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EMPRESA NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ELECTRICIDADE-EP

DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO REGIA NORTE

DIVISÃO DE PROTECÇÕES E MEDIDAS ELÉCTRICA,2023

TREINAMENTO DE OPERADODORES DAS SE´S NA DEM-AT/MT RN, 2023

Malanje,2023

TREINAMENTO DE OPERADODORES DAS SE´S NA DEM-AT/MT RN, 2023

Elaborado pela equipa de proteções da DEM Fev. 2023


Índice.
1. CONCEITOS GERAIS.
1.1. Definição de Uma Subestação.
1.2. Importância de Uma Subestação.
1.3. Função de Uma Subestação.
1.4. Classificação de Uma Subestação.
1.5. Principais Equipamentos de Uma Subestação e suas Funções.
2. SISTEMA DE PROTEÇÃO.
2.1. Caraterística do sistema de proteção na Subestação.
2.2. Estrutura do SPCCS.
2.3. Funções do automatismo.
2.4. Função de regulação de tensão.
2.5. Tipos ou Funções de Proteção.
2.6. Proteção do transformador.
 Proteções próprias.
 Proteção por fusíveis: calibre dos fusíveis.
3. CURTO-CIRCUITOS.
3.1. Causas dos Curto-Circuitos.
3.2. Tipos de Curto-Circuitos.
4. SERVIÇO AUXOILIARES.
4.1. Serviços auxiliares de corrente continua.
4.2. Serviços auxiliares de corrente alternada.
4.3. Retificador e Baterias.

1. CONCEITOS GERAIS:

1.1. DEFINIÇÃO DE UMA SUBESTAÇÃO


A subestação elétrica pode-se definir como um conjunto de equipamentos que tem como objetivo
mudar as características da energia elétrica, aumento ou diminuindo a tensão e a corrente, dessa
maneira é possível manter a energia elétrica dentro de valores pré-estabelecidos para a transmissão e
distribuição.

Figura.1 Subestação

Elaborado pela equipa de proteções da DEM Fev. 2023


1.2. A IMPORTÂNCIA DA SUBESTAÇÃO
A subestação é uma das partes do sistema elétrico mais importantes, pois, toda energia elétrica a ser
consumida pelas cargas passa por ela, e, assim, a mesma está no caminho crítico. A sua paralisação
implica na paralisação das cargas. Assim, de nada adianta se ter um processo extremamente
diferenciado, máquinas de última geração, pessoal altamente qualificado e treinado, se a energia
elétrica não estiver disponível, com qualidade, disponibilidade onde for necessária.

1.3. AS FUNÇÕES DE UMA SUBESTAÇÃO


as subestações têm as seguintes funções:

 Garantir a interligação dos sistemas de energia elétrica, direcionando fluxo de energia entre as
fontes e as cargas e utilizando equipamentos de manobra e transformação de tensão;
 Melhorar a qualidade de energia, possuindo a capacidade para compensar reativos do sistema
e controlar e fazer a manutenção dos níveis de tensão adequados;
 Proteger a integridade física do sistema e das pessoas, e para isso deve possuir dispositivos de
proteção capazes de detetar diferentes tipos de falha no sistema e isolar os trechos onde estas
ocorrerem;
 Operacionalidade;
 Equipamentos de boa qualidade/procedência (Bom Projeto, bons materiais, Testes de
Certificações em entidades credenciadas, histórico de boa confiabilidade);
 Suportabilidade quanto ao curto-circuito (térmica, dinâmica e de interrupção);
 Capacidade de se restabelecer rapidamente após uma contingência

1.4. CLASSIFICAÇÃO DAS SUBESTAÇÕES.


As subestações podem ser classificadas quanto aos níveis de tensão, quanto a função, quanto ao tipo
de instalação e quanto a forma de operação. os níveis de tensão são definidos como:

 Baixa tensão: nível de tensão igual ou inferior a 1 kV;


