Você está na página 1de 9

Velocidade da Proteção de Linhas – Podemos nos Libertar das Limitações dos Fasores?

Andrei Coelho Edmund O. Schweitzer, III Bogdan Kasztenny


Armando Guzmán Mangapathirao V. Mynam Veselin Skendzic
Schweitzer Engineering Laboratories, Inc

RESUMO
Os relés atuais são predominantemente baseados em fasores e, desta forma, estão sujeitos ao atraso associado à
janela de um ciclo de dados exigida para uma estimação precisa do fasor. É possível obter enormes melhorias na
velocidade de atuação dos relés, usando informações das correntes e tensões transitórias. Diversas técnicas de
proteção foram analisadas neste artigo, incluindo elementos direcionais, elementos de distância e elementos
diferenciais que aumentam significativamente a velocidade da proteção de linhas.

PALAVRAS-CHAVE: Relés ultra-rápidos; Proteção por grandezas incrementais; Proteção por ondas viajantes;
Proteção de linhas de transmissão.

1.0 - INTRODUÇÃO
A estabilidade do sistema de potência tem impulsionado a busca por uma proteção de linhas de transmissão mais
rápida. As faltas precisam ser eliminadas mais rapidamente do que o tempo crítico de eliminação do defeito, ou
então o sistema pode perder a estabilidade transitória e possivelmente causar um blackout. A eliminação mais
rápida da falta aumenta a quantidade de potência que pode ser transferida.
Os sistemas de relés de proteção primários operam tipicamente entre um ciclo e um ciclo e meio, e os disjuntores
interrompem a corrente entre um ciclo e meio e três ciclos; logo, as faltas são normalmente eliminadas entre três e
quatro ciclos. Cada milissegundo economizado no tempo de eliminação do defeito significa que mais potência pode
ser transferida. Um artigo da BPA de 1976 mostra que em uma determinada linha, uma redução de um ciclo no
tempo de eliminação da falta aumentou a transferência de potência em 250 MW, representando cerca de 15 MW
por milissegundo [1]. Colocando de outra forma, cada milissegundo economizado pode ser da ordem de outro
alimentador de distribuição.
Uma proteção mais rápida também aumenta tanto a segurança pública quanto a segurança das equipes da
concessionária, limita o desgaste dos equipamentos, melhora a qualidade de energia e reduz os danos à
propriedade.
A maioria dos princípios de proteção baseia-se nos componentes da frequência fundamental das correntes e
tensões. Uma medição precisa de uma grandeza senoidal normalmente leva um ciclo. Portanto, para obter um trip
mais rápido de forma consistente, é necessário considerar também os componentes transitórios. Além disso, é
necessário também rediscutir como e quais elementos da proteção de linhas baseada em comunicação
(teleproteção) deverão ser transmitidos entre os terminais.
Os relés rápidos, por sua natureza, respondem aos componentes dos sinais de alta frequência, o que traz
benefícios adicionais. Considere as fontes não tradicionais (tais como eólica e solar). Essas fontes não têm inércia
e são conectadas ao sistema de potência através de uma interface de eletrônica de potência. Seus algoritmos de
controle protegem os conversores das condições de falta na rede. Como resultado, essas fontes produzem tensões
e correntes que desafiam alguns princípios de proteção desenvolvidos para redes com geradores síncronos. Os
relés que respondem aos transitórios são inerentemente menos dependentes das fontes e mais dependentes da
própria rede. Dessa forma, eles prometem ser úteis em aplicações próximas de fontes não tradicionais.
Como os capacitores série inicialmente parecem ser curtos circuitos durante faltas, os relés projetados para operar
com o componente transitório da falta geralmente têm melhor desempenho em aplicações de linhas com
compensação série.
As faltas dão início às ondas viajantes (TWs: “traveling waves”) que trafegam perto da velocidade da luz e são
refletidas e transmitidas nas barras e outras descontinuidades de acordo com as correspondentes impedâncias
características. No estágio inicial da falta, o sistema de potência se comporta como uma rede de parâmetros
distribuídos. As TWs são bem definidas pela velocidade de propagação, pelos coeficientes de reflexão e
transmissão, e pela impedância característica da linha. As TWs podem ser usadas para fornecer proteção de
velocidade extremamente rápida, com tempos de operação possíveis abaixo de 1 milissegundo. A velocidade da
luz é o fator limitante. As TWs de uma falta em qualquer ponto de uma linha de 160 km atingem ambas as
extremidades dentro de 600 microssegundos.

