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INSTALAÇÃO ELÉTRICA PREDIAL

Conselho Regional do SENAI - CE


Presidente
Jorge Alberto Vieira Studart Gomes

Delegados das Atividades Industriais


Efetivos
Aluísio da Silva Ramalho
Marcus Venícius Rocha Silva
Marcos Antônio Ferreira Soares
Roberto Romero Ramos

Suplentes
Márcia Oliveira Pinheiro;
Marcos Augusto Nogueira de Albuquerque;
André de Freitas Siqueira
Ricardo Pereira Sales

Representantes do Ministério da Educação


Efetivo
Virgílio Augusto Sales Araripe

Suplente
Samuel Brasileiro Filho

Representantes da Categoria Econômica da Pesca do Estado do Ceará


Efetivo
Francisco Oziná Lima Costa

Suplente
Eduardo Camarço Filho

Representantes do Ministério do Trabalho e Emprego


Efetivo
Francisco José Pontes Ibiapina

Suplente
Francisco Wellington da Silva

Representantes dos Trabalhadores da Indústria do Estado do Ceará


Efetivo
Carlos Alberto Lindolfo de Lima

Suplente
Francisco Teônio da Silva

Paulo André de Castro Holanda


Diretor do Departamento Regional do SENAI-CE
Instalação Elétrica
Predial

Fortaleza-Ceará
2015
© 2008. SENAI. Departamento Regional do Ceará
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização
deste órgão/entidade.

SENAI/CE
Departamento Regional do Ceará

Este projeto foi elaborado por colaboradores desta unidade de negócios cujos nomes estão
relacionados na folha de créditos.

Ficha Catalográfica

SENAI. CE. Centro de Treinamento e Assistência às Empresas.


S474F Instalação Elétrica Predial. SENAI. CE. Centro de Treinamento e
Assistência às Empresas. – Fortaleza: SENAI/CE/CETAE, 2008.

192 p. il

1 Eletricidade I Título

CDU 621.3

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Departamento Regional do Ceará
Av. Barão de Studart, 1980
1º Andar Aldeota
CEP 60120-901 Fortaleza – CE
Tel: (085)3421.5900
Fax: (085) 3421.5909
email: senai-ce@sfiec.org.br
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 9
1. ESCALA 11
1.1 Escala de redução 12
1.2 O escalímetro 15
1.3 Planta baixa e simbologia 19
2. CÁLCULOS APLICADOS A PROJETOS ELÉTRICOS. 30
2.1 Levantamento das potências 30
2.2 Fator de potência 31
2.3 Recomendações e normas para projeção de cargas de iluminação 33
2.4 Recomendações e normas para projeção de quantidade de tomadas 36
2.5 Recomendações e normas para projeção da potência das TUGs 37
2.6 Recomendações e normas para projeção da potência das TUEs 38
2.7 Levantamento da potência total 39
3. DETERMINANDO A QUANTIDADE DE FASES 40
4. QUADRO DE DISTRIBUÇÃO 42
4.1 Calculando o disjuntor de proteção geral 42
4.2 Quantidade de circuitos 43
5. DIMENSIONAMENTO DE DISJUNTORES 44
5.1 Corrente de projeto - IP 45
5.1.1 Corrente nominal do dispositivo de proteção - IN 46
6. DISJUNTORES 47
6.1 Selecionar um disjuntor 51
6.2 Cálculo de disjuntores 56
6.3 Aplicação dos disjuntores 63
7. LOCALIZAÇÃO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO GERAL 70
8. DISTRIBUIÇÃO DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS 70
8.1 Caixa de passagem no teto 70
8.2 Caixas para interruptores 71
8.3 Caixas para tomadas de uso geral 71
8.4 Distribuição de circuitos 73
9. FERRO DE SOLDA 79
9.1 Solda de estanho 79
9.2 Pasta desoxidante 80
10. EMENDAS DE CONDUTORES 81
10.1 Emenda de condutores em prosseguimento 81
10.2 Emendar condutores em derivação 84
10.3 Condutores de superfícies decapadas 87
10.4 Prolongar condutores flexíveis (Cabos) 88
10.5 Derivar condutores flexíveis (Cabos) 90
11. CURVAMENTO DE ELETRODUTOS DE PVC 92
11.1 Soprador térmico 93
12. MONTAR REDE DE ELETRODUTOS 94
12.1 Como selecionar eletrodutos 95
12.2 Corte e abertura de roscas em tubos de PVC 95
13. SELEÇÃO DE CONDUTORES 99
14. LÂMPADA INCANDESCENTE E INTERRUPTOR 101
14.1 Lâmpada incandescente (DIMMER) 102
15. ESQUEMAS E DIAGRAMAS DE EQUIPAMENTOS 104
15.1 Fotocélula 109
15.2 Detector de presença 110
16. CAIXAS DE COMPONENTES E PASSAGEM 111
16.1 Tipos de caixas de embutir 111
16.2 Tipos de caixas de sobrepor 112
17. LUMINÁRIAS FLUORESCENTES 114
17.1 Tipos de luminárias 114
17.2 Caixa para lâmpadas fluorescentes 114
17.3 Equipamentos auxiliares 114
17.4 Funcionamento 115
17.5 Iluminação fluorescente 115
17.6 Vida útil das lâmpadas fluorescentes 116
17.7 Starter 117
17.8 Tipos de lâmpadas fluorescentes 117
17.9 Reator 117
18. MOTOBOMBA MONOFÁSICA 117
18.1 Motor com partida sem capacitor 118
18.2 Motor com partida com capacitor 118
18.3 Tipos de motobombas 119
18.4 Funcionamento 121
19. CHAVE BÓIA DE CONTATO DE MERCÚRIO 121
20. PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS 123
20.1 Características da placa de identificação do motor 124
21. CHUVEIRO ELÉTRICO 126
21.1 Instalação elétrica 126
21.2 Funcionamento 127
22. PORTEIRO ELETRÔNICO 129
22.1 Principais modelos de porteiro eletrônico 130
23. VENTILADOR DE TETO 134
23.1 Características construtivas 134
23.2 Instalação 134
23.3 Ferramentas e materiais 135
23.4 Instalação elétrica 136
23.5 Fixação do ventilador 137
23.6 Montagem do ventilador 139
23.7 Alinhamento das pás 142
23.8 Problemas mais comuns e suas soluções 142
23.9 Teste Prático para exame de um capacitor 146
23.10 Capacitor de regime 147
ANEXOS 149
REFERÊNCIAS 161
INTRODUÇÃO
Para o início de qualquer trabalho em eletricidade, é necessário antes um
planejamento do que se vai fazer, avaliando-se principalmente as condições de
segurança, lembrando-se que a eletricidade é invisível, mas pode ser sentida. Um
trabalho correto em eletricidade depende de vários fatores de grande importância,
que são:
 Conhecimento:
 Planejamento;
 Procedimentos adequados;
 Uso de normas técnicas e de segurança;
 Uso de ferramentas adequadas;
 Uso de material de boa qualidade e de boa procedência;
 Segurança no que está fazendo;
 Não improvisação no uso de ferramentas ou materiais e equipamentos
elétricos;
 Observação das características de uso e funcionamento adequadas a
cada material ou equipamento;
 E se tratando de instalações prediais, há a necessidade de um projeto
elétrico.

Neste projeto elétrico através de simbologias, será possível distinguir as


dimensões de eletrodutos , cabos e fios, tipo de fornecimento (monofásico, bifásico,
trifásico ou em alta tensão), circuitos de distribuição, dispositivos de proteção,
localização de todos os pontos de força, luz e comando, o trajeto das passagens.

O projeto elétrico é o raio X de toda a instalação elétrica de um


estabelecimento, (predial ou industrial). Através dele é possível a qualquer tempo e,
por qualquer outro profissional, fazer modificações no projeto elétrico original.

Outra grande vantagem do projeto elétrico é a possibilidade de se avaliar os


custos da execução de um serviço trabalho, visto que através deste é possível se
determinar a distância e a localização de todos os componentes da instalação
elétrica em execução ou a ser reformada, bem como os componentes com suas
dimensões e quantidades.

O projeto elétrico apresenta em dimensões que cabem em uma folha de


papel, todas as informações necessárias para a execução da obra. Este deve seguir
as normas técnicas inerentes à sua classe de tensão, e sempre considerar as
normas de segurança, principalmente a NR-10/2004.

9
Para dar início, vamos começar aprendendo sobre escalas. O que vem a ser
“escala”?
Vamos da um exemplo: Vou precisar construir uma casa, e que como toda
casa terá portas, telhado, janelas, quartos, banheiros. Minha casa terá 15m de
comprimento por 5m de largura, para planejar direito o que quero que seja
construído, faço o desenho da casa, mas como desenhar minha casa se não tenho
um papel de 11,25m de comprimento por 5,95m de largura, e o trabalho para
desenhar a casa no papel grande. Posso até conseguir desenhar, mas ficará difícil
tanto desenhar, como abrir o papel para ler o desenho, alem de tal proeza me custar
caro.
O que fazer? Simples, desenhamos a casa em escala, escolhendo aquela que for
mais adequada ao meu desenho.

0 ,1 5 3 ,4 0 0 ,1 5 1 ,9 0 0 ,1 5 3 ,3 0 0 ,1 5 1 ,9 0 0 ,1 5

0,15

0,15
B A N H E IR O

1,95
Á RE A
DE

2,90
D O R M IT Ó R IO 1 D O R M IT Ó R IO 1 S E R V IÇ O

0,10
0,15
2,60
SALA C O PA C O Z IN H A

0,15
0 ,1 5 0 ,1 5

Escala 1:100

10
1 ESCALA

Escala é a relação que existe entre o tamanho do desenho de um objeto e o seu


tamanho real.

Graficamente, podemos escrever:

Escala = Medida do tamanho do desenho


Medida real do objeto

Simplificando, escrevemos da seguinte maneira:

E = D/ R
Onde:
E = Escala
D = Medidas do tamanho do desenho
R = Medidas reais do objeto

Utilizando-se desta fórmula, podemos determinar três situações:

1 – Em qual escala foi desenhada o objeto.


2 – Qual o tamanho do desenho de um objeto em uma determinada escala.
3 – Qual o tamanho real do objeto desenhado.

Vejamos um exemplo para cada situação:

1 – Determine a escala em que foi desenhado um quadrado, sabendo que o


tamanho real de sua aresta é 4cm, e no desenho esta aresta está medindo 2cm.

E = D  E = 2cm  E = 1
R 4cm 2
Ou seja, o objeto tem 2 vezes o tamanho do desenho.

11
2 – Determine o tamanho do desenho de um quadrado, sabendo-se que a medida
real de sua aresta é 10cm e a escala que foi utilizada é de 1:5.

E = D  D = E x R  D = 1 x 10  D = 2cm
R 5
Ou seja, para representar um objeto na escala 1:5, terei que desenha-lo 5 vezes
menor que o real.

3 – Determine o tamanho real da aresta do quadrado, sabendo-se que o tamanho do


desenho desta aresta é 2cm e está desenhado na escala de 1:5.

E = D  R = D  R = 2  R = 2x 5  R = 10cm
R E 1 1
5
Ou seja, para um desenho de 2cm na escala 1:5, estou representando um objeto
com 10cm.

1.1 Escala de redução

Escala de redução é aquela que é utilizada quando o tamanho do desenho do objeto


é menor que o tamanho real do mesmo.

Se quisermos desenhar a planta baixa da oficina elétrica de sua escola, nós


precisarmos utilizar a escala de redução, pois:

- Não seria possível desenhar a planta baixa da oficina em seu tamanho


real.
- Não haveria papel, que pudesse ser utilizado para tão grande desenho.
- Onde arrumaríamos uma mesa maior que o tamanho da oficina para, sobre
ela colocarmos o papel e fazermos o desenho?
- Como manusear com um desenho neste tamanho?
- Podemos facilmente compreender a planta baixa da oficina se desenhada
em tamanho menor.

12
Além do desenho da planta baixa, quaisquer objetos que se represente graficamente
e se faça de forma reduzida, utiliza-se a escala de redução. Para reconhecermos se
uma escala é de redução, basta-nos observar a notação da mesma. Se o número
que vem escrito antes desses dois pontos é 1, a escala é de redução.

Observamos a notação abaixo:

ESCALA 1:5

Número anterior Número posterior


aos dois pontos aos pontos
Na escala de redução, o número que vem escrito antes dos dois pontos é sempre o
número 1, e este representa o tamanho do desenho do objeto.

Na escala de redução, o número que vem escrito depois dos pontos é sempre maior
que o número 1 e é exatamente este número o que vem escrito depois dos dois
pontos que indica quantas vezes o objeto é maior que o tamanho do desenho.

Vejamos alguns exemplos:

a) Se o desenho estiver na escala de 1:2, isto significa que o tamanho do desenho é


duas vezes menor que o tamanho real do objeto.

b) Se o desenho estiver na escala 1:5, isto significa que o tamanho real do objeto é
cinco vezes maior que o tamanho do desenho do objeto e, conseqüentemente, o
tamanho do desenho do objeto é cinco vezes menor que o tamanho real do mesmo.

As escalas de 1:2 e 1:5, são escalas de redução, porém não são as únicas. A ABNT
recomendam as seguintes escalas de redução para os diversos tipos de desenho:

ESCALA 1:2 ESCALA 1:75


ESCALA 1:2,5 ESCALA 1:100
ESCALA 1: 5 ESCALA 1:125
ESCALA 1:10 ESCALA 1:200

13
ESCALA 1:20 ESCALA 1:250
ESCALA 1:25 ESCALA 1:500
ESCALA 1:50 ESCALA 1:1000

Todos desenhos trazem escritos junto a ele à indicação da escala em que foi
executado.

Todos os desenhos vêm, obrigatoriamente cotados, porém os valores das cotas não
sofrem as reduções do desenho.
O valor numérico da cota permanece invariável em qualquer escala que se faça o
desenho.
Vejamos como se faz a relação entre a indicação da escala com o tamanho do
desenho e o valor numérico da cota.

Na escala de redução, para sabermos qual o valor da medida do desenho, basta


dividir o valor numérico da cota pelo número que se encontra à direita dos dois
pontos na notação da escala (desenho menor que os valores numéricos das cotas).

Vejamos o exemplo:

Por quantos centímetros é representada uma medida real de 1m, na escala de 1:50.
Basta dividir 1m por 50

100cm = 0,02m = 2cm


50

Então, o valor utilizado para representar 1m real na escala de 1:50 é 2cm. Às vezes,
é preciso fazer o caminho contrário, pois no projeto elétrico não vêm representadas
todas as medidas necessárias à execução da instalação.

Para executá-la, você necessitará constantemente de medir na planta baixa e


transformar estas medidas em valores reais.

– Aplicando o que foi visto anteriormente, complete o quadro da página


seguinte:
14
ESCALA ( E ) OBJETO ( R ) DESENHO ( D )

1 1 : 500 15 m

2 80 m 8 cm

3 1 : 20 11cm

4 1 : 75 16 m

5 1 : 250 35 m

6 1 : 10 1,20 m

7 35 m 7 cm

8 1 : 75 5,4 cm

9 11 m 8,8 cm

10 1 : 250 120 m

11 1 : 2000 5 cm

12 2,2 m 8,8 cm

13 1 : 5 252 m

14 30 m 6 cm

15 1 : 75 6,7 cm

16 1 : 1000 1 km

17 10 m 8 cm

18 25 cm 10 cm

19 26 cm 13 cm

20 1 : 25 27m

1.2 O escalímetro

O escalímetro é uma peça com seção transversal, feita de madeira ou


plástico, graduada com 6 escalas diferentes, que tem como objetivo, facilitar a
operação de leituras de plantas, sem a necessidade de aplicação de fórmulas
para conversão de escalas, visto que através desta ferramenta, e possível se
fazer leitura de forma direta, sem a menor possibilidade de erro.

15
Temos ainda, três tipos de escalímetros com diferentes escalas, que são o nº
1, 0 nº 2 e o nº 3, sendo o mais utilizado o nº 1, que traz as seguintes escalas:
1:20 – 1:25 – 1:50 – 1:75 – 1:100 – 1:125;

Como veremos a seguir, é muito fácil o uso do escalímetro, mas devemos ter
o cuidado de usa-lo de acordo com a escala apresentada no desenho,
observando que algumas vezes, encontraremos em uma mesma folha de
papel, desenhos em escalas diferentes.

Para realizar leituras com esta ferramenta, devemos lembrar que para o
escalímetro nº 01, que será o utilizado em nossos trabalhos, não lemos os
valores em cm, mas o que este valores representa, que é a medida em metros.

Observemos as escalas abaixo, onde veremos que as divisões são diferentes,


e que cada escala nos representa valores diferentes em metros:

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

E S C A LA 1/ 100

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

E S C A LA 1/ 75

0 1 2 3 4 5 6 7

E S C A LA 1/ 50

0 1 2 3

E S C A LA 1/ 25

Observe agora o desenho que se segue, onde temos um quadrado com quatro
lados iguais, medidos com quatro escalas diferentes.

16
Como se vê, o tamanho real do objeto vai depender da escala que estou
usando, por isso deve-se observar sempre a posição do escalímetro.

Utilizando o escalímetro, vamos agora realizar as medidas que se pede nos


retângulos da página seguinte:

17
Altura Larg ura

Es c a la 1 :2 0

Larg ura
Altura

Es c a la 1 :2 5

Larg ura
Altura

Es c a la 1 :5 0

Larg ura
Altura

Es c a la 1 :7 5

Larg ura
Altura

Es c a la 1 :1 0 0

Larg ura
Altura

Es c a la 1 :1 2 5

18
1.3 Planta baixa e simbologia

Para se construir uma casa, uma escola ou uma indústria, é necessário que se faça,
inicialmente, a elaboração de vários projetos como: Arquitetônico, Elétrico,
Hidráulico, Estrutural etc.

A você futuro eletricista, cabe apenas, interpretar e posteriormente, executar a


montagem da instalação elétrica.

Planta Baixa

É a projeção que se obtém, quando cortamos, imaginariamente, uma edificação,


com um plano horizontal, paralelo ao plano do piso.

A altura entre o plano cortante e o plano da base é a altura tal, que permite ao
referido plano, cortar ao mesmo tempo portas, janelas, basculantes e paredes.
Normalmente, esta altura é de 1,50m.

Vejamos as instalações:

Observe que, quando cortamos a edificação com o plano, olhamos para baixo.

19
A representação desta edificação (casa) em planta baixa será conforme a ilustração
que se segue. Se a edificação possuir dois ou mais pavimentos (andares), haverá
uma planta baixa para cada pavimento.
4 ,8 0 m

S a la

d e p ó s ito
7,00m

Te rra ç o

20
A planta baixa tem por finalidade nos mostrar dos compartimentos, a circulação
entre eles, suas dimensões e seus destinos. Mostrar, claramente, as divisões.

As divisões dos compartimentos são, na maioria das vezes, feitas através de


alvenaria de tijolos. Dizemos também, parede de tijolos.

