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APOSTILA DE

NR 10 SEP

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Conteúdo
INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 3
Organização do Sistema de Potência (SEP) .......................................................... 4
Organização do trabalho............................................................................................. 16
Aspectos comportamentais........................................................................................ 20
Condições Impeditivas para Execução de Serviços.......................................... 21
Procedimentos de Trabalho; Análise e Discussão............................................. 37
Técnica de Trabalho Sob Tensão............................................................................. 45
Equipamentos e Ferramentas de Trabalho.......................................................... 48
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC)............................................................. 50
Equipamento de Proteção Individual - EPI......................................................... 55
Posturas e vestuários de trabalho............................................................................ 62
Sinalização e Isolamento de Área de Trabalho................................................... 63
RESPONSABILIDADES.............................................................................................. 73

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INTRODUÇÃO
 
Eletricidade mata. Não tem discussão ou acordo. Errou, mata. Se não mata, inutiliza.
Não importa se é de forma direta ou indireta. O resultado final da ação da eletricidade
no corpo humano é e será sempre catastrófica.
Nosso estilo de vida atual envolve a todo o momento e em qualquer lugar, o uso da
eletricidade.  A eletricidade é a energia que movimenta a sociedade mundial. Sem ela
viver em centros urbanos se torna simplesmente impossível. Sem ela não é possível
obter iluminação para as noites escuras, subir para nossas residências amontoadas em
prédios, conseguir água potável para nosso uso e principalmente, alimentos em
condições de consumo. Imagine sua vida sem estes “confortos” conseguidos a partir
da eletricidade. Tente conseguir água potável nos rios da sua cidade, levá-la em um
recipiente (provavelmente um balde - aquele recipiente cilíndrico com uma alça) até o
vigésimo quinto andar da edificação onde está a sua residencia utilizando o moderno
meio de transporte chamado “escada” e, depois disso, vá tomar um bom e
reconfortante banho quente de “canequinha” com esta água aquecida no moderno
aquecedor a lenha (para voce conseguir o gás de cozinha precisa de eletricidade)
instalado na área de serviço de seu apartamento. Relaxado, sirva-se de um apetitoso
jantar que foi preparado a partir de alimentos conservados no sal (refrigeração só com
eletricidade). Da janela da sala, admire a paisagem noturna da sua cidade iluminada
por tochas etc. etc. etc. e tal.
Seu uso começa com seu despertador digital colocado junto à cabeceira de sua cama
e termina junto deste mesmo dispositivo digital. Neste intervalo de tempo você está
totalmente envolvido pela eletricidade, manuseia equipamentos movidos a
eletricidade (lâmpadas, chuveiro, fogão, geladeira, elevador, computador, televisão e
outros tantos aparelhos e dispositivos) que normalmente nem percebemos que
funcionam com eletricidade e o pior, fica extremamente próximo dela e nada acontece
com você.
Talvez pelo fato de a eletricidade for tão presente em sua vida nem sempre você dá a
ela o tratamento necessário. Mesmo que você trabalhe diretamente com eletricidade,
ainda assim não tem o devido cuidado (ou respeito) com ela. Afinal, tantos anos
“mexendo com força” e nada aconteceu até hoje.
O perigo reside exatamente nestes fatos. Desconhecimento da eletricidade e, o mais
perigoso, excesso de autoconfiança, podem levar à morte. O contato com partes
energizadas de uma instalação pode fazer com que a corrente elétrica passe pelo
corpo, e o resultado é o choque elétrico com ocorrência de queimaduras externas e
internas, de lesões físicas (que podem ser fatais) e traumas psicológicos.
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Instalações sem manutenção usam de equipamentos e materiais inadequados, falhas


e desgastes podem originar incêndios. O simples ato de ligar um aparelho na tomada
de força já incorre no risco de acidente com eletricidade. Tomar um banho com
chuveiro elétrico pode ser um exercício de “bravura indômita” principalmente se não
houver dispositivos de proteção adequadamente projetados, instalados e mantidos.
Olhando com atenção, concluímos que nossa vida diária é sempre arriscada, mas, se
observarmos as Normas Técnicas e de Segurança no projeto, execução e operação
de equipamentos e instalações e principalmente, tivermos o devido respeito pela
eletricidade, seu uso e aplicação será seguro e tranquilo.
Lembre-se, eletricidade não avisa que está lá, não brilha, não muda de cor e nem
tem cheiro. Quem trabalha com eletricidade sabe que, quando eletricidade tem cheiro
(o odor característico de ampére), alguma coisa muito errada já aconteceu.

Organização do Sistema de Potência (SEP)


 
No Brasil, a geração de energia elétrica e 80% produzida a partir de hidrelétricas, 11%
por termoelétricas e o restante por outros processos. A partir da usina, a energia é
transmitida para os centros de consumo passando primeiro pelas subestações
elevadoras, onde o nível de tensão é elevado para valores tais como 69kV, 88kV, 138
kV, 240 kV ou 440 kV, transportada através dos cabos elétricos das linhas de
transmissão até as subestações rebaixadoras, onde o nível de tensão é reduzido para
que possa ser distribuída aos diversos consumidores.

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A distribuição de energia é feita em tensões com valores 1,9 kV, 13,8 kV e 23 kV nos
centros de consumo, sendo transportada por redes elétricas aéreas ou subterrâneas
constituídas por estruturas (postes, torres, dutos subterrâneos e seus acessórios),
cabos elétricos e transformadores para novos rebaixamentos de tensão (110V, 127 V,
220 V, 380V) e, finalmente, entregue aos clientes industriais, comerciais, de serviços e
residenciais com níveis de tensão de acordo com a capacidade de consumo instalada
de cada cliente.
Quando falamos em setor elétrico, referimos-nos normalmente ao Sistema Elétrico
de Potencia (SEP), definido como o conjunto de todas as instalações e equipamentos
destinados à geração, transmissão e distribuição de energia até a medição, inclusive.
Com o objetivo de uniformizar e entendimento, é importante informa que o SEP
trabalha com vários níveis de tensão classificadas em alta e baixa tensão e,
normalmente, com corrente alternada em 60Hz.
Conforme definição dada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
considera-se “Baixa Tensão” - medida entre fases ou entre fase e terra:
- Corrente Alternada: intervalo entre o valor superior a 50 V e valor igual ou
inferior a 1.000V
- Corrente Contínua: intervalo entre o valor superior a 120V e valor igual ou
inferior a 1.500V
Aspectos Organizacionais
Concedente para regulação e fiscalização: ANEEL – Agência Nacional de Energia
Elétrica.
·      Geração;
·      Transmissão e
·      Distribuição de energia elétrica
  As concessões são de responsabilidade do Ministério de Minas e Energia (MME)          
Além da agência reguladora federal (ANEEL) e das estaduais, existem outros
organismos também importantes e vitais para a adequada coordenação da expansão e
operação do sistema.
• ONS – Operador Nacional do Sistema, encarregado de planejar e coordenar a
operação elétrica e energética de todo o sistema brasileiro.
• EPE – Empresa de Planejamento Energético, encarregada de planejar a expansão dos
sistemas elétricos e energéticos.
• CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, responsável pelos contratos
de compra e venda de energia e pela contabilidade da energia fornecida ou recebida
pelos geradores, distribuidores, consumidores livres e comercializadores.
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Sistema Elétrico de Potência (SEP) - em sentido amplo:


 
É o conjunto de todas as instalações e os equipamentos destinados à geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica.
 
O sistema elétrico brasileiro apresenta como particularidade, grandes extensões
de linhas de transmissão e um parque produtor de geração predominantemente hi-
dráulica. O mercado consumidor (47,2 milhões de unidades) concentra-se nas regiões
Sul e Sudeste, mais industrializados. A região Norte é atendida de forma intensiva
por pequenas centrais geradoras, a maioria das termelétricas é à base de óleo diesel.
 
Os sistemas de energia elétrica organizam-se numa estrutura baseada em processos
verticais e horizontais, como você pode verificar no diagrama abaixo.

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·      Geração ou Produção de Energia Elétrica.

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·      Geração ou Produção de Energia Elétrica.

Normalmente, as fontes de energia elétrica, ditas convencionais são as usinas


hidrelétricas de grande porte (com potência acima de 30 MW) e as usinas
termelétricas.
      A geração de energia por usinas hidrelétricas representa mais de 70% de nossa
produção, concentrando–se nas regiões Sul e Sudeste do País.
Verifique a seguir a definição dos termos, de acordo com a NBR 5460 – Sistemas
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Usina Hidrelétrica
 
É a usina elétrica na qual a energia elétrica é
obtida por conversão da energia potencial
gravitacional da água.
A energia hidráulica pode ser considerada
alternativa em relação aos combustíveis
fósseis, porem no Brasil ela é utilizada
rotineiramente. Nas usinas hidrelétricas, a
pressão das águas movimentam turbinas que
estão ligadas aos geradores de corrente
elétrica. Na maioria das vezes são construídas
barragens, que servem para represar os rios.

Com muita pressão, a água acumulada é liberada, e as turbinas giram. A energia


hidráulica, tem muitas vantagens, porque é uma fonte limpa, não causa grandes
impactos ambientais globais, é renovável e é muito barata comparada com as outras
fontes.
Também existem as desvantagens, que são: inundação de áreas habitadas causando
deslocamentos de populações e destruição da flora e fauna.

Podemos encontrar usinas hidrelétricas do tipo:


 
·                Usina (hidrelétrica) a fio d’água – usina hidrelétrica que utiliza diretamente a
vazão do rio, tal como se apresenta no local;
·        Usina (hidrelétrica) com acumulação – usina hidrelétrica que dispõe do seu
próprio reservatório de regularização.
 

NOTA: Grandes usinas o nível de tensão na saída dos geradores está normalmente na
faixa de 6 kV a 25 kV.

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· Usina Termelétrica
  Com relação às usinas termelétricas, apresentam em geral, como característica
básica:
·        Menor custo de construção;
·        Maior custo de operação e de manutenção e
·        Possibilidade de serem alocadas mais próximas do mercado consumidor.
Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por conversão da energia térmica. Os
tipos mais utilizados no Brasil são:
·        Unidade (termelétrica) a combustão interna – unidade termelétrica cujo motor
primário é um motor de combustão interna; 
·        Unidade (termelétrica) a gás – unidade termelétrica cujo motor primário é uma
turbina a gás;
·        Unidade (termelétrica) a turbina – unidade termelétrica cujo motor primário é
uma turbina a vapor;
·                Usina nuclear – usina termelétrica que utiliza a reação nuclear como fonte
térmica.
·        Geração Nuclear
Situadas normalmente o mais próximo possível dos locais de consumo com o
objetivo de minimizar os custos de transmissão, dependendo também dos aspectos de
segurança e conservação ambiental.
gia Nuclear, que pode também ser chamada de energia atômica, é a energia que fica
dentro do núcleo do átomo, que pode acontecer pela ruptura ou pela fissão do átomo.
Como a energia atômica não emite gases ela é considerada uma energia limpa, mas
tem um lado ruim, gera lixo atômico, ou resíduos radioativos que são muitos
perigosos aos seres humanos, pois causam mortes e doenças.
Por isso, quando produzem a energia nuclear, é preciso um desenvolvimento muito
seguro, que isolem o material radioativo durante um bom tempo. Nas usinas atômicas,
que também podem ser chamadas de termonucleares, em vez de ser usada a queima
de combustíveis, a energia nuclear gera um vapor, que sob pressão, faz girar turbinas
que acionam geradores elétricos.
A energia atômica é usada em muitos
países e veja a porcentagem de cada um:
EUA, 30,7%; França, 15,5%; Japão, 12,5%;
Alemanha, 6,7%; Federação Russa, 4,8%.
No Brasil, apesar de usar muito a energia
Hidráulica, a energia nuclear também
tem uma pequena porcentagem de 2,6%.
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Fontes alternativas de energia elétrica


 
Energia solar fotovoltaica
 A energia solar é uma energia abundante, porém, é muito difícil de usá-l diretamente.
Ela é limpa e renovável, e existem três maneiras de fazer o seu uso:
Células fotovoltaicas, que são consideradas as que mais prometem da energia solar. A
luz solar é diretamente transformada energia, através de placas que viram baterias.
Os captadores planos, ou, coletores térmicos, que, num lugar fechado, aquecem a
água, que com pressão do vapor, movem turbinas ligadas aos geradores.
Também chamados de captadores de energia, os espelhos côncavos refletores,
mantém a energia do sol que aquecem a água com mais de 100° C em tubos, que com a
pressão, movimentam turbinas ligadas ao gerador. O único e pequeno problema dos
espelhos côncavos, é que eles têm que acompanha diretamente os raios do sol, para
fazer um aproveitamento melhor.
Como à noite e em dias chuvosos não tem sol, a desvantagem da energia solar, é que
nesses casos ela não pode ser aproveitada, por isso que é melhor produzir energia
solar em lugares secos e ensolarados.
Um exemplo do aproveitamento dessa energia, é em Freiburg, no sudeste da
Alemanha. A chamada “cidade do sol”, lá existe o bairro que foi o primeiro a possuir
casas abastecidas com energia solar. As casas são construídas com um isolamento
térmico para a energia ser “guardada” dentro. Quando as casas são abastecidas com
mais energia do que necessário, os donos vendem o restante de energia para
companhias de eletricidade da região.
Com o uso de energia solar, a cidade já deixou de usar mais de 200 toneladas de gás
carbônico por ano.
 Usinas eólicas
É a energia mais limpa que existe. A chamada energia eólica, que também pode ser
denominada de energia dos ventos, é uma energia de fonte renovável e limpa, porque
não se acaba (é possível utilizá-la mais que uma vez), e porque não polui nada. O
vento (fonte da energia eólica) faz girar hélices que movimentam turbinas, que
produzem energia. O único lado ruim que a energia eólica possui é que como depende
do vento, que é um fenômeno natural, ele faz interrupções temporárias, a maioria dos
lugares não tem vento o tempo todo, e não é toda hora que se produz energia. O outro
lado ruim, é que o vento não é tão forte como outras fontes, fazendo o processo de
produção ficar mais lento.

