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"Na natureza nada se cria, nada se perde,

tudo se transforma". Lavoisier.

Automação Industrial
Aula 6– Sistemas de controle
Objetivo
1. Identificar sistemas de produção eficientes capazes de controlar os processos
de manufatura aplicando ao negócio da empresa.
2. Elaborar planejamentos para controle da produção utilizando tecnologias de
chão de fábrica, metodologias e estratégias.
3. Integrar tecnologias, envolvendo máquinas, equipamentos, processos e
recursos humanos, visando o desenvolvimento de atividades relacionadas aos
sistemas de manufatura.
4. Elaborar modelos de automação e discutir problemas de manufatura visando a
otimização da produção e consequente melhoria de competitividade das
empresas da região.
5. Realizar o tratamento das informações do chão de fábrica realizando o
interfaceamento analógico/digital e o controle lógico de eventos discretos.
Plano de ensino da Disciplinas (AV1)
Assunto
Sistemas de Produção Industriais. Visão Geral da Produção. Setores de produção, produtos e operações de produção.
Sistemas de Manufatura: Introdução aos Sistemas de Manufatura; Células de Manufatura com uma estação.
Sistemas de Manufatura: Linhas de montagem manual; Linhas de produção automatizadas; Sistemas de montagem
automatizados; Manufatura celular; Sistemas flexíveis de Manufatura. Instalações de produção. Limitações e
Capacidades da Planta de Produção
Relação produto/produção. Modelos e métricas de produção: modelos matemáticos de desempenho e custos da produção.
Controle Numérico. Produção Enxuta: qual a sua importância, histórico e relevância no cenário mundial.
O Trabalho manual nos sistemas de produção e Princípios e Estratégias de automação. Automação em sistemas de
produção. Automação e Controle de Processos no Cenário Mundial. Benefícios da Automação em Sistemas de Produção.
Elementos básicos de um sistema automatizado. Funções Avançadas de Automação e níveis de automação. Indústria de
processos versus indústrias de produção discreta. Controle contínuo versus Controle Discreto.
Controle Discreto utilizando Controladores Lógicos Programáveis e Computadores Pessoais. Controle de processos por
computador. Componentes de hardware para automação e controle de processos: Conceito de Sensores Lógicos (ou
booleanos).
Componentes de hardware para automação e controle de processos - Sensores Lógicos (ou booleanos): Sensores Lógicos
com Acionamento por Contato Mecânico, Sensores Lógicos com Acionamento por Proximidade; Sensor Lógico ativado
por nível de pressão
Revisão da AP1
AP1
Plano de ensino da Disciplinas (Ap2)
Assunto
Sensores Lógicos ativados por temperatura; Características de Sensores Lógicos com Saída à Transistor e à Relé.
Componentes de hardware para automação e controle de processos: Conceito de Atuadores Lógicos (ou booleanos).
Componentes de hardware para automação e controle de processos - Atuadores Lógicos (ou Booleanos): Relés,
Contactores, Solenóides, Válvulas Solenóide, Noção de Sistemas Pneumáticos e Hidráulicos, Válvulas Pneumáticas e
Hidráulicas.
Cilindros Hidráulicos e Pneumáticos, Motores Elétricos. Componentes de hardware para automação e Controle de
Processos: Conversores Analógico-Digital, Conversores DigitalAnalógico. Dispositivos de entrada/saída para dados
discretos.
Controlador Lógico Programável: Diagrama Ladder. Tipos de Entradas e Saídas Lógicas em um Diagrama Ladder. Hardware
de um CLP Industrial: Tipos de CLPs, Componentes de Hardware de um CLP: Módulos de Entrada e de Saída.
Controlador Lógico Programável - Hardware de um CLP: Fontes de Alimentação, CPU, Diagramas Elétricos de Interligação:
Simbologia JIC. Arquitetura de Memória em um CLP, Expansão da Capacidade. Numeração, Sinais Analógicos e Digitais
Operação de um CLP: Seqüência de Operação, Status de um CLP, Tipos de Memória. Programação do CLP: Estrutura e
Endereçamento. Latches, Temporizadores e Contadores e Relés Internos, Master Control Relay (MCR) e Registradores de
Uso Geral.
Programação de Controladores Lógicos Programáveis (CLP`s): Blocos Funcionais em Diagramas Ladder. Programação de
CLP`s na Forma de Lista de Instruções e na Forma de Código Fonte em Linguagem Estruturada.
Revisão da AP2
AP2
Esta aula está baseada no livro:
Controle Discreto
• O desenvolvimento dos estudos de engenharia de automação
requer o estabelecimento de alguns conceitos pertinentes a
modelos matemáticos de sistemas de processos industriais.
• SISTEMAS DINÂMICOS
– Refere-se originalmente à mecânica newtoniana: forças aplicadas a
massas geram acelerações que definem os movimentos dos corpos no
espaço; tais fenômenos são regidos por equações diferenciais, em que
o tempo é a variável independente. Por analogia, estende-se o termo
"dinâmico" a todos os fenômenos térmicos, químicos, fisiológicos,
ecológicos etc. que também sejam regidos por equações daquele tipo.
São sistemas intrinsecamente dinâmicos, como que "acionados pelo
tempo" ( "time.-driven").
Controle Discreto
• SISTEMAS DINÂMICOS
– Um segundo significado tomou-se essencial nas últimas décadas,
devido a inúmeros e importantíssimos outros tipos de sistemas, tais
como os de chaveamento manual ou automático, as manufaturas, as
filas de serviços, os computadores etc. Sua estrutura impõe
principalmente regras lógicas, de causa e efeito, para eventos; seus
sinais são números naturais representando estados lógicos (on/off,
sim/não) ou quantidades de recursos ou de entidades. Tais sistemas
não são descritos por equações diferenciais ou de diferenças. São
sistemas dinâmicos em um sentido especial, dinâmicos latu sensu,
"acionados por eventos" ( "event-driven").
Controle Discreto
• CLASSE DE SISTEMAS DINÂMICOS
Controle Discreto
• CLASSE DE SISTEMAS
Controle Discreto
• Sistemas dinâmicos convencionais:
– Um sinal x(t) pode ser de amplitude contínua ou amplitude discreta
– Analogamente, a variável independente t pode ser contínua ou
discreta. Note que nesse contexto a palavra "contínua" nem sempre
significa função contínua no sentido da Análise Matemática.
Controle Discreto
• Sistemas dinâmicos convencionais:
Controle Discreto
• Sistemas Lineares: São lineares aqueles sistemas em que a resposta
à soma de dois sinais de entrada é igual à soma das respostas aos
dois sinais isoladamente, isto é, quando vale a superposição de
entradas e de saídas. Exemplo:

