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ESTACIONÁRIOS
Postado em 15:04h em Artigos por Victor Luiz Merlin 2 Comentários
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Partida segura
Transferência de carga o mais rápido possível
Baixo custo de manutenção
Alem da potência requerida o custo de um grupo gerador de emergência depende principalmente do
intervalo de tempo que deve transcorrer entre a falta de energia elétrica e a transferencia de carga ao
grupo gerador.
A instalação mais simples deste tipo de gerador é através de acionamento manual. Neste caso
dependendo da distância e da presença do pessoal de operação, pode transcorrer vários minutos entre
a falta de energia e a ligação do grupo gerador.
Alguns consumidores teriam problemas sérios, mesmo com este tempo reduzido. Ex. Transmissões
de televisão, sistema de radar de avião, centro de processamento de dados, etc.
Para tais casos são utilizados grupos geradores short-break, com tempo de interrupção de 0,2 a 0,5
segundos aproximadamente, e grupos geradores no-break, que operam sem quaisquer interrupções.
Este tipo de instalação será vista em separado, pois vai além da concepção de um grupo gerador de
emergência normal.
b) GRUPOS GERADORES DE PICOS DE DEMANDA OU PARA
UTILIZAÇÃO NOS HORÁRIOS DE PONTA
Este tipo de gerador é utilizado onde se quer interceptar picos de carga periódicos ou sazonais e que
se repetem com regularidade ou se quer evitar o consumo de energia nos horários de ponta das
concessionárias (18:00 às 21:00 h) para efeito de economia no custo desta energia.
Por outro lado, por questões de evitar demandas altas de energia nos horários críticos , horários de
ponta (18:00 às 21:00 h), as concessionárias sobretaxam o custo da energia consumida neste horário
em varias vezes o seu custo normal. A instalação de grupos geradores para funcionamento diário
nestes horários, diminuem de maneira significativa as contas de energia elétrica pagas a
concessionária, fazendo com que a instalação deste equipamento venha a se pagar em um tempo
relativamente curto (12 a 24 meses).
Para este tipo de grupo gerador pode ser fornecido um sistema inteiramente automático, o qual dá a
partida e faz com que o grupo assuma a carga nas situações ideais.
Além disso, este tipo de gerador poderá também oferecer a segurança adicional de um grupo gerador
de emergência nas ocasiões de falta de suprimento de energia elétrica.
Na maioria das vezes, a concessionária não permite a colocação de geradores em paralelo com a
rede, podendo ser estudado apenas alguns casos especiais.
Zonas de baixa densidade populacional, onde o custo de instalação de uma rede publica se
torna muito alto
Locais onde não seja viável o fornecimento de energia elétrica através das grandes usinas
geradores , como por exemplo: ilhas
Canteiros de obras
Fabricas que desfrutem de custos de combustíveis particularmente vantajosos, como por
exemplo : campos de gás natural, campos de perfuração de petróleo, estações de tratamento
de esgotos que utilizam o gás de esgoto como combustível etc.
Navios e outros veículos
Minas onde a movimentação da fonte de energia é uma necessidade constante
Este tipo de grupo gerador deve trabalhar acima da faixa de 2/3 da potência nominal, para que se
possa trabalhar dentro dos valores ideais de consumo de combustível, carga térmica e rendimento do
gerador. Estes grupos são fabricados para sua utilização contínua até a potência máxima permissível.
d) INSTALAÇÕES ESPECIAIS – GRUPOS GERADORES SHORT-
BREAK
Consumidores que no caso de falta de energia elétrica, só permitem interrupções da ordem de
frações de segundos, tais como salas de operações, controle de trafego em ruas, vias férreas e
aeroportos, podem ser supridos pelo chamados grupos geradores short-break.
A rede de energia existente supre os consumidores e fornece energia a um pequeno motor elétrico
que mantém o gerador e o volante de inércia do grupo a uma velocidade nominal.
