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Centro Tecnológico
Pós-graduação em Metrologia Científica e Industrial
Banca Examinadora:
Aos meus pais e minha família pelo amor, apoio, carinho, confiança e por
tudo aquilo que já fizeram por mim;
A minha noiva Carla, pela paixão, apoio, compreensão e por acreditar no
nosso grande amor;
Ao meu orientador Prof. Marco Antonio Martins Cavaco pela amizade e por
tornar possível a realização deste trabalho;
Aos bolsistas do LABMETRO, Fernando D. Possamai e Mauro E. Benedet
que trabalharam duro para dar vida ao MAGO;
Aos parceiros de desenvolvimento do MAGO, César A. A. Nogueira, Antonio
Carlos Xavier e José Ricardo de Menezes;
A ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica e a Celesc - Centrais
Elétricas de Santa Catarina pelo financiamento deste projeto de P&D, aos
amigos Régis H. Coelho, Carlos G. Naegele, Alexandre R. Martins e em
especial para os colegas de instalação do MAGO, Gilberto A. Silva e Enio L.
Carvalho pela imensa ajuda;
Ao Programa de Pós-graduação em Metrologia Científica e Industrial da
UFSC, pelo suporte através dos seus professores;
Aos funcionários do LABMETRO, em especial a Rosana M. Vieira pelo apoio
prestado;
A Universidade Federal de Santa Catarina;
A Eletrosul Centrais Elétrica S.A., por acreditar e apoiar a finalização deste
trabalho;
Aos meus amigos;
A Deus.
RESUMO
cromatografia não garante o status dos valores até que uma próxima amostra de
allowing a continued evaluation, i.e., the chromatography does not guarantee the
On the other hand, there are commercial measurement systems that can be
dissolved in the insulating oil. Such equipments are normally expensive and they
In this direction, this work presents the first automatized prototype designed to
monitor up to three different transformers using only one sensor. In this prototype
significantly.
1. INTRODUÇÃO 15
5 CONSTRUÇÃO DO MAGO 71
Tabela 2-1 - Especificações para o óleo mineral isolante tipo "A" (DNC, 1994)........27
Tabela 2-2 - Concentração de solubilização de gases (MESSIAS, 1993).................31
Tabela 2-3 - Valores internacionalmente considerados de referência (ppm vol/vol)
(MILASCH, 1984) ..................................................................................34
Tabela 2-4 - Especificação dos códigos do método Rogers......................................36
Tabela 2-5 - Diagnóstico de falhas do método Rogers. ............................................36
Tabela 2-6 - Método de identificação de falha de Doernenburg (IEEE, 1991) ..........37
Tabela 2-7 - Concentração dos gases para validação do método de Doernenburg..37
Tabela 2-8 - Diagnóstico de falhas NBR 7274 (ABNT, 1982)....................................39
Tabela 2-9 - Relações características entre gases (ABNT, 1982).............................40
Tabela 3-1 - Características principais do Hydran 201 Ti (GE ENERGY SERVICES,
2003) .....................................................................................................53
Tabela 3-2 - Características técnicas do GMM (TREE TECH, 2004)........................55
Tabela 3-3 - Características técnicas do Calisto (MORGAN SCHAFFER, 2004b)....57
Tabela 3-4 - Características técnicas do True Gas (SERVERON CORPORATION,
2005c)....................................................................................................59
Tabela 4-1 - Soluções adotadas no protótipo MAGO................................................68
Tabela 5-1 - Quadro de cargas do MAGO.................................................................74
Tabela 5-2 - Legenda do diagrama funcional ............................................................76
Tabela 5-3 - Configuração do Compact FieldPoint....................................................77
Tabela 6-1 - Balanços de incertezas - Volume de óleo do TT1.................................85
Tabela 6-2 - Balanços de incertezas - Volume de óleo do TT2.................................85
Tabela 6-3 - Balanço de incertezas - Volume de óleo do TT3..................................86
Tabela 6-4 - Resultados da análise cromatográfica de TT1, TT2 e TT3 ...................90
Tabela 6-5 - Avaliação Funcional do MAGO ...........................................................100
LISTA DE ABREVIATURAS
1. INTRODUÇÃO
A energia elétrica está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas. Sua
economia e da sociedade.
