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BBC News, Brasil

Como são Laniakea e o Arco Gigante, duas das maiores estruturas do Universo
(Foto)
22 agosto 2022
Feixes de luz com pontos
Legenda da foto,
Como seria a Laniakea

Qual é a maior coisa que você consegue imaginar?

Sem dúvida você tem uma resposta porque, felizmente, a cultura e a ciência nos
acostumaram desde o início dos tempos a superar os limites dos sentidos, para que
povoem nossas mentes noções tão inconcebíveis quanto o Universo, que além de ser um
lugar é um conceito maravilhoso.

E com a ajuda da tecnologia somos capazes de ver o que nossos olhos não conseguem
perceber.

O supertelescópio que vai investigar a origem das estrelas


Quiz: teste seus conhecimentos sobre o Sistema Solar
Mas qual é a maior coisa que conhecemos?

Para encontrá-la, você precisa dar uma espiada no cosmos, então dê asas à sua
imaginação! O professor Jim Al-Khalili, físico teórico que apresentou o
documentário da BBC Secrets of Size: Atoms to Supergalaxies ("Segredos do Tamanho:
de átomos a supergaláxias", em tradução literal), vai nos guiar nesta busca.

Km, UA e anos-luz
Já que vamos falar de imensidão, você precisa se acostumar com dimensões
incompreensíveis.

Nosso planeta tem 12.700 quilômetros de diâmetro; o Sol é mais de 100 vezes maior.

A massa do Sol é a fonte de seu imenso poder gravitacional sobre todo o Sistema
Solar.

E a distância entre a Terra e o Sol é um número muito significativo na astronomia.

No espaço, as distâncias são tão grandes que o uso de quilômetros logo se torna
impraticável — por isso, os astrônomos criaram suas próprias unidades de medida.

Uma delas é a unidade astronômica (UA), que equivale à distância entre nosso
planeta e nossa estrela: quase 150 milhões de quilômetros.

A cerca de 100.000 UA do Sol, há uma esfera de objetos gelados chamada nuvem de


Oort.

É uma estrutura massiva e, nestas escalas, começamos a usar uma nova unidade de
medida: a distância que a luz pode percorrer em um ano — 9,46 trilhões de km.

A nuvem de Oort tem cerca de três anos-luz de diâmetro.

Agora, sim, com o que é necessário para medir as maiores estruturas conhecidas,
vamos deixar para trás nosso Sistema Solar para encontrá-las.

O tamanho do Universo
Coluna de estrelas no céu, a via Láctea
Agora sabemos que a bela faixa de estrelas que às vezes podemos ver estendida no
céu noturno é a Via Láctea, nossa galáxia.

E em grande parte graças à astrônoma Henrietta Swan Leavitt, que trabalhou no


Observatório de Harvard há cerca de 125 anos, sabemos que não é a única.

Há galáxias de todas as formas e tamanhos. Elas vão de anãs, talvez apenas um


décimo do tamanho da Via Láctea, a gigantes, muitas vezes maiores.

Acredita-se que existam até 2 trilhões de galáxias no Universo observável.

A questão é: todas estas galáxias simplesmente flutuam sozinhas, movendo-se


serenamente pelo espaço como viajantes solitárias, ou se unem como parte de
estruturas ainda maiores?

E como podemos responder a esta pergunta?

Felizmente, para ajudar a resolver este enigma, os cosmólogos podem aproveitar um


fenômeno bastante peculiar com o qual todos estamos familiarizados aqui na Terra: o
famoso efeito Doppler.

Vai e vém
Pense em uma ambulância. Conforme ela se aproxima de você, o tom das sirenes é
alto, mas quando ela se afasta, o tom cai.

Sirene de ambulância
Esse efeito ocorre porque, à medida que se aproximam, as ondas sonoras se agrupam,
encurtando o comprimento de onda e elevando o tom. E quando se afastam, as ondas se
espalham, baixando o mesmo.

As ondas de luz fazem a mesma coisa.

Quando uma fonte de luz se move em nossa direção, seus comprimentos de onda são
mais curtos, o que as move para a extremidade azul do espectro. À medida que se
afasta, as ondas se deslocam para o vermelho.