 Média tensão: níveis de tensão entre 1 kV e 34,5 kV;
 Alta tensão: níveis entre 34,5 kV e 230 kV;
 Extra-alta tensão: nível superior que 230 kV.
NOTA:
Quanto aos níveis de tensão ela pode ser subdividida em de manobra, elevadora ou abaixadora.
Quanto ao tipo de instalação, pode ser projetada para dois ambientes ao tempo/externa ou
abrigada/interna. E quanto ao tipo de comando que são subestações com comando, semi-
automatizadas e automatizadas

1.5. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE UMA SUBESTAÇÃO E SUAS FUNÇÕES.

1. Equipamentos de transformação, são:

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 Transformador de força;
 Transformadores de instrumentos.
Já os transformadores de instrumentos (TC´s e TP´s) tem a finalidade de reduzir a corrente e tensão
respetivamente a níveis compatíveis com valores de suprimentos de relés e medidores
Sem o Transformador de força, seria praticamente impossível o aproveitamento económico de
energia, pois a partir deles foi possível a transmissão em tensão cada vez mais alta, possibilitando
grandes economia nas linhas de transmissão em parte cada vez mais longo.
2. Equipamentos de manobras, são:

 Disjuntores;
 Chaves seccionadores.

Os disjuntores são os mais eficientes e mais complexos aparelhos de manobras em uso de redes
elétricas, destinados a operação em carga, podemos sua operação ser manual ou automática.

Fig-2 Disjuntor de Media Tensão


As chaves seccionadores são dispositivos destinados a isolar equipamentos ou zona de barramento, ou
ainda parte das linhas de transmissão. Somente podem ser operadas sem carga, muito embora possa
ser operada sob tensão.

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Fig-3 Seccionadores A e B
3. Equipamento de Proteção, são:

 Relés;
 Pará-raios;
 Fusíveis.
Os relés têm por finalidade proteger o sistema contra faltas, permitindo através de atuação sobre
disjuntor, o isolamento da localização das faltas.

RELÉ MICOM
RELÉ TPU

RELÉ INGETEAM RELÉ ABB RELÉ VAMP

Fig-4 Relés

O Pará-raios é um dispositivo protetor que tem por finalidade limitar os valores de surtos de tensão
transitórias que, da outra forma, poderiam causar severos danos aos equipamentos elétricos. eles
protegem o sistema contradescarga de origem atmosféricas e contra surtos de manobras.

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Fig-5 Para-raios contador

O fusível se destina a proteger o circuito contra surtos, sendo também um limitador de corrente de
curto. Muito utilizado para proteção: transformador, linhas e motor.

Fig-6 fusível

4. Equipamento de medição.
Constituem os instrumentos destinados a medir grandezas tais como: Corrente, Tensão, frequência,
potência ativa e reativa, etc.
Medidor PM 700 Medidor PM 710

Fig-7 Medidor de Massa

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2. SISTEMA DE PROTEÇÃO NUMA SUBESTAÇÃO.

1. Caraterística do Sistema de Proteção na Subestação.


Conforme foi previamente apresentado pode-se dizer que uma Subestação é constituído por um
conjunto de instalações e equipamentos eletricamente ligados, usados desde a produção até à
utilização final de energia elétrica. Tem como principal objetivo alimentar todas as cargas com
qualidade, ao menor custo ecológico e económico possível.
Para tal, existem proteções, que atuam nos disjuntores, provocando uma alteração na configuração da
rede de distribuição de energia, isolando os defeitos que possam ter ocorrido, não afetando a restante
alimentação do sistema.
De todos os equipamentos de proteção, destacam-se os relés de proteção, que têm a função de
detetar e remover os defeitos que possam ocorrer em qualquer um dos equipamentos pertencentes a
subestação, devendo estes proteger o sistema e garantir a continuidade de serviço, minimizar danos e
custos de reparação onde são detetadas falhas e garantir a proteção de pessoas. De forma a garantir
as funções acima descritas, os sistemas de proteção devem possuir as seguintes qualidades:
 Seletividade;
 Fiabilidade;
 Sensibilidade;
 Rapidez;
 Compatibilidade;
 Flexibilidade e;
 Economia.