A energia elétrica, por ser um produto que não pode ser armazenado a baixo
custo e em grande escala, tem que ser consumida no momento em que é gerada.
disponibilidade.
cuidados especiais devido à sua importância no sistema elétrico que estão inseridos.
Esses transformadores são projetados com elevada vida útil, em torno de 30 anos
et al., 1994).
substituição do equipamento.
a confiabilidade do transformador.
isolamento do transformador.
método tradicional, a qual fornece resultados admissíveis, (figura 1.1). Embora seja
1
Monitoramento on-line – baseado em sistemas de medição da concentração de gases dissolvidos
em óleo isolante, que são instalados diretamente nos transformadores. Esses realizam o
acompanhamento em tempo real da condição de operação do transformador.
18
transformadores.
sua manutenção. Ainda foi objetivo deste capítulo a exposição dos métodos de
transformadores.
comando.
unidades geradoras de energia elétrica, sejam em geral situadas muito longe dos
linhas devem ser mantidas dentro de determinados limites, o que torna necessária a
limitação da intensidade das correntes nas mesmas. Assim sendo, as linhas deverão
ser construídas para funcionar com tensão elevada, que em certos casos atinge a
facilmente de baixa para alta tensão e vice-versa, por meio de uma máquina
energia elétrica de um circuito para outro, com a mesma freqüência, mas sob
magnético.
22
redutoras e elevadoras de tensão, assim como nas casas de força das unidades
potência, aqueles com potência nominal igual ou superior a 500 kVA. Na figura 2.2
pode ser ter uma idéia do tamanho que estes equipamentos podem atingir.
ativa está submersa em óleo mineral isolante, que realiza a função de meio isolante
capacitores e outros. Este material tem duas funções básicas, a primeira no papel de
meio isolante que evita a formação de arco entre dois condutores do equipamento; a
temperatura de 15 oC.
forma-se uma força de atração entre as moléculas dos dois líquidos que
de água dissolvida no óleo, e quanto mais bem refinado for o óleo, tanto
são:
pouco afetada pela água nele dissolvida. Por outro lado, a água livre em
em suspensão que no óleo novo. Outro fator que contribui para a redução
corrente que flui pelo óleo e que é uma medida de sua contaminação e
de sua deterioração.
sua preparação.
26
O petróleo cru pode ser de base parafínica, cujo produto final da destilação é a
naftênica.
naftênico ou tipo “A” e o originado de petróleo parafínico, óleo parafínico ou tipo “B”.
manobra onde não é estabelecida a utilização do óleo mineral isolante tipo "B"
(DNC, 1994).
para a utilização como isolante não é feita pela composição da mistura do mesmo,
mas por uma série de parâmetros físico-químicos, os quais são afetados pela
estabelecimento de limites para esses parâmetros tem como objetivo alcançar uma
Na tabela 2.1 são apresentadas as especificações que o óleo tipo “A” deverá
Tabela 2-1 - Especificações para o óleo mineral isolante tipo "A" (DNC, 1994)
Valores
Características Unidades Métodos
Min Máx
Aparência - O óleo deve ser Visual
claro, limpo e isento
de material em
suspensão.