Assim, ao medir o espectro de luz emitido por um objeto cósmico, os astrônomos


podem dizer se está se aproximando ou se afastando de nós.

Esse é um dos usos da chamada espectroscopia. Com esta técnica e outras


observações, agora sabemos que as galáxias se movem pelo espaço de maneiras
complexas.

Sob a influência do vasto poder da gravidade, muitas delas se unem no que são
conhecidos como grupos de galáxias, formados por até 50 galáxias.

Esses grupos podem ser atraídos para estruturas maiores, chamadas aglomerados de
galáxias, de talvez 1 mil ou mais galáxias.

E esses aglomerados podem se agrupar, formando as maiores estruturas conhecidas no


Universo: os superaglomerados de galáxias.

Eles consistem em milhões de galáxias e podem se estender por distâncias superiores


a 100 milhões de anos-luz.

Nosso superaglomerado
Nos últimos anos, os cosmólogos descobriram o superaglomerado de galáxias do qual
fazemos parte.
A Nebulosa do Coração, no Braço de Perseus da Via Láctea
CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,
Quando nos movemos para escalas além da nossa imaginação, o Universo se comporta de
maneira extraordinária (A Nebulosa do Coração, no Braço de Perseus da Via Láctea)

Na última década, a professora Hélène Courtois, da Universidade de Lyon, na França,


vem trabalhando com uma equipe internacional de astrônomos na tarefa épica de
mapeá-lo.

Courtois se descreve como uma cosmógrafa, tentando "descobrir onde estão as outras
galáxias em comparação com a nossa, medindo distâncias e coordenadas no céu".

"Minha especialidade não é apenas fazer mapas, mas mapear os movimentos das
galáxias no Universo. Sou uma cosmógrafa dinâmica", disse ela à BBC.

Primeiro, Courtois e seus colegas traçaram as posições de muitas milhares de


galáxias, criando mapas 3D intrincados como este:

Mapa de galáxias 3D, aglomerados de pontos em cubos


Cada galáxia é apenas um pequeno ponto.

Eles mediram então o espectro de luz de cada galáxia para ver se era azul ou
vermelho, o que indicou em que direção se moviam e a que velocidade.

O mesmo mapa colorido e com setas


Eles encontraram dezenas de milhares de galáxias fluindo na mesma direção, formando
um superaglomerado gigante.

"É como um baile em uma parte do espaço. Seus movimentos estão correlacionados: não
são movimentos aleatórios, viajam juntas."

"E foi assim que fizemos esta descoberta."

Laniakea
Em 2014, eles fizeram o anúncio surpreendente: haviam mapeado o superaglomerado
gigante em que reside nossa galáxia.

Seu verdadeiro tamanho é incompreensível para nossas mentes, confinadas às nossas


escalas, formas e tamanhos terrestres.

Mas há paisagens aqui no nosso planeta que podem nos dar uma ideia.

Para nos ajudar a entender como são estes superaglomerados de galáxias, cosmógrafos
como Courtois costumam usar a analogia de um sistema fluvial, com riachos que fluem
para os rios, que se dirigem para o mar.

Nas maiores escalas do Universo, as galáxias se movem juntas pelo espaço ao longo
de caminhos que lembram rios.

E, assim como o poder da gravidade faz com que as gotas de chuva caiam nos
córregos, e os córregos desçam para os rios, as galáxias são atraídas pelo imenso
poder da atração gravitacional em direção a uma enorme concentração de massa.

Vamos imaginar como é a Laniakea.

Feixes de luz com pontos


Legenda da foto,
É o nosso lar no Universo

Cada um dos pontos acima é uma galáxia. Cada uma das linhas é um caminho que elas
seguem.

Todas as galáxias estão sendo arrastadas por forças gravitacionais incríveis ao


longo destas vias em direção a uma massa central chamada Grande Atrator.

O Grande Atrator permanece sendo um mistério, mas acredita-se que tenha a massa de
trilhões de sóis.

Laniakea contém cerca de 100 mil galáxias como a nossa — e 100 trilhões de
estrelas. Ela se estende por meio bilhão de anos-luz.