Quando ocorre uma falha na rede de alimentação, o volante em rotação assume a tarefa de dar parida
ao motor diesel, colocando-o na velocidade de serviço, através do acionamento de uma embreagem
eletromagnética, assumindo o suprimento de energia elétrica durante esse período.
DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA
Após estabelecido o tipo de aplicação, a etapa seguinte é a determinação da potência necessária para
o gerador.
No caso de aplicação de uma carga momentânea de potência elevada, (Ex. partida direta de um
motor grande com rotor em curto circuito), onde o gerador estará sujeito a um valor alto de corrente,
a tensão gerada poderá atingir a ruptura, ocasionando o desligamento da chave protetorado gerador,
interrompendo o suprimento de energia.
Para se evitar este tipo de problema, devemos analisar com cuidado o dimensionamento de geradores
em instalações onde temos motores como carga.
ALIMENTAÇÃO DE MOTORES COM ROTOR EM CURTO CIRCUITO
Os motores assíncronos principalmente aqueles com rotor em curto circuito, provocam no sistema
altas correntes durante a partida, atingindo muitas vezes mais de seis vezes sua corrente nominal.
Partida de motores de grande potência podem levar a flutuações no sistema (perdas de velocidade e
queda de tensão), podendo até provocar o desligamento dos contatores ou atuação dos relés de
subtensão.
Para compensação desse efeito pode ser fornecido um gerador especial (regulação mais rápida), ou
um gerador normal cujo dimensionamento leva em consideração essas sobrecargas bruscas.
De qualquer maneira é sempre recomendado a ligação escalonada dos diversos motores elétricos,
bem como a utilização de sistemas de partida com corrente reduzida.
CORRENTES E TORQUES DE PARTIDA APROXIMADOS DE MOTORES COM
ROTOR EM CURTO CIRCUITO – PARTIDA DIRETA
POTÊNCIA NOMINAL TORQUE CORRENTE PARTIDA
ATÉ 1,1 W 2,00 Mn 5,00 In
1,1 a 4 kW 1,60 Mn 5,50 In
4 a 10 kW 1,25 Mn 5,80 In
10 a 100kW 1,00 Mn 6,50 In
Mn – torque nominal In – corrente nominal
Os motores elétricos com rotor em curto circuito para acionamento de maquinas centrifugas (bombas
e ventiladores com tempo de partida alto) deverão ser projetados de tal forma que seu torque de
partida ainda permaneça acima da curva de torque da maquina a ser acionada, principalmente nos
casos de ligação direta ou estrela triângulo, mesmo durante uma queda momentânea de tensão para
80% da tensão nominal.
Cuidados especiais deverão ser tomados nas maquinas que exigem um alto torque já no inicio da
operação.
Na especificação normal de um grupo gerador, a sua potência ativa não deve exceder a potência
máxima admissível do motor diesel, levando-se em consideração o rendimento do gerador (potência
do conjunto).
No caso de termos motores como carga, recomendamos consultar o fornecedor do grupo gerador
para especificação correta da potência e características da máquina.
DEFINIÇÃO DA POTÊNCIA
Ao especificar e comparar diversos tipos de geradores, deve-se especificar a potência continua e a
potência máxima que o gerador deverá suportar.
Potência continua é a máxima potência útil admissível, produzida continuamente pelo motor diesel,
de acordo com sua aplicação, com os limites de potência ajustados de forma que seja ainda possível
uma sobrecarga.
Potência máxima é o valor de potência útil que o motor diesel pode produzir durante um
determinado período de tempo, de acordo com seu tipo de aplicação. Este ë o limite de potência a ser
ajustado , de forma que ela não possa ser ultrapassada.
A menos de uma indicação especifica do fabricante, entende-se como potência máxima aquela que
pode ser produzida ininterruptamente por pelo menos uma hora, dentro de um período de 12 horas
alternadas.
Nestes casos deve-se contar com quedas de velocidade prolongadas, em caso de partidas de motores,
sendo que em casos extremos a relação nominal não é mais atingida.