Cloretos - Ausente NBR-5779
Cor - - 1,0 ABNT-MB-351
Densidade a 20 ºC - 0,861 0,900 NBR-7148
Enxofre Corrosivo - Não corrosivo ABNT-899
Estabilidade a oxidação NBR-10504
- Índice de neutral (IAT) mg KOH/g - 0,40
- Borra % massa - 0,10
- Fator de perdas dielétricas a 90 ºC % - 20
Fator de perdas dielétricas % NBR-12133
A 25 ºC - 0,05
A 90 ºC - 0,40
A 100 ºC - 0,50
Índice de neutral (IAT) mg KOH/g - 0,03 ABNT-MB-101
Ponto de anilina ºC 63 84 ABNT-MB-299
Ponto de fluidez ºC - 39 ABNT-MB-820
Ponto de fulgor ºC 140 - ABNT-MB-50
Rigidez dielétrica kV NBR-6869
- Eletrodo de disco 30 - NBR-10859
- Eletrodo VDE 42 -
Rigidez dielétrica a impulso (eletrodos de kV 145 - ASTM-D-3300
agulha / esfera)
Sulfatos - Ausente NBR-5779
Tendência a evolução de gases l/min Negativo ASTM-D-2300
Método B
Tensão superficial a 25 ºC N/m 40 - NBR-6234
Teor de carbono aromático % Anotar ASTM-D2140
Teor de inibidor de oxidação % massa - 0,08 NBR-12134
Teor de PCB mg/kg Não detectável ASTM-D-4059
Viscosidade a 20 ºC mm²/s - 25,0 ABNT-MB-293
40 ºC (cST) - 11,0
100 ºC - 3,0
Teor de água mg/kg (ppm) - 35 NBR-10710
eventuais processos de falha que possam estar ocorrendo. A DGA é a técnica mais
BOURASSA, et al., 1996; YANG, HUANG, 1998; DUVAL, 2002) assim como de
28
DGA é baseado no fato de que a quebra de isolação líquida e sólida, sob condições
de gases, portanto apta a identificar e diagnosticar vários tipos de falhas. Além disso,
desde os estágios iniciais estes gases de falha se dissolvem no óleo e podem ser
exame, assim a DGA pode detectar falhas intermitentes. Também porque os gases
de falha podem ser detectados com concentrações muito pequenas, pode-se dizer
que a DGA é uma técnica muito sensível e apropriada para detectar falhas em
dos materiais isolantes tais como o papel e o papelão de isolação do núcleo. A taxa
(CO2).
três categorias:
● aquecimento.
● arco elétrico.
intermitente ou contínua, cada tipo de falha afeta o óleo ou papel de uma forma
(DUKARM, 1993).
metano e etano e uma alta elevação de temperatura (500 a 1200) oC produz etileno
2
Efeito Corona ocorre quando um forte campo elétrico associado com um condutor de alta tensão
ioniza o ar próximo ao condutor. Também libera partículas de O2 e produz oxigênio tri atômico (O3,
ozônio) um gás corrosivo que destrói equipamentos de linhas de potência e coloca em perigo a saúde
humana (CAMPOS, 2005).
30
Disca r ga s pa rcia s
(n ão in fluem n a temperatu ra)
Pontos qu en tes
(a umento de temper atu r a) For maçã o de a r co
200 C
0
Hid rog ê nio
(H 2 )
300 C
0
65 0C
Me t an o
(CH 4)
Eta no
(C2 H6)
260 C
0
Etile no
360 0C
(C2H 4)
Ace t ile n o
(C2 H 2)
500 C
700 C
0
150 0C
Figura 2-4 - Temperatura de geração dos gases combustíveis (Power Maintenance, 2004)
não é uma condição normal, mas pode acontecer, desde que investigado e avaliado
Na tabela 2.2, são apresentados valores de solubilidade volume a volume dos gases
oxigênio; por sua vez, outros gases como o metano, o acetileno, o dióxido de
ocorrendo.
Para a avaliação dos dados obtidos, inicialmente os resultados atuais devem ser
Após o estudo da taxa de evolução de cada gás, deve ser realizada uma análise
conta a formação do gás mais significativo para aquele tipo de falha, também
como principal objetivo descrever como as concentrações dos gases formados pela
posteriormente sugeridas no que diz respeito aos valores limites para a identificação
evolução menor que 10% ao mês é considerada satisfatória, exceto para o gás
34
Taxa Evolução (%) = (Teor do gás na ultima análise – Teor do gás na penúltima análise) X 100 (2.1)
Teor do gás na penúltima análise X Intervalo em meses entre as análises
na tabela 2.3.
valores de referência iniciais, com os quais são comparados os valores obtidos nas
internacionalmente.
