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OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE

GERADORES DIESEL
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Conceitos de GMG

Sistemas de funcionamento do alternador

Sistema elétrico

Operação do GMG

Manutenção do GMG

Segurança na operação e manutenção

Ensaios
CONCEITOS DE GMG
CONCEITOS DE GMG
Introdução

 Algumas indústrias possuem GMG próprios para operarem na falta do


suprimento pela empresa fornecedora de energia. Em geral, a
potência dessas unidades supre somente parte da carga, denominada
carga prioritária.

 Algumas indústrias preferem adquirir seu GMG com capacidade


superior a suas necessidades atuais, conectando-se ao mesmo
tempo à rede elétrica da concessionária. Neste caso se o custo da
energia gerada por ela for inferior ao valor da energia comprada ao
seu fornecedor, a indústria deixa de comprar desse fornecedor e
passa a gerar sua própria energia. Caso contrário, a geração própria
poderia ser utilizada somente no horário de ponta de carga, reduzindo
assim o valor da fatura de energia elétrica.
CONCEITOS DE GMG
GMG a Gás

 É o combustível que está ganhando mercado crescente na geração de


energia elétrica. Com a implantação da rede de gasodutos da
Petrobras nas diferentes regiões do Brasil, o gás natural vem se
popularizando e ganhando a competição com o óleo diesel.
CONCEITOS DE GMG
GMG a Gás

 O funcionamento dos motores a gás natural é explicado pela análise


do denominado ciclo Otto, constituído de quatro processos distintos.

 No ciclo Otto, o combustível é


misturado ao ar antes que ocorra a
compressão, obtendo-se a ignição
a partir da produção de uma
centelha elétrica temporizada.
Como a mistura do combustível
com o ar deve ser comprimida,
é necessário que o combustível
utilizado no processo seja volátil ou
de rápida vaporização.
CONCEITOS DE GMG
GMG a Gás

 Vantagens:
Preço relativamente baixo da energia gerada, baixo nível de poluição,
baixa restrição dos órgãos de controle ambiental à aprovação de
projetos e uso intensivo em vários segmentos do processo industrial.

 Desvantagens:
Ausência de rede de gasodutos em muitas áreas industriais,
dificuldades no transporte de grandes quantidades do combustível em
cilindros especiais (o gás natural não tem boa compressibilidade),
preço dependente das condições externas e ainda sem uma política
confiável no Brasil.
CONCEITOS DE GMG
GMG a Gasolina

 Os geradores movidos a gasolina são equipamentos de pequeno


porte que geralmente são empregados para geração esporádica de
energia em residências e pequenos comércios.
CONCEITOS DE GMG
GMG a Gasolina

 Vantagens:
Se comparado com os geradores a Diesel a principal vantagem é que o
equipamento movido a gasolina proporciona menos barulho e menos
poluição durante a sua operação.

 Desvantagens:
Combustível mais caro, e portanto mais custoso para os responsáveis
pela máquina. Possui menor intervalo entre manutenções e é
encontrado para baixas potências, até 15kVA.
CONCEITOS DE GMG
GMG a Vapor

 A produção de energia elétrica ocorrida no final do século XIX e início


do século XX foi praticamente dominada pelas turbinas a vapor,
utilizando como combustível primário a lenha extraída das florestas
ou o carvão mineral.

 Até hoje as turbinas a vapor estão


presentes na maioria das grandes
unidades de geração a
combustível gasoso, aumentando,
consideravelmente, a eficiência do
ciclo para geração de energia nas
suas diversas formas.
CONCEITOS DE GMG
GMG a Vapor

 O funcionamento das turbinas a vapor é explicado pela análise do


denominado ciclo Rankine, ou simplesmente ciclo a vapor, e que
consiste em quatro processos distintos.
CONCEITOS DE GMG
GMG a Turbina a gás

 A primeira turbina a gás na forma que hoje conhecemos foi


construída em 1906. Mas as limitações quanto à resistência dos
materiais trabalhando em grandes temperaturas foi um obstáculo
intransponível até meados dos anos 1940, quando então foram
empregadas as primeiras turbinas de forma comercial na indústria
aeronáutica. Em consequência, na década de 1950, surgiram as
turbinas para uso industrial, denominadas aeroderivativas.
CONCEITOS DE GMG
GMG a Turbina a gás

 A geração se baseia no ciclo Brayton e consiste na compressão do ar


atmosférico para entrada no sistema de combustão, onde é
misturado com o combustível, resultando em gases com alta
temperatura que acionam o compressor e a turbina para gerar a
energia elétrica.
CONCEITOS DE GMG
GMG a Turbina a gás

 No entanto, a indústria de produção de equipamentos de geração,


desenvolveu outro projeto de turbina de concepção mais pesada e
destinada à geração de grandes blocos de energia.
 As turbinas industriais, apresentam as seguintes diferenças em
relação às turbinas aeroderivativas: Ampla faixa de capacidade, indo
desde as microturbinas com potência nominal de 30 kW até as
grandes turbinas com potência nominal de 250 MW. Maior
flexibilidade quanto ao tipo de combustível; podem queimar,
alternativamente, combustíveis mais pesados, facilitando a operação
das usinas termelétricas em uma eventual falha no fornecimento de
gás natural. Maior facilidade de montagem e desmontagem, o que
reduz o tempo de construção de usinas termelétricas.
 As turbinas a gás natural são, normalmente, empregadas em
instalações de médio e grande portes.
CONCEITOS DE GMG
GMG a Diesel

 É o combustível mais utilizado nas máquinas primárias destinadas à


geração de energia elétrica de pequeno e médio porte.
 Os motores diesel são competitivos, especialmente devido à sua alta
eficiência térmica. Tais máquinas são apropriadas para as condições
de partida e parada rápidas e necessitam de curto período de tempo
para sua montagem.
CONCEITOS DE GMG
GMG a Diesel

 Vantagens:
Facilidade de aquisição, relativa estabilidade de preço no mercado,
praticidade do transporte da base de venda até o ponto de consumo,
regularidade de suprimento, facilidade de estocagem, facilidade de
manuseio e largo conhecimento do produto pelos profissionais da área.

 Desvantagens:
Apesar de todas as vantagens anteriormente mencionadas, o óleo
diesel apresenta alguns questionamentos assim definidos: Preço
elevado da energia gerada, custo de manutenção elevado, relação
horas de trabalho/horas de manutenção muito baixa, emissões de
poluentes de natureza tóxica e restrição dos órgãos de controle
ambiental à aprovação de projetos.
CONCEITOS DE GMG
GMG a Diesel

 O funcionamento dos motores a óleo diesel é explicado a partir da


análise do denominado ciclo diesel. Neste caso, o ar é comprimido a
uma pressão e temperatura até atingir a condição de inflamar o
combustível injetado na câmara ao final do tempo de compressão.

 Nos motores a ciclo diesel, é


necessário que a taxa de compressão
seja muito elevada, bem superior
aos níveis utilizados no ciclo Otto,
devido à inexistência da presença
do combustível durante o tempo de
compressão do ar.
CONCEITOS DE GMG
GMG a Diesel

 A distribuição média de produção e perda de energia de uma usina


termelétrica a motor diesel pode ser conhecida no gráfico abaixo.
SISTEMAS DE FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Introdução

 Um alternador ou gerador elétrico é um dispositivo que converte a


energia mecânica obtida de uma fonte externa em energia elétrica
como a saída.

 Este fluxo de cargas elétricas


constitui a saída da corrente
elétrica fornecida pelo gerador.
Este mecanismo pode ser
entendido considerando-se o
gerador a ser semelhante a
uma bomba de água, o que
gera o fluxo de água, mas não
realmente “cria” a água.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Princípio de funcionamento

 O gerador elementar consiste basicamente de um ímã, que se


movimenta dentro de uma espira, ou vice-versa, provocando o
aparecimento de uma força eletromotriz.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Princípio de funcionamento

+-

+-
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Princípio de funcionamento

 Vamos considerar inicialmente uma espira imersa em um campo


magnético produzido por um ímã permanente. O funcionamento está
baseado no movimento relativo entre uma espira e um campo
magnético. Os terminais da espira são conectados a dois anéis, que
estão ligados ao circuito externo através de escovas. Este tipo de
gerador é denominado de armadura giratória.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Princípio de funcionamento
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Princípio de funcionamento
 Se a bobina girar com velocidade uniforme dentro do campo
magnético que também é uniforme, segundo a lei de Faraday, o valor
instantâneo da f.e.m. induzida no condutor em movimento de rotação
é determinada por:
e = B × 𝑙 × 𝑣 × sin ∅ × 𝑁
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Princípio de funcionamento
 Se a bobina girar com velocidade uniforme dentro do campo
magnético que também é uniforme, segundo a lei de Faraday, o valor
instantâneo da f.e.m. induzida no condutor em movimento de rotação
é determinada por:
e = B × 𝑙 × 𝑣 × sin ∅ × 𝑁
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Princípio de funcionamento

 Os geradores de campo giratório a tensão de armadura é retirada


diretamente do enrolamento de armadura (neste caso o estator) sem
passar pelas escovas. A potência de excitação destes geradores
normalmente é inferior a 5% da potência nominal, por este motivo, o
tipo de armadura fixa (ou campo girante) é o mais utilizado.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Princípio de funcionamento

 A cada giro das espiras teremos um ciclo completo da tensão gerada,


para uma máquina de um par de pólos. Os enrolamentos podem ser
construídos com um número maior de pares de pólos, que se
distribuirão alternadamente (um norte e um sul).

 Neste caso, teremos um ciclo a cada par de pólos. Sendo "n" a


rotação da máquina em "rpm" e "f" a frequência em ciclos por
segundo (HERTZ) teremos:

𝑝×𝑛
𝑓= 𝐻𝑧
120
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Princípio de funcionamento

 Note que o número de pólos da máquina terá que ser sempre par,
para formar os pares de pólos. Na tabela abaixo são mostradas, para
as frequências e polaridades usuais, as velocidades síncronas
correspondentes.

Velocidade Síncrona
N° de Polos 60 Hz 50 Hz
2 3600 3000
4 1800 1500
6 1200 1000
8 900 750
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Princípio de funcionamento

 O gerador de tensão trifásica é constituído por um ímã indutor girando


no centro de um conjunto de três bobinas colocadas a 120° uma da
outra, com as seguintes características:
 Mesma frequência angular, ou seja, mesma velocidade angular;
 Mesmo valor eficaz de tensão;
 Fases iniciais defasadas entre si 120°

 Comercialmente a energia elétrica é


gerada, em corrente alternada, no
sistema trifásico e na frequência de
60 Hz.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Gerador Trifásico

 Um ciclo completo de corrente alternada corresponde a 360°, ou


seja, uma volta completa do rotor. Por isso, as três correntes
alternadas monofásicas produzidas por um gerador trifásico estão
defasadas entre si de 120º elétricos, ou 1/3 do ciclo.

 A defasagem de 120º entre


as correntes alternadas e as
suas variações para valores
positivos e negativos ocorre
tanto para os valores de
tensão (E), quanto para os
valores da intensidade da
corrente elétrica (I).
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Gerador Trifásico
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Aspectos construtivos

 A máquina síncrona operando como gerador possui duas partes


fundamentais, sendo elas:
 Rotor – Parte móvel chamada de rotor, onde está alojado o enrolamento de
campo;
 Estator – Parte fixa chamada de estator, onde estão alojados os enrolamentos
denominados enrolamentos de armadura.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Aspectos construtivos
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Rotor

 Parte girante do alternador constituída por um pacote de lâminas de


um material ferromagnético envolto num enrolamento constituído de
condutores de cobre designado como enrolamento de campo, que
tem como função produzir um campo magnético constante. A tensão
aplicada nesse enrolamento é contínua e a intensidade da corrente
suportada por esse enrolamento é muito menor que o enrolamento do
estator.

 Além disso, o rotor pode conter dois ou mais enrolamentos, sempre


em número par e todos conectados em série sendo que cada
enrolamento será responsável pela produção de um dos pólos do
eletroímã. Em alguns alternadores síncronos o rotor pode ser
constituído por um imã permanente no lugar de um eletroímã, sendo
neste caso denominado máquina síncrona de imã permanente.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Rotor
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Estator

 Parte fixa do Alternador, montada em volta do rotor de forma que o


mesmo possa girar no seu interior, também constituído por um
pacote de lâminas de um material ferromagnético envolto num
conjunto de enrolamentos distribuídos ao longo da sua circunferência
e posicionados em ranhuras.

 Os enrolamentos do estator são circulados por tensões alternadas


trifásicas. Pelo estator circula toda a energia elétrica gerada, sendo
que tanto a tensão quanto a corrente elétrica que circulam são
bastante elevadas em relação ao rotor, que tem como função apenas
produzir um campo magnético para "excitar" o alternador de forma
que seja possível a indução de tensões nos terminais dos
enrolamentos do estator.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Estator
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Fechamentos das bobinas do estator

 Para que se possam obter três fases na saída do gerador o estator é


constituído por seis bobinas. Sendo assim, é necessário realizar a
interligação das mesmas para se ter as tensões desejadas. A forma
mais comum de fechamento das bobinas do estator é triângulo ou
estrela aterrado. As tensões de saída dos geradores normalmente
são: 220V / 380V / 440V e 720V.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Fechamentos das bobinas do estator
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Excitatriz

 O objetivo do sistema de excitação é estabelecer e manter a tensão


de saída do gerador nos parâmetros desejados, sendo responsável
também pela grandeza da corrente gerada. O rotor principal do
gerador não é capaz de induzir o campo magnético suficiente para
garantir a tensão de saída desejada. Sendo Assim, o rotor principal
necessita de uma ajudar a qual vem através de uma fonte de energia
em corrente continua, onde é exigida e necessária a utilização da
excitatriz, pois dessa forma irá auxiliar na indução magnética no
enrolamento do estator.

 A excitatriz da maioria dos sistemas é um gerador trifásico de


corrente alternada montado no próprio eixo do gerador, ou seja,
também possui um rotor e um estator.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Excitatriz
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Geradores com excitação por meio de escovas e anéis
(Sistema antigo)

 Nestes geradores o campo no rotor é alimentado em corrente


contínua através das escovas e anéis coletores e a tensão alternada
de saída, para alimentação das cargas, é retirada do estator. Neste
sistema normalmente o campo é alimentado por uma excitatriz
chamada de excitatriz estática.

 A tensão de saída do gerador é mantida constante dentro de suas


características nominais através do regulador de tensão, que verifica
constantemente a tensão de saída e atua na excitatriz estática.
Quando acionado na rotação nominal e com a excitatriz desconectada
do rotor, o processo de escorvamento inicia-se pela pequena tensão
residual do gerador.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Geradores com excitação por meio de escovas e anéis
(Sistema antigo)
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Geradores com excitação Brushless (Atual e mais utilizado)

 Nesses geradores a corrente contínua para alimentação do rotor é


obtida sem a utilização de escovas e anéis coletores, utilizando
somente indução magnética. Para isso o gerador possui um
componente chamado excitatriz principal, com armadura rotativa e
campo estacionário. A armadura dessas excitatriz é montada no
próprio eixo do gerador. Possui também um conjunto de diodos
girantes (circuito retificador), também montado no eixo do gerador,
para alimentação do rotor principal em corrente contínua. Este
conjunto de diodos recebe tensão alternada do estator da excitatriz
principal, tensão esta induzida pelo rotor da excitatriz principal, que é
alimentado em corrente contínua proveniente do regulador de tensão
(automático).
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Geradores com excitação Brushless (Atual e mais utilizado)

 Nos geradores brushless, a potência para a excitação (alimentação


do regulador de tensão) pode ser obtida de diferentes maneiras, as
quais definem o tipo de excitação da máquina. Esses tipos de
excitação podem ser das seguintes formas:

 Alimentação através de
bobina auxiliar;
 Alimentação através de
excitatriz auxiliar a ímãs
permanentes (PMG);
 Alimentação sem excitatriz
auxiliar pelo próprio enrolamento
de armadura da máquina.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Brushless – Alimentação através de bobina auxiliar

 Um conjunto auxiliar de bobinas, independente, alojado em algumas


ranhuras do estator principal do alternado. Funciona como uma fonte
de potência independente para o regulador de tensão, não sujeita aos
efeitos que acontecem no estator principal do alternador.

