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INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS (IFG CAMPUS GOIÂNIA)

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

ANA PAULA ANDRADE BANDEIRA


SARAH PEIXOTO MONTALVÃO
THAYLA LYSSA FARIAS SANTOS

PROTEÇÃO ELÉTRICA

GOIÂNIA
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
2 DISJUNTORES ........................................................................................................ 4
3 DR E DPS ............................................................................................................... 5
4 SISTEMAS DE ATERRAMENTO ............................................................................ 6
5 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 8
6. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 9
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1 INTRODUÇÃO

Com finalidade de proteger/tornar seguro um ambiente ou um sistema elétrico,


garantindo assim um bom funcionamento, o sistema de proteção elétrica utiliza de dispositivos
específicos que cumprem uma determinada função num sistema. Cada sistema de proteção
elétrica possui uma finalidade em uma instalação.
Os sistemas de proteção contra descargas atmosféricas utilizam de métodos e
equipamentos para a proteção contra as descargas atmosféricas. Os equipamentos utilizados
são para-raios, gaiolas de Faraday, etc.
Os sistemas de proteção contra sobretensão utilizam equipamentos e métodos que
garantem a proteção contra sobretensões, eventos estes que podem ocorrem a partir de
descargas atmosféricas, manobras na rede elétrica e descargas eletrostáticas. Os
descarregadores são os dispositivos mais utilizados.
Os sistemas de proteção de terra são essenciais em qualquer instalação elétrica por
possibilitarem que as correntes indesejáveis escoem, sendo os condutores, ligadores e o
eletrodo são os equipamentos mais utilizados.
Ademais, existem outros equipamentos que possuem a mesma função de proteção
elétrica, como os controladores permanentes de isolamento (CPI), que frequentemente são
aplicados em hospitais, pois controlam o isolamento de uma instalação elétrica a fim de
sinalizar anormalidades, evitando o corte de alimentação.
O sistema de proteção elétrica garante o funcionamento do fornecimento da energia
elétrica, reforça a segurança das pessoas e dos equipamentos os compõem, pois evita
descargas elétricas e sobretensões, e o escoamento da corrente elétrica indesejável contribui
para a integridade de todos, pois fenômenos assim são fatais sem a proteção.
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2 DISJUNTORES

O disjuntor é um dispositivo eletromecânico que protege as instalações elétricas, ou


seja, assim que a corrente elétrica que passa por ele ultrapassa o seu valor nominal, o
disjuntor interrompe o fornecimento de energia para as cargas do circuito, evitando com que
elas e o circuito fiquem danificados.
Por exemplo, o disjuntor é como um interruptor automático, e quando ele identifica um
valor de corrente elétrica que ele foi projetado para acionar, ele secciona o circuito em que foi
instalado.
Ou seja, ele atuará sempre que houver pico de corrente, sobrecarga e curto-circuito,
porém, para todos os disjuntores funcionarem corretamente, deve haver o dimensionamento
correto do circuito e dos componentes.
Existem diversos tipos de disjuntores, porém todos tem o mesmo princípio de
funcionamento e a mesma finalidade, ou seja, a proteção dos circuitos contra sobrecorrente
e curto-circuito. O que os diferencia é são suas curvas características e onde serão aplicados.
• Disjuntor magnético: possui a mesma função que os demais, porém com uma
maior precisão para detectar o valor da corrente elétrica.
• Disjuntor térmico: interrompe o circuito elétrico assim que ele detecta uma
elevação de temperatura. É utilizado como precaução contra incêndios.
• Disjuntor termomagnético: é a junção da proteção térmica e magnética,
instalados atualmente em instalações residenciais e comerciais. Possui as
vantagens de poder ser usado para manobras de ligar e desligar os circuitos,
proteção contra aquecimentos, curtos circuitos e sobrecargas.
• Disjuntor monopolar: usado em instalações e circuitos com uma única fase,
como circuitos de iluminação e tomadas em sistemas monofásicos fase/neutro,
seja com fase 127V ou 220V.
• Disjuntor bipolar: usado em circuitos ou instalações elétricas com duas fases,
como chuveiros, torneiras elétricas ou equipamentos de maior potênica.
• Disjuntor tripolar: usado em instalações e circuitos com tres fases, como
motores elétricos trifásicos.
• Disjuntores de alta tensão: usado em grandes potências, com alcanço de altos
valores de corrente elétrica.
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3 DR E DPR

