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Essas condições de contorno serão utilizadas na obtenção dos modelos em componentes simétricas
e para isso escrevemos genericamente:
ou
Como as correntes nos três diagramas são iguais e a tensão na fase a é igual a 3zgio, ou nula no
caso de zg =O, podemos propor a conexão em série dos diagramas de impedâncias: de sequência
positiva, de sequência negativa e de sequência zero. Lembramos que as impedâncias de sequência
positiva e negativa são iguais.
Observamos que e1 = vthl corresponde à tensão de sequência positiva, dada pela tensão do
equivalente de Thevenin no ponto de falta. As impedâncias equivalentes de Thevenin, de sequência
positiva e sequência zero, são z1 = z1h1 e zo = z117o, respectivamente.
No caso particular de curto franco, adotamos zg = 0 e a dedução do equacionamento passa a ser
mais imediata, pois v0 + v1 + v2 = 0.
Sabendo que:
E como Z1=Z2:
Curto-Circuito Bifásico: Esse tipo de curto-circuito acontece quando duas fases adjacentes entram em
contato, criando um caminho direto entre elas. Isso pode ocorrer devido a problemas de isolamento ou
falhas nos equipamentos da linha de transmissão.
A figura abaixo mostra a representação do curto dupla-fase através de impedância:
Estabelecemos as condições de contorno para esse tipo de falta, escrevendo:
Dadas as condições equilibradas, concluímos que o curto trifásico pode ser aterrado ou isolado,
sendo indiferente a presença ou não do aterramento do centro estrela, com correntes idênticas de fase
em ambos os casos, resultando na soma i0 + ib + ic =O no ponto N de neutro.
Com exceção de alguns casos especiais para calibragem de proteções, é comum desprezarmos
a impedância de falta zg, em relação às demais impedâncias da rede, resultando em um cálculo
levemente conservativo, com z g = 0:
Cada tipo de curto-circuito pode resultar em diferentes impactos na linha de transmissão e nos
equipamentos associados. A identificação rápida e o isolamento do curto-circuito são essenciais para
minimizar danos ao sistema elétrico e garantir a segurança do pessoal e dos equipamentos. Sistemas de
proteção, como relés de sobrecorrente e relés de proteção diferencial, são empregados para detectar e
isolar esses tipos de falhas o mais rapidamente possível.
Ainda sobre as proteções para subestações 69 Kv, temos os disjuntores, são eles:
• Disjuntores a Vácuo: Usam o vácuo como meio de extinção do arco elétrico quando
interrompem o circuito. São eficientes, de baixa manutenção e adequados para sistemas de
média tensão.
• Disjuntores a Gás (SF6): Utilizam gás hexafluoreto de enxofre (SF6) para extinguir o arco
elétrico durante a interrupção do circuito. São frequentemente usados em sistemas de alta
tensão devido à sua eficácia.
• Disjuntores a Óleo: Utilizam óleo como meio isolante e de extinção do arco elétrico. São
menos comuns devido a preocupações ambientais e requisitos de manutenção.
• Disjuntores a Ar: Utilizam ar comprimido para interromper o circuito. São mais utilizados em
sistemas de baixa tensão.
Cada tipo de disjuntor possui suas próprias características, benefícios e aplicações específicas. A
escolha do tipo a ser utilizado em uma subestação de 69 kV dependerá das necessidades de operação,
segurança, manutenção e eficiência do sistema elétrico em questão.
Para transformadores de baixa tensão:
• Relés de Proteção Diferencial: Usados para detectar e isolar falhas internas nos
transformadores.
• Relés de Sobre temperatura: Monitoram a temperatura dos transformadores para evitar danos
por sobreaquecimento.
Para proteção de motores de indução:
ZANETTA JR, Cera; Luiz. Fundamentos de Sistemas Elétricos de Potência. 1ºed. São Paulo:
Editora Livraria da Física, 2006.