 O regulador recebe tensão alternada dessa fonte e alimenta o campo


da excitatriz principal com tensão retificada e regulada. Em condições
normais de operação, na bobina auxiliar é produzida uma tensão
monofásica na frequência nominal do gerador, sofrendo pequenas
distorções na forma de onda dependendo do tipo de carga (resistiva,
indutiva ou capacitiva).
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Brushless – Alimentação através de bobina auxiliar
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Brushless – Alimentação através de excitatriz auxiliar

 Alimentação através de excitatriz auxiliar a ímãs permanentes (ou


PMG - “Permanent Magnets Generator”), que possui campo no rotor,
a ímãs, montado no próprio eixo do gerador, e estator fixado na
tampa traseira do gerador ou na base, em compartimento separado
do estator principal do alternador.

 A excitatriz auxiliar também funciona como uma fonte de potência


independente para o regulador de tensão. O regulador recebe a tensão
trifásica alternada gerada no estator da excitatriz auxiliar, retifica,
regula e aplica no estator da excitatriz principal do gerador
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Brushless – Alimentação através de bobina auxiliar
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Brushless – Alimentação sem excitatriz auxiliar

 Alimentação sem excitatriz auxiliar pelo próprio enrolamento de


armadura do alternador, através de tap’s (para baixa tensão) ou via
TP’s (para alta tensão)

 O regulador de tensão recebe tensão alternada de uma dessas fontes,


retifica, regula e aplica no rotor da excitatriz principal do gerador
(campo da excitatriz principal)
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Brushless – Alimentação através de bobina auxiliar
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Forma de instalação da excitatriz
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Ponte de diodos Girantes

 Para a retificação da corrente alternada é utilizado à ponte de diodo,


constituída por seis diodos, normalmente três diodos instalados no
semiciclo positivo e três instalados no semiciclo negativos. Assim,
transformando a corrente alternada em corrente continua que em
seguida é aplicada no rotor principal do gerador.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Ponte de diodos Girantes

 Normalmente as falhas nos diodos são provenientes por fatores


externos (surtos de tensão, carga capacitiva, potência reversa). No
caso de ocorrer à queima de um diodo girante, é necessário também,
verificar as condições dos demais. Quando um diodo é danificado
fica impossível determinar o estado exato dos demais diodos, mesmo
que o teste indique bom estado. Devido o conjunto de diodos fazer
parte do circuito de excitação do alternador síncrono, recomenda-se
a substituição de todos os diodos.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Construção geral

 O gerador trifásico tipo sem escovas (brushless) está formado pela


máquina principal (rotor e estator), no qual se inclui o bobinado
auxiliar, uma excitatriz de corrente alternada trifásico com
retificadores giratórios (diodos) e um regulador de tensão estático.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Caixa de terminais (bornes)

 Está situada na parte superior do alternador ao lado da excitatriz. A


entrada dos cabos pode ser feita pelos lados direito ou esquerdo
indistintamente. A caixa de bornes contém a borneira principal e o
regulador de tensão.
FUNCIONAMENTO DO ALTERNADOR
Ventilação

 Os geradores são autoventilados. O ventilador está montado ao lado


do acionamento. O ar entra pela grade ao lado da excitatriz e é
empurrado através desta e do gerador principal, para sair pelas
grades ao lado do acoplamento. O ventilador é do tipo radial, sendo o
sentido do giro indistinto.
SISTEMA MOTOR / ALTERNADOR
Sistema de acoplamento

 O sistema de acoplamento é desenvolvido de modo a obter


indistintamente um acoplamento a um ou dois rolamentos, sem a
necessidade de desmontar a máquina.

 Os rolamentos utilizados são do tipo pré-lubrificado e lacrado, assim


não requer engraxamento durante o funcionamento
SISTEMA ELÉTRICO
SISTEMA ELÉTRICO
Conceito básico de dimensionamento

 A potência das unidades de geração deve ser definida de forma que


os geradores operem com pelo menos 50 % da carga nominal. Para
níveis de geração inferiores, isto é, fator de carga menor que 30 %,
resulta na operação da máquina primária a temperaturas abaixo da
temperatura adequada para a realização de uma combustão
completa, provocando a deterioração do óleo lubrificante.

 Algumas informações básicas devem ser conhecidas antes do


dimensionamento de uma usina termelétrica, seja ela de pequeno,
médio e grande portes: Natureza da carga a ser alimentada:
iluminação (motores de indução, fornos a arco etc), características
do local de instalação (altitude, temperatura ambiente, nível de
poluição e natureza dos contaminantes), regime de operação
(emergência, horário de ponta de carga e regime permanente).
SISTEMA ELÉTRICO
Conceito básico de dimensionamento

 Regimes de potência do Grupo Moto Gerado

 Stand by Power

 Grupos geradores classificados neste regime são disponíveis para suprimento


de energia por todo tempo de duração da falta da rede comercial. Não admite
sobrecarga.

 Este regime deve ser utilizado em locais supridos por rede comercial confiável.

 Grupos geradores classificados neste regime são dimensionados para operar


com cargas variáveis por um período de até 300 horas/ano, respeitando-se os
intervalos de manutenção determinados pelos fabricantes
SISTEMA ELÉTRICO
Conceito básico de dimensionamento

 Regimes de potência do Grupo Moto Gerado

 Prime Power

 Grupos geradores classificados neste regime são disponíveis para


acionamento das cargas variável encontra-se disponível por 1h em um período
de 12h, sobrecarga de 10%.

 São indicados para uso em situações onde as faltas de energia da rede


comercial são programadas, tais como horários de ponta.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceito básico de dimensionamento

 Regimes de potência do Grupo Moto Gerado

 Base Power - Contínuo

 São geradores próprios para trabalhos por tempo ilimitado, sem interrupção,
atendendo cargas constantes em locais em que não há fornecimento de
energia elétrica.

 Exemplo: Potência Stand-by: 500 KVA / 400KW


Potência Prime: 450 KVA / 360KW
Potência Contínua: 400KVA / 320KW
SISTEMA ELÉTRICO
Conceito básico de dimensionamento

 Para se dimensionar uma unidade de geração, voltada para atender


cargas variáveis, de tipo e potência, de vem-se seguir as seguintes
instruções:
 Somar todas as cargas lineares da instalação industrial, dadas em kW.
 Somar todas as cargas não lineares da instalação industrial, dadas em kW.
 Avaliar a distorção harmônica da carga, se houver.
 Determinar a corrente de partida do maior motor da instalação.
 É aconselhável que o gerador seja dimensionado para uma potência nominal
de 10 % acima dos valores da soma das cargas lineares e não lineares (para
valores inferiores a 20 % da carga total e distorção harmônica menor ou igual a
5 %).
 A partida do maior motor não deve provocar uma queda de tensão no gerador
superior a 20 %.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceito básico de dimensionamento

 Também se pode acrescentar que a potência aparente de partida do


motor elétrico não deve ser superior a 120 % da potência nominal do
gerador.
 Exemplo: Um motor de 250 CV – IV polos – 380 V , cuja corrente de partida
direta é 6,8 vezes a corrente nominal.

6,8 × 327,4 = 2.226,3 A

que corresponde à potência de partida de:

Sp = 1,73× 0,38 × 2.226,3 =1.465,3 kVA

necessita de um gerador com potência nominal de 1.221 kVA, ou seja,

Png = 1.221 kVA.


SISTEMA ELÉTRICO
Viabilidade econômica para o uso do gerador

 Os custos de geração variam em função dos requisitos da


especificação do cliente. Deve-se considerar também se a usina é
destinada a operar somente para geração de energia ou está
associada a um projeto de cogeração.

 No primeiro caso, o custo médio de uma usina varia de


aproximadamente R$ 620,00 a R$ 860,00/kW de capacidade
instalada, dependendo se o conjunto motor-gerador é de origem
nacional ou importada.
SISTEMA ELÉTRICO
Viabilidade econômica para o uso do gerador

 No entanto, para se elaborar o estudo de viabilidade econômica, é


necessário conhecer outros parâmetros, tais como:
 Faixa de potência comercial dos motores.
 Fator de capacidade médio.
 Consumo específico de combustível.
 Rendimento.
 Consumo de água de resfriamento.
 Preço do óleo diesel.
 Custo médio mensal de operação e manutenção (O&M) para operação
contínua (Inclui folha de salários e benefícios, material de limpeza,
lubrificantes, peças de reposição por tempo de funcionamento, etc).
 Custo médio mensal de operação e manutenção (O&M) para operação de
ponta.
 Custo de aquisição.
 Custo médio da geração.
SISTEMA ELÉTRICO
Viabilidade econômica para o uso do gerador

 Exemplo: Determinado o custo da energia gerada por uma usina


termelétrica construída no interior de uma indústria e constituída por
um conjunto de geração a óleo diesel com potência unitária de 1.280
kW, operação contínua. A energia requerida por mês para operar a
indústria vale, em média, 860.425 kWh. A indústria funciona 24
horas, durante 30 dias.

 Após cálculos se pode observar que o custo médio anual operacional


da usina de energia elétrica (R$ 398,01/MWh) é muito superior ao
custo médio da energia comprada da concessionária de energia
elétrica (R$ 380,00/MWh), sendo, portanto, inviável o
empreendimento.
SISTEMA ELÉTRICO
Viabilidade econômica para o uso do gerador

 Exemplo: Calculando a viabilidade econômica de aquisição da usina


termelétrica do exemplo de anterior considerando que ela tem como
finalidade operar somente no horário de ponta de carga, cuja energia
consumida nesse período é de 78.882 kWh ao mês.

 O gráfico abaixo, que indica o tempo de retorno do investimento, que


é de aproximadamente cinco anos. Dessa forma, o investimento é
considerado atrativo.
SISTEMA ELÉTRICO
Viabilidade econômica para o uso do gerador

 Exemplo: Instalação de dois GMG de 330 KVA com valor total


previsto para o investimento incluindo mão de obra e material de
instalação elétrica, GMG e sistemas de controles foi de R$
167.000,00 e abaixo é apresentamos o cálculo das despesas
mensais com um sistema de ar condicionado alimentado pelo GMG.

ITEM DESPESA QTDE R$ UNITÁRIO R$ TOTAL

1 ÓLEO DIESEL 6.403,32 L 0,42 2.689,00

2 MANUTENÇÃO* - - 1.100,00

TOTAL 3.789,00

*incluindo trocas de óleo lubrificante e filtros a cada 200 h de funcionamento e contrato de


manutenção do equipamento.
SISTEMA ELÉTRICO
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de Tensão (AVR)
 Regulador de tensão analógico foi desenvolvido para efetuar o
controle de tensão em geradores elétricos, com ênfase em modelos
que operam com tecnologia brushless de excitação.
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de Tensão (AVR)
 Principais funções de um regulador automático de tensão são:

1. Controlar a tensão de saída do gerador dentro dos limites prescritos;

2. Regular a divisão de potência reativa entre geradores que operam em


paralelo;

3. Controlar de perto a corrente de campo para manter a máquina em


sincronismo com o sistema;

4. Aumentar a excitação sob condições de curto-circuito no sistema para


manter o gerador em sincronismo com os demais geradores do sistema;

5. Amortecer oscilações de baixa frequência que possam trazer problemas de


estabilidade dinâmica.
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de Tensão (AVR)
 Principio de funcionamento
O regulador de tensão tem por finalidade controlar a tensão do gerador a fim de
compensar perdas e ganhos de cargas, respeitando o limite de corrente atribuído via
ajuste interno. Para isso, compara a referência ajustada via trimpot ou periféricos
externos com a tensão de saída das bobinas do estator do gerador, essa comparação
gera um erro, onde esse erro é atribuído ao seu circuito interno.

O erro gerado da comparação faz com que aumente ou diminua os valores internos
do regulador ocasionando uma diminuição ou aumento da corrente de excitação. Para
que a resposta às condições de carga seja eficaz, o regulador de tensão possui um
ajuste de estabilidade dinâmica via trimpot o qual irá somar aos valores internos.
Visando evitar desgastes ao gerador e ao regulador, o regulador dispõe de dois
limitadores sendo eles ajustáveis via trimpot.
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de Tensão (AVR)
 Principio de funcionamento
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de Tensão (AVR)
 Função dos trimpot
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de Tensão (AVR)
 Trimpot de tensão
Ajusta a referencia de tensão do gerador. Girando para o sentido horário, aumenta a
tensão. Girando para o sentido anti-horário, diminui a tensão. O ajuste de tensão
permite variar 20% para mais e para menos a tensão de operação.

Exemplo, sendo o regulador adquirido para operar em 220Vca, a variação em trimpot


será 187 a 264Vca Observação: a faixa de tensão de operação deve ser especificada
no momento da compra para 110 / 220 / 380 ou 440 Vca.

 Trimpot de estabilidade
Ajusta a dinâmica do regulador, para que mediante as variações de carga no sistema,
a tensão do gerador se mantenha estável ao ajuste de referencia estabelecido. Girando
para o sentido horário, a resposta se torna mais rápida. Girando para o sentindo anti-
horário, a resposta se torna mais lenta.
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de Tensão (AVR)
 Trimpot de Volts/Hertz (U/F)
Ajusta a faixa de atuação do limitador U/F. Girando para o sentido horário, diminui a
faixa de atuação. Girando para o sentido anti-horário, aumenta a faixa de atuação.
Exemplo de operação do limitador U/F: A figura abaixo representa a área de atuação
do limitador, tomando como exemplo, um gerador de tensão nominal 220Vca,
frequência nominal 60Hz e ajustando-se o trimpot U/F para iniciar a atuação em 58Hz.
No momento em que a
frequência atingiu 58Hz,
inicia-se a área de atuação
do U/F, sendo para cada Hertz
que a frequência baixar
estando na área de atuação,
a tensão do estator ira
baixar 20V.
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de Tensão (AVR)
 Trimpot de Droop
Ajusta o percentual de variação de tensão em relação a potencia reativa instantânea
do gerador. Girando para o sentido horário, diminui o percentual de compensação.
Girando para o sentido anti-horário, aumenta o percentual de compensação. O ajuste
de compensação e igual para carga reativa negativa ou positiva, ou seja, são
espelhados para ambas as curvas. Quando a corrente no TC do regulador atingir 5A, a
compensação de tensão ira variar no máximo 15% da referencia ajustada.

A figura ao lado, demonstra


a curva de droop, sendo que
quanto mais próximo do zero
estiver a potencia reativa, menor
será a compensação da tensão
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de Tensão (AVR)
 Trimpot Limitador de corrente
Ajusta o máximo instantâneo que pode atingir a corrente de excitação, sendo que
neste valor será limitada a mesma. Girando para o sentido horário, diminui o nível de
atuação do limitador de corrente. Girando para o sentido anti-horário, aumenta o nível
de atuação do limitador de corrente. A figura abaixo representa a atuação do limitador
de corrente de campo, ate que a mesma entre novamente na condição linear. A linha
pontilhada expressa onde atingiria a corrente de excitação caso não houvesse o
limitador.
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de Tensão (AVR)
 Ajuste da tensão externa via potenciômetro

Para aplicações onde ha necessidade de dispor de ajuste de


tensão na porta de painel ou bancadas, a excitatriz estática
dispõe de ajuste de tensão externo via potenciômetro. Os
terminais para conexão do potenciômetro são PT1 e PT2,
sendo que o potenciômetro aplicável e de 5K e 3W. Nos
casos onde não e usado, os terminais devem ser mantidos
curto-circuitados como de fabrica.
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de Tensão (AVR)
 Instalação do regulador de tensão
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de Tensão (AVR)
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de Tensão (AVR)
 Defeitos: Causas e soluções
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de Tensão (AVR)
 Defeitos: Causas e soluções
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Precisão e tempo de regulação de tensão
A tensão de saída em condições estáticas tem uma precisão de ± 0,5% em qualquer
condição de fatores de potência compreendidos entre 0 (sobre-excitação) e 1, e é
independente da temperatura do gerador.

 Sobrecarga
Os geradores são projetados para cumprir com as normas de sobrecarga sem
superaquecimentos, mas sob essas condições de sobrecarga não é possível garantir
a precisão estabelecida da regulação de tensão. Quando se conectam motores é
possível ter uma dupla sobrecarga da corrente nominal por não mais de 20 segundos.
Aumentar os valores nominais de potência de um gerador, deixando a refrigeração de
ar à temperatura menor que o estabelecido, é aceito unicamente, mediante acordo
prévio com o fabricante.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Curto circuito
Se for produzido um curto circuito nos bornes principais do gerador, teremos
inicialmente a máxima corrente de curto-circuito. Se o valor de pico independe do
sistema de excitação, a corrente de curto-circuito que continuar dependerá do
sistema de excitação. O sistema de excitação usado nos geradores faz com que a
corrente em curtos circuitos prolongados seja duas vezes e meia maior que o valor
nominal. Deve se considerar 3 segundos como tempo máximo de curto-circuito.