PAREDES DE UM TIJOLO

PAREDES DE MEIO TIJOLO

21
Simbologia

É uma forma de linguagem utilizada para transmitir a idéia de quem projeta, para o
profissional que executará o que foi projetado. Deve ser clara, de fácil interpretação,
e segue regulamentação e orientação da NBR 5444. Esta simbologia é um desenho
ou figura que representa um objeto ou equipamento, em proporções que podem ser
alocados dentro da planta civil,

Vejamos a seguir, algumas simbologias de grande utilização em projetos elétricos.

Quadros em geral

Q uadro term inal de força - tipo sobrepor

Q uadro term inal de força - tipo em butido sob parede

Q uadro geral de luz e força - tipo sobrepor - aparente

Quadro
Q uadrogeral
term de
inalluz
dee força
força –- tipo
tipo embutido
em butidosob
sobparede
parede

QM Q uadro de m edição - tipo em butido sob parede

QM Q uadro de m edição - tipo sobrepor - aparente

22
To m ad a d e c o rrent e na
p ared e, b aixa - 30c m d o
p is o ac ab ad o .

To m ad a d e c o rrent e na
p ared e, m éd ia - 1, 30m d o
p is o ac ab ad o .

To m ad a d e c o rrent e na
p ared e, alt a - 2, 0m d o
p is o ac ab ad o .

To m ad a d e c o rrent e s o b
o p is o

A let ra m inús c ula ind ic a


a o p o nt o d e c o m and o
Int errup t o r d e um a s eç ão

a A let ra m inús c ula ind ic a


Int errup t o r d e d uas s eç õ es o p o nt o d e c o m and o

a
b Int errup t o r d e t rês s eç õ es

IN TER R U PTO R
D E C A M PA IN H A

23
D u to s e d is trib u iç ã o

ELETR O D U TO SO B
A LA J E

ELETR O D U TO SO B
A PA R ED E

ELETR O D U TO SO B
O PISO

ELETR O D U TO
A PA R EN TE

F IO FA SE

F IO N EU TR O

F IO R ETO R N O

F IO D E PR O TEÇ Ã O (TER R A )
(SEM PR E VER D E O U VER D E
C O M A M A R ELH O )

24
a
Int errup t o r p aralelo d e
um a s eç ão

a A let ra m inús c ula ind ic a


Int errup t o r p aralelo d e o p o nt o d e c o m and o
d uas s eç õ es
b

don
C am p ainha Din

F lu o res c en t e n o t et o

F lu o res c en t e n o t et o
Em erg ên c ia

M M o t o r m o n o f á s ic o

M3 M o t o r t rif á s ic o

D is ju n t o r m o n o f á s ic o

D is ju n t o r b if á s ic o

D is ju n t o r t rif á s ic o

Po nt o d e luz inc and es c ent e no t et o


100 - p o t ênc ia d e ilum inaç ão
2 - núm ero d o c irc uit o
a - c o m and o

Po nt o d e luz inc and es c ent e na


p ared e

25
 Representação dos eletrodutos e condutores

3 # 2 5 (2 5 ) T1 6 m m 2 - 1 k V - PVC O 1 1 /4 ”

D iâ m etro d o eletro d u to

M a teria l d o eletro d u to

C la s s e d e is o la ç ã o d o c o n d u to r

U n id a d e d e m ed id a

Sec ç ã o d o c o n d u to r d e p ro teç ã o

Sec ç ã o d o c o n d u to r n eu tro

Sec ç ã o d o c o n d u to r fa s e

Sím b o lo d e b ito la

N ú m ero d e fa s es

26
Exemplo de aplicação de simbologia:

Esque m a unifila r de um a lâ m pa da a c iona da por um inte rruptor

100
2 a

Esque m a unifila r de dua s lâ m pa da s a c iona da s por um inte rruptor de 2 se ç õe s

100 100
2 a 2 b

Esque m a unifila r de um a lâ m pa da a c iona da por um inte rruptor thre e wa y

100
2 a

a a

Esque m a unifila r de um a tom a da 2p+ t, ou se ja , m onofá sic a c om te rra .

27
Exemplo de um projeto elétrico

28
29
2 CÁLCULOS APLICADOS A PROJETOS ELÉTRICOS:

Através dos diagramas elétricos é que determinaremos todo o trabalho a ser


executado para que a instalação sais conforme o que se planejou. Mas todo o
processo deverá ser seguido e cabe a você como profissional eletricista,
dimensionar circuitos elétricos, tipos de materiais e quantitativo. O que vimos até
agora é apenas parte de um todo, ao término deste trabalho, você deverá saber:
 Ler e interpretar uma planta elétrica;
 Dimensionar quantidade de circuitos elétricos e quadros de distribuição;
 Dimensionar tipos de disjuntores com a capacidade de corrente de cada um;
 Dimensionar quantitativo de material;
 Dimensionar seção métrica de condutores elétricos;
 Dimensionar quantitativo de condutores;
 A correta forma de instalar os materiais e equipamentos;
 Dimensionar tempo necessário para execução da obra
 Saber cobrar pelo serviço executado;

2.1. Levantamento das potências

Os cálculos que se seguem, são diretrizes básicas para se projetar e executar uma
instalação elétrica sem surpresas no final da obra, tais como dimensionamento
errado de circuitos dentre outros. Na sequência a seguir apresentamos a forma
correta de realizar esta projeção, evitando assim o risco de fazermos uma instalação
que não funcionará corretamente, podendo trazer transtornos ao cliente, que pagou
por um bom trabalho, e a nos como profissionais, que estaremos mostrando para o
cliente, despreparo. É muito importante sabermos como se dá este processo. Estas
regras nos conduzirão para um serviço dentro das normas técnicas vigentes, evitará
o dimensionamento errado de materiais e circuitos, e ao término dos exercícios,
todos deverão ter um resultado semelhante, pois é para isso que servem as normas
e padrões, ou seja, ao sair da sala de aula, e se deparar com o mesmo trabalho
como concorrentes, o resultado esperado pelo cliente deverá ser o mesmo em
matéria de satisfação. Nosso propósito não é preparar a você, aluno a ligar uma

30
tomada, ou uma luminária, mas prepará-lo para o mercado, que precisa de “Bons”
profissionais, que sabem o que estão fazendo, e tem segurança no que fazem.

2.2. Fator de potência

A potência ativa é uma parcela da potência parente. Ela representa uma


porcentagem da potência aparente que é transformada em potência mecânica,
térmica ou luminosa. A esta porcentagem se dá o nome de FATOR DE POTÊNCIA.

Nos projetos elétricos, para saber o quanto da potência aparente foi transformada
em potência ativa, aplica-se os seguintes valores de FATOR DE POTÊNCIA:
 1,0 - para iluminação
 0,8 - para tomadas de uso geral
o TUG – tomadas de uso geral, são aquelas utilizadas para aparelhos
portáteis ou móveis, que pela nova NBR 5410, deverão ser dois pólos
+ terra, e são utilizadas em aparelhos tipo: ferro de passar roupa,
geladeira, televisor, aparelhos de som, furadeiras, computadores,ou
seja, uma mesma tomada pode receber ligações de diferentes
aparelhos, e seu formato é universal.
 1,0 - para tomadas de uso específico
o TUE – tomadas de uso específico são aquelas utilizadas
especificamente para determinado aparelho, sua estrutura física não
permite que plugs destinados a TUG sejam inseridos nas mesmas,
como exemplos temos as tomadas para: chuveiros elétricos, aparelhos
de ar condicionado, motores com corrente maiores que 10A. Para ser
considerada uma TUE não necessariamente precisa ter um tomada,
pode ser apenas um ponto de ligação, como é o caso de motores ou
máquinas pesadas.

Exemplos:
Potência de iluminação (aparente) = 660 VA
FATOR DE POTÊNCIA a ser aplicado = 1
Potência ativa de iluminação (W) = 660 x 1 = 660 W

31
Potência de tomadas de uso geral = 7300 VA
FATOR DE POTÊNCIA a ser aplicado = 0,8
Potência ativa TUG’S = 0,8 x 7300 VA = 5840 W

Para se calcular a potência de iluminação, a quantidade de TUG`s e TUE´s a serem


instaladas, e a potência de todos os circuitos, devemos ainda saber:
 o valor da área em metros quadrados
 ou o valor do perímetro em metros lineares
 ou o valor da área e do perímetro.

Vejamos o exemplo que se segue:

Para sabermos a área, basta multiplicarmos um lado horizontal por um lado vertical
isto para retângulos, ou seja, para sabermos a área do desenho acima, basta
multiplicarmos 5,00m x 3,00 m, que será igual a 15,00m.

AREA = 5x3=15 m²

Para sabermos o perímetro, temos que somar todos os lados, que conforme o
desenho acima, ficará da seguinte forma: 5,00 m + 3,00 m + 5,00 m + 3,00 m, que
será igual a 16 m.

PERÍMETRO = 5+3+5+3=16
ou ainda (2x3)+(2x5)=16,
ou ainda 2x8=16

32
Aprendendo a fazer fazendo
Vamos usar a planta a seguir:

DORMITÓRIO 2

Mais antes vamos seguir algumas regras...

2.3. Recomendações e normas para projeção de carga de iluminação

O primeiro passo e determinar os circuitos de iluminação estabelecendo:


1º. A quantidade mínima de pontos de luz
 segundo a NBR 5410, deverá ser no mínimo um ponto de
luz no teto, com comando através de interruptor na parede.

2º. A potência mínima de iluminação


 A potência de iluminação é calculada em função da área de
cada cômodo, ou seja, através dos metros quadrados de
cada ambiente.
I. Para área igual ou Inferior a 6m², se determinar um
mínimo de 100VA (voltampére)
II. Para áreas superiores a 6m², se determina um mínimo
de 100VA para os primeiros 6m², e acrescenta-se
mais 60VA para cada 4m² inteiros.

33
III. Para áreas externas não há critérios nas normas,
deve-se consultar o cliente.

Para facilitar a compreensão, apresentamos a tabela abaixo:

área potência área potência


até 9,9m2 100VA de 22,00m2 até 25,90m2 320VA
de 10,0m2 até 13,90m2 160VA de 26,0m2 até 29,90m2 380VA
de 14,00m2 até 17,90m2 220VA de 30,00m2 até 33,90m2 440VA
de 18,00m2 até 21,90m2 280VA de 34,00m2 até 37,90m2 500VA

Observe que o objetivo desta regra não é dimensionar a potência lâmpada que vai
ser instalada, pois para isso seria preciso entrar em outros méritos, que são os
cálculos de luminotécnica, iluminação decorativa, etc. , mas o objetivo e atender toda
e qualquer condição de carga instalada de iluminação, ou seja, se o cliente desejar
instalar um luminária com potência de 100VA, não haverá nenhum problema, pois
com certeza a instalação feita suportará tranquilamente. Muitas vezes, fazemos
instalações de casas e apartamentos de construtoras, que não se sabe quem vai
habitar estes imóveis, e se for um morador com muita carga de iluminação, este não
terá que fazer reformas na parte elétrica.

34
Tomando como base as informações até agora, e a planta apresentada, vamos
preencher a tabela de cargas abaixo.

MEDIDAS POTÊNCIA
CÔMODO ILUMINÇÃO
EM VA
LARGURA PROFUND. ÁREA PERÍMETRO

Sala 3,05 3,25 9,91 12,60

Copa 3,05 3,10 9,46 12,30

Cozinha 3,05 3,75 11,44 13,60

Dormitório 1 3,25 3,40 11,05 13,30

Dormitório 2 3,15 3,40 10,71 13,10

Banheiro 1,80 2,30 4,14 8,20

Área Serviço 1,75 3,40 5,95 10,30

Hall 1,80 1,00 1,80 5,60

Área externa - -

Valor do total da potência em VA_________________

Agora sabemos a projeção da carga de iluminação, e já tenho parte das informações


que preciso para dimensionar minha instalação, mas uma instalação não é só
iluminação, e agora que já calculamos potência de iluminação, na página a seguir
calcularemos as potências das tomadas de uso geral e tomadas de uso específico
(TUE`S e TUG`S)

35
2.4. Recomendações e normas para projeção da quantidade de TUG’s
Para determinar quantidade de Tomadas de uso geral, levamos em consideração:

1º. Em banheiros, pelo menos uma tomada junto ao lavatório e no


mínimo a 0,60m de chuveiros, banheiras, piso-boxe, boxes e outros
compartimentos para banho.

2º. Em cozinha, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias,


no mínimo uma tomada a cada 3,5m, ou fração de perímetro, sendo
que, acima de cada bancada com largura igual ou superior a
0,30m, deve ser prevista pelo menos uma tomada.

3º. Em halls, corredores, subsolos, garagens, sótãos e varandas, pelo


menos uma tomada (no caso de varandas, quando não for possível
a instalação da tomada no próprio local, esta deverá ser instalada
próximo ao seu acesso).

4º. Nos demais cômodos e dependências, se a área for igual ou inferior


a 6m², pelo menos uma tomada; se a área for superior a 6m², pelo
menos uma tomada para cada 5m, ou fração de perímetro,
espaçadas tão uniformemente quanto possível.

Tomando como base as informações até agora, e a planta apresentada, vamos


continuar o preenchimento da tabela com as quantidades de tugs.

MEDIDAS POTÊNCIA
QUANT.
CÔMODO ILUMINÇÃO
TUGS
EM VA
LARGURA PROFUND. ÁREA PERÍMETRO

Sala 3,05 3,25 9,91 12,60


Copa 3,05 3,10 9,46 12,30
Cozinha 3,05 3,75 11,44 13,60
Dormitório 1 3,25 3,40 11,05 13,30
Dormitório 2 3,15 3,40 10,71 13,10
Banheiro 1,80 2,30 4,14 8,20
Área Serviço 1,75 3,40 5,95 10,30
Hall 1,80 1,00 1,80 5,60
Área externa

36
Agora sabemos um pouco mais sobre o nosso projeto, temos a quantidade de
tomadas de uso geral necessárias a nossa casa. Vamos ao próximo passo, que é
determinar a potencia de nossas tomadas de uso geral (.TUG)

2.5. Recomendações e normas para projeção da potência das tomadas de uso


geral

Para determinar potência das tomadas levamos em consideração:

1º. Para banheiros, cozinhas, copas, copa-cozinha, áreas de serviços,


lavanderias e em locais onde as cargas dos aparelhos são sempre
maiores, determina-se 600VA para cada uma das três primeiras
tomadas, e 100VA para cada uma das tomadas que ultrapassar as
três primeiras.
2º. Para os demais cômodos ou dependências, no mínimo 100VA por
tomada.

Vamos continuar o preenchimento da tabela de cargas abaixo.

MEDIDAS POTÊNCIA
QUANT.
CÔMODO ILUMINÇÃO POTÊNCIA
TUGS
EM VA TUGS EM
LARGURA PROFUND. ÁREA PERÍMETRO VA
Sala 3,05 3,25 9,91 12,60
Copa 3,05 3,10 9,46 12,30

Cozinha 3,05 3,75 11,44 13,60


Dormitório
1 3,25 3,40 11,05 13,30
Dormitório
2 3,15 3,40 10,71 13,10
Banheiro 1,80 2,30 4,14 8,20
Área Serviço 1,75 3,40 5,95 10,30
Hall 1,80 1,00 1,80 5,60
Área
externa

37
2.6. Recomendações e normas para projeção da potência das tomadas de uso
específico

1º. Para determinar a quantidade de tomadas de uso específico (tue)


cada aparelho destinado a interligação em tue, terá sua própria
tomada.

2º. A potência determinada para a tomada de uso específico deverá ser


igual a potência nominal do equipamento a ser alimentado.

3º. As tomadas de uso específico devem ser instaladas, no máximo, a


1,5m do local previsto para o equipamento a ser alimentado.

POTÊNC QU
MEDIDAS IA ANT
POTÊNCIA
CÔMODO ILUMIN . POTÊNC DESCRIÇÃO DAS TUES
EM VA
ÇÃO EM TU IA TUGS
LARG PROF ÁREA PERÍM VA GS EM VA

Sala 3,05 3,25 9,91 12,60

Copa 3,05 3,10 9,46 12,30

Cozinha 3,05 3,75 11,44 13,60

Dormitório 1 3,25 3,40 11,05 13,30

Dormitório 2 3,15 3,40 10,71 13,10

Banheiro 1,80 2,30 4,14 8,20

Área Serviço 1,75 3,40 5,95 10,30

Hall 1,80 1,00 1,80 5,60


Área externa - -

38
2.7 Levantamento da potência total
Primeiro vamos utilizar os números encontrados nas potências aparentes de
iluminação e tomados de uso geral (TUG`S), e multiplicar pelo fator de potência a
ser adotado pelas mesmas.

Potência de iluminação Fator de Potência de iluminação


em VA correção em Watts

Potência de TUGs Fator de Potência de TUGs


em VA correção em Watts

Potência de TUEs Fator de Potência de TUEs


em VA correção em Watts

Agora que preenchemos as duas tabelas acima, vamos agora preencher a última,
para finalmente calcularmos a potência ativa total.

Potência ativa em Watts da iluminação


Potência ativa em Watts das TUGs
Potência ativa em Watts das TUEs
T O T A L
Após todo o processo desenvolvido até aqui, temos informações importantes para o
desenvolvimento do projeto e execução dos serviços. Já sabemos a potência
instalada de iluminação, tomadas de uso geral e específica, temos a real dimensão
das instalações elétricas desta residência. O próximo passo é sabermos como será
a instalação desta casa, que tipo de ligação será usada pela concessionária de
energia para atender este cliente. O mesmo será atendido por circuito monofásico,
bifásico ou trifásico, em baixa ou média tensão. A próxima etapa e entendermos e
interpretarmos a norma da COELCE referente a ligação de unidades consumidoras
em baixa tensão – NT.
39
3. DETERMINANDO A QUANTIDADE DE FASES

monofásico, bifásico ou trifásico.


De posse de todas as informações até agora, vamos consultar a tabela 01 da NT
001/2012, para sabermos como nossa casa será atendida pela concessionária, se
nossa instalação será monofásica, bifásica ou trifásica. Na tabela 001 da NT 001
está anotado que:
 Instalações com até 10kW preferencialmente serão atendidas com
ligação monofásica, ou seja, através de um condutor fase e um
condutor neutro;
 Instalações com até 20kW preferencialmente serão atendidas com
ligação bifásica, ou seja, através de dois condutores fases e um
condutor neutro;
 Instalações com até 75kW preferencialmente serão atendidas com
ligação trifásica, ou seja, através de três condutores fases e um
condutor neutro;
NOTAS:
1. Uma residência com 10kW de carga poderá ser atendida com
medição bifásica ou trifásica, desde que se comprove esta
necessidade, tendo como exemplo uma situação que justifique,
na instalação existir máquina com alimentação elétrica bifásica
ou trifásica
2. Jamais uma instalação com mais de 10kW poderá ser atendida
com ligação monofásica, nem acima de 20kW poderás ser
atendida com ligação monofásica ou bifásica, muito menos com
carga acima de 75kW poderá ser atendida em baixa tensão.
3. A COELCE usa como limitador para a potência a ser utilizada
pelos consumidores, o disjuntor, que deverá sempre seguir a
tabela 01 da NT 001, e o ramal que a mesma instalará para
alimentação da residência, até o medidor de energia, e ainda
instalará um selo ou lacre de segurança para impedir que o
consumidor altere as características pré-determinadas no
contrato (pedido de ligação).

