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Sistema Solar

Por Caroline Faria

O sistema solar é um aglomerado de planetas,


meteoroides, cometas, e vários outros corpos celestes em torno de
uma estrela: o Sol.

Com cerca de cinco bilhões de anos, o sol é o centro de nosso sistema


solar. Apenas um minúsculo pedaço de uma Galáxia chamada Via
Láctea que contém outros bilhões de estrelas tão ou até mais
brilhantes que o nosso astro rei (são mais de 200 bilhões de estrelas,
sendo que a mais próxima do sol, a Próxima Centauri, está a 4,3 anos
luz dele).

O nosso sistema solar é oficialmente formado por oito


planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Ne
tuno. Até 2006, Plutão era considerado o nono planeta do sistema
solar. Entretanto a descoberta do Cinturão de Kuiper, uma região logo
depois de Plutão, fez com que a União Astronômica Internacional
criasse uma definição para planeta que exclui Plutão, classificando-o
de acordo com a nova definição, como um “planeta-anão”.

Assim como Plutão, outros dois corpos celestes, Ceres e Éris, que antes
eram considerados asteroides, passaram a ser considerados planetas-
anões.

Se considerarmos suas distâncias a partir do sol, Ceres está localizada


entre Marte e Júpiter, e Éris logo depois de Plutão, já no Cinturão de
Kuiper.

Os planetas oficiais do sistema solar costumam ser divididos em dois


grupos: o dos planetas telúricos, ou terrestres, e o dos planetas
jovianos, ou gasosos. Os planetas telúricos, ou terrestres, são os
quatro primeiros do sistema solar (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), e
são assim chamados por terem uma superfície sólida. Eles estão a uma
distância relativamente pequena do sol e são compostos por materiais
pesados e densos embora sua massa seja bem menor que a dos
planetas jovianos.

Já os planetas jovianos, ou gasosos, são os quatro últimos planetas


(Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), e são chamados assim por serem
quase completamente gasosos (algumas teorias defendem que o
interior deles é sólido, porém de tamanho ínfimo se comparado ao seu
diâmetro). Eles estão a uma distância muito grande do sol se
comparado aos quatro primeiros (Júpiter, por exemplo, está pouco
menos que cinco vezes mais distante do sol do que marte, seu
antecessor), tem uma massa muito grande e uma densidade pequena,
diversos satélites os rodeia e todos eles têm anéis.

Da nebulosa que deu origem ao nosso sistema solar, cerca de 99,9%


da massa original formou o Sol, os 0,1% restantes formou todos os
outros planetas e corpos deste sistema, sendo que só Júpiter tem mais
que o dobro da massa de todos os outros planetas do sistema
solar juntos.

SISTEMA SOLAR: O QUE É, COMO SE FORMOU E RESPOSTAS A


OUTRAS QUESTÕES

O que é o sistema solar? Quais os seus componentes? Onde se encontra na


galáxia? Quais os seus limites espaciais? Como se formou o sistema solar?

Héctor Rodríguez
JORNALISTA E EDITOR DE CIÊNCIA E NATUREZA
O que é o sistema solar? Quais os seus componentes? Onde se encontra
na galáxia? Quais os seus limites espaciais? Como se formou o sistema
solar?
O Universo é um lugar enorme. As suas dimensões são tão colossais que até os
astrónomos mais experientes têm dificuldades em imaginá-las. Trata-se de um
lugar repleto de estrelas, nebulosas, galáxias, buracos negros, planetas, luas,
asteróides e muitos outros tipos de objetos astronómicos. No entanto, no meio
de toda essa imensidão cósmica existe um lugar, um pequeno canto do Universo
que podemos considerar o nosso lar. Foi o berço onde tudo começou para a
nossa espécie. Esse lugar chama-se sistema solar.

O que é o sistema solar?


O sistema solar é um sistema planetário. Um sistema planetário é composto por
uma estrela (ou, em algumas ocasiões, um conjunto de estrelas) e os corpos
celestes que giram em seu redor, ou seja, que se encontram sob a influência do
seu campo gravitacional, quer sejam planetas, com as suas respectivas luas,
planetas menores, asteróides, cometas ou poeira estelar.
No caso do sistema solar, a estrela que dá forma a todo o sistema planetário é
o Sol. Este ocupa o centro de um enorme disco de material que se estende por
mais de 30.000 milhões de quilómetros, no qual se encontram os seus oito
planetas e restantes objetos celestes.