2. Estrutura do SPCCS na Subestação.


Hoje as subestações de Distribuição, a solução a implementar, deverá basear-se em equipamentos de
tecnologia digital, aplicados de uma forma integrada, constituindo um sistema único, que garanta o
funcionamento da subestação com segurança, qualidade de serviço e fiabilidade. Assim, o SPCC tem a
responsabilidade pela proteção, comando e controlo de todos os órgãos da instalação, sendo
constituído por diversos módulos de processamento de informação que, lhes permite desempenhar as
funções inerentes a uma subestação AT/MT:
 Modo de funcionamento e encravamentos;
 Proteções;
 Automatismos;
 Gestão da informação;
 Manutenção e Teleparametrização;
 Interface humano-máquina
3. Funções de Automatismo na Subestação.
O SPCC deve assegurar, de forma distribuída, um conjunto de funções de automatismo, com o objetivo
de eliminar certos tipos de defeitos e garantir elevados níveis de qualidade de serviço. As funções de
automatismo são as seguintes:
 Comutação automática de disjuntores BT;
 Religação rápida e/ou lenta de disjuntores;
 Deslastre e reposição por tensão;
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 Deslastre e reposição por frequência;
 Regulação automática de tensão;
 Comando automático de baterias de condensadores.

4. Função de regulação de tensão.


De forma a compensar os efeitos das variações do valor de tensão primária e das quedas de tensão em
carga nos transformadores que alimentam um barramento MT, a função de “Regulação de tensão”
mantem a tensão numa gama de valores pré-fixados. A tensão do barramento é permanentemente
comparada com um valor de referência, se o desvio admissível for excedido durante um determinado
tempo, é emitida ordem de “subir” ou de “descer” aos dispositivos de comando dos comutadores de
tomadas em serviço dos transformadores que alimentam o barramento em questão. Daqui resulta o
aumento ou redução do valor de tensão secundária.

5. Tipos ou Funções de proteção


Já foram abordados nesta dissertação, as características que um SPCC deve possuir de forma a que os
mesmos garantam uma exploração segura e uma elevada continuidade de serviço. Cada unidade de
painel integrante do SPCC deve, como tal, integrar um conjunto de funções de proteção, que
asseguram a vigilância do funcionamento da rede, detetando defeitos e, interagindo com as funções
de automatismo, procurar elimina-los de uma forma célere.
Cada uma das funções de proteção prevista será apresentada e associada ao respetivo código ANSI:
 Proteção de Distância (21)
Nesta função, são avaliados, constantemente, os valores de corrente e tensão, obtendo dessa forma,
um valor de impedância, que lido pela proteção, representa a distância do local onde se verifica o
defeito. No momento do defeito, com o aumento de corrente, ocorre uma redução da tensão, levando
por sua vez a uma redução da impedância.

Assim, a função de proteção de distância constitui a principal função de proteção da linha AT, já que
a sua característica tempo-distância permite obter um funcionamento rápido e seletivo na deteção
de defeitos entre fases e fase – terra.
 Verificação de sincronismo (25):
A função de verificação de sincronismo, destina-se a garantir as condições de sincronismo entre
sistemas provenientes de fontes de energia distintas (diferentes pontos injetores ou produção em
regime especial, tendo como objetivo verificar as condições de fecho de um determinado disjuntor.

