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1.

FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE

1.1 Teoria Eletrônica da Matéria

⮚ Matéria: Tudo aquilo que possui massa e ocupa um lugar no espaço.

⮚ Constituído por moléculas formadas por átomos.

⮚ Átomo é uma unidade básica de matéria que consiste num núcleo central
de carga elétrica positiva envolto de uma eletrosfera ou uma nuvem de
elétrons de carga negativa.

IMAGEM 1: ÁTOMO

⮚ Prótons: Cargas Positivas


⮚ Nêutrons: Cargas Neutras
⮚ Elétrons: Cargas Negativas

Os Elétrons orbitam ao redor do núcleo atraídos pelos prótons.


Daí surge uma lei muito conhecida: Lei de atração e repulsão
Onde: Cargas de mesmo sinal se repelem e cargas de sinais diferentes se atraem.

Em um condutor, os elétrons ficam se movendo de forma DESORDENADA, e quando esse


condutor é ligado a uma DDP- Diferença de Potencial (Bateria), esses elétrons
desordenados passam a seguir um caminho de forma ordeira.
1.2 Geração, Transmissão e Distribuição

Existe vários tipos de geração de energia elétrica. As mais comuns são:

⮚ Hidroelétrica
⮚ Termoelétrica
⮚ Nuclear
⮚ Eólica
⮚ Solar
⮚ De Combustão
⮚ Movimento

Quase todas possuem um mecanismo de funcionamento parecido, diferindo apenas da


força primária para o movimento dos grandes dínamos.

Na solar, essa energia primária é o sol, que aquecem placas de silício que por sua vez
convertem essa ação em energia elétrica.

A TRANSMISSÃO dessa energia gerada é feita por torres e postes situados desde a usina
de geração, até os consumidores.

Nesse percurso, a tensão precisa ser ELEVADA E REDUZIDA algumas vezes por medidas de
segurança e para garantir um sistema mais eficiente. Para isso se usa os
TRANSFORMADORES.

Depois de chegar as subestações, a energia agora estará pronta pra ser DISTRIBUÍDA nas
áreas comerciais e residenciais.

IMAGEM 2: GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO


1.3 GRANDEZAS ELÉTRICAS

Tensão Elétrica
A tensão elétrica é definida pela força que impulsiona os elétrons em um meio condutor.
⮚ Sua unidade de medida é o VOLT (U).
⮚ O instrumento usado para aferir essa grandeza é o VOLTÍMETRO.
⮚ Descoberta por Alessandro Volta físico italiano, que ficou conhecido por causa da
“bateria elétrica”.

Corrente Elétrica
A corrente elétrica é definhada pelo movimento ordenado dos elétrons em um meio
condutor.
⮚ Sua unidade de medida é o AMPÉRE (A).
⮚ O instrumento de medida usado para aferir essa grandeza é o AMPERÍMETRO.
⮚ Descoberta por André-Marie Ampère matemático e físico francês que, em 1820,
apresentou suas primeiras observações sobre as propriedades da corrente elétrica.

Curiosidade: A corrente elétrica segue um fluxo ordenado. No início os estudiosos não


sabiam ao certo qual era o sentido correto da corrente. Por isso é bom entendermos o
conceito de Sentido Real e de Sentido Convencional da corrente.
Sentido Real: A corrente flui do polo negativo para o polo positivo.
Sentido Convencional: A corrente flui do polo positivo para o polo negativo.

A corrente também pode ser ALTERNADA ou CONTÍNUA.


Alternada: A corrente segue um sentido senoidal variando sua forma e período de acordo
com o tempo.
Contínua: A corrente flui em um fluxo ordenado em uma mesma direção sem haver
alteração durante o tempo.

IMAGEM 3: CORRENTE ALTERNADA E CORRENTE CONTÍNUA


Resistência Elétrica

A resistência elétrica é definida pela oposição à passagem da corrente em um meio


condutor.
⮚ Sua unidade de medida é o OHM (Ω).
⮚ O instrumento usado para aferir essa grandeza é o OHMÍMETRO.
⮚ Descoberta por George Simon Ohm Físico alemão que se dedicou á investigação
científica dos fenômenos da eletrocinética.

Em um circuito, as resistências podem estar associadas em SÉRIE ou em PARALELO. Ou


mesmo em série e paralelo, constituindo assim um circuito MISTO.

Em uma associação de resistores em série, as resistências devem ser somadas para


encontrar a resistência total de um circuito.
Já em uma associação em paralelo, a corrente se divide entre os nós, por sua vez a
corrente total é inferior a menor resistência do circuito.

