de 600 kV/ cm.
5.2. INDUÇÃO
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No passado, o homem pensava que os raios e trovões eram os avisos dos Deuses
enfurecidos. Muitas crenças relacionavam estes fenômenos meteorológicos. Benjamim
Franklin em 1752 fez os primeiros experimentos sobre as descargas atmosféricas,
utilizando uma pipa com um fio metálico para comprovar que as nuvens podiam conter
cargas elétricas. Desde aquela época os fenômenos dos raios, ou descargas
atmosféricas, vêm sendo estudados. Hoje essas descargas são analisadas como os
fenômenos elétricos entre nuvens e a terra.
Ainda há quem diga que
um raio não cai no mesmo
lugar duas vezes. Este
conceito é errado e para se ter
uma ideia há registros de que
a Torre Eiffel (Paris) e o
edifício Empire State (Nova
York), são alvos de dezenas de
descargas atmosféricas todo o
ano.
A probabilidade de um raio cair
em pontos mais altos é maior
do que nos locais mais baixos.
DESCARGA ELÉTRICA
Uma vez que o objetivo da
descarga é atingir a superfície da terra, os locais altos estão a menor distância entre a
nuvem e a terra. Entretanto isto não é uma regra geral. Há frequentemente registros de
incidências em regiões baixas, mesmo entre colinas, e isto vai depender de uma série de
fatores, como ventos, dimensões da nuvem, características do ar no local, maior
ionização, etc...
A descarga elétrica (raio) ao se deslocar em direção à terra, produz um efeito
luminoso que às vezes chega a ser assustador. Esta descarga produz um efeito térmico
no canal da descida produzindo um som que nós denominamos de trovão. O trovão,
portanto não é o fator perigoso, pois se trata da expansão do ar na descida da descarga,
consequência da energia térmica dissipada.
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Elétrico de Potência (SEP)
causar grandes danos. Se não existissem os para-raios de rede, a ação do raio seria
devastadora para os transformadores, para a fiação e para os consumidores e seus
aparelhos (computadores, TVs, etc.).
CABOS PARA-RAIOS
Para proteger uma edificação usamos o para-raios do tipo Franklin que desvia a
descarga da estrutura para a terra evitando os danos de uma ação direta. Um para-raios
só será eficiente se seu aterramento for muito bem feito e revisado pelo menos uma vez
ao ano por profissionais especializados.
PARA-RAIOS ISOLADOR
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Elétrico de Potência (SEP)
Cerca de 70% dos defeitos no hardware dos computadores de outros EES’s são
provocados pela ação indireta das descargas atmosféricas e outros surtos.
5.4. ESTÁTICA
Com o advento e subsequente miniaturização de
componentes semicondutores, a eletricidade
estática passou a ser identificada como um novo
perigo que ameaça diretamente a produtividade e
a confiabilidade dos produtos eletrônicos. Tornou-
se fundamental então criar programas para evitar
os riscos da ESD - Electrostatic Discharge. Para
tanto, é necessário compreender alguns conceitos
eletrostáticos e as leis que os governam. A geração
de cargas estáticas pode ocorrer de muitas
maneiras. Entre elas podemos citar eletrização por
contato, eletrização triboelétrica, eletrização por
ESTÁTICA
indução, etc. Compreendendo os mecanismos da
eletrização estática, é mais fácil evitar o aparecimento das cargas estáticas, ou então
reduzi-las a níveis seguros. Atualmente, com a larga utilização de materiais sintéticos
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CAMPO MAGNÉTICO
Empregos do eletromagnetismo
As bobinas estão por trás do funcionamento da maioria dos motores, gerando
energia em larga escala, pois tal é formada por espiras que são percorridas por
corrente elétrica e formam pólos magnéticos, tal sistema é usado também nas
usinas hidrelétricas.
NBR 5410_ Anexo E (informativo)
Categorias de suportabilidade a impulsos (categorias de sobretensão ou,
ainda, níveis de proteção contra surtos).
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Elétrico de Potência (SEP)
E.1 Introdução
Há uma tabela, cuja origem é a IEC 60664-1, que especifica valores que, por
constituírem uma referência comum, podem ser identificados segundo três ângulos.
O primeiro é aquele formalmente adotado na tabela: os valores referem-se à
tensão suportável de impulso (valor mínimo) que um material de instalação ou
equipamento de utilização deve apresentar, denotando, em outras palavras, a
categoria de suportabilidade a impulsos desse produto.
O segundo ângulo antecede conceitualmente o primeiro: os valores referem-se
às categorias de sobretensão, isto é, a níveis de sobre tensão transitória que podem
ser esperados em uma instalação elétrica de edificação, alimentada por uma rede
externa, numa situação estatisticamente arbitrada. E isso em diferentes pontos ao
longo de sua extensão. Daí por que esse ângulo antecede o primeiro: como se trata de
uma sobretensão previsível, os componentes da instalação deveriam então poder
suportá-la.