 Proteção de mínimo de tensão (27):


A função proteção de mínimo de tensão deve ser trifásica e associada ao barramento AT (painel barras
AT) e ao barramento MT (painel de chegada MT). Deve desencadear a função de automatismo
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“deslastre de carga por falta de tensão/reposição por regresso de tensão. Deve possuir dois níveis
distintos de deteção de mínimo de tensão, um deles para o deslastre e o outro para a normalização da
tensão.
 Proteção de máxima intensidade de fase (50):
A função de proteção máxima de intensidade de fase (MIF) deve ser trifásica e funciona por deteção
de aumento anormal de corrente. É normalmente utilizada em proteção de CC fase – fase e utilizada
em redes de distribuição e em linhas de transmissão, onde a implementação de relés de distância não
se justifique, uma vez que esta solução é mais económica.
 Deteção de condutores partidos (50BF):
Tem como objetivo detetar a interrupção de uma fase na linha a proteger, podendo ser baseada no
aparecimento da componente inversa da corrente ou na diferença de corrente entre as fases, desde
que seja garantida a deteção eficaz da assimetria da rede resultante do defeito em causa. Trata-se de
uma função a aplicar no painel linha AT e no painel saída de MT. Quando aplicada no painel de saída
de MT, não deve desencadear o disparo, apenas atuar.
 Proteção de máxima intensidade homopolar (50N):
É a função de proteção de máxima intensidade homopolar (MIH) que tem o dever de detetar defeitos
fase – terra pouco resistivos.
Deve ser dotada, pelo menos, por dois níveis de deteção, de funcionamento por tempo independente
ou inverso, devendo ser possível proceder ao calculo da corrente homopolar por soma vetorial das
correntes de fase.

 Proteção de máxima intensidade homopolar de terra resistente (51N):


Consiste numa proteção homopolar de alta sensibilidade, destinada a eliminar os defeitos fase – terra
de elevada resistência que ocorrem nas saídas MT, nomeadamente em linha aérea.
A atuação da função “proteção de máxima intensidade homopolar de terra resistente” (PTR), deve
desencadear a função de automatismo “religação rápida e/ou lenta de disjuntores, permitindo a
eliminação de defeitos do tipo semi-permanente sem interrupções prolongadas do fornecimento de
energia nas saídas MT com avaria.
 Proteção de máximo de tensão (59):
Tem como objetivo detetar situações de elevação anormal de tensão nas barras MT, desencadeando o
disparo temporizado do disjuntor do painel de chegada de MT e no painel bateria de condensadores.
 Proteção de máximo de tensão homopolar de terras resistentes (59N):
Para o regime de neutro isolado no andar MT da instalação, a deteção de defeitos à terra resistivos é
efetuada através desta função. Deve ter um nível de deteção, de funcionamento por tempo
independente, o qual deve desencadear o disparo temporizado do disjuntor do painel de chegada MT
associado ao barramento em que se detetou o defeito.
 Proteção Diferencial (87):
Elaborado pela equipa de proteções da DEM Fev. 2023
Constitui a proteção principal de cabos subterrâneos ou linhas aéreas de AT, permitindo detetar e
eliminar defeitos entre os TI localizados nos painéis AT que interligam as respetivas instalações AT. O
seu funcionamento baseia-se na comparação das correntes elétricas que circulam entre dois
equipamentos em operação.
 Proteção Diferencial de Transformador (87T):
Constitui a principal proteção do transformador de potência AT/MT (TP), com o objetivo de reduzir ao
mínimo as consequências negativas de uma avaria ou defeito no TP. Deve detetar instantaneamente
uma situação de defeito na zona protegida, compreendida entre os TI do lado AT e do lado MT do TP, a
partir da comparação vetorial das correntes dos dois lados do transformador.