IMAGEM 4: ASSOCIAÇÕES DE RESISTORES

Lei de OHM

Estabelece a relação entre a CORRENTE ELÉTRICA E A RESISTÊNCIA ELÉTRICA quando


aplicada uma DDP (TENSÃO ELÉTRICA) em um circuito.
Sua fórmula é conhecida por:
1.4 CIRCUITOS ELÉTRICOS

É um caminho fechado por onde circula a corrente elétrica.

IMAGEM 5: CIRCUITO ELÉTRICO

O circuito elétrico pode ser SÉRIE, PARALELO E MISTO.

Circuito
série

No circuito em SÉRIE os elementos são ligados um após o outro, já no PARALELO, os


consumidores estão ligados de forma paralela entre si.

Já num circuito MISTO, temos tanto associações de cargas em série como em paralelo em
um único circuito.
Características dos circuitos

Série
⮚ É um circuito dependente.
⮚ A corrente é a mesma em qualquer ponto do circuito.
⮚ It = I1 = I2 = I3
⮚ A soma das quedas de tensão de seus consumidores é igual a tensão total
do circuito.
⮚ Ut= U1 + U2 + U3

Paralelo
⮚ É um circuito independente.
⮚ A tensão é a mesma em qualquer ponto do circuito.
⮚ Ut = U1 = U2 = U3
⮚ A corrente total é igual a soma das correntes parciais do circuito.
⮚ It = I1 + I2 + I3
2. SEGURANÇA EM ELETRICIDADE

O trabalho com eletricidade possui alta periculosidade, onde o profissional se submete


a riscos como choques, explosões e queimaduras. Acidentes causados por eletricidade
podem até levar à morte.

Sabendo desse grande risco, o que você pode fazer para se proteger?

Vamos agora conhecer dispositivos e maneiras de nos proteger dos perigos da


eletricidade.

2.1 Dispositivos de Proteção

Dentre os dispositivos de proteção em instalações elétricas, os que devemos usar em


instalações prediais são:

⮚ DTM – Disjuntor Termomagnético. É o dispositivo de proteção elétrica mais


comum e facilmente encontrado em lojas especializadas que trabalham com
materiais elétricos.
⮚ DR – Diferencial Residual.
⮚ DPS – Dispositivo de Proteção de Surtos / Sobretensões.

O disjuntor termomagnético monitora o sistema elétrico da seguinte maneira: quando a


corrente elétrica fica acima do dimensionamento do circuito e gera uma sobrecarga, o
disjuntor ativa um dispositivo que é sensível ao calor e provoca a abertura do mesmo.
Dessa forma ele protege o circuito e o equipamento.

IMAGEM 8: DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO

Já no Diferencial Residual, quando uma fuga de corrente acontece, a corrente elétrica


encontra outro caminho para seguir para o potencial que não seja o condutor neutro da
instalação nem um outro potencial fase. Isso pode acontecer em choques elétricos,
condutores mal isolados ou em contato com carcaças.
Esse dispositivo é imprescindível em instalações elétricas pois protege os indivíduos.
Por conta disso, o uso do dispositivo DR tornou-se obrigatório de acordo com a
norma NBR 5410 nos seguintes casos:
⮚ Em circuitos que sirvam de ponto de utilização situados em locais que contenham
chuveiro ou banheira;
⮚ Para circuitos que alimentem tomadas situadas em áreas externas à edificação;
⮚ Em circuitos que alimentem tomadas em áreas internas que possam vir a alimentar
equipamentos nas áreas externas;
⮚ Em circuitos que sirvam de pontos de utilização situados em cozinhas, copas,
lavanderias, áreas de serviço, garagem e demais dependências internas molhadas
ou sujeitas à lavagem.

IMAGEM 9: DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL DR

Os Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) são equipamentos desenvolvidos com o


objetivo de detectar sobretensões transitórias na rede elétrica e desviar as correntes de
surto para o potencial terra. Uma aplicação fundamental desse dispositivo é na ocorrência
de descargas elétricas atmosféricas (raios).
IMAGEM 10: DISPOSITIVOS INTEGRADOS NUMA INSTALAÇÃO

Como podemos ver na imagem acima, o DPS interliga as entradas da rede em um


aterramento. Mas como deve ser um aterramento ideal?

2.2 Aterramento

Entendemos por aterramento a ligação intencional de um condutor à terra.