Avenida Pierre Simon de Laplace, 633 Condomínio Techno Park - CEP: 13069-320 - Campinas/SP– Brasil
Tel: (+55 19) 35152013– Email: andrei_coelho@selinc.com
2

Após algumas reflexões de ida e volta, as TWs se reagrupam em ondas estacionárias, e o sistema de potência
começa a se assemelhar a uma rede RLC com parâmetros concentrados no estado transitório. O sistema de
proteção pode analisar as formas de onda transitórias de acordo com a “teoria dos circuitos concentrados” e operar
confiavelmente em milissegundos.
As grandezas incrementais (sinais que aparecem devido a uma falta e não contêm tensões ou correntes de carga)
simplificam a representação da linha e do sistema ao eliminar as fontes de potência e deixar a falta como sendo a
única “fonte” da rede equivalente. Em outras palavras, a força motriz do transitório é a falta, e a força motriz da
resposta do estado de regime é o conjunto das fontes de frequência fundamental do sistema (ex., geradores).
As tradicionais técnicas de domínio da frequência obtidas pela extração dos componentes da frequência
fundamental (fasores) são aplicadas posteriormente quando os sinais estabilizarem. A filtragem necessária para
medição dos fasores resulta em tempos de operação da ordem de um ciclo do sistema de potência, com os tempos
do melhor caso se aproximando de meio-ciclo para faltas próximas com corrente elevada.
Os princípios da velocidade extremamente rápida permitem que os relés calculem eventos que estão localizados
dentro da zona protegida, mas não são necessariamente faltas permanentes. Defeitos iniciantes em cabos ou
eventos de condução em para-raios podem desafiar os atuais relés de alimentadores e barras, respectivamente.
De forma similar, a proteção de linhas de altíssima velocidade precisa garantir que um evento dentro da zona seja
uma falta legítima.

2.0 - VELOCIDADE DOS ELEMENTOS DE PROTEÇÃO CONVENCIONAIS


A maioria das faltas no sistema de potência é eliminada pela operação do sistema de proteção habitual. Os dois
principais componentes do tempo de eliminação da falta são:
• Tempo de detecção da falta, definido como o tempo desde o início da falta até o instante que o contato de um relé
fecha para iniciar a abertura do disjuntor. Este é o tempo de operação do esquema de proteção.
• Tempo de interrupção da corrente de falta, definido como o tempo desde o instante em que a bobina do disjuntor
é energizada até o momento em que a corrente primária é completamente interrompida. Este é o tempo de
interrupção do disjuntor, que é a soma dos tempos de abertura do disjuntor e da extinção do arco voltaico. Os
disjuntores atuais possuem tempos de interrupção de dois ciclos.

2.1 - Implementações do Elemento de Proteção Baseado em Fasores


A maioria dos relés eletromecânicos, de estado sólido, e microprocessados opera efetivamente de acordo com
princípios baseados em fasores. Os relés que usam fasores aplicam uma filtragem para que possam responder aos
componentes dos sinais da frequência fundamental. Seus princípios de operação são derivados assumindo-se que
os sinais filtrados tenham formas de onda próximas da senoidal. Observe o elemento mho microprocessado. Este
elemento executa a comparação de fases de um sinal de operação, fornecido pela equação (1), e de um sinal de
polarização escolhido. A memória de tensão de sequência positiva V1(mem) é usada frequentemente para
polarização, como na equação (2). Nessas equações, os sinais de tensão e corrente são fasores.
= VOP m 0 • ZR • I − V (1)
VPOL = V1(mem) (2)
Onde ZR é a impedância réplica da linha, m0 é o alcance em por-unidade (pu) em termos de ZR, I é a corrente do
loop de falta e V é a tensão do loop de falta.
Matematicamente, a característica de operação mho é o lugar geométrico (um círculo) no qual o ânguloϕ entre as
grandezas de operação e polarização é igual a ±90 graus. A região de operação do elemento (a área dentro do
círculo) é definida para valores do ângulo entre –90 graus e +90 graus.

2.2 - Algoritmos das Janelas de Dados Variáveis e de Meio Ciclo


Alguns relés microprocessados usam atualmente uma janela de dados de meio-ciclo para estimação fasorial. Os
estimadores de fasor de meio-ciclo são mais rápidos do que os estimadores de ciclo completo, mas têm erros
transitórios (overshoot) maiores porque a precisão é trocada pela velocidade quando a janela do filtro é diminuída.
Essas implementações reconhecem os erros transitórios de estimação maiores, acomodando-os através da
aplicação de margens maiores nos ajustes do elemento de proteção. Por exemplo, os estimadores de fasor de
meio-ciclo de um elemento de distância podem fornecer cobertura de alta velocidade para cerca de 80% do ajuste
do alcance da Zona 1 (ex., 64% do comprimento da linha para um ajuste do alcance de 80%).
É possível concluir que o uso de componentes de frequência do sistema de potência para proteção fornece tempos
de operação da ordem de meio-ciclo para faltas próximas, cerca de um ciclo para condições de faltas típicas, e
cerca de um ciclo e meio para faltas perto do fim da zona de proteção.