40
4. Em virtude do texto do item 3, não adianta o cliente romper o
lacre e alterar as características da proteção e o condutor de
entrada, pois embora tenha mais liberação de carga, tal fato
poderá causar perturbações em outras unidades próximas, já
que todas as edificações atendidas por baixa tensão, são
supridas através de um transformador, que tem um limite para
suprimento de cargas, sendo o mais correto, solicitar da
COELCE um aumento de carga, que fará leitura das cargas do
transformador, verificando se há condições de atendimento das
necessidades do cliente.
5. Caso haja danos à equipamentos de outros clientes, ou ao
sistema elétrico da COELCE, provocados pelo cliente que
alterou as características de condução e proteção que
limitam suas cargas, o cliente causador dos danos será
responsabilizado pelos prejuízos, e poderá, no caso de
insistência, ter seu fornecimento interrompido, conforme
resolução 456.
6. Observe sempre que for fazer uma instalação bifásica ou
trifásica, se na rua onde esta sendo instalada a casa, há
sistema bifásico ou trifásico, se a casa está na distância
máxima da rede da COELCE, ou ainda se pelo menos existe
rede elétrica de baixa tensão.

Vamos preencher os espaços abaixo:

o Potência total da residência em Watts____________________

o De acordo com a tabela 01 da NT 001, o cliente deverá ser atendido com


ligação________________________ (monofásica, bifásica, trifásica)

o O disjuntor de proteção geral a ser instalado na caixa de medição será de


________amperes.

41
o O condutor a ser utilizado para aterramento ser em cobre nu de
_________mm2.

o O eletroduto em PVC rígido utilizado para a entrada do ramal será de


________”.
o Os condutores que interligação o medidor de energia ao quadro geral de
distribuição, dentro da residência será ___________mm2, que passarão por
eletroduto de _________”

Todas as informações anteriores foram tiradas da tabela 01 da NT 001/2012, e com


certeza, são muito importantes, pois se vamos realizar uma instalação elétrica,
precisamos saber se a COELCE vai efetivar a ligação do nosso cliente ao seu
sistema e dentro do que foi proposto por nós. Este é na verdade o primeiro ponto a
ser observado, pois se a demanda de potência do meu cliente é de 20kW, ele vai
precisar do que foi calculado, e não adianta que se faça toda sua instalação para
esta potência, se a COELCE não me fornecer o que preciso.
No final da apostila tem uma planilha de material, que já podemos começa a
preencher, pois já sabemos de parte do material que será utilizado nesta residência.

4. QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

4.1 Calculando o disjuntor de proteção geral


O quadro de distribuição geral, é o coração da instalação elétrica, é a partir deste
que sairá toda a alimentação para os circuitos de força, iluminação e circuitos
específicos. Mas para sabermos como deverá ser o nosso quadro, precisamos
seguir algumas regras que estão descritas a seguir:

I. Dimensionar o disjuntor de proteção geral do quadro de distribuição,


caso ache necessário a instalação do mesmo, com a mesma
capacidade de corrente nominal e interrupção simétrico do disjuntor
instalado no quadro de medição da COELCE. Por economia, pois o
quadro de distribuição será menor e mais barato, e terá um disjuntor a
menos para se comprar, você pode até não usar um disjuntor de
proteção geral, mas é será mais seguro quando se precisar fazer

42
manutenção no quadro de distribuição, por está próximo ao local dos
serviços.
o Disjuntor geral do quadro de distribuição: __________________
(monofásico, bifásico, trifásico) com corrente nominal de
_________A.

4.2 Quantidade de circuitos

Para determinar a quantidade de circuitos, seguiremos o que está descrito abaixo:

I. Toda e qualquer tomada de uso específico ou aparelhos com carga a


partir de 10A, deverá ser atendida por um circuito individual, logo terá
um disjuntor só para este circuito.

II. Quantidade de tomadas de uso específica___________

III. Quantidade de aparelhos com corrente maior que 10A_____

IV. Pelas normas técnicas e de segurança recentes, os circuitos de


iluminação e força deverão ser individualizados.

V. Para cargas de iluminação ou de força, que somadas fiquem até um


máximo entre 2.200W e 2500W em 220V, e 1200W e 1500W em 127V,
será determinado um circuito, exemplo:

o Na casa ficou 2000W de potencia na cozinha e 2300 para o


restante da casa, teremos um circuito para a cozinha e outro
para o resto da casa. Como em uma cozinha é o local da casa
que sempre tem maior carga, é sempre necessário se instalar
pelo menos um circuito para a cozinha, podendo até ser mais de
um.

43
Com base nas informações acima, preencha as linhas abaixo:

b. Potência total de iluminação___________W


c. Circuitos de iluminação ___________

d. Potência total das tomadas de uso geral______________W


e. Circuitos para tomadas de uso geral _________________

o Quantos circuitos haverá neste quadro de distribuição geral?

R - _____________________________________________

5 DIMENSIONANDO DISJUNTORES

A NBR 5410:2004 estabelece condições que devem ser cumpridas para que haja
uma perfeita coordenação entre os condutores de um circuito e o dispositivo que os
protege contra correntes de sobrecarga e contra curtos-circuitos. A mesma norma,
diz no item 5.3.4 que “devem ser previstos dispositivos de proteção para interromper
toda corrente de sobrecarga nos condutores dos circuitos antes que ela possa
provocar um aquecimento prejudicial à isolação, aos terminais ou às vizinhanças das
linhas”. E para que ocorra uma perfeita coordenação entre o dispositivo de proteção
e os condutores, deve satisfazer a condição a seguir:

Ip ≤ In ≤ Iz
Onde:

Ip = Corrente do projeto

In = Corrente nominal do dispositivo de proteção


Iz = Capacidade de condução de corrente dos condutores interligados ao
dispositivo de proteção

Para o correto dimensionamento dos disjuntores deve ainda atender as seguintes


condições:
I. A corrente nominal do dispositivo de proteção nunca deve ser
inferior a corrente do projeto do circuito;

44
II. A corrente nominal do dispositivo de proteção nunca deve ser
superior à capacidade de condução de corrente dos condutores
evitando sobrecarga nos condutores e consequentemente a
possibilidade de derretimento ou queima dos condutores elétricos
interligados ao dispositivo de proteção.

5.1 Corrente de projeto - IP


Para o cálculo das correntes de projetos, dependendo dos circuitos podemos utilizar
as seguintes fórmulas:

para circuitos resistivos monofásicos -


(lâmpadas incandescentes e resistências)

para circuitos indutivos monofásicos -


(reatores e motores)

para circuitos trifásicos -

Onde:
o Ip - Corrente do projeto do circuito em ampéres (A)
o Pn - Potência elétrica nominal do circuito em watts (W)
o V - Tensão entre fase e fase em volts (V)
o 𝜂 - Rendimento (só usar quando se tratar de motores elétricos ou
reatores)
o Cos φ – Fator de potência (quando se tratar de motor usar o que está
registrado na placa do mesmo, quando se tratar de cálculo para
corrente geral de instalações, utilizar o FP = 0,92, ou Cos φ = 0,92).

Exemplo:

1º. Uma residência tem carga instalada de 20.000W, calcule a corrente de projeto
da mesma.

Resposta: utilizaremos a seguinte fórmula - , mas

como se trata de corrente geral de instalação, utilizaremos o Cos φ = 0,92, e o


𝜂 não será levado em consideração, que ficará da seguinte forma:

45
= 33,06 A

Se você preferir, pode utilizar a seguinte fórmula:

Onde:
o 3 é a quantidade de fases do circuito trifásico
o 220 é a tensão nominal entre fase e neutro
o 0,92 é o fator de potência

Como se vê, o resulta normalmente não será diferente, até a segunda casa decimal,
ou seja, é praticamente o mesmo valor

Através do que você aprendeu até agora, determine a “corrente de projeto” do nosso
projeto. É só aplicar a fórmula apropriada:

Resposta: =________

Ou =_________

5.1.1 Corrente nominal do dispositivo de proteção - IN

Como vimos anteriormente, a corrente nominal do disjuntor deve ser maior ou igual a
corrente do projeto e menor ou igual a corrente suportada pelo condutor.

Ip ≤ In ≤ Iz

46
. Na prática, quando falamos de circuitos com cargas até 20A, e sempre bom deixar
uma margem de folga do disjuntor para a carga de pelo menos 25%. E caso seja
previsto aumento de carga, dimensionam a corrente do suportada pelo condutor
para um valor com maior folga. Observe que nunca se dimensiona condutores
menores do que 1,5mm2 para circuitos, qualquer que seja ele, sendo o menor
condutor a ser dimensionado, 2,5mm2.

6 DISJUNTORES

o Afinal, o que é um disjuntor?

Na verdade, o disjuntor é um dispositivo que fica na entrada da corrente elétrica dos


circuitos de um imóvel e que interrompe sua passagem por comando automático ou
manual.

Os disjuntores fazem a proteção da instalação contra sobrecargas e curtos-circuitos,


desligando automaticamente a parte afetada. Além disso, podem ser usados para
ligar e desligar o circuito manualmente, quando for necessário algum reparo na rede.

Os disjuntores têm uma câmara de extinção de arco elétrico, que tem ação rápida,
pois quanto maior a corrente e a tensão, mais danos este arco elétrico poderá
causar danos ao equipamento. Há vários sistemas de extinção de arco elétrico
utilizados em disjuntores, como a seco, que são utilizados em disjuntores para baixa
tensão. A vácuo, a pequeno ou a grande volume de óleo, e a gás, que são utilizados
em tensões acima de 1000V.

Há ainda uma quantidade enorme de disjuntores no mercado, que aceitam


acessórios que agregam outras funções ao disjuntor, como por exemplo:
- Desligamento e acionamento à distância
- Alarmes e desligamentos por tensão mínima
- Sensores de temperatura, etc.

47
o Mas como ele funciona?

O disjuntor possui dois dispositivos: um térmico e outro magnético.

O térmico é formado por um bimetal que se altera com a passagem de uma


sobrecarga de corrente elétrica, acionando automaticamente o mecanismo de
disparo que interrompe o circuito.

Já o sensor magnético é formado por um conjunto de peças do qual a bobina é a


parte fundamental.

Quando uma corrente elevada proveniente de um curto-circuito, passa pela região


da bobina, um eletroímã desloca a alavanca que desarma o disjuntor.

o E a tal sobrecarga?

Como o próprio nome diz, é quando o circuito recebe uma carga superior àquela
para o qual foi dimensionado. Quando ocorre a sobrecarga, os fios se aquecem,
podendo queimar os aparelhos ligados ao circuito e dar origem a curtos-circuitos. A

corrente de sobrecarga é poucas vezes superior à corrente normal do circuito, mas o


suficiente para fazer grandes estragos se não estiver devidamente protegido.

o E o que é um curto-circuito?

Podemos dizer que o curto-circuito é uma falha que faz com que um fio entre em
contato com o outro, sejam eles fases, neutro ou terra. Esta falha provoca a
circulação de uma corrente elétrica muito elevada que aquece toda a fiação,
podendo até provocar um incêndio.

48
1 – Disparador magnético bobinado: O número de espiras é tanto maior quanto
menor for a corrente nominal, de modo que o limiar de atuação instantâneo se
mantenha na faixa de 5,5 a 8,3 IN para os disjuntores até 60A.

2 – Suporte (mecanismo de disparo independente da alavanca): Seja por curto-


circuito ou sobrecarga, o disparo é efetuado pela rotação deste suporte,
independentemente da atuação da alavanca manual, o que garante a abertura dos
contatos quando for necessária.

3 – Caixa isolante em poliamida reforçado: A elevada resistência aos arcos


superficiais mantém o eficiente isolamento do dispositivo, mesmo após muitas
atuações em condições críticas. Garante também elevada estabilidade dimensional,
fazendo com que o mecanismo opere com altíssima precisão, além de permitir um
excelente acabamento externo.

4 – Acelerador: Aumenta a velocidade de abertura no início do disparo, evitando-se


assim solicitação térmica danosa nos contatos elétricos.
49
5/6 – Pastilhas de contato em material sinterizado (liga prata): Apresentam
elevada resistência às altíssimas temperaturas alcançadas pelo arco elétrico (acima
de 3000ºC) limitando assim a erosão dos contatos.

7/8 – Terminais protegidos com aperto elástico para cabos ou barras: Este
aperto elástico sobre os condutores flexíveis e rígidos, compensando sua
acomodação, é uma vantagem exclusiva que evita o perigo no afrouxamento da
conexão.

É para barras com largura de até 12,7 mm (1/2”) e cabos de até 50 mm².

Sistema exclusivo que garante a proteção do usuário contra choques-elétricos, uma


vez que não permite o acesso às partes vivas, quando o disjuntor é instalado em
condições normais de utilização, além de proporcionar que os parafusos sejam
imperdíveis.

9 – Câmara de extinção com 9 lâminas desionizantes: As lâminas em material


magnético são dispostas de modo a atrair o arco para dentro da câmara e extinguí-lo
rapidamente, seja pela sua subdivisão, seja por resfriamento.

10 – Acoplamento interno nos bipolares e tripolares: Este mecanismo faz com


que todos os pólos atuem ao mesmo tempo.
11 – Plaqueta de isolação térmica e dielétrica: Protege a base e tampa contra
efeito da carbonização.

12 – Identificação indelével: Posição liga-desliga e no corpo a corrente nominal e


classificação da faixa de atuação do disparo magnético (tipo C – segundo IEC 898).

13 – Porta-etiqueta: Permite identificar a correspondência entre o disjuntor e a


instalação protegida.

14/15 – Dupla fixação: Permite fixar o disjuntor com garras (fixação Bolt-On) ou
através de trilho (fixação DIN).

50
6.1 Selecionar um disjuntor

Como veremos, há diversos tipos de disjuntores, que são selecionados com os


seguintes critérios:

a. Classe de tensão:
o para baixa tensão (até 1000V)

o Para média tensão (de 1000V a 34.500V)

o Para alta tensão (a partir de 69.000V)

51
b. Pelo padrão que regulamenta as especificações de fabricação do
disjuntor:

Os mais conhecido são o padrão NEMA (Americano)

Monofásico Bifásico Trifásico

Disjuntores que seguem o padrão NEMA, ou seja, norma americana. Estes


disjuntores são fabricados para as seguintes correntes:

o Monofásicos : 5,10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 50A


o Bifásicos: 5,10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 50A
o Trifásicos: 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 50, 70, 90 e 100A, todos estes com
corrente de interrupção simétrica até 4kA, ou seja, tais disjuntores suportam
até 4000A instantâneos sem danificar o equipamento.

e o padrão IEC (europeu) – também conhecido com DIN

Monofásico Bifásico Trifásico

52
o Monofásicos : 2, 3, 6,10, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63 A
o Bifásicos: 3, 6, 16, 20, 25, 32, 40 e 50, 63 e 80A
o Trifásicos: 10, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63 e 80A, todos estes com corrente de
interrupção simétrica até 4kA, ou seja, tais disjuntores suportam até 4000A
instantâneos sem danificar o equipamento.

c. Pela curva de disparo:


Curva de disparo determina a sensibilidade e o tempo de resposta do
disjuntor.

o Curva B (disparo em curto circuito 3 a 5 x In)


Para proteção de circuitos que alimentam cargas com características
predominantemente resistivas, como lâmpadas incandescentes,
chuveiros, torneiras e aquecedores elétricos, além dos circuitos de
tomadas de uso geral.

o Curva C (disparo em curto circuito 5 a 10x In)


Para proteção de circuitos que alimentam especificamente cargas de
natureza indutiva que apresentam picos de corrente no momento de
ligação, como microondas, ar condicionado, motores para bombas,
além de circuitos com cargas de características semelhantes a essas.

o Curva D (disparo em curto circuito 10 a 20x In)

53
Para proteção de circuitos que alimentam cargas altamente indutivas
que apresentam elevados picos de corrente no momento de ligação,
como grandes motores, transformadores,

d. Pela corrente de interrupção simétrica (em kA):


Que determina a robustez do disjuntor, quanto maior a corrente de
interrupção simétrica, mais resistente é o equipamento às correntes
instantâneas. Normalmente, com o aumento destes valores, os disjuntores
passam a ser de maior porte, serão de maior tamanho.

e. Pelo tipo de acionamento:

o Acionamento por alavanca

o Acionamento por manopla (disjuntor motor)

o Acionamento por botões (disjuntor motor)

54
o Acionamento por mola

o Acionamento motorizado – este disjuntor é praticamente o mesmo


acionado por mola, a diferença e que tem um motor, geralmente CC
só para o carregamento da mola. Este mesmo recurso é muito
usado para disjuntores de grande porte, e em disjuntores para
tensões a partir de 1000V ou para corrente a partir de 600A.
f. Disjuntores para proteção contra choque elétricos:

55
Os disjuntores DR, são destinado a proteção contra choque elétricos, pois
não permitem que correntes mínimas (que podem causar acidentes à pessoas)
passem pelo corpo das pessoas, agindo dentro de pelo menos três parâmetros pré-
estipulados, que são:

1st. Não permitem que tensões acima de 24V em tensão alternada,


circulem fora do circuito elétrico, como acontece numa situação de
choque. Uma tensão até 50V não é prejudicial ao ser humano normal.
2nd. Não permitem que correntes acima de 30mA circulem fora do circuito
elétrico, como acontece numa situação de choque elétrico. Uma
corrente até 30mA não é prejudicial ao ser humano normal.
3rd. O tempo após a detecção dos um dos dois ou os dois parâmetros
acima é de apenas 2 ciclos elétricos, ou 32 ms.

Os disjuntores DR protegem pessoas contra os efeitos nocivos causados por


choques elétricos, por detecção da corrente de fuga e desligamento imediato,
protegem também instalações contra falhas de isolação, evitando perdas de energia
e possíveis focos de incêndio, são compatíveis com a exigência da norma NBR
5410/2004 e NR 10/2004.

Nota: os disjuntores DR só protegem contra correntes de fuga, não agindo por curto-
circuito ou sobre carga, por isso dever sempre ser ligados em série com um disjuntor
termomagnético, que podem ficar antes ou depois. Mais adiante citaremos exemplos
de instalação dos mesmos em quadros de distribuição.

6.2 Cálculo de disjuntores

Os disjuntores deverão conduzir apenas 80% da corrente nominal, ou seja:

D = P x 1.25, pelo menos, mas encontraremos em alguns casos, situações em

que os disjuntores terão seu dimensionamento quase igual a corrente de projeto.


Estes casos se aplicam geralmente quando nos deparamos com correntes acima de
50A. Mas é sempre bom deixar uma folga entre a carga e a capacidade de corrente

56
do disjuntor, e entre a capacidade de corrente do disjuntor e a capacidade de
corrente do condutor, que na verdade é o componente da instalação que é protegido
pelo disjuntor. Quanto maior for a diferença entre a capacidade de corrente do
disjuntor e a capacidade de corrente do condutor, menos problemas teremos nesta
instalação, pois jamais haverá situação de sobrecarga nos condutores, e o circuito
poderá suportar acréscimos de carga.
Como já sabemos quanto circuitos teremos, e como dimensiona e escolhe os
disjuntores, vamos continua nosso projeto, aplicando os cálculos vistos até agora
vamos determinar os disjuntores. Já sabemos que para cada TUE será protegida por
um circuitos, então nós temos 3 TUEs, que são:

o dois aparelhos de ar condicionados de 7.500 btus cada, sabe-se


que cada btu corresponde a 0.293W, se é assim, basta pegar o
valor em btus, que é 7.500 e multiplicar por 0.293W, vejamos:

7.500 x 0.293 = 2197,5W


Então cada ar condicionado terá uma potência em watts = 2197,5W.