Dois são os tipos de aterramento numa instalação:

⮚ Aterramento Funcional que consiste na ligação à terra de um dos condutores do


sistema (geralmente o neutro), com o objetivo de garantir o funcionamento
correto, seguro e confiável da instalação;

⮚ Aterramento de Proteção que consiste na ligação à terra dos equipamentos e


máquinas de uma instalação, com o objetivo de proporcionar proteção contra
contatos indiretos. Nesse tipo de aterramento, o condutor será o meio que a
corrente percorrerá para um caminho mais fácil, desviando assim a descarga de
um circuito à terra, em vez de a uma pessoa, por exemplo.

Algumas vezes são realizados aterramentos “conjuntos”, funcionais e de proteção.


Os aterramentos podem utilizar eletrodos de aterramento como hastes terra, barras ou
malhas de aterramento, constituída pela associação de hastes com cabos. Em qualquer
tipo de prédio deve existir um “sistema de terra”.

A seção do condutor de ligação à terra de um sistema de eletrodutos metálicos deverá ser


escolhida em função do circuito de acordo com a Tabela abaixo.

Tabela – Seção do condutor de Ligação à


Terra de um Sistema de Eletrodutos Metálicos

Capacidade do circuito Bitola do condutor


(ampères) mm²
30 1,5
40 2,5
60 4
100 6
200 10
400 16
600 25
800 35
TABELA 1: CONDUTORES DE ATERRAMENTO

IMAGEM 11: SISTEMA DE ATERRAMENTO

Mesmo com um excelente aterramento, ainda existe medidas a ser tomadas por você
profissional.

2.3 Equipamentos de Proteção Individual

Os equipamentos de proteção individual (EPI’S) são indispensáveis quando se trabalha


com eletricidade.
De acordo com a NR 10 n° 10.2.9.1, quando houver o mínimo de risco elétrico, deve ser
adotado o uso de EPI’s específicos e adequados para a atividade desenvolvida.

Alguns desses EPI’s utilizados em instalações elétricas de baixa tensão são:


⮚ Luvas isolantes
⮚ Capacetes com jugular
⮚ Óculos de proteção
⮚ Calçado de segurança (Botina)
Para algumas atividades pode ser necessário ainda o uso de cinto de segurança, máscara e
protetor auricular.

IMAGEM 11: EPI’S


Os EPI’s servirão como minimizadores de riscos que ainda existam aumentando
consideravelmente a segurança dos indivíduos.

2.4 Equipamentos de Proteção Coletiva

Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s) trata-se de todo dispositivo ou sistema de


âmbito coletivo destinado à preservação da integridade física e da saúde dos
trabalhadores, assim como a de terceiros.

Na NR 10 n° 10.2.8.1, diz que em todos os serviços executados em instalações elétricas


devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva
aplicáveis, mediante às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança
e a saúde dos trabalhadores.

Essa NR também fala de alguns passos que podem ser tomados, como:
1. Desenergização dos circuitos em que estiver sendo feita as atividades.
2. Impedimento ou bloqueio do rearme dos mesmos.
3. Impedimento ou isolação de partes vivas.
4. Isolamento da área trabalhada.

IMAGEM 14: EPC’S


Importante: Profissionais que executam serviços de eletricidade devem possuir
treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as
principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas. Se você ainda
não tem, deve sem demora fazer um treinamento em NR 10.

3. DIAGRAMAS ELÉTRICOS

Diagramas elétricos são uma representação gráfica de circuitos elétricos ou mesmo


eletrônicos.
Os diagramas devem estar de acordo com a norma NBR 5410 de instalações elétricas em
baixa tensão e da norma NBR 5444 que abrange os símbolos gráficos utilizados nas
instalações elétricas prediais.
Como a NBR 5444 estar bem ultrapassada, alguns componentes elétricos não possuirão
simbologia nessa norma. Com isso, caberá ao projetista criar a simbologia desse
componente.

Em instalações prediais utilizamos os diagramas: UNIFILAR, MULTIFILAR E FUNCIONAL.


Vamos aprender um pouco sobre cada um deles?

3.1 Diagrama Unifilar

É a representação simplificada em forma de desenho de uma instalação elétrica.


Por ser simples, precisa deixar claro algumas informações muito importantes já no
desenho.
Essas informações são:
⮚ Linhas de representação de Eletrodutos e diâmetro dos mesmos
⮚ Condutores e seção nominal dos mesmos
⮚ Número de circuitos que passam nos Eletrodutos
⮚ Potência dos componentes do circuito

A seguir veremos um esquema Unifilar com um interruptor, uma lâmpada e seus


respectivos Eletrodutos e condutores necessários para alimentação desses componentes.

