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Objetivos

Materiais utilizados na Indústria Elétrica e Eletrónica:


• Conhecer os materiais mais usados na indústria Elétrica e Eletrónica e
respetivas aplicações.
• Caracterizar os diversos tipos de materiais mais usados na I.E.E. pelas
suas propriedades elétricas e mecânicas.
• Relacionar as características dos materiais com as suas aplicações.

Representação esquemática:
• Identificar os diversos tipos de esquemas.
• Interpretar e desenhar esquemas elétricos, respeitando as normas do
desenho esquemático.
Objetivos

Instalações Elétricas:
• Escolher o tipo de canalização em função do local.
• Conhecer o conceito de potência instalada.
• Compreender a necessidade da subdivisão das instalações de
utilização.
• Descrever uma canalização a partir da sua designação simbólica pela
consulta de tabelas.

Proteção de Instalações e Pessoas:


• Identificar anomalias de funcionamento dos circuitos e os efeitos que
produzem.
• Conhecer os diferentes tipos de aparelhos de proteção e suas
aplicações.
Objetivos

Circuitos de Iluminação, Sinalização e Alarme:


• Interpretar esquemas elétricos de circuitos de iluminação, sinalização e
alarme.
• Aplicar regras e normas na execução dos trabalhos, ligando
corretamente a aparelhagem no circuito.
Materiais utilizados na Indústria Elétrica e Eletrónica

 Tipos de materiais
 Materiais condutores
 Materiais condutores resistentes
 Materiais isoladores
 Semicondutores
Materiais utilizados na Indústria Elétrica e Eletrónica

 Materiais condutores:

 Deixam atravessar facilmente pela corrente elétrica;


 A sua resistência é por isso baixa;
 As cargas elétricas movimentam-se livremente (número elevado
de eletrões livres).
 Exemplos:
 Metais (cobre, alumínio, ferro, etc.);
 Grafite;
 Água;
 Corpo humano.
Materiais utilizados na Indústria Elétrica e Eletrónica
 Materiais condutores resistentes:

 Os materiais resistentes são aqueles que, sendo condutores,


apresentam intencionalmente uma resistividade elétrica maior com o
objetivo de dificultar mais a passagem da corrente elétrica e produzir
calor.
 Estes materiais tem aplicação no fabrico de resistências de
aquecimento.
 Exemplos:
 Níquel-crómio;
 Grafite;
 Manganina;
 Mailhechort;
 Constantan.
Materiais utilizados na Indústria Elétrica e Eletrónica

 Materiais isoladores:

 Não se deixam atravessar pela corrente elétrica;


 A sua resistência é por isso alta;
 As cargas elétricas não se movimentam livremente (quase não
existem eletrões livres).
 Exemplos:
 Vidro;
 Borracha, plástico;
 Madeira;
 Têxteis.
Materiais utilizados na Indústria Elétrica e Eletrónica
 Semicondutores:

 Os materiais semicondutores, em termos de resistividade elétrica,


encontram-se entre os materiais condutores e isoladores.
 Atualmente, os semicondutores mais utilizados são o germânio
(Ge) e o Silício (Si).
 A sua principal aplicação é no fabrico de componentes para a
eletrónica.
Materiais utilizados na Indústria Elétrica e Eletrónica
 Aparelhagem elétrica

 Classificação da aparelhagem

A aparelhagem elétrica divide-se em várias categorias:

 aparelhagem de corte (interruptores, seccionadores, disjuntores,


fusíveis, etc.), aparelhagem de comando (interruptores,
inversores, comutadores, contatores, etc.);

 aparelhagem de proteção (corta-circuitos fusíveis, disjuntores,


relés, etc.), aparelhagem de ligação (caixas de derivação, caixas
de coluna, fichas, tomadas, ligadores, etc.);

 aparelhagem de medida e contagem (amperímetros,


voltímetros, contadores de energia, etc.);
Materiais utilizados na Indústria Elétrica e Eletrónica

 Aparelhagem eléctrica
 Classificação da aparelhagem

A aparelhagem elétrica divide-se em várias categorias:

aparelhagem de regulação (resistências, bobinas,


condensadores, etc.);

 aparelhagem de sinalização (lâmpadas, buzinas, sirenes, etc. );

 Temos ainda os aparelhos de utilização que são os elementos


exteriores à instalação, tais como, motores, lâmpadas, campainhas,
frigoríficos, máquinas de lavar, etc.
Materiais utilizados na Indústria Elétrica e Eletrónica
 Aparelhagem elétrica

 Classificação da aparelhagem
 Classificação da aparelhagem
 Aparelhos de corte: permitem ligar, desligar ou isolar uma
instalação ou aparelho de utilização.