3.0 - PROTEÇÃO DE LINHAS NO DOMÍNIO DO TEMPO


Nesta seção, são apresentados os princípios de operação de vários elementos de proteção no domínio do tempo
com velocidade extremamente rápida.
3

3.1 - Grandezas Incrementais


Supondo uma falta entre dois terminais da rede, podemos usar o teorema de Thévenin juntamente com o princípio
da superposição para resolver a rede defeituosa. Esta solução da rede é feita analisando separadamente a rede de
pré-falta para obter os componentes das tensões e correntes de pré-falta (carga) e a rede de falta para obter os
componentes dessas tensões e correntes gerados pela falta. A solução final - tensões e correntes em qualquer
ponto da rede defeituosa - é a soma dos componentes de pré-falta e dos componentes gerados pela falta. A rede
de pré-falta é representada no estado de regime. A rede de falta tem apenas uma fonte - a fonte de Thévenin no
local do defeito. A tensão da fonte de Thévenin é igual ao negativo da tensão no ponto da falta na rede de pré-falta.
A Figura 1 ilustra esta abordagem. A rede de falta contém as grandezas incrementais. Antes da falta, esta rede
equivalente não está energizada e todas as suas tensões e correntes são zero. Quando ocorre a falta, esta rede vai
para um estado transitório e, no devido tempo, se estabelece no estado de regime de falta. Podemos resolver a
rede de falta para os valores do estado de regime ou para os valores transitórios. As grandezas incrementais são
válidas para ambos os estados. O teorema da superposição é mais do que apenas um método conveniente para
solução de circuitos elétricos. Ele também facilita as técnicas de proteção baseadas nos componentes das tensões
e correntes gerados pela falta. Os componentes dos sinais gerados pela falta não são afetados pela carga, mas
são introduzidos pela fonte de Thévenin no ponto de defeito da rede de falta. Essas grandezas dependem somente
dos parâmetros da rede. O único efeito das fontes do sistema de potência e do fluxo de carga consiste em
estabelecer as condições iniciais para a fonte de superposição (Thévenin).

Figura 1 – Rede sob falta, Rede pré-falta e grandezas incrementais


Como os sinais de falta são as somas dos sinais de pré-falta e dos sinais gerados pela falta, os sinais gerados pela
falta são a diferença entre os sinais de falta e os sinais de pré-falta. Os relés medem os sinais de falta diretamente,
que são as tensões e correntes instantâneas nos terminais do relé. Os relés também medem os sinais de pré-falta
e podem extrapolá-los para a frente no tempo. Esta extrapolação é válida somente por algumas dezenas de
milissegundos porque as fontes do sistema de potência apenas permanecem estacionárias por um curto período de
tempo. Portanto, um método simples para derivar grandezas incrementais é:
∆s(t) = s(t) − s(t − pT) (3)
Onde Δs é a grandeza incremental instantânea, s é o valor instantâneo medido, T é o período da grandeza medida
e p é um número arbitrário de períodos.
Usando a equação (3), obtem-se uma grandeza incremental que dura por p ciclos do sistema de potência, após o
qual esta grandeza expira porque os valores históricos subtraídos passam para o período de falta. Selecionamos o
valor de p em função do uso pretendido da grandeza incremental. As grandezas incrementais no domínio do tempo
obtidas na equação (3) contêm os transitórios produzidos pela falta. Essas grandezas não incluem a carga de pré-
falta. Dependendo do uso das grandezas incrementais, é possível filtrar ainda mais o sinal (3) para obter os
componentes dos sinais de interesse.

3.2 - Relações Básicas das Correntes e Tensões no Domínio do Tempo


No domínio do tempo, considere o circuito RL monofásico da Figura 2a com uma falta na linha entre o Terminal S e
o Terminal R. A rede de falta da Figura 2b contém tensões e correntes incrementais que são usadas para explicar
os princípios da proteção no domínio do tempo.

Figura 2: a) Falta na linha entre S e R. b) Tensões e correntes incrementais para uma falta na linha
No relé localizado em S, a corrente e a tensão incremental são relacionadas por uma equação de queda de tensão
através da resistência e indutância da Fonte S:
 d 
∆v =−  R S • ∆i + LS • ∆i  (4)
 dt 
Ao escalar a equação (4) para facilitar ainda mais o uso através da multiplicação e divisão do lado direito da
equação pela magnitude da impedância ZS da Fonte S:
R L d 
∆v =− ZS  S • ∆i + S • ∆i  (5)
 Z Z dt 
 S S 
4