 Trabalhos em paralelo
Todos os geradores têm bobinado amortecedor e consequentemente podem trabalhar
em paralelo com a rede e com outros geradores. Também em princípio, sincronização
defeituosa deve ser evitada já que elas podem danificar o gerador. São previstas
proteções para os retificadores (diodos) contra essas falhas, mas é impossível
alcançar uma segurança total. Se for requerido um neutro comum para operar com
um sistema em paralelo, será necessária uma reatância no ponto neutro, o que pode
ser omitida se a tensão das fases dos geradores em paralelo ou da linha estiver livre
de harmônicas, ou se unicamente se usam geradores idênticos em paralelo.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Trabalho em paralelo com a rede
Nessa operação, a fim de obter uma queda de tensão dependente da carga reativa, o
transformador de corrente é incorporado à fase W. Tem uma relação...../1A e se
conectam, de acordo com as instruções do fabricantes. No momento de trabalho em
paralelo, a distribuição da corrente ativa depende somente do controle do motor de
acionamento, por outro lado a distribuição da carga reativa é uma função das
condições de excitação que prevalecem no gerador. Isto pode modificar-se por
variações do ajuste de tensão de referência que o cliente pode intercalar de acordo
com o plano correspondente. Sendo evidente que quando se utiliza a queda de tensão
reativa, a precisão de ± 0,5% da tensão de saída não é válida.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Trabalho em paralelo com a rede
 Importante
Em todos os casos de operação paralela, são recomendados os seguintes
procedimentos:
a) Verificar a existência e funcionamento da proteção de potência inversa.
b) Habilitar a resistência de queda reativa.
c) Previamente à primeira etapa de colocação em paralelo, igualar o valor de tensão
do gerador com as barras usando o potenciômetro incorporado ao regulador e
identificado como "VOLTS” (sentido horário para aumentar); ou com o ajuste de
tensão de referência à distância se o tiver.
d) Uma vez em carga, se o valor de fator é menor que o nominal, deverá ser
corrigido variando a resistência de queda reativa.
e) Nessas condições o gerador deverá assumir sucessivos trabalhos em paralelo,
SEM MODIFICAR NENHUM ELEMENTO DE CONTROLE, com exceção de
variações anormais nas barras às quais se conecta.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Paralelo automático com repartidor de carga reativa
Neste tipo de operação, o reparto de carga reativa é realizado automaticamente por
um controlador eletrônico. Estes tipos de dispositivos são compatíveis somente com
reguladores com entradas analógicas de ± 9 V implantadas para esse fim e
fornecidas somente sob pedido.

 Eliminação de interferências radiais


Se não for solicitado expressamente, os geradores cumprem com o grau de "G",
como é estabelecido nas normas. Logicamente, os geradores podem ser ajustados,
sob pedido, com graus mais altos "N" ou "K". As conexões destes dispositivos de filtro
estão incorporadas no diagrama de conexão interno fornecido com a máquina.
Quando se mede a resistência de isolamento é necessário desconectar estes
condensadores.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Ajuste de tensão referência
Os geradores têm previstos a conexão de um potenciômetro externo que permite
variar a tensão de saída dentro de + /-5%.

 Excitação
Os geradores se excitam automaticamente por magnetismo remanescente devido à
conexão em série das excitratizes com o regulador, a tensão residual destes
geradores é muito mais alta que em geradores sem excitatriz. O valor desta tensão
residual pode variar consideravelmente e depende fundamentalmente das
propriedades do aço usado no núcleo da excitatriz. Também depende logicamente, do
estado de excitação anterior. Por isso, para se executar alguma tarefa em um gerador
"brushless" é absolutamente indispensável parar ele antes de realizar essa tarefa. A
desconexão do campo não é suficiente.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Plano de manutenção para gerador síncrono
Para que o gerador apresente perfeito funcionamento e durabilidade, periodicamente é
necessário que se efetue certas verificações como estado de limpeza dos
enrolamentos, ventilação, disco de retificadores, limpeza e lubrificação dos
rolamentos, fixação das peças girantes sujeitas a trepidações.

 Enrolamentos
Remover o pó, sujeiras e graxas acumuladas sobre os enrolamentos utilizando jato de
ar, pano ou pincel. O jato de ar deve, sempre que possível, ser substituído por
aspirador de pó. Observar para que o jato de ar não seja muito forte para evitar danos
no isolamento dos enrolamentos. Para efetuar a limpeza dos rolamentos deve-se
desmontar o gerador e sem retirar os rolamentos do eixo, retirar o excesso de graxa e
lavá-los com diluente, até ficarem completamente limpos. Depois de secos, colocar
algumas gotas de óleo mineral leve e em seguida lubrifica-los com graxa nova, que
deve ser forçada entre as esferas. Os alojamentos dos mancais devem ser igualmente
limpos, lavados e lubrificados, colocando-se graxa até ¼ de sua capacidade, no
máximo. Todas as operações devem ser efetuadas dentro das mais rigorosas
limpezas e mediatamente antes de se montar o gerador.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Troca de rolamentos
Não se deve remover um rolamento do eixo, a menos que seja absolutamente
necessário. Primeiro, retirar os anéis de fixação externos dos rolamentos e retirar as
tampas. O rotor completo deve ser retirado do estator cuidadosamente em direção ao
lado do acionamento. Para sacar os rolamentos, deve ser utilizado um extrator com 3
garras, que se apoiem no anel externo; Antes da montagem dos novos rolamentos
(segundo especificado), os assentos no eixo devem ser limpos e levemente
lubrificados. O rolamento a ser montado deve ser pré-aquecido (80ºC), cuidando-se
para que o mesmo seja encaixado em posição perfeitamente centrada, em relação ao
eixo.

NOTA: Os rolamentos não devem ser submetidos a batidas ou choques, nem a


armazenagem deficiente, onde possa existir umidade e vibração, pois podem acarretar
marcas nas pistas de rolagem, provocando funcionamento ruidoso e desgaste rápido
dos mesmos.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Secagem dos enrolamentos
Esta operação deve ser feita com o máximo de cuidado e, somente por pessoal
qualificado. A taxa de incremento da temperatura não deve exceder à 5ºC por hora e a
temperatura final não deve exceder à 150ºC. Tanto uma temperatura final quanto uma
taxa de incremento da temperatura muito elevada, podem gerar vapor, danificando a
isolação. Durante o processo de secagem, a temperatura deve ser cuidadosamente
controlada. No início do processo, a resistência de isolação irá diminuir como
consequência ao aumento de temperatura, para crescer à medida que a isolação for
sendo desumidificada. O processo de secagem deve continuar até que sucessivas
medições de resistência de isolamento indiquem que esta atingiu um valor constante,
acima do valor mínimo. O enrolamento será seco, mais efetivamente, através do fluxo
do ar quente. Para garantir que o ar estará seco, deverão ser posicionados,
uniformemente, no lado da entrada de ar, os ventiladores. Se o teor de umidade for
muito alto, deverão ser colocadas resistências de aquecimento entre os ventiladores e
os enrolamentos, ou usar aquecedores de ar forçado. É extremamente importante
impor uma boa ventilação no interior do gerador, durante a operação de secagem,
para assegurar que a umidade seja efetivamente removida. O calor de desumidificarão
pode também ser obtido, energizando a resistência do gerador ou fazendo circular
corrente, pelos enrolamentos a serem desumidificados
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Ponte de diodos
É aconselhável periodicamente examinar se os terminais estão com bom contato e se
não há parafusos soltos, ou falta de amarração dos lides da excitatriz. Examinar
cuidadosamente as soldas dos diodos retificadores.

 Troca dos diodos


Quando ocorrer defeito em um dos diodos girantes, é necessário também verificar as
características de passagem e bloqueio dos demais diodos. Quando isto não é
possível, recomenda-se trocar todos os diodos girantes. O conjunto de diodos faz
parte do circuito de excitação de campo da máquina síncrona.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Lubrificação
A finalidade de manutenção, neste caso, é prolongar o máximo a vida útil do sistema
de mancais. A manutenção abrange a observação do estado geral em que se
encontram os mancais. O ruído nos geradores deverá ser observado em intervalos
regulares de um a quatro meses. Um ouvido bem treinado é perfeitamente capaz de
distinguir o aparecimento de ruídos anômalos, mesmo empregando meios muito
simples, por exemplo, uma chave de fenda. Para uma análise mais confiável dos
mancais, aconselha-se a utilização de equipamentos que permitam fazer análises
preditivas. O controle da temperatura num mancal também faz parte da manutenção
de rotina. A sobre elevação de temperatura não deverá ultrapassar os 60º C, medido
no anel externo do rolamento. A temperatura poderá ser controlada permanentemente
com termômetros, colocados do lado de fora do mancal, ou com termo elementos
embutidos. As temperaturas de alarme e desligamento para mancais de rolamento
podem ser ajustadas respectivamente, para 90ºC e 100ºC.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Lubrificação
O gerador com rolamentos de esferas é fornecido com lubrificação suficiente para o
funcionamento inicial de um período determinado, dependendo do regime de serviço a
renovação da lubrificação deve ser feita:

 A cada três anos para geradores de emergência;


 A cada dois anos para geradores que funcionam oito horas por dia;
 A cada um ano para geradores de regime contínuo de funcionamento.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Lubrificação
Para lubrificação adequada é necessário:

 Limpar bem com pano ou pincel as proximidades dos orifícios de lubrificação e


remover os bujões de entrada e saída de graxa;
 Desobstruir os orifícios de eventuais depósitos de graxa endurecida e montar pinos
de lubrificação tipo "Alemite" nos orifícios de entrada de graxa;
 Adicionar graxa de qualidade aprovada, por meio de pistola ou engraxadeira manual,
até que a graxa nova comece a sair pelo orifício de saída, indicando a expulsão total
da graxa usada.

NOTA: O excesso de graxa é mais prejudicial do que a falta de graxa, para os


rolamentos. Recomenda-se graxa das seguintes características, para a lubrificação:
penetração trabalhada - 300/320 (ASTM); ponto de escorrimento - acima de 138º;
óleo mineral - não menor de 79%; base de sabão - sódio ou lítio; alcalinidade livre -
0,3% ou menos; água - 0,2% ou menos, ácido livre - nenhuma.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Resistência de isolamento
Antes de ligar o gerador após um longo período parado, deve-se medir a resistência
de isolamento dos enrolamentos à carcaça e, entre os mesmos. Para a medida,
utiliza-se um Megômetro de 500 Volts.

O valor mínimo da resistência de isolamento à 40ºC pode ser calculado pela seguinte
fórmula:

1 + 𝑉𝑁
𝑅𝑖 = [𝑀Ω]
1000

Ri = Resistência de Isolamento
Vn = Tensão Nominal do Gerador
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Resistência de isolamento
Ainda pode ser encontrado na tabela abaixo:

a) Resistência de isolamento com Mega Ohms, de acordo com a temperatura, ver a


tabela seguinte.

b) Se este valor não for alcançado, durante a medida, significa que o gerador
absorveu em seu enrolamento umidade durante a armazenagem;

c) Quando a resistência de isolamento estiver baixa, indicando que os enrolamentos


estão úmidos, deve-se proceder a uma secagem, que pode ser feita em estufas,
a uma temperatura de 100ºC ou colocando-se em curto-circuito os terminais do
alternador, fazendo-o funcionar em corrente nominal. Para o último método, tenha
muito cuidado com o controle da temperatura do gerador.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Resistência de isolamento
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Resistência de isolamento
Em uma manutenção de geradores adequadamente aplicada, devem-se inspecionar
periodicamente níveis de isolamento, elevação da temperatura dos enrolamentos e
mancais, desgastes, lubrificação dos rolamentos e vida útil dos mancais. Na inspeção
do ventilador deve-se verificar o correto fluxo de ar e níveis de vibração. A não
observância de um dos itens anteriormente relacionados pode acarretar parada não
desejada do equipamento. A frequência com que devem ser feitas as inspeções
depende das condições locais de aplicação. Os geradores utilizados em conjunto de
suprimento de emergência, devem ser testados em carga por um período de no
mínimo 30 minutos por mês.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Limpeza do alternador
A carcaça deve ser mantida limpa sem acúmulo de óleo ou poeira na sua parte
externa, para facilitar a troca de calor com o meio ambiente. Também, em seu interior,
os geradores devem ser mantidos limpos, isentos de poeira, detritos e óleos. Para
limpá-los, deve-se utilizar escova ou pano de algodão, limpos. Se a poeira não for
abrasiva, deve-se empregar um jateamento de ar comprimido, soprando a sujeira da
tampa defletora e eliminando todo o acúmulo de pó contido nas pás do ventilador e da
carcaça. Os detritos impregnados de óleo ou umidade podem ser limpos com pano
umedecido em solvente adequado ou em álcool. Os bornes devem ser limpos, sem
oxidação e em perfeitas condições mecânicos e sem depósitos de pós nos espaços
vazios. Em ambiente agressivo, recomenda-se o uso de geradores com proteção
IP(W)55.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Revisão completa
Limpe os enrolamentos sujos com pincel ou escova. Use um pano umedecido em
álcool ou com solvente adequado para remover graxa, óleo e outras sujeiras que
aderiram sobre o enrolamento e seque com ar seco. Passe ar comprimido através dos
canais de ventilação, no pacote de chapas do estator, rotor e mancais. Drene a água
condensada, limpe o interior das caixas de ligação e os anéis coletores e meça a
resistência de isolamento.

 Fixação dos suportes nos eixos


Colocar as buchas plásticas nos suportes. Centralizar os suportes sobre o filme
isolante e alinhar os diodos com os cabos de saída da excitatriz principal (rotor).
Montar os parafusos de fixação dos suportes até a primeira porca e apertá-las.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Ligações
Cortar os cabos de saída da excitatriz principal num comprimento suficiente para
serem feitas as ligações com os diodos. Cortar os fios de entrada do campo da
máquina principal, num comprimento suficiente para serem feitas as ligações com os
parafusos de fixação dos suportes. Descascar as extremidades dos cabos em
aproximadamente 10 mm. Passar as extremidades dos cabos pelos furos nos
terminais dos respectivos diodos. Raspar as extremidades dos fios em
aproximadamente 7 mm. Soldar os cabos com os diodos e, os fios, com os
terminais. A soldagem dos diodos deve ser rápida, para evitar sobreaquecimento e
com garantia de uma boa ligação. Verificar a polaridade dos diodos com um
ohmímetro ou com um dispositivo verificador de continuidade. A condução de
corrente deve acontecer apenas no sentido ânodo-cátodo, ou seja, na condição de
polarização direta.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Pesquisa de defeitos e causas prováveis para o gerador (Alternador)
A seguir na tabela, algumas falhas ou defeitos possíveis, bem como o procedimento
correto para a sua verificação e correção para gerador que não excita.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Pesquisa de defeitos e causas prováveis para o gerador (Alternador)
A seguir na tabela, algumas falhas ou defeitos possíveis, bem como o procedimento
correto para a sua verificação e correção para gerador que não excita.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Pesquisa de defeitos e causas prováveis para o gerador (Alternador)
A seguir na tabela, algumas falhas ou defeitos possíveis, bem como o procedimento
correto para a sua verificação e correção quando o alternador não excita até a tensão
nominal .
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Pesquisa de defeitos e causas prováveis para o gerador (Alternador)
A seguir na tabela, algumas falhas ou defeitos possíveis, bem como o procedimento
correto para a sua verificação e correção quando em vazio, o alternador excita até a
tensão nominal, porém entra em colapso de carga.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Pesquisa de defeitos e causas prováveis para o gerador (Alternador)
A seguir na tabela, algumas falhas ou defeitos possíveis, bem como o procedimento
correto para a sua verificação e correção quando o alternador em vazio excita-se
através de sobretensão.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Pesquisa de defeitos e causas prováveis para o gerador (Alternador)
A seguir na tabela, algumas falhas ou defeitos possíveis, bem como o procedimento
correto para a sua verificação e correção quando ocorre oscilações nas tensões do
alternador.
SISTEMA ELÉTRICO
Manutenção preventiva do alternador
 Pesquisa de defeitos e causas prováveis para o gerador (Alternador)
A seguir na tabela, algumas falhas ou defeitos possíveis, bem como o procedimento
correto para a sua verificação e correção quando ocorre aquecimento anormal.
SISTEMA ELÉTRICO
Ajuste de velocidade
A rotação de trabalho do motor diesel depende da quantidade de combustível injetada
e da carga aplicada. Também é necessário limitar a rotação máxima de trabalho do
motor em função da velocidade média do pistão para que não haja esforços
mecânicos que superem os limites de resistência dos componentes internos do
motor, bem como da velocidade de abertura e fechamento das válvulas de admissão e
escapamento, que a partir de determinados valores de rotação do motor começam a
produzir efeitos indesejáveis.