Nesse exemplo a lâmpada pertence ao circuito 1, e tem uma carga de 20W.


Neste outro exemplo veremos o diagrama Unifilar de uma tomada simples.

Nesse diagrama, a tomada pertence ao circuito 2, com condutores de 2,5mm.

É o diagrama Unifilar que é usado nos projetos elétricos residenciais.

3.2 Diagrama Multifilar

No diagrama Multifilar, podemos ver em detalhes todas as partes da instalação elétrica. Cada
contato, cada fio e cada componente do circuito é representado.
Veja um exemplo abaixo:
3.3 Diagrama Funcional

O diagrama funcional é uma representação que mistura o desenho com componentes de uma
instalação elétrica. Ao invés de se utilizar símbolos na representação, utiliza-se os próprios
componentes, como no exemplo a seguir:

Esse tipo de diagrama é bem didático, o que facilita o entendimento de uma aplicação até
mesmo pra quem não entende de eletricidade.
4. FERRAMENTAS DE UM ELETRICISTA

Ferramentas são todos os equipamentos que facilitam ao homem realizar determinado tipo de
trabalho.
E nós eletricistas temos muitas ferramentas que nos ajudam no dia a dia em nossas instalações.
Vamos ver algumas delas?

4.1 Alicates

Embora tenham sido inventados há muitos anos, tipos diferentes de alicates tem sido criados
sempre que se vê uma necessidade de se aprimorar determinado trabalho.
Vamos citar alguns alicates que são indispensáveis aos eletricistas.

1. Alicate universal
2. Alicate de corte
3. Alicate de bico
4. Alicate decapador
5. Alicate de crimpar terminais

Vamos ver alguns modelos abaixo:


2
3

1
5

4
4.2 Chaves de Fenda e Fenda Cruzada

As chaves de fenda e as de fenda cruzada (Philips) são também ferramentas indispensáveis para
os eletricistas. Existe uma infinidade de modelos e tamanhos dessas chaves.
Para começar suas atividades, o ideal é ter ao menos uma pequena, tipo borne, uma média e
uma grande. Isso fará com que você consiga lidar com quase todas as situações.

Mas vamos falar um pouco da Chave de Fenda. A chave de fenda tem uma ponta reta que serve
para parafusos de cabeça também reta ou fenda. Visto que cada tamanho de parafuso tem sua
fenda de tamanho diferente, é imprescindível que você use uma chave de fenda compatível com
a abertura na sua cabeça. Isso vai impedir que se danifique o parafuso ou até mesmo a chave
utilizada.

IMAGEM 15: CHAVES DE FENDA

Já as chaves de fenda cruzada (Philips), diferem da fenda simples pelo tipo de ponta. Ao invés
de uma ponta reta, ela tem uma ponta em forma de cruz. Esse modelo de chave é também
amplamente utilizado e até mais preferido pelos profissionais por ter uma maior agilidade e
segurança na hora de se utilizar com parafusos de cabeça Philips.

Também existem diferentes tamanhos e modelos, e se faz necessário que o profissional tenha
ao menos 3 tipos dessas chaves:uma grande, uma média e uma pequena.

IMAGEM 16: CHAVES DE FENDA CRUZADA


4.3 Instrumentos de Medição

Instrumentos de medição elétrica é todo instrumento destinado a fazer leitura de grandezas


elétricas.
Embora existam muitos instrumentos distintos como, Voltímetro, Ohmímetro, Amperímetro,
Wattímetro, Termômetro, Capacímetro, etc, um instrumento que facilita bastante a vida de um
eletricista é um Multímetro com Alicate Amperímetro.
Esse instrumento, na maioria das vezes possui a capacidade de medir todas as principais
grandezas elétricas em apenas um aparelho. Por isso é chamado de MULTIMÉTRO (Várias
Medidas).
Abaixo vamos ver alguns modelos desse instrumento.

IMAGEM 17: MODELOS DE MULTÍMETRO COM ALICATE AMPERÍMETRO

ATENÇÃO: Nunca utilize seu multímetro de forma aleatória. Certas medidas se estiverem em
escala errada podem danificar o seu aparelho.

Um exemplo disso é a escala de Corrente (A). Como o amperímetro tem uma resistência quase
nula, usar o aparelho nessa escala para medir uma tensão em Corrente Alternada seria como
ligar um fusível em paralelo a uma fonte de tensão (tomada). O mesmo abriria
instantaneamente por conta do curto circuito criado.

Alguns já contam com dispositivos de proteção para erros de medidas, mas não vale a pena
arriscar. Então se tiver alguma dúvida de qual escala utilizar na hora de fazer sua medida,
pesquise um pouco antes.

