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Do início de tudo com o Big Bang até

os dias atuais
PASSANDO PELA CRIAÇÃO DA VIA LÁCTEA, A CRIAÇÃO DO SISTEMA SOLAR, E A EVOLUÇÃO
DA VIDA NA TERRA

Julio Cesar; editado por Pablo Rafael e Amanda B. Santos

Vamos fazer uma analogia desde a criação do universo até os dias atuais. Para
isso utilizaremos um calendário cósmico, baseado na obra do astrônomo Carl
Sagan, onde todo o tempo cósmico foi reduzido há um ano. Cada mês desse ano,
nesse calendário, representa um pouco mais de um bilhão de anos e nos 12
meses desse calendário estão os 14 bilhões de anos, que é a idade aproximada
do universo.

Os fatos aqui foram baseados nos seriado Cosmos: A Spacetime Odyssey


(2014) e Cosmos (1980)
MÊS A MÊS E ALGUNS DOS PRINCIPAIS
ACONTECIMENTOS DO UNIVERSO ATÉ OS DIAS ATUAIS

O BIG BANG: Nessa escala que estamos utilizando, o Big Bang aconteceu na
virada do ano no dia 1° de janeiro.
O QUE FOI O BIG BANG?

Expansão do universo.

O Big Bang é uma das teorias mais aceitas pela comunidade científica sobre a
origem do nosso universo. Segundo essa o nosso Universo atual teve origem em
uma grande “explosão” por volta de 14-15 bilhões de anos atrás. Tudo se deu
através de um ponto material muito pequeno, quente e extremamente denso.
Essa grande “explosão” deu origem ao espaço-tempo.

O Universo desde então está em expansão contínua e se resfriando também. A


teoria do Big Bang foi baseada em parte na teoria relativista de Albert Einstein e
nos estudos dos astrônomos Edwin Hubble e Milton Humason, que conseguiram
demonstrar que o universo não é estático e que está em constante expansão e as
galáxias estão umas se afastando das outras. Em algum período elas deveriam
estar mais próximas do que hoje ou até mesmo em um único ponto material. Ponto
esse que deu origem ao Universo na grande explosão chamada de Big Bang.
Abaixo se encontra uma figura que demonstra como a expansão do universo
arrasta as galáxias com ela.

A FORMAÇÃO DA VIA LÁCTEA: A nossa galáxia Via Láctea se formou a


aproximadamente 13 bilhões de anos e em nossa escala, ela teria se formado no
final de janeiro, no dia 31.

A Via Láctea é a galáxia a qual pertencemos e na qual fica localizada o nosso


sistema solar. A nossa galáxia possui cerca de 200 bilhões de estrelas e tem um
formato espiral e possui uma massa de cerca de um trilhão e 750 bilhões de
massas solares. Seus braços espirais circulam em volta de um gigantesco núcleo.
O nosso sistema solar fica localizado há aproximadamente 30 000 anos luz do
centro da Via Láctea, no braço menor de Órion. A seguir apresentamos uma foto
esquemática da localização do nosso sol na nossa galáxia.
Localização do nosso Sol na Via Láctea.

Em nossa vizinhança imediata (até 20 anos-luz), encontramos pouco mais de vinte


estrelas, onde o destaque é Sírius. A aproximadamente 4,3 anos-luz do Sol
encontramos as vizinhas mais próximas do Sistema Solar; um sistema triplo
formado por Próxima Centauro (uma Anã Vermelha, muito fraca), a Alfa Centauro
(uma estrela branca de brilho mais ou menos o dobro do nosso Sol) e a Beta
Centauro (uma estrela alaranjada de brilho equivalente ao do nosso Sol).

NOSSO SISTEMA SOLAR: Se formou a aproximadamente 4,6 bilhões de anos


atrás, e na escala utilizada aqui, se formou no dia 1 de agosto.
FORMAÇÃO DO SISTEMA SOLAR

O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por um conjunto de objetos astronômicos


que se ligam a ele através da gravidade. Acredita-se que esses corpos tenham
sido formados por meio de um colapso de uma nuvem molecular gigante há 4,6
bilhões de anos atrás. Entre os muitos corpos que orbitam ao redor do Sol, a maior
parte da massa está contida dentro de oito planetas, cujas órbitas são quase
circulares e se encontram dentro de um disco quase plano, denominado de “plano
da eclíptica”. Os quatro menores planetas (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) são
conhecidos como planetas telúricos ou sólidos, encontram-se mais próximos do
Sol e são compostos principalmente de metais e rochas. Os quatro maiores
planetas (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) encontram-se mais distantes do Sol e
concentram mais massa do que os planetas telúricos, sendo também chamados
de planetas gasosos. Os dois maiores, Júpiter e Saturno, são compostos em sua
maior parte de hidrogênio e hélio. Urano e Netuno, conhecidos também como
“planetas ultra periféricos”, são cobertos de gelo, sendo às vezes referidos como
“gigantes de gelo”, apresentando também em suas composições água, amônia e
metano.