O terceiro ângulo fecha o círculo: os valores da tabela traduzem,
individualmente, o nível de proteção que um dispositivo contra surtos (DPS) deve
minimamente atender para que essa proteção seja compatível com a suportabilidade
do(s) equipamento(s) protegido(s). Isto é, a tensão residual que o DPS deixa passar,
devidamente instalado, deve ser igual ou menor que a suportabilidade do(s)
equipamento(s) protegido(s).
E.2 As categorias
As quatro categorias indicadas na tabela (I, II, III e IV) representam
suportabilidades crescentes nessa ordem. Os produtos com suportabilidade a impulsos
categoria II são produtos destinados a serem conectados à instalação elétrica fixa da
edificação. São, essencialmente, equipamentos de utilização como aparelhos
eletrodomésticos, aparelhos eletro profissionais, ferramentas portáteis e cargas
análogas.
Os produtos com suportabilidade a impulsos categoria I também são destinados
a serem conectados a uma instalação fixa de edificação, mas providos de alguma
proteção específica, que se assume externa ao equipamento — e situada, portanto,
em algum ponto da instalação fixa ou entre a instalação fixa e o produto, limitando as
sobretensões transitórias a um nível especificado.
Os produtos com suportabilidade a impulsos categoria III são componentes da
instalação fixa propriamente dita e outros produtos dos quais se exige um maior nível
de confiabilidade. Aqui podem ser citados, como exemplo, quadros de distribuição,
disjuntores, linhas elétricas (o que inclui condutores, barramentos, caixas de
derivação, interruptores e tomadas de corrente) e outros elementos da instalação fixa,
bem como produtos de uso industrial e equipamentos, como motores elétricos, que
estejam unidos à instalação fixa através de uma conexão permanente.
Por fim, os produtos com suportabilidade categoria IV são aqueles utilizados na
entrada da instalação ou próximo da entrada, a montante do quadro de distribuição
principal. Exemplos: medidores de energia, dispositivos gerais de seccionamento e
proteção e outros itens usados tipicamente na interface da instalação elétrica com a
rede pública de distribuição.
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Aplicação do produto
Circuitos de
Entrada da Equipamentos Especialmente
distribuição
Tensão instalação de utilização protegidos
e terminais
nominal
Categoria do produto
IV III II I
Tensão de impulso suportável em kV
120/ 208
4 2.5 1,5 0,8
127/ 220
220/ 380
230/ 400 6 4 2,5 1,5
277/ 480
400/ 690 8 6 4 2,5
FAIXAS DE TENSÃO
SEÇÕES DE FIOS
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5.6. DISRUPÇÃO
COORDENAÇÃO DE PROTEÇÃO
Eles são calculados para a instalação levando-se em conta não somente a carga a
jusante, mas também o valor da corrente de curto-circuito presumida para a instalação.
Esta corrente depende da resistência interna do gerador e deve ser informada ao
projetista da instalação pelo fornecedor de energia.
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TRANSFORMADORES
TESTE
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TESTE DE ISOLAMENTO
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Elétrico de Potência (SEP)
e tecnologia deve ser uma constante meta para que a técnica e os procedimentos
adotados não fiquem ultrapassados.
1. Cadeiras suspensas,
2. Guincho para pessoas,
3. Trava-quedas móveis,
4. Trava-quedas com cabos retráteis,
5. Linha da vida fixa e móvel,
6. Cinturões e acessórios de ancoragem,
7. Trabalhos em área de cargas,
8. Trabalhos em espaços confinados,
9. Trabalhos em estruturas em construção,
10. Trabalhos em fachadas,
11. Trabalhos em telhados,
12. Cabos de aço e cordas de segurança,
13. Absorvedor de energia,
14. Inspeção do sistema de proteção contra quedas.
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Esclarecendo: a diferença entre cesta aérea e cesta acoplada é que a cesta aérea já foi
construída com a finalidade de guindar pessoas, enquanto que a cesta acoplada é uma
adaptação oferecida com um guindaste veicular originalmente projetado para elevar
cargas. Veja o texto abaixo, retirado de:
http://cranebrasil.com.br/newsite/index.php/adendo-a-norma-nr12-regulamenta-
trabalho-com-cestos-aereos/.
Novidades na norma
Na prática, são os mesmos itens exigidos para operação
com cestas aéreas, como a existência de sistema de
nivelamento ativo e automático da caçamba, que evita
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6.1. RISCOS
Riscos de queda
As quedas constituem uma das principais causas de acidentes no setor elétrico e
ocorrem em consequência de choques elétricos, de utilização inadequada de
equipamentos de elevação (escadas, cestas, plataformas), falta ou uso inadequado de
EPI, falta de treinamento dos trabalhadores, falta de delimitação e de sinalização do
canteiro do serviço e ataque de insetos.