35
Concent r ação de
Gases
Obt i dos da Am ost r a
Super i or SI M
aos val or es de
R efer ênci a?
N ÃO
SI M
É pr i m ei r a
Anál i se?
SI M
É pr i m ei r a
Ar qui vo
Anál i se?
N ÃO
N ÃO
Cal cul ar a t axa
de cr esci m ent o
Cal cul ar a t axa
de cr esci m ent o
D et er m i nar o t i po e
gr avi dade do defei t o
SI M N ÃO
M enor ou i gual
a 10%?
E m i t i r l audo
par a pr ovi dênci as
Figura 2-6 - Diagrama das etapas a serem seguidas conforme resultados das análises
cromatográficas dos gases do óleo isolante (GCOI, 1986).
método é composto por duas tabelas, na tabela 2.4 em função dos valores obtidos
(IEEE, 1991), sendo apresentados os valores das relações gasosas que classificam
tem que possuir concentração maior que o dobro do valor da tabela 2.7 e para as
relação ao total de gases gerados. Permite identificar três falhas de origem elétrica e
descritos abaixo:
C: descargas parciais;
de uma falha, seja ela de natureza elétrica ou térmica. Devido a este problema,
antes de aplicar este método deve ser verificado se a evolução dos gases está
a zero:
típicos.
descarga aumenta.
transformador.
técnicas de inteligência artificial pode ser utilizada para tratar essas desvantagens
3 MÉTODOS DE ACOMPANHAMENTO DA
CONCENTRAÇÃO DE GASES DISSOLVIDOS EM ÓLEO
ISOLANTE
periódico e sistemático dos gases dissolvidos no seu líquido isolante (WPA, 1994).
devido a diferentes interações, entre duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase
3
A manutenção preditiva é uma técnica de manutenção que consiste em acompanhar,
periodicamente, as características e propriedades dos diversos componentes de um sistema e
proceder a uma intervenção quando verificado que se encontra na iminência de falhar
(NEPOMUCENO, 1999).
43
MILASCH, 1984).
coleta da amostra;
qualquer outro lugar em que se possa obter uma amostra do óleo que
T or neir a de 3 vias
3.1.1 Cromatógrafo
cromatograma4.
(CHEMKEYS, 2004):
4
Gráfico onde se indicam os compostos e o grau de concentração dos compostos que se encontram
presente em uma mistura. Permite a obtenção de dois importantes parâmetros de informação: o
tempo de retenção e a área do pico (LANÇAS, 1993).
45
4 - detector;
(CHEMKEYS,2004)
Um cilindro contendo o gás sob alta pressão serve como fonte do gás de
de injeção até o detector, passando pela coluna onde a separação irá ocorrer.
● alta pureza;
● baixo custo;
Os gases mais usados como fases móveis são o nitrogênio, hélio, hidrogênio e
argônio.
por variações de vazão, devido a mudanças nas áreas dos picos (LANÇAS, 1993,
BAUGH, 1993).
3.1.1.2 Injetor
injeção, as seringas são úteis para a maioria dos propósitos, além de baratas e
é necessária que a coluna seja eficiente, ou seja, que exista uma grande diferença
linha básica;
● não adsorver compostos polares, uma mesma coluna pode ser usada
estacionária;
3.1.1.4 Detector
detector empregado. Como regra geral, o detector e sua conexão com a saída da
(figura 3.4).
t em po
Padr ão
Concentr ação
t em po
● técnicas manuais;
● integradores eletrônicos;
5
Definido como o tempo decorrido entre a injeção da amostra e o máximo pico cromatográfico do
composto (CHEMKEYS, 2004).
50
● computadores.
Qualquer que seja o modo usado para medir a área dos picos, o procedimento
Este cálculo deve ser feito empregando uma curva de calibração, gráfico que
compostos a serem quantificados. Para cada substância, deve ser feita uma curva
uma técnica recente, sendo uma prática de manutenção preditiva com os seguintes
3.2.1 Hydran
contatos de alarme (nível de gás alto, muito alto e de falha do sistema), saída
SERVICES, 2003).