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Energia da Biomassa
 
Para produzir a energia da biomassa, é preciso um grande percurso. Um exemplo da
biomassa é a lenha que se queima nas lareiras. Mas hoje, quando se fala em energia
biomassa, quer dizer que estão falando de etanol, biogás, e biodiesel, esses
combustíveis, que tem uma queima tão fácil, como a gasolina e outros derivados do
petróleo, mas a energia da biomassa é derivada de plantas cultivadas, portanto, são
mais ecológicas. Para ter uma ideia de como a energia da biomassa é eficiente, o
etanol, extraído do milho, é usado junto com a gasolina nos Estados Unidos; e
também, é produzido da cana de açúcar, o etanol responde metade dos combustíveis
de carro produzido no Brasil. Em vários países, mas principalmente nos Estados
Unidos, o biodiesel de origem vegetal é usado junto ou puro ao óleo diesel comum.
Segundo o diretor do centro nacional de bioenergia: “Os biocombustíveis são a opção
mais fácil de ampliar-se o atual leque de combustíveis”.

O único problema da biomassa é que por conta da fotossíntese (o processo pela qual
as plantas captam energia solar) é bem menos eficiente por metro quadrado do que os
painéis solares, por causa desse problema, é que para ter uma boa quantidade de
captação de energia por meio de plantas, é preciso uma quantidade de terra bem mais
extensa. Estima-se de que para movimentar todos os meios de transportes do planeta
só usando biocombustíveis, as terras usadas para agricultura teriam que ser duas
vezes maiores do que já são. Para ser mais eficaz, deixando mais rápidas as colheitas, e
deixando serem mais captadores de energia, cientistas estão fazendo pesquisas.
Atualmente, os combustíveis extraídos da biomassa são vegetais, como o amido, o
açúcar, e óleos, mas alguns cientistas estão tentando deixar esses combustíveis
líquidos. Outros estão visando safras que gerem melhores combustíveis.

E esse é o grande problema da energia da biomassa, mas para Michel Pacheco,


''Estamos diante de muitas opções, e cada uma tem por trás um grupo de interesse.
Para ser bastante sincero, um dos maiores problemas com a biomassa é o fato de
existirem tantas alternativas"

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·        Transmissão
 
Baseados na função que exerce, pode-se
definir transmissão como o transporte de
energia elétrica caracterizada pelo valor
nominal de tensão:
 
·                Entre a subestação elevadora de uma
usina elétrica e a subestação abaixadora em
que se inicia a subtransmissão, alimentando
um sistema de distribuição e fornecendo
energia elétrica a um grande consumidor.
 
·                Entre as subestações que fazem a
interligação dos sistemas elétricos de dois
concessionários, ou de áreas diferentes do
sistema de um mesmo concessionário.

As tensões usuais de transmissão adotadas no Brasil em corrente alternada podem


variar de 138 kV até 765 kV, incluindo, neste intervalo, as tensões: 230 kV, 345 kV, 440
kV, 500 kV e 750 kV.
 
Os sistemas de subtransmissão contam com níveis mais baixos de tensão, tais como
34,5 kV, 69 kV ou 88 kV.
 
NOTA: Sistema que opera em corrente contínua, Sistema de Itaipu (± 600 kV)
 
No caso de transmissão em corrente alternada, o sistema elétrico de potência é
constituído basicamente de:
·        Geradores
·        Estações de elevação de tensão;
·        Linhas de transmissão
·        Subestações seccionadoras
·        Estações transformadoras abaixadoras.

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Na transmissão em corrente contínua, a estrutura é essencialmente a mesma, diferindo


apenas pela presença das estações conversoras junto à subestação elevadora (para
retificação da corrente) e junto à subestação abaixadora (para inversão da corrente) e,
ainda, pela ausência de subestações intermediárias abaixadoras ou de seccionamento.
As linhas de transmissão em corrente contínua apresentam custo inferior ao de linhas
em corrente alternada, enquanto que as estações conversoras apresentam custo
elevado. Portanto, a transmissão em corrente contínua apresenta-se vantajosa na
interligação de sistemas com freqüências diferentes ou para a transmissão de energia a
grandes distâncias.
·        Subtransmissão (34,5 kV – 69 kV – 88 kV)
É a transmissão de energia elétrica entre uma subestação abaixadora de um sistema de
transmissão e uma ou mais subestações de distribuição.
·        Subestação
É parte de um sistema de potência concentrada em um dado local, compreendendo,
primordialmente, nas extremidades das linhas de transmissão e/ou de distribuição,
com os respectivos dispositivos de manobra, controle e proteção, incluindo obras civis
e estruturas de montagem, podendo incluir também transformadores, equipamentos
conversores e outros equipamentos. Podemos citar dentre os tipos de subestação:
Subestação elevadora – Subestação transformadora na qual a tensão de saída é maior
que a tensão de entrada;
Subestação abaixadora – Subestação transformadora na qual a tensão de saída é menor
que a tensão de entrada;
·        Distribuição
NOTA: Por definição, distribuição é a transferência de energia para os consumidores, a
partir dos pontos onde se considera terminada a transmissão (ou subtransmissão), até a
medição de energia, inclusive.

Os principais componentes do sistema elétrico de distribuição são:


 
• Redes primárias;
• Redes secundárias;
• Ramais de serviço;
• Medidores;
• Transformadores de distribuição;
• Capacitores e reguladores de rede.

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Consumidores que possuem uma carga instalada superior a 75 kW serão atendidos em


tensão primária (média ou alta, dependendo de sua demanda).
 
Dentre os outros níveis de tensão primária de distribuição:

·        2,3 kV; 3,8 kV; 6,6 kV; 11,9 kV; 13,8 kV; 25 kV; 34,5 kV.

 Quanto ao nível detensão de distribuição dos sistemas secundários


·         220/127 volts
·        380/220 volts
·         230/150 volts
·      
Aspectos sobre a Operação de Sistemas Elétricos.
 
A freqüência é controlada automaticamente nos próprios geradores por meio dos
reguladores de velocidade, equipamentos que injetam mais ou menos água, vapor ou
gás nas turbinas que acionam os geradores, dependendo do aumento ou da diminuição
da demanda.

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Organização do trabalho
 
 
a)   Programação e Planejamento dos Serviços
 
Programar: É definir etapas ou procedimentos ordenados para a execução de serviços
em determinado período de tempo, utilizando o método adequado, os recursos
mínimos necessários, tanto pessoais quanto materiais, as ferramentas e os
equipamentos, além de equipamentos de segurança, considerando as interferências
possíveis do meio ambiente com o trabalho.
 
Trabalhar com segurança em instalações elétricas requer organização e atenção do que
se está fazendo. Organizar o trabalho antes de executar qualquer tarefa é de
fundamental importância.

·        Em primeiro lugar, na maneira mais segura de fazer a tarefa;


 
·        Na maneira mais simples de fazer a tarefa, evitando complicações ou controles
exagerados.
 
·        No modo mais barato de fazer a tarefa;
 
·        No meio menos cansativo para quem vai realizar a tarefa;
 
·        Num procedimento que seja mais rápido;
 
·        Em obter a melhor qualidade e o resultado mais confiável e
 
·        Numa forma de trabalho que não prejudique o meio ambiente, ou seja, que não
cause a poluição do ar, da água e do solo.

Organizar significa pensar antes de iniciar a tarefa, mas pensar em quê?

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Observe que esses itens mencionados acima não


podem ser pensados separadamente, todos devem ser
pensados juntos para que no final haja equilíbrio entre
eles, de modo que um não prejudique o outro. Além
disso, é preciso pensar, também, na quantidade e na
qualidade das pessoas e dos materiais necessários, na
hora e no local em que eles devem estar disponíveis.
Quando você faz, com antecedência, um estudo de
todos os fatores que vão interferir no trabalho e reúne
o que é necessário para a sua execução, você está na
verdade organizando o trabalho para alcançar bons
resultados.

·       Planejamento dos Serviços


 
Planejar: É pensar antes, durante e depois de agir.
 Quando planejamos, buscamos alcançar objetivos e quando queremos fazê-lo de uma
forma participativa, compartilhamos diferentes saberes e diferentes ações,
necessariamente precisamos trabalhar com um método de planejamento.
·        Funções do Responsável
·  Apresentar os itens das normas e dos
procedimentos relativos às solicitações de
intervenção que tenham rebatimento nessa etapa.
Falar sobre os prazos de desligamento;
·   Fazer a apresentação completa das normas e dos
procedimentos internos relativos ao Planejamento
Executivo e à análise de riscos envolvidos na
realização das atividades a serem desenvolvidas,
em decorrência da liberação de instalações e de
equipamentos. Nessa etapa, deverão ser discutidas
e analisadas as responsabilidades entre os membros
das equipes. Cabe ainda ao instrutor estabelecer
casos práticos e enfatizar a necessidade de
validação do planejamento “in loco”.

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·        Os normativos internos relativos aos procedimentos para a solicitação de liberação


de instalações ou de equipamentos, incluindo a realização de manobras, a delimitação e
a sinalização da área de trabalho e o bloqueio de impedimento de reenergização
(apresentar os itens das normas e dos procedimentos de operação, de manutenção e de
segurança dos trabalhos pertinentes);
 
·    Execução dos serviços (inclusive o passo-a-passo de procedimentos de
manutenção);
 
·    Devolução para a operação e a normalização das instalações e do equipamento
(apresentar os itens das normas e/ou dos procedimentos de operação, de manutenção e
de segurança dos trabalhos pertinentes).
 
C) Prontuário e Cadastro das Instalações.
 
A revisão da Norma Regulamentadora nº 10 – NR 10 (Portaria 598 de 07/12/2004 do
MET) estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de
medidas de controle e sistema preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde
dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e
serviços com eletricidade, e no item 10.2.4 determina que:
1.   (NR 10 – Item 10.2.4) - As empresas com cargas instaladas superiores a 75 kW devem
constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto
no subitem 10.2.3, no mínimo:
a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e
saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle
existentes;
b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas
atmosféricas e aterramentos elétricos;
c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental,
aplicáveis conforme determina esta NR; 
d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização
dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;
e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção
individual e coletiva;
f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;
g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de
adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”. Ariquemes - RO
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“As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações
elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e
demais equipamentos e dispositivos de proteção” - NR 10 – item - 10.2.3.
 
1.   O que é o prontuário das instalações elétricas – (PIE)?
É um documento na forma de um manual que estabelece o sistema de segurança
elétrica da empresa. O PIE sintetiza o conjunto de procedimentos, ações,
documentações e programas que a empresa mantém ou planeja executar para proteger
os trabalhadores dos riscos elétricos. Todas as empresas com potência superior a 75 kW
devem manter o PIE atualizado.
2.   Como organizar o prontuário?
 Como definido na NR 10, em seu item 10.2.6.
O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo
empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à
disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade
3.   Como Estruturar o Prontuário?
O primeiro passo para organizar o prontuário das Instalações Elétricas é a realização de
um Diagnóstico NR 10 de situação da empresa que analise e indique os requisitos da NR
10 ainda não atendidos pela empresa (não conformidade). E caso a empresa não possua,
será também necessário elaborar os Laudos Técnicos das Instalações Elétricas e Laudo
do SPDA (Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas).

Laudo Técnico das Instalações Elétricas – Tem a finalidade de verificar a conformidade


com as NBR 5410 (BT), NBR 14039 (MT), NBR 5418 (Instalações em áreas classificadas) e
outros.

Laudo Técnico de Inspeção do SPDA – É um documento técnico das inspeções


ebmedições realizadas no SPDA e Aterramento Elétrico da empresa com a finalidade de
verificar a conformidade com a NBR 5419 e NR 10. (Item 10.2.4)

Nota: O diagnóstico, juntamente com o laudo das Instalações Elétricas vai fazer parte
do Relatório Técnico das Inspeções. Este, por sua vez, juntamente com o Laudo do
SPDA, vai fazer a base para a estrutura do Prontuário.
 
