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Apostilha de Astronomia e Astronáutica

Os Planetas

Nosso sistema solar está composto pela nossa estrela, o Sol, pelos oito planetas com
suas luas e anéis, pelos planetas anões, asteroides e pelos cometas. Os cinco planetas mais
brilhantes, que são visíveis a olho nu, já eram conhecidos desde a antiguidade. A palavra planeta
em grego quer dizer astro errante. Depois da invenção do telescópio, outros 2 planetas do Sistema
Solar foram descobertos: Urano em 1781 por William Herschel (1738-1822), Netuno em 1846 por
Johann Gottfried Galle (1812-1910), do Observatório de Berlim, e o assistente Heinrich Louis
d’Arrest (1822-1875), seguindo a previsão de Urbain Jean Joseph Le Verrier (1811-1877) e John
Couch Adams (1819-1892).
Os nomes dos planetas são associados a deuses romanos: Júpiter, deus dos deuses;
Marte, deus da guerra; Mercúrio, mensageiro dos deuses; Vênus, deusa do amor e da beleza;
Saturno, pai de Júpiter, deus da agricultura; Urano, deus do céu e das estrelas, Netuno, deus do
Mar e Plutão, deus do inferno.

Mercúrio.

Mercúrio é o planeta mais interior do Sistema Solar. Está tão próximo do Sol que este, se
fosse visto por um astronauta de visita ao planeta, pareceria duas vezes e meia maior e sete vezes
mais luminoso do que observado da Terra.
O movimento de Mercúrio caracteriza-se ainda por uma particular relação entre o seu eixo
e a revolução orbital à volta do Sol: o período de rotação, igual a 58,65 dias terrestres, dura
exatamente dois terços do período orbital (o seu “ano”) que é igual a 87,95 dias.
Em Mercúrio foram observadas estruturas ausentes na Lua, entre as quais um sistema de
grandes fraturas da crosta, geralmente interpretadas como indícios de que o planeta sofreu um
processo de contração, provavelmente pelo efeito do gradual arrefecimento que teve lugar a partir
de sua formação.
Vênus.

Paisagem de Vénus, fruto da fantasia de um pintor. Sabe-se que no passado Vénus sofreu uma
intensa atividade vulcânica e pensa-se que ainda poderá ocorrer a expulsão de gases e de lava.
Vénus, o segundo planeta do sistema solar por ordem de distância ao Sol, é o que pode
aproximar-se mais da Terra e o astro mais luminoso do nosso céu, depois do Sol e da Lua. A órbita que o
planeta percorre em 225 dias é praticamente circular. A rotação sobre o seu eixo é extremamente lenta,
com um “dia” que dura quase 243 dias terrestres, efetuando-se em sentido retrógrado ao contrário dos
outros planetas rochosos do Sistema Solar.
A superfície deste planeta é um verdadeiro inferno, com uma pressão atmosférica 90 vezes
superior à da Terra e uma temperatura de 500º C, devido ao? Efeito de estufa? A sua atmosfera compõe-
se, quase por inteiro, de dióxido de carbono (CO2), com um pouco de nitrogénio.
Terra.
A Terra é o terceiro planeta do sistema solar, a contar a partir do Sol e o quinto em diâmetro.
Entre os planetas do Sistema Solar, a Terra tem condições únicas: mantém grandes quantidades
de água, tem placas tectónicas e um forte campo magnético. A atmosfera interage com os sistemas vivos.
A ciência moderna coloca a Terra como único corpo planetário que possui vida, na forma como a
reconhecemos.
Marte.