Cuide bem do seu Multímetro. Esse instrumento será seu maior aliado em suas instalações.

4.4 Conexões e Acessórios


Outra ajuda importantíssima serão as conexões e acessórios que você poderá utilizar em suas
instalações. Saber utilizar essas conexões pode te fazer ganhar muito tempo na hora de realizar
o trabalho.
Vamos falar de algumas conexões conhecidas de todos os eletricistas e algumas novidades no
mercado, que vem inovando e trazendo conexões mais seguras e simples de usar pra facilitar a
vida do instalador.
Fita Isolante

Fita isolante é um tipo de fita sensível à pressão usada para isolar fios elétricos e outros
materiais que conduzem eletricidade. Pode ser feito de muitos plásticos, mas o vinil é o mais
popular, pois se estende bem e proporciona um isolamento eficaz e duradouro.

Pode também ser de material derivado do látex, essas são mais emborrachadas e algumas são
chamadas de fitas de alta fusão, que ao ser esticada e enrolada na emenda entre cabos, dá um
aspecto de fusão da mesma, permitindo uma isolação excelente até contra umidades.

Mas ao se tratar de conexões entre condutores, devemos admitir que a fita isolante já teve sua
medida de sucesso.

Conexões elétricas

Os conectores e terminais elétricos vêm ganhando muita popularidade já faz alguns anos nas
instalações. E temos que concordar que as instalações ficam mais arrumadas e mais seguras
quando os utilizamos.

Vamos falar de alguns desses conectores e terminais que são indispensáveis em instalações
elétricas.

1. Conectores de emenda e derivação: São conectores ideais pra emendar condutores e


derivar um circuito com a agilidade e segurança que você precisa.
Tem dos tipos: automático, tap link, de torção, de engate rápido e de prensar.

IMAGEM 18: CONECTORES ELÉTRICOS


2. Terminais elétricos: São conexões elétricas que ficam na terminação de condutores
para uma determinada aplicação.
Nas instalações prediais usamos os terminais: tubular, de pino, de olhal, de
compressão e forquilha.

Abaixo vamos ver alguns desses modelos de terminais:

IMAGEM 19: TERMINAIS ELÉTRICOS

Temos que admitir que a instalação elétrica com esses acessórios incríveis fica muito organizada
e segura. São facilmente encontrados em lojas de materiais elétricos e até em sites na internet.

Conexão por Solda

Solda é uma liga composta de estanho e chumbo criada para ligar perfeitamente condutores
elétricos, dando à emenda boas condições de condutibilidade sem possibilidades de oxidação e
resistindo melhor aos esforços mecânicos.

Embora não seja aconselhável o uso de solda em emendas, a norma não proíbe a mesma, desde
que esteja feita de forma correta e garanta a aplicação e os esforços que sofrerá.

IMAGEM 20: EMENDA POR SOLDA


Quando o assunto é emenda de cabos de alumínio ou de bitolas maiores, a recomendação é
utilizar conectores de compressão para essa finalidade.

Mas fique atento, a NBR 5410 N° 6.2.8.10 diz que: É vedada a aplicação de solda a estanho na
terminação de condutores, para conectá-los a bornes ou terminais de dispositivos ou
equipamentos elétricos. Isso mesmo, a norma proíbe usar solda nas pontas de fios. Nessa
aplicação, você deve utilizar terminais como os que vimos acima.

Com certeza você está ansioso pra começar a testar as conexões colocando em prática o que
aprendeu.
Um elemento fundamental pra se fazer emendas de cabos e fios é em caixas de passagem.
Vamos aprender agora um pouco mais sobre a infraestrutura elétrica com suas conexões e
tubulações, bem como os tipos de interruptores e tomadas existentes.

5. INFRAESTRUTURA E CONDUTORES

Em uma instalação elétrica a infraestrutura é uma peça fundamental no sucesso e na rapidez da


instalação. Por esse motivo, deve-se dar muita atenção a esse aspecto em seus serviços. E não se
esqueça de usar condutores adequados a aplicação que esteja fazendo.É essa escolha correta
que vai garantir a segurança de seu cliente.

5.1 Infraestrutura

É uma parte em que não se deve economizar em um projeto elétrico, afinal é nela que vai estar
presente os condutores elétricos e as terminações (acabamentos elétricos), como pontos de
interruptores, tomadas, iluminação e demais conexões de acabamento.