Quais os componentes do sistema solar?


Tal como acontece com os restantes sistemas planetários, a maior parte do
sistema solar é espaço vazio. Contudo, em todo esse espaço, existe uma série
de objetos influenciados pela gravidade do Sol, que formam o sistema solar.
Como não poderia deixar de ser, o Sol é o componente mais importante do
sistema solar. O Sol encontra-se no centro e todos os objetos do sistema são
influenciados pela sua gravidade. Trata-se de uma estrela de tipo G, também
conhecidas como anãs amarelas, que se encontra aproximadamente a meio da
sua vida: contando à data com cerca de 4.600 milhões de anos. O Sol é formado
por três quartos de hidrogénio e um quarto de hélio, gira sobre o seu próprio eixo,
em redor do qual demora 25 dias a completar uma volta, e representa, sozinho,
aproximadamente 99,86 por cento da massa total do sistema solar.
Devido ao seu tamanho, os segundos objetos mais importantes do sistema solar
são os planetas, que podemos dividir em duas categorias. Nas órbitas internas
do sistema solar, encontram-se Mercúrio, Vénus, Terra e Marte. São os planetas
mais pequenos, conhecidos como planetas interiores por causa da posição que
ocupam no sistema solar. Devido à sua composição sólida em rocha e metal são
também denominados planetas rochosos. Por outro lado, nas órbitas mais
distantes do sistema solar, encontramos os planetas exteriores, muito maiores e
compostos por gás, razão pela qual são denominados gigantes gasosos e
gigantes de gelo. A sua ordem, a contar do Sol, é Júpiter, Saturno, Úrano e
Neptuno.
Além dos planetas, também se conhecem no sistema solar cinco dos
denominados planetas anões. Como o nome indica, são objetos muito mais
pequenos, caracterizados por possuírem gravidade suficiente para terem
adquirido uma forma esférica, mas não suficiente para conseguirem eliminar
outros objetos da vizinhança das suas órbitas, distinguindo-se assim dos
planetas. Os seus nomes são: Ceres, situado no cinturão de asteróides entre
Marte e Júpiter; e Plutão, Haumea, Makemake e Eris, igualmente
denominados plutóides e localizados no chamado cinturão de Kuiper.
O cinturão de asteróides é uma região do sistema solar situada entre as órbitas
de Marte e Júpiter que alberga uma grande quantidade de pequenos objetos
formados por rocha e gelo, na sua maioria asteróides, os quais se pensa serem
restos de um planeta que nunca chegou a formar-se devido à influência
gravitacional de Júpiter. Mais de metade da massa total do cinturão encontra-se
em cinco objetos: Ceres, o planeta anão; e os asteróides Palas, Vesta Higia e
Juno.
O cinturão de Kuiper é uma região do sistema solar situada para lá da órbita
de Neptuno. É semelhante ao cinturão de asteróides, mas muito maior: 20 vezes
mais largo e até 200 vezes mais maciço e, tal como este, é formado
principalmente por pequenos objetos residuais da formação do sistema solar,
neste caso compostos principalmente por água, metano e amoníaco sob a forma
de gelo.
A nuvem de Oort é uma nuvem esférica de objetos que se encontram para além
da órbita de Neptuno, até um ano-luz de distância do Sol. Segundo as
estimativas, esta nuvem poderá albergar entre 1.000 e 100.000 milhões de
objetos formados por gelo, metano e amoníaco, que juntos podem totalizar o
quíntuplo da massa do planeta Terra.

Onde se encontra o sistema solar?


O sistema solar faz parte da nossa galáxia, a Via Láctea, uma galáxia espiral
barrada com um diâmetro aproximado de 105.000 anos-luz entre as suas
extremidades mais distantes. Em termos de estrutura, a Via Láctea é composta
por dois braços espirais principais, denominados Escudo-Centauro e Perseu, e
dois braços secundários, Norma e Sagitário. O nosso sistema solar encontra-se
no braço de Órion, ou braço Local, o qual faz parte do braço espiral de
Sagitário. O Sol, ou seja, a estrela em redor do qual gira o sistema solar,
desloca-se a 210 quilómetros por segundo dentro da Via Láctea e demora 225
milhões de anos a completar uma volta em torno do centro da galáxia: aquilo a
que os cientistas chamam um ano galáctico.
Em relação aos nossos vizinhos na galáxia, para encontrar outro sistema
planetário temos de viajar pelo menos 4,4 anos-luz até chegarmos a Alpha
Centauri, um sistema com três estrelas no qual, até a data, foram encontrados
dois planetas aproximadamente do tamanho da Terra.