É possível efetuar esta operação sem perda de generalidade porque a função (5) foi normalizada usando uma
grandeza escalar. A equação (5) inclui um novo termo de corrente que é uma combinação da corrente incremental
instantânea e sua derivada. Vamos classificar este novo sinal de corrente como indicado a seguir:
d
∆i=
Z D0 • ∆i + D1 • ∆i (6)
dt
Onde:
RS LS
=D0 = and D1 (7)
ZS ZS
É possível escrever uma equação tensão-corrente simples para os valores incrementais medidos no Terminal S:
∆v =− ZS • ∆i Z (8)
Esta derivação é válida apenas para um circuito RL representando a linha e o sistema de potência. A equação (8)
tem o mesmo formato da expressão tensão-corrente para fasores:
∆V =− ZS • ∆I (9)
A corrente fornecida pela equação (6) é referida como uma “réplica de corrente” e permite substituir os termos I • Z
do domínio da frequência (fasores), tais como (1) ou (9), no domínio do tempo (valores instantâneos), tal como (8).
Selecionando os coeficientes D0 e D1, como em (7), obtém-se um ganho unitário entre a corrente medida e a
réplica de corrente na frequência fundamental do sistema. Este ganho unitário é conveniente para a seleção do
ajuste, conforme explicado posteriormente.
O circuito da Figura 2 pode ser usado para faltas reversas, colocando a fonte ΔVF atrás do Terminal S. Neste caso,
é possível escrever a equação seguinte entre a tensão incremental e a corrente réplica incremental:
∆v= ZL + ZR • ∆i Z (10)
Usando (8), (10) é possível explicar e o papel da réplica de corrente plotando a tensão incremental e a corrente
réplica incremental para as faltas à frente e reversa, conforme mostrado na Figura 3.
(a) (b)
150
Volts e Amperes Secundários

Volts e Amperes Secundários

100 A • ZS ZL + ZR • A
100
50 50
∆iZ
A
0 0
A ∆iZ
–50
–50
∆v –100
–100 ∆v
–150
0 4 8 12 16 0 4 8 12 16
Tempo (ms) Tempo (ms)
Figura 3: Tensão incremental e corrente réplica incremental para faltas à frente (a) e reversa (b).
A partir da Figura 3, e das equações (8) e (10), conclui-se que a tensão incremental e a réplica de corrente
incremental têm formas de onda semelhantes, suas polaridades relativas indicam a direção da falta, e sua relação
de amplitude depende das impedâncias do sistema e da direção da falta. A seguir, é explicado como usar as
equações (8) e (10) para um elemento direcional de altíssima velocidade no domínio do tempo.

3.3 - Elemento direcional


Percebe-se que a tensão incremental e a corrente réplica incremental têm polaridades opostas para faltas à frente
e a mesma polaridade para faltas reversas. Além disso, o pico da tensão incremental é igual a |ZS| vezes o pico da
corrente réplica incremental para faltas à frente, de acordo com (8), e é igual a |ZL + ZR| vezes o pico da corrente
réplica incremental para faltas reversas, de acordo com (10). Esta relação de proporção se mantém verdadeira
para qualquer ponto no tempo, não apenas para valores de pico, se os sinais forem suficientemente bem filtrados.
Primeiro, define-se uma grandeza de operação instantânea como o produto da tensão incremental pela corrente
réplica incremental:
sOP = ∆v • ∆i Z (11)

Substituindo (8) em (11), obtém-se a expressão de


sOP para faltas à frente:
− ZS • ( ∆i Z ) (12)
2
s OP =
De forma similar, usando (10) e (11), obtém-se a expressão para faltas reversas:
sOP =ZL + ZR • ( ∆i Z ) (13)
2

O sinal de operação instantânea,


sOP , é negativo para faltas à frente e positivo para faltas reversas desde a
s
primeira medição da falta. Teoricamente, o elemento direcional pode apenas comparar o valor de OP com zero
5

para determinar a direção da falta. No entanto, é viável tirar vantagem de (12) e (13) e melhorar a segurança
comparando
sOP com os dois limites adaptativos, s FWD e s REV , definidos por (14) e (15):
s FWD = − ZFWD • ( ∆i Z ) − ∆ MIN (14)
2

s REV = + ZREV • ( ∆i Z ) + ∆ MIN (15)


2

onde ΔMIN é o nível do valor limite mínimo e ZFWD e ZREV são os ajustes do relé. Obtém-se seus valores da mesma
forma que para o elemento 32Q baseado em fasor [2]. Por exemplo, é possível usar esses valores:
ZFWD = 0.5 • ZS(MIN) (16)

ZREV = 0.5 • ZL (17)


O elemento declara que uma falta está na direção à frente quando:
sOP < s FWD (18)
O elemento declara que uma falta está na direção reversa quando:

sOP > s REV (19)


As equações (18) e (19) são satisfeitas para cada amostra do período transitório de falta se for aplicada uma
filtragem adequada. Podemos calcular a média da grandeza de operação,
sOP , e os valores limites adaptativos,
s s
FWD e REV , ao longo de uma pequena janela de dados. Esta média não prejudica ou retarda a operação porque
os sinais envolvidos se desenvolvem a partir do zero (eles são baseados em grandezas incrementais) e estão de
acordo com (18) e (19) mesmo com sua média calculada.
A Figura 4 ilustra este princípio direcional para uma falta na direção à frente. O sinal de operação é negativo, como
esperado. O limiar adaptativo para a frente, que é selecionado usando (16), é negativo e aproximadamente igual à
metade do sinal de operação, garantindo uma operação confiável. O limiar adaptativo reverso, que é selecionado
usando (17), é positivo, garantindo uma margem de segurança bem grande. O sinal de operação e os limiares
adaptativos para a frente e reverso não têm sua média calculada neste exemplo. O cálculo da média vai reduzir a
taxa de variação destes sinais, mas não vai afetar a relação entre o sinal de operação e os limiares. O elemento
declara uma falta na direção à frente com confiabilidade neste exemplo, de acordo com (18).