  Resumindo: Laudo das Instalações Elétricas + Diagnóstico NR 10 = Relatório Técnico
das Inspeções. Relatório Técnico das Inspeções + Laudo SPDA = Base para o Prontuário
Elétrico. Ariquemes - RO
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NR 10 SEP

Aspectos comportamentais
Os aspectos comportamentais do empregado devem ser analisados mediante as
realizações de assistência e cooperação social, sob a forma de assistência médica,
econômica, cultural e recreativa, de modo que o homem tenha, na empresa a que
pertence e a qual se dedica os seus esforços e o seu tempo, todos os recursos para
melhorar o seu nível de saúde, de conforto e bem estar extensível aos seus familiares.
As características inerentes ao campo de eletricistas, em relação ao trabalho, que se
deve procurar o homem mais qualificado para desempenhar determinadas funções,
bem como treinar, aperfeiçoar e atualizar o exercício das atividades que lhe são
atribuídas.
As condições físicas dos eletricistas são realmente um fator de grande importância
para o controle do risco da função, devendo a alimentação ser suficiente par o bom
desempenho do mesmo. Os homens subnutridos são elementos de pouca
produtividade e sujeitos a sofrer acidentes do trabalho.
A boa alimentação é, geralmente, função de uma boa remuneração. Além disso, hoje
em dia, as organizações são orientadas no sentido de se responsabilizaram pelo menos
por uma refeição sadia e cientificamente balanceada para seus empregados.
Além dos aspectos da remuneração ou enquadramento salarial do funcionário, de sua
alimentação, senso de responsabilidade social e atitudes disciplinares, devemos levar
em consideração os aspectos comportamentais no que tange aos fatores referentes às
condições psicológicas. Não basta somente uma boa seleção para o empregado, mas,
sobretudo, um adequado programa de acompanhamento periódico, quando então
poderá ser verificado se lê tem estabilidade psicológica e se continua satisfazendo os
requisitos de caracteres e aptidões que o posto de trabalho requer, entre eles, facilidade
de aprendizagem, de execução, de relacionamento comunitário, bom controle
emocional, concentração visual e auditiva, autoconfiança, organização resistência a
monotonia, entre outros requisitos de personalidade necessárias para a função.
A influencia do alcoolismo e do fumo excessivo sobre a produção e a segurança do
trabalhador deve nos preocupar. Na verdade o hábito de beber e fumar excessivamente
podem vir a prejudicar o trabalho de diversas maneiras:
a. O trabalhador habituado ao álcool e ou ao fumo reduz paulatinamente sua
produtividade;
b. O alcoolista falta constantemente ao serviço, sendo a bebida uma das causas
predominantes do absenteísmo;
c. O trabalhador, em geral, que bebe e fuma excessivamente é negligente quanto a sua
própria segurança e a dos companheiros;
d. O trabalhador que bebe e fuma está muito mais predisposto as doenças profissionais
e, potencialmente, é um candidato as doenças produzidas pelo uso do álcool e do fumo.
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NR 10 SEP

É importante lembrar que um bom relacionamento do supervisor com a equipe não só


favorece as condições de execução das tarefas como também facilita a tarefa de detectar
alguns indicadores do desvio do comportamento. Se detectados esses desvios, cabe ao
supervisor, ou pessoa indicada para tal, sugerir ao empregado que procure o setor de
Acompanhamento Pessoal da Empresa ou Serviço Médico.
Poderão ser considerados desvios comportamentais a insatisfação permanente,
agressividade, leviandade, rebeldia, egoísmo e desconfiança.
Cabe então ao supervisor ter noções e uma visão geral sobre os aspectos de saúde e de
comportamento desejáveis ao empregado, além dos requisitos e legislação específicos
que capacitarão a detectar indícios de qualquer anormalidade no equilíbrio ideal para o
desempenho da função do empregado.
Havendo uma boa supervisão dos aspectos comportamentais, evitar-se-ão riscos
potencial, com benefícios de âmbito pessoal, familiar e empresarial, no sentido humano
e econômico.
Havendo um setor de Acompanhamento Pessoal, caberá a ele acompanhar a
problemática do empregado, para que providencias sejam tomadas e o empregado seja
assistido nos aspectos considerados relevantes para o bom andamento funcional.

Condições Impeditivas para Execução de Serviços.


 
A nova NR-10, visando a garantir uma maior proteção aos trabalhadores que, direta ou
indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade,
estabeleceu diversos procedimentos a serem seguidos durante a realização dessas
atividades.

As principais condições impeditivas

 
A ausência ou a deficiência de qualquer uma das condições a seguir impede abinício ou
o prosseguimento de serviços realizados em instalações elétricas do SEP. Vale ressaltar
que essas condições são as principais, pois na análise de riscos do serviço podemos
constatar outras situações que possam impedir a execução da atividade. São elas:
 
• As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 volts em
corrente alternada ou superior a 120 volts em corrente contínua somente podem ser
realizadas por trabalhadores que atendam o que estabelece o item 10.8 da NR-10
(habilitação, qualificação, capacitação e autorização);
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• Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles


executados no Sistema Elétrico de Potência – SEP, não podem ser realizados
individualmente;
• Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas que
interajam com o SEP, somente pode ser realizada mediante ordem de serviço específica
para data e local, assinada por superior responsável pela área;
• Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles
envolvidos em atividades no SEP, devem dispor de equipamento que permita a
comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de
operação durante a realização do serviço;
• Falta ou deficiência de EPCs e ou de EPIs.
  É importante que você saiba que outros aspectos também devem ser considerados.
Veja a seguir.
• Condições ambientais
• Condições climáticas - depende das características da atividade;
• Serviço em linha viva - só poderá ser realizado durante o dia e em condição climática
. Nenhum serviço deve ser iniciado se houver condições que comprometam a
integridade física da equipe.
• Condições pessoais
Antes do início das atividades todos os trabalhadores deverão fazer uma avaliação das
condições físicas e mentais da equipe.

  Instalações elétricas desenergizadas / energizadas

Quando da realização de serviços em instalações elétricas desenergizadas, a NR-10 irá


lhe informar que somente será considerada desenergizada a instalação elétrica os
procedimentos apropriados forem obedecidos, conforme a seqüência abaixo:
A -Seccionamento;
B - Impedimento de reenergização;
C -Constatação da ausência de tensão;
D - Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos
circuitos;
E -Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada;
F - Instalação da sinalização de impedimento de reenergização.
 
NOTA: Só depois de constatar que a instalação está realmente desenergizada é que se
deve efetuar a liberação dos trabalhos.
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·        Quando houver a necessidade de reenergização, esta deve ser autorizada a partir


dos seguintes passos:
 
A - Retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;
B - Retirado da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo
de reenergização;
C - Remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções
adicionais;
D - Remoção da sinalização de impedimento de reenergização; e
E - Destravamento se houver e religamento dos dispositivos de seccionamento.
 
As medidas constantes, nesses passos, podem ser alteradas, substituídas, ampliadas ou
eliminadas em função das peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente
habilitado, autorizado e mediante justificativa técnica previamente formalizada, desde
que seja mantido o mesmo nível de segurança originalmente preconizado.

Trabalhos envolvendo alta tensão (AT)


Realização de serviços em que os
trabalhadores que intervenham em
instalações elétricas energizadas com
alta tensão (acima de 1000 v) deverão
exercer as suas atividades dentro dos
limites estabelecidos como zonas
controladas e de risco.
 
Antes de iniciar trabalhos em circuitos
energizados em AT, o super visor
imediato e a equipe, responsáveis pela
execução do serviço, devem realizar
uma avaliação prévia. Também
deverão fazer o estudo e o
planejamento das atividades e ações a
serem desenvolvidas de forma a
atender os princípios técnicos básicos
de execução de trabalhos seguros
envolvendo risco elétrico.
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Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser realizados


quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por profissional
autorizado.
A intervenção em instalações elétricas energizadas em AT, dentro dos limites
estabelecidos como zona de risco, somente pode ser realizada mediante a desativação,
também conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento
automático do circuito, sistema ou equipamento.
Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com identificação
da condição de desativação, conforme procedimento de trabalho específico
padronizado.
Os equipamentos, as ferramentas e os dispositivos isolantes ou equipados com
materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta-tensão, devem ser submetidos a
testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-se às especificações
do fabricante, aos procedimentos da empresa e na ausência destes, anualmente.

Proteção contra incêndio e explosão

As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de


proteção contra incêndio e explosão.
Os materiais, as peças, os dispositivos, os equipamentos e os sistemas destinados à
aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente
explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema
Brasileiro de Certificação.
Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática
devem dispor de proteção específica e de dispositivos de descarga elétrica.

Riscos Típicos no SEP e a sua prevenção.


Os riscos típicos do SEP – Sistema Elétrico de Potência é caracterizado por:

1 - Proximidade e contatos com partes energizadas;


2 – Indução Eletromagnética;
3 - Descarga atmosférica;
4 - Eletricidade estática;
5 -Campo elétrico e magnético;
6 -Comunicação, identificação e sinalização;
7 -Trabalho em altura, máquina e equipamentos especiais.

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a)   Proximidade e contato com partes energizadas.


 
Definição: Trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona controlada, ainda
que seja com uma parte do seu corpo ou com extensão condutoras, representadas por
materiais, ferramentas ou equipamentos que esteja manipulando.
• Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo
que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os
outros tipos de acidentes.
• Saiba que as partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas ou examinadas,
devem ser dispostas de modo à permitir um espaço suficiente para que você tenha um
trabalho seguro.
• As partes das instalações elétricas, não cobertas por material isolante,
naimpossibilidade de se conservarem distâncias que evitem contatos casuais, devem
ser isoladas por barreiras que ofereçam, de forma segura, resistência a esforços
mecânicos usuais.
• Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que
eventualmente possa ficar sob a tensão dever ser aterrada, desde que esteja em local
acessível a contatos.
·      Proteção contra o risco de contato
 
• As instalações elétricas, quando a natureza do risco exigir e sempre que tecnicamente
possível, devem ser providas de proteção complementar por meio de controle a
distância, manual e/ou automático.
• As instalações elétricas que estejam em contato direto ou indireto com a água e que
possam permitir fuga de corrente, devem ser projetadas e executadas, em especial,
quanto à blindagem, ao isolamento e ao aterramento.
• Respeitar as distâncias de segurança entre as tensões (fase-fase e fase-terra), utilização
correta dos EPI’s e dos EPC’s (ao contato, ao potencial e a distância).
• As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a
condutibilidade, a inflamabilidade e as influências eletromagnéticas.
• É vedados o uso de adornos (brincos, correntinhas, entre outros) pessoais nos
trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.
 
• Os trabalhos que exigem o acesso à zona controlada devem ser realizados mediante
procedimentos específicos respeitando as distâncias previstas na tabela B.

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Zona de risco: Entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível


inclusive acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão,
cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas
e instrumentos apropriados ao trabalho.
 
Zona controlada: Entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de
dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é
permitida a profissionais autorizados.
 
Verifique na tabela a seguir a faixa de tensão nominal da instalação elétrica e a faixa
de tensão para as zonas de risco e controlada.

Tabela B – Tabela de raios de delimitação de zonas


de risco, controlada e livre.

ZL = Zona livre.
ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores
autorizados.
ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores
autorizados e com a adoção de técnicas,
instrumentos e equipamentos apropriados ao
trabalho.
PE = Ponto da instalação energizado.
SI = Superfície isolante construída com material
resistente e dotada de todos dispositivos de
segurança

NOTA: Caso você esteja em perigo, os serviços em instalações energizadas, ou em suas


proximidades, devem ser suspensos de imediato.

Sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou para a entrada em


operações de novas instalações ou equipamentos elétricos, devem ser previamente
elaboradas análises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados e seus
respectivos procedimentos de trabalho.
  Além disso, o responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades
quando verificar a situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou
neutralização imediata não seja possível. Ariquemes - RO
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b)   Indução Eletromagnética
 
A passagem da corrente elétrica em condutores
gera um campo eletromagnético que, por sua
vez, induz uma corrente elétrica em condutores
próximos. Assim, pode ocorrer a passagem de
corrente elétrica em um circuito desenergizado
se ele estiver próximo a outro circuito
energizado.
Por isso é fundamental que você, além de
desligar o circuito no qual vai trabalhar e de
bom senso confirmar com equipamentos
apropriados (voltímetros ou detectores de
tensão), se o circuito está efetivamente sem
tensão.
Saiba que nos trabalhos com linhas transversais e/ou paralelas deve-se utilizar o
sistema de aterramento temporário, tantos quantos necessários.
O aterramento temporário é um equipamento de proteção coletiva, destinado a
promover a equipotencialização para proteção pessoal, contra a energização indevida do
circuito em intervenção.
c)   Descargas Atmosféricas
Ao longo dos anos, várias teorias foram
desenvolvidas para explicar o fenômeno dos raios.
Atualmente, tem-se que a fricção entre as partículas
de água e gelo, que formam as nuvens, provocada
pelos ventos ascendentes, de forte intensidade, dá
origem a uma grande quantidade de cargas elétricas.
As descargas atmosféricas são um dos maiores
causadores de acidentes em sistemas elétricos
causando prejuízos, tanto materiais quanto para a
segurança pessoal.
Com o crescente aumento dessas descargas, tornou-
se necessário a avaliação do
risco de exposição a que estão submetidos os
edifícios, sendo este um meio eficaz de verificar a
necessidade de instalação de pára-raios. Os pára-
raios captam os raios e direcionam os mesmo para o Ariquemes - RO
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Pag.27 sistema de aterramento.
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Os sistemas de aterramento têm como primeiro objetivo à segurança pessoal. Devem


ser projetados para atender os critérios de segurança tanto em alta freqüência,
descargas atmosféricas e telefonia quanto em baixas freqüências, como curtos-circuitos
em motores trifásicos. Para que o aterramento seja eficaz, é necessário que seja um
sistema estável, ou seja, que apresente uma invariabilidade nos valores da resistência de
terra. Deve-se levar em consideração, também, a viabilização do projeto, objetivando o
ponto ótimo no que se diz respeito à configuração do sistema e ao resultado desejado.