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Riscos ocupacionais
Consideram-se riscos ocupacionais, os agentes existentes nos ambientes de
trabalho, capazes de causar danos à saúde do empregado.
Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com a sua
natureza e a padronização das cores correspondentes.
Ruído
Presente em vários locais tais como, usinas de geração de energia
elétrica, devido ao movimento de turbinas e geradores, subestações, redes
de distribuição, necessitando de laudo técnico específico para sua
caracterização. Radiação solar
Os trabalhos em instalações elétricas ou serviços com eletricidade quando
realizados em áreas abertas podem também expor os trabalhadores à radiação solar.
Como consequências podem ocorrer queimaduras, lesões nos olhos e até câncer de
pele, provocadas pela radiação solar.
Calor
Presente nas atividades desempenhadas em espaços confinados, como por
exemplo: subestações, câmaras subterrâneas, usinas (devido deficiência de circulação
de ar e temperaturas elevadas).
Riscos ergonômicos
Os riscos ergonômicos são significativos nas atividades do setor elétrico
relacionados aos fatores:
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Elétrico de Potência (SEP)
Trata-se de uma técnica de análise prévia de riscos que tem como objetivo
antecipar a previsão da ocorrência danosa para as pessoas, processos, equipamentos e
meio ambiente. É elaborada através do estudo, questionamento, levantamento,
detalhamento, criatividade, análise crítica e autocrítica, com consequente
estabelecimento de precauções técnicas necessárias para a execução das tarefas (etapas
de cada operação), de forma que o trabalhador tenha sempre o controle das
circunstâncias, por maiores que forem os riscos.
A Análise Preliminar de Risco é uma visão técnica antecipada do trabalho a ser
executado, que permite a identificação dos riscos envolvidos em cada passo da tarefa, e
ainda propicia condição para evitá-los ou conviver com eles em segurança. Por se tratar
de uma técnica aplicável a todas as atividades, uma grande virtude da aplicação desta
técnica de Análise Preliminar de Risco é o fato de promover e estimular o trabalho em
equipe e a responsabilidade solidária.
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Elétrico de Potência (SEP)
Comentários adicionais
Pelo item 10.11.1 da NR 10 fica claro que todos os serviços em eletricidade devem
ter procedimentos definidos. O profissional não precisa nem deve decorar passos para
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NR-10 – SEP - Curso Complementar de Segurança no Sistema
Elétrico de Potência (SEP)
executar tarefas.
Pelo item 10.2.4 da NR 10, se a empresa tiver uma carga instalada maior que 75
kW, então os procedimentos devem estar anexados ao prontuário de instalações
elétricas.
Além dos procedimentos para a execução de serviços, há os procedimentos a
serem seguidos por ocasião de situações de emergência. O ideal é que todas as
empresas tenham seus procedimentos normais e de emergência definidos, mas pelo item
10.2.5 da NR 10, só se exigem os procedimentos de emergência para empresas que
operam o SEP.
Perfil funcional
O perfil ideal do componente de uma equipe de linha viva é que seja um elemento
com boa desenvoltura em trabalho manuais, ter cursado no mínimo o 1º grau completo,
com habilitação e experiência para dirigir caminhão, que assimile as normas e
procedimentos com facilidade, com espírito participativo e cooperativo, com um bom
equilíbrio emocional, tranquilo, acessível, com altura mínima de 1,65 cm com uma boa
antropometria e gozando de ótima saúde.
Recrutamento
Os candidatos a eletricista deverão ser recrutados preferencialmente nas equipes
de construção ou manutenção de redes desenergizadas e os encarregados serem
selecionados entre os eletricistas que mostrar potencial para o cargo, dentro das equipes
de linha viva existentes, após cuidadoso acompanhamento, avaliando os requisitos
necessários como: liderança, capacidade individual e coletiva, equilíbrio emocional,
organização bom comportamento, atendimento a normas e procedimento etc... É
importante que não se atenha somente como base o histórico individual, mas, também
através de exames médicos e testes psicotécnicos, que permitam fornecer dados
adicionais.
Atividades funcionais
Descrição das principais atividades funcionais de uma equipe de Linha Viva, desde
o Engenheiro, passando pelo Técnico (Supervisor) o Encarregado, e por ultimo os
eletricistas.