• Para que haja comportamento não-linear basta que a saída seja


igual à soma da variável de entrada com uma constante ou que a
saída seja igual ao produto de duas variáveis ou igual a uma função
de amplitude limitada (saturação).
Controle Discreto
• Sistemas dinâmicos a eventos discretos (SEDs)- são sistemas cuja
evolução decorre unicamente de eventos instantâneos, repetitivos
ou esporádicos. São sistemas em que:
– os sinais assumem valores num conjunto enumerável, como {on, off}
{verde, amarelo, vermelho} {1, 2, 3, ... };
– as alterações de valor, quando ocorrem, são tão rápidas que se
podem modelar como instantâneas, em qualquer instante t ɛ R;
– eventos instantâneos externos constituem sinais de entrada que
causam eventos discretos internos e de saída.
• Quando os sinais são todos binários (1 ou O, ON ou OFF etc.), são
sistemas lógicos.
Controle Discreto
• A equação C = L1 + L2 • L3 exprime o funcionamento da rede por
meio da álgebra de Boole, na qual o sinal de operação + significa OU
e o sinal · significa E; a equação informa, portanto, que C = 1 ( C
energizado) se e somente se Li = 1 (L1 fechada) ou L2 = 1 (L2
fechada) simultaneamente com L3 = 1 (L3 fechada). O sistema é
linear ou não linear?
Controle Discreto
• Controle dinâmico: O controle dinâmico tem por objetivo
estabelecer o comportamento estático e dinâmico dos sistemas
físicos, tornando-o mais obediente aos operadores e mais imune às
perturbações dentro de certos limites.
• Controle de eventos ou controle lógico: tem por objetivo
complementar sistemas lógicos de maneira que eles respondam a
eventos externos ou internos de acordo com novas regras que são
desejáveis de um ponto de vista utilitário.
Controle Discreto