CONDIÇÕES DE INSTALAÇÃO
A altitude do local de instalação é de particular importância . Devido à variação da pressão do ar em
função da altitude, uma pressão atmosférica baixa significa um baixo peso específico do ar, que
exerce influência sobre a combustão e, consequentemente, sobre a potência do motor diesel . Para
cada 100 m de altitude acima do nível de referência (aproximadamente 300 m acima do nível do
mar) devem ser reduzido cerca de 1,3 % da potência nominal do motor.
Para a potência do motor diesel toma-se por base uma umidade relativa do ar de admissão de 60%. O
aumento da percentagem para 100% causará uma redução de potência de até 5%.
Para o caso dos geradores, os limites de temperatura são estabelecidos pelo aquecimento do
enrolamento, a isolação utilizada e o tipo de resfriamento.
Normalmente os geradores são projetados para uma temperatura ambiente de 40 ºC. Uma elevação
nessa temperatura provocará uma redução de potência.
TEMPERATURA AMBIENT º 4 4 5 5
E C 20 25 30 35 0 5 0 5
- -
ALTERAÇÃO DE +1 +8, + + 1 1
POTÊNCIA % 0 5 7 4 0 -5 0 5
Para a redução da potência devido a temperatura e umidade do ar deve-se considera que ambos os
valores máximos nunca coincidirão ao mesmo tempo. Por isso, deve-se somente, levar em
consideração do mês mais quente do ano.
RENDIMENTO
O balanço energético de um gerador diesel, corresponde aproximadamente ao valores abaixo:
ENERGIA DO COMBUSTÍVEL 100%
PERDAS POR GASES DE ESCAPE 26%
PERDAS POR RESFRIAMENTO 33%
PERDAS POR ATRITO E IRRADIAÇÃO 5%
PERDAS DO GERADOR 4%
POTÊNCIA OBTIDA NOS TERMINAIS DO
GERADOR 32%
A potência do motor diesel do grupo é determinada pela fórmula
ESTIMATIVA DE CUSTO
Para grupos geradores especificados para funcionamento continuo, ou para substituição da energia
da concessionária no horário de ponta, é importante termos uma estimativa do custo do kWh gerado.
Col – Consumo do óleo lubrificante g/CVh (incluindo trocas de óleo) valor de referência
aproximadamente 4g/CVh
γol – Peso específico do óleo lubrificante (kg/litro) – 0,95 para óleo lubrificante.
Cfixo = Custos fixo – amortização do investimento inicial, juros, manutenção, reparos em R$/kWh
t – Tempo de depreciação, em anos.
PG = preço de compra do gerador, incluindo quadro de distribuição, montagem e eventuais custos
construtivos.
Pot – Potência nominal do grupo gerador, em kVA
GERADORES – POTÊNCIA
Os geradores trifásicos normalmente são projetados para operação continua e uma sobrecarga de 1,5
vezes sua corrente nominal por dois minutos. De acordo com a capacidade de sobrecarga de 10%
dos motores diesel a partir da sua potência continua, os geradores podem também suportar uma
sobrecarga de uma hora sem sobreaquecimento prejudicial. As potências dos diferentes tipos de
geradores referem-se a uma temperatura de 40ºC do ar de arrefecimento e a uma altitude do local de
instalação de 1 000 m acima do nível do mar.
FATOR DE POTÊNCIA
O fator de potência também influi na potência do gerador. Fatores de potência divergentes de 0,8
implicam nas seguintes alterações de potência:
FATOR DE (kVA 0,
POTÊNCIA ) 1,0 9,0 0,8 7 0,6 0,5
ALTERAÇÃO DE - -
POTÊNCIA % 0 0 0 -5 10 15
ALTITUDE
Para uma instalação em altitude superior a 1 000 m acima do nível do mar, ocorrerá também uma
redução de potência, que se deve ao baixo peso do ar de arrefecimento.