O motor diesel deve operar em rotação constante, independente das solicitações de


carga. Para isso é empregado ao motor um regulador de velocidade também
conhecido como “GOVERNOR”, mesmo nos modelos mais antigos como
governadores mecânicos e hidráulicos sua função é corrigir a quantidade de
combustível injetada mantendo a velocidade do motor constante, ou seja, sem
permitir variações do RPM.
SISTEMA ELÉTRICO
Ajuste de velocidade
 Governadores mecânicos
Constituídos por um sistema de contrapesos, molas e articulações, atuam no
mecanismo de aceleração aumentando ou diminuindo o débito de combustível
sempre que a rotação se afasta do valor ajustado, em geral, 1800 RPM.

O tempo de atuação desses governores são


consideravelmente longo e permite oscilações
em relação ao valor ajustado. Além disso, sua
precisão de ajuste varia em torno de 3 %,
podendo chegar até 1,5%.
SISTEMA ELÉTRICO
Ajuste de velocidade
 Governores Hidráulicos
Também um governor antigo, porém possui uma melhor precisão em relação aos
governares mecânicos, podendo ser acionados pelo motor diesel independente da
bomba injetora e atua sobre a alavanca de aceleração da bomba, exercendo a função
que seria do pedal do acelerador do veículo.

As variações de rotação “sentidas” pelos contrapesos


são transformadas em vazão e pressão de óleo para
alimentar um pequeno cilindro ligado a uma haste de
aceleração da bomba. Por serem caros e necessitarem
de um arranjo especial para montagem no motor,
são poucos utilizados.
SISTEMA ELÉTRICO
Ajuste de velocidade
 Kit ajuste de velocidade
Atualmente devido o avanço da tecnologia, foi desenvolvido o regulador de velocidade
eletrônico com objetivo de minimizar os custos. Além de ser um equipamento de
baixo custo em relação aos reguladores mecânicos e hidráulicos, o mesmo oferece
melhor precisão e tempo de resposta ao ajuste de velocidade. No entanto, para que o
mesmo possa ter tamanho desempenho necessita de mais alguns componentes com
o objetivo de melhorar sua eficácia. Sendo assim, é formado o KIT velocidade onde o
regulador de velocidade eletrônico trabalha em conjunto com os equipamentos abaixo.
SISTEMA ELÉTRICO
Ajuste de velocidade
 Sensor de rotação (Pick-up magnética)
Este sensor consiste de um imã permanente com uma bobina captora enrolada sobre
ele, ou seja, é um sensor de tipo hall. Toda vez que um dente da engrenagem
(cremalheira) passa na frente do sensor de rotação uma mudança no campo
magnético produz um pequeno sinal elétrico que pode ser medido.
Sendo assim, quando o motor entra movimento de rotação os dentes da cremalheira
passa pelo imã gerado um campo magnético o qual é induzido na bobina captora. Em
seus terminais é possível medir pulsos de tensão alternada toda vez que os dentes da
cremalheira passa pelo sensor.
O valor de tensão dos pulsos depende da velocidade de rotação. No entanto,
consideramos a tensão ideal de trabalho entre 5 a 24Vca, valor a ser enviado ao
regulador de velocidade.
SISTEMA ELÉTRICO
Ajuste de velocidade
 Sensor de rotação (Pick-up magnética)
O sinal também é enviado para o regulador de velocidade em frequência de 0,4 a
10Khz, porém normalmente trabalha na faixa de 3,5Khz.
SISTEMA ELÉTRICO
Ajuste de velocidade
 Sensor de rotação (Pick-up magnética)
Instalação e ajuste do sensor de rotação.
SISTEMA ELÉTRICO
Ajuste de velocidade
 Atuador magnético de velocidade
Atuador magnético de velocidade é um equipamento responsável pela dosagem de
mais ou menos diesel, ou seja, aumenta ou diminui a velocidade do motor. Instalado
geralmente na bomba injetora através de um pequeno varão de acionamento e
constituído de uma bobina, recebe tensão de alimentação Vcc variável do regulador de
velocidade, permitindo o mesmo abrir ou fechar rapidamente ou lentamente a
passagem de óleo diesel ao sistema de alimentação
SISTEMA ELÉTRICO
Ajuste de velocidade
 Regulador de velocidade
O controlador de velocidade é destinado a controlar a aceleração de um motor diesel,
com resposta rápida às variações de carga. Este regulador conectado a um sensor de
rotação (Pick-up) e a um atuador magnético permite o controle preciso de velocidade
de uma grande variedade de motores.
O regulador de velocidade possui interligação com o pick-up o qual sensoriza a
rotação do GMG (Grupo Motor Gerador). Com está informação de rotação o regulador
envia um sinal de tensão geralmente de 0 a 12V ou 0 a 24 Vcc para o atuador liberar
mais ou menos diesel, mantendo a rotação do motor ajustada no regulador.
A instalação do regulador de velocidade é muito simples e requer apenas alguns
ajustes para funcionar corretamente. Possuem uma entrada auxiliar para um
potenciômetro externo de ajuste de velocidade, bornes de alimentação, bornes para
conexão do pick-up, bornes para conexão do atuador e alguns possuem entradas
analógicas de 0 a 10 Vcc para aplicações especiais como paralelismo e rampa
SISTEMA ELÉTRICO
Ajuste de velocidade
 Regulador de velocidade
Pode ser alimentado por 12, 24 ou 36 Vcc (tensão de bateria) e possui proteção
contra inversão de polaridade da tensão de alimentação.
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de velocidade
 Princípio de funcionamento
O funcionamento do regulador de velocidade baseia-se no princípio onde duas
frequências são comparadas e o regulador toma as ações necessárias para que elas
fiquem iguais. A frequência número 1 é gerada pelo próprio regulador e é tratada
como valor desejado. A frequência número 2 é tratada como valor do processo que é
fornecido por um sensor de rotação (pick-up magnética) que é instalado no motor
junto aos dentes da cremalheira. Esta frequência é diretamente proporcional à
velocidade da passagem dos dentes da cremalheira do motor sobre o pick-up, que
deve ser instalado tão próximo quanto possível dos dentes para que possa capturar o
sinal proveniente de sua passagem pelo sensor.
Estes dois sinais são injetados em um comparador de fase que os analisa e transfere
para a etapa de saída o valor de correção com base na diferença entre as duas
frequências para forçá-las a se igualarem. A etapa de saída é conectada a um atuador
magnético, que irá acelerar ou desacelerar o motor e mantê-lo na velocidade
parametrizada. Nas variações de carga o motor tende a alterar a sua velocidade e a
ação do conjunto regulador, atuador e pick-up impedem que isso aconteça, mantendo
a velocidade do motor constante independente da carga aplicada.
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de velocidade
 Ajustes do regulador de velocidade
O regulador de velocidade possui alguns ajustes via trimpot, são eles:
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de velocidade
 Ajustes do regulador de velocidade

 Combustível de partida (Starting Fuel): determina a aceleração inicial no momento


de partida. É responsável pelo movimento da alavanca durante a partida.

 Rampa de aceleração (Speed ramping): faz com que o motor logo após a partida
eleve a rotação gradativamente até alcançar a rotação de trabalho. Girando o
potenciômetro sentido horário o tempo para alcançar a rotação de trabalho
aumenta.

 Estabilidade e ganho (Stability and Gain): os dois potenciômetros trabalham em


conjunto onde o ajuste pode interferir diretamente um no outro.
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de velocidade
 Ajustes do regulador de velocidade
O ajuste de ESTABILIDADE evita que o motor fique tendo oscilações de velocidades,
ou seja, oscilações entre sobrevelocidade e subvelocidade, consequentemente
variando a frequência.

Já o ajuste de GANHO interfere diretamente no tempo de resposta para o ajuste de


velocidade, por exemplo, se o regulador de velocidade mediante o pick-up detectar
que a velocidade está fora dos limites pré ajustados, irá enviar tensão ao atuador
magnético, onde está tensão será dosada (variável) conforme ajuste de GANHO que
irá demorar mais ou menos tempo para abrir ou fechar a passagem de óleo diesel, ou
seja, o tempo de resposta de atuação será longo ou rápido.
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de velocidade
 Curvas de ajustes do regulador de velocidade
SISTEMA ELÉTRICO
Regulador de velocidade
 Ajustes do regulador de velocidade

Após a instalação de todos os cabos necessários, proceder da seguinte forma:

a) Posicione o trimpot de ganho (GAIN) todo para a esquerda e o trimpot de


estabilidade (STABILITY) em 50% e dê a partida no motor;

b) De posse de um medidor de rpm/frequência, ajuste a velocidade para o mais


próximo possível da velocidade desejada, usando o trimpot de ajuste de
velocidade (SPEED);

c) Aguarde o motor aquecer por cerca de 5 minutos e gire o trimpot de ganho para a
direita até que o motor comece a oscilar. Gire-o novamente levemente para a
esquerda até o motor se estabilizar.
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
O mercado brasileiro não era receptivo aos controles eletrônicos para grupos
geradores até ocorrer o avanço da tecnologia digital neste segmento. Havia um
entendimento geral de que os controles para grupos geradores deveriam ser simples
de operar e oferecer o máximo em termos de facilidades de manutenção.

As inovações eletrônicas introduzidas pelos fabricantes eram limitadas, já que a maior


parcela do volume das suas vendas era gerada por encomendas sob especificação,
as quais recusavam componentes desconhecidos. Os montadores, buscando
competitividade, ofereciam muitas alternativas aos clientes, usuários de muitos
equipamentos, como as empresas de telecomunicações e outros, não conseguiam
um nível de padronização aceitável para os seus equipamentos.
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
Na década de 70, começaram a surgir os primeiros controles eletrônicos montados
no Brasil e como havia a proteção de mercado para a indústria nacional, praticamente
nenhuma tecnologia importada era acrescentada aos produtos vendidos na época.
Além disso, as primeiras unidades lançadas no mercado apresentavam baixo
desempenho e falhas constantes, acabando por cair no descrédito do consumidor.

Existia ainda certa rejeição por parte das empresas de telecomunicações que, como
maiores usuários de grupos geradores, eram formadoras de opinião, tornando os
controles eletrônicos aceitáveis por outros clientes apenas em função de preço, uma
vez que eram mais baratos. A despeito disso, muitas unidades foram vendidas e ainda
estão em operação até hoje.
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
Com o passar dos anos e com o avanço da tecnologia foi desenvolvido as Unidades
de supervisão de Corrente Alternada (USCA) microprocessadas, ou seja, eletrônica
digital, atendendo o segmente de telecomunicações, com o objetivo de melhorar a
rapidez, controle, comando, medição e proteção do sistema de energia das empresas,
proporcionando maior confiabilidade, segurança e menor índice de defeitos. Além de
serem confiáveis em sistemas de emergência essas USCAs possuem melhor
desempenho quando aplicada em sistema de transferência com paralelismo
momentâneo ou permanente.
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
As empresas de telecomunicações, diante da diversidade de produtos existentes no
mercado, e com o objetivo de padronizar os grupos geradores utilizados por elas,
elaboraram normas técnicas específicas para serem observadas pelos seus
fornecedores, gerando algumas nomenclaturas hoje bastante difundidas entre os
usuários de grupos geradores, tais como:

USCA = Unidade de Supervisão de Corrente alternada;


QTM = Quadro de Transferência Manual;
QTA = Quadro de transferência Automática
QGD = Quadro Geral de Distribuição;
QDCA = Quadro de Distribuição de Corrente Alternada e outras siglas aplicáveis aos
dispositivos de corrente contínua.
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
Conceitualmente, há diferenças entre as práticas adotadas nos mercados americanos
e europeus. Nós, no Brasil, assimilamos os padrões europeus com maior facilidade,
provavelmente porque as nossas normas técnicas derivam, em muitos casos, das
normas europeias e porque somos familiarizados com o sistema métrico.

Assim, definimos os nossos sistemas em KVA, enquanto nos Estados Unidos, o


padrão é definir as potências em kW, independentemente de fator de potência. Para
nós, o entendimento é de que o QUADRO DE COMANDO do grupo gerador é um
componente à parte, da elétrica do restante do sistema.

Entendemos que o quadro de comando deve ser separado, onde todos os dispositivos
de supervisão e controle são instalados, à distância do motor Diesel (Padrão
Telecomunicações). Na maioria dos casos, não é aceitável o que se denomina de
QUADRO DE COMANDO INTEGRADO ou INCORPORADO, conceito já muito difundido
nos Estados Unidos e Europa.
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
Decorrente da prática ao longo do tempo, para a maioria dos usuários, QUADRO DE
COMANDO AUTOMÁTICO ou USCA, inclui a Chave de Transferência Automática de
Carga. Somente em casos excepcionais, em função das distâncias envolvidas na
instalação, visando à economia de cabos, admite-se a utilização de QTA (Quadro de
Transferência Automática) à distância, em separado da USCA.

A grande maioria das especificações técnicas elaboradas pelas empresas de


engenharia para aquisição de grupos geradores prevê a utilização de um único quadro
de comando auto-suportado, onde se encontram controles, instrumentos e chave de
transferência automática. Somente a partir do avanço dos controles digitais observa-
se a tendência de mudança destes conceitos.

Por entender que esta tecnologia é mais confiável, o consumidor tende aceitar mais
facilmente o “Quadro de Comando Integrado”, porém ainda, a dificuldade de aceitação
do fato de alguns dispositivos serem inerentes exclusivamente à Chave de
Transferência (em painel à distância), como os sensores de tensão e frequência, por
exemplo.
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
É de ressaltar, também, que durante muitos anos, os grupos geradores, na sua
maioria, eram fornecidos sob encomenda fazendo com que os montadores não
pudessem manter um padrão construtivo.

Os produtos considerados “de linha” não correspondiam exatamente às exigências


dos clientes. Ainda hoje, frequentemente, vemos especificações técnicas que só
podem ser atendidas com produtos fabricados especialmente, sob encomenda. São
os que os fabricantes/montadores chamam de “grupos geradores engenheirados”,
que alguns até declinam de fornecer, por incluírem dispositivos pouco usuais e
documentação técnica específica e complicada.
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
Outra característica do mercado brasileiro, em relação a controles, está diretamente
relacionada ao conhecimento técnico do produto por parte do comprador/usuário.

Há uma parcela significativa de usuários, onde se concentra o maior volume de


unidades vendidas (potências inferior a 500 KVA), que adquire pelo menor preço sem
diferenciar o produto. O comprador/usuário não distingue entre este ou aquele tipo de
controle, marca ou modelo de motor Diesel e alternador. Para atender estes clientes,
são fabricados os alternadores industriais, com excitação estática e sem
preocupações técnicas quanto à distorção harmônica, forma de onda e outras
características. Todos os componentes utilizados são os de menor custo possível.

