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Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Curso de Engenharia Elétrica


Disciplina de Subestações
Prof. Me. Waldimir Batista Machado

ARRANJOS DE BARRAMENTOS
Apresentado por Alice M. Almeida
Conceito de Subestações
Uma subestação é definida como um conjunto de condutores, aparelhos e
equipamentos destinados a controlar, modificar, comandar, distribuir e
direcionar o fluxo de energia elétrica de um sistema elétrico.
Estes equipamentos devem atender às necessidades de fornecimento de
energia elétrica das instalações por ela alimentadas, permitindo sempre a
flexibilidade de manobras, a acessibilidade para manutenção, a
confiabilidade quanto à proteção e operação, além da segurança tanto
para os equipamentos quanto para o pessoal envolvido.

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Conceito de esquemas de manobra
Denomina-se arranjo a configuração dos equipamentos eletromecânicos que
constituem um pátio pertencente a um mesmo nível de tensão, de tal forma
que sua operação permita dar à subestação diferentes graus de
confiabilidade, segurança ou flexibilidade de manobra, transformação e
distribuição de energia.

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Confiabilidade
• Probabilidade de cumprir satisfatoriamente suas funções durante sua vida
útil.
• Pode ser calculada a partir de índices de estatística do desempenho de
componentes (disjuntores, chaves, transformadores de corrente (TC),
transformadores de potencial (TP), para-raios e sistemas de proteção,
observados ao longo de um período, geralmente anual.

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Flexibilidade Operativa
São características desejáveis a flexibilidade intrínseca ou interna à
própria subestação:

• A condição de isolar qualquer elemento, após falha intempestiva ou


para manutenção programada, sem a perda permanente de
quaisquer outros elementos internos ou externos à subestação;
• Facilidade para se colocar ou tirar equipamentos que são
frequentemente manobrados;
• Facilidade para que o processo de reestabelecimento possa ser feito
em situações de desligamentos oriundos de rejeições ou alívios de
carga.

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Flexibilidade Operativa
São características desejáveis a flexibilidade impostas pelo sistema
elétrico conectado à subestação:

• Reduzir ao máximo o tempo, alcance e a repercussão de falhas


internas à subestação. Para isso contribuem tanto a configuração de
barras (número de barras de operação) quanto esquemas adotados;
• Possibilidade de operar a subestação, permanentemente ou não, de
forma dividida visando segurança do sistema, direcionamento e
controle de fluxos, limitar níveis de corrente de curto, executar
controle de tensão, etc.

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Segurança operativa

• O conceito de segurança operativa está associado fortemente ao nível de


desempenho da rede perante as condições de falta sob duas condições
operativas: disjuntor em manutenção e com falha na abertura.
• O grau de importância da subestação , diante do desempenho operativo da
rede para estas condições de falta, está diretamente ligado aos requisitos
mínimos quanto a configuração de barras da subestação.

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Segurança operativa

• Ações de isolamento de equipamentos que exijam muitas manobras de


chaves seccionadoras contribuem negativamente para a segurança da
subestação e por consequência do sistema;
• Configurações de barras que exigem esquemas de controle e proteção
simples contribuem positivamente;
• A padronização de configurações de barras é considerado fator importante
na redução do erro operativo.

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Barra simples

Flexibilidade
Segurança do sistema Facilidade de manutenção
operativa
Falha externa Falha interna Disjuntor Barramento Seccionadoras

Nenhuma Com Com interrupção Interrupção total


Perda do circuito Perda da SE interrupção de serviço ou parcial do
de serviço serviço
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Barra simples seccionada

Flexibilidade
Segurança do sistema Facilidade de manutenção
operativa
Falha externa Falha interna Disjuntor Barramento Seccionadoras
Perda Com interrupção
Restrita Com Com interrupção
temporária, total ou parcial
Perda do circuito interrupção total ou parcial
parcial ou total de serviço
de serviço de serviço
da SE 10
Barra simples com by-pass

Flexibilidade
Segurança do sistema Facilidade de manutenção
operativa
Falha externa Falha interna Disjuntor Barramento Seccionadoras

Razoável Sem Com interrupção


Sem interrupção
Perda do circuito Perda da SE interrupção de serviço
de serviço
de serviço
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Barra principal e de transferência

Flexibilidade
Segurança do sistema Facilidade de manutenção
operativa
Falha externa Falha interna Disjuntor Barramento Seccionadoras
Perda
Restrita Sem Com interrupção
Temporária, Com interrupção
Perda do circuito interrupção de serviço
parcial ou total de serviço
de serviço
da SE 12
Barra dupla

Flexibilidade
Segurança do sistema Facilidade de manutenção
operativa
Falha externa Falha interna Disjuntor Barramento Seccionadoras
Sem interrupção
Perda Razoável Com
total ou parcial Com interrupção
Perda do circuito Temporária da interrupção
de serviço parcial de serviço
SE de serviço
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Barra dupla e by-pass