ALTITUDE DE AT
INSTALAÇÃO (m) É 1.000 2.000 3.000 4.000
REDUÇÃO DA 5- 10- 15-
POTÊNCIA % 0 10% 20% 30%
Os menores valores de redução do potência podem, na maioria das vezes, ser mantido pelos
fabricantes dos geradores, devendo ser consultado caso a caso para o dimensionamento exato.
TENSÃO
Os geradores são normalmente fornecidos com ligação em estrela com neutro acessível, podendo em
condições especiais serem fornecidos com possibilidade de comutação para triângulo.
As tensões normalmente utilizadas são para os geradores trifásicos: 220/127 V; 380/220 V e 440/254
V, podendo ser fornecidos com valores até 5% acima desses para compensar a queda de tensão do
sistema.
REGULADOR DE TENSÃO
Nos geradores auto excitados a regulagem da tensão é feita mediante reguladores fornecidos e
instalados na própria maquina, ou a pedido, separadamente. Geradores de maior porte operam
freqüentemente com excitação conjugada e reguladores de tensão, de ação rápida. Os dispositivos de
tensão constante, que são ao mesmo tempo reguladores e excitatriz, reagem de forma
extraordinariamente rápida a flutuação de carga.
A auto excitação é iniciada pela tensão residual do gerador. Os geradores atualmente em sua grande
maioria são desprovidos de escovas e consistem na maquina principal com polos no rotor e a
excitatriz com polos no estator, montados no mesmo eixo, e com retificadores e dispositivos de
regulagem rotativos.
Através dos retificadores, a corrente de excitação é conduzida para os enrolamentos dos polos
rotativos do gerador. O dispositivo de regulagem estática com execução, normalmente em forma de
regulador-tiristor opera usualmente sem contatos. A excitação da excitatriz é regulada igualmente
em função da carga e da tensão.
EXCITAÇÃO RÁPIDA
A excitação plena da maioria dos geradores é obtida cerca de dois segundos após o grupo ser levado
à velocidade operacional. A excitação rápida por bateria pode ser prevista para grupos que requeiram
uma transferência de carga em tempo menor que o normal. Nesses casos a tensão nominal é atingida
juntamente com a rotação nominal.
CARGA DESIGUAL
Conforme o tipo de gerador, cargas desiguais (diferença entre correntes de fase máxima e mínima)
de até 30% da corrente nominal podem ser consideradas como normais. Nestes casos, o desvio de
tensão entre as diferentes fases seria de até 5%.
Para o caso de cargas desiguais maiores, que não possam ser evitadas, principalmente ao ligar vários
consumidores monofásicos, o gerador deverá ter uma construção especial, e ser dotado de
enrolamento amortecedor.
FREQUÊNCIA
A velocidade nominal ou velocidade síncrona corresponde a seguinte relação:
f (Hz) = Frequência
Grande parte das maquinas diesel são fabricadas para 1800 rpm. As sobre velocidades admissíveis
para geradores são geralmente de 20 a 25% da velocidade nominal. A proteção contra sobre
velocidade , a ser eventualmente prevista, é ajustada para cerca de 115% da velocidade nominal.
OPERAÇÃO EM PARALELO
Se os geradores devem operar em paralelo com a rede ou com outros geradores, estudos especiais
devem ser realizados. Nestes casos as maquinas serão projetados levando-se em consideração as
características dos geradores, das maquinas diesel e do sistema em que elas irão operar. Recomenda-
se um contato com os fabricantes ainda na fase de projeto.
QUADROS ELÉTRICOS DE DISTRIBUIÇÃO QUADRO DE
DISTRIBUIÇÃO MANUAL
Para os geradores a diesel operados manualmente, utiliza-se quadros de distribuição contendo
exclusivamente os instrumentos de comando e o disjuntor de proteção do gerador.
EQUIPAMENTOS NORMAIS
1 voltímetro
1 chave comutadora para voltímetro
3 amperímetros
3 transformadores de corrente
1 frequencímetro
1 disjuntor tripolar termomagnético
1 fusíveis de proteção
1 circuitos de iluminação auxiliar
Se ainda não estiver instalado no gerador, o regulador de tensão nominal poderá ser instalado no
quadro de distribuição. Em função das características da maquina diesel e do gerador, o quadro de
distribuição deverá ser dimensionado para uma sobrecarga de 10% durante uma hora.