Costuma-se adotar o valor da resistência de terra em torno de 10 Ω, mas na prática este


valor pode ser bem variável. Adotando-se o aterramento com equipotencialização, por
exemplo, o objetivo final é manter todo o sistema a um mesmo potencial. Deste
trabalho, conclui-se a importância do conhecimento de projetos para os sistemas de
aterramento e pára-raios de maneira minuciosa ressaltando suas características
peculiares.
 
Como sendo um fenômeno da natureza, podemos apenas amenizar os efeitos utilizando
métodos seguros de pára-raios e aterramento evitando trabalho com o tempo carregado
(chuvoso).

d) -Eletricidade Estática
 
·        ESD: Descarga Eletrostática
Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática
devem dispor de proteção específica e de dispositivos de descarga elétrica.

Luva em tecido dissipativo de poliéster e nylon carbono.


Ideal para salas limpas e manipulação de componentes
sensíveis a ESD

Pulseira Antiestática elástica com cabo espiral, resistor de


1 Mega Ohm, pino banana e garra jacaré.Utilizada de
forma a remover com segurança a estática do operador
protegendo os componentes sensíveis a ESD
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A eletricidade estática
é uma carga elétrica em repouso, ela é
gerada principalmente por um
desbalanceamento de elétrons localizados
sob uma superfície ou no ar do ambiente.
 
O desbalanceamento de elétrons (em todos
os casos, gerado pela falta ou pelo excesso
de elétrons) gera um campo elétrico capaz
de influenciar outros objetos que se
encontram a uma determinada distância. O
nível de carga é afetado pelo tipo de
material, pela velocidade de contato e pela
separação dos corpos, da umidade e de
diversos fatores.

e) - Campo Elétrico e Magnético


 
Campo magnético
A maioria dos equipamentos tem certo grau de sensibilidade à perturbação de origem
eletromagnética. Um simples raio que caia perto de uma instalação que tenha muitos
sensores, transdutores associados a sinal e comandos pode causar um mau
funcionamento, ou seja, não significa que esse equipamento será danificado, mas será
levada a ele uma informação que será codificada, não como um raio que caiu, mas
como uma informação que o equipamento tomará e que vai ser errada.
Isso é uma perturbação de origem eletromagnética, porque o raio cria um campo
eletromagnético que vai provocar o mau funcionamento dos comandos do controle de
operação.
 
Os sistemas de controle destinados à segurança devem estar protegidos contra esse
fenômeno classificado como compatibilidade eletromagnética e os equipamentos
devem estar imunes a esse tipo de interferência.
 
Deve haver uma preocupação em imunizar o equipamento para evitar o mau
funcionamento contra o fenômeno de perturbação e, ao mesmo tempo, evitar que o
equipamento produza ruídos de natureza de campo eletromagnético que perturbe
tanto o seu funcionamento quanto o de outros.
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Para isso que existe o estudo de um bom aterramento, da escolha adequada do tipo de
aterramento para evitar correntes comuns, ou seja, assegurar, ao usuário da instalação,
certa segurança para o equipamento instalado e evitar certos tipos de sobretensão que
são provocados por falhas na rede elétrica, como um curto–circuito, por exemplo.
 
Mais uma finalidade do aterramento é a de promover uma referência de potenciais
para a boa operação dos sistemas elétricos, em especial quando há partes isoladas
eletricamente, como um transformador.

Importante - Corrente elétrica gera campo magnético


 
Existe grande controvérsia a respeito dos efeitos dos campos eletromagnéticos no ser
humano. Não existe fundamentação científica em muitos trabalhos divulgados, porém
algumas observações são feitas a seguir:
 
• muitos trabalhos sobre o tema apresentam problemas metodológicos e muitos se
baseiam em exposição anterior, que é de difícil mensuração ou comprovação;
• a legislação brasileira não determina os limites de tolerância para exposição
ocupacional aos campos eletromagnéticos.

NOTA: Do ponto de vista médico, não existe nenhum exame que possa ser
formalmente realizado como indicador de efeito ou de exposição a campos
eletromagnéticos.
           
Na Europa prevalece, em relação aos campos eletromagnéticos, o Princípio da
Precaução, proposto na Conferência RIO-92: “O Princípio da Precaução é a garantia
contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do conhecimento, não
podem ser ainda identificados. Este Princípio afirma que na ausência da certeza
científica formal, a existência de um risco de um dano sério ou irreversível requer a
implementação de medidas que possam prever este dano”.

f) - Comunicação, Identificação e Sinalização.


É importante ressaltar que a comunicação e identificação são partes importantes do
controle do risco, como padronização dos procedimentos de transmissão e operação,
criando uma linguagem simples, fazendo uma nomenclatura e utilizando métodos
seguros (cartões de segurança, painéis de controle e padronizações das cores) e
utilização de cones, cercas e fitas.
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g) - Trabalho em alturas, em máquinas e em equipamentos especiais.

Todo funcionário exposto a risco de queda deverá trabalhar protegido por


corrimões, guarda-corpos, cintos de segurança, trava-quedas ou quaisquer outros
equipamentos de proteção contra quedas. Também é importante que você conheça
todas as máquinas e os equipamentos nos locais onde são realizados serviços com
eletricidade, pois muitas vezes é necessário o controle de outras energias e
dispositivos além da energia elétrica.
Para o trabalho em altura são requeridas padronizações do cinturão tipo pára-
quedista, com talabarte de segurança de acordo com a altura e estrutura a serem
utilizadas  e padronizações de suas máquinas e equipamentos com o seu manual de
procedimentos para a utilização adequada (como limite de abertura, carga instalada e
condições de uso).
As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de
partida/parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do
trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental, para isso estes
devem ser localizados de modo que:
A - Seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho;
 
B - Não se localize na zona perigosa de máquina ou do equipamento;
 
C - Possa ser acionado ou desligado em caso de emergência, por outra pessoa que não
seja o operador;
 
D - Não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador ou de
qualquer outra forma acidental;
 
E - Não acarrete riscos adicionais.
Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam as máquinas e os equipamentos
devem ser vistoriados e limpos sempre que apresentarem riscos provenientes de
graxas, óleos e outras substâncias que os tornem escorregadios.
    As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e equipamentos devem
ser dimensionados de forma que o material, os trabalhadores e os transportadores
mecanizados possam se movimentar com segurança.
As máquinas e os equipamentos de grandes dimensões devem ter escadas e
passadiços que permitam acesso fácil e seguro aos locais em que seja necessária a
execução de tarefas.
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Regras Gerais
Verifique a seguir algumas regras essenciais para evitar acidentes de trabalho em sua
empresa.
 
1. O local deverá ser sinalizado por meio de placas indicativas e ser feito um
isolamento para prevenir acidentes com transeuntes ou com pessoas que estejam
trabalhando embaixo.
Ex: Cuidado - Homens trabalhando acima desta área!
2. É obrigatório o uso do cinto de segurança para trabalhos em altura superior a 2
metros.
3. O transporte do material, para cima ou para baixo, deverá ser feito
preferencialmente com a utilização de cordas em cestos especiais ou de forma mais
adequada.
4. Materiais e ferramentas não podem ser deixados desordenadamente nos locais de
trabalho sobre andaimes, plataformas ou qualquer estrutura elevada, dessa forma,
evita-se acidentes com pessoas que estejam trabalhando ou transitando sob as
mesmas.
5. As ferramentas não podem ser transportadas em bolsos, mas pode-se utilizar
sacolas especiais ou cintos apropriados.
6. Recomenda-se que todo trabalho em altura seja previamente autorizado pelo
SESMT da empresa.

Recomendações para trabalho em Altura

Caso você esteja trabalhando em


alturas, verifique a seguir os cuidados que
você deverá ter para evitar acidentes.
 
• Analisar atentamente o local de
trabalho, antes de iniciar o serviço.
• Sob forte ameaça de chuva ou ventos
fortes, suspender imediatamente o
serviço.
• Nunca andar diretamente sobre
materiais frágeis (telhas, ripas estuques),
instalar uma prancha móvel.
• Usar cinto de segurança ancorado em
local adequado. Ariquemes - RO
• Não amontoar ou guardar coisa alguma 69 98491-5690
Pag.32 sobre o telhado.
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• É proibido arremessar material para o solo, deve ser utilizado equipamento


adequado (cordas ou cestas especiais). Caso não seja possível, a área destinada para
jogar o material deve ser cercada, sinalizada e com a devida autorização do SESMT da
empresa.
• Usar equipamento adequado (cordas ou cestas especiais) para erguer materiais e
ferramentas.
• Instalações elétricas provisórias devem ser realizadas exclusivamente por eletricistas
autorizados.
• Imobilizar a escada ou providenciar para que alguém se posicione na base para
calçá-la.
• Ao descer ou subir escadas, fazer com calma e devagar.
• Não improvisar.

Medidas de Controle de risco Elétricos


Verifique a seguir as medidas de controle que você deverá adotar para evitar
acidentes elétricos em sua empresa.
• Desenergização.
• Aterramento funcional (TN/TT/IT) de proteção temporária.
• Equipotencialização.
• Seccionamento automático da alimentação.
• Dispositivo de corrente de fuga.
• Extra baixa tensão.
• Bloqueios e impedimentos.
• Isolamento das partes vivas.
• Separação elétrica. – Ex: Utiliza-se em salas cirúrgicas.
 
Técnicas de Análise de Risco no SEP
Os acidentes são provocados por uma seqüência concatenada de eventos, porém o
potencial de acidentes industriais causados pelo homem tem crescido com o
desenvolvimento tecnológico.
O manuseio de materiais perigosos em quantidades acima de valor limite, específico
para cada tipo de substância, exige o estabelecimento de um programa de
gerenciamento de riscos a fim de garantir padrões mínimos de segurança,
tanto para os empregados de uma empresa como para o público externo e o meio
ambiente.
Antes de prosseguirmos, é importante lembrar que enquanto o perigo está associado
com a fonte com potencial de causar acidentes, o risco está associado à probabilidade e
consequências. Ariquemes - RO
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NOTA: É importante saber que todos os envolvidos nos serviços em eletricidade são
responsáveis pela prevenção de acidentes. Portanto é fundamental que os
profissionais que compõem as equipes de trabalho, apliquem as técnicas de análise de
riscos, com o objetivo de reduzir as probabilidades de acidentes, em todas as etapas
das intervenções realizadas no sistema elétrico de potência.

Objetivo

É informar e capacitar os participantes para a identificação de perigos e


implementação de medidas de prevenção, e controle em cumprimento à NR 10 da
portaria 3214/78, item 10.2.1.
 
Gerenciamento de riscos.

É a formulação e a execução de medidas e procedimentos técnicos e administrativos


que têm o objetivo de analisar os riscos existentes no SEP, e propor medidas de
controle objetivando mantê-lo operando dentro dos requerimentos de segurança
considerados toleráveis.
 
“Para gerenciar riscos é necessário, em primeiro lugar; uma mudança no conceito de
segurança industrial, tanto no aspecto da prevenção como no aspecto da ação.”
 
A segurança, no seu conceito inicial, visa à prevenção como “minimização de acidentes
com lesão pessoal e perda de tempo”. A ênfase nas taxas de acidentes, que causam
afastamento de trabalhadores, era vista como metas em diversas empresas. Com isto
alguns acidentes, com alto potencial de perdas, deixaram de ser estudados, pois não
chegaram a causar acidentes pessoais com afastamento.
No caso da ação, a mudança está na forma de atuação gerencial. No conceito inicial, o
responsável pela segurança de uma indústria era centralizado em um órgão que tinha
a função de prevenir e de minimizar os acidentes na empresa. É óbvio que por mais
competentes que fossem esses profissionais, não poderiam estar em todos os lugares o
tempo todo fazendo prevenção. Quem faz a prevenção dos acidentes é o gerente e sua
equipe de profissionais que conhecem os procedimentos operacionais, de
manutenção, de inspeção, etc., ou seja, a responsabilidade pela segurança será de todos
os envolvidos nas atividades desde o gerenciamento a operação, recebendo dos
profissionais de segurança o apoio em termos de assessoria e de consultoria para
assuntos específicos de segurança industrial.
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·        Análise de riscos.
 