No outro segmento estão os clientes que tem algum conhecimento técnico ou se


assessoram de consultores para fazer aquisição e instalação do seu grupo gerador,
identificando suas reais necessidades e adquirindo a solução para o seu problema de
energia e não somente um grupo gerador. Nestes casos, há uma especificação
técnica com requisitos mínimos a serem atendidos pelo fornecedor do equipamento.
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
 Função básica da USCA
A USCA tem como função controlar o fornecimento de energia elétrica para o sistema
da empresa. Destina-se a efetuar o comando, medição, sinalização e proteção do
grupo gerador em automático ou manual. A energia elétrica controlada pela USCA é
fornecida por duas fontes distintas:

1. Fonte principal fornecida pela concessionária local, denominada energia de REDE.


2. Fonte chamada de emergência fornecida por um grupo moto gerador diesel.

Estando a energia da rede em condições normais e tendo prioridade, alimentará a


carga. Ocorrendo alguma anormalidade na referida fonte, após um tempo pré-
determinado ajustado na USCA, será comandada a partida do grupo gerador, que
passará a alimentar a carga. Retornando a energia da rede às condições normais e
após o tempo determinado para confirmação da normalidade, a carga será transferida
automaticamente para a rede e, o gerador funcionará em vazio (sem carga) por um
tempo pré-ajustado para resfriamento, e após a contagem do tempo será comando
sua parada. Poderá ser efetuada também, a transferência de rede para o gerador sem
interrupção, fazendo um paralelismo momentâneo.
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
 Indicações de alarmes e condições dos equipamento - Via tela frontal
Falha na Partida; Falha na Parada;
Tensão anormal da rede; Tensão anormal do gerador;
Frequência anormal do gerador; Frequência anormal da rede;
Baixa pressão do óleo; Temperatura anormal do gerador;
Carregador de bateria com defeito; Sobrevelocidade; Subtensão de rede;
Subtensão de gerador; Sobretensão de rede;
Sobretensão de gerador; Sobrecorrente;
GMG em operação; GMG parando;
Gerador com defeito; Sistema em manual;
Sistema em automático; Horas de trabalho (horímetro);
Disjuntor de rede com defeito; Disjuntor de gerador com defeito;
Indicação de manutenção preventiva; Tempo de arrefecimento;
Tempo de conexão de carga; Tensão de bateria;
Tensão de rede; Tensão de gerador;
Tempo de confirmação de retorno da rede; Potências, etc.
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
 Acionamentos que a USCA executa em manual ou automático

Liga GMG;
Desliga GMG;
Liga carga (disjuntor) do GMG;
Desliga carga (disjuntor) do GMG;
Liga carga (disjuntor) da Rede;
Desliga carga (disjuntor) da Rede;
Reposição da USCA;
Silencia Alarme (Buzina);
Teste de LEDs;
Broqueio do comando elétrico.
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
 Proteção do gerador

Proteção de subtensão (27);


Proteção de sobretensão (59);
Proteção de sub e sobrefrequência (81);
Proteção de potência reversa (32P);
Proteção de perda de excitação;
Proteção de sobrecorrente;
Proteção de perda da concessionária;
Proteção de escorregamento de velocidade e frequência; e
Proteção de surto de potência no gerador.
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
 Proteção do Motor

Proteção de baixa e alta temperatura da água de refrigeração;


Proteção de baixa e alta pressão do óleo;
Proteção de sobrevelocidade; e
Proteção de falha na partida.
SISTEMA ELÉTRICO
USCA – Unidade de supervisão de corrente alternada
 Classificações dos alarmes
 Classe 1 (Apenas uma mensagem de aviso irá aparecer no display). São elas:
a) Bateria anormal;
b) Nível de combustível;
c) Defeito na unidade retificadora de bateria (Carregador de bateria).

 Classe 2 (São falhas que provocam a abertura do disjuntor do gerador, mas não faz
parar o motor imediatamente, iniciando antes o processo de resfriamento do
motor). Nos modos Manual e Teste, ou se o grupo não tiver alimentado a carga, a
parada ocorrerá imediatamente após detectada a falha.
a) Sobrecarga;
b) Alta temperatura;
c) Subfrequência;
d) Falha na partida;
e) Baixo nível de água;
f) Subtensão.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência de cargas
Toda instalação onde se utiliza o grupo gerador como fonte alternativa de energia
necessita, obrigatoriamente, de uma chave reversora ou comutadora de fonte.
Somente nos casos onde o grupo gerador é utilizado como fonte única de energia,
pode-se prescindir da utilização deste dispositivo. Ele tem a finalidade de comutar as
fontes de alimentação dos circuitos consumidores, separando-as sem a possibilidade
de ligação simultânea, ou seja, possuem intertravamento mecânico para geradores de
Emergência ou possibilita que as mesmas possam ficar em paralelo nos sistemas
Power Primer. Para isso, as chaves comutadoras de fonte são construídas de diversas
formas e dotadas de recursos que vão desde o tipo faca manuais, até as mais
sofisticadas construções com controles eletrônicos digitais, comandos e sinalizações
locais e remotas, passando pelos tipos de estado sólido, de ação ultra-rápida.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência de cargas
A concepção mais simples de chave reversora seria o contato reversível, conhecido
como SPDT (Single Pole Double Trhrow) utilizado nos relés. Nos grupos geradores, a
chave reversora, geralmente, é de três ou quatro pólos. A opção manual, tipo faca,
aberta, fabricada para operação sem carga, ainda encontra aplicações em Quadro de
Transferência Manual (QTM). No entanto, a maioria dos modelos para montagem em
painel são as de acionamento elétrico, automáticas, constituídas por pares de
contatores ou disjuntores motorizados com comandos locais ou à distância para
abertura e fechamento, dando-se o nome de Quadro de transferência Automático
(QTA).
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência de cargas
A não utilização da chave reversora pode causar sérios riscos às instalações e às
pessoas, da seguinte forma:
a) Queima de equipamentos, no momento do retorno da energia fornecida pela
concessionária, caso o grupo gerador esteja funcionando sem chave reversora e
o disjuntor geral encontrar-se INDEVIDAMENTE ligado;
b) Riscos para as pessoas e possibilidades de incêndios provocados por descargas
elétricas sobre materiais combustíveis, como consequência do evento citado no
item anterior;
c) Energização indevida da rede elétrica da concessionária, podendo vitimar
eletricistas que estejam trabalhando na rede ou no quadro de medição;
d) O acionamento da chave reversora (se manual) somente deve acontecer com os
equipamentos desligados (sem carga).
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência de cargas
Todas as concessionárias de energia exigem que as chaves reversoras sejam dotadas
de intertravamento mecânico para transferência aberta. Adicionalmente, nas chaves
com acionamento elétrico, são utilizados contatos auxiliares para fazer o
intertravamento elétrico.

Para os sistemas com reversão de carga em transferência fechada (Power Primer -


em paralelo com a rede) há exigências específicas que devem ser atendidas,
conforme estabelecido nos contratos de fornecimento e de uso e conexão, firmados
entre as concessionárias e as unidades consumidoras.

As concessionárias de energia determinam que os circuitos de emergência supridos


por grupos geradores devem ser instalados independentemente dos demais circuitos,
em eletrodutos exclusivos. Não é permitida qualquer interligação destes circuitos com
a rede alimentada pela concessionária. Os grupos geradores devem ser localizados
em áreas arejadas, protegidos de intempéries e isolados do contato com pessoas
leigas, principalmente crianças. Recomendam, ainda, a observância às normas
técnicas, em especial a NBR-5410 da ABNT.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência de cargas
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência de cargas
Na maioria das aplicações, o grupo gerador é utilizado como fonte de emergência
para atender apenas cargas essenciais, casos em que há um circuito de emergência
em separado dos consumidores não essenciais
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência de cargas
Também podemos dividir o circuito de emergência, de forma que, havendo
disponibilidade de energia da fonte de emergência, estabelecemos prioridades para os
circuitos alimentados.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência de cargas
Usualmente para pequenas cargas, adota-se como base do sistema de transferência
aberta a solução de QTA com contatores montados lado a lado.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência de cargas
A trava mecânica impede que os dois contatores possam ser fechados
simultaneamente caracterizando uma transferência aberta. Além disso, as bobinas
dos contatores K1 e K2 são intertravadas eletricamente por meio de contatos ou relés
auxiliares, de forma que impossibilite a alimentação de um contator se o outro estiver
energizado. Adicionalmente, podemos acrescentar lâmpadas de sinalização para
indicar o estado da chave de transferência
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência de cargas
Nos sistemas automáticos, a função liga e desliga rede e geradores são executados
por contatos de relés comandados pela USCA. Na entrada do grupo gerador é
indispensável um meio de desconexão e proteções contra curto-circuito. As normas
exigem a USCA possua proteção contra qualquer tipo de anomalia de tensão,
frequência e corrente.
Para tornar o sistema automático, a USCA deve conter dispositivo sensor de rede,
capaz de perceber as falhas de tensão ou frequência e fechar um contato para
comando da partida do grupo gerador.
Estes sensores devem ter seus parâmetros ajustáveis, via tela da USCA, incluindo um
tempo de confirmação da falha, para evitar partidas do grupo gerador em decorrência
de picos instantâneos de tensão. Deve monitorar o retorno da rede à normalidade e
acionar um contato para transferência da carga, devendo o sistema de controle
permitir o funcionamento do grupo gerador em vazio para resfriamento, antes de
acionar o dispositivo de parada. Quando não incluídos no sistema de controle,
sensores de tensão e frequência para o grupo gerador também devem ser previstos. O
monitoramento ideal é sobre as três fases, sendo frequente o uso de sensores
monofásicos no lado do grupo gerador, principalmente.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência de cargas
Em geral, ajustam-se os sensores para variações de 7% de tensão e 5% de
frequência, para mais ou para menos, e um tempo de confirmação de dois a cinco
segundos.
SISTEMA ELÉTRICO
QTA – Quadro de transferência automática com disjuntores
eletromecânicos e motorizados
Em muitas aplicações, geralmente em sistemas de grande potência, são utilizados
disjuntores com comandos motorizados em substituição aos contatores. Alguns
fornecedores disponibilizam conjuntos montados, com opção de adição de
componentes definidos pelo cliente.
SISTEMA ELÉTRICO
QTA – Quadro de transferência automática com disjuntores
eletromecânicos e motorizados
Os disjuntores motorizados são constituídos por diversos componentes internos,
tendo melhor desempenho no acionamento de abertura e fechamento e garantindo a
proteção do sistema
SISTEMA ELÉTRICO
QTM – Quadro de Transferência Manual
Considerando a possibilidade de manutenção ou reparos no sistema de transferência
automático (QTA), é conveniente a instalação também de chaves de by-pass.

Estas chaves permitem que as cargas sejam alimentadas diretamente pela rede ou
pelo grupo gerador, sem utilização do QTA, permitindo que este possa ser desativado
temporariamente ou removido para reparos.

A utilização deste componente requer detalhamento do projeto junto ao usuário para


definir a sequência de operação desejada, a fim de eliminar os riscos de paralelismo
acidental das fontes, quando em transferência aberta.

É possível estabelecer o by-pass só para a rede, para o grupo gerador ou para ambos
alternativamente, dependendo da configuração desejada.
SISTEMA ELÉTRICO
QTM – Quadro de Transferência Manual
O QTM pode ser montado com quatro chaves reversoras tipo faca aberta, nomeadas
como chaves (A, B, C e D), ou através de disjuntores eletromecânicos sem motor, na
mesma configuração de instalação. A figura a seguir, mostra um QTM com chaves
reversoras tipo faca.
SISTEMA ELÉTRICO
QTM – Quadro de Transferência Manual
Diagrama trifilar do QTM com QTA:
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência Aberta
Como já visto, a transferência aberta é aquela que os disjuntores ou contatores do
QTA possuem intertravamento elétrico e mecânico, impossibilitando que sejam
conectados ao mesmo tempo no barramento de carga, evitando uma diferencia de
potencial e possível curto-circuito.

Nessa transferência sempre haverá rompimento por alguns segundos ou minutos de


qualquer fonte de energia, afetando o funcionamento das cargas alimentadas.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência Aberta
 Princípio de funcionamento
 Transferência aberta em manual
Mediante a USCA, a rede poderá ser conectada ou desconectada do barramento de
carga, sendo a conexão imediata, isto é, sem o tempo de retardo para comutação dos
dispositivos de conexão ao barramento de carga desde que a tensão e a frequência
estejam dentro das faixas adequadas de operação.

Através das teclas do painel frontal do módulo da USCA pode-se partir ou parar o
GMG de forma imediata, isto é, sem o tempo de arrefecimento do GMG. O GMG
poderá ser conectado ou desconectado do barramento de carga, sendo sua conexão
imediata, isto é, sem o tempo de retardo para comutação dos dispositivos de conexão
(QTA) ao barramento de carga, porém isto somente será possível se a tensão e a
frequência estiverem dentro das faixas adequadas de operação.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência Aberta
 Princípio de funcionamento
 Transferência aberta em automático
Toda vez que houver energização CC (Tensão da Bateria: 12, 24 ou 36V) do
equipamento e estando a energia da concessionária (Rede) dentro das características
especificadas, será comandada mediante o QTA a sua imediata conexão ao
barramento de carga. Quando for detectado pela USCA que a tensão ou frequência da
REDE estão fora dos valores especificados, o disjuntor de rede (QTA) se desconecta
do barramento de carga, obedecendo a temporização de rede anormal programada.

Após esta temporização será iniciada a temporização de retardo de partida do gerador,


e em seguida será comandada a partida do mesmo. Caso a energia REDE retorne às
condições especificadas durante a temporização de confirmação de rede anormal,
está temporização será cancelada e haverá o comando para religamento do disjuntor
de rede, observado a temporização de retardo para comutação.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência Aberta
 Princípio de funcionamento
 Transferência aberta em automático
Quando ocorrer tensão ou frequência de rede anormal e o disjuntor de rede apresentar
defeito (dispositivo não abre), não haverá o comando para acionamento do disjuntor
do GMG. Nos casos de ocorrência de sobrecarga no barramento de carga quando o
GMG estiver alimentando a carga, ocorrerá uma falha do tipo classe 2 provocando à
abertura imediata do disjuntor do GMG, porém o motor não irá parar imediatamente
até que o processo de pré-resfriamento seja concluído, a sinalização local e remota
permanecerá até a normalização do defeito.

A partida sem sucesso do GMG ocorrerá em número ajustável de até duas vezes
obedecendo à temporização de acionamento do motor de arranque, havendo um
tempo de descanso do motor de arranque entre cada tentativa. Caso o GMG não parta
após a última tentativa, haverá uma falha do tipo classe 2 ocorrendo sinalização local
de Falha na Partida, está sinalização será mantida até a reposição do defeito. Caso
haja partida do GMG bem sucedida, haverá sinalização local ou remota de “GMG em
Operação” vinculada a este evento.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência Aberta
 Princípio de funcionamento
 Transferência aberta em automático
A conexão do gerador ao barramento de carga será efetuada após o tempo de
estabilização pré-programado no módulo da USCA. A detecção de sobrevelocidade do
GMG será realizada contínua e ininterruptamente. Portanto, se ocorrer o evento haverá
uma falha do tipo classe 3, com sinalização local de sobrevelocidade e o grupo é
comandado para parar imediatamente.

Se a rede estiver com os parâmetros estabilizados, a USCA confirmará a volta à


normalidade pelo final da temporização de confirmação de rede normal. A
temporização será reiniciada toda vez que os sensores de tensão ou frequência de
rede acusar o seu retorno às condições especificadas. Ao fim desta temporização
será comandada a desconexão do disjuntor do GMG e a conexão do disjuntor de
REDE ao barramento de carga.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência Aberta
 Princípio de funcionamento
 Transferência aberta em automático
Após a desconexão do GMG, a USCA colocará o gerador em funcionamento em vazio,
durante o tempo de arrefecimento pré-programado, se durante este tempo de
arrefecimento do grupo gerador ocorrer nova falha da rede, será executado o
comando para desconexão imediata da rede do barramento de carga, e será efetuada
a conexão do GMG novamente ao barramento de carga após a temporização de
retardo para comutação dos dispositivos de conexão, cancelando o procedimento de
arrefecimento em curso.
Se durante o tempo de arrefecimento do gerador ocorrer algum defeito de GMG
(sobrefrequência, baixa pressão, sobretensão ou parada de emergência) será
comandada sua parada imediatamente. Decorrido o tempo de arrefecimento do
gerador, haverá o comando de parada, ficando impossibilitado um comando de
partida durante este tempo de parada Caso ocorra uma “Falha na Parada” este será
sinalizado local e remotamente, impedindo um novo comando de partida do GMG até
a reposição do defeito.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência Aberta
 Princípio de funcionamento
 Transferência aberta em automático
Ocorrendo a inoperância de qualquer outra unidade de controle (por exemplo, PLC),
haverá a sinalização local de “Defeito” tanto na USCA como na própria unidade de
controle e sinalização remota de “USCA Anormal”. Na ocorrência desses eventos
haverá desconexão da fonte CA em operação do barramento de carga, além do
imediato comando de parada do GMG, quando aplicável.