DIAGRAMA BÁSICO
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO AUTOMÁTICO
O painel automático é indispensável nos grupos geradores de emergência. Ele controla o sistema
para que em caso de falha na rede da concessionária, o grupo gerador parta inteiramente automático,
desligando os consumidores da rede e ligando-os ao gerador. Após o retorno da rede, os
consumidores são religados a ela, e automaticamente é desligado o gerador. Além disso é através do
painel automático que é feita a proteção do gerador, tendo condição de desligá-lo automaticamente
em caso de alguma anomalia.
Nesses casos a rede é vigiada permanentemente por um controlador automático trifásico que dá a
partida no grupo gerador, em caso de falha de uma única fase ou no caso de uma queda de tensão da
ordem de 15 a 20 % aproximadamente. Com a intenção de evitar as flutuações de tensão de curta
duração normalmente é previsto um retardamento de partida pré ajustado da ordem de alguns
segundos. Durante esse retardamento o grupo já estará pré aquecido, se o motor diesel estiver
equipado com sistema de pré aquecimento.
O contator da rede que alimenta a carga é desconectado no instante que ocorre a falha. O contator do
gerador só se fecha após o grupo ter alcançado a velocidade de operação, e a tensão ter alcançado
seus valores nominais. Nesse instante o gerador assume a carga dos consumidores.
Caso ocorra uma das três primeiras falhas apontadas, a respectiva sinalização ótica será acionada, o
alarme sonoro soará e o grupo gerador será automaticamente desligado para evitar danos à
instalação. Ao mesmo tempo, o sistema automático será bloqueado mediante sinal luminoso. No
caso de sobrecarga do gerador, indicada ótica e acusticamente, o gerador continuará a operar a fim
de proporcionar o arrefecimento mais rápido possível ao gerador que é protegido por disjuntor
térmico de sobrecorrente. No caso de um curto circuito, o disjuntor atua separando o gerador do
setor defeituoso.
Com a intenção de garantir a confiabilidade do sistema deverá ser realizado um ensaio no grupo
gerador no mínimo a cada duas semanas. Para isto deve-se deixar o sistema na posição “ensaio”
através de um comando de uma chave seletora existente no painel. Neste caso após a partida do
grupo , os consumidores poderão ser conectados manualmente ao gerador, para que o motor diesel
possa atingir sua temperatura de operação o mais rápido possível. Se ocorrer alguma falha na rede
nesta posição, quando o grupo gerador já estiver em funcionamento, os consumidores serão
conectados ao gerador automaticamente.
O quadro de distribuição automático possue também um sistema para comando manual do grupo
gerador, com todas as suas funções, um sistema para desligamento de emergência através de botoeira
própria, e um sistema de carregamento das baterias de partida do grupo, fazendo com que as mesmas
fiquem sempre em flutuação com a rede, garantindo sua carga quando da necessidade de partida do
gerador.
rede ligada
gerador ligado
falha de partida
controle ligado
sobrecarga do gerador
temperatura elevada do motor
baixa pressão do óleo
sistema automático bloqueado
sistema de pré aquecimento
DISPOSITIVOS DE MANOBRA
chave seletora de posição “desligado – automático – ensaio – manual ” chave de transferência dos
consumidores para a rede ou para o gerador. botoeiras para as funções de “desbloquear – desligar
alarme – emergência – parado – teste de sinal” chave pré aquecimento para partida manual
SISTEMA AUTOMÁTICO
Sistema de controle trifásico da rede; partida do grupo gerador com duas tentativas e pré
aquecimento automático, se necessário; transferência do consumidor da rede para o gerador e vice-
versa; controle das operações do grupo gerador após remoção da carga e desligamento; desligamento
do grupo gerador em caso de falha.
