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O que são alimentadores?

Os alimentadores são circuitos de média tensão que saem das subestações levando energia
elétrica para os transformadores das redes de baixa tensão.

NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão: estabelece os requisitos para projetos,
instalação e manutenção de instalações elétricas de baixa tensão, e apresenta a definição de
"alimentador" como um "circuito elétrico que alimenta outros circuitos ou equipamentos";

NBR 14021 - Redes de distribuição aérea de energia elétrica: apresenta os requisitos para
redes de distribuição aérea de energia elétrica, incluindo a definição de "alimentador" como
"circuitos de distribuição que partem da rede primária e alimentam uma subestação de
distribuição ou consumidores";

NBR 14565 - Sistemas de iluminação pública: estabelece os requisitos para sistemas de


iluminação pública, e apresenta a definição de "alimentador" como "cabo ou conjunto de
cabos que interliga a subestação de distribuição ao centro de comando da rede de iluminação
pública, de onde se distribui energia aos circuitos secundários".

Principais proteções

Disjuntores

São dispositivos destinados a conduzir e interromper correntes

sob condições normais, anormais ou de emergência.

Algumas características dos disjuntores de suma importância para

que se especifique o mais adequado para determinado circuito

são elas

• Capacidade de ruptura, um dos parâmetros básicos

para o seu dimensionamento em função do nível de curto-circuito atual e

futuro da instalação considerada. Expressa em kA (corrente de

interrupção) e MVA (potência de interrupção).

• Tensão Nominal Deve ser igual à tensão máxima de

operação do sistema na qual o disjuntor é previsto operar.

• Intensidade da Corrente Nominal: Valor da corrente capaz de

circular permanentemente, sem provocar aquecimentos excessivos.

• Capacidade de Fechamento: é a capacidade de fechar o

circuito, expressa em kA.

• Contatos: A seção dos contatos é determinada pela intensidade

de corrente nominal.
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Quando um disjuntor pelo qual está circulando corrente recebe o

comando de abertura e abre, ocorre a formação de um arco elétrico no

ponto de separação. Para eliminação deste arco são utilizadas algumas

técnicas, dentre elas (MAMEDE FILHO, 2005; GIGUER, 1988):

• Câmara de óleo (disjuntores a óleo - grande e pequeno volume

de óleo).

• Jato de ar comprimido (disjuntores pneumáticos).

• Disjuntor a vácuo.

• Jato de SF6 - hexafluoreto de enxofre (disjuntores a gás).

Para as redes com tensões nominais acima de 345 kV, é de

extrema importância que tempos de interrupção bastante curtos para

grandes correntes de curto-circuito sejam garantidos, tendo-se em vista a

estabilidade da rede. Para isto especificam-se, geralmente, os chamados

disjuntores de 2 ciclos, ou seja, disjuntores, que manobram com a

rapidez e eficiência suficientes para interromper correntes de curtocircuito em apenas 2 ciclos,


o que significa 40ms para redes de 50Hz e

33,33ms para redes de 60Hz (D’AJUZ, 1985).

Chave Fusível

A grande vantagem do dispositivo é que ele faz a função de proteção e interrupção sem a
necessidade de dispositivos auxiliares e tem um baixo custo em relação aos outros dispositivos
de proteção. A desvantagem principal é a necessidade de reposição manual do dispositivo
após sua atuação

Os fusíveis são divididos em três tipos: H, K e T. Os fusíveis tipo H são de atuação lenta, sendo
projetados para proteção primária de transformadores de pequeno porte. Os fusíveis tipo K
apresentam atuação rápida e são amplamente utilizados na proteção de ramais de
alimentadores.

Religadores Automáticos

Como citado anteriormente os fusíveis precisam de substituição manual o que acaba


aumentando o tempo de interrupção do sistema, tendo em vista que a maior parte das faltas
são temporárias a substituição dos elos fusíveis ou até mesmo o uso combinado de elos
fusíveis e religadores se faz necessário. Os religadores são considerados pelas concessionárias
como uma eficaz solução para o fornecimento de energia nas condições confiáveis e seguras.
Na ocorrência de uma sobrecorrente o sensor do religador é sensibilizado e envia um sinal ao
equipamento de manobra que efetua a abertura dos contatos principais. Após um
determinado período, denominado tempo de religamento, automaticamente o sensor envia
outro sinal ao equipamento de manobra ordenando o seu fechamento. Se a situação de
sobrecorrente persistir, o religador inicia o ciclo de religamento (de acordo com o número de
aberturas e fechamentos previamente ajustados).

c) Seccionadores

Os seccionadores dispositivos que permitem a abertura e o fechamento de trechos de


alimentadores, facilitando a manutenção e o isolamento de partes do sistema elétrico. Eles são
instalados em pontos estratégicos como em pontos de conexão com outros alimentadores, em
terminais de transformadores e em pontos de manobra.

podem ser operados manualmente, por meio de um mecanismo de alavanca ou volante, ou


por controle remoto, por meio de um sistema de acionamento elétrico ou hidráulico. Eles são
projetados para suportar correntes elétricas nominais e picos de corrente que podem ocorrer
em condições de falha, além de suportar tensões nominais e sobretensões decorrentes de
descargas atmosféricas.