Se a USCA perder a condição de automatismo, passará a ser controlada de forma


totalmente manual através de dispositivos especiais. No caso de ocorrência de falha
na abertura do disjuntor do GMG (dispositivo não abre), haverá a sinalização local e
ou remota do defeito, permanecendo o GMG conectado ao barramento de carga até a
reposição do defeito. Ocorrendo algum defeito de GMG, será comandada a sua parada
imediata, além da respectiva sinalização local.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência Aberta
 Transferência aberta, exemplo de falha de energia da concessionária
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência Aberta
 Retorno de energia da concessionária
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência fechada
É aquela onde os disjuntores do QTA não possuem intertravamento elétrico nem
mecânico, conectando as duas fontes de energia ao barramento de carga. Existem
dois tipos de transferência fechada, são elas:

1. Transferência progressiva de carga (Rampa): Esta transferência é feito sem a


interrupção da alimentação da carga. O gerador sincroniza com a rede e assume
as cargas gradativamente, assim que o gerador assume toda a carga é
comandada a abertura do disjuntor da rede.

2. Hard Closed Transition: A transferência também é feita sem a interrupção de


carga. No entanto o gerador sincroniza com a rede e assume a carga
bruscamente em um único degrau (impacto de carga).
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência fechada
 Transferência com Rampa de carga

É feita na condição de transição fechada, em paralelo com a rede, durante um tempo


programado. O sistema de transferência necessita monitorar, por meio de
transformadores de corrente, regulador de tensão e regulador de velocidade, a energia
circulante e atuar sobre o sistema de combustível do motor. Sua utilização requer
proteções definidas pela concessionária local.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência fechada
 Transferência com Rampa de carga
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência fechada
 Transferência com Rampa de carga
A transferência com rampa de carga é feita sincronizando o grupo gerador com a rede
e, em seguida, comandando o fechamento das chaves de paralelismo (Disjuntores do
QTA – função 52).

O paralelismo, feito por um


sincronizador automático
(Relé função 25), controla
tensão e frequência do grupo
gerador e verifica a sequência
de fases. No caso de falha
da rede e entrada do grupo
gerador na condição de
emergência, teríamos a
sequência ao lado.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência fechada
 Partida do grupo gerador com a rede presente (horário de ponta).
O sistema deve supervisionar o fluxo de corrente, tensão, frequência e manter a
dosagem do combustível para que, inicialmente no momento do fechamento do
disjuntor do gerador (52G) o grupo gerador não assuma carga. Uma vez fechado o
52G, tem início o processo de transferência de carga numa taxa programada com
incremento em kW por segundo e o limite não pode exceder a potência do grupo
gerador. Podemos caracterizar esse tipo de transferência como paralelismo
momentâneo, ou seja, paralelismo por alguns segundos.

Em geral, o mesmo sistema pode ser utilizado para suprimento de energia em regime
de paralelismo permanente. Isto é, o grupo gerador permanece em paralelo com a
rede suprindo a energia que exceder à demanda prefixada para a rede. As
configurações de operação são oferecidas em diversas modalidades e praticamente
todos os fornecedores atualmente dispõem de sistemas digitais que podem ser
configurados para atender às necessidades do cliente.
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência fechada
 Partida do grupo gerador com a rede presente (horário de ponta).
SISTEMA ELÉTRICO
Transferência fechada
O grupo gerador poderá também ser utilizado em paralelo com a rede para geração de
potência reativa (KVAr). Neste caso, o sistema de controle deverá ser programado
para operar sob fator de potência constante e fazer variar a excitação do alternador,
gerando mais ou menos potência reativa. Para a geração de potência ativa o sistema
atua sobre o regulador de velocidade, fornecendo mais ou menos combustível,
mantendo a rotação constante e variando a quantidade de kW fornecidos às cargas.
Os tipos de transferência fechada geralmente são realizadas em média tensão:
SISTEMA ELÉTRICO
Regimes de potência do Grupo Moto Gerador
 Stand by Power
Grupos geradores classificados neste regime são disponíveis para suprimento de
energia por todo tempo de duração da falta da rede comercial. Não admite
sobrecarga. Este regime deve ser utilizado em locais supridos por rede comercial
confiável. Grupos geradores classificados neste regime são dimensionados para
operar com cargas variáveis por um período de até 300 horas/ano, respeitando-se os
intervalos de manutenção determinados pelos fabricantes.
SISTEMA ELÉTRICO
Regimes de potência do Grupo Moto Gerador
 Prime Power
Grupos geradores classificados neste regime são disponíveis para acionamento das
cargas variável encontra-se disponível por 1h em um período de 12h, sobrecarga de
10%. São indicados para uso em situações onde as faltas de energia da rede
comercial são programadas, tais como horários de ponta.
SISTEMA ELÉTRICO
Regimes de potência do Grupo Moto Gerador
 Base Power - Contínuo

São geradores próprios para trabalhos por tempo ilimitado, sem interrupção,
atendendo cargas constantes em locais em que não há fornecimento de energia
elétrica.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Paralelismo de geradores
É quando dois ou mais geradores se faz necessário para atender cargas elétricas
elevadas e buscando soluções que juntam viabilidades técnicas e econômicas, ou
seja, fazer dois ou mais pequenos geradores trabalharem juntos como se fosse um
único gerador grande.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Vantagens da operação em paralelo
A origem da ideia de se utilizar geradores em paralelo foi a de conferir confiabilidade
ao sistema, dividindo a potência alimentadora de um circuito entre várias fontes. Mas
esta não é a única vantagem de utilizar mais de um gerador em paralelo. Esta forma
de ligação é vantajosa sobre diversos pontos de vista, desde o econômico até o
militar. Além disso, podem-se utilizar geradores em paralelo, em diversas aplicações,
desde a alimentação de circuitos eletrônicos de grande importância, passando por
cargas como hospitais e shoppings, e chegando até a alimentação de cidades inteiras,
que utilizam a energia de diversas centrais de geração. De fato, a principal vantagem
da operação em paralelo de geradores é como foi citado acima, a confiabilidade que
isto confere ao sistema alimentador. Se uma unidade de consumo de energia, seja ela
uma cidade ou uma residência, for alimentada por um único gerador, basta que haja
um defeito no mesmo, e esta unidade perderá o fornecimento de energia. Se a
geração for dividida entre dois ou mais geradores de menor capacidade de
fornecimento, mesmo que ocorram falta em um gerador, os consumidores
continuaram sendo alimentados pela potência dos outros, evitando queda de energia.
Por este motivo, vários hospitais, que possuem cargas importantes e que não podem
ser interrompidas, utilizam sistema de geração própria.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Vantagens da operação em paralelo
Outra vantagem da operação em paralelo é a maximização do rendimento das
máquinas. Quando há uma única fonte de energia, o valor de sua capacidade nominal
é fixo. Desta forma, quando a demanda da carga for baixa, a capacidade da fonte
continuará sendo a nominal, caracterizando-se uma queda no rendimento da máquina.
Se, por outro lado, forem utilizados diversos geradores operando em paralelo, alguns
deles podem ser desligados do sistema durante determinados períodos em que a
demanda da carga for reduzida. Assim, a capacidade nominal do grupo de geradores
cai, mas é suficiente para alimentar a carga a qualquer momento, e o rendimento do
mesmo é mantido em um nível satisfatório, melhorando, entre outras coisas, o seu
fator de potência. A operação em paralelo também possibilita maior frequência em
atividades de manutenção e verificação das máquinas, utilizando os equipamentos
excedentes enquanto uma das máquinas estiver desligada. No caso de empresas e
indústrias de grande porte, isso contribui para a redução das perdas financeiras
ocorridas quando se desligam as máquinas para manutenção, pois não há a
necessidade de interromper-se completamente a produção.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Vantagens da operação em paralelo
No caso de uma unidade consumidora onde é esperado um aumento na demanda de
energia ao longo do tempo, adicionar geradores em paralelo com o instalado
inicialmente é uma solução interessante, pois reduz o custo inicial da instalação. Se
esta técnica não for utilizada, será necessário instalar um gerador com potência
nominal superior à que é demanda inicialmente pelo sistema, este gerador operando
praticamente a vazio, dependendo do período do dia e do ano. Isto gera perdas de
potência e possivelmente (dependendo do tipo de carga) diminuição da vida útil da
máquina. Há ainda um fator físico que corrobora com as vantagens da operação em
paralelo. Nos dias atuais, a demanda por energia elétrica assume valores
astronômicos, principalmente em regiões urbanas. Na maioria dos casos, tanto a
física como a economia não permite a instalação de um único gerador que seja capaz
de suprir toda a demanda de tais áreas. No entanto, empregando-se vários geradores
em paralelo, as potências nominais dos mesmos se somam, constituindo um total
capaz de alimentar uma carga de grande porte como a citada acima.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Vantagens da operação em paralelo
Por todos estes motivos, a utilização de geradores em paralelo é aconselhável em
algumas situações. No entanto, para que ela seja, de fato, lucrativa, ela deve ser
planejada para caracterizar o melhor funcionamento possível. Como regra geral,
utiliza-se uma unidade geradora de maior potência, que seja suficiente para alimentar
por si só a demanda mínima da área ao longo de um período determinado, e aplicam-
se outros geradores, de menor capacidade, para suprir os períodos de demanda mais
alta. Quando a demanda da área aumenta, passando a exceder a potência nominal do
gerador principal, pode-se instalar outro gerador de maior importância, que
permanecerá ligado a todo o momento, juntamente com o gerador principal, de modo
a suprirem em conjunto a demanda mínima da carga alimentada.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Há ainda algumas desvantagens no uso de geradores em paralelo
Por serem utilizados vários geradores, ou seja, mais carcaças, mais enrolamentos e
mais núcleos, o espaço ocupado pelo maquinário em paralelo é maior do que se
fosse utilizado apenas um gerador. Outro problema acarretado pela operação em
paralelo é o aumento na corrente de curto-circuito, que implicam em maior gasto com
proteção dos equipamentos. Por fim, devem ser atendidas ainda, as condições de
paralelismo.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Condições para operação em paralelo
Apesar de vantajosa, a ligação em paralelo não pode ser executada arbitrariamente.
Algumas condições, chamadas condições de paralelismo, referentes à operação e às
especificações dos geradores, devem ser observadas, sob pena de problemas na
tensão gerada, e danos aos geradores, condutores, barramentos e equipamentos
alimentados, onde a tensão e frequência serão idênticas em qualquer ponto do
barramento de carga.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Condições para operação em paralelo
Por motivos óbvios, a primeira condição a ser respeitada, é que a tensão de geração
de todos os geradores ligados em paralelo deve ser a mesma. Se esta condição não
for respeitada, será gerada uma corrente de circulação entre os geradores, que
danifica os mesmos, queimando enrolamentos, causando superaquecimento, e
reduzindo a vida útil dos equipamentos como um todo.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Condições para operação em paralelo
Para o caso de geradores trifásicos, a sequência de fases na ligação dos geradores
com o barramento alimentado deve ser a mesma para cada um deles.

Caso esta condição não seja


respeitada, cada fase do
barramento terá uma tensão
nominal diferente das outras,
o que causará curto-circuito,
podendo inclusive queimar os
geradores em paralelo.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Condições para operação em paralelo
Outro critério que deve ser respeitado é o da frequência. Se as frequências de geração
dos geradores (que são determinadas por características construtivas), não forem
iguais, a onda gerada no barramento não terá características senoidais, e ainda terá
picos de tensão duas vezes maiores do que os das ondas nos geradores.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Condições para operação em paralelo
Há ainda uma condição de paralelismo referente aos ângulos de defasagem dos
geradores operando em paralelo. Se um deles tiver ângulo diferente dos outros,
surgirá uma diferença de potencial atuando sobre dois pontos de uma mesma fase.
Isso dará origem a uma corrente circulante entre os vários geradores, que reduzirá a
vida útil dos mesmos e poderá destruir os condutores de ligação e danificar os
barramentos.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Sincronização dos geradores ao “Barramento Infinito”
O conceito de barramento infinito é o de um barramento, ou uma fonte hipotética, no
qual a tensão e a frequência não são sensíveis às variações de carga. Um gerador não
pode simplesmente ser conectado a um sistema, no qual já existem outros geradores
síncronos conectados e trabalhando de forma a fornecer potência elétrica às cargas
conectadas a esse sistema.

Para conectar um gerador a um sistema de barramento infinito, é necessário seguir e


atender aos requisitos da sincronização, que, de acordo com Jordão (1980, p. 102),
são: impor ao novo gerador as mesmas tensões eficazes e a mesma sequência de
fases do sistema externo, e impor ao novo gerador as mesmas tensões instantâneas
em cada par de terminais a serem interligados. Podem-se citar os métodos dos
sincronoscópio (relé de proteção função 25) para a sincronização de geradores.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Sincronização dos geradores ao “Barramento Infinito”
Uma solução é usar um instrumento denominado sincronoscópio, que sendo
analógico é constituído de um ponteiro girante e uma posição fixa para indicar o
momento preciso da sincronização; o ponteiro girante indica se o gerador a ser
sincronizado está mais lento ou mais rápido que os demais geradores; quando a
posição desse ponteiro girante coincide com a posição fixa própria do
sincronoscópio, a chave (QTA) que faz o paralelismo é fechada.

Hoje as USCAs utilizadas para paralelismo já são composta com a função de


sincronismo, quando não, o circuito deve conter os relés de proteção função 25
(sincronoscópio) digitas em substituição aos analógicos comentados anteriormente.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Proteção
Para operar em regime de paralelismo momentâneo ou permanente o gerador possui
proteções realizadas pela USCA, porém no Brasil a concessionária de energia não
confiante nas proteções das USCAs exige proteções a serem atribuídas e realizadas
no circuito de entrega de energia por parte da concessionária, ou seja, proteção do
lado da rede. Sendo assim, com objetivo de proteger a rede da concessionária é
empregado nos circuito os relés de proteção, cujo sua função de proteção é
relacionando na tabela abaixo.
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Compartilhamento de Carga
SISTEMA ELÉTRICO
Princípio de Paralelismo
 Interface do Sistema de Paralelismo
SISTEMA ELÉTRICO
Operação do grupo moto gerador
 Introdução
Os módulos de automação foram projetados para permitir que a montadoras atendam
a demanda por maior capacidade, na indústria. Ele foi projetado primariamente para
permitir que o usuário dê partida e parada no gerador e se necessário, transfira a
carga para o gerador de forma manual ou automática. O usuário também tem a
facilidade de visualizar os parâmetros operacionais do sistema através do visor de
LCD.

Utilizando a sincronização integrada, a combinação de voltagens e as funções de


paralelismo, o controlador é capaz de colocar em paralelo o fornecimento da rede,
para ciclagem de pico ou retorno não interrompido. Como alternativa, os módulos
podem ser usados para colocar em paralelo com outros controladores de
compartilhamento de carga, para constituir um sistema de paralelismo e
compartilhamento de carga de vários grupos geradores, seja como autônomo
(energia primária) ou em paralelo com o fornecimento da rede.
SISTEMA ELÉTRICO
Operação do grupo moto gerador
Os Módulos também monitoram o motor, indicando o status operacional ou condições
de falha, parando automaticamente o motor e proporcionando uma real condição de
falha no motor através de um LED DE ALARME COMUM piscante. As informações
exatas sobre o modo de falha são indicadas pelo visor de LCD, no painel frontal. O
poderoso Microprocessador contido dentro do módulo permite que uma gama de
recursos complexos seja incorporada como padrão.

Visor de LCD completo, multilíngue (incluindo fontes de caracteres não ocidentais);


Efetivo monitoramento de tensão RMS; Medição de energia; Capacidade de comunicação
(RS485 ou RS232, incluindo funções de GSM/SMS); Capacidade de sincronização de
verificação; Capacidade de sincronização automática; Capacidade de compartilhamento de
carga / controle; Entradas totalmente configuráveis para uso como alarmes ou uma gama de
diferentes funções; Extensa gama de funções de saída, utilizando saídas de relé embutidas ou a
expansão de relés disponível; Instrumentação e diagnóstico SAE J1939 quando conectado a
um controlador do motor J1939; Sequências operacionais seletivas, timers e trips de alarme
podem ser alterados pelo cliente através de um PC que utilize o software For Windows ™, ou
através do editor de configuração integral do painel frontal;
SISTEMA ELÉTRICO
Operação do grupo moto gerador
 Controle
O controle dos módulos é feito via botoeiras montadas na frente do módulo com
funções de PARAR/REINICIAR, MANUAL, AUTO TESTE DE ALARME MUDO/LÂMPADA
e PARTIDA. Para operação normal, estes são os únicos controles que precisam ser
operados. As botoeiras menores são usadas para ter acesso a informações
adicionais, como instrumentos do motor e comutação de carga. Os detalhes de sua
operação são abordados mais adiante, neste documento tendo como exemplo o
modulo DSE 5510 da DEEP SEA. As descrições a seguir, detalham a sequência
seguida pelo USCA modelo DSE 5510 que contém a configuração de fábrica padrão.
SISTEMA ELÉTRICO
Operação do grupo moto gerador
 Modo de operação automático
Este modo é ativado pressionando-se a botoeira AUTO. Um indicador de LED ao lado
do botão confirma esta ação. Enquanto estiver em modo AUTO, a entrada de partida
remota (se configurada) é monitorada. Se estiver ativo, o indicador de Partida Remota
Ativa (se configurado) acende. Para permitir sinais de partida remotos curtos ou
falsos, é iniciado o timer de Retardo de Partida. Após este retardo, se a opção de
saída de pré-aquecimento for selecionada, é iniciado o timer de pré-aquecimento e a
saída auxiliar correspondente (se configurada) será energizada.