Flexibilidade
Segurança do sistema Facilidade de manutenção
operativa
Falha externa Falha interna Disjuntor Barramento Seccionadoras
Perda Razoável Sem Sem interrupção
Com interrupção
Perda do circuito Temporária da interrupção de serviço
parcial de serviço
SE de serviço
14
Barra dupla e barra de transferência

Flexibilidade
Segurança do sistema Facilidade de manutenção
operativa
Falha externa Falha interna Disjuntor Barramento Seccionadoras
Perda
Razoável Sem Sem interrupção
Temporária, Com interrupção
Perda do circuito interrupção de serviço
parcial ou total parcial de serviço
de serviço
da SE 15
Barra tripla

Flexibilidade
Segurança do sistema Facilidade de manutenção
operativa
Falha externa Falha interna Disjuntor Barramento Seccionadoras
Perda Razoável Com Sem interrupção
Com interrupção
Perda do circuito Temporária da interrupção de serviço
parcial de serviço
SE de serviço
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Anel a quatro circuitos

Flexibilidade
Segurança do sistema Facilidade de manutenção
operativa
Falha externa Falha interna Disjuntor Barramento Seccionadoras
Boa Sem Com interrupção
Perda de um Com interrupção
Perda do circuito interrupção parcial de serviço
circuito parcial de serviço
de serviço
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Barra dupla a quatro chaves

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Disjuntor e meio

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Arranjos híbridos
• É a combinação de diferentes arranjos em uma subestação, seja por
superposição de dois esquemas, ou por adoção de diferentes arranjos em
circuitos individuais.
• Geralmente possuem um alto custo.
• A mistura de procedimentos de operação e manutenção pode conduzir a
uma mal operação e redução da segurança.
• Normalmente não recomendado.

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Procedimentos de rede – ONS
Configurações de barras para novas subestações:
• Pátio de 765, 500, 440, e 345 kV: arranjo barra dupla com disjuntor e meio;
• Pátios 230 e 138 kV: arranjo barra dupla com disjuntor simples e quatro
chaves.
• São permitidas variantes destas configurações, desde que:
• Possa evoluir para os padrões citados anteriormente;
• Atenda aos requisitos mínimos do sistema de proteção,
supervisão/controle e de
telecomunicações do módulo 2.5 do Procedimento de Rede do ONS;
• Tenha desempenho, comprovado, igual ou superior aos padrões
estabelecidos.

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Barramento
• Responsável por fazer a interligação dos circuitos que entram na subestação
(barramento principal), assim como a interligação dos equipamentos
pertencentes a este circuito.
• Sua estrutura deve ser cuidadosamente projeta para suportar os máximos
esforços que podem ser impostos ao condutor e aos seus suportes devido
às correntes de curto-circuito e aos ventos fortes.

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Condutores rígidos
Vantagens: Simplicidade, fácil visualização das configurações de operação,
disposição e arranjo com apenas dois níveis, facilidade no acesso para o
transformador ou pátio dos equipamentos para manutenção, facilidade no
uso de chaves semi-pantográficas, facilidade de ampliação da subestação,
facilidade na verificação dos efeitos das forças eletrodinâmicas, rápida
construção e pouca área de aterramento para a instalação.

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Secionador Semi-pantográfico Horizontal
(SOH)

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Condutores rígidos
Desvantagens: dificuldade temporária para by-pass dos disjuntores em
ambos os lados da subestação, na possibilidade de ressonância mecânica
entre a estrutura do tubo e a frequência da rajada de vento (evitada usando
cabos amortecedores) e dificuldade para viabilidade dos tubos e dos
suportes dos materiais.
Para tensões abaixo de 500 kV, a aplicação de condutores rígidos é uma
solução simples e econômica. Acima deste nível, a montagem se torna difícil.

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Aplicação na SE da margem direita de Itaipu

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Condutores flexíveis
Vantagens: utilizam os mesmos materiais empregados em linhas aéreas e o
uso de condutores múltiplos com diâmetro apropriado para reduzir o efeito
corona nas extremidades em subestações de EAT.
Desvantagens: Apresentam arranjos complexos para esquemas simples,
dificuldade de verificação da resistência das forças eletrodinâmicas,
utilização de barramentos superpostos , considerável impacto ambiental
devido aos três níveis de condutores, maior custo de construção, dificuldade
de empregar chaves pantográficas e de realizar ampliação da subestação

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Uso dos dois tipos de condutores
Condutor rígido no barramento principal e na interligação dos equipamentos, e o
flexível nas conexões entre os equipamentos e a linha que entra na SE.

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Barramentos em subestações de Foz
• SE Unioeste
• SE Aeroporto
• SE Vila Yolanda
• SE Portal
• SE Foz do Iguaçu

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