Os principais componentes utilizados em uma infraestrutura elétrica, são:


● Eletroduto corrugado

É a solução ideal para instalações elétricas que possuem trajetos sinuosos, exigindo alta
flexibilidade do eletroduto, sem perder a qualidade e resistência. O Eletroduto
Corrugado Reforçado é fabricado na coloração laranja e possui maior resistência mecânica, ideal
para embutir no concreto, em lajes e contrapisos. Já o na cor amarela ou outras cores, podem
ser usados em paredes de alvenaria, aterrado e presos por cima de forros e abaixo de telhados e
lajes.

IMAGEM 21: ELETRODUTOS CORRUGADO


● Eletroduto de PVC rígido

Assim como no eletroduto corrugado, o eletroduto rígido também tem a função de acomodar os
condutores. Por ter paredes de PVC rígida, esse eletroduto não flexiona com facilidade, mas no
que diz respeito a resistência, o mesmo é muito útil em instalações que precisam ser feitas por
fora de alvenaria ou sobrepostas.

IMAGEM 22: ELETRODUTOS RÍGIDOS

Conforme a imagem acima, esse eletrodutos podem ser de conexões soldáveis ou de rosca.

● Eletroduto Galvanizado

São tubos metálicos que recebem um tratamento de revestimento de zinco que têm
como função proteger os condutores contra corrosões e ações mecânicas. Muito
utilizados em locais com alto índice de corrosão e possibilidades de impacto de objetos,
automóveis ou até mesmo vandalismo.

IMAGEM 23: ELETRODUTO GALVANIZADO


● Eletrocalhas

Como seu próprio nome sugere, são calhas que podem ser utilizadas nas instalações
elétricas com a finalidade de acomodar os cabos elétricos de uma instalação.

As mais comuns são as eletrocalhas perfuradas e a lisa.

IMAGEM 24: ELETROCALHAS

● Canaletas

São dutos ou calhas em PVC utilizadas em instalações aparentes, onde não é possível
fazer uma infraestrutura embutida. Pode ser perfurada ou lisa, e vir com a opção de cola
dupla face ou com parafuso. Seus acessórios também são sobrepostos.

IMAGEM 25: CANALETA


● Acessórios de infraestrutura

Dentre os acessórios utilizados nos dutos e calhas que citamos acima estão as caixas,
curvas, luvas, arruelas, porcas, junções, parafusos e etc.
Na próxima imagem vamos ver alguns desses acessórios.

IMAGEM 26: ACESSÓRIOS DE INFRAESTRUTURA

5.2 Condutores

São os responsáveis de levar o sinal ou corrente elétrica da fonte até as extremidades


ou consumidores. Também chamados de fios e cabos.

Em instalações elétricas podemos citar dois tipos diferentes de condutores que são mais
utilizados: os condutores flexíveis e os rígidos.

● Cabos flexíveis

São cabos elétricos na maioria dos casos confeccionados em cobre com vários
filamentos entrelaçados. Esse tipo de condutor tem sido muito usado atualmente devido
a sua flexibilidade e facilidade de manobra, deixando o trabalho dos eletricistas mais
suave e ganhando tempo com isso. Como nas terminações esses filamentos podem
facilmente se desprender e até colocar em risco a instalação, é adequado sempre usar
terminais para introduzi-los nos dispositivos.

Dica: Sempre procure o selo do Inmetro ao comprar cabos elétricos e lembre de


prezar pela qualidade do mesmo. Ele é a parte fundamental de uma instalação
elétrica. Por isso dimensione com bastante profissionalismo e atenção.
● Cabos Rígidos

São cabos com filamentos rígidos. Em nosso país não é mais tão comum achar em
casas de materiais elétricos, mas ainda é bem fácil de acha-los em instalações antigas.
Devido sua rigidez, trabalhar com ele se tornou mais complexo, por isso a maioria dos
profissionais tem escolhido os cabos flexíveis.

Ao contrário do que muitos dizem, esse tipo de cabo não conduz melhor a
eletricidade do que o flexível. Eles são compatíveis em condutibilidade se usado o
mesmo material condutor, a mesma qualidade e a mesma seção transversal.

6. INTERRUPTORES E TOMADAS

Os interruptores e tomadas são destinadas a se utilizar na parte final de uma instalação. Por isso
podemos dizer com toda certeza que os mesmos são dispositivos de acabamentos em
instalações elétricas.

6.1 Interruptores

São na maioria dos casos identificados como dispositivos de manobras responsáveis por ligar,
desligar ou acionar por um período de tempo cargas diversas, desde uma lâmpada, até uma
campainha. Pode também ser utilizado para dimmerizar um ponto de iluminação, reduzindo a
intensidade de luz ou aumentando de acordo com a necessidade.