Os disjuntores são projetados para suportar uma corrente elétrica específica, chamada
de corrente nominal, e possuem uma capacidade de interrupção, que indica a corrente
máxima que podem interromper com segurança. Além disso, eles podem ter características
de proteção adicionais, como o Dispositivo Diferencial Residual (DR) e o Dispositivo de
Proteção contra Surtos (DPS).
O Dispositivo Diferencial Residual, também conhecido como interruptor DR ou
interruptor diferencial, é responsável pela detecção de correntes de fuga à terra. Ele monitora
a diferença entre a corrente que entra em um circuito e a corrente que retorna dele. Se houver
uma diferença significativa, o DR desliga imediatamente o circuito, pois isso pode indicar uma
fuga de corrente para o solo, que pode representar um risco de choque elétrico. Ele foi
declarado como um dispositivo obrigatório em instalações elétricas pela norma NBR 5410,
que é a norma das Instalações Elétricas de Baixa Tensão, na edição do ano 1997.
As classes do dispositivo DR são:
• Classes AC – Corrente Alternada
O DR dessa classe detecta correntes residuais alternadas, sendo utilizado
normalmente em instalações elétricas residenciais, comerciais e prediais. Também é usado
em instalações elétricas industriais de características similares.
• Classe A – Corrente Alternada e Contínua Pulsante
O DR dessa classe detecta correntes residuais alternadas e contínuas pulsantes. Essa
classe é aplicável em circuitos que contenham recursos eletrônicos que alterem a forma da
onda senoidal.
• Classe B – Corrente Contínua
O DR dessa classe detecta correntes residuais alternadas, contínuas pulsantes e
contínuas puras. Essa classe é aplicável em circuitos de corrente alternada normalmente
trifásicos, que possuam em sua forma de onda partes senoidais, meia-onda ou ainda formas
de ondas de corrente contínua, geradas por cargas como equipamentos eletromédicos e
outros.
• Classe SI – Corrente Alternada e Contínua Pulsante Super Imunizadas
A classe SI foi concebida para manter uma rede de segurança e uma continuidade de
serviço de qualidade nas instalações com perturbações causadas por:

▪ Condições Atmosféricas Extremas


▪ Cargas Geradoras de Harmônicas
▪ Correntes Transitórias de Manobras
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O Dispositivo de Proteção contra Surtos, ou DPS, é projetado para proteger


equipamentos e instalações elétricas contra surtos de tensão causados por descargas
atmosféricas, manobras na rede elétrica ou outros eventos semelhantes. Ele age desviando
a corrente excessiva dos surtos para o solo, protegendo assim os equipamentos conectados
ao sistema elétrico.

Como são muitas as aplicações, existem três classes de DPS, voltadas para sobretensões
em lugares específicos:

• Classe I: dispositivos com capacidade para drenagem de correntes parciais de um


raio, para áreas urbanas periféricas e rurais, que ficam expostas a descargas
atmosféricas diretas;
• Classe II: dispositivos que drenam correntes induzidas, em edificações, com
efeitos indiretos de descarga atmosférica;
• Classe III: dispositivos instalados próximos a equipamentos ligados à rede
elétrica, de dados ou telefônica, para proteção fina.

Diante dessas três classificações, é possível perceber que todas elas são fundamentais
para a segurança elétrica individual e coletiva. No caso de projetos de edificações,
entretanto, vale focar mais no tipo III, que cuida de surtos mais simples, mas que podem se
transformar em acidentes graves em comércios e residências.

Quanto às especificações de fabricantes de disjuntores, existem várias empresas


reconhecidas no mercado que produzem esses dispositivos.

