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RESUMO DO CAPÍTULO 8

ARMINDO CHENET NETO

2023

Linhas de transmissão desempenham um papel essencial no transporte


de energia elétrica, conectando usinas geradoras a subestações próximas a
centros de carga. Elas enfrentam desafios como vandalismo, descargas
atmosféricas e queimadas, demandando proteções como cabos-guarda, para-
raios e disjuntores.
As linhas de transmissão se dividem em categorias, como urbanas e
rurais, cada uma com suas características estruturais específicas. A evolução
tecnológica, incluindo o uso de redes de fibra ótica, melhorou significativamente
as estratégias de proteção.
Sobre a proteção de sobrecorrente em linhas de transmissão, há
importância em vários níveis de tensão. É necessário o ajuste da unidade
temporizada e de tempo definido para fases e neutro, os ajutes apresentam
equações e fatores de multiplicação.
A proteção direcional de sobrecorrente em linhas de transmissão,
dependendo da configuração do sistema elétrico. Quando há apenas uma fonte
de geração em uma subestação, os relés direcionais podem não ser
necessários, pois a corrente flui em apenas uma direção. No entanto, se houver
uma segunda fonte de geração em outra subestação, relés direcionais são
essenciais para proteger contra o fluxo de corrente em ambas as direções.
Em sistemas de anel fechado ou quando há várias linhas de transmissão
conectando subestações, os relés direcionais de sobrecorrente são obrigatórios,
independentemente do número e da localização das subestações. Há critérios
básicos para a aplicação desses relés, incluindo proteção instantânea e
temporizada, com base na corrente inversa em relação à corrente normal.
Para a proteção de distância em linhas de transmissão. Destacam-se
quatro tipos de relés de distância: reatância, admitância (MHO) e impedância,
cada um adequado para diferentes tipos de linhas. A proteção de distância opera
em zonas específicas da linha e enfrenta possíveis falhas, como sobrealcance e
subalcance de atuação do relé.
Para melhorar a confiabilidade, são utilizados sistemas de teleproteção,
como o de comparação de fase. Sobre o sistema de transferência direta de
atuação com subalcance (DUTT), ele permite a transmissão direta de sinais
entre terminais, mas há restrição de uso devido a possíveis desligamentos
intempestivos causados por sinais estranhos.
A proteção diferencial de linha de transmissão utiliza o mesmo princípio
da proteção diferencial em transformadores, comparando correntes em
extremidades opostas. Relés 87L são usados nas duas extremidades,
interligados por meios de comunicação. Esses relés comparam correntes locais
e remotas, permitindo operação rápida, inclusive em faltas desequilibradas.
Podem substituir a proteção de distância em linhas curtas, proporcionando
partida em menos de 1 ciclo. A comunicação é realizada por Transferência de
Atuação Direta (DTT).
Relés de proteção diferencial oferecem funções como medição de tensão,
corrente e potência, além de detecção de falhas em fusíveis e transformadores.
Podem ser aplicados em linhas de dois ou três terminais, usando sistemas de
comunicação dual. A maioria dos relés digitais incorpora o protocolo IEC 61850
para interoperabilidade.
A proteção de falha de disjuntor utiliza relés 50BF e 62BF, respondendo a
falhas mecânicas e elétricas. Um temporizador ajustado para tempo superior ao
de atuação do disjuntor coordena a proteção. A estratégia envolve ordens de
atuação para disjuntores remotos em caso de falha.
Para sobretensões, relés 59I (instantâneo) e 59T (temporizado) são
usados, ajustados em relação à corrente nominal. Estudos elétricos dinâmicos
são essenciais para determinar os ajustes adequados, considerando a rejeição
de carga.

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