O Hydran 201 Ci-1 é a unidade de comunicação do SM, possui uma saída RS-
comunicação com outros Hydran 201 Ci-1. Também indica a leitura realizada pelo
eletroquímico de gás onde são combinados com oxigênio para produzir um sinal que
Hydran 201 é seletivo para o hidrogênio (H2), monóxido de carbono (CO), acetileno
(C2H2) e etileno (C2H4) os quais são gases primários gerados em falhas de isolação
do transformador.
A leitura do Hydran é composta pela soma ponderada dos quatro gases chaves
Onde:
Tabela 3-1 – Características principais do Hydran 201 Ti (GE ENERGY SERVICES, 2003)
O GMM é composto por dois módulos: GMM – medidor e GMM – MMI, (figura
3.7).
comunicação serial (RS 485) para a conexão com o módulo GMM – MMI ou rede de
saídas de corrente para a indicação remota, configuráveis por software, duas saídas
seriais, sendo uma reversível (RS 232 ou RS 485), para a conexão com o GMM –
medidor. O GMM - MMI possui seis LED’s para a sinalização das condições de
3.2.3 Calisto
do teflon aos gases. Esses se difundem na ponta de prova em sua própria taxa
valor de uma mudança na sua concentração será medida na ponta de prova dentro
de aproximadamente 60 minutos.
O True Gas combina uma tecnologia própria de extração dos gases dissolvidos
estes: acetileno (C2H2), metano (CH4), etano (C2H6), hidrogênio (H2), oxigênio (O2),
CORPORATION, 2005b):
desempenho do instrumento;
59
de múltiplos transformadores.
61
compor o cenário do protótipo, isto é, como ele se insere num contexto global,
todos os níveis das funções necessárias ao produto. Para executar cada função
mais apropriada para que, finalmente, o detalhamento do projeto seja iniciado. Cada
que o projeto deveria apresentar. Esses são descritos através de uma lista de
● grandeza a medir;
● aplicações típicas;
● condição de operação;
● modo de operação;
● portabilidade;
● alimentação.
a) Grandeza a medir
de múltiplos transformadores.
monitorado. O protótipo deverá ser sensível aos principais gases gerados em falhas
O protótipo deverá atingir uma incerteza máxima de ± 20% da leitura e ter uma
b) Aplicações típicas
transformador analisado.
d) Condição de operação
e) Modo de operação
local e modo de comando remoto. Sendo que o modo local deve estar sempre
f) Portabilidade
O sistema desenvolvido deve ser portátil. Deve ter dimensões reduzidas, sendo
final deve ser montado sobre rodas para facilitar o seu deslocamento dentro da
subestação.
O volume de óleo utilizado por análise realizada pelo MAGO não deve exceder
j) Alimentação
área.
6
O panorama é definido como o equilíbrio entre o idealmente desejável e o viável sob os aspectos
tecnológico e econômico.
65
existentes, uma visualização do princípio do MAGO pode ser obtida na figura 4.1.
os sistemas de medição on-line, Hydran, GMM – Tree Tech, Calisto e True Gas.
seriam:
transformador;
66
operacional do transformador.
transformadores;
não deve ser ignorado, pelo contrário, deve sempre ser considerado. No entanto,
não se pretende ainda gerar uma ferramenta final dadas às dificuldades encontradas
analisado;
cada uma delas, procurou-se definir, para cada função, uma única concepção ou
solução.
7
O Hydran é sensível aos seguintes gases: hidrogênio (H2), monóxido de carbono (CO), acetileno
(C2H2) e etileno (C2H4).
70
5 CONSTRUÇÃO DO MAGO
para as macrofunções que o protótipo apresenta, o projeto MAGO foi dividido em:
• projeto hidráulico;
transformadores, sendo que para isso foi necessário levar as saídas de óleo dos
mangueiras.
figura 5.1.