Engenheiro
Definir as diretrizes para o planejamento, programação e organização dos
trabalhos em Redes de Distribuição Aéreas Energizadas (Linha Viva), levando em conta
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Técnico (Supervisor)
Para o desenvolvimento das atividades nesta função o técnico (Supervisor) deverá
possuir uma grande experiência de Redes Aéreas de Distribuição Energizadas e ou
Desenergizadas, bem como ter trabalhado diretamente no campo e estar ciente das
normas e procedimentos para desenvolver sua atividade. Dentre suas atividades
destacamos:
• Planejar, programar e organizar racionalmente os trabalhos da(s) equipe(s);
• Periodicamente, assistir ao desenvolvimento das tarefas da(s) equipe(s)
avaliando a qualidade do serviço, o desempenho e a produtividade;
• Inteirar-se bem na parte técnica, para poder orientar a execução correta dos
trabalhos e corrigir as imperfeições ou improvisações por ventura existentes;
• Reunir a(s) equipe(s), pelo menos uma vez por mês e dialogar com o pessoal,
sobre o desenvolvimento das tarefas e as necessidades se existentes;
• Analisar o relatório de atividades da equipe, fornecido pelo encarregado, a fim de
avaliar o serviço e o tempo gasto na realização das tarefas;
• Dar a máxima condição de trabalho e assistência;
• Fiscalizar a(s) equipe(s), no que diz respeito ao emprego correto dos
equipamentos, das diversas técnicas de trabalho e das normas de segurança e a
conservação dos equipamentos;
• Programar ensaio do material, conforme recomendações;
• Providenciar a reposição de equipamentos e ferramentas danificadas;
• Programar para que as equipes se submetam a uma reciclagem dentro do prazo
estabelecido pelas normas para que seja mantido o bom desenvolvimento técnico se
atualizando com o surgimento de novas técnicas;
• Programar as férias dos componentes de sua(s) equipe(s) preferencialmente
coletiva e dentro do período chuvoso.
Encarregado
Do desenvolvimento de suas atividades é que se pode obter o sucesso de uma
equipe de Linha Viva, pois o mesmo trabalha diretamente no comando da equipe e de
sua capacidade, liderança, julgamento e iniciativa depende a qualidade, a
produtividade dos serviços, a eficiência e a segurança do pessoal. Dentre suas
atividade destacamos:
• Verificação física e psicológica de toda a equipe, para o desempenho de suas
funções;
• Analisar e programar, no local, a melhor maneira de se realizar o serviço e
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Eletricista
Efetivamente são eles que executarão as tarefas diretamente nas redes
energizadas e que para tanto devem estar habilitados e suficientemente treinados para
ser um componente de uma equipe de Linha Viva. Dentre suas atividades destacamos:
• Antes da execução de cada tarefa, participar da programação e ouvir
atentamente as orientações dadas pelo encarregado, para que não haja nenhuma
dúvida sobre a tarefa;
• Verificar sempre, antes de iniciar qualquer tarefa, se o seu equipamento e suas
ferramentas estão em perfeitas condições e se entendeu bem a tarefa que lhe foi
confiada, caso contrário pedir esclarecimentos;
• Observar e realizar as diversas tarefas, de acordo com as determinações do
encarregado, dentro da melhor técnica, sem fugir das regras estabelecidas;
• Realizar as tarefas com calma e tranquilidade. Lembrar sempre que, na
execução das tarefas de manutenção em Redes Distribuição Aérea Energizadas, a pressa
é um fator secundário;
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NR-10 – SEP - Curso Complementar de Segurança no Sistema
Elétrico de Potência (SEP)
8.2. AO POTENCIAL
Metodologia de trabalho
Para o desenvolvimento dos trabalhos em Redes de Distribuição Aérea
Energizadas, poderão ser classificados por duas metodologias básicas a serem adotadas
nas tarefas com linha viva como à distância e ao contato. O que não inviabiliza a
utilização simultânea dos dois métodos de trabalho, que é uma técnica muito utilizada e
que se aplica perfeitamente na execução dos serviços com Linha Viva.
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NR-10 – SEP - Curso Complementar de Segurança no Sistema
Elétrico de Potência (SEP)
Método à distância
Na execução dos serviços utilizando este método, nestas tarefas com Linha Viva
os eletricistas trabalham em potencial de terra, ou seja, posicionados em escadas
comuns de madeira, ou até mesmo em esporas, executando todos os serviços usando
ferramentas e equipamentos adequados.
Na execução de serviços neste método de trabalho, o eletricista deverá estar
perfeitamente acomodado na escada, calçando luva de borracha com luva de cobertura
na classe de tensão da rede e todo serviço será executado através de bastões. Em
hipótese nenhuma será permitido que o eletricista toque nas redes diretamente, mesmo
equipado com luvas de borracha.