“A análise de riscos procura identificarem antecipadamente os perigos nas instalações,
nos processos, nos produtos e nos serviços, e analisar os riscos associados ao homem,
ao meio ambiente e à propriedade, propondo medidas para o seu controle”.
 
As principais metodologias técnicas utilizadas no desenvolvimento de “análise de
risco” são:
·         Análise Preliminar de Risco - APR;
·         Análise de Modos de Falhas e Efeitos - FMEA;
·         Hazard and Operability Studies - HAZOP;
·         Análise de Risco de Tarefa - ART;
·         Análise Preliminar de Perigo - APP; dentre outras.

Nota: HAZOP - É uma técnica de identificação de riscos qualitativa baseada na


premissa de que os riscos, os acidentes e os problemas de funcionamento em uma
instalação acontecem por causa de algum desvio nas variáveis do processo,
comparado com os parâmetros normais de operação. 
 
Os principais passos para a avaliação dos riscos:
• identificar e avaliar o perigo;
• estimar a probabilidade e gravidade do dano;
• analisar o risco;
• decidir se o risco é tolerável;
• controlar o risco (com medidas de controle).
 
NOTA: Em outras palavras, avaliar riscos é responder a três perguntas. Confira.
1. As quais perigos o trabalhador está exposto?
2. Qual a probabilidade de ocorrer um acidente?
3. Quais medidas devem ser adotadas para que os acidentes não ocorram?

Exemplos: Identificação em usinas, subestações, linhas de transmissão e distribuição,


seus efeitos e as medidas de controle necessárias para garantir a segurança nas
intervenções.

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Procedimentos de Trabalho; Análise e Discussão.


“Procedimento de trabalho é o nome que se dá aos documentos que relatam todas as f
ases de execução de uma atividade ou de um processo com todos os detalhes, tendo
como premissa fundamental os requisitos de segurança”.
    As atividades de construção, operação e manutenção em instalações elétricas devem
ser exercidas de acordo com as normas, instruções e os procedimentos emitidos pelos
respectivos órgãos competentes de modo a ser executado corretamente e com
segurança.
  Na execução de todo e qualquer serviço em instalações elétricas, deve-se levar
sempre em consideração as instruções e recomendações pertinentes a cada caso
específico. Verifique a seguir algumas realidades em que os procedimentos de trabalho
são evidenciados.
• Toda atividade operacional realizada por um trabalhador, que interaja no SEP, é pas-
sível de ser detalhada em uma seqüência lógica.  
• A garantia da segurança em serviços no SEP é fundamental e obrigatória.
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• Os trabalhos no SEP estão classificados nas áreas de construção/montagem, ma


nutenção e operação de instalações.
 
• A técnica de linha viva é uma realidade de manutenção e construção nas quais os
trabalhadores atuam diretamente ou “em proximidade” dos equipamentos e
condutores energizados.

• Os trabalhos podem ser executados em instalações industriais ou de concessionárias,


de instalações localizadas em subestações e usinas ou linhas de transmissão e
distribuição de energia, urbanas ou rurais.

 Planejamento de serviços.

NOTA: O planejamento de serviço é a etapa que antecipa e não deve ser confundido
com a aplicação de um procedimento de trabalho.

O planejamento recorre a situações não-repetitivas, enquanto que o procedimento


se aplica ao processo de trabalho rotineiro e repetitivo.

     O planejamento está ligado à experiência, à iniciativa, ao conhecimento técnico e à


análise de situação, assim como o procedimento está ligado à aplicação da disciplina,
da ordem e da constante preocupação de melhora.

   Um grande problema encontrado no dia-a-dia de muitos profissionais é a falta de


tempo para preparar o serviço a ser executado. Você já deve ter vivenciado esse
momento. Muitas vezes é dito que não há tempo para planejar os serviços de forma
adequada, em particular, no tempo gasto para a análise e a prevenção de acidentes por
conta dos riscos envolvidos nas atividades, porém sempre é necessário encontrar
tempo para socorrer vítimas e reparar equipamentos em função dessa negligência. A
fase de planejamento é fundamental para o sucesso da proposta dos serviços a serem
realizados. A Análise de Riscos deve ser elaborada para a garantia da avaliação do
trabalho a ser realizado, incluindo o modo de execução a serem adotados, os recursos
humanos e materiais necessários, assim como os critérios e limites de riscos admitidos
para essa realização.

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·   Sistema de Gestão de Segurança


 
.  No gerenciamento dos projetos
 
          Pode-se considerar qualquer intervenção em sistemas elétricos, energizados ou
não, como fase posterior de um projeto em execução. Considerando que um projeto é
uma ação temporária para produzir um serviço de propósito único e sob condições
únicas de recursos, meio ambiente (sistema elétrico) e condições de segurança (níveis
de perigo), deve ser tratado pelas normas e práticas adequadas de gerenciamento de
projetos, para aperfeiçoar tempo e procedimentos, dessa forma, definindo os
procedimentos para um bom planejamento de trabalho. As avaliações das condições
de segurança passam, então, necessariamente por essa etapa.
 
.  No gerenciamento de processos
 
O trabalho a ser desenvolvido em sistemas elétricos, energizados ou não,
independente de sua forma ou classificação, ou seja:
 
• É composto por processos distintos;
 
• A solicitação de um serviço é um procedimento que antecede a realização de
qualquer trabalho;
 
• Os processos têm em comum uma definição clara de procedimentos. Ex.: serviços de
montagem em instalações de alta-tensão; serviços de manutenção em instalações de
alta-tensão;
 
• Serviços de operação em instalações de alta tensão, etc.
 
·        Objetivo do Planejamento
 
Um planejamento de trabalho tem como objetivo instruir os serviços realizados nas
instalações do SEP, incluindo entre outros um programa de execução e uma técnica de
análise de risco.

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·        Desenvolvimento do programa executivo


Verifique a seguir os itens que devem constar em um programa executivo.
 
.  Descrição do trabalho
Descrever detalhadamente a intervenção que será realizada para facilitar o
entendimento em sua execução.
 
. Recursos humanos
Determinar os recursos humanos que serão necessários para realizar a manutenção,
discriminando nomes, funções e órgãos de origem. É imperativo que esses sejam
habilitados para desenvolver os trabalhos programados.

. Recursos materiais
Relacionar todos os materiais, equipamentos, ferramentas e instrumentos que serão
utilizados na manutenção, deixando claro suas quantidades e referências, inclusive,
para facilitar suas aquisições, de acordo com as seguintes ações:
 
A - Prever reserva estratégica dos itens vitais à intervenção;
B - Prever um checklist dos itens em tempo hábil de se adquirir/substituir algum
componente;
C - Responsabilizar os órgãos/pessoas que adquirirão os itens e prazos.
 
. Transporte/comunicação.
A - Definir os veículos que serão utilizados para transportar as pessoas e os materiais
para o local da intervenção.
B - Definir o sistema de comunicação que será usado para receber/ entregar a
instalação e para permitir comunicação confiável internamente à equipe de execução
e, com a operação de instalação e/ou de sistema.
C - Responsabilizar os órgãos/pessoas que providenciarão transpor-te/comunicação.
D - Exigir teste da comunicação antes e durante a intervenção.
E - Exigir que, pelo menos, um veículo esteja sempre pronto a prestar socorro a um
eventual acidentado.
F - Exigir que o motorista do veículo disponha do Plano de Atendimento ao
Acidentado, contendo o roteiro das clínicas/hospitais mais próximos da instalação, e
que o mesmo esteja familiarizado com o trânsito daquelas imediações.

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·        Providências preliminares
São as ações que antecedem a intervenção propriamente dita para se obter sucesso na
sua execução.
Deve–se prever, caracterizando algumas responsabilidades.
 A - Estudo minucioso do local onde será executado o trabalho, complementado com
diagramas, para identificar:
• as dificuldades de acesso, ao lado da intervenção;
• os pontos energizados nas proximidades;
• as distâncias envolvidas;
• os pontos de acesso de trabalho.
B - No caso de trabalhos com instalações desenergizadas, a elaboração de um projeto
de aterramento que identifique os pontos que serão aterrados, a técnica a ser
empregada e os materiais/ ferramentas que serão usados, conforme os procedimentos
de aterramento temporário para linhas e barramentos desligados.
C - Estudo das normas e instruções técnicas de manutenção passíveis de serem
aplicadas ao trabalho.
D - Análise dos fatores mecânicos e elétricos envolvidos, de modo a se garantir a
segurança do pessoal e a condição de operacionalidade da instalação.
E - Análise da adequação do ferramental em relação aos fatores eletromecânicos
envolvidos, à suportabilidade e à técnica a ser empregada.
F - Inspeção e/ou testes de todos os materiais, equipamentos e ferramental inclusive
os EPI’s e os EPC’s.
  G - Solicitação de acompanhamento, quando necessário, de representante da
Operação e da Segurança do Trabalho. Pode–se prever, quando se julgar adequado, o
apoio, no local, de uma ambulância com profissionais da área médica (médicos e/ou
enfermeiros).
  H - Providenciar a aquisição de kits de primeiros socorros. Exigir que todos os
membros da equipe conheçam a utilização do kit e que estejam atualizados nas
técnicas de primeiros socorros.
I- Discussão do trabalho com a equipe, de modo que não fiquem dúvidas sobre o papel
de cada um e dos participantes em cada etapa e também sobre os riscos envolvidos na
intervenção.
J - O responsável pela intervenção deverá inteirar–se com o operador encarregado da
instalação ou operador supervisor de turno com relação às partes da instalação que
ficarão energizadas durante a intervenção.
  K - Elaboração de diagramas coloridos que apresentem claramente as partes do
sistema que ficarão energizadas durante a intervenção.
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I - Realizar, em conjunto com a Operação, a delimitação/sinalização da área liberada


para intervenção.
 M - Realizar a delimitação da área de trabalho.
  N - Programa de manobras: confirmar se as manobras constantes no Programa de
Manobras atendem as configurações/condições necessárias para realização da
intervenção, especialmente.
O - Bloqueio dos equipamentos/religamento de linha de transmissão: confirmar a
realização do bloqueio dos equipamentos que, acidentalmente operados, possam
energizar as áreas liberadas para intervenção, especialmente os equipamentos
acionados remotamente. Confirmar a colocação de Cartões de Segurança nos
acionamentos desses equipamentos. Para linhas de transmissões energizadas,
confirmar o bloqueio do religamento automático.
P - Controle e numeração: a cada emissão de um programa executivo, o serviço de
manutenção deverá numerá-lo a fim de possibilitar o seu arquivamento, controle e
melhoria do processo.
·        Descrição da técnica
         Esgotada a parte de análise e definição da técnica a ser empregada, deve–se partir
para o seu detalhamento, conforme a seguir.
A - Descrever cada etapa da intervenção, fazendo referência, quando for o caso, dos
anexos e das instruções de manutenção inerentes e indicando os responsáveis por
cada evento.
B - Deixar claro, em cada situação, os processos de acesso do eletricista ao potencial.
C - Para as intervenções em área desenergizada, deixar clara a realização de
aterramento temporário da instalação.
D - Definir, nominalmente, a supervisão técnica e a condição técnica dos trabalhos, de
modo que se tenha, para a equipe, uma só voz de comando.
E - Alertar, quando necessário, aspectos de segurança durante a descrição das etapas.
F - Deixar claras as ações vitais à segurança da intervenção, tais como:
• confirmar as condições de recebimento dos equipamentos;
• confirmar a configuração da instalação (principalmente SE);
• confirmar a realização de delimitação e a sinalização da área liberada;
• confirmar a utilização dos EPI’s e dos EPC’s;
• confirmar a execução do aterramento temporário e a sua retirada após a conclusão
dos serviços.
 
G - Nos trabalhos em conexões elétricas exigir a utilização do pulo de continuidade
temporário.
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·        Análise Preliminar de Riscos - APR


 
A Análise Preliminar de Riscos (APR) consiste no estudo e na reflexão, durante a fase
de preparação do Programa Executivo, dos riscos que estarão ou que poderão estar
presentes na execução dos trabalhos. Esses riscos são das seguintes naturezas:
• Riscos pessoais – poderão acidentar pessoas;
• Riscos operacionais – poderão desligar as instalações;
• Riscos estruturais – poderão danificar o sistema físico;
• Riscos do objeto de ação - poderão diminuir a qualidade intrínseca do trabalho.
 
A APR é um procedimento imprescindível para processos não padronizados do tipo:
“Cada caso é um caso”.
Quando o processo não está padronizado, deve–se identificar a seqüência dos
trabalhos (o passo-a-passo).
Após, terminado o passo-a-passo, deve–se preencher o(s) formulário(s) de APR
observando a matriz de riscos e, em seguida, qualificá-lo(s) no formulário da APR,
explicitando se o risco é:
• desprezível;
• moderado; ou
• crítico.
 
Para o caso de riscos críticos, deve-se trabalhar no Programa Executivo, visando
reduzir a criticidade do risco por meio de novas técnicas ou equipamentos.
A graduação dos riscos deve ser feita considerando que as medidas preventivas
bloquearão os eventos. A coluna “conseqüências do evento” deve supor que as
medidas preventivas falharão.

