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Sistema solar

Conjunto de astros constituído pelo Sol e por todos os planetas que, sujeitos à influência do
campo de gravitação solar, orbitam em seu redor.

Os planetas podem ser enumerados por ordem crescente da distância a que se encontram do
Sol: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno. Embora, durante
muitos anos, Plutão tenha sido considerado também um planeta principal, a União
Astronómica Internacional, em 2006, decidiu, com base em estudos e descobertas recentes,
classificá-lo como planeta anão.

Segundo aquela entidade, para que um corpo celestial possa ser considerado como tal deve
orbitar em torno de uma estrela, ter massa suficiente para ter gravidade própria e assumir
uma forma arredondada e ser dominante na órbita, tendo sido sobretudo o não cumprimento
desta última característica que determinou a desclassificação de Plutão, cuja órbita se cruza
com a de Neptuno.

As órbitas dos planetas, cumpridas nos movimentos de translação, são todas elípticas, umas
mais excêntricas do que outras. Essa excentricidade é traduzida por um parâmetro
adimensional (e) que varia entre 0 e 1 (e = 0 representa o círculo). No entanto, o plano
definido por cada órbita é distinto para cada planeta. Ao plano definido pela translação da
Terra em volta do Sol dá-se o nome de eclíptica.

Entre as órbitas de Marte e Júpiter existe a chamada cintura de asteroides, constituída por
milhares destes pequenos corpos celestes que orbitam em torno do Sol. Os planetas situados
até à cintura de asteroides são chamados telúricos, os restantes, com a exceção de Plutão, são
designados gigantes.

Origem do sistema solar

Pensa-se que o Sistema Solar foi formado a partir da Nebulosa Solar, uma nuvem de gás e
poeira em colapso que deu origem ao Sol. À medida que sofria o colapso gravitacional, a
Nebulosa Solar tomou a forma de um disco, com o protosol situado no centro. À medida que
este aquecia, as substâncias voláteis foram afastadas do centro pelas regiões centrais da
nebulosa - daí a formação de planetas rochosos mais pertos do Sol e dos gigantes gasosos mais
afastados. Durante muitos anos, o nosso Sistema Solar foi o único sistema planetário
conhecido, e por isso as teorias tinham apenas de explicar um sistema para serem plausíveis. A
descoberta, em anos recentes, de muitos outros sistemas planetários deu-nos uma visão
completamente diferente, e as teorias da formação de sistemas planetários tiveram de ser
revistas de acordo. Em particular, muitos sistemas externos contêm um Júpiter quente - um
planeta comparável a ou maior que Júpiter, orbitando muito perto da estrela, talvez num
espaço de dias. Foi proposto que embora os gigantes gasosos nestes sistemas se tenham
formado no mesmo local que os gigantes gasosos do nosso Sistema Solar, deverá ter ocorrido
alguma espécie de migração que fez o planeta gigante espiralar para mais perto da estrela.
Quaisquer planetas terrestres que poderiam ter existido previamente devem ter sido
destruídos ou ejetados do sistema.
Os quatro planetas mais perto do sol

Mercúrio

É o planeta mais próximo do Sol, e tem uma órbita invulgarmente excêntrica (apenas Plutão
tem uma excentricidade maior). É o planeta que orbita com maior velocidade (o ano
mercuriano tem apenas 88 dias) e é o segundo mais quente (logo a seguir a Vénus). Pela sua
proximidade à Terra, que permite a sua observação a olho nu, é um dos 6 planetas conhecidos
da antiguidade. De facto, apesar de não emitir luz própria visível, reflete a luz do Sol e é um
dos objetos mais brilhantes do céu. No entanto, é um planeta difícil de observar. Visto da
Terra, nunca se afasta muito do Sol e está a maior parte do tempo ofuscado por este. Sem
telescópio, só o conseguimos ver durante o pôr ou o nascer do Sol. Por exemplo, quando
Mercúrio se encontra perto da sua maior elongação de oeste, pode ser visto pouco antes do
nascer do Sol como uma estrela da manhã que o precede. Além disso, o facto de Mercúrio ter
uma órbita mais próxima do Sol do que a da Terra permite-nos observar um fenómeno
astronómico interessante, chamado Trânsito Solar, quando Mercúrio visto da Terra passa à
frente do Sol.

Vénus

É o segundo planeta mais próximo do Sol e o planeta mais próximo da Terra. As perguntas
intrigantes que este planeta "gémeo" da Terra nos coloca começam com o seu movimento de
rotação própria. Uma rotação completa sobre si mesmo demora 243.01 dias, o que é um
período invulgarmente longo. Além disso, enquanto que a maior parte dos planetas rodam
sobre si próprios no mesmo sentido, Vénus é uma das exceções. Tal como Úrano e Plutão, a
sua rotação é retrógrada, o que significa que em Vénus o Sol nasce a este e põe-se a oeste.
Durante muito tempo não se tinha a certeza porque é que existiam estas exceções, uma vez
que a maior parte dos corpos no sistema solar, mesmo os satélites dos vários planetas, rodam
no mesmo sentido, 'herdado' do movimento de rotação da nuvem primordial, no entanto,
estudos dinâmicos recentes da obliquidade dos planetas podem explicar a rotação anómala de
Vénus.

Terra

o 3º planeta a contar do Sol, apesar de ser aquele que conhecemos melhor, continua a ser o
que nos intriga mais. Única no nosso sistema solar, a complexidade física e química dos
mecanismos que a fizeram um lugar tão propício à vida continua a surpreender-nos e a
intrigar-nos. Terá sido a origem da vida na Terra um evento único num Universo estéril, ou terá
sido apenas o passo seguinte, natural em todos os planetas pelo Universo fora que reúnam
condições semelhantes? A física poderá ajudar a responder a esta pergunta. Com a física
podemos descobrir os mecanismos que estão em jogo na estabilidade e equilíbrio essenciais à
vida: o movimento da Terra no presente, no passado e no futuro, a importância da Lua na
estabilidade do eixo da Terra e, portanto, na do seu clima, a natureza do Sol e o seu papel
energético, a composição química na atmosfera e no interior da Terra, entre muitos mais
segredos que nos ajudarão a definir o espectro de condições em que a vida é possível.

Marte

Marte, depois da Terra, é o planeta mais fácil de estudar.


Visto da Terra parece um planeta vermelho, embora na verdade seja mais acastanhado. O seu
eixo de rotação tem uma inclinação muito semelhante à do nosso planeta, 25.19º, o que
significa que tem estações do ano. Ao contrário de Mercúrio, que está demasiado perto do Sol
para que seja facilmente observado, e de Vénus, cujas densa atmosfera e cobertura de nuvens
bloqueiam a observação da sua superfície, Marte está relativamente próximo da Terra sem
estar muito próximo do Sol, e tem uma atmosfera muito rarefeita, o que nos permite observar
a sua superfície com relativa facilidade. A melhor altura para observar Marte é quando este se
encontra na sua oposição, isto é, quando a Terra está entre Marte e o Sol. Quando assim é
Marte está próximo da Terra e bem alto no céu noturno. Esta configuração acontece
aproximadamente cada 780 dias.
Bibliografia

Porto Editora – Sistema Solar na Infopédia. Porto: Porto Editora. [consult. 2021-10-19].
Disponível em https://www.infopedia.pt/$sistema-solar

Centro de Física Teórica e computacional. [consult. 2021-10-19]. Disponível em:


https://cftc.ciencias.ulisboa.pt/PRISMA/capitulos/capitulo1/modulo6/

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