Os seccionadores são importantes dispositivos de segurança em sistemas elétricos, pois


permitem a realização de manutenções e reparos sem a necessidade de desligamento
completo do sistema, minimizando o tempo de interrupção do fornecimento de energia
elétrica. No entanto, é importante lembrar a interrupção da corrente elétrica só deve ser
realizada por meio de dispositivos de proteção adequados.

e) Relés

O relé é um equipamento que através de transformadores de instrumentos e cálculos internos


monitora grandezas do sistema elétrico e é sensível a anomalias no sistema.

Existem reles eletromecânicos, eletrônicos ou digitais. Atualmente os relés digitais dominam o


setor elétrico devido às suas vantagens algumas delas são:

Auto-Diagnóstico: pode ser programado para monitorar constantemente seus sistemas de


hardware e software, o que proporciona um aumento nos seus índices de confiabilidade.

Alta precisão: apresentam uma precisão muito maior na medição das grandezas elétricas,
permitindo uma melhor análise do comportamento do sistema elétrico.

Flexibilidade: possuem a capacidade de programação e ajuste de parâmetros, permitindo


adaptações e ajustes conforme a necessidade do sistema elétrico.

Confiabilidade: os relés digitais apresentam uma maior confiabilidade e durabilidade em


relação aos relés eletromecânicos convencionais, reduzindo a necessidade de manutenção e
aumentando a disponibilidade do sistema elétrico.

Comunicação: os relés digitais possuem a capacidade de comunicação em rede, permitindo a


troca de informações com outros dispositivos de proteção e controle, além de possibilitar o
monitoramento remoto do sistema elétrico.
Funções avançadas: os relés digitais podem realizar funções avançadas de proteção e controle,
como detecção de falta de fase, detecção de falta à terra, detecção de sobrecarga, dentre
outras, aumentando a segurança e confiabilidade do sistema elétrico.

Automação: os relés digitais podem ser integrados em sistemas de automação, permitindo a


realização de operações automáticas de manobra e proteção do sistema elétrico, aumentando
a eficiência e reduzindo a necessidade de intervenção humana.

Função 50/51

Os relés de sobrecorrente são dispositivos que atuam para um valor de corrente acima de um
valor pré-definido em seu ajuste. O relé de sobrecorrente é classificado em relação ao tempo
de atuação em:

• Relé instantâneo. 50

• Relé Temporizado: 51

A proteção 50 é uma das mais importantes proteções em sistemas elétricos de potência e tem
como função detectar correntes de curto-circuito. É uma proteção de sobrecorrente
instantânea, ou seja, atua imediatamente após detectar uma corrente acima do valor de
ajuste.

Quando ocorre um curto-circuito no sistema elétrico, a corrente elétrica aumenta


rapidamente, ultrapassando o valor de ajuste do relé de sobrecorrente. O relé detecta essa
sobrecorrente e envia um sinal para o disjuntor, que interrompe a corrente elétrica no
sistema.

A proteção 50 é essencial para garantir a segurança do sistema elétrico, pois a interrupção


rápida da corrente elétrica evita danos aos equipamentos e reduz o risco de acidentes
elétricos. Além disso, a proteção 50 também ajuda a minimizar os impactos de curtos-circuitos
no sistema elétrico, como a interrupção de energia elétrica para os consumidores e a
possibilidade de incêndios.

A função 51 é uma proteção de sobrecorrente de tempo definido, também conhecida como


proteção de sobrecorrente de tempo inverso. Essa proteção é utilizada para proteger
equipamentos elétricos contra sobrecorrentes que podem ocorrer em situações de falhas
elétricas no sistema, como curtos-circuitos.

A proteção 51 é caracterizada pelo tempo de atuação que depende do valor da corrente


medida. Em outras palavras, quanto maior a corrente, menor é o tempo necessário para
atuação da proteção. Esse princípio é conhecido como tempo inverso, onde a proteção é mais
rápida para correntes elevadas e mais lenta para correntes mais baixas.

Função 50N/51N

A função 50N é utilizada em sistemas elétricos trifásicos com aterramento para detectar
correntes de defeito que ocorrem no condutor de neutro. A proteção funciona medindo a
corrente elétrica no condutor de neutro e comparando seu valor com um ajuste pré-definido.
Se a corrente medida exceder o valor ajustado, o relé atua para interromper a corrente
elétrica no circuito protegido.