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Elétrico de Potência (SEP)
Nos locais de difícil acesso, como alto de morro ou local aonde não se chega com
a cesta aérea aplica-se este método de trabalho com muita eficiência para atendimento
deste tipo serviços. Também se mostra muito útil nas estruturas das subestações para se
executar manutenção, limpeza de isoladores, par raios, etc.
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Elétrico de Potência (SEP)
Equipamentos
Deverão estar disponíveis os seguintes equipamentos, funcionando
adequadamente e assegurando a utilização correta:
• Equipamento de sondagem inicial e monitorização contínua da atmosfera,
calibrado e testado antes do uso, adequado para trabalho em áreas potencialmente
explosivas. Os equipamentos que forem utilizados no interior dos espaços confinados
com risco de explosão deverão ser intrinsecamente seguros e protegidos contra
interferência eletromagnética e radiofrequência, assim como os equipamentos
posicionados na parte externa dos ambientes confinados que possam estar em áreas
classificadas;
• Equipamento de ventilação mecânica para obter as condições de entrada
aceitáveis, através de insuflamento e/ ou exaustão de ar. Os ventiladores que forem
instalados no interior do ambiente confinado com risco de explosão deverão ser
adequados para trabalho em atmosfera potencialmente explosivas, assim como os
ventiladores posicionados na parte externa dos ambientes confinados que possam estar
em áreas potencialmente explosivas;
• Equipamento de comunicação, adequado para trabalho em áreas potencialmente
explosivas;
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Procedimentos Gerais
Todo e qualquer trabalho em ambiente confinado terá no mínimo, duas pessoas,
sendo uma delas denominada vigia. Desenvolver e implementar procedimentos para os
serviços de emergência especializado e primeiros socorros para o resgate dos
empregados em ambientes confinados.
Desenvolver e implementar um procedimento para preparação, emissão, uso e
cancelamento de permissões de acesso. Desenvolver e implementar procedimentos de
coordenação e de acesso que garantam a segurança de todos os trabalhadores,
independentemente de haver diversos grupos de empregados no local.
Interromper as operações de entrada sempre que surgir um novo risco de
comprometimento da saúde e segurança dos empregados.
Circunstâncias que requerem a revisão da permissão de entrada em espaços
confinados, porém não limitada a estas:
• Qualquer entrada não autorizada num ambiente confinado;
• Detecção de um risco no ambiente confinado não coberto pela permissão;
• Detecção de uma condição proibida pela permissão;
• Ocorrência de um dano ou acidente durante a entrada;
• Mudança no uso ou na configuração do ambiente confinado;
• Queixa dos trabalhadores sobre a segurança e saúde do trabalho.
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Ferramentas manuais
• Bastões manuais;
• Alicates e tesourões;
• Aparelhos para testes de linha;
• Jumper provisórios;
• Ferramentas universais.
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Escadas e plataformas
• Cestas aéreas;
• Escadas e acessórios;
• Plataformas e acessórios.
Equipamentos de segurança
• Coberturas e proteção;
• Equipamentos de proteção pessoal.
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Elétrico de Potência (SEP)
Estes protetores podem ser encaixados uns aos outros pelo uso do botão e do
buraco de encaixe existentes nas extremidades opostas. Puxadores de corda de
polipropileno de 1/4” são atados através de buracos nas áreas sobrepostas das
coberturas. Quando instalados em um poste a ser retirado, deve se passar uma corda de
1/2” de polipropileno, ou uma corda de boa qualidade, enrolando-se na cobertura,
fixando-a aos puxadores, para não deixar cair as coberturas.
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MANTA
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MANGAS DE BORRACHA
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Elétrico de Potência (SEP)
• Peso informado para tecido que foi lavado de acordo com a norma ASTM F1959
• ATPV significa Valor de Desempenho Técnico do Arco. Quanto mais alto o valor,
mais protegido contra queimaduras de segundo grau.
• HAF significa Fator de atenuação de calor. Quanto mais alto o percentual HAF
mais o tecido bloqueará calor.
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Elétrico de Potência (SEP)
a chama que estão de acordo com os requerimentos da ASTM F1506 onde exista a
possibilidade de exposição ao arco elétrico. Ela especifica uma análise de risco de
exposição para os trabalhadores para determinar a distância de proteção ao arco elétrico.
O padrão é determinado para proteger trabalhadores que trabalhem dentro das áreas
que estão expostas ao risco de arco elétrico, que corresponde a uma categoria de risco
que tem um valor de arco térmico do desempenho (ATPV) para cada valor listado na
tabela padrão das “Características da Roupa de Proteção”, ilustrada abaixo. (FOTO -
PESQUISAR)
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NR-10 – SEP - Curso Complementar de Segurança no Sistema
Elétrico de Potência (SEP)
As mantas deverão ser guardadas abertas, ou quando isto não for possível,
enroladas, mas nunca dobradas.