ACESSÓRIOS
dispositivo de carregamento de baterias regulador de tensão nominal
As salas de maquinas devem estar localizadas em locais onde as paredes tenham contato com a parte
externa do prédio e possibilitem a instalação facial de entradas e saídas de ar para arrefecimento e
ventilação do grupo. Estas salas devem ser o suficientemente grandes, pois salas pequenas podem
trazer problemas sérios de ventilação além de dificultar os trabalhos de operação e manutenção.
Deve ser deixado necessariamente, um espaço livre de um metro em torno do grupo gerador. Além
disso o tamanho da sala deve ser determinada levando em conta os equipamentos que acompanham
o grupo, tais como quadros de distribuição, tanque de combustível, baterias, silenciadores, etc.
Toda sala de máquinas deve estar equipada permanentemente com uma talha, cuja capacidade deve
corresponder ao peso unitário da peça mais pesada do recinto. Em caso de dúvidas, esta peça será o
próprio motor diesel. Desta forma, a montagem e as operações de recondicionamento e reparos
posteriores poderão ser executadas mais rápida e convenientemente.
Deve-se, ainda , incluir no projeto da sala das máquinas o tipo de montagem (elástica ou rígida), a
execução dos blocos de fundação e a disposição de canaletas e eletrodutos, bem como adotar
medidas especiais destinadas a supressão de ruídos e isolação de choques e vibrações.
Para a instalação de grupos geradores em áreas residenciais e sobre pisos deverá ser previsto,
sempre, um apoio elástico. Esta é uma medida eficiente para impedir a transmissão de ruídos através
da estrutura.
Grupos geradores de menor porte até uma faixa de potência de 250 a 300 kVA aproximadamente,
em que o gerador é, na maioria das vezes flangeado ao motor diesel, não se faz necessário nenhum
bloco de fundação especial, quando estes são providos de apoios elásticos, entre o grupo gerador e a
base comum ou entre a base comum e o piso. O apoio elástico nestes casos permitem um grau de
isolamento de vibração de 80 a 90 %.
Quando os grupos geradores têm que ser instalados sobre pisos, a construtora responsável pela obra
deve proceder à comprovação da resistência estática e dinâmica do piso do prédio.
Um isolamento, ainda melhor, pode ser obtido instalando-se molas de aço entre o gerador e a
fundação. Todavia o menor efeito de amortecimento das molas provoca considerável movimento do
grupo gerador na partida e na parada, de forma que para esta finalidade, devem ser empregadas bases
pesadas ou conexões muito flexíveis para as tubulações.
Grupos geradores de maior porte, até cerca de 800 kVA, podem ser instalados da mesma forma que
os de menor porte. Contudo, por questões de resistência estática do prédio, é recomendável a
execução de um bloco de fundação independente da fundação do prédio.
Grupos geradores de grande porte são sempre dotados de sua própria fundação, que deve ser
executada com cuidados especiais e após um exame do solo feito por um perito. As despesas
resultantes dessa providência estão longe de comparar-se aos custos de um tratamento posterior,
como por exemplo, a ocorrência de uma transmissão de vibrações às adjacências.
PROBLEMAS DE RUÍDO
Como as determinações legais sobre exigências acústicas, para a instalação de motores diesel e
grupos geradores, estão se tornando cada vez mais severas, é importante termos sempre em mente os
problemas de ruído causados por estes equipamentos, quando do seu projeto e instalação. A
transmissão de ruídos, tanto através do ar como da estrutura, do grupo gerador ao prédio e ao
ambiente, pode ser de tal forma incomoda que tornam-se necessárias amplas medidas para a sua
absorção.
Uma redução das dimensões do recinto para, aproximadamente um décimo, provocaria um aumento
do nível de ruído da ordem de 6 dB. Um tamanho de sala de 500 m3 ou de 50 m3 resultaria em 12
dB ou 18dB a mais , no ruído, do que em um campo de ruído livre.
A diferença de ruídos entre plena carga e marcha lenta dos motores diesel é de mais ou menos 2 dB.
Porém, o ruído do escapamento, a plena carga, é consideravelmente mais alto.
