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Aula 3
Filosofia de Proteções nos
Sistemas de Potência
Introdução
Devido ao grande crescimento da
demanda de energia elétrica houve
necessidade da construção de grandes
grupos geradores de energia, do
transporte desta energia por centenas de quilômetros de comprimento através de linhas de transmissão e
da interligação de todo sistema elétrico . A forma viável e econômica
para o transporte de energia elétrica é em alta tensões, porém este
meio torna as condições operacionais críticas no aspecto de
dimensionamento de proteções elétricas para as instalações. Para
manter a qualidade e o funcionamento do sistema de potência,
criou-se também a FILOSOFIA DE MANUTENÇÃO E PROTEÇÃO,
visando uma confiablidade de todo o sistema na operação mesmo
em regime de falha em suas subpartes.
Função da Proteção.
Promover o rápido restabelecimento de energia, evitando
danos aos consumidores e proporcionando uma qualidade
no fornecimento da energia aos usuários.
A proteção dos sistemas elétricos
atua com dois grandes objetivos:
Evitar que falhas no sistema, como o curto-circuito,
possam danificar equipamentos e materiais deste sistema.
O conjunto dos elementos de proteção atuam de preferência sobre o DISJUNTOR, a fim de promover
o isolamento do resto do sistema nos eventos de falhas.
FINALIDADE BÁSICA DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO NO SISTEMA DE POTÊNCIA
Remover de serviço equipamentos que estejam operando sob condições anormais;
Retirar de serviço, apenas o equipamento defeituoso;
Supervisionar todo sistema para assegurar a continuidade da alimentação aos clientes;
Proteger os equipamentos e acessórios através de comandos, sinalização e atuações
coordenadas.
TCs e TPs: Dispositivos que fazem amostragem de corrente e tensão do barramento de alta tensão.
Filosofia de Proteção de Sistemas de Transmissão
A filosofia de proteção consiste em dividir-se o sistema elétrico em zonas supervisionadas (ZONAS DE
PROTEÇÃO) por RELÉS de modo a minimizar o número de componentes desligados por uma condição
de falta.
PROTEÇÃO DE RETAGUARDA
Filosoficamente, a proteção de retaguarda é utilizada para o caso de falha da proteção primária.
Os sistemas de proteção podem falhar em função de diversos fatores, tais como:
Alimentação de corrente proveniente do secundário dos TC’s;
Alimentação de tensão proveniente do secundário dos TP’s;
De serviços auxiliares (DC);
Falha no disjuntor; erro nos ajustes;
Defeito no relé.
Classificação de Relés de Proteção
Continuação:..............
ID Denominação ID Denominação
51 Relé de sobrecorrente temporizado 76 Relé de sobrecorrente CC
52 Disjuntor de corrente alternada 77 Dispositivo de telemedição
53 Relé para excitatriz ou gerador CC 78 Relé de medição de ângulo de fase / proteção contra falta de
54 Dispositivo de acoplamento sincronismo
55 Relé de fator de potência 79 Relé de religamento
56 Relé de aplicação de campo 80 Chave de fluxo
57 Dispositivo de aterramento ou curto-circuito 81 Relé de frequência (sub ou sobre)
58 Relé de falha de retificação 82 Relé de religamento de carga de CC
59 Relé de sobretensão 83 Relé de seleção / transferência automática
60 Relé de balanço de corrente ou tensão 84 Mecanismo de operação
61 Sensor de densidade 85 Relé receptor de sinal de telecomunicação (teleproteção)
62 Relé temporizador 86 Relé auxiliar de bloqueio
63 Relé de pressão de gás (Buchholz) 87 Relé de proteção diferencial
64 Relé detetor de terra 88 Motor auxiliar ou motor gerador
65 Regulador 89 Chave seccionadora
66 Relé de supervisão do número de partidas 90 Dispositivo de regulação (regulador de tensão)
67 Relé direcional de sobrecorrente 91 Relé direcional de tensão
68 Relé de bloqueio por oscilação de potência 92 Relé direcional de tensão e potência
69 Dispositivo de controle permissivo 93 Contator de variação de campo
70 Reostato 94 Relé de desligamento
71 Dispositivo de detecção de nível 95 Usado para aplicações específicas
72 Disjuntor de corrente contínua 96 Relé auxiliar de bloqueio de barra
73 Contator de resistência de carga 97 à 99 Usado para aplicações específicas
74 Relé de alarme
75 Mecanismo de mudança de posição
Continuação:............. Complementação da Tabela ANSI:
ID Denominação
50N - sobrecorrente instantâneo de neutro
51N - sobrecorrente temporizado de neutro ( tempo definido ou curvas inversas)
50G - sobrecorrente instantâneo de terra (comumente chamado 50GS)
51G - sobrecorrente temporizado de terra (comumente chamado 51GS e com tempo definido ou curvas inversas)
50BF - relé de proteção contra falha de disjuntor (também chamado de 50/62 BF)
51Q - relé de sobrecorrente temporizado de seqüência negativa com tempo definido ou curvas inversas
51V - relé de sobrecorrente com restrição de tensão
51C - relé de sobrecorrente com controle de torque
50PAF - sobrecorrente de fase instantânea de alta velocidade para detecção de arco voltaico
50NAF - sobrecorrente de neutro instantânea de alta velocidade para detecção de arco voltaico
59Q - relé de sobretensão de seqüência negativa
59N - relé de sobretensão residual ou sobretensão de neutro (também chamado de 64G) , calculado ou TP em delta aberto
64 - relé de proteção de terra por corrente ou por tensão. Se for alimentado por TC, também pode ser utilizado como uma unidade 51 ou 61. Se for
alimentado por TP, pode-se utilizar uma unidade 59N ou 64G. A função 64 também pode ser encontrada como proteção de carcaça, massa-cuba ou
tanque, sendo aplicada em transformadores de força até 5 MVA.