Nota: Se o sinal de Partida Remota for removido durante o timer de Retardo de


Partida, a unidade retornará ao estado de emergência.

Após os retardos acima, o Solenoide de Combustível (ou se habilita saída de ECU se


estiver configurado) é energizado, e então, um segundo mais tarde, o Motor de Partida
é engrenado.

Nota: Se a unidade tiver sido configurada para o J1939, os ECU’s compatíveis


receberão o comando de partida através do J1939.
SISTEMA ELÉTRICO
Operação do grupo moto gerador
 Modo de operação automático
O motor é acionado por um tempo pré-ajustado. Se o motor falhar em dar a partida
durante esta tentativa de acionamento, então o motor de partida é desengrenado pelo
período de repouso pré-ajustado. Caso esta sequência prossiga além do número de
tentativas ajustado, a sequência de partida será encerrada e será exibida a falha:
Falha em Dar Partida.

Quando houver a ignição do motor, o motor de partida é desengrenado e travado a


uma frequência pré ajustada, medida na saída do alternador. Alternativamente, um
pick-up Magnético montado na carcaça do volante, pode ser usado para a detecção
da velocidade. A crescente pressão do óleo também pode ser usada para desligar o
motor, mas não pode ser usada para detecção de subvelocidade ou sobrevelocidade.

Nota: Se a unidade tiver sido configurada para o J1939, o sensoriamento da


velocidade se dá através do J1939.
SISTEMA ELÉTRICO
Operação do grupo moto gerador
 Modo de operação automático
Após o motor de partida ter sido desengrenado, o timer Segurança Ligada é ativado,
permitindo que, Pressão do Óleo, Temperatura Elevada do Motor, Subvelocidade, Falha
de Carga e qualquer entrada de falha Auxiliar retardada estabilizem sem disparar a
falha. Uma vez que o motor esteja funcionando, o timer Aquecimento, se selecionado,
é acionado, permitindo que o motor se estabilize antes de aceitar a carga. Se tiver sido
selecionada uma saída auxiliar, para fornecer um sinal de transferência de carga, esta
será então ativada.

Nota: A transferência de carga não será iniciada antes que se tenha elevado a Pressão
do Óleo. Desta forma, evita-se o desgaste excessivo do motor.

Na remoção do sinal de Partida Remota, o timer de retardo de Parada é iniciado. Uma


vez que o timer tenha finalizado, o sinal de Transferência de Carga é então
desenergizado, removendo a carga do grupo gerador. O timer de Arrefecimento é
então iniciado, permitindo ao motor um período de arrefecimento, sem a carga, antes
de parar. Quando o timer de Arrefecimento expirar, o Solenóide de Combustível é
desenergizado, trazendo o gerador à parada.
SISTEMA ELÉTRICO
Operação do grupo moto gerador
 Modo de operação automático
Se o sinal de Partida Remota for reativado durante o período de arrefecimento, o
grupo retornará em carga.

Nota: Quando a sincronização estiver habilitada, o barramento é verificado antes de


desligar qualquer dispositivo de comutação de carga. Se o barramento estiver ativo, a
sincronização ocorrerá antes de ocorrer qualquer desligamento.

Nota: A sincronização pode ser desabilitada se a aplicação não exigir esta função.
Contate o fornecedor do seu grupo gerador, em primeira instância, para maiores
detalhes
SISTEMA ELÉTRICO
Operação do grupo moto gerador
 Operação manual
Para iniciar uma sequência de partida em MANUAL, pressione a botoeira, .
Quando o controlador estiver no modo manual (indicado por um indicador de LED ao

lado do botão), a pressão no botão PARTIDA dará início à sequência de partida.

Nota: Não há Retardo de Partida neste modo de operação.

Se a opção de saída de pré-aquecimento for selecionada, este timer será iniciado, e a


saída auxiliar selecionada será energizada. Após o retardo acima, o Solenoide de
Combustível (ou a saída do ECU, se configurada) é energizado, e então, um segundo
mais tarde, o Motor de Partida será engrenado.

Nota: Se a unidade tiver sido configurada para o J1939, os ECU’s compatíveis


receberão o comando de partida através do J1939.
SISTEMA ELÉTRICO
Operação do grupo moto gerador
 Operação manual
O motor é acionado por um tempo pré-ajustado. Se o motor falhar na ignição durante
este acionamento, então o motor de partida será desengrenado pelo tempo de
repouso pré-ajustado. Caso esta sequência continue além do número de tentativas
ajustado, a sequência de partida será encerrada e será exibido Falha em Dar Partida.

Quando o motor fizer a ignição, o motor de partida é desengrenado e travado


desligado a uma frequência pré-determinada, medida na saída do Alternador.
Alternativamente, um pick-up Magnético montado na carcaça do volante pode ser
usado para a detecção da velocidade. O aumento da pressão do óleo também pode
ser usado para desligar o motor de partida, mas não pode ser usado para detecção de
subvelocidade e sobrevelocidade.

Nota: Se a unidade tiver sido configurada para o J1939, o sensoriamento de


velocidade se dará através do J1939.
SISTEMA ELÉTRICO
Operação do grupo moto gerador
 Operação manual
Após o motor de partida ter sido desengrenado, o timer Segurança Ligado é ativado,
permitindo que Pressão do Óleo, Temperatura Elevada do Motor, Subvelocidade, Falha
de Carga e qualquer entrada de falha Auxiliar estabilizem sem disparar a falha.
Uma vez que o motor esteja funcionando, o timer de Aquecimento (se selecionado) é
iniciado, permitindo que o motor estabilize antes que possa ser carregado.

O gerador funcionará sem carga, a não ser que:

1. Um sinal de Partida Remota com carga é aplicado,

2. O botão Desliga Gerador é pressionado.

Se for recebido qualquer um dos sinais acima, o gerador é sincronizado e colocado


em paralelo com o barramento (se disponível).
SISTEMA ELÉTRICO
Operação do grupo moto gerador
 Operação manual
Quando em paralelo:

Uma pressão no botão Abrir Gerador abrirá o dispositivo de comutação de


carga do gerador.

O gerador continuará a funcionar com carga, independente do estado da

entrada de partida remota, até que o botão Abrir Gerador seja pressionado,
ou até que seja selecionado o modo Auto.
SISTEMA ELÉTRICO
Operação do grupo moto gerador
 Operação manual

Se modo for selecionado e o sinal de partida remota com carga não estiver ativo,
inicia-se o Timer de Retardo de Parada Remota, após o que a carga será
desconectada. O gerador funcionará então sem carga, concedendo um período de
arrefecimento ao motor.

A seleção de Parada desenergiza o SOLENÓIDE DE COMBUSTÍVEL, levando o


gerador à parada.

Nota: Quando a sincronização estiver habilitada, o barramento é verificado antes de


desligar qualquer dispositivo de comutação de carga. Se o barramento estiver ativo, a
sincronização ocorrerá antes que ocorra qualquer desligamento.

Nota: A sincronização pode ser desabilitada se a aplicação não exigir esta função.
Contate o fornecedor do seu grupo gerador, em primeira instância, para maiores
detalhes.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceitos e métodos preventivos
 Conceitos básicos
 Manutenção
São todas as ações necessárias para que um equipamento, máquina ou componente,
seja conservado ou restaurado de modo a poder permanecer de acordo com uma
condição especificada.

 Defeito
São ocorrências nos equipamentos que não impedem seu funcionamento, mas
diminuem o rendimento e podem acarretar indisponibilidade a curto ou longo prazo.

 Falha
São ocorrências nos equipamentos que causam a indisponibilidade, ou seja, é a
quebra do equipamento.

 Confiabilidade
É a probabilidade de bom funcionamento. Através de um indicador a produção pode
saber quanto pode “contar” ou confiar no bom desempenho de um equipamento ou
instalação.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceitos e métodos preventivos
 Conceitos básicos
 Manutenibilidade
É a probabilidade de duração dos serviços de manutenção. Através de um indicador a
produção pode saber quanto tempo a máquina ficará parada quando quebrar.

 Prioridade
O conceito genérico de prioridade é a qualidade do que está em primeiro lugar ou
daquilo que deve ser atendido preferencialmente. Estabelecer prioridade para a
manutenção significa determinar, qual ordem de atendimento deve ser cumprida. Para
isso, os padrões determinados são:

 Intervalo entre solicitação e reparo;


 Segurança das pessoas ou dos equipamentos.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceitos e métodos preventivos
 Conceitos básicos
 Prioridade

A escala de prioridade é a seguinte:


 Emergencial: O atendimento deve ser imediato, pois a produção parou ou há
condição insegura de trabalho.
 Urgente: O atendimento deve ser feito o mais breve possível, antes de se tornar uma
emergência. É o caso da produção ser reduzida ou estar ameaçada de parar em
pouco tempo, ou ainda o perigo de ocorrer condição insegura do trabalho.
 Necessária: O atendimento pode ser adiado por alguns dias, porém não deve ser
adiado mais que uma semana.
 Rotineira: O atendimento pode ser adiado por algumas semanas, mas não deve ser
omitido.
 Prorrogável: O atendimento pode ser adiado para o momento em que existam
recursos disponíveis e não interfira na produção e nem no atendimento das
prioridades anteriores. É o caso de melhoria estética da instalação ou defeito em
equipamento alheio à produção.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceitos e métodos preventivos
 Tipos de manutenção
 Corretiva;
 Preventiva;
 Preditiva;
 TPM; e
 Tecnologia.

Ver o da terminologia adotada.


SISTEMA ELÉTRICO
Conceitos e métodos preventivos
 Manutenção corretiva
É o serviço de manutenção realizado após a falha. Equivale a uma atitude de defesa
enquanto se espera uma próxima falha acidental. “É chamada “manutenção
catastrófica” ou “manutenção tipo bombeiro”, ou seja, é norteada pela ideia: nada se
faz enquanto não houver fumaça (defeito ou falha)”. Este é o método tradicional de se
fazer manutenção e sempre gera custos crescentes além das paradas sempre
imprevistas.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceitos e métodos preventivos

 Manutenção corretiva
A manutenção corretiva como único método numa empresa, só se justifica quando:

 Os gastos e os problemas de segurança ligados à parada são mínimos;


 A empresa renova frequentemente seu parque produtivo;
 As eventuais falhas e defeitos não são críticas para a produção.

Nos sistemas de manutenção bem planejados, a manutenção corretiva é um


complemento residual dos métodos preventivos, ou seja, como não é possível 100%
das intervenções serem planejadas (manutenção preventivas), trabalha-se com o
mínimo de intervenções emergenciais. A meta mundial é conviver-se com apenas 7%
de intervenção sem planejamento.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceitos e métodos preventivos
 Manutenção corretiva
 Vantagem da manutenção corretiva
É o método que, se bem administrado, fornece as informações de melhor qualidade
para evitar reincidência e gerar melhorias. Isto porque não interrompe a falha a meio
caminho. A rotina para se tirar o melhor de uma atuação corretiva é:
 Analisar as causas da falha;
 Restabelecer o funcionamento normal;
 Registrar (em papel ou computador) as características da falha; Explorar
detalhadamente os registros, através de análise estatística e outras.
Exemplo: Se um componente (rolamento, engrenagem, contador, etc.) falha, a
“corretiva costumeira” apenas troca o componente. Por outro lado, a corretiva bem
estruturada aplica as seguintes ações:
 Procura saber a causa da falha;
 Verifica qual a frequência de falha;
 Verifica o modo como ocorre a falha;
 Procura modos de evitar a reincidência.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceitos e métodos preventivos
 Manutenção preventiva
Define-se como sendo um conjunto de procedimentos que visam manter a máquina
em funcionamento, executando rotinas que previnam (evitem) paradas imprevistas. É
um método onde as intervenções têm previsão, preparação, programação e controle;
as intervenções são planejadas. As rotinas de manutenção preventiva compreendem:
 Lubrificação;
 Inspeção com máquina parada;
 Inspeção com máquina operando;
 Ajuste ou troca de componentes em períodos predeterminados;
 Revisão de garantia, isto é, o exame dos componentes antes do término de suas garantias;
 Cuidados com transporte e armazenamento;
 Instalação;
 Preparação para uso;
 Análise de especificações de compra;
 Envio de informações para o planejamento e controle de manutenção;
 Reparo dos defeitos detectados pela inspeção.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceitos e métodos preventivos
 Objetivos da manutenção preventiva
 Distribuir equilibradamente cargas de trabalho;
 Racionalizar o estoque de sobressalentes;
 Manter disponibilidade máxima de máquinas e equipamentos;
 Eliminar improvisação;
 Eliminar atrasos na produção.

Os pré-requisitos básicos para a implantação da manutenção preventiva são a


organização de dados por meio de um sistema de fichas ou eletrônico. Esse sistema
deve ser baseado num registro de dados que compreenda:
 Relação total dos materiais, máquinas e equipamentos constituintes do acervo da
fábrica;
 Organização estrutural de coleta de dados para incursões preventivas;
 Informações sobre o andamento dos trabalhos (relatórios);
 Formação de arquivos.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceitos e métodos preventivos
 Implantação da manutenção preventiva
Antes de implantar a manutenção preventiva, é necessário avaliar se vale a pena sua
implantação, já que em alguns equipamentos ela se revela desvantajosa. Assim, antes
de ser implantada a manutenção preventiva, o equipamento deve ser bem estudado
devendo possuir uma das seguintes características:
 Equipamento valioso para a produção, cuja falha altera o programa;
 Equipamento do qual depende a segurança pessoal e a segurança das instalações;
 Equipamento que ao falhar exige muito tempo para reparo.

Note ainda que antes de ser iniciado o programa preventivo, deve ser estabelecido um
padrão de produtividade confiável para que se tenham condições de avaliar o
programa. Agora, para implantar um sistema de manutenção preventiva é necessária
uma reorganização em larga escala dos métodos utilizados em uma oficina que
trabalhe somente com atendimento emergencial.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceitos e métodos preventivos
 Análise detalhada da situação atual
Deve ser feita a detecção dos potenciais de redução de custos como a constatação de
atividades sem planejamento que podem e devem ser planejadas. Também deve ser
feita a análise das cargas de trabalho semanais a fim de serem notados desequilíbrios.

 Estabelecimento dos objetivos e funções


Deve ser feito o detalhamento dos objetivos para cada segmento da manutenção. E
quanto às funções, elas devem ser desempenhadas de acordo com a experiência dos
mantenedores, isto é, o mantenedor deve começar como ajudante e gradativamente ir
desempenhando funções mais complexas.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceitos e métodos preventivos
 Sistemas de suporte, planejamento e programação.
Devem ser criados impressos tais como requisição de serviço (RS), ordem de serviço
(OS) e outros para fornecer o suporte necessário para o desenvolvimento das
atividades do planejamento, programação e controle da manutenção preventiva. Os
impressos devem ser resumidos, claros e na menor quantidade possível, a fim de que
não emperrarem o andamento da manutenção preventiva. Os setores de planejamento
e programação devem ter suas funções bem situadas no fluxograma. E essas funções
devem ser exercidas por pessoal de nível técnico com experiência em campo. O
controle avalia desempenhos e objetivos e faz possíveis redefinições. Para isso, o
controle deve manter informados os setores de engenharia de manutenção e
planejamento com informações rápidas e confiáveis.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceitos e métodos preventivos
 Determinação das rotinas
É feita pela engenharia de manutenção e determina as tarefas rotineiras de inspeção e
execução com base nos seguintes itens:
 Histórico da máquina;
 Influências de localização;
 Comparação entre custos de inspeção e reparo e os custos de produção;
 Informações do fabricante; Informações do pessoal de operação.