Para os dutos de admissão e escape de ar, devem ser previstas áreas de atenuação de ruídos com dois
ou três metros de comprimento, produzindo um efeito de atenuação de 40 dB.
Se forem usados materiais acústicos , como placas de isolamento acústico, poderá ser obtido um
nível de redução de ruído de 3dB, e de 10 dB se for usado um material de isolamento melhor.
Deve ser dada especial atenção à atenuação do ruído de escapamento , que pode ser reduzido a 60
dB, ou menos, mediante a instalação de silenciosos e poços para gases de exaustão.
Outra opção para a atenuação de ruídos seria a instalação de grupos já fornecidos com capotas
metálicas que chegam a reduzir o nível de ruídos em cerca de 50 dB.
ARREFECIMENTO A AR
Esta alternativa é recomendada apenas para motores de pequena potência. É um sistema de
construção simples, de operação segura e isento de manutenção, mas requer quantidade de ar
considerável, necessitando portanto serem estudadas as possibilidades de instalação de amplas
aberturas de admissão e exaustão de ar .
Neste tipo de instalação o arrefecimento do motor é proporcionado pelo ar que passa diretamente
sobre os cilindros e cabeçotes. O ar é aspirado por um ventilador axial, acoplado firmemente ao
motor, e impulsionado através de aberturas de arrefecimento. Este ar pode, desde que dimensionado
o ambiente corretamente ser aspirado da própria sala de maquinas.
Este sistema tem a vantagem de ser isento de manutenção, porém necessita de uma grande
quantidade de ar e provoca em função disso um nível elevado de ruído.
Em locais onde a sala de maquinas é pequena ou com pouca ventilação, a admissão de ar deve ser
externa e de preferência do lado oposto á saída do ar de exaustão.
Temperaturas muito elevadas na sala de maquinas são incomodas e levam a redução de potência ou
super aquecimento do motor e do gerador. Os tubos de escape e silenciadores deverão ser isolados
termicamente, evitando o aumento da quantidade de calor irradiado dentro da sala.
Nos casos em que a circulação natural de ar não é suficiente para uma ventilação adequada, é
necessária a instalação de uma ventilação forçada através de exaustores, que auxiliam a retirada do
ar aquecido da sala para o exterior. Após o cálculo da quantidade necessária de ar, de acordo com o
balanço térmico, deverá ser dispensada atenção especial também ao número de trocas de ar na sala
das máquinas.
Recomenda-se que na medida do possível, não se ultrapasse 100 trocas de ar por hora, sendo a
velocidade média do ar dentro da sala de cerca de 0,05 m/s . Quantidades de trocas de ar acima
dessas podem provocar correntes de ar incomodas às pessoas que estão dentro do ambiente, além de
que se elas permanecerem neste ambiente por longo tempo poderão ter problemas de saúde. Como a
quantidade de ar é determinada pelo tamanho do grupo gerador e pelo tipo de arrefecimento
utilizado, este numero de 100 trocas de ar por hora só poderá ser mantido, se a sala de maquinas
tiver determinadas dimensões. Por exemplo, se um sistema necessitar de 10.000 m3/h resulta em um
volume de, no mínimo, 100 m3 e uma superfície de, no mínimo, 33 m2 para uma altura de 3 m da
sala de máquinas. Em função disto, as dimensões da sala de maquinas, não deve ser unicamente
função dos requisitos de espaço e acessibilidade, mas deverá levar em consideração também o
número de trocas de ar necessário. Todos os cálculos de volume de ar têm por base o peso específico
do ar de 1.291 kg/m3 a 0°C, 760 mm de Hg e 60% de umidade relativa do ar. Qualquer condição
muito diferente desta deve levar em consideração um estudo especial, caso a caso.