Marte, ao lado, numa montagem fotográfica, a partir de imagens captadas pela sonda ?Viking
Orbiter? Da NASA. É o resultado da composição de mais de uma centena de imagens, obtidas quando a
sonda girava a 32.000 Km da superfície do planeta.
Conhecido pela sua característica coloração avermelhada, o planeta gira em volta do Sol a uma
distância média de 228 milhões de quilómetros. A sua trajetória é marcadamente elíptica, demorando
686,98 dias para dar uma volta completa em redor do Sol e o seu plano orbital tem uma inclinação de
apenas 1,86º em relação à órbita terrestre. Acompanham-no no seu movimento de revolução dois
pequenos satélites (Deimos e Fobos) descobertos em 1877.
Sendo o mais exterior dos planetas rochosos, é um pequeno e árido globo de atmosfera ténue,
cuja estrutura interna ainda não é bem conhecida. No entanto, através da densidade média, do
achatamento polar e da velocidade de rotação, é possível deduzir que o planeta tem um núcleo de ferro e
de sulfato de ferro com cerca de 1.700 Km de raio, e uma crosta com cerca de 200 Km de espessura.
Júpiter.

O planeta gigante é o centro de um sistema composto por 63 satélites e um ténue anel. Embora
Vénus o supere em esplendor no céu da aurora ou do crepúsculo, Júpiter é sem dúvida, o planeta mais
espetacular, inclusive para quem apenas disponha de um modesto instrumento óptico para a sua
observação. Com o nome do rei dos deuses da tradição greco-romana, situado a uma distância média do
Sol de 778,33 milhões Km, demora 11,86 anos a descrever uma órbita (ligeiramente elíptica) completa.
O que mais impressiona neste planeta são as suas gigantescas dimensões. Com um raio de
71.492 Km, um volume 1.300 vezes superior ao da Terra e uma massa equivalente a quase 318 massas
terrestres, Júpiter supera todos os outros corpos do Sistema Solar, excetuando o Sol.
A formação mais espetacular da atmosfera de Júpiter é a denominada Grande Mancha Vermelha,
uma perturbação atmosférica, com mais de 30.000 Km de extensão, que já dura há 300 anos.
Saturno.

Até 1977, foi mais conhecido pela particularidade de ser o único planeta rodeado por um sistema
de anéis. A partir de então, graças às avançadas observações realizadas a partir da Terra e às fascinantes
descobertas das sondas? Voyager? Saturno tornou-se uma atração universal.
Depois de Júpiter, Saturno é o maior planeta, com uma massa e um volume 95 e 844 vezes,
respectivamente, superiores aos da Terra. Destes dados deduz-se que tenha uma densidade média
equivalente a 69% da água, o que indica que na composição deste corpo celeste predominam os elementos
leves, como o hidrogénio e o hélio.
Em Saturno também se observam várias formações semelhantes a ciclones, de cor parda ou clara,
embora nenhuma comparável à Grande Mancha Vermelha de Júpiter. Trata-se de óvalos de cerca de 1.200
Km, de duração breve e presentes apenas nas
Urano.
O primeiro dos planetas descobertos na época moderna, só é visível à vista desarmada em
condições especialmente favoráveis. Situado a uma distância média do Sol de 2.871 milhões Km, demora
84,01 anos a descrever uma volta completa à volta do astro.
É um planeta singular, cujo eixo de rotação coincide praticamente com o plano orbital. Com o
raio equatorial de 25.559 Km e a massa equivalente a 14,5 massas terrestres, o planeta Urano pode
considerar-se irmão gémeo do longínquo Neptuno. A coloração verde-azulada da atmosfera deve-se à
abundância de metano gasoso (2% das moléculas) que absorve a luz do Sol. Além disso, o composto
condensa-se a altitudes bastante elevadas e forma uma camada de nuvens.
Netuno.
A órbita de Neptuno situa-se a uma distância de 4.497 milhões de Quilómetros do Sol e para
completar uma volta necessita de 165 anos. Assim, desde que foi descoberto (em Setembro de 1846) ainda
não descreveu uma volta completa em redor do Sol. O planeta possui uma massa 17 vezes superior à da
Terra, e uma densidade média igual a 1,64 vezes a da água. Como todos os gigantes gasosos, não
apresenta uma separação nítida entre uma atmosfera gasosa e uma superfície sólida, pelo que se define
convencionalmente como nível zero, o correspondente à pressão de 1 bar.
A sua atmosfera é constituída, basicamente, por hidrogénio e hélio, com uma pequena
percentagem de metano. Este último composto, que absorve a luz vermelha procedente do Sol, confere-
lhe a coloração característica e influencia a meteorologia e a química do planeta.
Planetas Anões.
Nosso sistema solar também é constituído de vários planetas anões. Um planeta anão é muito
semelhante a um planeta (porém menor), dado que orbita em volta do Sol e possui gravidade suficiente
para assumir uma forma com equilíbrio hidrostático (aproximadamente esférica), porém não possui
uma órbita desimpedida. Um exemplo é Ceres que, localizado na cintura de