Para sabermos qual disjuntor utilizar, aplicaremos a seguinte


fórmula:
2197,5
10,86 A

6,1 A e a corrente de projeto, agora aplico 25% em cima desta corrente para ter o
valo mínimo para o disjuntor de proteção, vejamos como fica:

10,86 x 1,25 = 13,57A, que será a corrente mínima do dispositivo


de proteção que deverá ser instalado, mas um disjuntor de 13,57A
não existe. Neste caso dimensionamos o imediatamente superior
que será o disjuntor de 15A(NEMA) ou 16A (DIN).

Já sabemos que teremos dois circuitos para ar condicionados que


serão protegidos por disjuntores de 15A cada.

57
o um chuveiro elétrico que tem potência em watts = 5600W, para
este aparelho aplicaremos a mesma fórmula:

27,66A é a corrente de projeto para este chuveiro, não há


necessidade de aplicar os 25% em cima desta corrente para ter o
valo mínimo para o disjuntor de proteção, pois o chuveiro elétrico é
uma carga puramente resistiva, e não tem corrente de partida e a
não vai ter aumento de corrente, portanto basta instalar um disjuntor
com capacidade um pouco acima da corrente máxima do circuito,
que poderá ser um disjuntor de 30A.

Já sabemos que teremos dois circuitos para ar condicionados que


serão protegidos por disjuntores de 15A cada e mais um circuito
para o chuveiro elétrico, que será protegido por disjuntor de 30A.

Temos ainda o circuito de iluminação que deverá ser individual, como sabemos foi
calculado para o mesmo uma potência de 1080 W.

o Vamos agora dimensionar os disjuntor para a iluminação.

5,33A

5,33A é a corrente de projeto para o circuito de iluminação, agora


aplico 25% em cima desta corrente para ter o valo mínimo para o
disjuntor de proteção, vejamos como fica:

5,33A x 1,25 = 6,66A, que será a corrente mínima do dispositivo de


proteção que deverá ser instalado, mas um disjuntor de 6,66A não
existe. Neste caso dimensionamos o imediatamente superior que
será o disjuntor de 10A.

58
Falta agora calcular os circuitos para tomadas de uso geral (TUG). Vejamos quantos
circuitos serão suficientes. Vejamos o que diz a regra geral:

I. Para cargas de iluminação ou de força, que somadas fiquem até um


máximo entre 2.200W e 2500W em 220V, e 1200W e 1500W em 127V,
será determinado um circuito.

Para as tomadas de uso geral, ficou uma potência em watts igual a 4.640W, e para
nossa tensão a potência máxima por circuito ficará entre 2200W e 2500W, significa
que qualquer valer entre os dois apresentados me serve. Então vamos utilizar o
valor maior que é 2500W. Para saber quantos circuitos terei, basta fazer o seguinte
cálculo:

= 1,85 circuitos

Mas com certeza você não conseguirá instalar 1,85 circuitos, ou é um ou serão dois,
que será a nossa escola, por ser a correta.

Já que sei que serão dois circuitos, vamos agora dimensionar a capacidade de
corrente dos disjuntores de proteção destes circuitos, aplicando a formula abaixo:

= 2.320W

A nossa potência nominal para cada circuito de tomadas de uso geral será igual a
2.320W.

o Vamos agora dimensionar os disjuntor para os circuitos de tomadas


de uso geral:

11,46A e a corrente de projeto para os circuito de tomadas de uso


geral, agora aplico 25% em cima desta corrente para ter o valor
mínimo para o disjuntor de proteção, vejamos como fica:

59
11,46 x 1,25 = 14,32, logo o disjuntor de proteção para os circuitos
de tomadas de uso geral será de 15A.

Agora sabemos que nossa residência terá:


o 2 circuitos para ar condicionado protegidos por disjuntores de 15A;
o 1 circuito para o chuveiro elétrico protegido por disjuntor de 30A;
o 1 circuito para iluminação protegido por disjuntor de 10A,
o 2 circuitos para tomadas de uso geral protegidos por disjuntor de
15A ou 16A.
Ou seja, serão 6 circuitos que serão energizados ao todo, mas isso não significa que
teremos um quadro para somente 6 disjuntores, pois precisamos balancear a carga,
como veremos a seguir.
Mas o que é balancear a carga? Balancear carga e distribuir as potências o mais
uniformemente possível, ou seja, dividir o mais igual possível entre as três fases.
Procedimentos para balancear o quadro de distribuição geral:
a. Saber o valor total da potência instalada que no nosso caso é igual a
15.715 watts.
b. Dividimos a potência instalada pela quantidade de fases, que no nosso
caso é igual a 3.
c. Encontrado o valor da divisão da potência instalada pela quantidade de
fases que é igual a 5.238W, já sabemos o valor aproximado da potência
que deverá passar por cada fase.

d. Agora é só fazer o quadro de cargas conforme planilha abaixo:

60
POTÊNCIA EM WATTS DISJUNTOR
CIRCUITO DESCRIÇÃO (EM
FASE AMPERES)
FASE A FASE B
C
TOMADAS DE USO GERAL
1 COZINHA 2320 15
2 TOMADAS DE USO GERAL 2320 15
3 CHUVEIRO ELÉTRICO 5600 30
4 AR CONDICIONADO D. 1 2197,5 15
5 AR CONDICIONADO D. 2 2197,5 15
6 RESERVA 15
7 ILUMINAÇÃO 1080 10
8 RESERVA 10
9 RESERVA 30
10 RESERVA 10
4517,5 5597,5 5600

e. Diagrama unifilar do quadro de distribuição geral a ser instalado:

61
10A
R eserva
10
30A
R eserva
9
10A
R eserva
8
10A
Ilum inação
7 #1,5 (1,5)m m 2
30A
R eserva
6
15A
10A
A r. C ond.d 2
5 # 2,5 (2,5) T 2,5m m 2
15A
10A
A r. C ond.d 1
4 # 2,5 (2,5) T 2,5m m 2
30A
15A
C huveiro elétrico
3 # 4 (4)T 4m m 2
15A
T.U .G diversos
2 # 2,5 (2,5) T 2,5m m 2
15A
T.U .G cozinha
1 # 2,5 (2,5) T 2,5m m 2

62
f. Detalhe do quadro de distribuição geral a ser instalado:

6.3 Aplicação dos disjuntores.

UTILIZAÇÃO DE DISJUNTORES EM QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO

Em sistemas elétricos convencionais, todos os circuitos são protegidos por disjunto-


res. Os mesmos são montados em caixas apropriadas, chamadas de quadros de
distribuição (QGBT`S - Quadro Geral de Baixa Tensão, QDL`S - Quadro Distribuição
de Luz).

Veremos a seguir, ilustrações mostrando a utilização desses disjuntores nos


QGBT´S e QDL`S.

63
Q U A D R O D E D IS T R IB U IÇ Ã O M O N O F Á S IC O C O M P R O T E Ç Ã O G E R A L
C o m b a r r a m e n t o d e p r o t e ç ã o e n e u t r o , m a s se m b a r r a m e n t o p a r a a lim e n t a ç ã o d o s d isj u n t o r e s

C ON D U TOR N EU TR O BA R R A MEN TO D O N EU TR O

A LIM EN TA ÇÃ O D O A LIM EN TA ÇÃ O D O S CO N D U TO RES


BA RRA M EN TO N EU TRO N EU TRO D A IN STA LA ÇÃ O

C ON D U TOR FA SE
A LIM EN TA ÇÃ O D O
D ISJU N TO R G ERA L

D ISJU N TOR GER A L


PRO TEG E TO D O S
O S O U TRO D ISJU N TO RES

D ISJU N TOR ES PA R C IA IS C ON D U TOR ES FA SE


PA RA PRO TEÇÃ O SA IN D O D O S D ISJU N TO RES
PA RA A LIM EN TA ÇÃ O
D O S CIRCU ITO S
D O S CIRCU ITO S

C ON D U TOR D E PR OTEÇ Ã O
HA STE D E ATER R A MEN TO BA R R A MEN TO D E PR OTEÇ Ã O
PA RA A LIM EN TA ÇÃ O D A
PA RA A LIM EN TA ÇÃ O D O PA RA A LIM EN TA ÇÃ O D O IN STA LA ÇÃ O ELÉTRICA
BA RRA M EN TO D E PRO TEÇÃ O SISTEM A D E ATERRA M EN TO (CH U V EIRO S, M Á Q U IN A S ETC.)

64
 Quadro de distribuição monofásico com barramentos para terra e neutro

BARRAM E NT O DO NE UT RO
C ON D U TOR N E U TR O
A L IM E NTA ÇÃ O DO S CO NDUT O RE S
A LIM E N TA Ç Ã O D O NE UT RO DA INS TA L A ÇÃ O
B A R R A M E N TO N E U TR O

C O N D U T O R FA S E
A LIM E N TA Ç Ã O D O
D IS J U N T O R G E R A L

DE TAL H E
DO S J UM P ´S D IS JU N T O R E S
PA R A P R O T E Ç Ã O
D O S C IR C U IT O S

C O N D U T O R E S FA S E
S A IN D O D O S
D IS J U N T O R E S
D E TA L H E PA R A A LIM E N TA Ç Ã O
D OS TER M IN A IS
D O S C IR C U IT O S

G A R FO

O U O LH A L CONDUTOR DE PROTEÇÃO
PARA ALIMENTAÇÃO DA
INSTALAÇÃO ELÉTRICA
(CHUVEIROS, MÁQUINAS ETC.)

H A S TE D E ATE R R A M E N TO B A R R A M E N TO D E P R OTE Ç Ã O
PA R A A LIM E N TA Ç Ã O D O PA R A A LIM E N TA Ç Ã O D O
B A R R A M E N TO D E P R OTE Ç Ã O S IS T E M A D E AT E R R A M E N T O

A licate pr ensa Ter m inais de com pr essão


ter m inais de
com pr essão

65
 Quadro de distribuição trifásico com proteção geral, mais barramentos para
terra e neutro e fases.

BARRAME NT O DO NE UT RO
ALIMENTAÇÃO DOS
CONDUTORES C O N D U T O R FA SE D ISJ U N TO R
NEUTRO DA INSTALAÇÃO D E PR O T EÇ Ã O
ALIM EN TAÇ ÃO D O
CONDUTOR NEUTRO D ISJU N T O R G ER AL G ER A L
ALIMENTAÇÃO DO
BARRAMENTO NEUTRO

CO NDUT O R P E
PA RA A LIME NTA ÇÃ O
CONDUTORES DO S CIRCUIT O S
NEUTRO CO M AT E RRA ME NT O

SAINDO DO
B A RRA ME NT O DE T E RRA
BARRAMENTO
PARAALIMENTAÇÃO PA RA A LIME NTA ÇÃ O
DOS CIRCUITOS DO S CIRCUIT O S CO M T E RRA

CO NDUT O R P E
PA RA A LIME NTA ÇÃ O
DO B A RRA ME NT O O
DE AT E RRA ME NT O

C O N D U TO R E S FA S E
S A IN D O D O S
D IS JU N TO R E S
PA R A A L IM E N TA Ç Ã O
D O S C IR C U ITO S
M O N O FÁ S IC O S

CONDUTORES FASE
SAINDO DOS
DISJUNTORES
P/ ALIMENTAÇÃO
DOS CIRCUITOS
TRIFÁSICOS CONDUTORES FASE
SAINDO DOS
DISJUNTORES
P/ ALIMENTAÇÃO
DOS CIRCUITOS
BIFÁSICOS

B A R R A M E N T O D E FA S E
ALIM EN TAÇ ÃO
D O S D ISJU N T O R ES
C O N D U T O R T ER R A
ALIM EN TAÇ ÃO D O
BAR R AM EN T O D E
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 AT ER R AM EN T O

66
MEDIDOR TRIFÁSICO QUADRO DE INSTALA
DISTRIBUIÇ
ÇÃO DE ÃO C
T ON
RIFSUMIDOR
ÁSICO COM TRIFÁSICO
PROTEÇÃO GER AL
C omDbarramen
O QUADRtoOde
DEproteção
DISTRIBUIÇÃO
e neutro, e TRIFÁSICO
barramento para
COMalimentação
PR OTEÇ ÃO
dosGERAL
disjuntores
CONV EN CIONAL
COM DIV ISÃO DE CIRCUITOS E LIGAÇÃ O DE APARE LHOS
FAE - GE - A BB
-SCH LU MB ER GER

NEUTRO
00 00 0
FASES

FASES

C O E LC E
CO N S U M ID O R
CO ND. ATERR.

NEUTRO

O TIPO USAD O ATUALMENTE NAS LIGA ÇÕ ES


NOVAS. É TAMB ÉM O MA IS COM UM .

QUADRO
PARCIAL

QUADRO
 Exemplo de distribuição geral a partir de um quadro geral

PARCIAL

67
QUADRO PARCIAL DE DISTRIBUIÇÃO
NO PAVIMENTO SUPERIO R DA LO JA

0 000 0

QDL - 3

QUADRO PARCIAL DE DISTRIBUIÇÃO QUADRO PARCIAL DE DISTRIBUIÇÃO


NO PAVIMENTO INFERIOR DA LOJA No pavimento inferior
AO LADO DA MEDIÇÃO na sala ao lada da sala da gerência

QDL - 2
QGBT
Quadro geral de Baixa Tensão
 Exemplo de distribuição de quadros parciais a partir de um quadro geral.

A ser instalado no pavimento inferior da loja


ao lado da medição QDL - 1

68
 Quadro de medição agrupada utilizado em condomínios

C IR C U ITO QU E
E STE É APENA S UM TIPO DE QUAD RO, VAI PAR A OS
O Nº DE MÓDUL OS É DE NO C ON SU MID OR ES
MÍNIMO 2 (DOIS) E NO MÁX IMO 3 3.

FAS E S
0 0 0 0 0

N E U T RO

EN TR AD A
QUE VEM
DA RUA

Ilustra çõ es : J o sé S om bra

69
7 LOCALIZAÇÃO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO GERAL

O quadro de distribuição geral deverá ser instalado no local mais central do prédio,
sempre em ambientes que possam ser freqüentados por todas as pessoas, em
locais que não tenham umidade, não tenham poeiras excessivas, nem a presença
de gases ou substância abrasivas, devem ser observas a temperatura ambiente.
Dentre os locais recomendados em uma residência, temos: cozinha, corredores e
hall, área de serviço. Locais não recomendados: áreas externas e ao tempo, dentro
de banheiros, quartos e próximos a lavanderias, atrás de portas ou móveis. Através
das simbologias dadas até agora, coloque o quadro de medição e o quadro de
distribuição nas plantas fornecidas nas páginas que se seguem:

8 DISITRIBUIÇÃO DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS

8.1 Caixa de passagem no teto

o Vamos agora fazer a implantação de caixas de passagem no teto para


a distribuição dos circuitos elétricos, observando que este é o primeiro
passo, e que estas caixas deverão ser todas interligadas de forma que
uma caixa instalada em qualquer parte da casa, tenha comunicação
através de eletrodutos com todas as outras caixas. Na implantação
destas caixas devemos observar o posicionamento de acordo com a
instalação das luminárias que serão, pois as luminárias serão
instaladas sob as caixas no teto.
o Sempre que tivermos 100VA para iluminação de um cômodo, devemos
ter pelo menos uma caixa, quando este valor ultrapassar os 160VA,
temos que pensar na distribuição da iluminação com maior
aproveitamento e distribuição eficiente da iluminação. Digamos por
exemplo, que um cômodo segundo os cálculos realizados, teve carga
de iluminação calculada em 220VA, no mínimo vamos ter duas
luminárias neste cômodo, para uma melhor distribuição da iluminação
com eficiência, mas dependendo da vontade do proprietário ou do
próprio projetista, poderá ter no mesmo cômodo mais luminárias.
Quanto mais luminárias, melhor a distribuição da iluminação no
ambiente.

70
8.2 Caixas para interruptores

o Já instalamos todas as caixas que serão utilizadas para a distribuição


da iluminação da residência. Todo cômodo da casa deverá ter
instalado para receber os interruptores que comandarão o
seccionamento das luminárias. Mas para isso devemos observar as
dicas que se seguem:
a. Interligar todas as caixas para interruptores com as caixas
instaladas no teto para instalação da iluminação;
b. Nunca instalar interruptores por trás de portas;
c. Evitar o uso de interruptores conjugados com tomadas, pois não
é mais aceito pela NBR 5410/2004;
d. Nunca instalar caixas para interruptores em locais onde haja
umidade, ou desprotegidos da chuva;
e. Procurar instalar todos os interruptores sempre no mesmo
posicionamento, se um interruptor de uma seção esta com a
parte superior posicionada para baixa quando a lâmpada está
acessa, todos os outros interruptores de uma seção deverão
está na mesma condição. O mesmo deverá acontecer com os
interruptores de 2 ou mais seções, se um acender na posição
voltada para a porta, que é o correto, todos os outro deverão
está na mesma posição.
f. A altura que for escolhida para a instalação de uma caixa para
iluminação deverá ser seguida por todas a outras caixas, com
exceção de situação especiais, como interruptores paralelos em
cabeceiras de camas, que geralmente ficam a 0,60m acima do
solo.
g. Normalmente a altura de tais caixa fica entre 0,90 e 1.20m acima
do solo, contando da base da caixa.

8.3 Caixas para tomadas de uso geral.

o Vamos agora fazer a implantação de caixas para instalação de


tomadas.

71
a. Nunca instalar tomadas por trás de portas;
b. Evitar o uso de interruptores conjugados com tomadas, pois não
é mais aceito pela NBR 5410/2004;
c. Nunca instalar caixas para tomadas em locais onde haja
umidade, ou desprotegidos da chuva, há tomadas especiais
para uso ao tempo, disponíveis no mercado;
d. Procurar instalar todas as tomadas de uso geral sempre no
mesmo posicionamento e altura, com exceção da cozinha,
lavanderias e locais onde possa haver umidade. Nestes locais
as tomadas não poderão ter altura menor que 30cm, sendo o
ideal, acima de 50cm.
e. Sempre seguir a recomendação da NBR 5410/2004, utilizando
só tomadas com aterramento (2p+T);
f. Para a instalação das tomadas, com o pino de aterramento
voltado para baixo, sempre teremos o neutro do lado esquerdo,
a fase do lado direito e o terra abaixo (a tomada sendo
visualizada pela parte frontal)
g. Procurar trabalhar sempre com o neutro na cor azul clara o terra
na cor verde ou verde com listra amarela, casa não tenha
disponível nas cores recomendadas, nunca utilizar a mesma cor
para tudo.
h. Dividir o espaço entre as tomadas de uso geral o mais
uniformemente possível;
i. As alturas recomendadas são as seguintes:
 Tomadas baixas: de 20 cm a 40 cm acima do solo e até a
base da caixa.
 Tomadas médias: de 100 cm até 130 cm acima do solo
até a base da caixa.
 Tomadas altas: de 180 cm até 200cm acima do solo até a
base da caixa.