SISTEMA DE ESCAPAMENTO
O sistema de escapamento deverá ser cuidadosamente projetado, pois uma execução incorreta
poderá influenciar negativamente a potência e o nível de ruído do motor. A tubulação deverá ser
constituída por um tubo de aço , com espessura mínima da parede de 3 mm, considerando o desgaste
acentuado que sofre esta peça, em função do calor e da umidade. Para tubulações com comprimento
além de 5m, deverá ser prevista uma elevação na bitola normal, de acordo com recomendações do
fabricante do motor. Tubos de maiores comprimentos e diâmetros menores que os recomendados
pelo fabricante, aumentam a resistência e a temperatura do motor, diminuindo a sua vida útil. A
conexão do coletor de escape do motor com a tubulação deverá ser feita com uma conexão flexível,
afim de compensar as vibrações e a expansão térmica. Deve-se tomar cuidados especiais evitando a
entrada de água de chuva e respingos na tubulação. Não se deve ao passar pela parede, prender a
tubulação rigidamente, evitando problemas de temperatura com o material da parede e a transmissão
de ruído através da estrutura do edifício.
SILENCIADORES
A redução dos ruídos provocados pelos gases de escapamento podem ser reduzidos através da
instalação de um ou dois silenciadores ligados em série. Em caso de tubos mais longos, o silenciador
é montado após o primeiro terço do comprimento total, calculado a partir do motor. Os silenciadores
do tipo absorção têm um volume maior que os silenciadores normais tipo câmara, entretanto
oferecem uma atenuação quase que completa com um mínimo de resistência. Atrás do silenciador
deve ser instalado um pedaço de tubo de no mínimo um metro de comprimento.
ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL
Uma alimentação de combustível perfeita e de primeira qualidade é fundamental para a
confiabilidade do grupo gerador. Para o atendimento normal, se prevê um tanque ligado à maquina
com capacidade para, no mínimo, 8 a 10 horas de serviço, e um tanque de estocagem de dimensões
mais amplas, dimensionado em função das necessidades de cada caso. Para o dimensionamento de
tanques diários pode-se aplicar basicamente a seguinte regra : 2 x potência do motor (cv) =
capacidade do tanque em litros para 10 horas de serviço.
BATERIAS DE CHUMBO
São relativamente baratas, possuindo uma vida útil de 3 a 5 anos, entretanto exigem uma
manutenção adequada. Devido a uma auto descarga diária, inevitável, de cerca de 1% de sua
capacidade, uma bateria de chumbo pode ficar enfraquecida em poucas semanas, de tal forma que
não poderá se utilizada sem ser recarregada. As perdas de carga na bateria que ocorrem a cada
partida do gerador são insignificantes.
Algumas vezes torna-se vantajoso ajustar o rotação nominal do motor para valores correspondente a
metade da carga nominal, conseguindo com isto, diminuir a gama de variação de freqüência em
relação ao valores nominais.
CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO
Deve ser confiada ao fornecedor do equipamento a entrada do grupo em operação, pois ele poderá
também instruir o futuro pessoal encarregado de operá-lo.
Recomendações gerais:
1. O motor diesel deve ser operado, no mínimo, a cada duas semanas sob a aplicação de carga, se
possível acima de 50% da carga nominal, até atingir a temperatura operacional. É de particular
importância e inclusão no projeto da possibilidade de aplicação de carga no período de ensaio.
Os grupos geradores operados por longos períodos, com pouca ou nenhuma carga, ficarão
contaminados e incrustados, o que poderá ocasionar sérios problemas, particularmente no caso de
motores turbo carregados.
2. A bateria de partida é o elemento mais fraco em uma instalação deste tipo, e deverá portanto ser
verificada a cada duas semanas, quanto a sua condição de carga e ao nível de acido.
3. A sala de maquinas, incluindo a área destinada ao quadro de distribuição deve ser mantida livre de
poeira. Poeira e areia reduzirão a durabilidade do motor, das escovas e dos anéis coletores dos
geradores e afetarão o funcionamento dos relés , chaves e interruptores.
5. A manutenção incluindo trocas de óleo, filtros e testes realizados a cada três ou seis meses deve
ser realizada por pessoal especializado, de preferência treinados em fabrica.