Atualmente conhecem-se cinco planetas anões no sistema solar, são


eles: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris, sendo os quatro últimos do tipo plutoide, ou seja,
planetas-anões que orbitam para além da órbita de Neptuno, nos recônditos do sistema solar.
O Universo

O Universo é constituído de tudo o que existe fisicamente, a totalidade do espaço e tempo e


todas as formas de matéria e energia. O termo Universo pode ser usado em sentidos contextuais
ligeiramente diferentes, denotando conceitos como o cosmo, o mundo ou natureza.
A palavra Universo é geralmente definida como englobando tudo. Entretanto, usando uma
definição alternativa, alguns cosmologistas têm especulado que o “Universo”, composto do “espaço em
expansão como o conhecemos”, é somente um dos muitos “universos”, desconectados ou não, que são
chamados multiversos. Por exemplo, em Interpretação de muitos mundos, novos “universos” são gerados
a cada medição quântica. Acredita-se, neste momento, que esses universos são geralmente
desconectados do nosso, portanto, impossíveis de serem detectados experimentalmente.
Observações de partes antigas do universo (que situam-se muito afastadas) sugerem que o
Universo vem sendo regido pelas mesmas leis físicas e constantes durante a maior parte de sua extensão
e história. No entanto, na teoria da bolha, pode haver uma infinidade de “universos” criados de várias
maneiras, e talvez cada um com diferentes constantes físicas.
Ao longo da história, várias cosmologias e cosmogonias têm sido propostas para explicar as
observações do Universo. O primeiro modelo geocêntrico quantitativo foi desenvolvido pelos gregos
antigos, que propunham que o Universo possui espaço infinito e tem existido eternamente, mas contém
um único conjunto de círculos concêntricos esferas de tamanho finito – o que corresponde a estrelas fixas,
o Sol e vários planetas – girando sobre uma esférica mas imóvel Terra.
Ao longo dos séculos, observações mais precisas e melhores teorias levaram ao modelo
heliocêntrico de Copérnico e ao modelo newtoniano do Sistema Solar respectivamente. Outras
descobertas na astronomia levaram a conclusão de que o Sistema Solar está contido em
uma galáxia composta de milhões de estrelas, a Via Láctea, e de que outras galáxias existem fora dela,
tão longe quanto os instrumentos astronômicos podem alcançar.
Estudos cuidadosos sobre a distribuição dessas galáxias e suas raias espectrais contribuíram
muito para a cosmologia moderna. O descobrimento do desvio para o vermelho e da radiação cósmica de
fundo em micro-ondas revelaram que o Universo continua se expandindo e aparentemente teve um
princípio.