As coberturas de proteção das chaves e isolantes de suspensão deverão ser
colocadas, quando não estiverem em serviço, em peças de madeira especialmente
preparadas para evitar deformação nas mesmas. O local para guarda dos equipamentos,
ferramentas e materiais utilizados pela turma de rede aérea energizada poderá dispor de
um controlador de temperatura ambiente, limitado no máximo 55º Ø “C”.
Para transporte dos equipamentos deverão ser tomados cuidados especiais para
que o mesmo não sofra danos de qualquer natureza. Os bastões deverão ser
transportados em sacolas de lona apropriadas ou em suportes acolchoados instalados
nos compartimentos do veículo, de tal forma que fiquem presos, evitando danos ao
material e ao veículo. As peças metálicas não deverão entrar em contato com as de
fibra de vidro.
Quanto às peças de borracha, deverão ser transportadas livres de qualquer
contato, tanto com as peças metálicas como com as de fibra de vidro.
Os compartimentos do veículo deverão ser suficientemente vedados de forma a
evitar a entrada de água, poeira ou outro produto que possa danificar os equipamentos,
materiais e ferramentas.
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Primeiros Socorros
São ações imediatas aplicadas às vítimas em situação de trauma ou mal
súbito, cuja finalidade é manter a vitima viva e evitar o agravamento da lesão.
Considera-se trauma qualquer lesão caracterizada por uma alteração estrutural
fisiológica resultante da ação de um agente externo, que causa a exposição a
determinadas energias, como mecânicas, térmicas ou elétricas.
Considera-se mal súbito a indisposição física que surge repentinamente como por
exemplo o desmaio ou alguma indisposição relacionada a alterações do metabolismo
humano.
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Triagem
A triagem significa separação das vitimas de acordo com sua gravidade.
Na área pré-hospitalar a triagem é definida pelo seguinte contexto:
Emergência: situação clinica onde o risco de morte é iminente. O atendimento
deve ser imediato.
Urgência: situação clínica onde a vítima não apresenta risco de morte iminente. O
atendimento pode aguardar.
Biossegurança
Abordagem primária
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PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
No choque elétrico essa situação clínica é umas das mais dramáticas. A corrente
quando passa pelo coração altera a condução elétrica, provocando arritmias cardíacas.
A imagem a seguir mostra os componentes necessários à geração e condução do
estímulo elétrico no coração.
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Elétrico de Potência (SEP)
Por isso é importante que alguém peça ajuda para o suporte avançado
trazer um DEA.
REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA
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COMPRESSÕES
Rítmo das compressões cardíacas:
100 a 120 por minuto.
Profundidade external: 5cm-6cm
Permitir o retorno total do tórax
Evitar excesso de interrupções
BOA VENTILAÇÃO
A cada trinta compressões cardíacas o socorrista deverá realizar duas ventilações,
devendo essas ventilações ser realizadas em dois segundos. Para ventilação temos os
seguintes equipamentos: bolsa válvula máscara (AMBU), máscara de bolso (pocket
mask).
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Elétrico de Potência (SEP)
DEA OU DESA
Chamado de desfibrilador externo automático (DEA) ou desfibrilador externo
semiautomático (DESA) tem como função normalizar o ritmo cardíaco, sendo
imprescindível em vítimas que são acometidas por choque elétrico.
Importante ressaltar que na fibrilação ventricular, assistolia e outros ritmos de
PCR, nenhuma dessas arritmias geram pulso, sendo o DEA que ira verificar se o ritmo é
chocável ou não.
QUEIMADURA
A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano é acompanhada do
desenvolvimento de calor, por efeito Joule, podendo produzir queimaduras. Quanto
maior a intensidade da energia elétrica e mais longo o tempo que ela permanece, mais
graves são as queimaduras produzidas. Além disso, as queimaduras são mais intensas
nos pontos de entrada e saída da energia elétrica pelo corpo. Nas altas tensões, o calor
produz a destruição de tecidos superficiais e profundos, bem como o rompimento de
artérias com consequente hemorragia e destruição dos centros nervosos. As
queimaduras produzidas por energia elétrica podem ser internas e profundas, sendo de
difícil cura. Portanto, apesar da pele apresentar-se aparentemente normal, os músculos
podem apresentar necrose profunda.
A gravidade da queimadura irá depender de diversos fatores, tais como: tensão,
que será determinada pela fonte elétrica; resistência, que irá variar de acordo com as
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ANATOMIA DA PELE
Epiderme - É a camada mais superficial da pele. Por estar em contato direto com o
meio exterior sua espessura irá variar de acordo com a parte do corpo, sendo mais
espessa na planta do pé e mais fina na região da axila;
Derme – Encontra-se logo abaixo da epiderme. É responsável por fornecer
substâncias que conferem elasticidade à pele, como colágeno e elastina.