O Sistema Solar também é o lar de outras duas regiões povoadas por objetos
menores. O cinturão de asteróides está situado entre Marte e Júpiter e sua
composição se assemelha à dos planetas sólidos. Além da órbita de Netuno
encontram-se os objetos transnetunianos, com uma composição semelhante a dos
planetas gasosos. Dentro destas duas regiões, existem outros cinco corpos
individuais. São eles: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris, denominados
de planetas anões. Além de milhares de corpos pequenos nestas duas regiões,
vários outros pequenos objetos viajam livremente entre as regiões, como cometas
e centauros, que são corpos menores do sistema solar.
Para uma noção da dimensão astronômica das distâncias no espaço devem-se
fazer cálculos e usar um modelo que permita uma percepção mais clara do que
está em jogo. Por exemplo, um modelo reduzido em que o Sol estaria
representado por uma bola de futebol (de 22 cm de diâmetro). A essa escala, a
Terra ficaria a 23,6 metros de distância e seria uma esfera com apenas 2 mm de
diâmetro (a Lua ficaria a uns 5 cm da Terra, e teria um diâmetro de uns 0,5 mm).
Júpiter e Saturno teriam cerca de 2 cm de diâmetro, respectivamente a 123 e a
226 metros do Sol. Plutão ficaria a 931 metros do Sol, com cerca de 0,36 mm de
diâmetro. Quanto à estrela mais próxima, a Próxima Centauro, essa estaria a
6332 km do Sol, enquanto a estrela Sírio a 13 150 km.
Se o tempo de uma viagem da Terra à Lua, com uma velocidade de 257
mil km/hora, fosse de uma hora e um quarto, levaria cerca de três semanas
terrestres para se ir da Terra ao Sol, 3 meses se ir a Júpiter, sete meses para
Saturno e cerca de dois anos e meio para chegar a Plutão e deixar o nosso
sistema solar. A partir daí, a essa velocidade, levaria 17 600 anos até chegar à
estrela mais próxima, e 35 000 anos até Sírio.
A EVOLUÇÃO DA VIDA NA TERRA, ATÉ OS DIAS ATUAIS: A vida surgiu há
cerca de 4 bilhões de anos aqui em nosso planeta. Em nosso calendário cósmico
ela teria surgido por volta do dia 15 do mês de Setembro.

Os primeiros organismos a surgirem no nosso planeta foram unicelulares. Isso


significa que eles eram compostos por apenas uma célula, assim como as
bactérias e os protistas atuais. Eram muito semelhantes as bactérias, que são os
organismos mais simples que existem hoje. É muito mais provável que os
primeiros organismos eram o mais simples possível e por isso, unicelulares. Os
primeiros organismos multicelulares teriam surgido por volta de 2,1 bilhões de anos
atrás, e no nosso calendário teria surgido por volta do dia 28 do mês de Novembro.

Em biologia, chama-se multicelular ou pluricelular a um organismo ou estrutura de


um organismo formado por mais do que uma célula. Animais e plantas são
multicelulares. No entanto há vários níveis de diferenciação entre as células destes
organismos. Há seres vivos multicelulares em que praticamente não há
diferenciação entre células – como as esponjas – e outros com uma estrutura
muito mais complexa, com o corpo diferenciado em tecidos e órgãos com funções
específicas.

Em Dezembro do nosso calendário cósmico é que realmente surgiram formas de


vidas macroscópicas que já foram estudadas através de registros fósseis ou que
vivem em nosso planeta até os dias atuais.
Em 15 de Dezembro, do nosso calendário cósmico, aconteceu a Explosão
Cambriana que foi o aparecimento relativamente rápido, em um período de vários
milhões de anos, dos phyla mais importantes a cerca de 530 milhões de anos
atrás, conforme encontrado em registros fósseis. Este surgimento foi
acompanhado por uma grande diversificação de outros organismos, incluindo
animais, fito plâncton, e calcimicróbios. Até cerca de 580 milhões de anos a
maioria dos organismos eram simples, compostos de células individuais,
ocasionalmente organizadas em colônias. Nos 70 ou 80 milhões anos seguintes a
taxa de evolução foi acelerada em uma ordem de magnitude e a diversidade da
vida começou a se parecer com a atual.

Trilobitas, animais fossilizados que indicaram a Explosão Cambriana

18 de Dezembro surgiram as primeiras plantas.


24 de Dezembro surgem os primeiros dinossauros.
25 de Dezembro surgem os primeiros ancestrais dos mamíferos.
28 de Dezembro os dinossauros são dizimados por um Asteróide.

O dia 31 de dezembro merece uma atenção especial, pois toda a evolução do ser
humano aconteceu em apenas algumas horas no nosso calendário cósmico.
As 10h15min aparecem os primeiros macacos.
As 21h24min surge o primeiro ancestral do homem a andar ereto.
As 23h54min aparece o primeiro homem anatomicamente moderno.
As 23h59min45seg foi inventada a escrita.
As 23h59min50seg são construídas as pirâmides do Egito.
Faltando 1seg para a meia noite Cristovam Colombo descobre a América.

Toda a cronologia feita é apenas uma forma simples de demonstrar toda a


evolução do Universo até os dias atuais. Porém ficou claro que nós seres-humanos
só ocupamos os últimos 5 minutos desse ano cósmico.
Carl Sagan e sua esposa Ann Druyan realizaram a série Cosmos em 1980

“A ausência da evidência não significa evidência da ausência.”

Carl Sagan

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