Figura 4: Ilustração da operação do elemento direcional para uma falta à frente.


A seleção adequada dos ajustes ZFWD e ZREV permite o uso deste elemento nas aplicações de linhas com
compensação série, ou perto de linhas com compensação série [3].

3.4 - Elemento de Trip direto com Subalcance


Agora considerasse um elemento que pode ser ajustado próximo ao terminal remoto da linha e tem controle
adequado de sobrealcance transitório para que seja usado para trip direto sem comunicações.
A partir da Figura 2, escrevesse a seguinte equação para a tensão no local da falta:
∆v − m • ZL • ∆i Z =∆v F
(20)
∆v F = v F − v F( PREFAULT )
Espera-se que o elemento alcance até um certo ponto (m = m0) da linha protegida, próximo ao barramento remoto,
e que não atue para faltas além deste ponto. É claro que a maior variação da tensão de falta ΔVF é a tensão do
sistema VSYS mais uma certa margem. Portanto, pode-se efetuar um trip seletivo quando:
∆v F > k 0 • VSYS (1)
onde k0 > 1, tal como k0 = 1.1.
Substituindo (20) em (21), obtém-se a equação de operação do elemento de subalcance:
∆v − m 0 • ZL • ∆i Z > k 0 • VSYS (22)
A tensão no ponto de falta cai abruptamente durante faltas na linha. Como resultado, o sinal incremental ΔVF exibe
uma variação no degrau. O lado esquerdo da equação (22) representa a medição deΔV | F|, refletindo a mudança
no degrau da tensão no ponto de falta. Como resultado, a equação de operação (22) é atendida rapidamente para
faltas dentro da zona que ocorrem perto do pico de tensão, conforme ilustrado Figura 5. O aumento inicial do valor
de (22), mostrado na figura, é retardado por um filtro passa-baixa digital que precisa ser usado para as tensões e
6

correntes de entrada visando aplicar nosso método de proteção baseado no modelo do sistema e linha RL. A
alteração da frequência de corte do filtro permite controlar o equilíbrio entre velocidade e segurança.

Figura 5: Sinal de tensão incremental, corrente réplica incremental e grandeza de operação

O elemento de subalcance precisa de supervisão direcional, como o esquema descrito na Subseção 3.3.
O elemento de subalcance descrito não é confiável para todas as faltas. Ele não vai detectar faltas que produzem
uma pequena variação na tensão no ponto de defeito, tais como faltas com alta resistência. Além disso, o elemento
pode ser mais lento do que um quarto de ciclo para faltas que ocorrem perto do cruzamento da tensão pelo zero.
Contudo, o elemento opera para um porcentual satisfatório de defeitos na linha e é geralmente muito rápido.
Quando aplicado em linhas com compensação série, o elemento será afetado pela compensação série, mas
somente após cerca de um ciclo de potência. O elemento pode ser mais seguro se permitirmos sua operação
dentro de milissegundos e inibi-lo mais tarde.
Os transformadores de potencial de acoplamento capacitivo (TPCs) vão reduzir a amplitude e a inclinação da
tensão incremental. No entanto, eles normalmente não invertem o sinal da tensão incremental ou aumentam sua
amplitude. Uma análise cuidadosa da equação (22) permite concluir que os TPCs podem afetar a confiabilidade
deste elemento, mas não terão impacto na sua segurança.

4.0 - PROTEÇÃO DE LINHAS BASEADA EM ONDAS VIAJANTES


Uma falta em uma linha de transmissão gera ondas viajantes (TWs) que se propagam a partir da localização do
defeito até os terminais da linha com uma velocidade de propagação que depende da indutância e capacitância
distribuídas da linha. A Figura 6 mostra o circuito equivalente de um segmento com comprimento ∆x de uma linha
de transmissão com dois condutores. O circuito inclui a resistência R, indutância L, condutância G e a capacitância
C da linha em por unidade do comprimento total da linha.
R • ∆x L • ∆x
i(x,t) i(x + ∆x,t)

v(x,t) G • ∆x C • ∆x v(x + ∆x,t)

∆x

Figura 6: Circuito equivalente de um segmento de uma linha de transmissão com dois condutores.