72
8.4 Distribuição de circuitos

o Vamos agora fazer a dos circuitos elétricos dentro do projeto seguindo


os passos a seguir:
a. A interligação do quadro de medição ao quadro de distribuição.
b. A distribuição dos condutores que vão do quadro de medição até
o quadro de distribuição através de simbologia.
c. A interligação do quadro de distribuição às caixas no teto e as
caixas de tomadas de uso geral e as caixas de tomadas de uso
específico.

o Começaremos pelo circuito 01 que alimenta as tomadas de uso geral


da cozinha;
o Em seguida o circuito 2, que alimenta o restante das tomadas de uso
geral
o Continuamos com o circuito 4, que é do ar condicionado do dormitório
1, já que o 3 é reserva, e assim sucessivamente, até completar todos
os circuitos.

DICA: É sempre conveniente utilizar uma planta para iluminação,


outra para circuitos de TUGS e outra para circuitos de TUES, pois fica
mais fácil o entendimento. Você tem 3 plantas disponíveis para
desenvolver o restante do projeto.

73
PLANTA 1 - ILUMINAÇÃO

3 ,4 0 3 .0 5

ÁS
1,75

CZ
3 ,4 0

3,75
D2

3 .0 5
3,15

CP
2 ,3 0
W.c
1,80

3 ,4 0 3 .0 5 3,10
SL
D1
3,25

3,25

74
PLANTA 2 – TOMADAS DE USO GERAL

3 ,4 0 3 .0 5

ÁS
1,75

CZ
3 ,4 0

3,75
D2

3 .0 5
3,15

CP
2 ,3 0
W.c
1,80

3 ,4 0 3 .0 5 3,10
SL
D1
3,25

3,25

75
PLANTA 3 – TOMADAS DE USO ESPECÍFICO E ALIMENTAÇÃO DO QUADRO

3 ,4 0 3 .0 5

ÁS
1,75

CZ
3 ,4 0

3,75
D2

3 .0 5
3,15

CP
2 ,3 0
W.c
1,80

3 ,4 0 3 .0 5 3,10
SL
D1
3,25

3,25

76
o Após feita toda a distribuição, faça o levantamento de todo o material
necessário preenchendo as planilhas de material abaixo:

quant unid material para entrada da COELCE


um Caixa de medição ________________________(monofásica - polifásica)
vara Eletroduto em PVC rígido de __________"
vara Eletroduto em PVC rígido de __________"
um Haste de aterramento cobreada 5x8" X 2,40m com conector
m Cabo cobre rígido nú _________mm2
um Poste de jardim em concreto duplo T tipo_________________

um Armação secundária ________________com parafusos máquinas (monofásica - polifásica)

um Disjuntor _______________________(monofásico - bifásico - trifásico) de ___________A


um Abraçadeiras tipo D com cunha _________"
um Parafusos com bucha S8

quant unid material para instalação interna (estrutura)


Quadro de distrib. PVC ________(3/4 - 4/6 - 8/10 - 16/20), marca__________(tigre - pial-
um cemmar)
Quadro de distribuição metálico com proteção geral e barramentos para fases, neutro e
um terra, para _________circuitos monofásicos padrâp _______(DIN - NEMA)
disjuntor monofásico padrão_________(din -nema) p/corrente______A, interrup.
simétrica______kA
disjuntor monofásico padrão_________(din -nema) p/corrente______A, interrup.
simétrica______kA
disjuntor monofásico padrão_________(din -nema) p/corrente______A, interrup.
simétrica______kA
disjuntor polifásico padrão_________(din -nema) p/corrente______A, interrup.
simétrica______kA
disjuntor polifásico padrão_________(din -nema) p/corrente______A, interrup.
simétrica______kA
disjuntor polifásico padrão_________(din -nema) p/corrente______A, interrup.
simétrica______kA
vara Eletroduto em PVC rígido de _______"
vara Eletroduto em PVC rígido de _______"
vara Eletroduto em PVC rígido de _______"
vara Eletroduto em PVC rígido de _______"
vara Eletroduto em PVC rígido de _______"
um Haste de aterramento cobreada 5x8" X 2,40m com conector
m Cabo flexível, 750V, _________mm2, na cor _______________
m Cabo flexível, 750V, _________mm2, na cor _______________

77
m Cabo flexível, 750V, _________mm2, na cor _______________
m Cabo flexível, 750V, _________mm2, na cor _______________
m Cabo flexível, 750V, _________mm2, na cor _______________
m Cabo flexível, 750V, _________mm2, na cor _______________
m Cabo flexível, 750V, _________mm2, na cor _______________
m Cabo flexível, 750V, _________mm2, na cor _______________
m Cabo flexível, 750V, _________mm2, na cor _______________
um Caixas 4x2 em PVC, marca _________________ (tigre, cemmar, tramontina)
um Caixas quadradas 4x4 em PVC, marca _________________ (tigre, cemmar, tramontina)
um Caixas octogonal 3x3 em PVC, marca _________________ (tigre, cemmar, tramontina)
um Caixas octogonal 4x4 em PVC, marca _________________ (tigre, cemmar, tramontina)
Caixas octogonal c/ fundo móvel 4x4 em PVC, marca _________________ (tigre, cemmar,
um tramontina)
Caixas octogonal 3x3 em PVC fixador móvel , marca _________________ (tigre, cemmar,
um tramontina)
rolo fita isolante scotch 3m+ antichama 19mmx20m
kg arame galvanizado para pesca 16"
um Luvas para eletroduto em PVC rígido ___________"
um Luvas para eletroduto em PVC rígido ___________"
um Luvas para eletroduto em PVC rígido ___________"
um Cuvas 90° para eletroduto em PVC rígido ___________"
um Cuvas 90° para eletroduto em PVC rígido ___________"
um Cuvas 90° para eletroduto em PVC rígido ___________"
um Cuvas 90° para eletroduto em PVC rígido ___________"
um Cuvas 90° para eletroduto em PVC rígido ___________"

quant unid material para instalação interna (acabamento)


Interruptor simples de uma seção marca_________________
Interruptor de duas seções marca_________________
Interruptor de três seções marca_________________
Interruptor de uma seção com tomada marca_________________
Interruptor de duas seções com tomada marca_________________
Interruptor de duas seções marca_________________
Interruptor simples de uma seção marca_________________
Interruptor simples de uma seção marca_________________
Interruptor simples de uma seção marca_________________
tomadas 2p+T de uso geral
Tomadas 2p+T de uso específico

 Agora que você seguiu todos os passos para o planejamento da instalação de


nossa casa, vamos agora ver os procedimentos e técnicas para a execução
das instalações.

78
9 FERRO DE SOLDA

É uma ferramenta composta de tubo de ferro, onde se encontra alojado um resistor


elétrico que, liga à rede de energia por meio de um fio de tomada que emerge do
cabo, aquece uma ponta de cobre o suficiente para fundir a solda de estanho e
aquece os metais a soldar.

OBS. Verificar a tensão de linha.


Cabo

Dissipador de calor

Ferro de soldar
de ponta

Ponto de cobre

Ponta de cobre
Ferro de soldar tipo
machadinha

9.1 Solda de estanho

Também conhecida como solda fresca ou solda branca.

Chumbo- 33%
Estanho- 67%

É uma liga de chumbo e estanho que, ao fundir-se, adere aos outros metais,
especialmente o cobre e o bronze, se estes estiverem, pelo menos, à mesma
temperatura e desoxidados.

79
Em instalações elétricas, a solda serve para produzir um bom contato na emenda
dos condutores e torná-la mais resistente ao esforço de tração.

Acima = Aplicação da extremidade de um fio de seda, os dois canais internos


contêm a resina necessária à soldagem.

9.2 Pasta desoxidante

É uma substância pastosa de ação decapante ou desoxidante, quando aquecida à


temperatura de fusão. A pasta desoxidante é muito usada como fundente na
soldagem de emendas dos condutores, terminais e todo o tipo de conexões elétricas
que exijam bom contato e uma melhor resistência mecânica.

80
10 EMENDA DE CONDUTORES

10.1 Emenda de condutores em prosseguimento

Esta operação consiste unir fios condutores, para prolongar linhas (fig.1), e utiliza-se
em todo tipo de instalações. Realiza-se com condutores de até 4mm2 de seção.

Processo de Execução

- Coloque o alicate perpendicularmente ao


condutor de corte (Fig.2).

Fig. 2

- Desencape as pontas dos condutores.

a) Marque com o canivete, sobre o extremo desse condutor, uma distância de


aproximadamente 50 vezes o diâmetro desse condutor (Fig.3).

OBS. Na prática você deverá


desencapar o fio;
1,5 - 8cm
2,5 - 10cm
4 - 13cm
Fig.3

81
Fig. 4
b) Desencape as pontas a partir das
 Precaução
marcas até retirar toda a capa isolante
(Fig.4).

EMPREGUE COM CUIDADO O CANIVETE, PARA NÃO SE FERIR.

- Lixe o condutor até que o metal fique brilhante (Fig.5)

Fig.5

OBSERVAÇÃO: Quando o condutor for estalado não deve ser lixado.

a) Cruze o condutor à 120º, com


o principal e segure-os como o
alicate universal (Fig.6).

82
Fig.6
b) Enrole o condutor com as mãos
sobre o outro e em seguida, use
o alicate universal, mantendo as
espiras uma ao lado da outra no
Fig. 7
mínimo 6 espiras. (Fig.7).

Soldar a Emenda

a) Apóie o soldador bem quente, limpo e


com a ponta bem estanhada na parte
inferior da emenda, aplicando ao mesmo Solda fraca
tempo o desoxidante sobre a
mesma.(Fig.8).

b) Apóie fio de solda na parte superior da


emenda, até que a solda fundida preencha
todos os espaços entre as voltas e cubra
Fig. 8
totalmente a emenda.

OBSERVAÇÃO 1
A soldagem sempre deve ser feita imediatamente depois de efetuada.

- Isole com fita isolante ou líquida química.

a) Enrole a fita obliquamente, cobrindo parte do encapamento dos condutores

83
b) Coloque uma segunda camada, conforme a figura a seguir.

Fig.9 Fig.10

OBSERVAÇÃO 2

1 – Cada volta da fita isolante deve cobrir uma quarta parte da volta anterior.
2 – Mantenha a fita isolante tensa.

10.2 Emendar condutores derivação

Esta operação consiste em unir o extremo de um condutor (ramal) numa região


intermediária do outro (rede), para tomar uma alimentação elétrica. Emprega-se em
todos os tipos de instalações, com condutores de até 2,5mm. (Fig.1).

Condutor Principal

Condutor
Derivado

Fig. 1

84
 Processo de Execução

- Desencape os condutores.

a) Desencape o extremo do condutor


derivado, num comprimento aproximado de
50 vezes seu diâmetro.

b) Desencape o outro condutor, na região


onde se efetuará a emenda, num
comprimento aproximado de 10 vezes o
Fig.2
diâmetro do condutor. (Fig.1).

OBSERVAÇÃO 1

O canivete não deve atingir o condutor.

Precaução

CUIDADO PARA NÃO SE FERIR COM O CANIVETE.

- Limpe os condutores nas regiões desencapadas, usando as costas do canivete.


(Fig.3).

OBSERVAÇÃO 2

Quando o condutor for estanhado não deve ser raspado e nem lixado.

85
- Enrole o extremo do condutor derivado sobre o principal.

a) Cruze o condutor à 90º com o principal


e segure-os com o alicate universal.
Condutor
(Fig.4). principal

b) Enrole à mão o condutor derivado sobre


o principal (Fig.5) mantendo as espiras Condutor
derivado
uma ao lado da outra, e no mínimo de 6
espiras. (Fig.6).
alicate Fig.4

Fig.5 Fig.6

86
c) Aperte com outro alicate as espiras e arremate à última. (Fig.7).

Alicate

Fig. 7

OBSERVAÇÃO 3

As espiras não devem ficar sobre o isolamento do condutor.

10.3 Condutores de superfícies decapadas

Esta operação consiste em cobrir superfícies desencabadas de condutores com fita


isolante (Fig.1). É executada para restabelecer as condições de isolação dos
condutores elétricos.

Fig.1

 Processo de Execução

a) Enrole as pontas da fita isolante à capa do condutor, com o polegar (Fig.2).

b) Enrole a fita isolante sobre a superfície nua do condutor, de modo que cada volta
segue a metade da volta anterior (Fig.3). Fig.2

87
Fig.3

10.4 Prolongar condutores flexíveis (Cabos)

Esta operação consiste em unir dois cabos, para prolongar uma linha elétrica.
Realiza-se quando não é suficientemente o comprimento de um só cabo. Para cobrir
a distância entre elementos que se quer interconectar.

 Processo de Execução

- Desencape as pontas de cada cabo, num comprimento aproximado de 20 vezes o


seu diâmetro.
- Prenda os fios na metade da região desencabada de cada cabo (Fig.1).

Fig.1

- Abra os cabos, alinhe seus condutores e limpe-os até a atadura.


- Corte o condutor central de cada um dos cabos, junto à atadura (Fig.1).
- Enrole os condutores.

88
a) Retire a atadura de um dos cabos.

b) Enfrente os cabos, intercalando os


condutores e comece a enrolar em
sentido contrário ao trançado do cabo
do qual retirou a atadura (Fig.2).
Fig.2

c) Retire a outra atadura e enrole os condutores do outro lado, como na anterior


(Fig.3).

Fig.3

- Aperte a emenda com auxilio de alicates e arremate os extremos dos condutores


até que fique como na figura 4.

Fig.4

- Solde e isole a emenda.

89
10.5 Derivar condutores flexíveis (Cabos)

Esta operação consiste em unir condutores flexíveis em derivação. Executa-se


quando é necessário fornecer energia elétrica a um circuito ramal, a partir de um
principal.

 Processo de Execução

- Desencape e limpe o extremo do condutor que constitui o cabo derivado, em


um comprimento igual a 20 vezes o seu diâmetro.
- Desencape e limpe a região do cabo principal, onde deve realizar a derivação,
em um comprimento igual a 15 vezes o diâmetro do cabo derivado.
- Destorça e alinhe os fios do cabo derivado.
- Corte o fio central do cabo derivado, na altura do isolamento.
- Abra o cabo principal.

a) Segure com dois alicates, o cabo principal e destorça; fazendo-o girar em sentido
contrário ao seu trançado.

b) Introduza uma cunha no centro da região desencapada, deixando uma abertura


por onde introduzirá o cabo derivado.

OBSERVAÇÃO 1

Dado que o cabo tem número


ímpar de condutores, ficará um
lado de cunha com um condutor a
mais que o outro.

Fig.1

- Introduza o cabo derivado na abertura (Fig.1).


90
- Enrole a metade dos condutores do cabo derivado, sobre o cabo principal, em
sentido contrário ao trançado deste último (Fig.2).

Fig.2

OBSERVAÇÃO 2

Os condutores do cabo derivado não devem sobrepor-se.

- Enrole a outra metade dos condutores em sentido contrário aos enrolados no


passo anterior (Fig.2).
- Aperte a derivação, com um alicate (Fig.3).
- Solde e isole a derivação.

Fig.3

91
11 CURVAMENTO DE ELETRODUTOS DE PVC

Geralmente, no trabalho do eletricista, há necessidade de desviar o percurso da


instalação para transpor obstáculos. Quando isto ocorre na instalação em que se
utiliza eletroduto, o eletricista pode aplicar uma curva padrão, comumente
encontrada no comercio com 90º.

Mas nem sempre essas curvas atendem a natureza do serviço, se isto acontece, o
eletricista deve curvar o eletroduto. Vejamos os dispositivos que são utilizados para
curvar eletroduto.

A mola: É um utensílio constituído por um arame de aço, enrolado sob forma de


espira, com uma guia terminada numa argola.

Utilizada para impedir deformação do diâmetro interno do eletroduto durante o


curvamento.

A areia: O eletroduto deve estar tampado em um dos lados. Encher com areia fina e
enxuta, bem compactada e depois tampá-lo para seguir as marcações.

Soprador térmico: Dispositivo utilizado como fonte de calor para curvar eletrodutos.

Para curvar eletrodutos deve-se proceder lentamente, com muito cuidado e de


maneira controlada, para assim se conhecer o efeito do calor no material
correspondente, porque nesse caso, variações relativamente pequenas na
temperatura podem causar deformações.

92
11.1 Soprador térmico

Moldagem ou soldagem de plástico.

Caso se deseja dobrar, moldar ou soldar peças de PVC ou polietileno, deve-se


proceder lentamente, com muito cuidado e de maneira controlada, para assim se
conhecer o efeito do calor no material correspondente, porque nestes casos,
variações relativamente pequenas na temperatura podem causar deformações nas
peças.
 Característica Técnicas

93
Tipo: HL 1500
Potência: 1400 watts
Temperatura do ar da saída:  - 300ºc  - 500ºc
Volume de saída de ar: 220v ( - 240 /min  - 400 /min).

Dupla Isolação

SOPRADOR
TÉRMICO

12 MONTAR REDE DE ELETRODUTOS

ELETRODUTO: São tubos de metal ou plástico, rígido ou flexível, utilizados com a


finalidade de proteger os condutores elétricos, contra a umidade, ácidos, gases ou
choques mecânicos.

OBS: Pode ser adquirido em


varas de 3 metros e dotado de
rosca externa nas extremidades.

94
LUVA: Peça de metal, dotada
de rosca interna, servindo para
unir eletrodutos.

12.1 Como selecionar eletrodutos

Máximo número de condutores no mesmo eletroduto.

MÁXIMO NÚMERO DE CONDUTORES NO MESMO ELETRODUTO


Bitola do Condutor NÚMERO DE CONDUTORES NO MESMO ELETRODUTO
AWG – (mm2) 1 2 3 4 5 6 7 8 9
DIÂMETRO DO ELETRODUTO EM POLEGADA
14 (1,5) ½ ½ ½ ½ ¾ ¾ ¾ 1 1
12 (2,5) ½ ½ ½ ¾ ¾ 1 1 1 1¼
10 (4) ½ ¾ ¾ ¾ 1 1 1¼ 1¼ 1¼
8 (6) ½ ¾ 1 1 1¼ 1¼ 1¼ 1¼ 1½
6 (10) ½ 1 1¼ 1¼ 1½ 1½ 2 2 2
4 (16) ¾ 1¼ 1¼ 1½ 2 2 2 2 2½
2 (25) ¾ 1¼ 1½ 1½ 2 2 2½ 2½ 2½
1/0 (50) 1 1½ 2 2 2½ 2½ 3 3 3
2/0 (70) 1 2 2 2½ 2½ 3 3 3 3½
3/0 --- 1 2 2 2½ 3 3 3 3½ 3½
4/0 (95) 1 1/4 2 2½ 2½ 3 3 3½ 3½ 3½

12.2 Corte e abertura de roscas em tubos de PVC

É o ato de cortar o eletroduto no tamanho adequado para utilização e depois abrir


rosca para fazer o acabamento da instalação através de acessórios. Vamos
conhecer agora o equipamento e material necessário para abrir rosca e cortar
eletroduto.