Daí o seu nome, Laniakea, termo que significa 'céu imenso' em havaiano.

Uma incógnita gravitacional


Esses superaglomerados gigantes estão apenas sendo descobertos, então só agora
estamos começando a ter uma ideia de como funcionam.

Das escalas terrestres à rotação das galáxias, a força da gravidade é bem


compreendida pelos físicos.

Mas isso não significa necessariamente que entendemos como a gravidade mantém estes
superaglomerados gigantes unidos.

Maçã caindo da árvore


CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,
A gravidade segue sendo uma incógnita

Assim, cosmólogos como Courtois usam superaglomerados para investigar o


funcionamento da gravidade nas escalas maiores.

"Funciona como na Terra? Sempre foi a mesma desde o início dos tempos?"

"Do infinitamente pequeno ao infinitamente grande, a gravidade é a principal


questão da física do século 21."

"Ainda não a compreendemos completamente."

Uma resposta confusa


Ao estudar superaglomerados, alguns cosmólogos estão começando a questionar alguns
dos princípios científicos mais preciosos.

De acordo com nosso modelo atual de cosmologia, as leis da física indicam que
estruturas muito maiores que Laniakea não podem existir.

De acordo com a teoria atual, após o Big Bang, a matéria se espalhou uniformemente
por todo o cosmos, porque as mesmas forças atuaram por igual em tudo.

O poder da gravidade uniu as galáxias e depois os aglomerados de galáxias.

Mas acima de um certo tamanho, a gravidade é fraca demais para unir estruturas.

Esse é o "princípio cosmológico", e é um dos pilares fundamentais da cosmologia


moderna.

Mas descobertas recentes lançaram algumas dúvidas sobre este conceito extremamente
importante.

Surpreendentemente, uma destas descobertas foi feita por uma estudante.

Serendipidade
Alexia Lopez tocando violino
Legenda da foto,
Alexia Lopez estuda no Instituto Jeremiah Horrocks da Universidade Central de
Lancashire, na Inglaterra

Alexia Lopez ensina violino para ajudar a financiar seu doutorado e, ao fazer sua
pesquisa, encontrou algo notável.

"Foi realmente emocionante. Meu supervisor teve a ideia de usar uma nova técnica
para mapear o que há no Universo, e me deparei com esta grande estrutura gigante."

"Foi completamente por acaso."

O método engenhoso que Alexia usou envolveu objetos muito distantes chamados
quasares.

São centros imensamente brilhantes de galáxias a bilhões de anos-luz de distância,


que acredita-se serem alimentados por buracos negros supermassivos.

Alexia os usou para iluminar cantos escuros do Universo.

"Há galáxias e aglomerados de galáxias que não poderíamos ver sem os quasares
porque sua luz é muito fraca e estão muito distantes. Mas os quasares agem
basicamente como a luz de uma lanterna."

Mas ela notou que, à medida que sua luz viajava por uma galáxia, nem toda ela
passava.

"Parte da luz era absorvida e, portanto, tinha que haver matéria ali a bloqueando."

Usando este método, Alexia criou um mapa 3D de uma grande parte do Universo — e
encontrou um padrão.

O dedo de Alexia mostrando bolas vermelhas em seu gráfico


As manchas vermelhas no gráfico de Alexia são todas galáxias ou aglomerados de
galáxias, e juntas elas parecem formar uma estrutura gigante em forma de arco.

"Usamos três testes estatísticos diferentes, e todos os três mostram que o Arco
Gigante é, na verdade, mais do que apenas um fluxo aleatório."

Um princípio à prova
Por que esta descoberta é tão inesperada e emocionante?

"Por causa do princípio cosmológico, que diz que nas escalas maiores não deveria
haver nenhuma estrutura ou padrão no Universo."

"O princípio cosmológico tem um limite de corte específico, e estima-se que é de


cerca de 1,2 bilhão de anos-luz. Mas o Arco Gigante mede mais de 3 bilhões de anos-
luz, então levanta a questão de como algo assim pode se formar."

Quebra-cabeça jenga
CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,
Sem o princípio cosmológico, tudo pode desmoronar
De acordo com nossa compreensão atual da cosmologia, é grande demais para se manter
unido pela gravidade.