Hipoderme – Também conhecida como tecido celular subcutâneo, está localizada
abaixo da derme unindo-se de maneira pouco firme aos órgãos adjacentes. Essa camada
atua como isolante, amortecedor de impactos e armazém de energia.
PROFUNDIDADE (GRAU)
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EXTENSÃO
LOCAL
Em razão dos riscos estéticos e funcionais, são mais desconfortáveis as
queimaduras que comprometem face, pescoço, tórax e mãos. Além disso, as localizadas
na face geralmente estão associadas à inalação de fumaça e queimadura de vias aéreas;
queimaduras próximas a orifícios naturais, como boca e ouvido apresentam maior risco
de contaminação; aquelas localizadas no tórax podem gerar desconforto respiratório
devido à dor, gerando consequentemente uma depressão respiratória.
CUIDADOS IMEDIATOS
Primeiramente o socorrista deve certificar-se de que o local está seguro;
Interromper, imediatamente, o contato da vítima com a fonte de energia,
desligando-a na chave específica da área ou chave geral do local;
Não tocar a vítima, se não conseguir desligar a fonte de energia;
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Caso consiga desligar a fonte de energia, avalie a consciência, bem como os sinais
vitais da vítima, se o socorro especializado ainda não foi acionado, faça-o
imediatamente. Se houver necessidade inicie as manobras de RCP;
Nos pontos com queimadura, resfriar com água ou soro fisiológico em temperatura
ambiente.
Os adornos (relógios, colares e outros) devem ser removidos, com exceção dos
que estiverem grudados á pele;
A vítima deve ser coberta com a manta térmica para que ela não evolua para
estado de hipotermia (isso deve ser realizado mesmo se o ambiente que a vítima se
encontra não esteja frio, pois a pele lesionada perde a capacidade de regular a
temperatura corporal, e nunca devemos transportar a vítima com lençóis úmidos, toalhas
nem roupas úmidas e o gelo está completamente contraindicado);
Bolhas não devem ser furadas;
Procurar sempre uma segunda área queimada e tratá-la;
Roupas grudadas à pele não devem ser removidas.
HEMORRAGIAS
O sistema cardiovascular humano é formado, pelos vasos sanguíneos, além de
outras estruturas. Os vasos sanguíneos (artérias, veias e vasos capilares) têm uma
extensão aproximada de 160.000 quilômetros e por estes passam diariamente cerca de
9.500 litros de sangue. Quando alguma parte desses vasos se rompe, ocorre a
hemorragia, extravasando sangue para fora dos vasos.
As hemorragias podem ser classificadas de acordo com o tipo de vaso rompido e
também podem ser classificadas como externas ou internas. Sua gravidade se dará de
acordo com o local e tipo de vaso lesionado.
Hemorragias arteriais - O sangue arterial é rico em oxigênio, de coloração
vermelho vivo e, nos casos de hemorragias externas, sai em jato;
Hemorragias venosas – O sangue venoso é rico em dióxido de carbono, de
coloração vermelho escuro e, nos casos de hemorragia externa, sai escorrendo;
Hemorragias capilares – Como estes vasos são superficiais, ou seja, longe da
bomba (coração), nos casos de hemorragia externa, o sangue sai escorrendo.
TÉCNICAS DE CONTENÇÃO
Dependendo do volume e da pressão que o sangue está saindo do ferimento, o
uso de técnicas simples pode reverter imediatamente a situação, como:
Pressão direta – Utilizando EPI adequado, pressione diretamente o ferimento com
uma gaze seca e estéril;
Elevação do membro – Esta técnica pode ser realizada em conjunto com as outras
descritas acima. Eleve o membro afetado acima do nível do coração, desta forma o fluxo
de sangue será diminuído.
Torniquete- essa técnica só deverá ser realizada se a compressão direta não para
o sangramento. O torniquete é uma técnica agressiva devido ao risco de embolia
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pulmonar, por isso é a técnica de última escolha, e ideal que seja feito por pessoas
qualificadas.
FRATURA
A fratura óssea é a interrupção da continuidade de um osso, independentemente
de ser parcial ou completa, na maioria das vezes é provocada por uma queda ou
traumatismo que gera um impacto violento.
As fraturas podem ser classificadas como abertas e fechadas , os dois tipos têm
riscos próprios, as fraturas abertas quando não são bem tratadas podem provocar
infecção; em contrapartida, as fraturas internas são mais difíceis de serem
diagnosticadas e possíveis hemorragias internas, serão mais difíceis de serem contidas.
Sintomas
Dor;
Deformidade que nem sempre está visível;
Edema;
Crepitação;
Restrição de movimento.