4 SISTEMAS DE ATERRAMENTO

Sistemas elétricos de aterramento são elementos essenciais em instalações elétricas


para garantir a segurança dos usuários, proteger equipamentos e minimizar riscos de danos
causados por surtos elétricos.
• Princípios básicos do aterramento:
O aterramento é baseado no conceito de criar uma conexão segura e direta entre um
sistema elétrico e a terra. A terra é considerada um ponto de referência com potencial de zero
volts. Ao conectar um sistema elétrico à terra, busca-se manter o mesmo potencial para
prevenir a ocorrência de tensões perigosas ou excessivas.
• As funções do aterramento incluem:
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Proteção contra choques elétricos: O aterramento adequado garante que, em caso


de falhas no isolamento dos equipamentos elétricos, as correntes de falha sejam desviadas
para a terra, evitando que os usuários entrem em contato direto com a eletricidade.
Proteção contra surtos elétricos: O aterramento também ajuda a dissipar correntes
de surto, como as provocadas por descargas atmosféricas, minimizando danos a
equipamentos e sistemas elétricos.
Referência de potencial: O aterramento fornece um ponto de referência comum para
todas as partes metálicas expostas em um sistema elétrico, garantindo que não haja
diferenças significativas de potencial entre elas. Isso ajuda a evitar choques elétricos e danos
causados por correntes indesejadas.
• Tipos de sistemas de aterramento:
Aterramento TN: Nesse tipo de sistema, o ponto neutro do transformador é
diretamente aterrado, enquanto a terra é conectada às massas metálicas dos equipamentos.
O sistema TN é dividido em três variantes: TN-C (condutor neutro e de proteção combinados),
TN-S (separados) e TN-C-S (combinação dos dois anteriores).
Aterramento TT: Nesse tipo de sistema, cada equipamento é aterrado
individualmente e conectado à terra através de um eletrodo de aterramento separado. Não há
conexão direta entre o neutro do transformador e a terra.
Aterramento IT: Nesse tipo de sistema, o ponto neutro do transformador não é
aterrado. Em vez disso, uma resistência de terra é conectada para limitar as correntes de falta
à terra, fornecendo um sistema isolado.
Aterramento TN-CPC: Esse sistema combina o aterramento TN-C com um condutor
de proteção complementar (CPC), que é um condutor separado usado exclusivamente para
a proteção contra choques elétricos. Isso ajuda a evitar problemas que podem surgir com o
aterramento TN-C.
• Componentes do sistema de aterramento:
Eletrodo de aterramento: É uma estrutura metálica enterrada no solo, que fornece
uma conexão segura entre o sistema elétrico e a terra.
Condutores de aterramento: São cabos ou barras condutoras que conectam os
equipamentos ou instalações elétricas ao eletrodo de aterramento.
Sistema de aterramento principal: É o ponto central do sistema de aterramento,
responsável por receber os condutores de aterramento e conectá-los ao eletrodo de
aterramento.
É importante ressaltar que a instalação de sistemas elétricos de aterramento deve ser
realizada por profissionais qualificados, seguindo as normas e regulamentações elétricas
aplicáveis em cada país.
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5 CONCLUSÃO

Os disjuntores e o sistema de aterramento são essenciais para garantir a segurança e


a confiabilidade dos sistemas elétricos.
Os disjuntores atuam como dispositivos de proteção contra falhas e sobrecargas,
enquanto o sistema de aterramento fornece um caminho seguro para a corrente elétrica,
evitando riscos de choques elétricos e danos aos equipamentos.
Ambos os elementos devem ser projetados e instalados corretamente, seguindo as
normas e regulamentações aplicáveis, para garantir a proteção adequada e o funcionamento
seguro dos sistemas elétricos.
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6 BIBLIOGRAFIA

MATTEDE. H. O que é um disjuntor e qual sua aplicação?: Conceitos de


eletricidade. Mundo da Elétrica. Disponível em: < https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-
e-um-disjuntor-e-qual-sua-aplicacao/>. Acesso em: 13 Jun. 2023.

Significado de Sistema de Proteção Elétrica. Gold Energy. Acesso em: <


https://goldenergy.pt/glossario/sistema-protecao-
eletrica/#:~:text=O%20sistema%20de%20prote%C3%A7%C3%A3o%20el%C3%A9trica%20
%C3%A9%20formado%20por%20dispositivos%20utilizados,possam%20coloc%C3%A1%2
Dlos%20em%20risco.>. Acesso em: 13 Jun. 2023.

MATTEDE. H. Dispositivo DR o que é?: Componentes elétricos. Mundo da Elétrica.


Disponível em: Dispositivo DR, o que é? Funcionamento e aplicações!
(mundodaeletrica.com.br)

S/N. DPS – Dispositivo de proteção contra surtos. Life is on. Disponível em:
DPS - Dispositivo de Proteção Contra Surtos | Schneider Electric Brasil (se.com)

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