 Eletroduto: São tubos atualmente de plástico, rígidos ou móvel, utilizados com a


finalidade de conter e proteger os condutores elétricos, contra a umidade, ácidos,
gases ou choques mecânicos.

95
 Serra Manual: Compõe-se de arco e lâmina de serra, podendo assim encontrar
com as seguintes características:

12’’ 14
12’’ 18
QUANTIDADE DE DENTES POR POLEGADA
12’’ 24
12’’ 32
TAMANHO DA LÂMINA

 Tarraxa: Ferramenta usada para abrir rosca externa em eletroduto de PVC.

1 2
Colocar e pressionar a guia de forma que ela Montar o cossinete com o chanfro de entrada de rosca
fique perfeitamente assentada no encosto do contra a guia, ajustar a posição do cossinete de tal
porta-cossinete. forma que os furos laterais de travamento fiquem na
direção de encaixe dos pegadores.

3 4
 Morsa
Fixar de Bancada
os pegadores, para
observando queTubo:
o pino de Ocorrendo dificuldade para atarraxar o pegador
aço contido na extremidade do pegador já serve até o final da rosca, deve-se ajustar a posição do
para o travamento do guio do cossinete. cossineta. Basta alinhar o sinal da face do
cossinete com o sinal do porta-cossinete.

96
Ferramenta de aperto, constituída por uma mandíbula fixa e outra móvel, guarnecida
por mordentes de aço.

 Corte o eletroduto.
a – Meça e marque no eletroduto o comprimento desejado.
b – Prenda o eletroduto na morsa, de modo que a marca fique voltada para cima e
uns 15cm para fora.

97
 Abra a rosca

a – Selecione o cociente e o guia próprios, de acordo com o diâmetro nominal do


eletroduto.
b – Monte a tarraxa.

 Abra rosca no eletroduto: Dê um movimento de rotação na tarraxa (sentido


horário) forçando para dentro para formar sulcos iniciais.

98
13 SELEÇÃO DE CONDUTORES

Para selecionar o fio condutor e cabos, você deverá conhecer a intensidade da


corrente elétrica do circuito e consultar a tabela para identificar a seção métrica
adequada.
Tabela para cabos isolados classe 750V

seção 750V Capacidade de cabos no mesmo


eletroduto
em Em
mm2 3 4 6 7
eletrod. leito
1,5 15,5 17,5 1/2" 1/2" 1/2" 1/2"
2,5 21 24 1/2" 1/2" 3/4" 3/4"
4 28 32 3/4" 3/4" 3/4" 3/4"
6 36 41 3/4" 3/4" 1" 1"
10 50 57 1" 1" 1" 1"
16 68 78 1" 1" 1 1/4" 1 1/4"
25 89 101 1 1/4" 1 1/4" 1 1/4" 1 1/4"
35 111 125 1 1/4" 1 1/4" 1 1/4" 1 1/4"
50 134 151 1 1/4" 1 1/4" 1 1/2" 1 1/2"
70 171 192 1 1/2" 1 1/2" 1 1/2" 1 1/2"
95 207 232 1 1/2" 1 1/2" 2" 2"
120 239 269 2" 2" 3" 3"
150 272 309 2 1/2" 3" 4" 4"
185 310 353 3" 4" 4" 4"
240 364 415 4" 4" 4" 4"

99
14 LÂMPADA INCANDESCENTE E INTERRUPTOR

 Interruptor Simples: Constituído de plástico possuindo uma alavanca ou tecla


que, através de contatos, fecha ou abre o circuito elétrico e bornes para ligação dos
fios. Serve para fechar ou abrir o circuito elétrico.

 Tomada Universal Monofásica para uso Geral em Ligações de Eletrodomésticos.

 DIAGRAMA MULTIFILAR

 DIAGRAMA UNIFILAR

100
 Interruptor Conjugado

Interruptor com tomada: Permite o funcionamento da lâmpada, sem interferir no


funcionamento da tomada, fazendo com que os dois trabalhem independentemente.

14.1 Lâmpada incandescente (DIMMER)

Lâmpada incandescente: Composta de bulbo de vidro incolor ou leitoso, de uma


base de cobre ou outras ligas e um conjunto de peças de que contém o filamento,
que é a peça mais importante.

Os filamentos das primeiras lâmpadas eram de carvão, mas atualmente são de


tungstênio, que tem um ponto de fusão de aproximadamente 3 400ºC. Esta
temperatura não é atingida nem pela lâmpada a 1500 watts ( 2 700ºC).

No interior do bulbo de vidro das lâmpadas incandescentes usuais é feito o vácuo,


isto é, retirado todo o oxigênio, a fim de que o filamento não se queime, já que o
oxigênio alimenta a combustão. Também se usa substituir o oxigênio no interior da
lâmpada por um gás inerte (Nitrogênio e argônio).
a) Base metálica
b) Filamento de tungstênio

101
c) Especificação de tensão e potência
d) Nitrogênio e nitrogênio

S = Straight (reto) T = Tubular


F = Flame (chama) PS = Pear Shaped (tipo pêra)
G = Globular PAR = Parabólico
A = Comum R = Refletor

Dimmer: É um dispositivo eletrônico que serve para controlar o brilho de lâmpada


incandescente; obtendo-se a luz plena, passando à meia luz até uma completa
extinção de seu brilho.

102
15 ESQUEMAS E DIAGRAMAS DE EQUIPAMENTOS
Esque m a unifila r de um a lâ m pa da a c iona da por um inte rruptor

100
2 a

Esque m a unifila r de dua s lâ m pa da s a c iona da s por um inte rruptor de 2 se ç õe s

100 100
2 a 2 b

Esque m a unifila r de um a lâ m pa da a c iona da por um inte rruptor thre e wa y

100
2 a

a a

Esque m a unifila r de um a tom a da 2p+ t, ou se ja , m onofá sic a c om te rra .

103
Esque m a de ligaç ão
Tom adas
2P+ T
a f a se d e v e r é e sta
se m p r e à d ir e ita d a
to m a d a d e p o is d e f ix a d a

Tom adas
m onofásic a
c om ate r r am e nto u sa d a e m l i g a ç ã o d e c o m p u t a d o r e s

Tom adas Esque m a de ligaç ão


2P+ T
PINO CH ATO a f a se d e v e r é e sta
se m p r e à d ir e ita d a
to m a d a d e p o is d e f ix a d a

Tom adas
m onofásic a u sa d a e m l i g a ç ã o d e a r c o n d i c i o n a d o ,
c om ate r r am e nto c h u v e i r o s e l é t r i c o s, e t c . .

Esque m a de ligaç ão
Tom adas N
2P+ T R
USADAS CO M O S
TRIFÁSICAS T

Tom adas u sa d a e m l i g a ç ã o d e m o t o r e s e l é t r i c o s
tr ifásic as e m á q u i n a s c o m c a rg a d e a t é 2 5 A

Esque m a de ligaç ão

F as e - pret o
Fotoc é lula C arga - v erm elho

B ranc o - neut ro

Lâm pada
fluore sc e nte Esque m a de ligaç ão
c om re atore s c om uns
REATO R

104
IL U M IN A Ç Ã O C O M F O T O C É L U L A
IN D IV ID U A L PA R A L Â M PA D A S VA P O R D E M E R C Ú R IO

RELÉ FOTOELÉTRICO NF
USADO PARA CONTROLE DE UMA SÓ LUMINÁRIA

D E TA L H E

FASE -> PRETO


RETORNO - > VERMELHO
BRANCO - > NEUTRO

E sq u e m a d e lig a ç ã o
REATOR DE ACORDO COM A LÂMPADA
PARA REDUZIR A TENSÃO NA LÂMPADA. F as e - pret o
DEVE TER A MESMA POTÊNCIA DA LÂMPADA C arga - v erm elho

F OT O
REATOR
C ÉLU LA

Branc o - neut ro

O D E S E N H O A C IM A A P R E S E N TA L IG A Ç Ã O D E L Â M PA D A S
VA P O R D E M E R C Ú R IO (H G ) AT R AV É S D E R E L É F O TO E L É T R IC O IN D E P E N D E N T E ,
É N O S D IA S D E H O J E O M A IS U S A D O E M R U A S , P R A Ç A S D E P E Q U E N O E M É D IO
P O R T E E Q U A D R A S E S P O R T IVA S ..

M AT E R IA L N E C E S S Á R IO :

1 R E L É F O TO E L É T R IC O N F C O M B A S E
1 R E ATO R D E A C O R D O C O M A P O T Ê N C IA E T IP O D E L Â M PA D A
1 L Â M PA D A C O M M E S M A P O T Ê N C IA D O R E ATO R

P O T Ê N C IA S :
8 0 W AT T S - C O M E N R O S C A M E N TO E 2 7 - V ID A Ú T IL D E 1 2 .0 0 0 H
1 2 5 W AT T S - C O M E N R O S C A M E N TO E 2 7 - V ID A Ú T IL D E 1 2 .0 0 0 H
2 5 0 W AT T S - C O M E N R O S C A M E N TO E 4 0 - V ID A Ú T IL D E 1 6 .0 0 0 H
4 0 0 W AT T S - C O M E N R O S C A M E N TO E 40 - V I DA Ú T IL D E 2 0 .0 0 0 H

105
Esque m a de ligaç ão

Lâm pada
fluore sc e nte AZUL
BRANCO

REATO R AZUL
PRETO
VERMELHO

R E AT O R E S D E PA R T ID A R Á P ID A P / 1 L Â M PA D A

Esque m a de ligaç ão

Lâm pada
fluore sc e nte
BRANCO
REATOR
PRETO
VERMELHO

AMARELOS

AMARELOS

AZUL
R E AT O R E S D E PA R T ID A R Á P ID A P / 2 L Â M PA D A S

AT E N Ç Ã O ! ! !
S e m p r e o b se r v a r o s e sq u e m a s c o n sta n te s n o s r e a to r e s, p o is a c o m b in a ç ã o
d e c o r e s e e sq u e m a s m u d a d e a c o r d o c o m o f a b r ic a n te

RELÉ
FOTOELÉTRICO NF REATOR DE ACORDO
COM A LÂMPADA
POTÊNCIA E TIPO

Ligação de iluminação
com fotocélula CONDUTOR RETORNO,
VEM DO REATOR PARA
individual LÂMPADA
PARA LÂMPADAS
VAPOR DE MERCÚRIO
Reator c/ dois condutores
CONDUTOR NEUTRO PARA
ALIMENTAÇÃO DA FOTOCÉLULA,
VEM DA REDE PARA O RELÉ

CONDUTOR FASE
PARA ALIMENTAÇÃO
DA FOTOCÉLULA,
VEM DA REDE PARA O RELÉ

106
LIGAÇÃO DE ILUMINAÇÃO COM FOTOCÉLULA INDIVIDUAL
PARA LÂMPADAS VAPOR DE SÓDIO

RELÉ IGNITOR
FOTOELÉTRICO NF

Ligação
RE ATO R
de iluminanção
com fotocélula
RETORNO
INDIVIDUAL VEM DO REATOR+IGNITOR
para lâmpadas PARA A LÂMPADA

VAPOR DE SÓDIO E
VAPOR METÁLICO
CONDUTOR NEUTRO
ALIMENTAÇÃO DA FOTOCÉLULA
E DO IGNITOR

CONDUTOR FASE
PARA ALIMENTAÇÃO
DA FOTOCÉLULA,
VEM DA REDE PARA O RELÉ

RELÉ IGNITOR
FOTOELÉTRICO NF

Ligação REATOR

de iluminanção
com fotocélula RETORNO
VEM DO REATOR+IGNITOR
INDIVIDUAL PARA A LÂMPADA
para lâmpadas
VAPOR DE SÓDIO E
VAPOR METÁLICO CONDUTOR NEUTRO
ALIMENTAÇÃO DA FOTOCÉLULA
E DO IGNITOR

CONDUTOR FASE
PARA ALIMENTAÇÃO
DA FOTOCÉLULA,
VEM DA REDE PARA O RELÉ

107
15.1 Fotocélula

Em circuitos de iluminação de exteriores (ruas, caixas d’água, pátios, etc.) é muito


comum o comando de ligação e desligamento ser automático por elementos
fotossensíveis.

Estes elementos são instalados individualmente junto à lâmpada e operam segundo


a intensidade de luz recebida. Estes dispositivos são muito úteis porque eliminam o
operador para apagar e acender.

Sem interruptor

rede

fase

Com interruptor (opcional)

Observação:
- Interruptor aberto,
lâmpada acessa.
- Interruptor fechado,
funcionamento normal
do relé.

rede

fase

108
15.2 Detector de presença

Circuito destinado a indicar se existe alguém em um determinado local. O


acionamento do detector de presença pode ser pelo calor, barulho ou variação de
luminosidade.

Esquemas de ligações

Interruptor
capacitor Fio vermelho
Fio preto ou azul
Fio amarelo

Dois ou mais LAP’s em paralelo


Detalhe da instalação

 Interruptor Automático por Presença


 Acende automaticamente a iluminação logo que detectado um movimento
(pessoas, animais, automóveis), num raio de 10 metros.
 Apaga automaticamente a iluminação após uma duração regulável de 10
segundos a 10 minutos.
 Possibilidade de regular o funcionamento conforme o nível de iluminação
ambiente (dia, noite, penumbra...).
 Potência máxima (110/220V~):
- 1200 W para lâmpadas incandescentes
- 600 W para lâmpadas fluorescentes

109
Vista lateral Vista superior

Até 10 metros de alcance


Até 110º de ângulo de detecção

16 CAIXAS DE COMPONENTES E PASSAGEM

16.1 Tipos de caixa de embutir

Descrição Utilização

Caixa 2 x 4 retangular Serve para fazer interligação e


fixação de peças conjugadas

Caixa 4 x 4 quadrada Serve para fazer interligação e


fixação de peças conjugadas.

110
Caixa 3 x 3 ou 4 x 4 octogonal
Serve para fazer interligação o teto.

16.2 Tipos de caixa de sobrepor

Instalações aparentes

As caixas para instalação aparente são denominadas de conduletes, sendo usadas


em instalações elétricas industriais, comerciais, depósitos, oficinas, etc. Estas caixas

111
podem ser de alumínio injetado ou de PVC. Podem ser para uso com rosca ou de
encaixe.

Características técnicas das caixas de passagem tipo CONDULETE: há uma enorme


variedade de modelos, permitindo diversas possibilidades de instalação, sendo
sempre conveniente consultar os catálogos com diferentes modelos, pois as formas
de uso variam de acordo com fabricante.

Existem com fixação rosqueada, por encaixe direto e por encaixe preso através de
parafusos, bem como para diversos diâmetros de eletrodutos. Podem ser usados
como caixas de passagem, bem como para fixação de interruptores, tomadas,
luminárias, etc.

112
17 LUMINÁRIAS FLUORESCENTES

Servem para iluminar ambientes, escolas, hospitais, comerciais e indústrias.

17.1 Tipos de luminárias


- Standard;
- Industrial;
- Decorativo.

17.2 Caixa para lâmpadas fluorescentes

- Serve para refletir e dirigir o fluxo luminoso para a área a ser iluminada.

17.3 Equipamentos auxiliares

Para funcionamento da lâmpada, são indispensáveis dois equipamentos auxiliares:


Starter e reator. O “Starter” é um dispositivo usado na partida, empregando o
princípio do bimetal, isto é, dois metais em forma de lâmina com coeficiente de
dilatação diferentes.

A lâmina bimetálica constitui o contato móvel, havendo outro contato que é fixo. Na
fig. 2 vemos o esquema do “Starter”.

As lâmpadas de descarga usam na partida ignitores (Ver fig. 3). Como parte
integrante do “Starter”, tem um condensador ligado em paralelo com o interruptor e
sua função é evitar interferências em aparelhos de rádio.

113
Enrolamentos de cobre Chapas de ferro-silício
isolados com epóxi coladas e soldadas
Enchimento de
poliéster

Bloco terminal: facilita e


simplifica as instalações

Carcaça tratada interna e


externamente com
fosfatização e materias
anticorrosivos

17.4 Funcionamento

Fechando-se o interruptor, forma-se um arco entre o contato do interruptor térmico


(Starter) e o circuito se completa. O calor do arco no Starter faz o bimetálico curvar-
se e encostar-se ao contato fixo.

Uma elevada corrente elétrica circula pelos filamentos, aquecendo-os e vaporizando


o mercúrio. O Starter esfria e abre o circuito, provocando uma tensão mais alta,
originária do reator (tensão de ruptura). Essa tensão vai determinar a ignição da
lâmpada. Uma corrente, então, flui através do gás, auxiliada pelo vapor de mercúrio.

Devido ao choque dos elétrons com os átomos do gás, ocorre uma emissão de raios
ultravioleta, que são invisíveis. Porém, ao atravessarem a camada fluorescente das
paredes do tubo de vidro, produzem luz visível.

17.5 Iluminação fluorescente

A lâmpada fluorescente utiliza a descarga elétrica através de um gás para produzir


energia luminosa. Consiste de um bulbo cilíndrico de vidro, tenso em suas
extremidades eletrodo metálico de tungstênio (catodo), por onde circula corrente
elétrica. Em seu interior, mercúrio ou argônio a baixa pressão e as paredes internas

114
do tubo são pintadas com materiais fluorescentes, conhecido por cristais de fósforo
(PHOSPHOR) fig. 1.

SUBSTÂNCIA FLUORESCENTE COR


Pintura
fluorescente
(phosphor) Tungstênio de magnésio Branco
Luz visível Átomos de
mercúrio
Tungstato de cálcio Azul
Silicato de zinco Verde
Silicato de cádmio Amarelo
Borato de cádmio Rosa

17.6 Vida útil das lâmpadas fluorescentes

A vida média das lâmpadas fluorescentes comuns é da ordem de 7500h enquanto


que para lâmpada lumina, da CBL, o fabricante prescreve 25000h.

115
17.7 Starter

Serve para dar partida ao funcionamento da lâmpada.

17.8 Tipos de lâmpadas fluorescentes


- De catodo quente (HO);
- De catodo frio;
- De catodo pré-aquecido.
Servem para iluminar ambientes residenciais, industriais, hospitalares e comerciais.

17.9 Reator

Serve para proporcionar duas tensões necessárias ao funcionamento da lâmpada.

18 MOTOBOMBA MONOFÁSICA

É uma máquina de corrente alternada capaz de acionar máquinas em geral e


bombas d’água a partir de uma rede elétrica monofásica.

O motor monofásico de fase auxiliar pode ser de dois tipos: motor de partida sem
capacitor e com capacitor.

116
18.1 Motor com partida sem capacitor

Nos motores de partida sem capacitor, durante a partida, o enrolamento auxiliar fica
ligado diretamente, em paralelo, com o enrolamento principal.

Quando o motor atinge certa velocidade, cerca de 75% da velocidade normal, um


interruptor automático desliga o enrolamento auxiliar, passando o motor a funcionar
apenas com o enrolamento principal.

18.2 Motor com partida com capacitor

Os motores de partida com capacitor têm funcionamento igual ao acima descrito,


tenso, apenas, ligado em série com o enrolamento auxiliar, um capacitor.