A imagem do cabeçalho em alta-resolução do Hubble ultra deep field, mostra uma grande
variedade de galáxias, cada uma composta de bilhões de estrelas. As pequenas galáxias avermelhadas,
aproximadamente 100, são algumas das galáxias mais distantes fotografadas por um telescópio óptico,
existentes no momento logo após o Big Bang.
De acordo com o modelo científico vigente do Universo, conhecido como Big Bang, o Universo
surgiu de um único ponto ou singularidade onde toda a matéria e energia do universo
observável encontrava-se concentrada numa fase densa e extremamente quente chamada Era de Planck.
A partir da Era Planck, o Universo vem se expandindo até sua atual forma, possivelmente com curtos
períodos (menos que 10−32 segundos) de inflação cósmica.
Diversas medições experimentais independentes apoiam teoricamente tal expansão e a Teoria do
Big Bang. Esta expansão tem-se acelerado por ação da energia escura, uma força oposta à gravidade que
está agindo mais que esta devido ao fato das dimensões do Universo serem grandes o bastante para
dissipar a força gravitacional. [2] Porém, devido ao escasso conhecimento a respeito da energia escura, é
ainda pequeno o entendimento do fenômeno e sua influência no destino do Universo.
Atuais interpretações de observações astronômicas indicam que a idade do Universo é de 13,73
(± 0,12) bilhões de anos, e seu diâmetro é de 93 bilhões de anos-luz ou 8,80 ×1026 metros. De acordo com
a teoria da relatividade geral, o espaço pode expandir-se tão rápido quanto a velocidade da luz, embora
possamos ver somente uma pequena fração do universo devido à limitação imposta pela velocidade da
luz. É incerto se a dimensão do espaço é finita ou infinita.

O Sistema Solar

É constituído pelo Sol e por um conjunto de objetos astronômicos que se ligam ao Sol através da
gravidade. Acredita-se que esses corpos tenham sido formados por meio de um colapso de uma nuvem
molecular gigante há 4,6 bilhões de anos. Entre os muitos corpos que orbitam ao redor do Sol, a maior
parte da massa está contida dentro de oito planetas relativamente solitários, cujas órbitas são quase
circulares e se encontram dentro de um disco quase plano, denominado plano da eclíptica.
Os quatro menores planetas (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) são conhecidos como planetas
telúricos ou sólidos, encontram-se mais próximos do Sol e são compostos principalmente de metais e
rochas. Os quatro maiores planetas (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) encontram-se mais distantes do Sol
e concentram mais massa do que os planetas telúricos, sendo também chamados de planetas gasosos.
Os dois maiores, Júpiter e Saturno, são compostos em sua maior parte de hidrogênio e hélio. Urano e
Netuno, conhecidos também como “planetas ultra periféricos”, são cobertos de gelo, sendo às vezes
referidos como “gigantes de gelo”, apresentando também em sua composição água, amônia e metano.
O Sistema Solar também é o lar de outras duas regiões povoadas por objetos menores. O cinturão
de asteroides está situado entre Marte e Júpiter e sua composição se assemelha à dos planetas sólidos.
Além da órbita de Netuno, encontram-se os “objetos transnetunianos”, com uma composição semelhante
a dos planetas gasosos. Dentro destas duas regiões, existem outros cinco corpos individuais. São
eles: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris, denominados de planetas anões. Além de milhares de
corpos pequenos nestas duas regiões, várias outras populações de pequenos corpos que viajam livremente
entre as regiões, como cometas, centauros.
O vento solar, fluxo de plasma do Sol, é responsável por criar uma bolha no meio interestelar
conhecida como heliosfera, que se estende até a borda do disco disperso. A hipotética nuvem de Oort, que
atua como fonte de cometas durante um longo período, pode estar a uma distância de aproximadamente
dez mil vezes maior do que a heliosfera.
Seis dos planetas e três planetas anões são orbitados por satélites naturais, normalmente
conhecidos como “luas”, depois da Lua da Terra. Os planetas gasosos são cercados por anéis
planetários compostos de poeira e outras partículas.

Galeria
Sumário visual composto por imagens centradas de alguns astros do sistema solar, selecionadas
pelo tamanho e detalhe e ordenadas pelo volume dos corpos. O Sol é aproximadamente 10.000 vezes
maior e 41 triliões de vezes mais volumoso que o objeto mais pequeno exposto, Prometeu.
Tabela resumida do Sistema Solar.

As distâncias dos planetas de Mercúrio a Saturno, incluindo-se um buraco para os asteroides,


segue aproximadamente a Lei de Titius-Bode.

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