CUIDADOS IMEDIATOS
Os primeiros socorros diante de uma fratura é imobilização da área afetada, e
cuidados com o osso e sangramento caso exista. Porém recomenda-se o trabalhador que
encontrou a vítima deixar o membro da maneira que encontrou, deixando que a
imobilização seja realizada por pessoas qualificadas.
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TÉCNICAS DE RESGATE
Essas técnicas somente devem ser realizadas caso o local ofereça risco, pois
podem agravar as lesões da vítima.
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Ensaios com hipot e o risco de choque elétrico fatal pouco conhecido pela maioria
dos profissionais – um caso real
(http://consultoriaengenharia.com.br/seguranca-ocupacional/risco-acidente-fatal-
em-testes-com-hipot/)
“hipot ou hi-pot é uma abreviatura de “high potential” ou “hight voltage testing”,
um teste realizado em alta tensão. Normalmente o hipot é um instrumento portátil usado
para realizar ensaios de tensão aplicada em corrente contínua visando verificar a isolação
em cabos, capacitores e isoladores em geral.
O principal objetivo desse texto é chamar a atenção dos gestores e profissionais
da área elétrica para os riscos de um choque elétrico com potencial de fatalidade em
ensaios realizados com o hipot e que em grande parte são desprezados ou mesmo
desconhecidos pela maioria desses profissionais.
Não existe maior dificuldade para os gestores que se comprometem com a
prevenção de acidentes de suas equipes do que o desconhecimento dos riscos envolvidos
em possíveis contatos acidentais com energias armazenadas ou residuais em tarefas e
atividades industriais dos seus profissionais.
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A análise técnica desse acidente deve ser dividida em duas partes: 1) Instruções e
princípios básicos de segurança que não foram seguidos e que contribuíram
significativamente para a ocorrência do acidente, e que se fossem respeitadas, o
acidente teria sido evitado ou as consequências reduzidas e 2) Análise das grandezas
elétricas envolvidas e que levaram o profissional a ser submetido a uma descarga
elétrica com potencial de fatalidade, além de explicar o porquê o choque elétrico ocorreu
somente quando se testou o primeiro cabo de 2.700 metros, e não nos testes dos 03
cabos anteriores de 200 metros e que foram submetidos ao mesmo padrão de teste.
1) Instruções e princípios básicos de segurança não seguidos.
a) O eletricista não utilizava EPIs adequados como luvas para trabalhos em média
tensão.
b) O eletricista não realizou o procedimento de “curto-circuitar a alta tensão a
terra antes de desconectar a amostra sob teste” conforme recomendado e grifado como
“Importante” no manual de instruções do fabricante do equipamento utilizado.
c) O eletricista não foi treinado na NBR 6881 que detalha o Ensaio de Tensão
Aplicada, não tinha um procedimento especifico detalhando a sequencia do ensaio e
desconhecia o risco de tensão residual nos cabos blindados da rede após os ensaios.
Utilizou uma plataforma elevatória não isolada, equipamento inadequado para
trabalho em atividades com sistemas/equipamentos/componentes elétricos, conforme
sinalizado através de adesivos bem visíveis em toda a estrutura da plataforma elevatória
e em seu manual de operação.
2) Medições e cálculos das grandezas elétricas envolvidas.
Comparem-se as voltagens residuais e os tempos de descarga dos capacitores
formados nos cabos de 200m e de 2700m.
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18. RESPONSABILIDADES
Todas as reflexões aqui procedidas servem, em última análise, para fixar apenas
uma premissa: a responsabilidade patrimonial do empregador, no nosso direito positivo,
não foge à regra da responsabilidade civil subjetiva, a qual prescinde do dolo ou culpa do
agente.
Assim sendo, não é possível se imputar a qualquer empregador uma
responsabilidade por ato seu, sem que estejam presentes os quatro pressupostos básicos
da responsabilidade civil subjetiva, quais sejam:
a) Ação ou omissão;
b) Dano;
c) Elo de causalidade entre ação/omissão e dano;
d) Dolo ou culpa do agente.
Desta forma, por exemplo, a previsão do art. 7º, XXVIII (“seguro contra
acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.”), da Constituição Federal de 1988 traz,
em verdade, duas regras distintas de responsabilização: uma objetiva (referente ao
seguro contra acidentes de trabalho), por conta direta do órgão previdenciário (e de
forma indireta, somente, pelo empregador); e outra de natureza subjetiva, com fulcro no
velho art. 159 do Código Civil brasileiro, quando, aí sim, a responsabilização é integral
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1. http://www.eletrotec.pea.usp.br/
files/25_SistemaEletrico.pdf
2. http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto. asp?id=2037
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