117
18.3 Tipos de motobombas

 INJETORA

 CENTRÍFUGA

118
 Bomba Centrífuga

É uma máquina que serve para bombear água de um reservatório inferior para outro
superior. Tem gravada uma seta indicativa do sentido correto da rotação.

 Motobomba Monofásica

É o conjunto formado pelo acoplamento de um motor monofásico e uma bomba


centrífuga.

119
18.4 Funcionamento

 MANUAL

Quando a chave seletora está ligada para baixo e fechando os contatos 2 e 3. Neste
caso o operador deverá ficar vigiando o nível da água nos dois reservatórios e
desligar a bomba pela chave seletora. Quando a superior estiver cheia ou quando a
inferior estiver seca.

 AUTOMÁTICO

Quando a chave seletora está ligada para cima e fechado os contatos 1 e 2. Neste
caso a operação será automaticamente controlada pela chaves-bóias. A chave
seletora poderá ser desligada em horários que não recomendem o funcionamento
da bomba.

19 CHAVE BÓIA DE CONTATO DE MERCÚRIO

É um dispositivo que serve para desligar ou ligar a motobomba automaticamente, de


acordo com o nível d’água dos reservatórios superior e inferior, bastando inverter a
posição da ampola, de acordo com a situação.

Este dispositivo é composto, normalmente, de tampa, base de baquelita, suporte em


“U”, dobradiça, interruptor de mercúrio, peso de nível superior e inferior e linha de
náilon.

120
(e) (d) 1 – Composta de: Cápsula plástica lacrada
(b) (g) (i) (a), interruptor de mercúrio (b), ampola de
(f) vidro (d), mercúrio (e), contatos (f),
condutores (g0, lastro ou peso de ferro (h)
e cabo de digitação (i)).
(a)

(h) 2 – Deve ser adquirida especialmente para


uso no reservatório d’água superior ou no
inferior, pois a posição da ampola é
diferente de uma para outra.
Caixa superior vazio Caixa superior cheia
Bomba desligada

3 – Serve para desligar ou ligar a


motobomba automaticamente.

Caixa inferior cheia Caixa inferior vazia


Bomba ligada Bomba desligada

Posição dos contatos Posição dos contatos


fechados abertos

Mercúrio Mercúrio

121
20 PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS

MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS


MOD Hz
CV rpm
V A
FS ISOL Ip/In
REGS CAT Ip

MOTORES DE IINDUÇÃO TRIFÁSICO


MOD Hz
CV rpm
∆ / Y V
FS ISOL Ip/In
REGS CAT Ip

Obs: Para inverter o sentido de rotação troca o 5 pelo 6.

Ligação estrela paralela

122
Ligação triângulo série

Ligação triângulo paralelo

20.1 Características da placa de identificação do motor

1 – CARCAÇA (MODELO): Cada tamanho padronizado ou carcaça de motor,


corresponde a valores estabelecidos para estas dimensões.

2 – POTÊNCIA NOMINAL (CV): É a potência que o motor pode fornecer dentro de


suas características nominais, em regime contínuo de serviço.

3 – TENSÃO NOMINAL (V): É a tensão da rede para qual o motor foi projetado.

123
4 – FREQUÊNCIA NOMINAL (Hz): É a freqüência da rede para qual o motor foi
projetado.

5 – CATEGORIA (CAT): Define as limitações de conjugado (máximo de partida) e de


corrente de partida estipulada em normas.

6 – CORRENTE NOMINAL (A): É a corrente que o motor absorve da rede quando


funciona à potência nominal, sob freqüência e tensão nominais.

7 – VELOCIDADE NOMINAL (RPM): É a velocidade do motor funcionando à


potência nominal, e sob tensão e freqüência nominais.

8 – FATOR DE SERVIÇO (FS): É o fator que aplicado à potência nominal indica a


carga permissível que pode ser aplicada continuamente ao motor.

9 – CLASSE DE ISOLAÇÃO (ISOL): Identifica o tipo de material isolante empregado


o enrolamento. Define o limite da temperatura do motor em funcionamento normal.

10 – REGIME (REG): É o grau de regularidade da carga a que o motor é submetido


– contínuo em que a carga é constante.

11 – GRAU DE PROTEÇÃO (IP): Define o tipo de proteção contra a penetração de


água e objetos estranhos no interior do motor.

12 – CÓDIGO DE PARTIDA: É a indicação padronizada, através de uma letra, de


corrente de rotor bloqueado do motor, sob tensão e freqüência nominais.

13 – FATOR DE POTÊNCIA (): Indicado por co-seno de , onde  é o ângulo de


defasagem da corrente – é a relação entre a potência REAL e a potência
APARENTE.

14 – CORRENTE DE ROTOR BLOQUEADO (Ip/In): É o fator para se obter a


corrente de partida.

124
21 CHUVEIRO ELÉTRICO

O chuveiro elétrico funciona em instalações hidráulicas de baixa ou de alta pressão.


Entende-se por baixa pressão aquela cuja altura mínima entre a caixa de água e o
local de sua colocação seja de 1 metro, e por alta pressão quando a altura for
superior a 8 metros, como acontece nos prédios de apartamentos.

O chuveiro é dotado de um interruptor liga/desliga e outro que controla o


aquecimento inverno-verão. Veja fig. 1,2,3.

Fig.1 Fig.2 Fig.3

21.1 Instalação elétrica

- Faça correr água pelo aparelho antes de fazer a instalação elétrica,


para verificar se há algum vazamento e evitar a queima da resistência.
- Verifique se a voltagem do aparelho coincide com a instalação.
- Desligue a chave geral.
- Instale o aparelho preferivelmente em uma linha direta da caixa de
distribuição elétrica, usando 3 fios (2 para ligação elétrica e 1 para
aterramento).
- Utilize os fios 2,5mm² para 220v 4mm² para 110v.
- A utilização dos disjuntores depende da potência do aparelho.

125
21.2 Funcionamento

1- Coloque a chave liga/desliga na posição desligada.


2- Abrir o registro de água por alguns instantes para que a câmara de aquecimento
fique cheia de água, evitando a queima da resistência.
3- Ligue a chave geral.
4- Ligue o aparelho no “inverno ou verão”.
5- Abrindo o registro, o aparelho liga automaticamente.
6- A regulagem da temperatura é obtida através do controle de vazão de água.

Fig.1

126
127
PROBLEMAS E CAUSAS
PROBLEMA POSSÍVEL CAUSA SOLUÇÃO
Disjuntor com problema Trocar o disjuntor
O dispositivo de Rearmar o dispositivo de segurança
segurança desarmou [botão vermelho]
Caiu o disjuntor Verificar se a amperagem do
O APARELHO NÃO disjuntor é a especificada no manual
AQUECE Inversão das fases [fios] Verificar a ligação correta
Pouca pressão de água Verificar no manual a pressão
mínima correta
Chave na posição fria Colocar na temperatura desejada

22 PORTEIRO ELETRÔNICO

O porteiro eletrônico é um equipamento cuja finalidade é proporcionar chamadas e


conversações remotas. É utilizado em residências, escritórios e indústrias.

Este equipamento é constituído de uma unidade principal e uma ou mais unidades


remotas.

Em alguns modelos também é utilizado em fechaduras e trava eletromagnética.

A placa de rua (unidade remota) geralmente é instalada a uma altura de 1,70m. O


porteiro eletrônico trabalha com tensão de 110v e 220v.

O fecho elétrico só poderá ser ligado a uma tensão de 12Vcc.

Unidade Principal: Semelhante a um aparelho telefônico é constituído de um


monofone e um amplificador interno.

128
Unidade Remota: Tensão de trabalho 12Vcc (proveniente de unidade principal), é
constituído de um alto-falante, chave para campainha, visualização através de um
led.

Trava Eletromagnética: Tensão de trabalho 12Vcc (proveniente da unidade


principal), é constituído de uma bobina eletromagnética que aciona uma trava
mecânica.

22.1 Principais modelos de porteiro eletrônico (Fabricante: Thevear) Fig.1 – 4.

Extensão
Pode-se ligar até 1 extensão
ligando-se os fios de
números 6 ao 10 conforme o
esquema

129
DIAGRAMA MULTIFILAR

PLACA DE RUA

Fig. 2

Este modelo não permite


acoplamento de fechaduras. Para
INTERFONE INTERFONE isto, utilize-se os aparelhos NR 90 ou
EXTENSÃO BASE 110.
ESQUEMA DE
LIGAÇÃO DO NR – 85

EXTENSÃO
Pode-se ligar 1 extensão
ligando-se os fios de números
6 ao 10 conforme o esquema

ESQUEMA DE LIGAÇÃO DO
NR – 100

PLACA DE RUA

INTERFONE INTERFONE
EXTENSÃO BASE Este modelo não permite
acoplamento de fechaduras.
Para isto, utilize-se os aparelhos
EXTENSÃO NR 90 ou 110.
Pode-se ligar 1 extensão
ligando-se os fios de números
6 ao 10 conforme o esquema

FIG.3

130
ESQUEMA DE
LIGAÇÃO DO NR - 110

INTERFONE INTERFONE Obs: ligar a rede elétrica


EXTENSÃO BASE recomendada na placa de rua, o
cabo a ser utilizado e o C.C.I.
conforme o esquema.

FIG.4
EXTENSÃO
Pode-se ligar 1 extensão
ligando-se os fios de números 6 
ao 10 conforme o esquema = PLACA DE RUA = INTERFONE

22.2 Série F-A/ Porteiros Eletrônicos

Fig.1
Retire a tampa do
painel externo (F-3A/
F-4A/ F-5A)

Fig. 2

Fig.3
TRA-400 – Fonte de
Alimentação, reduz a entrada de
110 ou 220 para 14 volts. Com
leve pressão as partes 1 e 2 se
separam.

131
Fig.5 Fig.6
Fig.4
Porteiro F-4A Porteiro F-4A
Interfone LD para abrir
Caixa de retirada de Caixa externa p/retirar
o parafuso “P”.
correspondência interna. correspondência

Fig.7

132
TABELA DE BITOLA DE FIOS
DE ATÉ BITOLA
Painel externo 0m 100 m 0,5mm – 24 AWG
Ao interfone 100M 200m 0,75mm – 22AWG
200M 600m 1,0mm – 18AWG
Módulo fonte de
Alimentação 0m 50m 1,0mm – 18AWG
TRA-400 ao
Painel externo
Painel Externo 0m 50m 1,0mm – 18AWG
à fechadura

23 VENTILADOR DE TETO

O ventilador de teto é um aparelho movido a energia elétrica, cuja finalidade é


proporcionar no ambiente, uma temperatura agradável, originada pela ventilação
forçada provocada pelo movimento rotativo de suas pás (hélices).

Projetado para funcionar de forma pendente, o que permite ser instalado em teto
reto ou inclinado, desde que fique perpendicular ao solo.

23.1 Características construtivas

Constituído por dois enrolamentos, sendo identificados por bobinados auxiliar e de


serviço.

23.2 Instalação

A instalação do ventilador de teto divide-se em quatro etapas:

1 – Instalação elétrica;
2 – Fixação do suporte;
3 – Montagem do aparelho;
4 – Balanceamento do conjunto.

133
Leia primeiro todo o texto e depois reinicie seguindo as instruções na ordem que
aqui estão apresentadas. Somente monte o ventilador depois de concluída a
instalação elétrica e resolvido o problema de fixação do conjunto, pois, caso alguma
coisa não dê certo, é mais fácil guardar ou trocar um ventilador desmontado.

Procure trabalhar com o auxílio de um ajudante que lhe será muito útil em algumas
fases. No entanto, dispense os palpiteiros e “entendidos”. Acredite nas instruções
aqui contidas e as do fabricante que acompanham o produto.

As orientações a seguir são para a instalação de um ventilador de teto de fabricação


nacional, reversível (funciona nos dois sentidos, ventilação e exaustão), com
luminária e controle de velocidade, com o ventilador a ser instalado em um ponto de
luz já existente e a chave de controle em substituição ao interruptor, inexistindo
acionamento paralelo da luz.

23.3 Ferramentas e materiais


- Alicate universal isolado de no mínimo 6”;
- Chave de fenda grande;
- Chave teste de fase;
- Fita isolante (de boa qualidade);
- Fio paralelo 2 x 1,00 mm, necessário para interligar o ventilador a
chave de controle de velocidade.

Obs: Quando a instalação elétrica for embutida, não devemos utilizar fio flexível na
tubulação, e sim fio rígido.

Dependendo ainda das condições de instalação, devemos ter:

- Martelo e talhadeira pequena;


- Buchas e parafusos;
- Chave fixa de 11 mm.

134
23.4 Instalação elétrica
Em primeiro lugar, identifique com o auxílio da chave teste ou um multímetro se a
fase está corretamente instalada no interruptor. Com a lâmpada apagada, solte o
interruptor da parede e encoste a ponta metálica da chave teste em um dos bornes
de ligação, tocando com o indicador na outra extremidade da chave teste. Repita a
operação no outro borne. Se a fase estiver instalada no interruptor, a chave teste
acenderá. Caso seja notado que a fase foi instalada erroneamente no ponto de luz,

é aconselhável que se faça a inversão (colocando a fase no interruptor e o neutro no


ponto de luz) pois isto tornará a instalação mais segura evitando futuros choques
elétricos e aumentando a durabilidade do aparelho.

Para introdução do fio no eletroduto, caso não disponha de fita guia, ou se o


eletroduto não tiver espaço suficiente, você pode usar o próprio fio de retorno como
guia.

Amarre o fio paralelo e mais um fio simples (que irá substituir o fio guia) na ponta do
fio de retorno começando sempre pelo local do interruptor. Cuidado para que esta
emenda seja firme e segura e ao mesmo tempo seja fina, sem calombo muito
grande que dificultará a passagem.

Passe uma camada de fita isolante para uniformizar a superfície, começando do fio
guia para o paralelo, de forma que a ponta da fita seja a última a entrar pelo
eletroduto.

Lubrifique a emenda e os fios utilizando-se de parafina. Evite a utilização de sabões


ou qualquer produto que contenha ácido em sua composição, pois isto poderá
ocasionar ataques ao eletroduto (se for metálico) ou ao isolamento dos cabos
elétricos.

Da mesma forma, proceda passando os fios de ponto a ponto. Não tente passar
direto por mais de um ponto. O auxílio de uma outra pessoa empurrando os fios
enquanto você puxa pela outra ponta é bem vindo. Evite trancos.

135
Lembre-se que, se o fio quebrar no meio do caminho, você vai ficar sem ventilador e
sem luz. E começar a ficar duro, tente inverter o sentido da puxada, iniciando pelo
outro ponto. Se no decorrer do processo você notar que existe uma emenda no fio
de retorno, refaça-a, lembre-se que o eletricista que a fez não poderia prever que o
fio iria ser utilizado como guia.

Em alguns casos específicos o fio terá que ser colocado extremamente. Isto ocorrerá
quando inexistem eletrodutos ou estes estão subdimensionados ou obstruídos.

Nestes casos, pregue o fio paralelo na parede utilizando-se de fixadores


apropriados. Nunca coloque pregos entre os dois fios paralelos. Você pode utilizar
ainda de caneletas plásticas apropriadas para a instalação de fios externos, como as
do sistema “X” da Tigre ou similares. Elas são vendidas em barras de 2,20 mts.
Neste caso, primeiro fixe a caneleta na parede, seguindo as instruções do fabricante,
e depois aloje o fio paralelo.

Quando você tiver a fase, o retorno da lâmpada e uma extremidade do fio paralelo
no local onde será colocada a chave de controle; o neutro, o retorno da lâmpada e a
outra extremidade do fio paralelo no local onde ficará o ventilador, com certeza você
terá o seu ventilador de teto funcionando e pode passar para a próxima etapa de
instalação.

23.5 Fixação do ventilador

O ventilador de teto, depois de instalado, não pode ficar fixo no teto. Ele fica
oscilante, como se fosse um armador de rede. Nunca tente imobilizá-lo. O que deve
ficar bem preso, fixo e imóvel é o suporte ao teto.

O caso mais comum de instalação é a fixação direta do suporte na caixa de


passagem. Se esta for metálica, prenda o suporte com dois parafusos auto
atarrachantes (4,8 x 25 mm) galvanizados nas orelhas da caixa (verifique se elas
estão em bom estado de conservação). Utilize-se de arruelas galvanizadas de 3/16”
entre a cabeça do parafuso e o suporte, se necessário.

136
Se, a caixa de passagem for plástica ou estiver em mau estado de conservação, ou
ainda, se esta simplesmente não existir, você poderá optar por algumas destas
soluções.

a) fixar o suporte ao lado da caixa de passagem, utilizando-se de buchas (no mínimo


de 8 mm) ou pinos tipo Walsiva (tiro no teto). Esta solução não é aplicável no caso
de forros não compactos, como lajes pré-moldadas (com alma de tijolo furado),
estuque, gesso, PVC, etc, e ainda naqueles cuja camada de argamassa de
acabamento for muito espessa e quebradiça;

b) abrir um orifício no teto suficiente para a passagem com folga da haste do


ventilador e prender o aparelho por sobre o forro, utilizando-se de uma barra de ferro
redonda de 1/4 “, travessa de madeira ou do próprio suporte triangular”;

c) introduzir uma barra de ferro de construção de 1/4“(no mínimo) com pelo menos
20 cm de comprimento por dentro do tijolo furado, tomando cuidado para deixar a
mesma distância de cada lado do furo. Amarre o suporte triangular na barra de ferro
utilizando-se de fio de cobre ou arame galvanizado. Dobre o fio ou o arame em três
ou quatro voltas, fazendo um cordão mais resistente e seguro;

d) No caso de forros de gesso, PVC, palha, lambri, etc, utilize-se de uma travessa de
alumínio ou madeira de no mínimo 1 metro onde, no centro, será fixado o suporte
triangular. Abra um orifício no forro (com diâmetro inferior a 10 cm) e introduza a
travessa no forro, deixando a ponta do suporte aparecendo pelo orifício;

e) Em vigas ou tetos de madeira maciça, prenda o suporte diretamente com


parafusos auto atarrachantes de 4,8 x 25 mm. Utilize arruelas se preciso. Quando a
madeira for muito dura (peroba, maçaranduba), perfure-a primeiramente com uma
broca de 3 mm para facilitar o trabalho.

Evite fixar o suporte longe do forro, em locais onde você não poderá fazer futuras
manutenções.

No caso de tetos inclinados, a colocação do suporte triangular, ou qualquer sistema


de fixação, deverá permitir que o ventilador fique pendente e perpendicular ao solo,
nunca ao teto.
137
Em qualquer caso, a fixação deverá suportar um peso de no mínimo 20 Kg.

23.6 Montagem do ventilador

Somente monte o ventilador de teto após a instalação elétrica e a fixação do suporte


no teto.

Monte todo o ventilador no solo, seguindo rigorosamente as instruções do fabricante.


Abaixo algumas dicas que valem para a maioria dos ventiladores nacionais:

- Procure montar o ventilador sobre uma bancada ou mesa;

- Utilize-se de uma pequena vasilha (balde pequeno, pote de sorvete,


leiteira) com a boca entre 12 e 20 cm para apoiar o motor enquanto
trabalha.