6. Proteção do transformador de Potência na Subestação.


Ao contrário dos múltiplos tipos de defeitos suscetíveis de aparecer nas máquinas rotativas, os
transformadores podem estar sujeitos apenas aos seguintes defeitos:
 Curtos-circuitos nos enrolamentos;
 Sobreaquecimento.
Pode-se então dividir a proteção de transformadores da seguinte forma:
1. Proteção contra curtos-circuitos interno e externos.
para grandes transformadores, são:
 Proteção diferencial (ASA: 87)
É capaz não só de eliminar todos tipos de curtos-circuitos interno como também os defeitos devidos a
arco na buchas.
No caso de transformadores, aparecem outras correntes diferenciais que não são originadas por
defeito, devido principalmente à: corrente de magnetização inicial, erros próprios dos TC´s colocado
em cada lado do transformador, erros no ajuste de relação de transformação dos TC´s.
 Proteção de pressão de Gás/Buchholz (ASA: 63).
O relé de pressão é destinado a responder rapidamente a um aumento anormal na pressão do óleo do
transformador devido ao arco elétrico, resultante de uma falha interna. Tal relé é insensível as lentas
mudanças causadas por exemplo pela variação da carga. Constituem assim. Valiosa suplementação
dos relés diferenciais ou de Sobrecorrente para falha no interior do tanque.

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Fig-8 Relés Buchholz de temperatura de potencia
Para pequenas unidades e transformadores de média potência, são:
 Proteção de Sobrecorrente/máxima intensidade temporizada (ASA: 51)
Em transformadores de média e pequenas potências, nas quais a importância económica é menor, a
proteção contra curto-circuito ou de retaguarda para faltas externas é feita através de relés de
Sobrecorrente primárias ou secundárias no lugar do relé diferencial.
 Proteção através dos relés térmicos e imagens térmicas:
Constituem a proteção contra a sobrecarga, por exemplo:

 Relé de temperatura de óleo (ASA:26);


 Relé de temperatura do enrolamento (ASA: 49), ou seja, imagem térmica;
 Relé do nível do óleo (ASA: 71)

Fig-9 Termómetro de temperatura de óleo e enrolamento de transformador de potencia

2-Proteção por Fusíveis: Calibre de Fusíveis.


Os fusíveis especificados são instalados em interruptores-seccionadores-fusíveis, em celas modulares e
em blocos para rede em anel para proteção dos transformadores de potência MT/BT.

 Calibre máximo do fusível BT que garante a seletividade com fusível MT

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Tensão Tensão Estipulada Potência do Fusível de MT Fusível de MT
Nominal(kV) no Fusível (kV) transformador Corrente Corrente
(KVA) Estipulada (A) Estipulada (A)
10 12 250 31,5 200
400 40 315
630 63 400
800 80 400
1000 100 400

15 24 160 16 160
250 20 200
400 25 315
630 50 400
800 50 400
1000 63 400

30 36 160 6,3 125


250 10 250
400 16 315
630 25 400
800 25 400
1000 40 400
3. CURTOS CIRCUTOS.
O que é um curto-circuito?
Um curto-circuito consiste em um contato entre condutores sob potenciais diferentes. Tal contato
pode ser direto (franco ou através de impedância) ou indireto (através de arco voltaico). (Stevenson,
1984)
3.1. Causas dos Curto-circuitos
As causas mais frequentes da ocorrência de curto-circuitos em sistemas de potência são (Mamede,
2014):

 Descargas atmosféricas
 Falhas em cadeias de isoladores;
 Fadiga e/ou envelhecimento de materiais;
 Ação de vento, neve e similares;
 Poluição e queimadas;
 Queda de árvores sobre as linhas aéreas;
 Inundações e desmoronamentos;
 Ação de animais em equipamentos do sistema;
 Manobras incorretas.

3.2. Tipos de Curtos-Circuitos.

1. Curto-circuito Trifásico ou Simétrico


 Menor Frequência;
 Fases igualmente solicitadas;
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 Cálculo por fase, considerando apenas o circuito equivalente de Sequência Positiva.

2. Curto-circuito Fase-Terra:
 Curto-circuito assimétrico, isto é, desequilibrado;
 Maior ocorrência;
 Cálculo utilizando componentes simétricas.

3. Curto-circuito Dupla-Fase:
 Curto-circuito assimétrico, isto é, desequilibrado;
 Correntes desequilibradas;
 Cálculo utilizando componentes simétricas

4. Curto-circuito Dupla-Fase-Terra:
 Curto-circuito assimétrico, isto é, desequilibrado;
 Cálculo utilizando componentes simétricas.
3.3. Sistema de Aterramento.