·        Quantificação e critérios para riscos


      A graduação dos riscos é feita para cada atividade, enquadrando-a no seu grau de
severidade:
• mínima;
• marginal; ou.
• crítica.
 
Na probabilidade de ocorrências, tem-se:
• rara;
• remota;
• média. Ariquemes - RO
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·        Avaliação da execução da manutenção.


Após a execução da manutenção, deverá fazer uma reunião com os componentes da
equipe de modo a avaliar o trabalho realizado com vistas a aperfeiçoar o esquema
adotado. Em programações longas, essa avaliação deve ser diária, objetivando
possíveis alterações/correções de percurso.
Técnica de Trabalho Sob Tensão
 
Métodos de Trabalho (Ao Contato – Ao Potencial – À Distância)
Na execução de qualquer serviço que envolva energia elétrica, a escolha do método de
trabalho a ser adotado pela sua equipe de trabalho é de fundamental importância para
que se evite a ocorrência de acidentes.
 
Os cuidados citados anteriormente são fundamentais para uma correta e segura
execução dos serviços, sem a ocorrência de prejuízos materiais ou humanos, por meio
de rigorosa observação dos controles de riscos, indispensáveis para a execução de
trabalhos.
a)      Manutenção com Linha Energizada – Linha
Viva
Esta atividade deve ser realizada mediante a
adoção de procedimentos e de metodologia
específica que garantam a segurança dos trabalha-
dores.

b)   Método ao Contato
Como o trabalhador tem contato com a rede
energizada, mas não fica no mesmo potencial da
rede elétrica, todos os equipamentos de proteção
individual e de proteção coletiva devem ser
adequados à tensão da rede para garantir que o
mesmo esteja devidamente isolado.
Portanto, todos os procedimentos de utilização
de EPI’s e EPC’s devem ser seguidos obedecendo-
se as técnicas de segurança para não haver falha
durante as operações no SEP.
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No método ao contato, o trabalhador tem contato com a rede energizada, mas não fica
no mesmo potencial da rede elétrica, pois está devidamente isolado desta, utilizando
equipamentos de proteção individual e equipamentos de proteção coletiva adequados
à tensão da rede.
            Esse método consiste em proteger o eletricista com luvas e mangas isolantes,
com o auxílio de uma plataforma, andaime ou veículo equipado com cesta aérea, ele
executa os serviços diretamente com as mãos. Toda a zona de trabalho é protegida,
também, com coberturas isolantes apropriadas e, à medida que decorrem as tarefas,
vai-se descobrindo o espaço estritamente necessário à operação em causa, tais como
executar uma derivação, substituir um isolador, efetuar uma emenda, etc. Dessa
forma, anula-se a possibilidade do eletricista poder fechar dois pontos de potenciais
diferentes ou que os elementos de trabalho (fios, chaves, ferramentas) o possam fazer
ocasionando um curto-circuito. Esse método é utilizado somente para linhas de
distribuição e de subestações com tensões de até 34,5 kV.
c)   Método ao Potencial
É o método onde o trabalhador fica em contato direto com a tensão da rede, no mesmo
potencial. Por isso, é necessário o emprego de medidas de segurança que garantam o
mesmo potencial elétrico no corpo inteiro do trabalhador, devendo ser utilizado um
conjunto de vestimentas condutivas (roupas, capuzes, luvas e botas) ligadas por meio
de cabo condutor elétrico e cinto à rede objeto da atividade.
São imprescindíveis que sejam feitos os testes necessários com todas as roupas
condutivas necessárias para manter uma perfeita equalização do campo elétrico
distribuído no operador.
Técnica de Trabalho com Linha Viva Método à Distância
Foi o primeiro método desenvolvido, o eletri-
cista executa as operações com o auxílio de
ferramentas montadas nas extremidades dos
bastões isolantes. Com esse método, é possível
trabalhar em todas as classes de tensão. Em
tensões de até 69 kV, onde as distâncias entre
fases são menores, os condutores são
afastados de sua posição normal por meio de
bastões suportes, moitões, etc.
Todo conjunto de equipamento é projetado
para facilitar os movimentos dos eletricistas,
no alto dos postes ou das estruturas, com total
segurança, tanto na manobra das articulações
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para afastamento dos condutores como nas
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Pag.45 manipulações das cadeias de isoladores.
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Nesse método, o eletricista deve observar rigorosamente à distância de trabalho, ou


seja, a sua distância com o condutor energizado.
 
As distâncias mínimas para trabalho em linha viva são fornecidas a seguir.
13,8 kV – 0,64 m
34,5 kV – 0,75 m
69 kV – 0,95 m
138 kV – 1,10 m
230 kV – 1,55 m
345 kV – 2,15 m
500 kV – 3,40 m
 
d)    Descrição dos Serviços
• substituição de isoladores de pino e/ou acessórios como pinos ou amarração, cadeia
com isolador de suspensão em estruturas simples ou duplas;
 
• substituição de cruzetas, simples ou duplas, em ângulos suaves com isolador de pino
ou suspensão;
 
• instalação e/ou substituição de postes com estrutura simples;
 
• substituição de pára-raios e/ou de equipamentos. Nos locais de difícil acesso, como
alto de morro ou local aonde não se chega com a cesta aérea, aplica-se esse método de
trabalho com muita eficiência para atendimento desse tipo de serviço. Também se
mostra muito útil nas estruturas das subestações para se executar manutenção,
limpeza de isoladores, pára-raios, etc.

Procedimento de Segurança para Trabalho em Painéis e Cubículos.


Intervenções em painéis e cubículos são atividades onde os trabalhadores estão
freqüentemente expostos aos riscos de choque elétrico e arco elétricos. Ao realizar
serviços nestes locais, você deve pensar na segurança em primeiro lugar.
 
Se planejar seu trabalho cuidadosamente, seguir procedimentos seguros e usar o
equipamento apropriado poderá evitar os acidentes.
Antes de entrar em um cubículo de uma subestação, abrir um painel ou o gabinete de
um equipamento, examine o ambiente de trabalho, onde você vai posicionar o seu
medidor e seus outros equipamentos. Além disso, tome os seguintes cuidados:
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• Identifique uma rota de fuga que possa usar em caso de emergência;


 
• Certifique-se de que sabe exatamente como acessar o equipamento em questão;
 
• Procure trabalhar em uma posição confortável e segura;
 
• Verifique se há riscos ambientais presentes, como galhos de árvores, animais ou
água;
 
• Tenha certeza de que a ventilação e a iluminação são suficientes;
 
• Mantenha um ajudante qualificado por perto, que também entenda de segurança
elétrica;
 
• Sempre informe onde estará trabalhando. Utilize os procedimentos de sua empresa
referentes a ordens de serviços e permissões para o trabalho;
 
• Selecione adequadamente suas ferramentas e equipamentos de segurança;
 
• Proteção para os olhos e ouvidos, luvas, vestimentas e tapetes isolantes;
 
• Verifique se suas ferramentas estão isoladas adequadamente;
 
• Sempre que possível trabalhe em circuitos não energizados;
 
Importante:

 De acordo com a norma IEC 61010, são definidas 04 categorias de risco:
CAT IV – Origem da instalação.  Cabines de entrada e outros cabeamentos externos.

CAT III– Distribuição da instalação, incluindo barramentos principais, alimentadores e


demais circuitos; cargas permanentemente instaladas.

CAT II – Tomadas ou plugues; cargas removíveis.

CAT I – Circuitos eletrônicos protegidos.

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Equipamentos e Ferramentas de Trabalho

Cuidados Especiais
• Todo e qualquer serviço deve ser
executado com equipamentos e
ferramentas adequados aos serviços a
executar e aprovadas pela empresa.
• Os equipamentos e as ferramentas a
serem utilizados devem ser previamente
inspecionados, estar em bom estado de
conservação e, após seu uso, serem
limpos, inspecionados, acondiciona dos e
guardados em locais apropriados.

• Ferramentas, equipamentos ou métodos


de trabalho não-padronizados pela
empresa não devem ser usados sem a
aprovação prévia dos setores competentes.
• O empregado não deve trabalhar com ferramentas nos bolsos ou junto ao corpo,
não deve, também, arremessá-las e nem colocá-las em local que ofereça risco de
queda.

• Não é recomendado o uso, em serviços com eletricidade, de fitas e metros


metálicos ou fitas de pano com reforço metálico.
 
Equipamentos e materiais (alguns)
• alicate saca fusível cartucho e/ou tipo NH.
• alicate universal 210 mm com cabo isolado para 1000 volts;
• lâmpada de prova (néon) para circuito elétrico;
• canivete para eletricista;
• jogo de chave de fenda;
• maleta de lona;
• detector de presença de tensão;
• equipamento de resgate de acidentado; 
• caixa de primeiros socorros.
  Além desses equipamentos citados, outros deverão ser empregados de acordo
com a necessidade do serviço especificado pela supervisão técnica. Ariquemes - RO
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·        Escada
.    Inspeção da escada
 Antes do início do trabalho, o responsável deve fazer uma inspeção visual na escada:
 
. Manutenção e guarda da escada
 
O responsável pela manutenção e guarda deverá observar:
 
·        As escadas devem ser guardadas em local abrigado e seco, com boa ventilação e
que permita o fácil manuseio.
É expressamente proibido qualquer tipo de adaptação ou de reparo não especificado
pelos desenhos ou pelas normas de construção, tais como furar os montantes para
fixação da bandeira, pregar ou amarrar montante rachado ou substituir de graus.

  Colocação e fixação da escada.

O responsável deverá observar:


 
 
·         Especificação dos equipamentos e das
ferramentas.
 
Os equipamentos e as ferramentas serão
especificados com base na análise de riscos
de todas as atividades de trabalho, no ato do
planejamento.

·        Controle de riscos
  Todos os equipamentos e as ferramentas de trabalho utilizadas deverão garantir e
atender os seguintes requisitos para aplicabilidade em atividades de operação,
manutenção e construção de sistemas elétricos de potência:

• Ser dielétricamente isolado, quando pertinente;


 
• Possuir características de resistências mecânicas adequadas à sua aplicação;

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Os principais equipamentos de proteção: Utilizados no sistema elétrico de potência são:


• Conjunto de cinto pára-quedista / acessórios. (conforme especificações técnicas da
empresa e dos acessórios);
• Botina de segurança sem componente metálico e solado bidensidade (conforme
especificação técnica da empresa);
• Óculos de segurança, tonalidade escura ou transparente (conforme especificação
técnica da empresa);
• Capacete Classe B;
• Equipamentos isolados para linha viva;
• Capa de chuva ou similar;
• Luva de vaqueta/raspa;
• Luva de proteção/cobertura para luvas de borracha;
• Luva isolante de borracha utilização de acordo com as classes de tensão;
• conjunto de aterramento AT/BT;
• Detector de tensão;
·        Ensaio de ferramentas e equipamentos
Ao fazer ensaios de ferramentas e equipamentos, você deverá levar em consideração as
seguintes atividades:
• Todos os equipamentos de proteção individual e coletiva, bem como as ferramentas de
trabalho, deverão ser ensaiados periodicamente conforme as normas de fabricação e
internas das empresas, no mínimo observando rigidez dielétrica, resistência mecânica e
avaliação das condições de ergonomia;
• Todos os ensaios deverão ser registrados de forma documental garantindo assim
rastreabilidade, além de registrarem a data de validade dos testes de forma indelével nos
equipamentos e nas ferramentas aprovados;
• Os equipamentos e as ferramentas, que por meio de tecnologia apropriada e
certificada não possam ser recuperados, devem ser inutilizados de forma a impedir seu
uso.
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC)
EPC é todo dispositivo ou produto, de uso Coletivo utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Em todos os serviços executados em instalações elétricas, devem ser previstas e
adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante
procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas de forma a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores.
As medidas de proteção coletiva compreendem prioritariamente a desenergização
elétrica e na sua impossibilidade o emprego de tensão de segurança, conforme
estabelecido na NR-10. Ariquemes - RO
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·        MEDIDAS DE PROTEÇÃO
 
   Aterramento Temporário
 
O aterramento temporário é feito quando
vai se trabalhar em redes desenergizadas.
Trata-se de uma medida de segurança para
a vida do trabalhador, pois evita que ocorra
acidentes caso a linha seja energizada
indevidamente por um fator aleatório.

Aterramento temporário em redes


de Alta tensão

Tem-se, portanto que o simples desligamento de uma linha de distribuição não


garante a segurança do eletricista, e o aterramento provisório das fases da rede de AT
é fundamental para que as condições adequadas de trabalho sejam obtidas.
 
.   Aterramento temporário em redes de Baixa tensão
 
Antes da instalação do conjunto de aterramento provisório o eletricista deve
certificar-se que a linha encontra-se desenergizada, com auxílio de um detector de
tensão acoplado a uma vara de manobra.
Uma vez feito este teste procede-se a sequência de ligações de conectores de cabos
de aterramento provisórios:

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.   Detector de Tensão


 
      Equipamento usado para identificação de ausência de tensão antes da instalação de
aterramento temporário.