Quais os limites do sistema solar?


Onde começa e onde acaba o sistema solar? É, sem dúvida, uma pergunta difícil
de responder. No dia 4 de Novembro de 2019, a NASA anunciou que a sonda
espacial Voyager 2, abandonara o sistema solar 40 anos depois de ter
partido da Terra. A sua gémea, a Voyager 1, já o fizera sete anos antes, em
Março de 2012. Mas a que se referia a NASA?
Segundo a agência espacial americana, as sondas, os objetos criados pelo ser
humano que mais se afastaram da Terra até hoje, tinham saído da heliosfera, ou
seja, da região espacial que se encontra sob a influência do vento solar e do seu
campo magnético, e atravessado a heliopausa – uma linha imaginária que
delimita a heliosfera, onde o vento solar se une ao meio interestelar e interage
com o vento estelar proveniente de outras estrelas.

Como se formou o sistema solar?


Os cientistas têm diversas teorias que tentam explicar a formação do sistema
solar. Uma das mais aceites propõe que, antes da sua existência, o seu lugar
era ocupado por uma enorme nuvem de gás molecular, que se acumulava em
cada vez maiores quantidades e com cada vez maior densidade, devido às
baixas temperaturas que imperam na maior parte do Universo.
A teoria parece indicar que, a dada altura, devido ao colapso gravitacional deste
gás interestelar (acreção por gravidade) ou a um aporte de energia proveniente
da explosão de uma estrela ou supernova vizinha, deu-se o nascimento de uma
proto-estrela.
Esta proto-estrela, o nosso Sol em estado gestacional, continuou a atrair gás e
matéria, formando um disco de material em seu redor, a partir do qual se
formariam os planetas. Mais tarde, a proto-estrela alcançaria densidade e
pressão suficientes para se iniciarem, no seu interior, os processos de fusão
nuclear que caracterizam estes astros, convertendo hidrogénio em hélio e dando
origem ao vento interestelar, que limpou os escombros das órbitas dos actuais
planetas.
Durante todo este processo – e a partir de todo o material que não foi incorporado
no Sol – formaram-se os planetas, as luas e os asteróides. Como acima
mencionado, este material formou um disco maciço em redor do Sol primitivo.
No interior do disco, ficaram os materiais mais pesados, que se uniram devido à
gravidade, dando origem aos planetas rochosos. Após a formação do Sol, o
vento solar também arrastou os materiais mais leves para o exterior do sistema
solar, onde ocorreu a formação dos gigantes gasosos.
Número de planetas: 8
Idade: ≈ 4570 milhões de anos
Estrela mais próxima: Próxima Centauri
Tamanho: ≈ 120 UA
Número de planetas anões: 5
Número de satélites naturais: ≈ 400
Número de cometas: 3.151
Distância até ao centro da galáxia: ≈ 27.500 anos-luz
Como são encontrados os Sítios Arqueológicos?
As características topográficas e cartográficas auxiliam na localização de sítios
arqueológicos, porém existem sítios que foram descobertos por acaso.

Existem algumas formas de o arqueólogo perceber que, em períodos mais antigos, o


homem utilizou um determinado espaço. Em alguns casos, o encontro dos sítios
arqueológicos pode ser casual, como por exemplo, durante a perfuração de um poço,
construção de estradas, trabalhos de agricultura, edificações de prédios, dentre outras
atividades. Já existiram casos em que em meio a estas atividades foram encontrados
grandes sítios arqueológicos.
As características topográficas e cartográficas (mapas) muitas vezes permitem identificar
a existência de sítios arqueológicos. A partir da análise de fotografias aéreas (chamadas
de aerofotografia), já foram percebidos vários indícios de ocupações do período pré-
histórico e histórico.

Mas como se percebe essa ocorrência?

A proximidade de superfícies aquosas (rios, mangues, lagoas...) e a cobertura vegetal de


determinadas áreas que permitissem a subsistência humana a partir da captação dos seus
recursos foram locais recorrentes para os assentamentos pré-históricos, locais
perfeitamente identificáveis em mapas e fotografias aéreas.
Quanto aos sítios históricos, a partir da aerofotografia, pode-se observar estruturas das
ruínas de um edifício, pois a forma da vegetação existente no local em que existiu o prédio
resulta em um desenho característico que pode revelar a localização das paredes deste
prédio.