Podem ser do tipo retentivo (Interruptor simples), com retorno por mola (Interruptor de
campainha), minuteria, smart (WI-fi ou RF), de infravermelho, tipo DIMMER e muito mais.
Vamos aprender um pouco sobre cada um deles?

● Interruptor simples: É acionado com o toque mudando seu estado de ON para OFF ou
vice e versa. Utilizado em pontos de iluminação.
● Interruptor com retorno por mola: Funciona como um interruptor simples, com uma
diferença de que seu estado volta ao normal de forma automática quando deixado de ser
pressionado. Utilizado com frequência em campainhas.

● Interruptores 3way e 4way: funciona como o interruptor simples também, mas no 3way
ao invés de 2 terminais de ligação, temos 3 terminais que permite se acionar um ponto
de iluminação em lugares distintos. Ex: Abaixo de uma escada e acima de uma escada.
São conhecidos como interruptores paralelos. O 4way tem 4 terminais e seu uso é entre
dois paralelos 3way. Os 4way são também conhecidos como interruptores
intermediários.

● Minuteria: É um tipo de interruptor que serve para temporizar o acionamento de


lâmpadas ou outras cargas. Após pressionar esse interruptor, que na sua maioria é de
retorno por mola ou pode ser sensível ao toque, o mesmo irá desligar a lâmpada
automaticamente.
● Interruptor Infravermelho: É um interruptor que capta movimento e em seguida dá um
comando de forma automática pra ligar uma lâmpada e mantê-la acionada por um
tempo definido desde que não haja mais movimentos. Muito utilizado em banheiros
públicos.

● Dimmer: É um interruptor variável que utiliza um potenciômetro em sua construção pra


acionar cargas. Quando variado, seu cursor pode aumentar ou reduzir a resistência no
determinado circuito, reduzindo ou aumentando respectivamente a intensidade de luz.

● Smart (Wi-fi ou RF): São os interruptores do momento. Esses tipos de interruptores são
usados especificamente quando se deseja automatizar ambientes. Ele pode ser WI-FI,
acionado via rede por dispositivos eletrônicos como celular e tablet, programado pra
acionar automaticamente ou até mesmo por comando de voz utilizando um assistente de
voz. Esse acionamento pode ser feito de qualquer lugar do mundo desde que o
dispositivo tenha acesso a uma rede ligada a internet.

Podem também ser RF ou de Rádio Frequência, que é acionado por controle remoto.
Alguns interruptores SMART já contam com essas duas tecnologias agregadas.
Os interruptores na maioria dos casos possuem de uma até várias saídas para
acionamentos.

6.2 Tomadas

Tomadas são pontos de conexões que visam fornecer eletricidade a algum dispositivo conectado
a ela. Em instalações Prediais, as mais comuns são as de circuitos monofásicos ou bifásicos.
Levam esse nome, porque não podem ser utilizadas em circuitos trifásicos, pois apenas criam
diferença de potencial entre uma fase e um neutro ou entre duas fases.

Em nosso país é obrigatório por norma o uso do terceiro pino pra aterramento, pois isso serve
de segurança para os equipamentos e para os usuários dos mesmos.
As tomadas também já possuem sua versão SMART que possibilita o seu usuário acionar a carga
ligada a ela por dispositivos eletrônicos de qualquer lugar do mundo, desde que tenha uma rede
ligada à internet.

A seguir veremos a maneira correta de se ligar uma tomada simples:


7. DISPOSITIVOS DE ILUMINAÇÃO

São todos dispositivos utilizados em uma instalação destinados a fornecer iluminação adequada
para determinado tipo de situação.

Essa iluminação pode ser de acesso, ou seja, para manter o ambiente claro na falta de luz
ambiente, ou pode ser decorativa, com a intenção de dar uma beleza estética nas instalações
para um determinado ponto ou objeto da decoração.

Vamos conhecer agora os dispositivos mais comuns em instalações elétricas.

7.1 Lâmpadas

A primeira lâmpada brilhou em 1879 quando o conhecido inventor Thomas Edison


persistentemente fez uma lâmpada ficar acesa por mais de 40 horas. Hoje as lâmpadas são
dispositivos destinados a iluminação de uma forma geral. Existem muitos tipos e modelos.

Por muitos anos utilizamos as lâmpadas incandescentes, mas desde 2014 não se pode mais
fabricar nem importar esse tipo de lâmpada aqui no Brasil.