Fig.2 Montagem

- Separadamente, coloque as canoplas na haste. Corte daquele mesmo


fio paralelo que você utilizou na instalação elétrica, dois pedaços 15 cm
maior do que a haste que será colocada no ventilador. Em um deles,
proceda a separação dos fios, ficando então com três pedaços: um
duplo e dois simples. Passe-os por dentro da haste.
- Com o motor colocado sobre aquela vasilha e com o furo roscado para
cima, fixe as pás, tomando o cuidado de fazê-lo bem firmemente e
todas do mesmo lado do motor. Elas não têm ordem de colocação;

- Proceda a ligação elétrica do ventilador: os fios postos na haste que


permaneceram unidos serão ligados um a um nos fios de cores iguais
do motor;

138
- Faça o isolamento bem reforçado (quando em funcionamento, a
temperatura nesta região será elevada). Empurre as sobras de fio para
dentro da haste (as emendas também) puxando delicadamente para
dentro da canopla superior. Passe duas camadas de fita isolante
prendendo os fios à haste para que estes não escorreguem e venham
a raspar no motor. Abaixe a canopla inferior até que ela fique a 5 mm
acima da carcaça do motor;

- Na canopla superior, instale o capacitor, ligando cada um de seus fios


a uma ponta do fio duplo que sai da haste.Não isole ainda;

- Deixe a canopla superior posicionada junto a canopla inferior, apanhe o


parafuso e a porca de fixação ao suporte (em alguns casos é um pino
com duas ranhuras) e prepara-se para colocar o ventilador no teto;

- Naqueles ventiladores que utilizam pinos ranhurados, é só posicioná-lo


corretamente que o aparelho se sustenta por gravidade. Naqueles que
utilizam parafusos, não aperte a porca até prender o conjunto. Lembre-
se que o ventilador funciona solto como um armador de rede. Para
garantir sua segurança, coloque uma contra porca ou amasse a rosca
do parafuso para que a porca não escape.

139
CAPACITOR
10F – 110V
4F – 220V

CHAVE DE INTERRUPTOR
REVERSÃO (NÃO FORNECIDO)
(C/ CAPACITOR)

CÓDIGO DOS FIOS

REVERSÃO COM P – PRETO B – BRANCO


CONTROLE DE C – CINZA A – AZUL
VELOCIDADE
OPCIONAL V – VERMELHO - VENTIL. 220V
V/B
B – BRANCO - VENTIL. 110V

ESQUEMA DE MONTAGEM DO LUSTRE

1 – Rosquear a porca (3) 0,5 cm no Nipie (2).


2 – Passar os fios pelo Nipie (2) e rosqueá-lo
ao eixo (1).
3 – Coloque Arruela (4) junto com a canopla
do lustre (5) e arruela (6).
NOTA IMPORTANTE
4 – Rosquear a porca (7) fixando a canopla
do lustre (5).
5 – Rosquear o soquete da lâmpada (8) com

A porca (3) somente funciona um leve aperto, após ter instalado a fiação
como contra-porca, quando no soquete.
estiver totalmente encostada no
eixo. 6 – Após a instalação do aparelho no teto,
colocar a lâmpada e o lustre (9) fixando-o
com os parafusos da canopla.

140
Fig.3 Esquema geral de instalação
23.7 Alinhamento das pás

1 - No caso das pás serem ligadas por somente um parafuso central (tipo Loren-Sid),
certifique-se que elas estejam posicionadas corretamente traçando uma linha reta
imaginária da ponta da pá ao centro do motor;
2 – Marque um ponto qualquer no teto e meça perpendicularmente, com auxílio de
uma régua ou trena rígida, até a ponta de uma das pás;
3 – Gire o ventilador com a mão e meça a distância na ponta da outra pá, e assim
em todas elas;
4 – Vá entortando as garras com as mãos até que todas as pás fiquem na mesma
distância do teto;
5 – Reaperte todos os parafusos que ligam motor, garras e pás.

Ventilador
Fig.4 – Alinhamento das pás.

23.8 Problemas mais comuns e suas soluções

A seguir alguns tipos mais comuns de problemas que podem ocorrer e suas
soluções:

 O ventilador não funciona:

- Certifique-se se há energia elétrica no local;


- Reveja as ligações elétricas;
- Desconecte uma perna do fio paralelo junto à chave de controle e
encoste no fio fase. Se o ventilador funcionar é a chave que está com
defeito;

141
- Se o ventilador não gira, mas faz um barulho característico de motor
elétrico, verifique se ele não está preso (gire-o com a mão) ou se o
capacitor está corretamente instalado. Não o deixe mais do que 5
segundos acionado sem girar, pois isto irá queimar o isolamento do
motor.

o Esquema de ligação de ventilador

Neutro

a b
R e to r n o Fas e
do
ve n tila d o r
C a p a cito r

Caso o ventilador não gire no sentido desejado, desconecte o retorno


do borne “b” e o conecte ao ponto “a”.

142
o Esquema de ligação de ventilador com abajur

Neutro

R e to r n o
da
R e to r n o lâ m p a d a
do
a b ve n tila d o r
Fas e

C a p a cito r

Caso o ventilador não gire no sentido desejado, desconecte o retorno


do borne “b” e o conecte ao ponto “a”.

143
MODELO COLONIAL
ESQUEMA DE LIGAÇÃO

CAIXA (SISTEMA DE CONTROLE)

V/P – Vermelho 110 ou Preto 220


B – BRANCO
B – BRANCO
A – AZUL (luz)

1º - Inserir a Haste (5) no Suporte (1);


2º - Alinhar os furos das peças (5) e (1);
3º Colocar o pino (3) e com um leve
movimento para baixo, a fim de obter
um perfeito acoplamento entre o

 Vermelho 110 ou Preto 220 ligar na rede Suporte e a Haste.


(vent.); Acoplamento do Eixo (7) c/ a Haste (5)
 Branco (vent.) ligar com Branco (caixa);
 Branco (vent.) ligar com Branco (caixa);
 Azul (vent.) ligar com Azul (caixa);
 Azul (vent.) ligar na rede.

 Somente para ventiladores com globo.

Seqüência de Montagem-lustre

PARA MODELO COLONIAL DIPLOMATA,


ARISTOCRATA E ESPACIAL SUPER COM
LUSTRE
- Passar os fios pelo riple (12) e rosqueá-
lo no eixo;
- Coloque arruela (13) junto com o bojo do
lustre (15) e arruela (13);
- Rosquear a porca (16) fixando o bojo do
lustre (15); NOTA: Globo de Plástico,
- Rosquear o soquete da lâmpada (17) utilizar lâmpadas de no
com um leve aperto após ter instalado a máximo 60 WATTS.
fiação no soquete;
- Após a instalação do aparelho no teto,
colocar a lâmpada e o lustre (18) fixando-o
com o parafuso lateral (14) do bojo (15).

144
O instrumento usado para medir capacitância é o capacímetro. Para testar um
capacitor é necessário primeiro descarregá-lo.

 Teste

Coloque as pontas de prova do instrumento nos bornes do capacitor e verifique o


seguinte:

1 – Quando o ponteiro do instrumento deflexionar até um valor na escala e depois


retornar para o ponto inicial, indica que o valor máximo da deflexão é a capacidade
do capacitor.
2 – Se o ponteiro chegar ao final da escala do instrumento e aí permanecer, o
capacitor estará em curto-circuito.
3 – Quando o ponteiro não deflexionar, o capacitor estará interrompido.

23.9 Teste prático para exame de um capacitor

Ligue o capacitor em série com uma lâmpada, observando a potência desta, e de


acordo com os valores indicados a seguir:

15 3a5
40 5a8
60 8 a 11
100 11 a 30

1- Capacitor bom:
A lâmpada acenderá com brilho fosco.
2- Capacitor aberto:
A lâmpada não acenderá.
3- Capacitor em curto:
A lâmpada acenderá com seu brilho normal.

145
Fig.2

23.10 Capacitor de regime

O capacitor de regime auxilia na partida mantendo uma defasagem entre os


enrolamentos e melhora o fator de potência do motor. É ligado em série com o
enrolamento auxiliar; a sua capacidade é determinada de acordo com o tipo, sendo
dada em F, com tensão de trabalho de 250V a 380V.

O capacitor de regime mais utilizado é do tipo seco, cuja construção é compacta,


sem impregnantes, o que elimina o problema de vazamentos; e é colocado em um
recipiente de alumínio (corpo de alumínio) ou ferro, no outro material.

A constituição do capacitor é feita de forma a ter sempre uma folha de alumínio, e


sobre esta, uma folha de polipropileno metalizado, que lhe confere características de
auto-refrigeração. Essas folhas têm dois terminais de duplo encaixe.

A bobina é encapsulada no recipiente de alumínio e o espaço entre a bobina e o


recipiente, bem como a selagem, é feita em epóxi. Este capacitor apresenta baixas
perdas e grande estabilidade térmica, além de possuir elevada resistência de
isolação (veja figura abaixo).

146
147
ANEXOS

148
PERIGOS DA ELETRICIDADE

TRABALHO EM INSTALAÇÕES DE BAIXA TENSÃO

Só um eletricista qualificado é
autorizado a executar trabalhos
em instalações elétricas.

Um operário não qualificado


nunca deve executar instalações
elétricas ou reparações, mesmo
que provisórias.

UTILIZAÇÃO DO MATERIAL ELÉTRICO

Nunca ajeitar “provisoriamente” um material


ou uma instalação elétrica, porque é
perigoso.

Os fios, cabos das lâmpadas e ferramentas


elétricas, devem ser bem isolados.

Não arrastar material elétrico e protegê-lo


de objetos cortantes e pesados.

Só utilize gambiarras de boa qualidade, com cabos e bainhas isolantes, e nunca


lâmpadas suspensas em fios.

Só utilizar materiais elétricos em bom estado e freqüentemente verificado.

149
PERIGO DE ELETROCUSSÃO

Na ausência de informações precisa, cada fio elétrico deve ser considerado com
eletricidade.

Não toque nunca os fios de uma linha aérea, mesmo de baixa tensão, caídos no
solo. Quando notar que uma máquina está funcionando mal ou uma instalação
elétrica está danificada, avise o responsável.

TRABALHO PERTO DAS LINHAS E CANALIZAÇÕES ELÉTRICAS

Nunca aproxime seu corpo, suas ferramentas ou


material de trabalho, dos fios ou aparelhos elétricos
sob tensão; a distância inferior a 3 metros para
tensão de 57.000volts; 5 metros para tensões
acima.

Quando estas distâncias não puderem ser


respeitadas e não se puder cortar a corrente, deve-
se colocar um dispositivo eficaz, solidamente fixado,
impedindo todo o contato acidental.

Na ausência desta medida e quando se tratar de


baixa tensão, os fios sob tensão devem ser
cobertos de bainhas isoladoras.

150
TRABALHOS DE ATERRO PERTO DE CANALIZAÇÕES ELÉTRICAS

Os trabalhadores que executam trabalhos de aterro; escavação de poços deve ser


informada da existência de canalizações elétricas no lugar a menos de 1,50 metros
do local dos trabalhadores.

O caminho das canalizações e o lugar das instalações devem ser visivelmente


marcados durante todo o tempo da execução dos trabalhos.

A vigilância dos trabalhos deve ser assegurada por uma pessoa competente,
advertindo os trabalhadores logo que se aproximem sós ou com as suas ferramentas
de 1,50 m das canalizações e instalações.

Trabalhar, então, com muito cuidado e toda a prudência.

151
PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

INCÊNDIOS

 Os incêndios de origem elétrica são principalmente causados pelos curtos-


circuitos, aquecimentos anormais dos condutores e maus contatos.

 As instalações devem ser protegidas por aparelhos de disjunção adaptada à


tensão máxima admissível.

 Nunca substituir um fusível por um fio de ferro, de cobre ou de alumínio.

 Nunca deixar acessas ou sob tensão, lâmpadas e ferros de soldar.

 Cuidado com os fogões elétricos. Antes de deixar o local, desliga-los.

PRECAUÇÕES EM CASO DE INCÊNDIO

Quando se declara um incêndio tomar imediatamente as medidas seguintes:

- Dar o alarme.
- Avisar os bombeiros ou serviço de incêndio.
- Cortar os fornecimentos de gás e de eletricidade.
- Utilizar os extintores, os postos de incêndio e o material especial.

É preciso estar informado de antemão sobre os lugares dos materiais de extinção de


incêndio e sobre o modo de utilizá-los.

EXPLOSÕES

 Nunca utilizar a chama nua nos canos de esgoto e cubas que contenham produtos
químicos combustíveis. Não fumar.

152
 Antes de soldar um reservatório que tenha contido gasolina, alcatrão, breu,
carbureto, deve-se enchê-lo com água.

 Os botijões de gás não devem ser colocados nas proximidades de uma fornalha
ou de uma chama.

 Não fumar. Não utilizar chamas nuas nos locais em que existam serraduras,
gorduras, gasolina, petróleo, tonéis de carbureto, gerador de acetileno ou nas
proximidades de uma estação de distribuição de carburantes e de recipientes de
álcool ou gasolina.

FUGA DE GÁS

Para evitar explosões, os vazamentos de gás, oxigênio, acetileno, propano, devem


ser procurados com a ajuda de água com sabão, nunca com a chama.

Nos lugares onde cheira a gás:

- Não fume! Não faça fogo!


- Não tocar em interruptores, nem em campainhas elétricas.
- Fechar as torneiras de gás, depois arejar abundantemente a casa e
armários onde o gás se acumulou.

Afastar rapidamente, se é possível fazê-lo sem perigo, os produtos inflamáveis,


como botijões de gás, pois podem originar uma explosão por causa do calor ou das
chamas.

Se a corrente elétrica não está cortada, só se poderá utilizar os extintores especiais


de Dióxido de Carbono (CO2) e os pós-químicos, para extinguir o fogo nos
condutores e/ou instalações elétricas.

153
Cuidado, não se deixar envolver pelo fogo ou fumaça.

154
HIGIENE

LÍQUIDOS TÓXICOS E BEBIDAS ALCOÓLICAS.

 Muito antes de provocar a embriaguez, o álcool diminui a atenção e os reflexos.

 Ninguém em estado de embriaguez pode ser admitido no local de trabalho.

 Se a água distribuída para o trabalho não é potável, o que deve ser esclarecido
por avisos visíveis, não se deve beber sob nenhum pretexto, nem utilizá-la na
alimentação.

 Não utilizar para consumo senão a água potável, fornecida para este efeito.

GUARDA-ROUPA E REFEITÓRIO

Ordem e limpeza devem reinar nos locais reservados a vestiários, refeitórios e


instalações sanitárias. Atenção ao monóxido de carbono: verificar o bom
funcionamento das torneiras de abertura do gás e também o estado dos tubos de
junção. Não utilizar braseiros para o aquecimento no interior dos locais.

155
SOCORROS A PRESTAR AOS FERIDOS

 Nas grandes empresas ou importantes obras públicas de construção, uma


enfermaria deve ser montada de forma permanente.

 Cada empresa ou obra deve ser provida de uma “caixa de primeiros socorros” a
dar aos feridos. Deverá ser renovada freqüentemente e conterá o necessário para
desinfetar e fazer curativos ou deter uma hemorragia.

 Uma pessoa, pelo menos, deve saber o necessário para prestar os primeiros
socorros aos feridos.

 Num aviso, postos em lugar muito visíveis, devem figurar endereços e números de
telefones dos serviços de urgência, bombeiros, polícia, ambulâncias, médicos.

SALVAMENTO DE UM ELETROCUTADO

 Se a vítima estiver em contato com os fios ou objetos sob tensão, desligue a


corrente elétrica.

 Se estiver suspensa, procurar amortecer a queda antes de cortar a corrente.

 Em baixa tensão até 220 volts, se não pode cortar a corrente, retirar a vítima
tomando as precauções seguintes:

- Não segurá-la com as mãos nuas, mas


retirá-la por meio de um objeto não metálico;
madeira seca, por exemplo.
- Em média ou alta tensão (mais de 220
volts), se a corrente não pode ser cortada o
salvamento é muito perigoso. Não se torne
outra vítima precipitadamente.

156
- Isolar-se do solo por meio de tamborete
isolado, munir-se de uma vara comprida e
especial de socorro ou de uma longa viga
de madeira seca.
- Logo que a vítima for retirada, começar
imediatamente a respiração artificial, antes
mesmo da chegada do médico.

157
ACIDENTE DE TRAJETO – ACIDENTE DE TRABALHO – DOENÇA
PROFISSIONAL

ACIDENTE DE TRAJETO

 Quando um acidente aconteceu fora do lugar de trabalho, a vítima deve


igualmente efetuar todas as formalidades previstas para um acidente no local de
trabalho.

 A vítima deve indicar ao empreiteiro, tanto quanto possível, a causa, natureza e as


circunstâncias do acidente.

 Ela deve dizer se havia testemunhas, se foi provocada por uma terceira pessoa;
neste caso indicar o nome e endereço das testemunhas ou do autor do acidente.

 Formalidades a efetuar no caso de acidente de trabalho ou de trajeto ou de


doença profissional.

ACIDENTE DE TRABALHO

 A vítima deve informar o empreiteiro ou o seu encarregado no próprio dia do


acidente ou até 24 horas depois, o mais tardar, exceto em caso de força maior,
impossibilidade absoluta ou outro motivo legítimo.

 Em formulário próprio o empreiteiro preencherá a “Comunicação do acidente de


trabalho”, que será entregue à vítima ou seu representante, para dois objetivos:

1º) usufruir o direito dos benefícios do tratamento médico e hospitalar;

2º) usufruir o direito à indenização, a ser paga pelo empreiteiro e correspondente


aos dias de ausência do serviço, até o limite de 15 (quinze) dias.

158
159
REFERÊNCIAS

CAVALIN E CEVERLIN , Geraldo e Severino. Instalações Elétricas Prediais;. São


Paulo, Érica, 2005, 422 p. il.

CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. 10 ed. Rio de Janeiro, LTC – Livros


Técnicos e Científicos, 1986, 439 p. il.

MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais. 5 ed. Rio de Janeiro,


LTC – Livros Técnicos e Científicos, 1990, 656 p. il.

PARANÁ, Djalma Nunes. Física; eletricidade 3. São Paulo, Ática, 1994, 390 p. il.
CAVALIN E CEVERLIN , Geraldo e Severino. Instalações Elétricas Prediais;. São
Paulo, Érica, 2005, 422 p. il.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR – 5410.


Rio de Janeiro – RJ, CB-03 Comitê Brasileiro de Eletricidade.
CE-03:064.01 – Comissão de Estudos de Instalações Elétricas de Baixa Tensão,
128 p.

160
SENAI/CE
CETAE – Centro de Treinamento e Atendimento às Empresas

Cléber Farias
Coordenação

EQUIPE TÉCNICA

Francisco José Beserra Sombra


Elias Luna Bezerra
ELABORAÇÃO

Carlos Henrique de Maria


REVISÃO, CORREÇÕES E ATUALIZAÇÕES

Francisco José Beserra Sombra


DIGITAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO

Centro de Formação Profissional Waldyr Diogo de Siqueira – CFP/WDS – Núcleo de


Informação e Serviços Técnicos e Tecnológicos - NISTT
NORMALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA

161

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