.   Travas e Bloqueadores 


     

Garra de travamento de alta visibilidade                  Garra de travamento com cadeado     

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. Mantas de Borracha

.  Cone de Borracha para Sinalização


Material de segurança usado para sinalização e proteção do local de trabalho é
fornecido nas cores Laranja e Branco / Preto e Amarelo.

.  Fita Zebrada para Segurança


Material de segurança usado para isolamento do local.

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. Dispositivo de abertura de chave

. Vara de manobra

.   Bastão pega tudo (GLV)

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Equipamento de Proteção Individual - EPI


Conforme a Norma Regulamentadora nº 6, equipamento de proteção individual – EPI
é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo empregado, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só
poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação –
CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao
risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes
circunstâncias:
 
A - Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
B - Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e
C- Para atender situações de emergência.
·        Cabe ao empregador:
 
A - Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
B - Exigir seu uso;
C - Fornecer ao empregado somente o aprovado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
D - Orientar e treinar o empregado sobre o uso adequado, a guarda e a conservação;
E - Substituir, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
F - Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica e
G - Comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego qualquer irregularidade
observada.

·        Cabe ao empregado:
A - Utilizá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
B - Responsabilizar-se pela sua guarda e conservação;
C - Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso e
D - Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

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·        Cabe ao empregador: (Conforme o art. 157 da CLT)


I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
II. Instruir o empregado, através de ordens de serviço, quanto às precauções a serem
tomadas no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças profissionais.

·         Cabe aos empregados: (Conforme o art. 158 da CLT)


I. Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de
serviço expedidas pelo empregador;
• À observância das instruções expedidas pelo empregador e
• Ao uso dos equipamentos de proteção individual – EPI’s fornecidos pela empresa.

·        Caracterizando os equipamentos de proteção individual para trabalho em altura.


 
·        Cinto
Cinto de Segurança
  O cinto tem a finalidade de unir o trabalhador com o talabarte de segurança. Em
caso de queda, o mesmo tem o objetivo de sustentar o usuário e distribuir a força de
impacto por todo o corpo do trabalhador através das fitas ajustáveis ao tronco do
trabalhador. Para isso, é necessário que o mesmo seja perfeitamente ajustado à
morfologia do usuário.
 
.   Cinto de Segurança tipo Pára-quedista
   O cinto de segurança tipo pára-quedista deve ser utilizado em atividades a mais de 2
m de altura do piso, nas quais haja risco de queda do trabalhador, conforme NR-35,
aprovada pela portaria 3.214 do Ministério do Trabalho e Emprego.
 
·      Talabarte de Posicionamento
                      Equipamento destinado ao posicionamento confortável em um posto de
trabalho ou para a limitação de movimentação. Esse equipamento não deverá ser
utilizado como equipamento anti-queda.

·     Cordas para Trabalho em Altura


As cordas para segurança em trabalhos em altura deverão ser compatíveis com as
atividades e os equipamentos utilizados. Essas cordas deverão ser do tipo “capa e
alma”, confeccionadas em 100% poliamida ou mista com poliamida e poliéster.
As cordas deverão possuir laudo de resistência de ruptura por tração estática emitido
por laboratório idôneo.
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·        Luvas
 Luvas de Borracha para Eletricista
• Nos trabalhos em condutores ou equipamentos
energizados, ou que ofereçam risco de energização,
mesmo quando operados com vara de manobra, devem
ser usadas luvas de borracha, devendo-se adotar a
classe adequada ao nível da tensão elétrica de trabalho.
• As luvas de borracha para eletricistas somente devem
ser utilizadas recobertas.
• Devem ser cobertas externamente por luvas de napa,
quando de baixa-tensão, e de vaqueta, quando de alta–
tensão.
• As luvas de borracha para eletricistas não devem ser
amassadas e nem abandonadas em local que
comprometa a sua segurança.
• O empregado que utiliza luva de borracha deve ter as unhas cortadas rentes e as
mãos desprovidas de anéis ou de outros objetos capazes de danificar as mesmas.

Verifique na tabela abaixo a relação dos tipos/contatos/tarja para luva de borracha.


 

Tabela 3 – Tipos/contatos/tarja para luva de borracha


 
.   Luvas de Cobertura
• Para proteção das luvas de
borracha para eletricistas.
• Antes e após a sua utilização, as
luvas devem ser inspecionadas,
aquelas que apresentarem defeito
devem ser substituídas.
• A luva não deve ser usada ao
avesso com a intenção de seu
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aproveitamento na formação de um 69 98491-5690
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• As luvas de cobertura não devem ficar dobradas nem abandonadas em local que
comprometa a sua segurança.
• As luvas de napa ou de vaqueta devem ser guardadas em separado das luvas de
borracha, completamente limpas e secas e em recipiente individual apropriado.
Finalidade: Exclusivamente como proteção da luva isolante de borracha.

. Luvas de Proteção Tipo Condutiva


 
Finalidade: Proteçãodas mãos e dos punhos
quando o empregado realiza trabalhos ao
potencial.
Luvas de Segurança em Borracha Nitrílica
 
Finalidade: Proteção das mãos e punhos do
empregado contra agentes químicos e
biológicos.

.   Luva de Segurança em PVC


 
Finalidade: Proteção das mãos e dos punhos do empregado contra recipientes
contendo óleo, graxa, solvente.

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·        Proteção da Cabeça
 
Capacete
·        Capacete de Segurança tipo: Aba Frontal (jóquei) e Aba Total
Finalidade: Proteção da cabeça do empregado contra quedas do mesmo nível, níveis
diferentes, impactos físicos (trabalho a céu aberto), provenientes de queda ou de
projeção de objetos, choque elétrico e irradiação solar.

·        Capacete de Segurança
tipo:  Aba Frontal com Protetor Facial
 
 
Finalidade: Proteção da cabeça e face em
trabalho no qual haja risco de explosões com
projeção de partículas e queimaduras provocadas
por abertura de arco voltaico.

. Capuz de Segurança tipo Balaclava


 
 
Finalidade: Proteção facial do
usuário contra riscos provenientes
de abertura de arco elétrico (tecido
antichama).
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.  Óculos de Proteção
 
• De acordo com o tipo de serviço, no qual haja desprendimento de partículas,
intensos raios luminosos ou poeiras, devem ser usados óculos de segurança.
 
• As lentes devem ser mantidas sempre limpas e isentas de poeira, óleo ou graxa.
Finalidade: Proteção dos olhos contra impactos mecânicos, partículas volantes e raios
ultravioleta.

·        Proteção Auditiva
 
Protetor Auditivo tipo Concha
 
  Finalidade: Proteção dos ouvidos nas
atividades e nos locais que apresentem
ruídos excessivos.

 . ProtetorAuditivo tipo Inserção (Plug)

        Finalidade: Proteção dos ouvidos nas


atividades e nos       locais que apresentem
ruídos excessivos.

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.  Protetor Auditivo tipo Inserção (Plug)


      Finalidade: Proteção os ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos
excessivos.
Equipamento de Proteção Respiratória - EPR
· Respirador de Proteção Semifacial Filtrante (com Filtro)
· Respirador de Adução de Ar (Máscara Autônoma)
. Respirador de Proteção Semifacial Filtrante
(descartável

Finalidade: Proteção respiratória em atividades e em locais que apresentem tal ne-


cessidade, em atendimento à instrução Normativa nº 1 de 11/04/1994 – (Programa de
Proteção Respiratória: Recomendação/Seleção e Uso de Respiradores).
1.   Proteção dos membros inferiores
 
a)   Calçado de Segurança tipo Botina de Couro
     Finalidade: Proteção dos pés.
 
b)      Calçado de Segurança tipo Bota de Couro
(Cano Médio – Coturno)
    Finalidade: Proteção dos pés e das pernas contra
torção, escoriações, derrapagens e umidade.
c)      Calçado de Segurança tipo Bota de Borracha
(Cano Longo)
  Finalidade: Proteção dos pés e das pernas contra
umidade, derrapagens e agentes químicos
agressivos.
 
d)   Calçado de Segurança tipo Condutivo
(Coturno)
Finalidade: Proteção dos pés quando o empregado
realiza trabalhos ao potencial.

e)   Perneira de Segurança
Finalidade: Proteção das pernas contra objetos
perfurantes, cortantes e ataque de animais Ariquemes - RO
peçonhentos. 69 98491-5690
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Posturas e vestuários de trabalho


 
10.3.10 Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos
trabalhadores iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com
a NR 17 – Ergonomia.
 
Abordando o tema ergonomia, a norma destaca que os locais de serviço não são
simples depósitos de equipamentos, mas postos de trabalho onde são realizados os
serviços de manutenção. Cabe ressaltar que a responsabilidade técnica implica o
cumprimento das prescrições relativas às normas técnicas e dos materiais e
equipamentos especificados.
 
10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo
contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletro-magnéticas.
 
O indicador mais utilizado para o desempenho de vestimenta frente a temperatura do
arco elétrico, expresso em calorias por centímetro quadrado é o ATPV (Arc thermal
performance value). Quanto maior, maior é a energia que a vestimenta
pode suportar.  

10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instala-ções elétricas
ou em suas proximidades.
 
Os metais são bons condutores de eletricidade e favorecem a diminuição da
resistência de contato, podendo resultar em lesões mais criticas, agravando as
queimaduras em caso de passagem de corrente elétrica, ou mesmo na ocorrência de
arco elétrico. No caso de proteção para corpo inteiro diz respeito a roupas com tecidos
especiais, adequados que deve atender uma resistência de 40 cal/cm2.
 
13. Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos.
 
Existem riscos no transporte de pessoas para o seu trabalho. Muitos acidentes
acontecem devido às más condições de manutenção do carro, transporte indevido na
caçamba, falta do uso do cinto de segurança.
Uma política de prevenção a acidentes deve constar na pauta do técnico de
segurança, pois o Brasil tem alto índice de acidentes em trânsito.
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Os riscos que envolvem o transporte de trabalhadores são:


 
Ø  Veículos que transportam os trabalhadores correm o risco das vias públicas
utilizadas.
Ø  Muitas vezes observamos os carros e caminhões que transportam trabalhadores e
constata-se a péssima conservação, como: pneus carecas, trabalhadores pendurados
na carroceria sem cinto de segurança, isto só pode contribuir para mais acidentes.
Ø  Como conseqüências têm: batidas de automóveis, buracos, quedas de trabalhadores
do transporte por estarem em pé ou sentados na carroceria, sem cinto e sem proteção.
Ø  Os veículos e equipamentos para elevação de cargas e cestas aéreas, que são
utilizados para fazer a manutenção e construção de linhas aéreas e redes elétricas
também podem causar sérios acidentes, pois é necessária a aproximação dos veículos
junto às estruturas como postes e torres e do guindauto (grua) junto das linhas ou
cabos.
Nestas operações podem acontecer acidentes graves, como encostar o cesto nos fios
de alta tensão. Estes trabalhos vão exigir cuidados especiais, que vão desde a
manutenção preventiva e corretiva do equipamento, o correto posicionamento do
veículo, a prática, o treinamento da equipe a fim de zelar pela boa execução do serviço.
Ø  Não podemos nos esquecer da certificação dos motoristas em caminhões com
cestas e da carteira de habilitação estar em dia e de receberem treinamento para as
operações de trabalhos.

Sinalização e Isolamento de Área de Trabalho


 
·        Conceitos principais
Os equipamentos de sinalização devem ser utilizados para limitar a área de trabalho,
diferenciar os equipamentos energizados e desenergizados, os canteiros de obras e o
trânsito de veículos e de pedestres.

. Bandeira de sinalização
A bandeira de sinalização deve ser usada para auxiliar a demarcação de locais de
trabalho onde possa haver risco de acidente.
.   Cone de sinalização
No isolamento de áreas, orientação e sinalização do trânsito no local de trabalho, deve
ser usado o cone refletivo. Antes e após a sua utilização, o cone deve ser inspecionado,
verificando-se a perda de cor e dos dizeres, bem como a existência de fissuras ou de
desgaste em geral.
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.   Fita de sinalização


 
A fita de sinalização deve ser usada no isolamento de áreas, orientação e sinalização
diurna e noturna do local de trabalho.
 
A fita deve ser encaixada na extremidade dos cones, podendo ser fixada também em
grades portáteis, em cavaletes, em torno de postes, nas escadas e em outros
equipamentos, delimitando a área de trabalho.
 
.  Placa de sinalização
A placa de sinalização deve ser fixada em local visível a fim de alertar os riscos
existentes a seguir.
 
1. PERIGO DE ALTA-TENSÃO – Para ser fixada em local visível onde seja necessário
alertar a presença de alta-tensão, para funcionários e terceiros.

2. É PROIBIDO FUMAR – Para ser fixada em local visível e em locais onde haja risco
de incêndio.
 
3. IMPEDIDO, NÃO LIGUE – Para ser fixada como aviso de impedimento em
equipamentos elétricos.

·         Protetor isolante de sinalização


 
Nos trabalhos próximos a condutores
ou a equipamentos energizados ou que
ofereçam risco de energização, devem
ser usados os protetores isolantes,
devendo-se adotar o tipo adequado ao
nível de tensão elétrica de trabalho.

