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RESUMO DO CAPÍTULO 4

ARMINDO CHENET NETO

2023

A proteção de transformadores é essencial para garantir sua integridade


e evitar danos ao sistema elétrico. Os transformadores podem apresentar
diversos tipos de falhas, que podem ser classificadas em internas e externas. As
falhas internas são associadas à temperatura e pressão, como
sobreaquecimento, sobrepressão e sobrefluxo do líquido refrigerante. As falhas
externas são resultantes de eventos no sistema elétrico, como curtos-circuitos,
sobrecargas, sobretensões e subfrequências.
A escolha do esquema de proteção de um transformador deve considerar
fatores econômicos, como custo de reparo, perda de faturamento, qualidade do
serviço e perda de produção. A complexidade na escolha do esquema de
proteção depende de diversos fatores, como o tamanho e a potência do
transformador, a localização e a configuração do sistema elétrico.
São utilizados diferentes esquemas de proteção para transformadores de
potência.
Proteção por fusíveis: os fusíveis são as proteções mais elementares que
podem ser empregadas na proteção de um transformador. Normalmente são
utilizados para proteger esses equipamentos contra correntes de curto-circuito
de natureza externa, não se prestando para proteção contra faltas de natureza
interna tampouco para proteção contra sobrecargas prolongadas.
Proteção por relés de sobrecorrente: os relés de sobrecorrente são
dispositivos utilizados na proteção de transformadores de forma econômica,
porém pouco confiáveis, principalmente para defeitos externos a esses
equipamentos. Apresentam limitações quanto à sensibilidade dos ajustes para
faltas internas aos transformadores, oferecendo, assim, uma proteção de baixo
nível. São muito empregados como proteção de retaguarda no local de
instalação do transformador para faltas externas, ou seja, no sistema secundário,
principalmente quando são utilizadas proteções diferenciais.
Proteção diferencial: a proteção diferencial é considerada a mais confiável
para a proteção de transformadores. Essa proteção atua quando há uma
diferença de corrente entre os lados primário e secundário do transformador. A
diferença de corrente pode ser causada por uma falta interna ou externa ao
transformador.
Proteção diferencial de transformadores com dois enrolamentos. O
esquema elétrico básico de uma proteção diferencial de transformadores de dois
enrolamentos mostra as condições de atuação para defeitos internos à zona de
proteção diferencial, no ponto A, e para defeitos externos à zona de proteção
diferencial, no ponto B, neste caso devendo ser bloqueada.
Para determinar o ajuste do relé de sobrecorrente diferencial em
transformadores com dois enrolamentos, deve-se realizar os seguintes passos:
• Determinação do valor médio da corrente que circula pela unidade
de restrição
• Determinação do valor da corrente diferencial que circula na
unidade de operação
• Determinação do ajuste da declividade percentual do relé
Para que a corrente de magnetização não gere atuação do relé diferencial
de sobrecorrente, podem-se adotar os seguintes métodos: Ajustar o relé com um
valor de corrente superior à corrente de magnetização; ajustar o tempo de
atuação do relé com um valor superior ao tempo de permanência da corrente de
magnetização, normalmente inferior a 100 ms e identificar a corrente de
magnetização por meio das correntes harmônicas associadas.
A proteção diferencial de transformadores com três enrolamentos é mais
complexa do que a proteção diferencial de transformadores com dois
enrolamentos. Isso ocorre porque é necessário considerar a corrente de
magnetização nos três enrolamentos.
Para determinar o ajuste do relé de sobrecorrente diferencial em
transformadores com três enrolamentos, deve-se realizar os seguintes passos:
• Determinação do valor médio da corrente que circula pela unidade
de restrição
• Determinação do valor da corrente diferencial que circula na
unidade de operação
• Determinação do ajuste da declividade percentual do relé
Para que a corrente de magnetização não gere atuação do relé diferencial
de sobrecorrente, podem-se adotar os seguintes métodos: Ajustar o relé com um
valor de corrente superior à corrente de magnetização em cada enrolamento;
ajustar o tempo de atuação do relé com um valor superior ao tempo de
permanência da corrente de magnetização em cada enrolamento, normalmente
inferior a 100 ms e identificar a corrente de magnetização por meio das correntes
harmônicas associadas em cada enrolamento.
Para descargas atmosféricas indiretas, são utilizados para-raios
instalados do lado da fonte e do lado da carga. Descargas atmosféricas diretas
são protegidas com hastes do tipo Franklin ou cabos para-raios sobre o
transformador.
Relés de sobretensão, são usados para proteger contra sobretensões
internas no sistema elétrico. A proteção é ajustada para 1,10 a 1,15 da tensão
nominal, com um tempo de disparo entre 1,5 e 2 segundos. A vida útil do
transformador depende da temperatura do óleo e dos enrolamentos.
Relés de imagem térmica, são utilizados para simular características
térmicas do transformador e proteger contra sobreaquecimento dos condutores.
Ventiladores são acionados em estágios diferentes com base na carga.
Proteções inseridas durante a fabricação do transformador. O número de
proteções depende da potência e importância da carga. Proteções intrínsecas
térmicas incluem indicadores de temperatura no topo do óleo e dos
enrolamentos.
Relé de Buchholz, é utilizado para proteção contra defeitos, como curto-
circuitos e vazamentos de óleo. Relé detector de gás identifica a presença de
gás desenvolvido por defeitos entre espiras. Relé de súbita pressão de gás (63A)
atua em casos de curto-circuito com alta energia.
Relé de súbita pressão de óleo detecta variações rápidas na pressão do
óleo, indicando defeitos de alta energia. Válvula de explosão alivia a pressão
interna do tanque em caso de formação excessiva de gases. Válvula de alívio de
pressão de gás abre para liberar gases quando a pressão excede a força da
mola.
A parede corta-fogo, também chamada de parede corta-chamas, visa
prevenir danos a transformadores vizinhos em casos de explosão ou incêndio.
Construída com placas duplas de concreto armado e revestida externamente
com argamassa, essa barreira envolve toda a área do tanque, incluindo
radiadores e o tanque de expansão.

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