No caso dos sambaquis, a sua ocorrência (elevação) é facilmente percebida pelo destaque
dos montículos em uma área plana da paisagem. A sua existência pode ser também
reconhecida em estudos de geomorfologia (área da geografia que estuda o relevo e seus
componentes).

Atualmente, já existem métodos e técnicas mais modernas para a arqueologia, como por
exemplo, a utilização de um detector de eletromagnético que é capaz de identificar objetos
magnéticos nos solos, uma vez que a terra é condutora de eletricidade.

Métodos apoiados nas geociências (geofísica, sedimentologia, geomorfologia)


corroboram para a localização dos sítios arqueológicos. Entretanto, a informação oral tem
sido uma grande aliada na identificação desses sítios no decorrer das pesquisas
arqueológicas.

Nesta etapa da nossa série ‘DESVENDANDO A ARQUEOLOGIA: UMA VIAGEM AO


PASSADO, apresentamos características dos tipos de sítios arqueológicos mais
frequentes como um forma de despertar, no público leigo, os cuidados com estes locais
que são protegidos por lei federal.
Se por acaso você identificou quaisquer das características citadas no texto que aqui
apresentamos sobre os sítios lito-cerâmicos, rupestres, sambaquis ou sítios históricos, em
alguns dos seus passeios ou mesmo próximo à sua residência, comunique a uma
instituição como o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) ou a
algum outro Órgão de pesquisa em arqueologia (universidades, centros de pesquisa).

A sua informação será muito importante para que nós, profissionais de arqueologia,
possamos continuar estudando e tentando entender o modo de vida das populações
passadas como forma de se preservar o passado para se entender o presente e o futuro.
Conto com a sua colaboração. Até a próxima semana!

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CANTO, Antonio. 2003. Tópicos da Arqueologia. Rio de Janeiro: CBJE. 66 p.

Por Antonio Canto

Equipe Brasil Escola

____________
Antonio Canto é Arqueólogo, Mestre em Geociências (UFPE), Doutorado em
Arqueologia (Universidade de Coimbra). Professor Universitário; Arqueólogo da
Oficina-Escola de Revitalização do Patrimônio Cultural de João Pessoa; Presidente do
Núcleo de Pesquisas Arqueológicas e Sociais (NUPAS).

Sítio arqueológico no Brasil

A teoria que explica a chegada do homem às Américas faz relação aos primeiros
homens, oriundos da Sibéria, que atingiram o continente através do estreito de
Behring.

Porém, apesar da aceitabilidade de tal teoria, foram descobertos sítios


arqueológicos no Brasil que derrubam a ideia anterior. Isso porque em
expedições realizadas foram encontrados vestígios de ocupação humana datados
de 50 mil anos, ou seja, 30 mil anos antes daquela descrita do estreito de Behring.

A base para essa constatação foram as pinturas rupestres deixadas em paredes


de cavernas e rochas. Elas retratavam a vida cotidiana, como caça, orgias sexuais,
animais, entre outros. Por meio desse tipo de gravuras, percebe-se que os
elementos e paisagens daquele momento se diferenciam dos atuais.

A maior concentração de sítios pré-históricos da América está situada em uma


área de 129,140 hectares no Piauí, cujo tipo de vegetação é a caatinga.

Com o intuito de preservar um lugar de suma importância para o estudo da


arqueologia e outras ciências afins, foi implantado, em 1979, o Parque Nacional
da Serra da Capivara, dirigido pela Fundação Museu do Homem Americano, com
parceria do IBAMA. Por conter grandes contribuições para o conhecimento da
chegada do homem nas Américas, o lugar é reconhecido pela UNESCO como um
Patrimônio Mundial da Humanidade.

Dentro do parque existem 260 sítios arqueológicos, que contêm 30 mil pinturas
rupestres. Os principais temas são figuras de homens, animais, plantas e atos
sexuais, o último com maior incidência.

O parque é aberto para visitação. São mais de 30 sítios arqueológicos com essa
finalidade: oferecer ao visitante a oportunidade de conhecer indícios vivos da
existência de nossos antepassados.

Publicado por Eduardo de Freitas

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