72
hidráulico com a inserção de duas válvulas de três vias / duas posições em série
• Análise do Transformador 1:
• Análise do Transformador 2:
• Análise do Transformador 3:
malha interna de aço e reforço com manta têxtil, robustas e próprias para o uso em
questão.
as seguintes especificações:
- normalmente fechada;
- 1/4" NPT;
- potência da bobina: 11 W;
● Válvulas A e B.
- 1/4" NPT;
74
- potência da bobina: 11 W;
Ptotal
I MAGO = (5.1)
V
Substituindo os valores da potência total do protótipo e da tensão nominal de
de operação, operação via comando local e via comando remoto. No comando local,
controlador, comandado via Internet. A seleção entre modo local ou remoto é feita a
que impede que ocorra a inicialização de uma análise antes que a anterior esteja
configuração que foi utilizada no CFP para o protótipo MAGO e a figura 5.4
77
LabView 7.0.
8
No diagrama de fiação do CFP não está demonstrada as ligações do módulo relé (RLY-421). Estas
estão representadas no diagrama funcional de comando, figura 5.2.
78
interface amigável com o usuário. Por meio do painel frontal o usuário é capaz de
acompanhar a leitura do Hydran e do GMM (em ppm). No painel frontal ainda foi
painel frontal atuar sobre o sistema, (figura 5.5). Deste modo, pode-se enviar um
comando que atuará sobre a comutação das válvulas e assim permitir que o óleo do
(figura A.6), deve estar selecionada para o modo remoto, os demais passos são os
seguintes:
equivalente;
Celesc:
⇒ http://ip celesc9/mago.htm
Na figura 5.6 e figura 5.7 pode ser observado o protótipo MAGO como
construído.
9
Por motivos de segurança das instalações da Celesc o endereço utilizado não será publicado.
80
trabalho. Tendo como base os resultados obtidos nesta avaliação, se poderá afirmar
de concepção.
removidos do sistema.
82
MAGO na SE Coqueiros, (figura 6.1). Esta subestação foi escolhida para o teste
piloto por possuir três transformadores de potência, ter pessoal do corpo técnico da
Celesc para auxiliar nos trabalhos, ser de fácil acesso e estar conectada na rede de
computadores da Celesc.
CELESC, 2004).
adaptações.
“T”, permitindo uma conexão com o sistema hidráulico do MAGO e ao mesmo tempo
Foi instalado um cabo de fibra óptica desde a sala de controle da SE até o pátio
de manobras. Esse cabo foi lançado através das canaletas da subestação e tem a
transformadores.
que o óleo existente nas mangueiras que conectam o MAGO aos transformadores
volume
Vazão = (6.1)
tempo
Para a realização da medição volume foi utilizada uma proveta com resolução
● Transformador TT1:
85
Número de medições = 5;
● Transformador TT2:
Número de medições = 5;
● Transformador TT3:
Número de medições = 5;
transformadores.
0,114
Vazão _ TT 1 = = 0,004 l/s.
30
0,112
Vazão _ TT 2 = = 0,004 l/s.
30
0,090
Vazão _ TT 3 = = 0,003 l/s.
30
u c (Vazão )
2 2 2
u (volume) u (tempo)
= + (6.2)
Vazão volume tempo
a incerteza padrão da vazão, sendo de uc(vazão TT1) = 0,00017 l/s, uc(vazão TT2) =
equação (6.3)
arredondamentos:
equação (6.4).
volumes:
Tdgem TT1 = 80 s;
Tdgem TT2 = 80 s;
u c (Tdgem _ TTi )
2 2 2
u (volume ⋅ da ⋅ mangueira) u (Vazão _ TTi )
= + (6.5)
Tdgem _ TTi volume ⋅ da ⋅ mangueira Vazão _ TTi
240 segundos.
foi obtido. Considerando o pior caso onde a vazão é igual a (0,004 ± 0,001) l/s e o
u c (Volume _ Total )
2 2 2
u (vazão) u (tempo)
= + (6.6)
Volume _ Total vazão tempo
0,041 l.