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·        Sinalização de segurança
           
A sinalização de segurança consiste num procedimento padronizado e normatizado
pela empresa destinado a orientar, alertar e advertir as pessoas sobre os riscos ou as
condições de perigo existentes, proibições de ingresso ou acesso e cuidados ou, ainda,
aplicados para a identificação dos circuitos ou partes.
 
É fundamental a existência de procedimentos de sinalização padronizados,
documentados e que sejam conhecidos por todos os trabalhadores próprios e os
prestadores de serviços.
 
Saiba que os materiais de sinalização constituem-se de cone, fita, grade, sinalizador
luminoso, corda, bandeirola, bandeira, placa, etc. A seguir você estudará os principais
materiais de sinalização.

Finalidade: Utilizada em conjunto


com o balizador cônico quando
da delimitação e do isolamento de
áreas de trabalho, podendo ainda
ser fixadas em colunas/pórticos.
Não deverá ser utilizada em
suportes de equipamentos
energizados e não pertencentes ao
processo de liberação.

Fita de Sinalização
 
Finalidade: Delimitação de áreas
de trabalho de obras civis,
serviços e obras executadas em
áreas internas e externas e em vias
públicas, podendo, se necessário,
ser acoplada ao cone de
sinalização.

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Fita de sinalização Zebrada


 
Finalidade: Utilizada em conjunto com o balizador cônico quando da delimitação e do
isolamento de áreas de trabalho em regime de linha energizada.
 
Esta fita é também utilizada em com a placa Equipamento Energizado quando ocorrer à
existência de equipamentos energizados dentro de áreas liberadas para serviços em
regime desenergizado, nas quais o equipamento energizado deverá permanecer
delimitado e sinalizado de forma a não existir acesso ao mesmo (sem entrada).
                                                          

 Cone de Sinalização
Finalidade: Sinalização de áreas
de serviços e de obras em vias públicas ou rodovias e orientação de trânsito
de veículos e pedestres, podendo ser utilizado em conjunto com a fita zebrada,
o sinalizador strobo, a bandeira, etc. Também tem a finalidade de
identificação/visualização local de instalação de aterramentos temporários,
durante os serviços executados nos períodos diurno e noturno.

Grade dobrável
Finalidade: Isolamento e sinalização de
áreas de trabalho, poços de inspeção,
entrada de galerias subterrâneas e
situações semelhantes.

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Finalidade: destinada a advertir as pessoas


quanto ao perigo de ultrapassar áreas delimitadas
onde haja a possibilidade de choque elétrico,
devendo ser instalada em caráter permanente.
 
Finalidade: Destinada a advertir e a sinalizar
equipamento energizado, estando ou não no
interior da área delimitada para trabalhos.
Utilizada em conjunto com a fita de sinalização
amarelo-limão. Destina-se, também, a sinalizar
cubículos ou painéis adjacentes àquele liberado
para manutenção a fim de evitar engano de
identificação.
 
Placa Equipamento Energizado
Finalidade: Destinada a alertar quanto à
possibilidade do equipamento entrar em
operação a qualquer momento, sem aviso prévio.
 

Finalidade: Destinada a alertar quanto à


obrigatoriedade do uso de determinado
equipamento de proteção individual.
 

Finalidade: Destinada a alertar quanto à


necessidade do acionamento do sistema de
exaustão do ambiente, antes de se adentrar para
retirada da concentração de gases no local.

Finalidade: Advertir quanto ao perigo de choque


elétrico ao adentrarem na área delimitada.
Instalada nos muros e nas cercas externas das
instalações com equipamentos energizados.
 
Finalidade: Advertir quanto ao perigo de choque
elétrico. Instalada nas torres de transmissão. Ariquemes - RO
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15 - Liberações de Instalações e Equipamentos (Desenergização e Reenergização de


circuitos)
 
Nota: As informações aqui apresentadas são apenas ilustrativas, não substituindo de
forma alguma as normas internas das empresas ou as determinações dos fabricantes.
 
A necessidade de liberação de instalações e equipamentos decorre da necessidade de
manutenção preventiva, corretiva, emergencial e de urgência. Já que você está fazendo
um curso que visa à sua segurança, saiba que para atender os requisitos de segurança
preconizados pela NR-10 é imperioso o cumprimento das condições que se seguem.
 
Definição de Desenergização
  A desenergização é o conjunto de ações coordenadas entre si, seqüenciadas e
controladas, destinadas a garantir a efetiva ausência de tensão no circuito, trecho ou
ponto de trabalho durante o tempo de intervenção. Do exposto, conclui-se que somente
será considerada desenergizada a instalação elétrica liberada para trabalho mediante os
procedimentos apropriados e obedecida toda a seqüência que você estudará a seguir,
porém o desligamento de circuito é diferente de desenergização de circuito. Na
desenergização estão previstas todas as medidas contra reenergização acidental, já no
desligamento não estão necessariamente contempladas todas as medidas contra essa
reenergização.
 
f)    Desenergização de Circuitos - Veja abaixo a sequência:
I - Seccionamento
II - Impedimento da reenergização
III - Constatação da ausência de tensão
IV - Instalação de aterramento temporário
V - Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada
VI - Instalação da sinalização de impedimento de reenergização

I- Seccionamento - Nesta etapa a equipe de manutenção, em conjunto com a de


operação, através da análise de diagrama funcional e de inspeção visual in loco, deverá
verificar se efetivamente foi promovido o seccionamento do trecho onde haverá a
atividade  de manutenção em atendimento ao Planejamento Executivo e à Análise
Preliminar de Perigo. O referido seccionamento deverá garantir que não existem fontes
de tensão alimentando circuitos existentes na área de trabalho que possam colocar em
risco a segurança dos trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente, na atividade
de manutenção; Ariquemes - RO
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II- Impedimento da reenergização -


Nesta etapa, a equipe de manutenção, em conjunto com a de operação, através da análise
de diagrama funcional e também da inspeção visual in loco, deverá assegurar-se de que
a operação efetuou a aplicação de travamentos mecânicos, cadeados e dispositivos
auxiliares de travamento suficientes para garantir que não haverá possibilidade de
reversão indesejada do seccionamento elétrico das fontes de tensão que alimentam os
circuitos objetos da intervenção e que possam oferecer risco a pessoas envolvidas na
intervenção;

Chave operada e bloqueada com trava e cadeado

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III - Constatação da ausência de tensão - Deverá verificar a ausência de tensão com


medidores testados, podendo ser realizada por contato ou por aproximação e de acordo
com os procedimentos específicos;

Detector de Tensão

IV - Instalação de aterramento temporário (com equipotencialização dos condutores dos


circuitos) – Constatada a inexistência de tensão, a equipe de manutenção deverá efetuar
o aterramento temporário das partes elétricas que possam colocar em perigo os
trabalhadores caso haja alguma entrada de potencial. Usando-se luvas isolantes e
bastões compatíveis com o nível de tensão que se está trabalhando, os membros da
equipe designados para a tarefa de aterramento deverão conectar as garras de
aterramento aos condutores-fases, previamente desligados, obtendo-se assim uma
equalização de potencial entre as partes condutoras no ponto de trabalho. Nessa etapa,
deverá ser observado que esse procedimento está sendo realizado em uma instalação
apenas desligada, o que pressupõe os cuidados relativos à possibilidade de ocorrência de
arcos. É importante controlar a quantidade de aterramentos temporários implantados de
forma a garantir a retirada de todas as unidades antes da reenergização;

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V - Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada – Na


impossibilidade da desenergização de algum circuito situado na zona controlada, para
que não possam ser acidentalmente tocados, a equipe de manutenção deverá
providenciar isolação conveniente através de: mantas, calhas, capuz de material isolante,
etc., de forma a proteger as pessoas envolvidas na intervenção;

VI – Instalação da sinalização de impedimento de reenergização – A equipe de


manutenção deverá verificar, em conjunto com a de operação, se foram adotadas todas
as medidas de sinalização adequadas de segurança destinadas à advertência e a
identificação da razão de desenergização e dá informação ao responsável através de
cartões adequadamente fixados;

Conclusão: Somente depois de atendidas as etapas anteriores, as instalações poderão ser


consideradas liberadas para os serviços de manutenção.
g)    Reenergização de Circuitos
O estado de instalação desenergizada deverá ser mantido até a autorização para a
reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a seqüência de procedimentos a
seguir.
I – Retirada de todas as ferramentas, utensílios e equipamentos – Nesta etapa, a equipe
de manutenção deverá efetuar a remoção de todo o ferramental e os utensílios para fora
da zona controlada, a fim de permitir a liberação da instalação.
 II – Retirada, da zona controlada, de todos os trabalhadores não envolvidos no processo
de reenergização – o coordenador responsável efetuará a contagem, a identificação e
retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de
reenergização. Ariquemes - RO
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III - Remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções


adicionais – deverá ser providenciada retirada dos materiais usados para a proteção de
partes energizadas próximas ao local de trabalho e de utensílios empregados na
manutenção da equipotencialização. É importante observar que o procedimento se inicia
numa instalação desenergizada, mas termina em instalações apenas desligadas, o que
sugere a adoção de técnicas, equipamentos e procedimentos próprios para circuitos
energizados. Preferencialmente, os membros da equipe designados para a desinstalação
dos aterramentos deverão ser os mesmos que efetuaram a instalação.
 
IV - Remoção da sinalização de impedimento de reenergização – a equipe de
manutenção deverá acompanhar e apoiar, se for o caso, a retirada das placas e dos avisos
de impedimento de reenegização pela equipe de operação. Essa atividade também será
realizada com medidas e técnicas adotadas para os trabalhos com circuitos energizados.
 
V - Destravamento e religamento dos dispositivos de seccionamento – efetuar a
remoção dos elementos de bloqueio, do travamento ou mesmo da reinserção de
elementos condutores que foram retirados para garantir o não-religamento e,
finalmente, a reenergização do circuito ou trecho, restabelecendo a condição de
funcionamento das instalações. Nessa etapa, os membros da equipe de manutenção, que
detêm algum componente do bloqueio em seu poder, deverão participar do
destravamento em conjunto com a equipe de operação.
 
Conclusão:
somente depois de atendidas as etapas anteriores, as instalações poderão ser
consideradas liberadas para os erviços de operação.

Situações Específicas
As medidas apresentadas anteriormente poderão sofrer alteração, substituição,
ampliação ou até mesma eliminação em função das peculiaridades de cada situação por
profissionais legalmente habilitados, autorizados e mediante justificativa técnica
previamente formalizadas, desde que seja mantido o mesmo nível de segurança
originalmente preconizado.

Circuitos com Possibilidade de Reenergização


Na execução de serviços em que as medidas de desenergização não sejam possíveis,
caracterizando que o circuito está apenas desligado, deverão ser adotadas as técnicas de
trabalho em circuitos energizados vigentes na empresa.
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De acordo com a NR-10, subitem 10.5.4 – “Os serviços a serem executados em


instalações elétricas desligadas, mas com possibilidade de energização, por qualquer
meio ou razão, devem atender ao que estabelece o disposto no item 10.6”.
 
Item 10.6 – Segurança em Instalações Elétricas Energizadas.
.Além disso, é muito importante que antes de qualquer serviço, em alta tensão, seja
realizada uma avaliação prévia para gerenciamento dos riscos, conforme a NR-10,
subitem
10.7.5 – “Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato
e a equipe, responsáveis pela execução do serviço, deve realizar uma avaliação prévia,
estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a tender os
princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança em eletricidade aplicá-
veis ao serviço”.

Isto quer dizer que antes do início de qualquer atividade no Sistema Elétrico de Potência,
o responsável deverá reunir toda a equipe e abordar os seguintes tópicos:
• Revisar os procedimentos programados estudando e planejando as ações a executar;
• Equalizar o entendimento de todos, com a eliminação de dúvidas de execução,
conduzindo ao uso de práticas seguras de trabalho e as melhores técnicas, sabidamente
corretas, testadas e aprovadas;
• Alertar a cerca de outros riscos possíveis, não previstos nas instruções de segurança
dos procedimentos;
• Discutir a divisão de tarefas e responsabilidades;
  • Encontrar problemas potenciais que podem resultar em mudanças no serviço e até
mesmo no procedimento de trabalho;
• Identificar problemas reais que possam ter sido ignorados durante a relação de
equipamentos de segurança e trabalho;
• Difusão de conhecimentos, criando novas motivações
16 - Acidentes típicos (*) -Análise, discussão, medidas de proteção
 
RESPONSABILIDADES 

10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados


sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas
de controle contra os riscos elétricos a serem adotados.
10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e
serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas.
10.13.4 Cabe aos trabalhadores: Ariquemes - RO
Pag.73 69 98491-5690
E-mail: rav.treinamentos@hotmail.com
APOSTILA DE
NR 10 SEP

a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas
por suas ações ou omissões no trabalho;
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e
regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e
c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que
considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.

10.14 - DISPOSIÇÕES FINAIS


 
10.14.2 As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem
em suas instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos
órgãos competentes. 10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes
nesta NR, o MTE adotará as providências estabelecidas na NR-03.

10.14.4 A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição dos


trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências,
limitações e interferências nas tarefas.

10.14.6 Esta NR não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por extra-baixa tensão.

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