 Aparelhos de comando: permitem modificar regime de


funcionamento de uma determinada instalação elétrica ou aparelho de
utilização. Por exemplo, com os contatores podemos fazer rodar um
motor para a direita ou para a esquerda.

 Aparelhos de proteção: têm a função de proteger pessoas e bens,


atuando sempre que ocorrem defeitos na instalação, considerados
perigosos.
 Aparelhos de ligação: permitem a união de dois ou mais troços de
uma canalização elétrica ou de uma instalação elétrica.

 Aparelhos de medida: efetuam a medida de diferentes grandezas


elétricas (intensidade, tensão, potência, etc.).
 Classificação da aparelhagem
 Aparelhos de contagem: contabilizam o valor de uma grandeza
durante um determinado espaço de tempo ou período. Exemplo:
contador de energia.
 Aparelhos de regulação: permitem adaptar as grandezas elétricas
a valores predeterminados. Por exemplo, o reóstato que permite regular
a intensidade de um circuito para um valor previamente definido por
nós.
 Aparelhos de sinalização: têm a função de indicar ao operador o
estado de funcionamento de um circuito ou instalação. Indicam, por
exemplo, se o circuito está a funcionar em boas condições, se à algum
defeito, etc. Por isso, são usadas frequentemente lâmpadas de
sinalização, buzinas, sirenes, etc.

 Aparelhos de utilização: transformam a energia elétrica noutra


qualquer forma de energia. Exemplos: lâmpadas, máquinas de lavar,
frigoríficos, etc.
Instalações Elétricas
 Caraterísticas gerais da aparelhagem

Na figura representa-se o esquema em unifilar de uma instalação elétrica


com diferentes aparelhagens e alguns aparelhos de utilização a ela
ligados.
Instalações Elétricas
 Caraterísticas gerais da aparelhagem

De forma a podermos adaptar à nossa instalação o material mais


adequado, o fabricante indica normalmente algumas das seguintes
grandezas e caraterísticas elétricas gerais da aparelhagem:

 Intensidade nominal (IN).


 Tensão nominal (UN).
 Sobrecargas admissíveis.
 Robustez mecânica.
 Natureza da corrente.
 Robustez elétrica.
 Poder de corte.
 Poder de fecho.
 Limites de regulação (em órgãos de proteção).
Números de polos (unipolar, bipolar, tripolar, etc.).
Instalações Elétricas
 Caraterísticas gerais da aparelhagem
 Os valores nominais (da intensidade ou tensão) são os valores que
servem de base ao dimensionamento dos aparelhos e que estes suportam
permanentemente sem deterioração ou atuação (no caso dos órgãos de
proteção).

 O poder de corte de um aparelho é a máxima intensidade que este


aparelho é capaz de interromper, sem destruição dos seus elementos
constituintes.

 O poder de fecho é a máxima intensidade que o aparelho pode ligar,


sem destruição dos seus elementos constituintes.

 A robustez mecânica e eléctrica dão-nos uma ideia da “vida útil” da


aparelhagem. A robustez mecânica é o número máximo de manobras que
o aparelho pode efectuar “em vazio”, isto é, sem corrente. A robustez
eléctrica é o números máximo de manobras que o aparelho pode efectuar
em “carga”, isto é, quando percorrido por corrente.
Instalações Elétricas
 Classes de proteção. Índice de proteção.

 Código IP

 Pela norma NP EN 60529 definem-se vários graus de proteção


contra a penetração de corpos sólidos e líquidos que, resumidamente,
são identificados por um Código constituído pelas letras maiúsculas IP,
seguidas de dois algarismos (IPXY).

 No código IPXY, o algarismo X varia de 0 a 6 e traduz, de forma


crescente, o grau de proteção contra a penetração de corpos sólidos,
enquanto o algarismo Y varia de 0 a 8 e traduz, também de forma
crescente, o grau de proteção contra a penetração de líquidos.
Instalações Elétricas
 Classes de proteção. Índice de proteção.

 Código IK

 De forma similar a norma EN 50102 define vários graus de proteção


contra as ações mecânicas que são identificadas por um Código
constituído pelas letras IK seguidas de dois algarismos (IKXX).

 No código IKXX, o número XX varia de 0 a 10 e traduz, de forma


crescente, o grau de proteção contra as ações mecânicas.
 Classes de proteção. Índice de proteção.

 Códigos IP e IK (exemplos)
 Aparelhagem de comando e manobra

 Tomadas de salientes
 Aparelhagem de comando e manobra
 Tomadas de encastrar
 Aparelhagem de comando e manobra

 Fichas: relativamente às fichas monofásicas usam-se quase


exclusivamente as do tipo schucko. Nas fichas trifásicas, usam-se as do tipo
“CEE”, para correntes estipuladas, normalmente até 32 A.
 Aparelhagem de corte

 Interrutores, comutadores e inversores: estes aparelhos de corte ou


comando são os mais usados nas Instalações Elétricas. As suas correntes
estipuladas vão normalmente até 10 A.
 Aparelhagem de corte

 Automáticos de escada, telerrutores e contatores

 Os automáticos de escada foram dos primeiros automatismos


temporizados que se conhecem. Permitem o comando de um grande
número de locais com o acionamento de botões de pressão ligados em
paralelo.