A função 51N é uma variante da proteção de sobrecorrente de tempo inverso, conhecida


como proteção de sobrecorrente de neutro. Essa proteção é utilizada para detectar correntes
de defeito que ocorrem no condutor de neutro de sistemas elétricos trifásicos.

Função 59

A proteção 59 é implementada através de um relé que mede a tensão elétrica no sistema e


compara o seu valor com um ajuste de tensão pré-definido. Se a tensão medida exceder o
valor ajustado, o relé dispara e atua para interromper a corrente elétrica no circuito protegido.

Função 27

A proteção 27 é implementada através de um relé que mede a tensão elétrica no sistema e


compara o seu valor com um ajuste de tensão pré-definido. Se a tensão medida ficar abaixo do
valor ajustado, o relé dispara e atua para interromper a corrente elétrica no circuito protegido.

Função 79

O objetivo do relé de religamento é minimizar o tempo de interrupção do fornecimento de


energia elétrica em caso de falhas transitórias na linha de transmissão ou distribuição. Quando
uma falha é detectada, o relé de religamento atua para interromper a corrente elétrica e
desenergizar a linha. Após um tempo pré-definido de espera, o relé inicia o processo de
religamento, fechando o circuito novamente e reestabelecendo o fornecimento de energia
elétrica.

O relé de religamento é capaz de realizar uma sequência de tentativas de religamento,


geralmente três, antes de indicar uma falha permanente na linha. Caso ocorra uma falha
permanente, o relé de religamento indica a falha e mantém a linha desenergizada até que uma
equipe de manutenção possa corrigir o problema.

Função 67

A proteção de direção de fase funciona comparando a corrente e a tensão da linha em um


determinado ponto. A partir dessa comparação, o relé determina se a falha está localizada
antes ou depois do ponto de medição. Se a falha estiver localizada antes do ponto de medição,
o relé atuará para interromper a corrente elétrica e desenergizar a linha. Se a falha estiver
localizada depois do ponto de medição, o relé não atuará.

Para manter o sistema de distribuição o mais confiável e seguro possível, o sistema de


proteção deve atender alguns requisitos básicos

• Seletividade: Isolar somente a parte do sistema atingida pelo defeito, mantendo a


continuidade do serviço das demais partes do sistema.

• Rapidez: Alta velocidade na resposta, sensibilizando rapidamente o equipamento


responsável por cada zona de proteção.
• Sensibilidade: A proteção deve ser sensível a defeitos que possam ocorrer durante a
operação do sistema. É a capacidade do sistema de proteção em responder às anomalias nas
condições de operação.

• Confiabilidade: Um sistema dito seguro é aquele que não deve realizar uma falsa operação
sob condições normais de operação, ou falhar no caso de faltas no sistema. 44

• Economia: Um sistema de proteção com inúmeros equipamentos terá uma maior


probabilidade de ser mais eficiente em sua função, mas por outro lado ele deve ter sua
implantação viável economicamente. Para que isso seja possível deve-se evitar um número
excessivo de dispositivos de proteção e realizar um estudo de proteção para que o projeto seja
viável tecnicamente e economicamente.

No que diz respeito às possíveis ocorrências e suas probabilidades, a filosofia de proteção dos
sistemas de distribuição deve atender requisitos de sensibilidade. Estes requisitos destinam-se
a assegurar que todos os defeitos em circuitos de distribuição serão detectados e removidos
imediatamente.

Para atender este critério, e levando em consideração as características típicas de circuitos


aéreos de distribuição (maior porcentagem de faltas temporárias) são usados, além dos
fusíveis, seccionadores e religadores automáticos. Os transformadores de distribuição são
geralmente protegidos com fusíveis. Ramos secundários dos alimentadores são também
protegidos principalmente por fusíveis e seccionadoras. Religadores automáticos e
seccionadoras são instaladas no alimentador principal. Os disjuntores são instalados nos
terminais de saída das subestações de distribuição, assim como em alguns casos os religadores
automáticos (BLACKBURN; DOMIN, 2006). A figura 2.9 apresenta um esquema básico da
proteção convencional de alimentadores de distribuição.

Os transformadores de distribuição são geralmente protegidos com fusíveis. Ramos


secundários dos alimentadores são também protegidos principalmente por fusíveis e
seccionadoras. Religadores automáticos e seccionadoras são instaladas no alimentador
principal. Os disjuntores são instalados nos terminais de saída das subestações de distribuição,
assim como em alguns casos os religadores automáticos (BLACKBURN; DOMIN, 2006).

Alimentadores urbanos

Alimentadores rurais

Utilizar chave fusível no primário dos trafos de

No inicio dos ramais é indispensável a utilização de chaves fusíveis, equipamentos alternativos


em função da importância da carga: religador e/ou seccionadora

Máximo 2 fusiveis em serie

Coordenação de disjuntor e elo fusível


Coordenação entre religador e elo fusível

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