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Equipamentos de Proteção e Manobra

Os atuais sistemas de distribuição de energia elétrica para uso externo em expansão são

caracterizados por maiores densidades de demanda que resultam em mais carga por

quilômetro de rede, mais interconexões e mais redes laterais e ramificações. Ao mesmo

tempo, há uma crescente demanda por um grau ainda mais elevado de confiabilidade do

sistema.

Para simplificar os procedimentos de seccionamento, minimizar as interrupções de

fornecimento de energia elétrica e facilitar o religamento com cargas frias após uma

interrupção, são necessários cada vez mais pontos de seccionamento.

Existe no sistema elétrico de potência dois tipos de equipamentos, sendo um de proteção,

que também pode ser utilizado para manobra de circuito, e o de manobra, exclusivamente

para manobra.

Todos os circuitos de alta e média tensão, bem como os equipamentos neles instalados,

devem ter proteção para sobrecorrente, a fim de não comprometer sua vida útil.

Equipamentos de Proteção
Entre os equipamentos de proteção, encontramos disjuntor, relé, seccionalizadora

automática (SA), religadora automática (RA), pára-raios e chave fusível, também conhecida

como chave Matheus, devido este ser um de seus fabricantes.

Todos esses equipamentos, com exceção do relé e pára-raios, além da função de proteção,

também podem ser utilizados para manobrar circuítos.


Disjuntor de média tensão: tem como objetivo bloquear a entrada de carga elétrica acima

do limite suportado pelo equipamento. Ele sempre desliga quando houver sobrecorrente.

Com sua utilização é bem simples restabelecer o circuíto após o regularizado o problema,

basta ligar novamente a chave.

Disjuntor a vácuo

Relé: Relé de proteção de sobrecorrente é aquele que responde pela corrente que flui no

elemento do sistema que se quer proteger quando o valor dessa corrente supera

o previamente ajustado.

A proteção com relé de sobrecorrente é a mais econômica de todas usadas nos sistemas de

potência e é também a que mais frequentemente necessita de reajuste quando são

efetuadas alterações na configuração do sistema.


Seccionalizadora Automática: É um equipamento utilizado para proteção de sistemas

elétricos de potência, associado a um religador.

Ao ser sensibilizado (normalmente por uma sobrecorrente) o seccionalizador prepara-se

para contar a quantidade de desligamentos do circuíto elétrico. Quando esta contagem

atingir o valor pré-programado o equipamento abre, interrompendo o circuito.

A segunda função e não menos importante, quando ocorre um fio partido, curto circuíto na

rede ou galho de árvore caído sobre a rede elétrica, ele faz a mesma função acima.

Religadora Automática: Os religadores são equipamentos automatizados de manobra que

operam nas redes de distribuição de energia elétrica, normalmente em circuitos primários de

13,8, 27 e 36 kV.

Seu princípio de funcionamento se baseia na detecção automática de uma falta na rede

elétrica, interrompendo o circuito de distribuição. Após o período pré-configurado, o religador

restabelecerá automaticamente a energia na linha, verificando se a falta no circuito ainda

permanece.
Pára-raios: Em sistemas aéreos de distribuição de energia elétrica as sobretensões

transitórias ocorrem devido a surtos atmosféricos (raios), curtos-circuitos, energização ou

desenergização de capacitores e ferro-ressonância. As sobretensões mais críticas em

sistemas de distribuição são causadas por surtos atmosféricos.

As sobretensões provocadas por outras causas são limitadas a valores muito inferiores,

causando menores solicitações ao isolamento, nas tensões de distribuição até 25 kV. Para a

ocorrência de uma sobretensão em redes aéreas, devido a

um raio não é necessário a incidência direta de descarga sobre a linha, bastando sua

ocorrência nas vizinhanças da rede para que se tenha surtos induzidos. O surto de origem

atmosférica, seja ele induzido ou direto, provoca na linha de distribuição a propagação de

uma onda de sobretensão, que pode danificar o isolamento dos equipamentos da

distribuição.
.

A função do pára-raios é abrir e direcionar para o terra as sobretensões, evitando danos à

rede de energia elétrica e aos equipamentos das concessionárias.

Os pára-raios instalados nas redes de distribuição de energia elétrica das concessionárias

não protegem os equipamentos e redes domiciliares, comerciais e industriais, apenas a rede

e equipamentos da concessionária.

Chave Fusível (Chave Matheus): É um dispositivo de proteção e manobra de circuítos

elétricos. Utilizada para proteção de transformadores de potência, entradas primárias até 100

A, banco de capacitores e ramais de redes elétricas. Na função de proteção, é instalado um

elo fusível (conforme figura) no porta-fusível da chave.

A corrente nominal do elo fusível é determinado pela potência do banco de transformadores,

banco de capacitores, entrada primária, trecho da rede de distribuição de energia elétrica a

ser protegido, tudo de acordo com projeto elétrico, pois existe a necessidade de coordenar a

corrente nominal dos elos fusíveis que protegem os equipamentos com corrente nominal

das bases fusíveis, proteções do circuíto (RA ou SA) e equipamentos da Estação


Transformadora de Distribuição (ETD), onde as tensões de transmissão ou subtransmissão

são rebaixadas a valores de tensão de distribuição.

fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgMl4AK/modulo -02-chave-fusivel-indicadora

Porta Fusível (Cartucho)


Fusível rabicho

Na função de manobra, para fazer manutenção em um equipamento ou a jusante de uma

base fusível, basta manobrar a chave (desligar/ligar), proceder a todos os requisitos de

segurança para desenergização/reenergização conforme NR10 para executar o serviço com

segurança.

Equipamentos de Manobra
Além dos dispositivos já citados, temos um importantíssimo equipamento de manobra:
Chave Faca ou Seccionadora: Utilizada exclusivamente para manobra. São instaladas nas

posições horizontal ou vertical; podem ser Normalmente Aberta (NA) ou Normalmente

Fechadas (NF).

Monopolar

A chave instalada como NF, quando acionada se torna NA, interrompendo o circuíto elétrico.

Se instalada como NA, ao ser acionada passa a ser NF, dando continuidade ao circuíto

elétrico.

São acionadas para fins de manutenção preventiva ou corretiva, programação de

desligamento para manutenção preventiva, balanceamento de carga, manobra de circuítos

para socorro, manobras para que o menor número possível de clientes fique sem energia em

manutenções preventiva e corretiva , principalmente hospitais, indústrias de grande porte,

shoppings, sobrevida¹, entre outros.


Tripolar

Encontrada nas entradas primárias com demanda acima de 100 A, saídas de circuítos de

ETD’s, manobra e bypass em religadoras e seccionalizadoras automáticas, em pontos

estratégicos de circuítos de alta e média tensão, internamente nas ETD’s e em cubículos de

entradas primárias.

Conjunto de chaves facas NF

Nota 1 – Sobrevida é a pessoa que depende de energia elétrica para sobreviver.

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