 Os telerrutores também usam tantos botões de pressão quantos os


locais de comando necessários. Funcionam por impulso elétrico, quer
para ligar quer para desligar o circuito.

 Quando se pretende comandar potências elevadas, a escolha cai no


contator, equipamento adequado para grande número de operações
com poder de corte para correntes elevadas.
 Aparelhagem de corte

 Automáticos de escada, telerrutores e contatores


 Aparelhagem de corte

 Interruptores horários: são equipamentos de corte associados a um


sistema de relojoaria, mecânico ou eletrónico. Permitem comandos a horas
pré-programadas.
Normalmente podem ser programados para funções diárias, mas também
existem para programações semanais ou mensais
 Aparelhagem de corte

 Sensores: existem vários sensores em uso nas Instalações Elétricas que


realizam a monitorização das diversas grandezas físicas, aplicados a funções
de comando ou mera informação. Exemplos: sensores fotoelétricos, sensores
de movimento, sensores de temperatura.
 Conjunto de aparelhagem - quadros elétricos

À luz das regras técnicas, os quadros elétricos são considerados conjuntos de


aparelhagem.

Os conjuntos de
aparelhagens
podem ou não ser
montados em
fábrica.
 Material de instalação

 Tubo anelado de resistência elevada

 Tubo rígido VD de resistência média e acessórios


 Material de instalação

 Fixação de tubos e cabos


 Material de instalação

 Caixas com ligadores


 Placas de ligadores
 Ligadores de torção
 Réguas de junção
 Ligadores automáticos
 Material de instalação

 Caixas de derivação tipo estanque


 Material de instalação

 Tomadas instalação saliente


 Tomadas instalação embebida
 Material de instalação

 Tomadas informáticas RJ 45 – cat. 5e


 Material de instalação

 Limitadores de sobretensões

 Disjuntores de proximidade
 Material de instalação

 Sistemas DLP
 Material de instalação

 Chão técnico
 Material de instalação

 Condutores isolados são os conjuntos constituídos pela alma, pelo


invólucro isolante e pelos eventuais ecrãs (blindagens).

 Cabos são os conjuntos constituídos por um ou mais condutores


isolados, o seu eventual revestimento individual, os eventuais
revestimentos de proteção e eventualmente um ou mais condutores
não isolados
 Características dos condutores e cabos

 Os condutores isolados e cabos são referidos por designações


simbólicas constantes de normas nacionais e internacionais.
 Características dos condutores e cabos
 Características dos condutores e cabos

 Exemplos de designações de condutores e cabos


 Canalizações elétricas
 Disposições gerais

Os condutores isolados são identificados pelas cores seguintes:

 Condutor de neutro: azul


 Condutores de fase: castanho, preto e cinza
 Condutor de proteção (terra): verde/amarelo
 Canalizações eléctricas
 Disposições gerais

Nas instalações de utilização de energia elétrica não podem ser


empregados condutores com secções nominais inferiores às seguintes:

a) em circuitos de tomadas, força motriz ou climatização: 2,5 mm2;


b) em circuitos de iluminação e outros fins: 1,5 mm2;

Excetua-se o caso de canalizações amovíveis para alimentação de


aparelhos de utilização móveis ou portáteis, em que poderão empregar-se
canalizações com secção nominal não inferior a 0,75mm2 ou a 0,5mm2,
para canalizações flexíveis ou extra flexíveis, respetivamente.
 Canalizações eléctricas
 Canalizações à vista

As canalizações à vista com condutores isolados podem executar-se dos


seguintes modos:

a) com condutores isolados rígidos, estabelecidos sobre isoladores;


b) com condutores isolados rígidos protegidos por tubos;
c) com cabos rígidos com uma bainha ligeira;
d) com cabos rígidos, de duas bainhas ou de bainha reforçada;
e) com cabos com armadura;
f) com cabos flexíveis.
 Canalizações elétricas
 Canalizações à vista
Com condutores tipo H07-U/R e tubos tipo VD, o número máximo de
condutores em cada tubo é:
 Canalizações elétricas
 Canalizações embebidas
As canalizações embebidas podem ser constituídas por condutores
isolados ou cabos rígidos, protegidos por tubos.
Com condutores tipo H07V - U/R e tubos tipo VD o número máximo de
condutores em cada tubo é:
 Quadro eléctrico
 Quadro elétrico
 Dispositivos de proteção
É nos quadros elétricos que se encontram os dispositivos para a proteção
dos circuitos eléctricos contra sobreintensidades (curto – circuitos ou
sobrecargas) e para a proteção das pessoas contra contactos diretos e
indiretos.
 Quadro elétrico
 Sobreintensidade

 Se a corrente elétrica nos condutores (I) ultrapassar o valor nominal (In)


diz-se que há uma sobreintensidade.