Corresponde às equações
Controle Discreto
Onde são introduzidas variáveis booleanas de
negação, como P (P = 1 se e apenas se P =O).
O sistema é uma rede combinatória; se tivesse
temporizadores, por exemplo, seria sequencial.
A Figura mostra uma realização primitiva
desse controlador, por meio de relés
eletromecânicos.
Comandos e Sinalizações
Introdução
• Em comandos elétricos o operador não entra em contato
com o circuito de força (circuito de manobra), que leva as
fases até o motor. Ele comanda o circuito por intermédio de
um circuito de controle, denominado circuito de comando. O
circuito de comando é acionado por botões pulsadores ou
chaves ou chaves comutadoras e para visualizar o
funcionamento, são utilizados sinalizadores localizados na
porta do painel [2].
O Motor Elétrico
Dispositivos de Proteção e acionamento de Motores
Tipo NH

Fonte:
https://i.ytimg.com/vi/bM9lIpiky2s/maxresdefault.jpg

Fonte: http://eletricamoasorocaba.com.br/wp-content/uploads/2016/04/painel-eletrico-1.jpg
O Fusível
O Disjuntor
O Disjuntor Motor
Os Relés de Proteção
RELÉ DE FALTA DE FASE
RELÉ MULTFUNÇÃO
Chaves Eletrônicas

Fonte:
https://www.robertdicastecnologia.com.br/wp-content/uploads/2014/10/CHAVE-BOIA.png

Fonte:
https://i.ytimg.com/vi/MZop_7sD3cA/maxresdefault.jpg

Fonte
http://www.eicos.com.br/videos/capa/sensores-de-fluxo-icos.jpg
Chave tipo fim de curso
• As chaves de fim de curso são dispositivos auxiliares de
comandos e de acionamento que atuam em um circuito
com função bastante diversificada.
Chaves automáticas
• Aplicações:
Dispositivos de Manobra
Botões e Contactoras
Comutadores
Dispositivos de acionamento eletrônico de motores
SOFTSTART INVERSOR DE
ER FREQUENCIA
Implementação da Chave Partida Direta
Visão geral sobre o CadSimu
Implementação da Chave Partida Direta no CadSimu
Projetos Lógicos
Visão geral sobre portas lógicas e álgebra Booleana
Lógica de contatos
• NOÇÕES DE CIRCUITOS LÓGICOS [2]
– Circuito Liga

[2] Referencia: CPM – Programa de Certificação do Pessoal de Manutenção, SENAI, ES.


Lógica de contatos
• NOÇÕES DE CIRCUITOS LÓGICOS [2]
– Circuito Desliga
Lógica de contatos
• NOÇÕES DE CIRCUITOS LÓGICOS [2]
– Circuito AND
Lógica de contatos
• NOÇÕES DE CIRCUITOS LÓGICOS [2]
– Circuito OR
Lógica de contatos
• NOÇÕES DE CIRCUITOS LÓGICOS [2]
Tabela das Regras básicas de Boole
Exemplo: simplificar a expressão X = (AB).B
(AB).B

A.BB.B
A.B  0
A.B
Circuito Lógico
AB = A+B
original

[(AB).
B] = A + B

Circuito Lógico
Simplificado A

B
Simplificação de circuitos Lógicos
• NOÇÕES DE CIRCUITOS LÓGICOS [2]
Simplificação de circuitos Lógicos
Implemente o circuito no CadSimu
Montagem de Circuitos com condições
estabelecidas [2]

[2] Referencia: CPM – Programa de Certificação do Pessoal de Manutenção, SENAI, ES.

FACULDADE ESTÁCIO BELÉM – CAMPUS IESAM


Simplifique a expressão lógica.
Botão de Comando e Comutadores
• Botão de comando é um dispositivo que possui contatos
fechados (NF ou NC) e abertos (NA ou NO). Utilizado
para abrir ou fechar circuitos são frequentemente
encontrados em instalações industriais. Operam ao ser
pressionados.
Botão de Comando e Comutadores
• Nos Botão com trava é necessário liberar o botão
manualmente, destravando-o, para que os contatos
voltem a posição normal [2].
• Simbologia:
Normalmente fechado Normalmente Aberto
Botão de Comando e Comutadores
• Segundo a norma 60204-1 as funções das cores dos
botões são descritos na tabela a seguir:
Sinalizadores
• Os sinalizadores são emissores de luz que pode ser uma lâmpada
incandescente comum, um leds ou uma lâmpada de neon... Segundo [2] os
sinalizadores de leds são os melhores, pois duram mais e consomem menos
energia que os outros, segundo a norma IEC 60204-1 suas corem são
destinadas às seguintes funções:
Sinalizadores
• A figura a seguir apresenta 4 sinalizadores utilizados nos painéis e sua simbologia
segundo a ABNT:
Simbologia

• A seguir são apresentados painéis sinalizados.