O volume de óleo utilizado pelo MAGO para realizar uma análise é menor do
amostra.
Também será avaliado o resultado obtido com o valor esperado para cada
● seqüência de ensaios.
foi necessário efetuar uma análise cromatográfica dos óleos dos transformadores em
laboratório. Essa análise laboratorial inicial foi realizada com o objetivo de identificar
Para os demais gases foi admitida uma incerteza na ordem de ± 10%, que são
leituras do Hydran (Ve Hydran), equação (3.1) e do GMM (Ve GMM), para cada
transformador.
91
• Transformador TT1:
● Transformador TT2:
● Transformador TT3:
análise cromatográfica.
iguais a:
● Transformador TT1:
● Transformador TT2:
92
● Transformador TT3:
dos valores esperados de medição, assim o tempo de medição foi admitido igual a
360 minutos.
a fim de facilitar a visualização dos resultados obtidos. Cada gráfico confronta o valor
aquisição obtida nos ensaios foi de 3% do valor da leitura dos SM para toda a faixa
de medição destes.
incerteza dos fabricantes com a incerteza da aquisição dos dados pelo software do
_ i = u fabricante _ i + u aquisição
2 2 2
u SM (6.9)
u(Hydran / MAGO) = 6 %;
u(GMM / MAGO) = 4 %.
no MAGO, pois o GMM mede apenas hidrogênio dissolvido em óleo enquanto que o
equação (3.1).
mostra o valor medido pelo Hydran confrontado com o valor esperado para esta
medição.
95
considerado aceitável, pois o Ve Hydran TT3 é (57 ± 6) ppm está dentro da faixa de
Figura 6-6 - Ensaio 1 - Monitoramento de TT3 com o Hydran - óleo anterior TT2
compararmos o Ve GMM TT3 de (8,0 ± 0,4) ppm com o valor obtido (11 ± 21) ppm,
assumido.
resposta bem maior que o Hydran, o GMM estabilizou sua indicação em 300 minutos
aproximadamente.
96
Figura 6-7 - Ensaio 1 - Monitoramento de TT3 com o GMM - óleo anterior TT2
relação à composição de gases perceptíveis pelo Hydran de TT1 para TT3 não é
brusca, o gráfico obtido pelo Hydran se manteve praticamente estável para esta
O resultado obtido pelo Hydran neste ensaio foi de (49 ± 31) ppm, comparável
● Ensaio 1 (TT2 para TT3) – resultado de medição Hydran = (42 ± 30) ppm;
● Ensaio 3 (TT1 para TT3) – resultado de medição Hydran = (49 ± 31) ppm.
97
Figura 6-8 - Ensaio 3 - Monitoramento de TT3 com o Hydran - óleo anterior TT1
mais lenta que o Hydran, porém este apresentou uma melhor repetitividade, (figura
6.9).
Figura 6-9 - Ensaio 3 - Monitoramento de TT3 com o GMM - óleo anterior TT1
98
foram:
● Ensaio 4 (TT3 para TT2) – resultado de medição Hydran (113 ± 37) ppm;
● Ensaio 6 (TT1 para TT2) – resultado de medição Hydran (114 ± 38) ppm.
Comparando os valores medidos pelo Hydran com Ve Hydran TT2 = (165 ± 16)
ppm, estes ainda podem ser considerados aceitáveis. A dispersão dos valores em
99
torno dos resultados de medição para TT2 pelo Hydran estão no limiar da zona de
Convém salientar que no TT2 existe uma elevada concentração de CO, (774 ±
77) ppm, não encontrada nos demais casos. Como pode ser observado na figura
A tabela 6.5 nos mostra que de modo geral o MAGO alcançou os seus objetivos
plenamente atendidos.
Várias mudanças e adaptações ainda devem ser realizadas para que o protótipo
realizados são:
101
Neste capítulo foi realizada a análise dos resultados obtidos pelo MAGO,
FUTUROS
transformadores.
não é afetado pelo óleo anteriormente medido. Desta forma os resultados dos testes
válido.