67N - relé de sobrecorrente direcional de neutro (instantâneo ou temporizado)
67G - relé de sobrecorrente direcional de terra (instantâneo ou temporizado)
67Q - relé de sobrecorrente direcional de seqüência negativa
78 - Salto vetorial (Vector Shift)
Continuação:............. Complementação da Tabela ANSI (Proteção Diferencial - ANSI 87)
ID Denominação - O relé diferencial 87 pode ser de diversas maneiras:
87Q - diferencial de sequência negativa (aplicado para detecção de faltas entre espiras em transformadores)
87B - diferencial de barras. Pode ser de alta, média ou baixa impedância. Pode-se encontrar em algumas documentações o relé 68 sendo referido à
87M - diferencial de motores - ( tipo percentual ou do tipo autobalanceado). O percentual utiliza um circuito diferencial através de 3 TC´s de fases e 3
TC´s no neutro do motor. O tipo autobalanceado utiliza um jogo de 3 TC´s nos terminais do motor, conectados de forma à obter a somatória das
Proteção de Retaguarda: Tem a finalidade de ser a segunda ou terceira proteção a detectar uma mesma
anormalidade em um dado componente do sistema de potência, atuando o respectivo disjuntor
quando da falha da proteção principal. Para garantia da seletividade a proteção de retaguarda UTILIZA
TEMPORIZAÇÃO INTENCIONAL para que
se aguarde a atuação da proteção
principal. Apenas no caso de falha da
principal, após uma temporização
ajustada, é que atuaria a proteção de
retaguarda.
Nos disjuntores existem abobina de abertura ou TRIP (YO) e a bobina de fechamento (YC). Elas possibilitam que
os disjuntors sejam controlados remotamente (abertura e fechamento), sem que o operador esteja
necessariamente em frente ao disjuntor. ... As bobinas operam por meio de corrente de impulso mínimo durante
os tempo de 100 ms.
RELIGADORES
São equipamentos automatizados de manobra que
operam nas redes de distribuição de energia elétrica,
normalmente em circuitos secundários de 13,8 a 36 kV.
Seu funcionamento se baseia na detecção automática de
uma falta na rede elétrica, interrompendo o circuito de
distribuição. Após o período pré-configurado, o
religador restabelecerá automaticamente a energia na
linha, verificando se a falta no circuito ainda permanece.
Um configuração padrão permite até 3 sequências de
religamento para o restabelecimento da energia, caso a
falta ainda continue, o religador permanecerá aberto até
que seja sanada a avaria.
Os religadores são, normalmente, fornecidos com seus
circuitos de controle e proteção completos e integrados
para instalação em postes ao longo das redes de
distribuição aéreas.
GRAU DE IMPORTÂNCIA dos Relés de Proteção
RELÉS PRINCIPAIS: Respondem diretamente aos parâmetros elétricos de atuação (corrente, tensão ...)
RELÉS SUPLEMENTARES: Servem para multiplicar o número de contatos, criar retardos, sinalizar a
operação dos equipamentos de proteção (relés auxiliares, relés de tempo, relés de sinalização etc).
Na configuração de proteção, os relés são dispostos em sucessivas zonas de modo a operar em tempos
graduados considerando a seqüência dos equipamentos, ou seja, embora um certo número de relés
seja sensibilizado, somente aqueles relevantes à zona de falta devem completar suas funções (disparo
- TRIP). Os outros relés irão realizar operações incompletas e retornarão ao estado normal;
TEMPORIZAÇÃO dos Relés de Proteção
TEMPORIZAÇÃO: Instantâneo, Tempo definido, Tempo Inverso;
Uma corrente de curto-circuito elevada por longo tempo provoca danos e colapso na rede. É requerido
que a proteção promova a eliminação do defeito no menor tempo possível, reduzindo danos e custos,
aumentando a segurança (material e pessoal) e garantindo a coordenação e seletividade no sistema
como um todo (restringindo a interrupção ao menor trecho possível).
QUANTO A TEMPORIZAÇÃO
=> CLASSIFICAÇÃO DOS RELÉS