As equações (23) e (24) determinam a tensão e a corrente como uma função da posição da onda (x) e do tempo (t)
para uma linha de transmissão sem perdas com dois condutores no domínio do tempo à medida que o
comprimento do segmento Δx se aproxima de zero. O sinal negativo indica que as amplitudes das ondas diminuem
à medida que x aumenta. Diferenciamos as equações (23) e (24) em relação ao tempo e posição e obtemos as
equações das ondas (25) e (26).
∂v ( x, t ) ∂i ( x, t )
= −L (23)
∂x ∂t
∂i ( x, t ) ∂v ( x, t )
= −C (24)
∂x ∂t
∂ 2 v ( x, t ) ∂ 2 v ( x, t )
=LC (25)
∂x 2
∂t 2
∂ 2 i ( x, t ) ∂ 2 i ( x, t )
=LC (26)
∂x 2
∂t 2
As equações (27) e (28) representam as soluções gerais correspondentes para as equações diferenciais parciais
de segunda ordem (25) e (26) no domínio do tempo, incluindo ondas para a frente F(x – u • t) e reversas f(x + u • t):
v ( x, t ) = F ( x − u • t ) + f ( x + u • t ) (27)
1
i (=
x, t ) •  F ( x − u • t ) − f ( x + u • t ) 
Z0 
(28)
L 1
Z0 = u=
onde: C é a impedância característica da linha e LC é a velocidade de propagação.
7

As técnicas de separação de ondas podem ser aplicadas para extrair a onda para a frente F(x – u • t) e a onda
reversa f(x + u • t).

4.1 - Esquema de Comparação Direcional Baseado em Ondas Viajantes Incidentes e Refletidas


É possível comparar as TWs incidentes e refletidas para tomar as decisões de trip direcionais. O algoritmo descrito
nesta subseção calcula as TWs incidentes (para a frente) e refletidas (para trás) usando as equações (29) e (30).
=s F v ( t ) − Z0 i ( t ) (29)
=s B v ( t ) + Z0 i ( t ) (30)
Para faltas à frente, a onda incidente aparece antes da onda refletida, assumindo que leva algum tempo para que a
onda alcance uma descontinuidade atrás do relé e trafegue de volta em direção ao terminal da linha. Para uma falta
reversa, a onda de direção reversa a partir da falta aparece muito tempo antes que a onda refletida do terminal
remoto retorne para o local do relé como uma onda para a frente. Um esquema de comparação direcional usando
este elemento direcional TW é aplicado para dar trip na linha.
O método foi originalmente proposto por Johns em [4] e é uma aplicação simples e direta da teoria de separação
das ondas. O método de separação das ondas usa um canal de comunicação com largura de banda baixa
tradicional, mas requer medições de tensão de alta fidelidade.

4.2 - Esquema Diferencial de Ondas Viajantes Baseado Apenas em Corrente


Pode-se eliminar a exigência dos sinais de tensão de alta fidelidade discutida na subseção prévia implementando
um esquema diferencial TW baseado apenas em corrente que compara as amplitudes das ondas de corrente.
Para faltas externas, as amplitudes das ondas de corrente medidas não serão totalmente compatíveis entre os
terminais de linha, não apenas devido à atenuação da linha, mas também devido aos efeitos da terminação da
linha. A isolação das ondas incidentes e refletidas torna a medição independente das impedâncias da terminação,
como no método de Takagi, permitindo a comparação das TWs entre os terminais da linha, mas requer
informações de tensão de alta fidelidade.
No entanto, as ondas de corrente medidas, que são as somas das ondas incidentes e refletidas, mantêm as
informações de polaridade das ondas incidentes. Portanto, podemos comparar as ondas de corrente medidas em
ambos os terminais da linha, levando em conta o atraso de propagação da linha.
O princípio segue as seguintes etapas:
• Assume-se uma falta interna e adiciona-se as primeiras TWs de corrente que chegaram nos terminais
local e remoto (alinhadas no tempo corretamente) para calcular uma grandeza de operação. Se esta
grandeza for significativa (indicando uma falta interna), continua-se para a segunda etapa para confirmar
que a falta não é externa.
• Assume-se uma falta externa e calcula-se a TW de corrente passante, reconhecendo que para faltas
externas, a TW de corrente que entrou em um terminal da linha sairá no outro terminal após o atraso de
tempo de propagação da linha, τ, e a grandeza de restrição terá um valor elevado.
• Compara-se as grandezas de operação e restrição para tomar uma decisão de trip.
Formaliza-se a primeira etapa usando a seguinte grandeza de operação:
i OP=
(t) iS( t ) + i R ( t − P ) (31)
onde P ≤ τ é o deslocamento de tempo necessário para alinhar a primeira TW de corrente recebida no Terminal R
com a primeira TW de corrente recebida no Terminal S.
A equação (31) assume que a TW chegou primeiro no Terminal R. Se a TW chegasse primeiro no Terminal S,
precisaríamos temporizar a TW do Terminal S:
=
i OP( t ) iS( t − P ) + i R ( t ) (32)
Uma das equações (31) ou (32) é executada, dependendo de qual terminal recebeu a TW primeiro. Estas
equações são executadas apenas uma vez, fornecendo um valor único (IOP) que é aproximadamente igual à TW
de corrente disparada a partir do local da falta. Para faltas internas, as duas TWs têm a mesma polaridade,
produzindo um valor elevado de IOP.
Formalizamos a segunda etapa, usando as seguintes equações para as grandezas de restrição:
i RT1=
(t) iS( t ) − i R ( t −τ ) (33)