E não é a única superestrutura encontrada.

Há outras ainda maiores, como a Grande Muralha Hércules-Corona Borealis, que


acredita-se ser três vezes maior que o Arco Gigante.

Esse capítulo desta história está apenas começando, mas pode ser um divisor de
águas, pois todas as nossas teorias de como o Universo se formou após o Big Bang
são baseadas no princípio cosmológico.

"Ainda é muito cedo, mas tudo está construído sobre essa suposição, então é como
tirar a peça de baixo de um quebra-cabeça de jenga... tudo desmorona", explica
Alexia.

Por isso, essas não são apenas as estruturas nas escalas mais alucinantes que já
encontramos — elas também desafiam nossas crenças mais preciosas, transformando
tudo o que pensávamos saber sobre como o Universo se comporta e como chegamos até
aqui.

- Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/geral-


62630268

A geração de grilhões vem do empilhamento de emoções para formar conexões,


Existem possibilidades imprevisíveis através da interação entre as formas totais.
-
Fiz minha primeira tatuagem em março;
Não é grande; fica pendurado no braço esquerdo como um pequeno pingente.
Figura adaptada do primeiro filme autodirigido de Johnny Depp em 1997
Cartaz de "Seven Days The Brave".
Além de preferências pessoais por ele ou coincidência e o mesmo ano do filme de
aniversário,
Principalmente sobre o que fala (devoção sacrificial ao amor, corajosa e
destemida),
Assim como o retrato de seu próprio humor por um longo tempo, mesmo que sua
capacidade seja limitada, você deve fazer o seu melhor.

Johnny é Raphael nele


Vivendo com a família em um ambiente sem esperança,
Só o dinheiro pode tirá-los deste dia quando o dia é mais desesperador.
Há quase 10 minutos sem falas no início do filme,
A pé Rafael do Ermo,
Seja em casas em ruínas que podem desmoronar a qualquer momento,
Ônibus pequenos e lotados para procurar trabalho,
Ou o processo de pegar carona até a empresa para conhecer o comprador
Passando pelo grosso portão de ferro como uma gaiola,
A atmosfera está repleta de emoções pesadas. -
+
"O que você pode fazer por seu ente querido antes de morrer? E quanto à sua
ambição ao longo da vida?"
Depois que Raphael decidiu matar e morrer resolutamente,
O comprador dá-lhe uma parte da taxa.

Há uma linha nele que diz "Olhando para a dor dos mortos,
Um estímulo criativo para os vivos.

Embora haja uma espécie de bravura na morte,


Quando chega a hora, é natural sair.
Quando uma pessoa morre com dor intensa,
Podemos entender a bravura dessa pessoa.

Quando a morte finalmente visitou meu corpo,


Quando finalmente nos despedimos temos a coragem de acolher a morte,
Quanto mais corajosa uma pessoa é, mais fácil é aceitar a vinda da morte.

Quando o homem enfrenta a morte,


Coragem é um dom,
Morrer pelos outros é a contribuição mais nobre. "
_

Eu assisti esta passagem várias vezes, lembrando a primeira parte e a última


parte,
Raphael acorda para compensar quem ele ama,
Ao final, embora não haja registro do paradeiro de sua esposa e filhos,
No entanto, as imagens do padre, Rafael e da demolição se intercalam
Como um segmento sem fala por quase dez minutos no início do título;
Não tanto impotente e sem esperança sem palavras,
Mais é o sacrifício final,
Contribuir para a última paz real da família,
Uma bênção final por ocasião da despedida.

‫ اله‬As últimas questões da nossa vida: Para onde vou? O que eu faço ? O que é
isso tudo ? ... esta eterna confusão. E mais do que isso, esse desenho também
representa a ideia de sempre questionar as coisas que você faz. Nunca pare de
questionar. Você nunca deve ficar parado sem tomar uma posição. Você tem que
enfrentar as coisas que vão acontecer com você, você tem que enfrentar a mídia, os
governos, as pessoas que fingem que sabem de tudo e que dizem que podem controlar
sua vida. Questionar, explorar e investigar tudo sozinho, essa é a chave. Nunca
desista . "-Johnny Depp

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