Referencia [5] Referencia [6]


Relé
• O relé é definido como uma chave comandada por uma
bobina. É considerada uma chave porque ela liga e desliga
um circuito elétrico.

Relé de atraso de desenergização. Relé de atraso de energização.

• Simbologia:
Simbologia gráfica mais
utilizada em comandos.
Simbologia Numérica e Literal segundo a
• A numeração dos contatos que representam terminais de força é feita da
seguinte maneira:
– 1, 3 e 5 Circuito de entrada (linha)
– 2, 4 e 6 Circuito de saída (terminal) Ex1: Contator de potência com 1NA e 1NF

• Nos relés e contatores tem-se A1 e A2 para os terminais da bobina. Os


contatos auxiliares de um contator seguem um tipo especial de
numeração pois o número é composto por dois dígitos, sendo:
– Primeiro dígito: indica o número do contato
– Segundo dígito: indica se o contato é do tipo NF (1 e 2) ou NA (3 e
4) Exemplo 1: Numeração de um contator de potência com dois
contatos auxiliares 1 NF e 1 NA.
Ex2: Contator auxiliar, com 4 NA e 2 NF
Simbologia Literal
Aplicações em Comandos Elétricos
• Em geral o acionamento de um motor precisa atender a seguinte
sequência:
A) Seccionamento: Só pode ser operado sem carga.
Usado durante a manutenção e verificação do circuito.
B) Proteção contra correntes de curto-circuito:
Destina-se a proteção dos condutores do circuito
terminal.
C) Proteção contra correntes de sobrecarga: para
proteger as bobinas do enrolamento do motor.
D) Dispositivos de manobra: destinam-se a ligar e
desligar o motor de forma segura, ou seja, sem que
haja o contato do operador no circuito de potência, onde
circula a maior corrente.
Aplicações em Comandos Elétricos
• Circuito de força e circuito de comando para partida direta de
motores
Aplicações em Comandos Elétricos
• Circuito de força e circuito de comando para reversão simples
Conceitos básicos em manobras de motores
• Selo

• Intertravamento
Conceitos básicos em manobras de motores
• Ligamento condicionado

• Intertravamento com botoeiras


Exercícios
• Desenhe o acionamento da bobina de um
contator K1 através de duas botoeiras ligadas
em: a) série; b) paralelo.
• Explique o funcionamento do circuito da
figura. Quais as conseqüências de
funcionamento que resultariam se?
a) Caso a chave S1 seja acionada a bobina
K1 será energizada e ficará energizada
mesmo que a chave S1 retorne a sua
posição original.
b) A bobina K2 só será energizada se a
bobina K1 estiver energizada.
c) Caso K1 e K2 estejam energizados e o
operador acione a chave S0, as bobinas
não serão desenergizadas.
Exercícios
• Desenhe um circuito de comando para acionar um motor de indução
trifásico, ligado em 220 V, de forma que o operador tenha que utilizar as
duas mãos para realizar o acionamento.
• Explique o funcionamento dos circuitos abaixo.
Exercícios
Simbologia Gráfica
geral, retirado de [7]
Simbologias Gráfica
Simbologias Gráfica
Simbologias
Gráfica
Simbologi
as Gráfica
Simbologi
as Gráfica
Simbologi
as Gráfica
Simbologi
as Gráfica
[1]- Franchi, C. M.;Camargo,L.A.C “Controladores Logicos Programáveis, Sistemas Discretos”.

Bibliografia
[2] Nascimento, G “Comandos Elétricos , Teoria e Atividades”, Ed. Erica Ltda, 2012 São Paulo.
[3] Guimarães, Hugo Casati Ferreira; “Norma IEC 61131-3 para programação de controladores programáveis: estudo e
aplicação” Vitória ES/2005.
[4] http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/normas%20e%20relat%f3rios/NRs
[5] http://www.sea-automacao.com.br/servicos/
[6] http://imacri.com.br/?page_id=11
[7] Franchi, C. M. “Acionamentos Elétricos” 4ª ed, editora Erica, 2012 SP.
[8] Download Cadsimu:
https://ensinandoeletrica.blogspot.com/2018/02/cade-simu-30-em-portugues.html

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