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CEFET/RJ, 2012
Introdução
Materiais e Métodos
O jogo da memória “Principais Astros do Sistema Solar: Planetas, Sol, Lua e
Plutão” foi aplicado no Colégio Pedro II, Unidade São Cristóvão (UESC), localizado
na cidade do Rio de Janeiro. O colégio possui uma Seção de Educação Especial que
presta auxílio pedagógico a alunas com várias deficiências, pais e professores. A
produção dos materiais e análise dos alunos foram realizadas no 1º semestre de 2011.
Dez alunos deficientes visuais, sendo três alunos com baixa visão (n = 3) e sete alunos
cegos (n = 7), cursando regularmente o Ensino Médio no turno da manhã, avaliaram o
material. O processo de confecção de ambos os jogos durou dois meses,
aproximadamente.
Alternativa 1: Jogo da memória com cartas iguais, apresentando uma figura do mesmo
astro. Ex: Plutão – Plutão.
Alternativa 2: Jogo da memória com cartas diferentes, uma delas apresentando a figura
de um astro e a outra, uma informação sobre o mesmo. Ex: Plutão – Planetóide, antes
considerado um planeta.
• Papelão: confecção das cartas e representação dos planetas Vênus, Marte, Saturno,
Urano e Netuno;
• Miçangas douradas - Sol;
• Botão dourado - Mercúrio;
• Papel de presente - Vênus;
• Miçanga em forma de círculo - Lua;
• Pedra multifacetada - Júpiter;
VI Encontro Regional de Ensino de Biologia da Regional 2 RJ/ES
CEFET/RJ, 2012
Resultados
Aplicação do jogo “Principais Astros do Sistema Solar: Planetas, Sol, Lua e Plutão”
VI Encontro Regional de Ensino de Biologia da Regional 2 RJ/ES
CEFET/RJ, 2012
O jogo da memória foi inicialmente aplicado para duas cegas congênitas (n=2).
O local utilizado para a aplicação foi a Sala do Setor de Educação Especial do próprio
colégio.
Dentre as sugestões dadas pelas alunas para melhorar o jogo, estavam: elaborar
um pano de fundo ou um quadro que demarcasse os limites das cartas para melhor
demarcação das mesmas, e dispor as cartas em duas fileiras de onze. A aluna 2 também
sugeriu a aplicação do jogo para estimulação precoce de crianças cegas, por este
possibilitar o desenvolvimento da discriminação tátil e da localização espacial.
O jogo também foi aplicado para os alunos com baixa visão, que mesmo
considerando a fonte utilizada nas cartas muito pequena, se divertiram com a
brincadeira e se localizaram graças às cores e aos diferentes materiais presentes nas
diferentes cartas.
Discussão
Muitos elogios foram feitos aos jogos e à iniciativa de fazê-los. No caso dos
alunos deficientes visuais, foi relatada a ausência de materiais adaptados sobre
Astronomia e de jogos educativos de qualquer assunto. A maioria deles comentou que
nunca havia tido a oportunidade de jogar um jogo da memória e que nem mesmo
sabiam de sua existência. Com relação ao bingo, os alunos relataram que não haviam
tido a oportunidade de jogar algo parecido e se mostraram bastante surpresos com a
realização de uma brincadeira em sala de aula. Verificou-se também que os alunos
possuíam um conhecimento incipiente sobre Astronomia e que a maior parte das
informações que sabiam tinham sido adquiridas por meios de comunicação, como
televisão e internet.
Conclusão
Assim, por aliar os aspectos lúdicos aos cognitivos, entendemos que o jogo é
uma importante estratégia para o ensino e a aprendizagem de conceitos abstratos e
complexos, favorecendo a motivação interna, o raciocínio, a argumentação, a interação
entre alunos e entre professores e alunos.
VI Encontro Regional de Ensino de Biologia da Regional 2 RJ/ES
CEFET/RJ, 2012