 Por exemplo, demasiados aparelhos ligados simultaneamente num


mesmo circuito podem originar uma sobrecarga que é uma
sobreintensidade em que a corrente no circuito é superior ou ligeiramente
superior à intensidade nominal do circuito (I>In).

 Se, por exemplo, dois pontos do circuito com potenciais eléctricos


diferentes entram em contacto directo entre si estamos na presença de um
curto – circuito que é uma sobreintensidade em que a corrente do circuito é
muito superior à intensidade nominal do circuito (I>>In).
 Quadro elétrico
 Proteção dos circuitos

Para proteger os circuitos contra sobreintensidades (sobrecargas ou curto


– circuitos) são usados disjuntores magnetotérmicos ou fusíveis que
interrompem automaticamente a passagem da corrente no circuito,
evitando um sobreaquecimento dos condutores que pode originar um
incêndio.
 Quadro elétrico
 Eletrocussão
Se a corrente que circula pelo corpo humano ultrapassar alguns
miliampere haverá risco de electrocussão.
 Quadro elétrico
 Contacto direto
Se uma pessoa entra em contacto com uma parte ativa de um elemento
sob tensão, por negligência ou desrespeito das instruções de segurança
diz-se que ficou submetida a um contato directo.
 Quadro elétrico
 Contato indireto
Se uma pessoa entra em contacto com um elemento que está
acidentalmente sob tensão devido, por exemplo a um defeito de
isolamento, a electrocussão é consequência de um defeito imprevisível e
não da negligência da pessoa. Esse contacto designa-se por contato
indirecto.
 Quadro elétrico
 Proteção das pessoas
Para protecção das pessoas contra os contatos diretos o Regulamento
de Segurança preconiza essencialmente medidas preventivas que, em
alguns casos podem ser complementadas pela instalação de dispositivos
diferenciais de alta sensibilidade (de 10 ou 30 mA)

Botão de teste
para o ensaio
periódico do
diferencial.

Alavanca de Sensibilidade
comando de duas do diferencial:
posições 30mA
(Ligado/Desligado).
 Quadro elétrico
 Proteção das pessoas
Para protecção das pessoas contra os contatos indirectos instala-se no
início do circuito um disjuntor ou interruptor diferencial (de 300 ou 500
mA) e ligam-se as massas metálicas dos equipamentos a um condutor de
terra que será ligado a um eléctrodo de terra.

Disjuntor ou
interruptor diferencial

Motor
eléctrico

Condutor de terra
Terra
 Quadro elétrico
 Simbologia

Quadro eléctrico

Fusível
Disjuntor x

Disjuntor diferencial x

Interruptor diferencial
 Quadro elétrico
 Significado das marcações

Interruptor Diferencial

Corrente
diferencial
30mA (alta
sensibilidade)

Tensão Nominal

Intensidade
Nominal
 Quadro elétrico
 Significado das marcações

Intensidade nominal

Tensão
nominal
Disjuntor
magnetotérmico

Poder de corte
(4500 A)

O poder de corte é a maior intensidade de curto –


circuito que o disjuntor pode interromper.
 Quadro elétrico
 Quadro de entrada monofásico de uma habitação

Circuitos de saída

1 – Iluminação
2 – Iluminação
3 – Iluminação
10A 10A 10A 6A 16A16A 16A 16A 4 – Sinalização
5 – Tomadas
6 – Tomadas
7 – Máquina de lavar
1 2 3 4 5 6 7 8 8 – Termoacumulador
 Quadro elétrico
 Quadro de entrada monofásico de uma habitação
 Quadro elétrico

 Normas regulamentares

 A proteção contra sobreintensidades apenas deverá ser efectuada nos


condutores de fase.

 A secção mínima dos condutores isolados para as ligações internas de


um quadro eléctrico é de 2,5 mm2

 A cor azul do isolamento do condutor identifica o neutro, a cor do preto,


castanho ou cinza identifica a fase e a cor verde/amarela identifica o
condutor de terra.
Circuitos de Iluminação
Derivação simples
Circuitos de Iluminação
Derivação simples com lâmpada fluorescente
Circuitos de Iluminação
Comutação de lustre
Circuitos de Iluminação
Comutação de escada
Circuitos de Iluminação
Comutação de escada com inversor
Circuitos de Iluminação
Telerruptor
Circuitos de Tomadas

Tomadas Monofásicas
Circuitos de Tomadas

Tomadas Trifásicas

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