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ENERGIA EÓLICA
Verifica-se que junto à costa o clima de ventos é essencialmente influenciado pelas brisas
marítimas durante o dia e as brisas terrestres durante a noite, verificando-se maior intensidade do
vento no final do dia e de madrugada. O regime de ventos nas zonas costeiras apresenta-se bastante
estável ao longo do ano com maior intensidade nos meses de Setembro a Novembro.
Nas zonas de montanha o clima é tropical de altitude. Nas zonas de montanha interiores, em
particular na província de Tete, os ventos apresentam uma maior oscilação sazonal com uma
redução mais significativa no período de Dezembro a Março.
O primeiro mapeamento do potencial eólico para Moçambique foi realizado a partir do modelo de
Mesoscala MM5, com base nos dados globais do Projecto Reanalysis NCEP/NCAR.
Durante mais de um ano foram recolhidos e analisados mensalmente os dados de medição das 35
estações.
O impacto visual das turbinas é uma questão que não reúne concessos, pois, por um lado há quem
considere que as turbinas se integram harmoniosamente na paisagem e por outro lado há quem
considere a sua presença intrusiva. Vale a pena mencionar, contudo, que os postes que suportam
as linhas de transporte de energia, e que existem um pouco por toda a parte, são, pelo menos,
igualmente intrusivos e não diferem das torres eólicas.
O ruído produzido pelas turbinas é também apontado como argumento contra a penetração da
energia eólica. Basicamente há dois tipos de ruído: mecânico, associado à caixa de velocidades e
ao gerador e motores auxiliares, e aerodinâmico, relacionado com o movimento das pás no ar.
Tanto a interferência electromagnética com sinais de sistemas de comunicações, como os efeitos
sobre a vida animal, nomeadamente as áves migratórias, não são superiores aos de outras estruturas
de geração ou transporte de energia, podendo ser evitados através da escolha criteriosa do local de
instalação.
𝐴
𝑃 = 1 − 𝐴𝑇 eq.1
𝑒𝑓
Efeito de esteira: Uma vez que uma turbina eólica produz energia mecânica a partir da energia do
vento incidente, o vento que sai da turbina tem uma força energética inferior ao do vento que
inicialmente entrou na turbina. De facto, na parte de trás da turbina forma-se uma esteira de
vento turbulento e com velocidade reduzida relativamente ao vento incidente. Este é o motivo
pelo qual se recomenda que as turbinas tenham um espaçamento de cinco e nove diâmetros na
direcção preferencial do vento e entre três e cinco diâmetros na direcção perpendicular. Mesmo
tomando estas medidas, a experiência mostra que a energia perdida devido ao efeito de esteira é
de cerca de 5%.
Vento no mar: O vento apresenta condições particulares em Offshore (no Mar). O facto de, em
geral, a rugosidade do mar apresentar valores baixos, faz com que a variação da velocidade do
vento com a altura seja pequena, e, portanto, a necessidade de haver torres elevadas não seja
Esta equação revela que a potência disponível é fortemente dependente da velocidade do vento,
pois, quando esta duplica, a potência aumenta oito vezes, mas duplicando a área varrida pelas pás
da turbina, o aumento é só de duas vezes. Por outro lado, se a velocidade do vento desce para
metade, a potência reduz-se a 12,5%. Tudo isto explica a importância crítica da colocação das
turbinas em locais com velocidades do vento elevadas no sucesso económico dos projectos de
energia eólica.
Na eq.2 o coeficiente de otencia indica a potência disponível no vento na ausência de turbina. Esta
potência não pode ser integralmente convertida em potência mecânica no veio da turbina, uma vez
que o ar, depois de atravessar o plano das pás, tem de sair com velocidade não nula. A aplicação
de conceitos da mecânica de fluídos permite demonstrar a existência de um máximo teórico para
o rendimento da conversão eolo-mecânica. De acordo com a regra de Betz, o valor do coeficiente
de potência apresenta um limite teórico ligado a 59,7 %.
A potência extraída do vento pelo rotor da turbina (Pr), é proporcional à diferença dos quadrados
das velocidades u1 e u2:
1 𝑈1 +𝑈2 𝟏 𝑼𝟐 𝑼𝟐 𝟐
𝑃𝑟 = 𝜌𝐴 (𝑈1 2 − 𝑈2 2) ↔ 𝝆𝑨𝑼𝟏 (𝟏 + )𝑼𝟏 𝟐 (𝟏 − ) eq.4
2 2 𝟒 𝑼𝟏 𝑼𝟏 𝟐
Dividindo a potência extraída do vento (Pr) pela respectiva potência disponível (equação 2) obtém-
se:
O rendimento efectivo da conversão numa turbina eólica depende da velocidade do vento e é dado
por:
Devido a lei de variação cúbica da potência com a velocidade do vento, para velocidades abaixo
de um certo valor (normalmente, cerca de 5 m/s, dependendo do local) não interessa extrair
energia. Pela mesma razão, para valores superiores à velocidade do vento nominal não é