Com isso, as lâmpadas fluorescentes e de LED ganharam grande destaque. Mas vamos nos
apegar a iluminação de LED neste capítulo, pois tem se tornado o meio mais economicamente
viável nos nossos dias.

IMAGEM 26: LÂMPADA DE LED

Esta lâmpada consiste de vários LED’s ligados entre si coberto com um bulbo de acrílico. A
quantidade de LED varia de acordo com a sua potência. Entre o bulbo e o parafuso fica a base da
lâmpada. Essa base contém um circuito eletrônico com um transformador de tensão que reduz a
tensão fornecida pelo receptáculo, até o circuito de LED’s.
7.2 Painéis

Os painéis de LED também são conhecidos como Plafon de LED ou Luminárias. Esses painéis têm
características de ser finos e emitir grande quantidade de luz a um baixo consumo de energia,
proporcionando maior economia ao consumidor.

Os modelos mais comuns são os de embutir e de sobrepor. Podem ser encontrados em formas
arredondadas ou quadradas. Além disso, dispõe de uma vasta opção de tamanho,
consequentemente variando sua potência.

IMAGEM 27: PLAFONS DE LED

Assim como nas lâmpadas de LED, os Plafons também contêm um circuito de ledes e um circuito
independente para alimentação, também conhecido por drive ou fonte.
8. QUADRO DE DISTRUIBUIÇÃO

Os quadros de distribuição ou QD como também são conhecidos, é uma das últimas partes a
serem feitas em uma instalação, pois depende de que todos os circuitos já tenham sido levados
até o mesmo.

É no quadro que ficam acomodados os dispositivos de proteção dos circuitos, como: DR,
Disjuntor e DPS. É indispensável que o mesmo tenha barramentos para interligar os condutores
de aterramento e de neutro da instalação.

São fabricados de diferentes modelos e materiais. Porém não se deve pensar apenas na
economia na hora de adquirir esse material, pois a segurança que os dispositivos terão dentro
do mesmo depende de sua qualidade.

Abaixo veremos um modelo de quadro de distribuição padrão, com seus barramentos de terra e
neutro.

Barramentos

IMAGEM 28: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO COM BARRAMENTOS


8.1 Montagem do quadro

Não existem regras para montagem de um quadro, mas deve-se levar em consideração o fato de
que nesse componente é especificado por norma que se tenha uma folga de 10% no mesmo
para futuras instalações. Ou seja, se você acha que sua instalação ocupará 10 disjuntores
monofásicos, deve ter espaço no quadro para no mínimo 11 desses disjuntores.

A organização também é uma peça chave para evitar acidentes e deixar o serviço esteticamente
mais bonito. Um bom eletricista preza por manter suas instalações o mais seguro possível.

Abaixo veremos uma opção de como se instalar um quadro elétrico de distribuição.

IMAGEM 29: QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO INSTALADO

No quadro acima podemos ver o DR na parte superior destinado para circuitos de tomadas
baixas e áreas com risco de umidade. Na parte de baixo, encontram-se os disjuntores que
servirão de proteção aos circuitos e o DPS que servirá pra proteger toda a instalação de surtos,
como os de uma descarga atmosférica.

Não se esqueça de usar terminais nas terminações de fios e cabos elétricos, bem como o uso de
alguns acessórios que podem auxiliar na organização do quadro. Esses acessórios são fitas
hellerman (abraçadeira de nylon), fitas dupla face e fitas velcro.
8.2 Padrão de entrada
É o conjunto de instalações composto de caixa de medição, sistema de aterramento, condutores
e outros acessórios indispensáveis para que a Concessionária de Energia Elétrica faça a sua
ligação.

E para que essa instalação se concretize, você precisa estar com seu padrão bem instalado.

Essa instalação deve ficar no limite do imóvel com a via pública podendo ser instalado em um
poste, muro, fachada ou pontalete.

Atentar para os condutores e disjuntores que serão dimensionados é de suma importância.

Abaixo veremos uma tabela de dimensionamento de equipamentos de uma concessionária da


Bahia.

Note que o dimensionamento dependerá sempre da previsão de carga instalada.


IMAGEM 30: CAIXA PADRÃO MONTADA NA PAREDE
ANEXO

1- Modelo de projeto elétrico

PROJETISTA: LUIZ CARLOS MELO JUNIOR


2- Diagrama Multifilar de um quadro elétrico

PROJETISTA: LUIZ CARLOS MELO JUNIOR


3- Tabela corrente máxima para 3 condutores em um eletroduto.
4- Símbolos utilizados em diagramas e projetos

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