Através dos resultados obtidos pelo Hydran e pelo GMM pode-se afirmar que a
considerados aceitáveis.
103
fácil implementação.
Uma economia considerável pode ser obtida com a utilização deste sistema,
uma vez que com apenas um sistema de medição vários transformadores podem ser
monitorados.
Por fim, pode-se dizer que com a utilização do MAGO será possível a elevação
energia.
óleo.
drenado até os seus SM. Caso durante o tempo de medição de 6 h ocorra uma
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concentração de gás dissolvido em óleo, esta não será captada pelo MAGO.
Podemos dizer que o MAGO é apto para multiplexar a análise de óleo dos
gases dissolvidos.
protótipo.
a sua instalação.
resultados dos ensaios que envolviam TT2, que possui elevada taxa de
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DUKARM, J. J. Transformer Oil Diagnosis Using Fuzzy Logic and Neural Networks.
Conference in Electrical and Computer Engineering, Canadian, Vol. 5, p. 22-27.
DUVAL, M. Dissolved Gas Analysis: It Can Save Your Transformer. IEEE Electrical
Insulation Magazine, v. 5, n. 6, p. 22-27, 1989.
THANG, K. F., AGGARWAL, R. K., ESP, D. G., et al. Statistical and Neural Network
Analysis of Dissolved Gas in Power Transformers. IEEE Conference Publications
Dielectric Materials, Measurements and Applications, No 473, 2000
estrutura metálica externa até as adaptações das saídas de óleo, tanto do Hydran
como do GMM.
1) Transformadores;
7) Conexão interna;
11) Engate rápido – conecta as mangueiras de óleo que vem dos transformadores
com o MAGO;
13) Respiro – deve estar aberto para permitir a entrada de óleo no reservatório;
14) Registro de descarte de óleo – serve para retirar o óleo contido no reservatório;
15) Registro do reservatório – deve ser fechado nas ocasiões em que o protótipo for
MAGO;
17) Régua das botoeiras – conjunto de conectores onde está ligada a alimentação
19) Display GMM Tree Tech – indica os valores medidos pelo sistema de medição
22) Conjunto de válvulas – direciona o óleo que vem de vários transformadores para
23) Régua das válvulas – conjunto de conectores onde está ligada a alimentação
das válvulas;
25) Conversor de sinal – faz a conversão do sinal óptico transmitido e recebido pelo
local;
Figura B-1 - Ensaio 1 – Monitoramento de TT3 com o Hydran – óleo anterior TT2
Figura B-2 - Ensaio 1 – Monitoramento de TT3 com o GMM – óleo anterior TT2
Figura B-3 - Ensaio 2 – Monitoramento de TT1 com o Hydran – óleo anterior TT3
para TT1, medidos pelo Hydran, o gráfico se apresentou estável. O resultado final
Figura B-4 - Ensaio 2 – Monitoramento de TT1 com o GMM – óleo anterior TT3
Figura B-5 - Ensaio 3 – Monitoramento de TT3 com o Hydran – óleo anterior TT1
Figura B-6 - Ensaio 3 – Monitoramento de TT3 com o GMM – óleo anterior TT1
Figura B-7 - Ensaio 4 – Monitoramento de TT2 com o Hydran – óleo anterior TT3
90 minutos de teste. O resultado final obtido nesta comutação foi de (109 ± 39) ppm.
Figura B-8 - Ensaio 4 – Monitoramento de TT2 com o GMM – óleo anterior TT3
Figura B-9 - Ensaio 5 – Monitoramento de TT1 com o Hydran – óleo anterior TT2
Figura B-10 - Ensaio 5– Monitoramento de TT1 com o GMM – óleo anterior TT2
Figura B-11 - Ensaio 6 – Monitoramento de TT2 com o Hydran – óleo anterior TT1
Figura B-12 - Ensaio 6– Monitoramento de TT2 com o GMM – óleo anterior TT1
Para o GMM, o resultado final obtido após a comutação realizada foi de (23 ± 20)
ppm.
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