O sistema de aterramento afeta significativamente tanto a magnitude como o ângulo da corrente de


curto-circuito à terra. Existem três tipos de aterramento:

 Sistema não aterrado (neutro isolado);

 sistema aterrado por impedâncias;

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 sistema efetivamente aterrado.

3.4. Condições anormais de operação

 Sobrecarga em equipamentos: é causada pela passagem de um fluxo de corrente acima do


valor nominal. A corrente nominal é a máxima corrente permissível para um dado equipamento
continuamente. A sobrecarga frequente em equipamentos acelera a deterioração da isolação,
causando curtos-circuitos.

 Subfrequência e sobrefrequência: são causadas pelo súbito desequilíbrio significativo entre a


geração e a carga.

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 Sobretensão: é provocada pela súbita retirada da carga. Neste caso, os geradores
(hidrogeradores em especial) disparam e as tensões nos seus terminais podem atingir valores
elevados que podem comprometer as isolações dos enrolamentos. Em sistemas de extra alta
tensão a sobtensão pode surgir através do efeito capacitivo das linhas de transmissão.

4. SERVIÇOS AUXILIARES DA SUBESTAÇÃO.

1. Serviços Auxiliares de Corrente Contínua


Contêm os disjuntores de baixa tensão, que alimentam os diversos circuitos de corrente contínua da
subestação, a 110 V. A sua alimentação é garantida por um conjunto bateria – carregador que integra a
função de televigilância.

2. Serviços Auxiliares de Corrente Alternada


Contêm os disjuntores de baixa tensão, que alimentam os circuitos de baixa tensão alternada da
subestação. É alimentado pelos transformadores de serviços auxiliares e alimenta a ventilação de
emergência, o aquecimento dos armários no exterior, ar condicionado, iluminação e as tomadas da
subestação.
A alimentação dos Serviços Auxiliares de Corrente Alternada deve ser garantida por duas fontes
distintas, dois transformadores de serviço Auxiliar MT/BT, ligados a cada barramento MT. Em caso de
falha de serviço, deve existir um sistema automático de comutação para outra fonte, assim que
possível.

3. Retificador
Aloja o equipamento que converte a alimentação em tensão alternada para tensão contínua, que
carrega as baterias de corrente contínua.

Fig10, Retificador
Baterias de Corrente Contínua

Elaborado pela equipa de proteções da DEM Fev. 2023


Tratam-se de baterias de corrente contínua, do tipo alcalino de Níquel-Cádmio (Ni – Cd) e servem para
armazenamento e energia elétrica. Os circuitos de comando e proteção funcionam a corrente contínua
e são alimentados por estas baterias, devendo estas assegurar a alimentação de energia ao comando
da subestação em caso de falha de alimentação

Fig11, banco de bateria e sua ligação


CONCLUSÃO.
É também apresentada a estrutura dos sistemas de proteção, comando e controlo nas subestações,
utilizando como suporte a memória descritiva do projeto – tipo destas. São então apresentadas
sucintamente as funções de automatismo e de proteção, bem como uma pequena demonstração da
importância da coordenação de sistemas de proteção, comando e controlo e zonas de proteção
São então avaliados os equipamentos pertencentes a uma subestação tipo, dos painéis AT e MT,
separados por Equipamentos de potência (Transformador de potência, disjuntores, seccionadores,
linhas, descarregador de sobretensões, reactância de neutro e bateria de condensadores),
Equipamentos de medida (transformador de tensão e transformador de corrente) e o edifício de
comando.
As funções de cada um destes equipamentos são importantes, contudo de forma a que o sistema
consiga funcionar de uma forma continua, sem avarias que interrompam o fornecimento de energia
são necessárias proteções que atuem os disjuntores.

Elaborado pela equipa de proteções da DEM Fev. 2023

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