=
i RT2 (t) i R ( t ) − iS( t −τ ) (34)
A equação (33) é executada uma vez no ponto de tempo, τ, após a primeira TW chegar no Terminal R.
De forma similar, a equação (34) é executada uma vez no ponto de tempo, τ, ap ós a primeira TW chegar no
Terminal S.
8

Para faltas externas, as correntes das TWs do Terminal S e Terminal R têm polaridades opostas, produzindo
valores elevados de IRT1 e IRT2.
Combina-se as duas grandezas de restrição, por exemplo, usando:
1 (35)
=
i RT ( i RT1 + i RT2 )
2
O elemento opera se:
i OP > k • i RT (36)
onde k é um fator de restrição.

Este esquema baseado apenas em corrente requer comunicações de alta velocidade e capacidade de alinhar os
dados de ambos os terminais.

5.0 - A PROTEÇÃO PODE SER TÃO RÁPIDA?


A proteção de linhas de altíssima velocidade pode ver eventos na linha de transmissão protegida além dos curtos-
circuitos. Exemplos de tais eventos incluem:
• Operação normal dos para-raios internos à linha.
• Abertura ou fechamento do disjuntor de bypass em linhas com capacitores.
• Descargas atmosféricas em torres e cabos aterrados que induzem TWs que trafegam em direção aos
terminais da linha através dos condutores de energia.
• Faltas em linhas paralelas que induzem TWs que trafegam em direção aos terminais da linha através da
linha protegida.
Os esquemas de proteção atuais são muito lentos ou não são sensíveis o suficiente para responder a esses
eventos. Como resultado, não se tem total cientes da taxa de ocorrência e variedade desses eventos.
A proteção de linhas de altíssima velocidade, como qualquer proteção, tem que ser projetada para não responder a
esses eventos, se eles forem eventos externos. No entanto, se o evento estiver localizado na linha protegida, a
distinção entre um curto-circuito que exige trip e a condução normal de um para-raios, por exemplo, é um desafio.
Um curto-circuito legítimo dissipa uma certa quantidade de energia durante a ruptura da isolação do ar. É possível
medir a quantidade de energia que trafega em direção ao local do evento usando correntes e tensões incrementais.
Além disso, mede-se a derivada de corrente para determinar não apenas a amplitude da corrente, mas também
com que rapidez ela aumenta. Como resultado, calcula-se a severidade do evento usando 1 a 2 milissegundos de
dados para uma supervisão adequada do trip.
Condições de supervisão específicas podem ser criadas para lidar com eventos específicos. Considerando-se a
condução normal do para-raios devido a uma condição de sobretensão. Felizmente, os para-raios são normalmente
instalados nos terminais da linha, e por isso, pelo menos um relé tem acesso à tensão do para-raios. É possível
monitorar a tensão numa base de amostra-por-amostra e ver se é excedido o limite de condução de um para-raios
em operação normal.
Um período curto de aprendizagem é esperado para a tecnologia de proteção de linhas de altíssima velocidade
enquanto caracteriza-se esses eventos e incorpora-se condições de supervisão dedicadas para efeito de
segurança.

6.0 - CONCLUSÕES
A maioria dos elementos de proteção atuais usa fasores de corrente e tensão, ou seja, eles operam baseados nos
componentes dos sinais de falta no estado de regime. Estes elementos precisam de uma janela de dados de cerca
de um ciclo para medir os fasores com precisão suficiente para uma proteção segura.
Para se libertar das limitações dos fasores, é necessário se basear a operação dos elementos de proteção em
tensões e correntes instantâneas. Esses componentes de sinais requerem janelas de dados menores, facilitando
uma proteção mais rápida.
A combinação das abordagens no domínio do tempo baseadas em TWs e baseadas em circuitos com parâmetros
concentrados permite aplicações versáteis, abrangendo várias fontes de tensão/corrente na entrada do relé e
canais de comunicação disponíveis.
Após anos de desenvolvimento contínuo, os componentes eletrônicos modernos atingiram os níveis de potência de
processamento necessários para implementar até mesmo os algoritmos de proteção mais exigentes. Isso inclui a
capacidade de suportar economicamente altas taxas de amostragem (≥ 1 MHz), amostragem sincronizada de alta
resolução (≥16 bits), sincronização de tempos absolutos, comunicações capazes de troca de todos os dados
coletados (≥100 Mbps), ou alta car ga numérica exigida por alguns dos algoritmos≥ (1 G de multiplicações por
segundo).
Hoje, não encontram-se grandes limitações que impeçam melhorar a velocidade dos relés de proteção de linhas e
se libertar das limitações dos fasores.
9