 Implantação do controle
Significa colocar em prática um esquema que possa avaliar a atuação da manutenção
preventiva e, ainda, oriente tomadas de decisão. O controle deve atuar sobre:
 Nível de mão-de-obra;
 Serviços pendentes;
 Produtividade;
 Paradas dos equipamentos;
 Custos.
SISTEMA ELÉTRICO
Conceitos e métodos preventivos
 Rotina de inspeção preventiva
Na indústria, a rotina de inspeção preventiva é controlada por fichas, por isso para
estudar o assunto será apresentado um exemplo de ficha de rotina de inspeção da
manutenção preventiva.
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
Uma das primeiras decisões referentes ao projeto será determinar se o grupo gerador
ficará localizado dentro ou fora de uma construção civil, em um abrigo sendo
geradores ABERTOS ou em gabinetes na configura de CARENADO.
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
O custo total e a facilidade da instalação do sistema de energia elétrica dependem do
planejamento e da localização física de todos os elementos do sistema - grupo
gerador, tanques de combustível, dutos e venezianas de ventilação, acessórios, etc.
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Considere os seguintes fatores tanto para a instalação interna quanto
externa:
 Montagem do grupo gerador;
 Localização do quadro de distribuição e das chaves comutadoras de transferência;
 Ramificações dos circuitos para aquecedores de líquido de arrefecimento,
carregador de bateria, etc;
 Segurança contra inundações, incêndios, formação de gelo e vandalismo;
 Contenção de derramamento acidental ou vazamento e combustível ou de líquido de
arrefecimento;
 Possibilidade de danos simultâneos nos serviços da fonte normal e de emergência;
 Facilidade de acesso para manutenção e inspeções;
 Facilidade de acesso e espaço de trabalho para grandes reparos ou
remoção/substituição de peças;
 Facilidade de acesso para teste de carga quando requerido para manutenção,
dimensionamento apropriado ou código.
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local externo:
1. Emissão de ruídos e atenuação dos níveis de ruído. Barreiras de som podem ser
requeridas. Além disso, uma distância grande entre o grupo gerador e a área
sensível a barulho diminuirá o barulho percebido. Carenagens acústicas estão
frequentemente disponíveis e podem ser requeridos para satisfazer as
necessidades dos clientes ou regulamentações locais de barulho;

2. Carenagem de proteção contra intempéries, como o próprio nome sugere,


oferece uma proteção contra fatores climáticos, mas pode também fornecer
certo grau de segurança para o grupo gerador, ou mesmo, um acabamento
estético para a instalação;
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local externo:
3. Dar a partida num grupo gerador fazê-lo aceitar carga, dentro de intervalos de
tempo específicos, e, em baixas temperaturas ambientes pode representar um
problema. Sistemas de emergência definidos por normas técnicas exigem que a
temperatura ambiente ao redor do grupo gerador seja mantida em níveis
adequados. Exemplo disso é a norma NFPA110, que requer uma temperatura
mínima de 40°F (4°C) ao redor do grupo gerador, ou a norma CSA 282 que
requer uma temperatura mínima de 10°C (50°F). Atender a estes requisitos de
temperatura mínima em espaço confinado (“capa justa”) ou algum outro tipo de
carenagem pode ser difícil ou mesmo impossível. Uma carenagem com
isolamento térmico ou talvez, aquecido pode ser necessária. Uma carenagem
projetada especificamente para a redução de ruídos irá conter material isolante,
todavia, pode não fornecer o isolamento térmico necessário. Carenagens
inteiriças ou aquelas grandes o suficiente para que se possa entrar, e trabalhar,
dentro delas; em geral, já vêm equipados com isolamento, sistemas de
venezianas motorizadas ou acionadas pela gravidade, e mesmo aquecedores, se
necessário;
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local externo:
4. Vários dispositivos auxiliares de aquecimento podem ser necessários para dar a
partida ou aceitação de carga, mesmo que a aplicação não seja do tipo sistema
de emergência. Aquecedores para o líquido de arrefecimento, para as baterias, e
mesmo para o óleo podem ser necessários;
5. Condicionamento de combustível e aquecimento. Nos locais com baixas
temperaturas ambientes o óleo diesel usado como combustível se tornará mais
viscoso, tornando-se turvo, podendo entupir os filtros e bombas, ou não fluirá
adequadamente pelas tubulações. Misturas de combustíveis são frequentemente
usadas para resolver este problema, no entanto, o aquecimento do combustível
pode ainda ser necessário para uma operação confiável;
6. A maresia em regiões litorâneas pode causar problemas de corrosão nos grupos
geradores instalados em carenagens de aço expostas ao ar livre, plataformas e
tanques de combustível. Considera-se uma prática apropriada de instalação o
uso de uma carenagem opcional de alumínio, quando oferecida pela CPG, devido
à resistência extra contra corrosão. Isso é considerado necessário para
aplicações externas em regiões litorâneas, ou seja, locais a menos de 60 milhas
de distância do mar;
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local externo:
7. Os pontos de acesso para manutenção ou para reparos maiores, substituição de
componentes (como o radiador ou o alternador), ou revisões, devem ser levados
em consideração durante o projeto da carenagem e na instalação do grupo
gerador próximo a outros equipamentos ou estruturas. Caso um serviço de
manutenção mais demorado seja necessário (pelos motivos de um grande
número de horas de operação ou falha/dano em algum componente grande do
grupo gerador), os pontos de acesso serão muito importantes. Estes pontos de
acesso incluem coberturas, paredes de proteção removíveis, distanciamento
adequado das estruturas próximas, e facilidade de acesso para os equipamentos
de manutenção e reparos;
8. Cercas de segurança e barreiras visuais;
9. Distâncias de propriedades;
10. O escapamento do motor deve ser direcionado para longe de sistemas de
ventilação ou aberturas de edifícios próximos;
11. Aterramento - Podem ser necessários eletrodos e cabos de aterramento para o
equipamento (grupo gerador);
12. Instalação de sistema para proteção contra raios.
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local interno
1. Recinto reservado para o gerador - Para aplicações do tipo “Standby”, certas
normas de segurança podem exigir que a sala do gerador seja reservada
exclusivamente para este propósito. Considere também o efeito que uma grande
área ventilada teria em outro equipamento instalado na mesma sala, como por
exemplo, um equipamento de aquecimento do edifício.
2. Classificação de segurança contra incêndios para a construção do recinto -
Normalmente, as normas de segurança especificam que o recinto do grupo
gerador tenha uma classificação de resistência ao fogo de, no mínimo, 1 a 2
horas. Consulte as autoridades locais para se informar sobre requisitos
pertinentes.
3. Área de trabalho - Usualmente, o espaço livre (área de trabalho) ao redor de
equipamentos elétricos é especificado por normas técnicas. Na prática, deve
haver pelo menos 1m de espaço livre em torno de cada grupo gerador. A
substituição do alternador deve ser feita sem a necessidade de remoção de todo
o conjunto ou de qualquer acessório. Além disso, o projeto da instalação deverá
prever o acesso para grandes trabalhos (por exemplo, o recondicionamento ou
substituição de componentes, como um radiador).
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local interno
4. Tipo do sistema de arrefecimento - Recomenda-se o uso de um radiador
montado na fábrica, todavia, o ventilador do radiador pode criar uma pressão
negativa significativa dentro do recinto. As portas de acesso devem, portanto,
abrir para dentro do recinto ou possuírem venezianas; de modo que possam ser
abertas quando o grupo gerador estiver funcionando. Consulte o item
“Arrefecimento do Gerador”, na seção “Projeto Mecânico”, para as detalhes
adicionais sobre o arrefecimento.
5. A ventilação no recinto do equipamento envolve grandes volumes de ar. Num
projeto ideal de sala, o ar é sugado diretamente do exterior e expelido para fora,
pela parede oposta. Para configurações opcionais de arrefecimento de grupos
geradores que envolvam trocadores de calor ou radiadores remotos, serão
necessários ventiladores para a ventilação da sala.
6. Escape do motor - A saída de escape do motor deverá ser instalada tão alto
quanto possível, e, situada num local a favor dos ventos dominantes (ou seja, o
vento deve levar os gases de escape para longe das construções) evitando que
os gases sejam aspirados pelos sistemas de ventilação ou entrem pelas
aberturas do edifício.
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local interno
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local interno
7. Armazenamento e tubulações de combustível - As normas de segurança locais
podem especificar os métodos de armazenamento de combustível dentro de
edifícios e restringir as quantidades armazenadas. Uma consulta prévia ao
comando local do Corpo de Bombeiros é recomendável. Será necessário
providenciar um ponto de acesso para o reabastecimento dos tanques de
armazenamento.
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local interno
8. Recomenda-se que o sistema de distribuição elétrica seja provido de recursos
para conectar o grupo gerador a um banco de cargas temporário.
9. A instalação do grupo gerador dentro de uma construção (edifício) deve ser feita
de tal forma que permita o acesso para a entrega e instalação do produto, assim
como, posteriormente, permita o acesso para reparos e manutenção. A
localização mais lógica para um grupo gerador dentro de um edifício, com base
nestas considerações, é no andar térreo, próximo a um estacionamento ou pista
de acesso, ou em um estacionamento aberto. Dado que estas costumam serem
áreas nobres de um edifício, caso seja necessário outro local, lembre-se que
podem ser necessários equipamentos pesados para a descarga e grandes
trabalhos de manutenção na unidade. Além disso, são necessárias as entregas
de combustível, de líquido de arrefecimento, de óleo, etc., em intervalos regulares
de tempo. Provavelmente, deverá ser projetado um sistema de suprimento de
combustível com tanques de abastecimento, bombas, tubulações, tanques
diários, etc., todavia, as trocas de óleo lubrificante e do líquido de arrefecimento
poderão ser dificultadas caso tenham de ser transportados manualmente em
barris ou baldes.
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Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local interno
10. As instalações sobre lajes, embora sejam comuns, exigem um planejamento
complementar e avaliações cuidadosas sobre o projeto estrutural. As vibrações e
o armazenamento/entrega do combustível podem ser problemáticos em
instalações deste tipo.
11. Instalação em locais internos, em geral, requer um recinto exclusivo provido de
estruturas à prova de fogo. Fornecer um fluxo de ar para o interior do recinto
também pode ser um problema. Em geral, não é permitido o uso de bloqueadores
de incêndio dentro dos dutos de ventilação. O ideal é que o recinto seja
construído com duas paredes externas, opostas uma à outra, de forma que o
fluxo do ar de entrada flua sobre o grupo gerador e seja levado para fora através
da parede oposta, no lado do radiador da unidade.
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local interno
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local interno
As instalações do gerador tendem a enfrentar uma grande variedade de condições
climáticas. Embora o equipamento seja projetado para funcionar eficazmente na
maioria destas condições, existem alguns fatores a serem a serem considerados em
relação às condições climáticas adversas. Por exemplo:

 Ambientes Litorâneos:
12. A salinidade do ar e condensação devido à alta umidade do ar pode exigir maior
atenção.
13. Aquecedores para o alternador são obrigatórios em ambientes úmidos para
manter a umidade fora. Eles não são um acessório “exclusivo para climas frios”.
14. É importante evitar o acúmulo de água (umidade condensada) ao redor do
gerador. Um projeto especial de claraboia ou um defletor deve ser utilizado para
garantir a vida útil e o desempenho do grupo gerador.
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Ambientes Áridos/Empoeirados:
15. O recinto do grupo gerador deve ser mantido livre de põe sujeira. Partículas de
areia e pó também podem prejudicar a manutenção e o funcionamento do
gerador. Equipamentos de proteção, tais como, filtros de tela para o sistema de
ventilação do equipamento são recomendados. Isto pode prevenir os danos
causados pelo impacto de partículas de areia em alta velocidade, contra partes
dos equipamentos, enquanto elas fluem sobre o gerador e através do radiador.
Note que estes filtros aumentam a resistência ao fluxo de ar da ventilação e,
portanto, fazem com que sejam necessárias aberturas maiores para a entrada e
saída do ar no local de instalação. O valor total da resistência ao fluxo de ar,
incluindo aquela devida aos filtros, deve permanecer abaixo da resistência
máxima permitida, listada nas informações técnicas do grupo gerador.
16. Se forem instalados filtros no sistema de ventilação, também deve ser usado um
sistema para detectar o entupimento destes filtros. Devem ser instalados
instrumentos para monitorar as condições dos filtros e detectar eventuais
entupidos. Por exemplo, podem ser instalados indicadores de queda de pressão
no sistema de ventilação do recinto. Alternativas de monitoramento também
podem ser viáveis.
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Ambientes Áridos/Empoeirados:
17. Em locais empoeirados, o espaçamento entre as aletas na colméia do radiador e
o seu número de lâminas são características importantes a serem avaliadas. Um
radiador com grande número de aletas por polegada é inadequado para uso em
locais sujos (empoeirados, arenosos, etc). Colméias de radiador que possuam
um espaçamento muito justo entre as aletas podem acumular resíduos e isso
pode reduzir o desempenho do radiador. Um espaçamento maior permitirá que
grãos de areia, pequenas partículas de sujeira, etc. passem através da colméia
sem ficarem presos.
18. O sistema de refrigeração deve ser dimensionado com uma capacidade de
refrigeração de 115% (ou seja, superdimensionado, com 15% a mais de
capacidade) em relação ao exigido pelo grupo gerador. Isso deve evitar a
degradação do sistema. Sempre que for limpo, conforme os métodos e com a
frequência recomendados pelo fabricante, a capacidade de 100% refrigeração
deve ser obtida facilmente. Isso é especialmente importante no caso dos grupos
geradores instalados em ambientes empoeirados/sujos.
19. Todos os cuidados devem ser tomados, também, para manter o combustível
diesel livre de qualquer material contaminante.
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Altitude:
20. Quanto maior a altitude, menor será a densidade do ar. Em grandes altitudes, ou
seja, locais com ar rarefeito, a baixa densidade do ar piora o desempenho dos
motores, alternadores, sistemas de arrefecimento, etc. Consulte os manuais
técnicos do modelo específico de grupo gerador, para obter informações mais
precisas sobre a queda no desempenho.
21. Os alternadores que geram médias e altas tensões não devem ser usados acima
de determinadas altitudes para evitar descargas elétricas do tipo “Efeito Corona”.
Entre em contato com o distribuidor local Cummins para se informar sobre os
equipamentos mais recomendadas para o seu local de trabalho.
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Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local interno
 Ruídos e Controle de Ruídos
O controle de emissão de ruídos, se necessário, deve ser considerado desde o início
do projeto preliminar. Em geral, os métodos de controle da emissão de ruídos
resultam em um aumento de custos considerável e também aumentam a área física
necessária para a instalação. Um grupo gerador é uma fonte complexa de geração de
ruídos, que inclui ruídos do ventilador de arrefecimento, do motor e do escape. A
eficiência de um sistema de controle de ruídos deve levar em conta todas essas
fontes. Na maioria dos casos, os métodos recomendados para o controle de ruídos
alteram ou redirecionam o caminho do ruído da fonte no grupo gerador até as
pessoas que o ouvem. Simplesmente utilizar um silencioso crítico poderá ou não
contribuir para reduzir o nível do ruído em um determinado local. Como os ruídos
podem ser mais ou menos intensos em uma determinada direção, deve-se considerar
com cuidado os aspectos de localização, orientação e distância do grupo gerador em
relação aos limites ou locais da propriedade onde os ruídos possam ser um problema.
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Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local interno
 Legislação e normas técnicas sobre ruídos
Na América do Norte, existem regulamentações estaduais e municipais que
estabelecem os níveis máximos de ruído para determinadas áreas. As normas
municipais, em sua maioria, definem as regulamentações sobre o nível máximo de
ruído permitido nos limites da propriedade. Veja na tabela abaixo algumas
regulamentações representativas sobre o nível de ruído externo.
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Considerações - Instalação em local interno
A conformidade com as normas sobre controle de ruídos requer um conhecimento do
nível de ruído ambiental e o nível do ruído resultante com o grupo gerador
funcionando a plena carga naquele ambiente. As normas sobre controle de ruídos
também existem para proteger a audição dos trabalhadores. As pessoas que
trabalham em salas de gerador devem usar sempre proteção para os ouvidos
enquanto um grupo gerador está funcionando.
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Relatório de manutenção
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Diagramas funcionais
SISTEMA ELÉTRICO
Instalação de grupo gerador diesel
 Diagramas funcionais

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