7.0 - BIOGRAFIA

Dr. Edmund O. Schweitzer, III, é reconhecido como pioneiro da proteção digital e detém o título de Fellow do
IEEE, um título concedido para menos de 1% dos membros do IEEE. Em 2002, foi eleito membro da National
Academy of Engineering. Dr. Schweitzer recebeu o prêmio Medal in Power Engineering de 2012, a mais alta
distinção fornecida pelo IEEE, por sua liderança na transformação radical do desempenho dos sistemas elétricos
de potência através de equipamentos de controle e proteção baseados em computadores. Escreveu dezenas de
artigos técnicos nas áreas de confiabilidade e projeto de relés digitais, e detém 100 patentes em todo o mundo
relativas à proteção, medição, monitoramento e controle de sistemas de potência. Dr. Schweitzer recebeu seus
diplomas de Bacharel e Máster em engenharia elétrica da Purdue University, e seu doutorado da Washington State
University. Ele trabalhou nas faculdades de engenharia elétrica da Ohio University e Washington State University, e
em 1982, fundou a Schweitzer Engineering Laboratories, Inc.

Bogdan Kasztenny é o diretor de P&D de tecnologia na Schweitzer Engineering Laboratories, Inc. Ele tem mais de
25 anos de experiência em proteção e controle de sistemas de potência, incluindo 10 anos de carreira acadêmica e
15 anos de experiência na área industrial, desenvolvendo, promovendo e fornecendo suporte para diversos
produtos de proteção e controle. Dr. Kasztenny é um IEEE Fellow, Senior Fulbright Fellow, representante
canadense do CIGRE Study Committee B5, engenheiro profissional registrado na província de Ontário, e professor
adjunto na University of Western Ontario. Desde 2011, Dr. Kasztenny tem participado do Western Protective Relay
Conference Program Committee. Dr. Kasztenny é autor de cerca de 200 artigos técnicos e detém 25 patentes.
Armando Guzmán recebeu seu BSEE com louvor da Guadalajara Autonomous University (UAG), México. Ele
recebeu um diploma em engenharia de fibra óptica do Monterrey Institute of Technology and Advanced Studies
(ITESM), México, e seu MSEE e MECE da University of Idaho, Estados Unidos. Trabalhou como supervisor
regional do Departamento de Proteção na Região de Transmissão Oeste da Federal Electricity Commission (a
empresa concessionária de energia elétrica do México), em Guadalajara, México, por 13 anos. Realizou
conferências na UAG e University of Idaho sobre proteção de sistemas de potência e estabilidade de sistemas de
potência. Desde 1993, ele está na Schweitzer Engineering Laboratories, Inc., em Pullman, Washington, onde é um
engenheiro de pesquisas fellow. Ele detém inúmeras patentes na área de medição e proteção de sistemas de
potência e é membro sênior do IEEE.
Veselin Skendzic é um engenheiro de pesquisas principal na Schweitzer Engineering Laboratories, Inc. Ele
recebeu seu BS em engenharia elétrica da FESB, University of Split, Croácia; seu Masters of Science da ETF,
Zagreb, Croácia; e seu Ph.D. da Texas A&M University, em College Station, Texas. Ele tem mais de 25 anos de
experiência em problemas relacionados à proteção de sistemas de potência e projeto de circuitos eletrônicos. É
membro sênior do IEEE, escreveu diversos artigos técnicos e contribui ativamente para o desenvolvimento de
normas IEEE e IEC. Ele é membro da IEEE Power Engineering Society (PES) e do IEEE Power System Relaying
Committee (PSRC) e ex-chairman do PSRC Relay Communications Subcommittee (H).
Mangapathirao (Venkat) Mynam recebeu seu MSEE da University of Idaho em 2003 e seu BE em engenharia
elétrica e eletrônica da Andhra University College of Engineering, Índia, em 2000. Ingressou na Schweitzer
Engineering Laboratories, Inc. (SEL) em 2003 como engenheiro de proteção associado na divisão de serviços de
engenharia. Atualmente, trabalha como engenheiro de pesquisas sênior em pesquisas e desenvolvimento da SEL.
Ele foi selecionado para participar do U.S. National Academy of Engineering (NAE)
Andrei Coelho é engenheiro eletricista graduado pela Universidade Federal de Itajubá, em 2014. Neste mesmo
ano, foi estagiário da Schweitzer Engineering Laboratories – Brasil.
Atualmente é engenheiro de aplicação da mesma empresa, onde atua diretamente em soluções para proteção do
sistema elétrico. Tem conhecimento dos ramos de geração, distribuição, transmissão e industriais. Atua também
como instrutor de diversos cursos da Universidade SEL.

Você também pode gostar